Capítulo XIII-O Retorno do Lord das Trevas

-A terceira tarefa será realizada ao anoitecer do dia 24 de junho, os campeões saberão do que se trata a prova um mês antes.-completa Damian Auster.

Os grifinórios queriam fazer uma festa novamente, mas Harry não quis saber disso, primeiro foi até a floresta proibida pedir para que Osíris o esperasse na torre da Grifinória para que ele mandasse uma carta para Sirius, e logo depois ele se dirigiu até o escritório de Dumbledore.

-Abra!-fala Harry com voz de autoridade para a gárgula, que com um salto deu passagem ao moreno.Enquanto subia as escadas, se preparava mentalmente para mais uma reunião com o diretor, sabia que o velhote novamente tentaria invadir a mente dele, e tentar descobrir onde esteve, chegando à porta da diretoria ele bate e espera a ordem para entrar.

-Que bom que veio Harry.-fala Dumbledore com seu sorriso sereno.

-Sem enrolar muito diretor, e se me chamou para tentar descobrir onde estive nos últimos anos, é melhor falar logo que eu saio imediatamente da sua sala.

-Tudo bem Harry, o chamei porque quero descobrir mesmo a verdade, cansei de fazer joguinhos, não quero mais me indispor com você.-fala Dumbledore com um ar cansado, fazendo com que Harry notasse que a idade tinha chego ao homem, mesmo ele querendo disfarçar.

-Ótimo, eu também não agüento mais ficar a todo instante trocando farpas com o senhor.-confessa Harry.-Queria conviver bem, afinal de contas é um grande bruxo e mago.Poderia me ensinar muitas coisas, se parece de ser intrometido.-termina Harry vendo que o diretor parecia resistir a dar uma resposta.-Certo, melhor irmos direto ao assunto que me trouxe aqui, qual o motivo de não terem pedido para o Snape preparar as poções?

-Pelo motivo que você mesmo apontou, os outros juízes não quiseram, por medo de haver uma trapaça.-explica Dumbledore cansado.-Quem ficou encarregado de preparar as poções foram membros do ministério e vieram aqui através de correio-coruja.

-Não é possível, o ministério ser tão idiota.-disse Harry nervoso.-Como eles enviam algo de grande importância, através de correio-coruja?E você não quis verificar as poções para ver se não tinha nada estranho nelas?

-O ministério e principalmente Fudge, confiam muito na paz em que vivemos.-responde Dumbledore.-E não pudemos avaliar nada, pois no momento que as poções chegaram, foram imediatamente ministradas nos reféns.

-Ainda não entendo como um paspalho como o Fudge pode ser declarado como ministro da magia, ainda mais de um dos países mais importantes.

-Ele precisou assumir tudo às pressas, Voldemort tinha caído fazia poucos dias, e era preciso que alguém reestruturasse a Inglaterra.-explica Dumbledore calmo.-É melhor retornar a torre da Grifinória, pedirei para alguns amigos dentro do ministério tentem descobrir se mais alguém teve acesso às poções.

Harry sai da diretoria, pensativo sabia que Dumbledore fora sincero em suas palavras, mas mesmo assim era bom tomar cuidado, pois o velhote sabia ser astuto quando se é um bom negócio pra ele.Logo que entrou no salão comunal, encontrou novamente uma comemoração em homenagem a sua tarefa bem cumprida, teve que se desvencilhar de algumas garotas, antes de ir para perto de seus amigos Harry sobe até o seu dormitório, onde Osíris o esta esperando.Escrevendo rapidamente uma mensagem contando sobre a tarefa e também sua conversa com o diretor, e despachou o falcão.Desceu as escadas e foi se juntar a seus amigos, bebendo uma garrafa de cerveja amanteigada.

*-*

 Sirius lia a carta de seu afilhado atentamente, surpreso com tudo que acontecerá na segunda tarefa e ainda mais espantando com o plano dele.Resolveu começar a agir logo, se arrumou para o trabalho, deixou um recado para Lene com Flik e foi direto para a sede da Onbu, que neste momento estava localizada em Hamburgo, Alemanha.Por ser uma agencia global, a cada dois anos a localização dela era mudada, para que não fosse alvo de ataques terroristas.

Chegando a Onbu, através de uma chave de portal especial, Sirius vai direto ao escritório do seu chefe, Eric Castle.Um norte-americano de seus quase sessenta anos, cabelos grisalhos, cortados no estilo militar, olhos de uma tonalidade quase amarela, o que dava um olhar feroz ao homem; sentando atrás de sua escrivaninha, ninguém imaginaria a força que aquele bruxo possuía.

-Chegou cedo hoje Sirius, algum problema?-pergunta Eric sem levantar os olhos dos papéis que analisava.

-É sobre o Torneio Tribruxo.-fala Sirius de forma séria, atraindo a atenção de Eric.-Veja a carta que Harry me mandou.-Sirius entrega a carta para que fosse analisada, e observa as caretas que Eric faz.

-Inacreditável a idiotice desse Fudge, e também é inacreditável como este seu afilhado é astuto Sirius.-elogia Eric.-Dou permissão para que você faça as investigações, se quiser pode ir até mesmo ao Ministério Inglês, quanto ao outro pedido do Harry terei que pensar.

-Obrigado, partirei imediatamente, irei apenas me despedir da Lene e da Cecília.-responde Sirius, saindo da sala rapidamente.

-Talvez eu já tenha alguém pra me substituir neste cargo futuramente.-pensa Eric observando a carta de Harry, e fazendo algumas ligações para seus informantes investigarei paralelamente a Sirius.

*-*

Gina se sente diferente, desde que começou a namorar Harry.Não era nada ruim, mas estranho, era como se sua magia tivesse ficado mais forte, a ligação entre ela e Harry ter se intensificado, ela sentia uma necessidade muito grande de ver sempre o moreno, era como se uma garra apertasse seu coração.Os sonhos nada inocentes que ela tinha toda noite, com Harry, agora tinham mudado para pesadelos e o pior, pesadelos que já tinham a aterrorizado durante o seu primeiro ano em Hogwarts.Ela tinha medo de contar para alguém sobre eles, principalmente para Harry, estava insegura com a reação do moreno ao informar para ele sobre o diário de Tom Riddle.Algumas vezes ela também tinha sonhos que não lhe pertenciam, onde via um vampiro treinar um garotinho pequeno, umas coisas que segundo seu pai, eram armas de fogo usadas pelos trouxas, sendo que um homem parecido com um ator que ela tinha visto nas poucas vezes que conseguiu ir ao cinema do vilarejo.

A ruiva não era a única preocupada com o inicio do namoro, Harry também estava aflito, mas por motivos diferentes, afinal de contas as suas preocupações se resumiam a ligação que ele e a ruiva poderiam ter.Conforme os dias passavam ele sentia cada vez mais que sua mente, estava deixando de pertencer só a ele e a Osíris, a mente de Gina dominava cada vez mais a dele, o obrigando a tomar uma poção antiga que bloqueava totalmente a mente e também utilizava alguns fuuins(selos) que aprendeu no Japão pra bloquear sua magia.Desse jeito ele treinava pra se acostumar a sua magia em níveis mais baixos, dificultando que pudesse lançar encantamentos complexos demais, o que o deixaria desacordado.

-Harry você precisa contar pra Gina.-insiste Neville mais uma vez, desde que a segunda tarefa terminará o menino insistia para que Harry contasse a verdade.-Logo ela vai perceber que a magia dela está diferente, mesmo com você tomando tantas precauções

É sério Nev, se continuar insistindo, vai entender de verdade o motivo de me chamarem de Ryu no Japão. –responde Harry sem paciência, afinal de contas com seu poder baixo sentia seu corpo mais cansado.-Falar pra sua namorada que somos destinados a ficarmos juntos pela eternidade, isso é a parte bonita.Mas revelar que estamos tão ligados que a dor de um também vai ser a dor do outro, isso sim é parte complicada da história.-Neville fica em silencio entendendo o ponto de vista do amigo.-Agora se você me der licença, vou dormir e descansar.-o moreno se levanta onde o salão comunal está vazio, e vai para o seu quarto, deixando Neville olhar pra fogueira pensando.

-Mate os galos...faça isso, precisamos impedir que ele seja derrotado por estes seres patéticos.-sibila uma voz viperina.

Harry olhava a cena espantando, ele era apenas uma figura transparente, observando uma menininha ruiva de no mínimo onze anos.Horrorizado ele via a menina estrangular as pobres aves a sangue frio, e com uma força que não deveria coincidir com ela.Prestando atenção, ele consegue ouvir um soluço estrangulado, procurando a origem do som o acha vindo debaixo de uma árvore, mesmo de longe reconheceu Gina, e finalmente percebeu que a garota e Gina eram a mesma pessoa, se aproximou dela colocando a mão em seu ombro.

-Harry?!-exclama Gina muito surpresa, olhando para Harry com angústia no olhar.

Ao mesmo tempo os dois acordam, com a respiração acelerada.Sabendo o porquê de tudo aquilo, Harry decide conversar com sua namorada e contar sobre a ligação entre eles,por isso veste apenas uma camiseta e uma calça para descer até o salão comunal.

-Sabia que encontraria você aqui, ruiva.-fala Harry fazendo a garota olhar para ele com os olhos marejados.

-Me desculpa...Harry...eu não queria...-começa Gina a chorar desesperada, fazendo com que Harry a abraçasse.

-Você não tem do que se desculpar comigo, você foi manipulada por artes das trevas muito poderosa e fez até mais do que o esperado para uma garotinha de 11 anos, conseguindo resistir e não fazendo nada pior.-consola Harry, dando um abraço ainda mais apertado.

-Eu não queria que você visse aquilo, vai pensar que eu sou alguém terrível.-continua Gina parecendo não perceber o que ele falava.

-Basta Gina!-grita Harry assustando a garota.-Deixe-me falar agora, e quero que preste muita atenção no que irei lhe dizer.Eu sei os motivos dos seus sonhos serem compartilhados por mim.Nós dois somos almas gêmeas Gi, e por causa do inicio do nosso namoro os sentimentos se intensificaram ainda mais, você não percebe que não podemos ficar afastados muito um do outro que logo começamos a nos sentir mais fracos?

-Sim, eu reparei nisso, mas não quis comentar com ninguém por medo de falarem que estava agindo feito uma idiota romântica.

-O motivo disso é por sermos destinados um ao outro.-explica Harry, contanto o que aconteceu no baile e a conversa com Neville.-Desde aquele dia venho fazendo de tudo para amenizar os efeitos negativos da ligação.

-Que efeitos negativos?-questiona Gina temerosa.

-Nossas mentes com o tempo estarão cada vez mais ligadas, de tal forma que não haverá mais nenhum tipo de segredo entre a gente.Como meu nível mágico é de um mago, sua carga mágica vai ser aumentada até ficar num mesmo nível que o meu, entre tantos outros efeitos que não se pode imaginar por causa de ninguém ter vivido tanto tempo pra descobrir todos os segredos.

-Ainda não entendi direito Harry.-diz Gina confusa.

-Eu estou bloqueando minha mente vinte quatro horas por dia, e o motivo não é falta de confiança em você e sim para preservá-la de tudo que já fiz.-fala Harry rapidamente antes da ruiva protestar.-Coloquei diversos fuuins que bloqueiam minha magia para impedir que você acabe morrendo com tanto poder.

-Fuuins?

-Sim, são selos japoneses.São partes dos ensinamentos shinobis, tudo aprendido na minha temporada no Japão.-explica Harry.-Vou começar a treinar seu corpo, para que ele possa suportar a carga mágica.Assim com o tempo poderei liberar estes selos todos.

-E estes meus sonhos?Fazia tempo que eu não tinha nenhum deles.-fala Gina voltando a mostrar medo e insegurança.

-Não sei Gina, talvez tenha algo haver com nossa ligação, vou tentar descobrir o motivo.-promete Harry, fazendo um movimento de varinha um frasco de poção vem na direção do moreno.-Esta poção vai permitir que você durma sem ter sonho nenhum, mas você precisa beber ela no seu dormitório, ela é forte, vai fazer você cair no sono rapidamente.-explica o moreno.Gina aceita a poção, dando um selinho no namorado e subindo para seu dormitório.

Harry resolve sair do salão comunal, indo direto para a Sala Precisa para poder meditar sobre como os pesadelos de Gina poderiam ter voltado depois de dois anos.O moreno ficou meditando a madrugada inteira, chegando a conclusões absurdas, mas tendo uma leve suspeita.Resolvendo voltar para o dormitório e tomar um banho antes das aulas, Harry pede mentalmente para que Osíris descubra se suas suspeitas têm fundamento.Durante o dia inteiro Harry permanece aéreo, sem prestar muita atenção nas aulas ou no que seus amigos falam.No fim do jantar, ele vai até a orla da floresta, onde Osíris o esperava para relatar o que tinha descoberto.

-O que você conseguiu descobrir?-questiona Harry ansioso.

-Ele realmente está com o diário, e parece que está sendo dominado pela magia dele.-informa Osíris para seu parceiro.

-Parece que vou ter que salvar o idiota.-reclama Harry indo para a diretoria.

Do mesmo jeito que antes, manda a gárgula se afastar para poder entrar.Subindo com passos firmes, ele nem mesmo bate na porta, a arrombando com um chute violento sobressaltando Dumbledore.

-Qual é o motivo dessa sua má educação, Harry?-pergunta Dumbledore, tentando esconder um pequeno livrinho marrom dentro da gaveta.Observando a sala, Harry notou que Fawkes não estava ali por perto, e se ele bem se lembrava, desde o ultimo encontro a fênix não se encontrava por perto.

-Meu motivo é o mesmo para que você tenha guardado este maldito diário com o senhor!-grita Harry com fúria.

-Não sei do que você está falando, senhor Potter.-desconversa Dumbledore com nervosismo, olhando pra gaveta.

-ACCIO!-fala Harry apontando a varinha na direção da escrivaninha, Dumbledore tenta impedir que o pequeno livro vá em direção a Harry, se esquecendo que era bruxo e tentando agarrar com as mãos.-Isso aqui é pura magia das trevas, como pode não destruí-lo?

-Ele é valioso, podemos saber mais sobre a vida dele, você não entende?-questiona Dumbledore parecendo maluco.

-Parece que a velhice afetou seu cérebro e seu bom senso.-fala Harry percebendo que o diretor parecia disposto a atacar.-Não ouse levantar a varinha contra mim, ou serei obrigado a reagir.

-ESTUPEFAÇA!-grita Dumbledore sem dar importância ao aviso de Harry.

-PROTEGO!-um escudo apareceu entre Harry e o feitiço, mas a força do feitiço estilhaçou o escudo do moreno, fazendo com que ele fosse arrastado um pouco pelo impacto.-Foi um feitiço poderoso para um homem velho.-caçoa Harry querendo diminuir o raciocínio do diretor e criar uma brecha pra ele.

Os dois começam a travar uma batalha de feitiços mudos, cada um com mais poder que o outro, mesmo com os fuuins bloqueando seus poderes Harry conseguia manter um duelo equilibrado até certo momento, quando Dumbledore consegue acertar o braço direito de Harry criando um rasgo profundo que começou a sangrar imediatamente.

-Me entregue o diário ou vou ter que matá-lo!-fala Dumbledore ameaçador e por um instante seus olhos fiaram vermelhos.

-Não pense que só porque acertou meu braço direito, vai impedir que continue a duelar.-fala Harry usando o braço esquerdo pra duelar.-SPARKS!-utilizando o feitiço que Sirius e Remo criaram, Harry faz com que o punho roxo acerte em cheio o nariz do diretor o quebrando e fazendo sangrar, o desnorteando dando a liberdade de Harry atacar com tudo, utilizando feitiços simples de corte, que deixaram o diretor bastante ferido.

-Eu...quero o meu diário...-diz o diretor com a voz falhada levantando mais uma vez à varinha contra Harry.-AVADA KEDA...!

Antes que pudesse terminar de proferir a maldição da morte, Fawkes apareceu na frente do diretor e começou a atacar o rosto dele, dando tempo para que Harry pudesse agir.

-EXPELIARMUS! PETRIFICUS TOTALUS!-grita Harry desarmando e paralisando o diretor.-Obrigado Fawkes, você foi de grande ajuda.Droga com esse ferimento no braço não vou poder fazer um feitiço de cura e o ritual ao mesmo tempo.-reclama Harry passando a mão no ferimento que continua a sangrar, a fênix pousa no ombro de Harry e o cura com suas lágrimas.-Mais uma vez tenho que lhe agradecer.Agora me deixe ajudar o seu dono idiota.

Com seu sangue ainda em mãos, Harry desenha um pentagrama dentro de um círculo junto com diversos símbolos antigos que ele aprendeu com Matt, colocando o diário no centro do pentagrama ele começa a entoar um cântico antigo e poderoso, fazendo com que uma grande ventania entre pela janela aberta e com que o fogo da lareira aumentasse.O desenho que Harry fez começou a brilhar intensamente, junto com o diário onde uma nevoa negra começou a se soltar dele e um espectro de um jovem de 17 anos, com cabelos castanhos e olhos escuros apareceu.

-O que é isso?-fala o espectro tentando sair do circulo, mas sendo impedido por uma redoma transparente.-Harry Potter, então foi você que fez isso aqui comigo!

-Deve ser a alma podre de Voldemort, acertei?-fala Harry com sarcasmo.-Então além de deixar uma parte dentro de Gina, conseguiu dominar Dumbledore e fazer dele uma marionete sua, há quanto tempo o controla?E nem tente mentir este círculo faz com que você fale apenas a verdade

-Um pouco antes de a segunda tarefa começar, ele deixou a guarda baixa, tão frágil e indefeso.Mesmo sabendo quem eu era, deixou que fosse dominado, não teve forças pra me rechaçar e com o corpo dele eu finalmente pude manipular a pequena Weasley, queria tomar o controle do corpo dela e matá-lo.-cospe as palavras com fúria, por não conseguir segurar seus segredos.

-Hora de acabar com o seu controle sobre os dois.-fala Harry imaginando que destruindo aquela parte de Voldemort, impediria o retorno dele.-MORTUN EXPECTRUS CEIFERO INFERNOS!

Ao terminar de proferir o encanto, um ser saiu das chamas.Ele era alto, com uma capa que cobria todo seu corpo, segurava uma imensa foice na mão direita, e irradiava uma aura ancestral.O ceifeiro vai em direção do espectro, o pegando pelo pescoço arrastando até o fogo, fazendo o mesmo soltar um grito estrangulado.Pensando que o mesmo iria embora, Harry ficou chocado ao vê-lo se aproximar dele.

-Por favor, se afaste de mim.-implora Harry tentando pegar a varinha, mas ele estava muito fraco por causa do ritual.

-Não se preocupe, não farei nenhum mal a você, afinal de contas sou um ceifeiro e minha missão é recolher almas e à sua hora ainda não chegou.-fala o ceifeiro com uma voz grave e profunda.-Desejo apenas agradecer pelo que fez, e fazer um aviso: Nunca mais me invoque ou serei obrigado a levar você antes da hora!-ameaça o ceifeiro encostando a foice no pescoço de Harry para logo depois desaparecer sendo engolidos pelas chamas, junto com o símbolo que tinha no chão.

-Algum de vocês, seus quadros inúteis tragam alguma ajuda rápido.-pede Harry com dificuldades antes de desmaiar.

Armando Dippet, corre pelas molduras atrás de ajuda, indo direto para a sala de Minerva McGonagall, o primeiro lugar que Dumbledore aconselhava ele a ir se houvesse algum problema.

-Armando?-pergunta Minerva surpresa olhando por cima da pilha de deveres que corrigia.-O que aconteceu?

-Harry Potter...Dumbledore...na diretoria, desmaiados.-fala Armando ofegante.

Minerva manda um patrono pra Madame Pomfrey, ir encontrá-la na diretoria.As duas acabam chegando juntas em frente à gárgula, ela percebe que a amiga quer perguntar, mas ela não deixa falando a senha e subindo as escadas, sendo seguida pela enfermeira.

-O que aconteceu com esses dois?-pergunta Madame Pomfrey espantada, notando o escritório parcialmente destruído, Dumbledore atrás da escrivaninha com vários cortes ao redor do corpo e o nariz quebrado, enquanto Harry também estava no chão com algumas escoriações leves.

-É melhor deixar que eles nos expliquem isso quando despertarem Papoula.-observa Minerva conjurando duas macas e colocando os dois.

Resolveu não mexer no escritório, sabendo que Dumbledore não iria gostar que mexessem na suas coisas.Como já era de noite nenhum aluno estaria andando pelos corredores, evitando assim que qualquer um conseguisse ver eles machucados.

-O que eles têm Papoula?-questiona Minerva a enfermeira, logo depois de um exame rápido.

-Ambos demonstram esgotamento mágico, mas Dumbledore tem também esgotamento mental e o Sr. Potter físico.-conta Papoula terminando os exames através da sua varinha.-Vou ministrar uma poção revigorante e amanhã eles estarão liberados.

-Ótimo, assim poderemos saber o que aconteceu naquela diretoria.-responde Minerva observando os dois intrigada, afinal de contas eles tinham tanta coisa em comum, que facilmente ela poderia confundir eles como avô e neto, igual à relação que o diretor tinha com Tiago.

*-*

-Onde estou?-pergunta Dumbledore desorientado observando as paredes brancas da enfermaria.Ele conseguia se lembrar de poucas coisas das últimas semanas, duas coisas marcavam a sua mente, uma era a imagem de Tom Riddle com 17 anos, e a outra um punho roxo invocado da varinha de Harry, que o acertou no rosto.Tocando o nariz sentiu ele dolorido, percebendo que mais uma vez ele fora quebrado.

-Não se lembra de nada mesmo?-questiona Harry olhando para os jardins da janela da enfermaria.-Cara você deve estar realmente ficando senil!-atormenta Harry se virando pra ver a cara ofendida do diretor.

-Respeito comigo Sr. Potter, ainda sou o diretor desta escola!-fala energético fazendo seus olhos azuis cintilarem de poder, o que não abalou nem um pouco Harry.-Poderia me explicar o que aconteceu, não me lembro de nada, tenho apenas pequenos flashes de memória.

-Resumidamente...por imprudência sua de não ter destruído o diário, ele tomou sua consciência e o manipulou durante um tempo, voltou a aterrorizar Gina pra ela me matar.-nesse momento parou pra olhar a expressão de incredulidade do diretor.-Eu percebi que tinha algo diferente nessa sua cara de bode velho, e quando entrei na diretoria o vi segurando o diário, quando o tirei do senhor me fez ameaças e logo depois começou a me atacar, se não fosse Fawkes aparecer, algum de nos estaria sendo velado nesse momento.

-Eu...-começa Dumbledore extremamente abalado, se sentido sujo por ter sido possuído pela alma imunda de Voldemort.-Obrigado, Harry.Salvou a minha vida e impediu que um desastre maior acontecesse.

-Sem problemas, eu preservei a minha própria vida.-responde Harry secamente, para ele a proposta de paz havia sido feita por Voldemort, não tendo nada haver com a verdadeira vontade do diretor.-Agora me deixe dormir.

-Uma ultima questão Harry.-chama o Dumbledore, fazendo Harry olhar para ele.-O que fez com o diário?

-O mesmo que o senhor deveria ter feito da primeira vez, o destruí.Boa noite!-diz Harry se deitando ficando de costas para Dumbledore.

Olhando com pesar para o garoto Dumbledore se revolta com ele mesmo, por ter sido tão fraco e permitido que Tom dominasse sua mente, sem ter nenhum trabalho.Com isso ele colocou todo o castelo em risco junto com os alunos e a sociedade bruxa, se Fudge descobrir, varia um escândalo e o mandaria direto para Azkaban.Um som melodioso que Dumbledore percebeu ser de seu companheiro Fawkes o fazendo relaxar e permitindo assim que o sono viesse.

*-*

Gina desceu para o salão comunal, para poder esperar por Harry, ela não tinha sonhado com nada relacionado ao seu primeiro ano.

-Bom dia maninha.-fala Rony beijando o rosto da irmã.-Se está esperando o Harry melhor desistir, desde ontem após o fim do jantar.-informa Rony a irmã olhando a tristeza na cara dela.-Não se preocupe ele deve estar treinado pra terceira tarefa.

-O Rony tem razão Gina.-fala Hermione abraçando Rony.-Vamos pro salão principal, provavelmente o Harry deve estar lá já.

Gina concordou e foi com o casal esperando encontrar o namorado já tomando seu café.Enquanto andavam eles ouviam rumores esquisitos do diretor e Harry terem se enfrentado num duelo mortal e agora os dois estavam na enfermaria em estado critico.

-Será que isso é verdade?-pergunta Rony espantado com rumores cada vez mais sinistros.

-Não sei, mas é melhor irmos até a enfermaria ver a verdade.-responde Hermione, sendo que os três começam a correr.

Chegando à porta da enfermaria, eles só faltaram derrubar a porta para poder entrar e encontram realmente o diretor e Harry nos leitos.Ambos discutiam com Madame Pomfrey para poder liberá-los, perto do leito de Harry Neville ria disfarçadamente do amigo, enquanto Minerva ajuda Papoula a ralhar com Dumbledore.

-Por Merlin, o que significa isso tudo?-grita Gina histérica.

-Srta.Weasley, isto aqui é uma enfermaria.-diz Madame Pomfrey severa.-Se quiser ficar com seu namorado, demonstre respeito.

-Desculpe.-fala Gina tão vermelha que seu rosto e seus cabelos se confundiam.-O que aconteceu com você Harry?-pergunta quando está ao lado do namorado.

-Eu e o diretor acabamos sofrendo uma intoxicação alimentar, devido a um dos doces que tinham no escritório dele.-responde Harry usando a desculpa que tinham inventado pra dar a todo o castelo.

-E desde quando você vai comer doces no escritório do diretor?-pergunta Rony sem esconder a surpresa.

-Sr.Weasley, certas conversas são boas em companhia de um bom doce, e os que comemos infelizmente estavam estragados.-fala Dumbledore com sua voz calma.-Agora será que poderíamos ser liberados, Papoula?Eu me sinto perfeitamente bem e se houver qualquer problema virei aqui imediatamente.Promessa.

-Alvo, eu o respeito como diretor desta escola, mas eu lido com adolescentes há muito tempo, então sei quando estou sendo enganada.E quem manda nesta enfermaria sou eu!-fala Madame Pomfrey olhando severa para o diretor.

-Por favor, alguém me arruma uma maquina fotográfica para que eu possa registrar a cara do velhote.-fala Harry sorrindo e se levantando, indo em direção as portas da enfermaria.

-O mesmo vale para você Potter, lembre-se que eu cuidei muitas vezes do seu pai, então seus truques não irão funcionar comigo.-fala a enfermeira com dois frascos de poções pra cada um.

-Seu truque também não deu muito certo Harry.-fala Neville rindo do amigo e do diretor que tentaram enganar a Sargento Pomfrey como Harry e ele tinham apelidado, em trocas de correspondências.

-Vocês só serão liberados depois do horário do almoço, e apenas se eu perceber que não tem nenhuma toxina no corpo de vocês.E o resto pode ir se dispersando, que isso aqui ainda é uma enfermaria.-fala Madame Pomfrey expulsando todos, mas com Gina resistindo pra ficar perto de seu namorado.-Srta. Weasley, sua aparência também não é das melhores, vai tomar seu café-da-manhã antes que eu resolva te internar também.

-É melhor você ir mesmo Gina, depois conversamos.-tranqüiliza Harry sorrindo.

-O que você estava fazendo na enfermaria, Nev?-questiona Hermione cismada.

-Hora o mesmo que vocês três.-fala Neville rapidamente.-Eu acordei mais cedo hoje porque a Prof. Sprout queria ajuda com algumas plantas da estufa, ouvi ela comentando com a Prof. Sinistra sobre o Harry e o diretor estavam internados, e fui ver o estado de saúde deles.

-Poderia ter ido nos avisar.-reclama Rony, não deixando a namorada fazer mais perguntas.Enquanto tomava seu desjejum Rony nota que a namorada parece muito distraída.-Está se sentindo bem Mione?

-Sim...Estava apenas pensando em o que dar de presente para os meus pais.-comenta Hermione rapidamente.-É melhor irmos logo para as aulas, se não iremos chegar atrasados.

Hermione se levanta seguindo junto com um grande fluxo de alunos saindo para as suas aulas matinais.Quando ela já estava perto da sala, sentiu alguém a segurando pelo braço e levando pra uma sala.

-Desembucha Hermione Granger, qual o motivo daquela sua cara distraída no salão principal, quer dizer desde o momento que saímos da enfermaria você ficou assim.

-Desde quando ficou tão observador assim Ronald Weasley?-pergunta Hermione mexendo no cabelo.

-Não adianta desconversar e nem tentar mentir para mim, você começa a mexer no cabelo quando fica nervosa.-fala Rony surpreendendo Hermione pelo namorado ser tão atencioso com ela.

-É que...está bem Ron, você venceu.-fala Hermione derrotada.-Acho que namorar você afetou meu cérebro.

-Espero que tenha sido um elogio.-fala Rony com cara de bobo.

-Mesmo assim tem horas que você continua um bobalhão.-não resiste Hermione dando um selinho no namorado.Percebendo que tentar enganá-lo não daria certo fala o que a atormentava.-Eu não aceitei aquela história do Harry ter ido até a diretoria pra comer doces com o diretor é muito esquisita, principalmente porque eu consegui ver que a poção que ela estava dando pra eles era uma poção revitalizadora, que é usada quando a pessoa fica sem energia, o que não é o caso deles que supostamente sofreram uma intoxicação.

-Por Merlin, Mione.Você deveria ser uma auror, incrível que percebeu tudo isso do pouco tempo que ficamos ali.-fala Rony admirado.-Nós fomos conhecer direito o Harry no começo do ano letivo, não sabemos muita coisa sobre ele.Nem mesmo a Gina que namora, com ele sabe muito sobre o passado, o único que parece saber algo é o Neville e mesmo ele depois da vinda do Harry parece outra pessoa.-comenta Rony sério, surpreendendo a Mione.-Uma coisa é certa, ele quer confiar na gente, mas acho que são coisas que ninguém deve saber, e se formos submetidos a um interrogatório confesso que vou falar tudo sem nem mesmo hesitar.

-Concordo com você, Ron.Mesmo querendo proteger, não teríamos como proteger os segredos do Harry.-fala Hermione abraçando o namorado, fazendo ele se recostar numa cadeira.

-Nunca pensei que você mataria aula comigo.-fala Rony começando a beijar o pescoço da morena que se levanta num pulo.

-Ai meu Merlin...-grita Hermione indo pegar sua mochila que estava jogada num canto.-Anda logo Ronald, devemos ter perdido o primeiro tempo, mas ainda podemos ir pra aula de Transfiguração.-enquanto era puxado por uma Hermione desesperada Rony só conseguia pensar em como uma menina daquelas podia namorar um bobalhão como ele.

*-*

Harry teve que ficar trancando na enfermaria com o diretor, já que a Sargento Pomfrey saíra de lá por não agüentar mais as tentativas dos dois saírem dali.Mesmo não querendo o garoto teve que se distrair com o velhote, jogando partidas de xadrez bruxo, e ele tinha que admitir nunca tivera tanto prazer em jogar com alguém antes como ele estava tendo ao jogar com Dumbledore.As partidas ficam em muitos empates, pois a estratégia de um sempre bloqueava a do outro, Harry percebeu que o diretor utilizava apenas sua experiência em batalhas, e sem utilizar legilimência.

-Xeque!-fala Dumbledore sorrindo pra Harry, encurralando o rei dele com um Bispo.

-Desculpe cabra velha, mas você deixou sua Rainha desprotegida.-fala Harry, destroçando a peça de Dumbledore com o seu Rei.

-Respeito Harry, falar mal não é uma atitude de um bom jogador.-reclama o diretor observando que peça poderia movimentar.-Faremos um acordo se eu lhe vencer, vai parar de me ofender.

-Fechado!-diz Harry confiante sem notar a jogada que Dumbledore fez, e ao olhar pro tabuleiro percebe que caiu em uma armadilha, sem chance de se livrar.-Merda, eu desisto, qualquer movimento que eu fizer você vai me dar um xeque-mate.Como apostamos tentarei resistir à vontade de lhe chamar de cabra velha.

-Vou liberar vocês dois, pois não agüento mais as discussões dos dois.-reclama Madame Pomfrey voltando pra sua liberando eles.

-Acho que a Papoula não precisa saber que nós iríamos parar de discutir.-comenta Dumbledore sorrindo.

-Eu disse que não xingaria mais você, e não que pararia de discutir.-diz Harry saindo da ala hospitalar.-Da próxima vez faça acordos melhores, agora tenho que ir ver meus amigos, até mais diretor.

Suspirando, Dumbledore vai até seu escritório, tentar relembrar sobre tudo o que fez durante Tom estava em sua mente.Ao entrar no escritório, ele nota que ele está parcialmente destruído e uma presença extremamente antiga e poderosa que ele tinha certeza não era um sinal de Tom.Com um simples gesto de varinha, a sala volta ao normal...sentando em sua cadeira começa a fazer perguntas para os quadros dos antigos diretores, que ficaram muito felizes em poder falar tudo que aconteceu e relatar as atitudes estranhas dele.

-Mesmo o moleque tendo sido muito mal-educado, ele salvou a sua pele Alvo.-fala Finneus com seu jeito sarcástico de sempre, fazendo o diretor refletir sobre seus erros, utilizando a sua penseira.

*-*

O dia da ultima tarefa ficava cada vem mais próximo, e como Auster tinha dito, um mês antes os quatro campeões foram informados sobre do que se tratava a prova.Onde era o campo de quadribol, tinham imensas sebes, que formavam um grande labirinto, que segundo Bagman iria ficar cheios de obstáculos até chegar a Taça que ficaria localizada no centro do labirinto.

Além de treinar para passar pelo labirinto, Harry treinava Gina como tinha prometido.Ele também visitava a diretoria para poder jogar xadrez com Dumbledore, seu “relacionamento” com ele não era dos melhores, mas pelo menos ele não insistia mais em querer saber sobre o seu passado.O moreno ainda era obrigado a ter que se esquivar das desconfianças de Hermione que aumentaram e muito em relação a ele.

-Deveria contar a verdade logo pra Mione, ela não descansar até arrancar a verdade de você.-fala Neville para Harry em mais um treinamento na sala precisa.

-Adoraria fazer isso, mas você sabe que eles não estariam preparados para todos os meus segredos.-responde Harry, curando seus ferimentos e os de Neville.

Ambos saíram da sala precisa pra poderem ir almoçar, e depois Harry teria que retornar pra treinar Gina.O progresso da ruiva estava surpreendo Harry, a garota pegava as coisas rapidamente e em pouco tempo ele poderia liberar todos os seus selos.

*

No dia da última tarefa Harry acordou com um péssimo pressentimento e com seu corpo dolorido.Isso porque sonhou a noite inteira com a voz de Voldemort, conversando com Rabicho e Bartô Jr num cemitério.Parecia que os planos deles estavam perto de serem concluídos, fazendo o moreno acreditar que o diário não tinha nada a ver com a profecia de Órion.

-Bom dia Harry!-fala Rony despertando Harry de seus pensamentos.-Ansioso pra terceira prova?

-Sim, pra que essa palhaçada acabe logo, quem sabe terei mais sossego com o fim desta merda de torneio.-responde o moreno de mau humor, se levantando e entrando no banheiro empurrando o ruivo.

-Credo o que deu nele?

-Esquece Rony, quando o Harry está assim é melhor você nem mesmo tentar discutir com ele.-fala Neville que conhecia o moreno há mais tempo.-Vamos descer e chamar as meninas para tomarem café, e o deixarmos sozinho, quando ele está desse jeito ele pode até mesmo a lançar uma maldição em um de nós.

Foi difícil convencer Gina, mas por fim Neville prometeu que o amigo não faria nada de estúpido como ficar sem comer quando iria prestar a terceira tarefa.Harry ficou um bom tempo no chuveiro, deixando a água cair pelo seu corpo e melhorar suas dores, ao sair encontrou o quarto vazio e sorriu por dentro, sabia que deveria ter sido Neville a fazer isso por ele.Enquanto se vestia Osíris entrou pela janela pousando no ombro dele.

-Da próxima vez que acordar nervosinho, pelo menos me bloqueia da sua mente, estou começando a ficar com inveja da Gina, ela não tem que sentir essas variações de humor sua.-despeja a ave bicando a orelha de Harry.

-Veio aqui para isso, ou tem alguma coisa mais útil?-pergunta Harry seco, terminando de se arrumar.

-Vou perdoar sua grosseria, tenho uma mensagem pra você.-responde Osíris indo pra cama de seu companheiro.-Como sabe a terceira prova vai contar com uma platéia maior do que as provas anteriores, além dos moradores do castelo, também estarão alguns membros da sociedade britânica...

-Deixe-me adivinhar, o babaca do ministro...alguns bruxos aristocratas.-interrompe Harry.

-Sim, mas também vão vir à família Weasley, alguns aurores como o casal Longbotton, os seus padrinhos, o Lupin.-completa Osíris observando a reação do moreno.

-Eles vão se revelar mesmo pro Dumbledore e para o ministro também?-questiona Harry olhando surpreso para o falcão.

-Sim...Eles cansaram de ter que se esconder, e o que você planejou já está adiantado, segundo Sirius não tem como o ministro querer fazer algo em relação a sua guarda.

-Menos mal, irei comer alguma coisa nas cozinhas e depois me preparar para a terceira tarefa.-fala Harry saindo pro quarto parando na porta.-Da próxima vez irei contar pro Almofadinhas colocar um feitiço silenciador por perto, você é muito enxerido.

-Beleza, da próxima vez que eu ouvir algo, não irei contar nada pra você.-reclama a ave, e Harry sabia que se Osíris pudesse, mostraria a língua para ele.-E não sei pra que você vai até as cozinhas, já que as suas visitas estão no castelo já.

-Como assim?-pergunta Harry surpreso.

arry surprs

-Eu contei sobre eles, porque os vi em Hogsmeade, vindo em direção ao castelo.-fala simplesmente.

-Droga!-reclama o moreno passando as mãos pelos cabelos os bagunçando ainda mais.-Parece que novamente serei o “estranho no ninho”.Fique no ponto mais alto do castelo pra você poder ver o labirinto e me guiar se possível, mas apenas se a situação ficar preta.

Osíris apenas cabeceia e levanta vôo indo para alguma parte escura da floresta proibida, como caçou a noite inteira aproveitaria para descansar antes de sua missão como vigia.Ele sabia que dificilmente Harry pediria ajuda, ele não gostava de fazer nada por trapaça, mas mesmo assim algo de ruim poderia acontecer, pois a profecia dos centauros nunca deve ser ignorada.

Utilizando seus conhecimentos sobre as passagens secretas, faz Harry chegar ao salão principal sem cruzar com ninguém.No instante que colocou o pé dentro do salão todos os alunos se viraram em sua direção, revirando os olhos Harry sentiu um impacto as suas pernas e quando olhou pra baixo encontrou o rosto contente de Cecília.

-Como vai baixinha?-pergunta Harry pegando a menina no colo e indo se sentar-se mesa da Grifinória perto dos Longbottom’s, e três figuras encapuzadas.A família Weasley também estava sentada na mesa dos leões, sentados perto dos filhos e de Hermione, olhando de canto de olho para o moreno e seus acompanhantes.

-Tava com saudades de você Harry.-fala a menina agarrada ao moreno, não o largando de jeito nenhum.

-Eu também.-fala Harry simplesmente.-E vocês três tirem logo esses capuzes, antes que meu café-da-manhã seja estragado pela presença do burro velho do Fudge e do Dumbledore.Apesar que mesmo vocês tirando aqueles dois vão querer vir até aqui.-reclama Harry bebendo um copo de suco de abóbora; com um sorriso sincero, ele olhou olhar nos olhos dos padrinhos e de seu tio postiço, Aluado.-Não sei o motivo desses capuzes, se vocês vieram de Hogsmeade sem nada protegendo o rosto.

-Aquele passarinho desenvolvido ficou nos espiando?-reclama Sirius com sua voz saindo num rosnado.

-Para com isso Almofadinhas, até parece que isso te incomoda.-fala Frank se intrometendo.-Logo que chegamos perto do castelo, ele começou a falar mais alto, esse cachorro velho ainda acha que engana alguém.

-Assim você me derruba Frank.-começa a falar Sirius sendo interrompido por Dumbledore.

-Que felicidade ver tantos rostos conhecidos novamente.-fala o diretor com um grande sorriso no rosto.-Sei que vocês querem ficar a vontade, mas Cornélio vai querer fazer um interrogatório.

-E você não professor?-questiona Marlene mais áspera do que gostaria.

-Confesso que tenho grande curiosidade em saber mais sobre o passado do Sr. Potter, mas após alguns acontecimentos não muito agradáveis que prefiro não comentar, percebi que perdi este direito quando o deixei com seus parentes trouxas.

-É melhor irmos à diretoria, têm muita gente que não sabe que é feio e também perigoso escutar as conversas alheias, ainda mais assuntos sobre mim.-ameaça Harry olhando feio para alguns curiosos, era difícil ver essa cena com Cecília agarrada ao colo dele.

-Pode deixar que nós vamos conversar com o diretor, você e o Neville, vão mostrar o castelo pra Cecília.-avisa Marlene carinhosa, mudando logo para ameaçadora.-E se vocês se atreverem a aprontar alguma coisa, é melhor rezarem pra Merlin em pessoa os salvar antes que eu os pegue entenderam?

-Tem horas que a mamãe me assusta muito.-reclama a menina numa voz manhosa.

-Ela também assusta o papai, querida.-fala Sirius de olhos saltados, levando um forte tapa de sua esposa.-Está vendo Harry, depois que você saiu de casa ela começou a me agredir fisicamente.

-Vamos baixinha, vou te mostrar os jardins.-fala Harry se levantando ignorando o comentário do padrinho.-Você vem Nev?

-Claro que sim.

-Arthur, aqueles não são Remo Lupin, Sirius Black e Marlene McKinnon?-questiona Molly espantada.

-Sim, são eles mesmos.-responde Arthur, vendo os três junto com o casal de aurores, Frank e Alice Longbottom, acompanharem Dumbledore.

-Vocês estão querendo dizer que aquele homem é Sirius Black?-pergunta Carlinhos espantando.-Um auror renomado que foi chamado para ser agente da Onbu, e é considerado uma lenda?É dele que vocês estão falando?

-Sim, Carlinhos.-responde Molly simplesmente.-Então isso quer dizer que realmente foram eles que criaram o Harry.Alguma coisa errada minha filha?

-Nada mãe, é que...

-A Gina está assim porque o Harry não veio falar com ela, ou talvez ela esteja com ciúmes da menina no colo dele.-responde Rony caçoando da irmã.

-Cala a boca Roniquinho, afinal de contas, alguém aqui também contou para a mamãe e para o papai que está namorando.-repreende Gina vermelha de vergonha e raiva, causando o mesmo efeito em Rony.

-Do que vocês estão falando?-pergunta Molly sem entender nada.-Fred, Jorge são vocês que estão namorando?

-Não mamãe, quem tá namorando aqui, são os seus dois filhos mais novos.-denunciam os gêmeos sem se importarem com os olhares furiosos dirigidos a eles.

-Eu vou andar pelo castelo, e vocês vem comigo.-fala Gui puxando os irmãos, deixando apenas Gina e Rony com os pais.Aproveitando a deixa Hermione também aproveita pra sair de fininho antes de encarar os sogros.

-Comecem a se explicar.-fala Molly olhando intimidadora para os filhos.Nesse momento o salão principal já estava vazio, e ninguém pode acompanhar a cena feita pela Sra. Weasley, que no inicio se mostrava brava com os filhos, mas logo depois um imenso sorriso e gritos de felicidade eram dados pela mesma.

-Por favor, Molly, se controle querida.-pedia Arthur cansado.Ele ficará feliz por seu filho e Hermione finalmente terem se acertado, mas sinceramente sentia muitos ciúmes de sua pequena Gina, sendo a única filha e a caçula, saber que ela namorava Harry não o agradava muito.-Vamos procurar o Harry, se bem conheço os seus irmãos eles devem ter ido atrás do pobre garoto.-completa com um sorriso no rosto, sabia que não seria o único a ter ciúmes de sua garotinha...e que ele nem precisaria fazer muito, pois os meninos fariam um interrogatório sobre as intenções de Harry Potter.

*-*

-Infelizmente terão que enfrentar Cornélio antes de podermos conversar, ele já se encontra na minha sala e provavelmente deve estar tentando abrir um buraco de tanto andar de um lado para o outro.-fala Dumbledore a todos enquanto eles seguiam para a diretoria.

-Fique tranqüilo professor, ele não vai poder fazer nada contra nós, viemos preparados para enfrentá-lo.-fala Remo confiante.

-Não apenas ele, o senhor também se for preciso.-completa Sirius ainda não acreditando muito no velho diretor.

Dumbledore apenas suspirou cansando, dando a senha para a sua gárgula que girou e revelou a escada.Adentrando no escritório, encontrou o ministro sentando numa cadeira girando seu chapéu coco.

-Sirius Black e Marlene McKinnon...-começa a falar Fudge.

-Black!-interrompe Marlene sem se importar com a careta feita pelo ministro.-Marlene Black.

-Claro, desculpe a indelicadeza, mas não sabia da situação dos dois.-fala Fudge pomposamente.-Como Ministro da Magia, vocês deveriam ter me informado do paradeiro de Harry Potter...e quando surgiram os boatos sobre a morte, por que não vieram dar explicações?

-Pra começar a tutela do Harry nos pertence, Lilian e Tiago deixaram isso bem claro no testamento.-começa Marlene irritada e bastante alterada.

-Abaixe o tom de voz, ainda sou a autoridade maior neste recinto!-esbraveja Fudge ficando vermelho de raiva.-Se continuar a me desacatar serei obrigado a mandar que a prendam.

-Está enganado em se achar a autoridade aqui, Ministro.-fala Sirius irradiando autoridade, diferente de Fudge que ao falar parecia apenas um garoto mimado.-Sou membro da Organização das Nações Unidas Bruxas e como membro de uma organização mundial, não respondo as leis de nenhum país diretamente.E voltando a questão legal do Harry, como ele é nosso afilhado, não queríamos que pessoas como você tentasse usá-lo como um meio de propaganda pra se auto-promover.

-Eu posso demitir o casal Longbotton e tornar a vida do Lupin um inferno.-ameaça Fudge percebendo que não tinha muito que fazer.

-Se controle ministro.-fala Dumbledore energético.-Lembre-se que Frank e Alice podem ser funcionários do ministério da magia, mas quem decide o futuro dos aurores e também dos inomináveis é uma comissão, onde assuntos pessoais são desconsiderados, e se você tentar intimidar os membros, eu como membro da Suprema Corte dos Bruxos irei lançar um processo nas suas costas.

-E quanto transformar minha vida num inferno é impossível.-fala Remo tranqüilo.-Convivo com a licantropia desde que era uma criança, sou discriminado e já fui até mesmo caçado por alguns, que graças a sua assistente pessoal que odeia os mestiços, este número de pessoas que querem minha cabeça aumentou.

-Eu...eu...-gagueja Fudge não sabendo mais o que fazer e saindo da sala furioso.

-Vocês lidaram muito bem com o Cornélio, mas pode ter certeza que ele vai tentar algo em resposta as ofensas aqui.-fala Dumbledore acariciando Fawkes.

-Não apenas a gente, o senhor também professor.-avisa Frank.-Ele vai querer fazer a sua caveira na suprema corte e na confederação internacional.

-A Confederação esta com seus dias contados.Em breve o único órgão mundial será a Onbu.-informa Dumbledore contente.-Pelo menos vai ser uma dor de cabeça a menos para mim.Agora podem ir curtir o Harry e o castelo, não quero incomodar, acredito que sintam muitas saudades dele.

-Sim estamos, até logo, professor.-despede-se Marlene achando estranho que o diretor realmente não quisesse saber nada sobre o passado de Harry.

*-*

-Quer dizer que o senhor está namorando nossa irmãzinha, Potter?-fala Gui perto de Harry.

Os cinco ruivos cercaram Harry que estava sentado numa árvore, observando Cecília nas estufas com Neville.Percebeu que os gêmeos estavam ali forçados pelos irmãos mais velhos, e que mesmo Percy, que a primeira vista pareceu todo pomposo parecia mais interessado que os gêmeos.

-Estou a namorando sim, e isso não é da conta de nenhum de vocês.-fala Harry tranqüilo.

-Olha só Gui o porco-espinho é corajoso.-fala Carlinhos sorrindo sinistramente.-Ele esqueceu que sou um tratador de dragões, que você um desfazedor de feitiços, que o Percy tirou um O nos NIEMs de feitiços e que mesmo os gêmeos não tendo se formado eles sabem muito bem azarar alguém.

-E irão fazer tudo isso com o que?-questiona Harry levantando a sobrancelha.

-Hora com nossas vari...-começa a falar Percy como se fosse algo obvio, mas percebendo que nem ele e nem seus irmãos estavam mais com as varinhas.-Onde estão nossas varinhas?

-Fala destas varinhas, Percy?-diz Harry mostrando as cinco varinhas presas numa esfera transparente.

-Guilherme, Carlos, Fred, Jorge e Percy Weasley, o que vocês estavam pensando em fazer com o Harry?-grita Molly Weasley vermelha e colocando as mãos na cintura, atrás dela Gina fazia uma posse semelhante a da mãe, mas com mais fúria nos olhos.Rony e Arthur apenas as seguiam, sendo que o mais novo queria muito gargalhar de seus irmãos.

-Eu deveria lançar minha azaração pra rebater bicho-papão em todos vocês.-ameaça Gina levantando a varinha e apontando para os irmãos.

-Calma Ginininha, estamos desarmados.Teria coragem de atacar seus irmãos indefesos?-pergunta Carlinhos recuando junto com os outros.

-Harry devolve as varinhas deles, assim não estarei atacando ninguém indefeso!-sibila Gina cada vez mais ameaçadora.

-Não precisa disso não Harry, nós estávamos apenas fazendo uma brincadeirinha, né Harry?-fala Fred pegando o moreno e o colocando na frente deles o empurrando em direção à irmã.-Não vemos problema nenhum no porco-espinho te namorar, só queríamos saber se ele não iria oficializar o pedido para os nossos pais.-completa sorrindo malicioso.

-Cala a boca Fred!-grita Gina ainda mais escandalosa.

-Relaxa Gina, eu iria mesmo pedir permissão para os seus pais sobre nosso namoro.-fala Harry devolvendo as varinhas pra eles, mas olhando marotamente pra Fred.-Vou lembrar-me disso quando você for pedir a Angelina em namoro.-ameaça o garoto em voz baixa, fazendo Fred o olhar assustado.

-Aqui é lindo Harry.-fala Cecília vindo correndo pra abraçar o moreno não dando importância para as pessoas a sua volta.

-Seja educada e cumprimente as pessoas baixinha, se não a sua mãe vai colocar a culpa em mim.-adverte Harry virando a garota para os Weasley, os apresentando um por um, deixando Gina por último.-E está aqui é a minha namorada a Gina.

-Prazer, eu sou a Cecília.-fala a menina docemente, causando espantando em Neville, que troca um olhar preocupado com Harry.-Mãe...pai...estamos aqui!-grita a menina ao ver os pais saindo do castelo os procurando.

O garoto queria saber muito sobre a conversa deles, mas era arriscado fazer isso com tantas pessoas por perto.Harry aproveitou que todos estavam por perto e fez seu pedido oficial de namoro à Gina, lhe oferecendo um singelo anel de ouro branco com runas élficas gravadas ao redor dele.Neville e seus pais foram às estufas, onde o garoto queria mostrar as pesquisas que desenvolvia junto com a professora;Molly e Marlene ficaram juntas e foram conversar sobre as “crianças”.Enquanto Remo, Sirius, Arthur, Gui, Carlinhos, Percy e os gêmeos conversavam sobre quadribol e por causa de Percy, política.Rony foi procurar Hermione que desaparecera quando os gêmeos falaram de seu namoro, Cecília ficou grudada em Harry, impedindo que o moreno e Gina se aproximassem muito, mas mesmo assim a garota era muito simpática com a ruiva.

-Sr.Potter a terceira tarefa vai começar logo, por isso o jantar vai ser servido mais cedo, para dar tempo dos campeões se preparem.-avisa Minerva ao moreno, que se encontrava nas escadarias da porta de entrada olhando o pôr-do-sol com Cecília sentada no seu colo, e Gina com a cabeça encostada no ombro dele.

Durante o jantar era possível ouvir muitas pessoas comentando sobre os tutores de Harry Potter e a pequena menina que não largava dele.Como Harry prestava atenção em tudo ao seu redor, pode notar a troca de olhares entre Gui e Fleur, e nervosismo de Moody, que parecia ainda mais pirado.

-Agora que todos estamos satisfeitos, podemos nos preparar para a última tarefa do Torneio Tribruxo.-anuncia Dumbledore.-Os campeões devem ficar concentrados numa tenda armada perto do campo de quadribol, onde o labirinto foi criado, e quando todos os preparativos estiverem prontos serão chamados e vai ser explicado o que devem fazer.

Cada um dos campeões despediram-se de sua família, indo para a tenda.Harry teve mais dificuldade para poder ir até a sua tenda, pois ele era sufocado por palavras de incentivo e boa sorte.Diferente da primeira tarefa, onde cada um ficava isolado, dessa vez os quatro conversavam, querendo esquecer que ao saírem dali seriam inimigos e lutariam pela vitória.Ao longe eles começaram a ouvir a voz do público chegando e indo para as arquibancadas, Cedrico e Vitor foram sentar nos cantos, como se estivessem rezando silenciosamente, mas Fleur ficou perto de Harry meio indecisa se deveria falar ou não.

-Algum problema Fleur?-questiona Harry percebendo que a garota começará a ficar vermelha.-Será que tudo isso é por causa de um certo ruivo, de cabelos amarrados em rabo de cavalo e com um brinco?-com um grande sorriso ele notou a garota corar e começar a gaguejar.-Parece que a veela ficou enfeitiçada, que ironia.

-Para, por favor!-implora a garota muito vermelha escondendo o rosto atrás das mãos.

-Desculpe, não pude resistir ao impulso de brincar com você.-confessa Harry sorrindo maroto.-Uma dica, se concentre na prova, vai ter muitos perigos e você manter sempre sua concentração para não ficar ferida.Depois eu te apresento ele, afinal de contas, não foi apenas você que observou, mas também foi observada bastante por ele.

-Garotos venham, a prova já vai começar.-chama Damian Auster, os guiando até a entrada do labirinto.-A prova vai ser o seguinte, vocês deverão encontrar a taça que foi colocada mais cedo por um dos professores no centro do labirinto.Lógico q o labirinto já é um desafio, mas dentro dele existem obstáculos que devem ser superados por vocês, se perceberem que não podem mais prosseguir lancem fagulhas vermelhas para o céu e algum dos “guardas” iram lhes resgatar.-apontando para Minerva, Hagrid e Moody com uma estrela vermelha nas costas.-O primeiro a entrar será o Sr. Potter, seguido dos Srs. Diggory e Krum e por fim a Srta. Delacour, lembrando que todos terão chance de vencer, não importando quem vai largar na frente.

Um por um os campeões foram entrando no labirinto determinados a vencer.Harry se orientava pelo labirinto através da sua varinha, através de sua magia ele podia sentir que nenhum adversário se encontrava muito perto dele.O fato mais estranho é que até agora nenhuma armadilha surgira na sua frente, seus olhos adquiriram um aspecto felino e ele começou a vasculhar melhor o lugar.

-Isso aqui era algum feitiço, pra ser mais especifico, uma forte ilusão que foi quebrada por alguém antes mesmo de ser ativada.-observa o moreno atentamente, e logo depois se concentrando para falar com Osíris.-“Você está vendo alguma movimentação estranha?”

“Desculpe Harry, mas tem uma forte neblina em cima de todo o labirinto.Nem mesmo com minha visão eu posso ver algo”-responde Osíris triste por não poder ajudar Harry.

“Não fique chateado, deveria imaginar que este labirinto teria mais feitiços do que simplesmente crescer estas sebes altas.Seja quem for que estiver fazendo isso, irei acabar com isso ocultando minha presença e magia.”-responde Harry encerrando sua conexão mental, para logo depois lançar um forte feitiço retirado do livro de Cronos, que ocultaria sua presença, mas o deixaria com seu reflexo mais lento que o normal.-Pelo menos deixarei alguém muito irritado.

-SOCORRO!

-Parece a voz da Fleur.-fala Harry alarmado tentando sentir a magia dela, encontrando atrás de uma sebe.-Droga, não tem como eu atravessar, vou ter que apelar.REDUCTO!-canalizando mais magia que num feitiço comum, explodindo a sebe e encontrando a veela desmaiada e sendo arrastada por galhos, utilizando sua varinha como se fosse uma espada Harry corta todos os galhos que seguravam Fleur e a puxo pra longe das sebes.-Isso não foi uma simples armadilha do labirinto alguém aumentou sua capacidade, é melhor tirar a Fleur daqui.-lançando fagulhas vermelhas, o moreno a deixou ali e continuou seu caminho.

Percebeu que com sua presença ocultada os desafios pararam de serem desfeitos e ele teve que lutar, tendo diversos arranhões e alguns rasgos nas roupas, mas nada sério.Estava fugindo de um explosivin de Hagrid que era enorme, e acabou esbarrando em uma cena que o chocou.Vitor Krum tortura Cedrico com a maldição cruciatus.

-Me ajude.-implora Cedrico com dificuldades para respirar.

-Harry Potter.-fala Vitor com uma voz esquisita, se virando pra Harry que notou os olhos desfocados.

-Maldição Imperius!-fala Harry logo acertando um feitiço mudo em Vitor o paralisando.-Levante logo Diggory, vou precisar de sua ajuda.

-Para que?-pergunta Cedrico com raiva nos olhos querendo amaldiçoar Vitor.

-Ele foi feito escravo da maldição imperius e eu quero saber o motivo.-fala Harry simplesmente.-Vou invadir a mente dele, e com isso o feitiço vai ser cancelado e ele pode tentar me atacar, por isso quero que o segure o mais forte que puder.Entendeu?-pergunta olhando para o garoto que concordou, guardando a varinha e se posicionando atrás do búlgaro.-LEGILIMENS!-Harry vai passando rapidamente pela vida de Krum, tentando se concentrar no que tinha acontecido no início da terceira tarefa.-Pode soltar ele, ele vai ficar desmaiado por um bom tempo agora.

-O que você viu?-pergunta Cedrico surpreso por um garoto de 14 anos saber utilizar legilimência, uma arte obscura que segundo os livros, demoram anos para ser dominado.

-Logo que o Krum entrou no labirinto alguém o amaldiçoou pelas costas, e mandou que ele se livrasse de todos os competidores, menos eu.Ele atacou a Fleur, depois saiu a sua procura e quando ele acabasse com você seria libertado da maldição e desclassificado também.-conta Harry enquanto lança fagulhas para o céu.-Sei que parece estranho, mas se não quiser acreditar em mim problema é seu, só tome mais cuidado, da próxima vez talvez eu não esteja por perto pra lhe salvar de ser torturado e se tiver muito azar até mesmo morto.-termina o moreno saindo de perto de Cedrico sem nem mesmo dar atenção a expressão surpresa dele.

Sentindo que estava perto da taça Harry pegou um caminho que tinha apenas uma abertura e para sua surpresa uma esfinge bloqueava seu caminho.Olhando atentamente, percebeu que não seria possível destruir a esfinge, apenas resolvendo seu enigma poderia passar.

-Diga logo seu enigma, estou preparado.

-Todo mundo precisa, todo mundo pede, todo mundo dá, mas ninguém segue?-questiona a esfinge olhando pra Harry esfomeada.

              

-Um conselho.-fala Harry sem muita certeza.

-Acertou.-falou a esfinge frustrada.-Pode passar, seguindo este caminho encontrará o que tanto procura.

Animado com a idéia de finalmente acabar com aquele maldito torneio, Harry corre na direção indicada pela esfinge, de tão concentrado que estava não notou uma acromântula pular em sua direção, o picando no braço direito, deixando um grito estrangulado sair de sua boca.

-WINGARDIUM LEVIOSA!-fala uma voz que o moreno reconheceu como sendo a de Cedrico que levitou a acromântula deixando a barriga dela exposta.

-Mantenha o feitiço, darei um fim a ela.-fala Harry levantando com dificuldades o braço ferido.-DIFFINDO!-exclama Harry partindo a aranha ao meio.-Obrigado Cedrico, parece que estamos quites, pode pegar a taça, você merece ser o campeão.

-Não, se você não tivesse me ajudado com o Krum não estaria aqui, e também você me avisou sobre os dragões.-confessa Cedrico mostrando uma qualidade da sua casa Lufa-lufa.

-Podemos pegar os dois ao mesmo tempo então, assim seria declarada vitória de Hogwarts do mesmo jeito, e acho que isso basta para deixar todo mundo feliz.-sugere Harry, afinal de contas o veneno já começará a se espalhar por todo o seu corpo, e ele não poderia agüentar mais discutir com Cedrico.

-Concordo com você Harry.-fala Cedrico indo ajudar Harry a se levantar.-Vamos pegar no três.

Chegando ao número três, os dois tocam juntos na taça, sentindo um puxão no umbigo, típico de uma chave de portal.Com um forte impacto os dois caem no chão, e a taça rola para longe deles.

-Onde nós estamos?-pergunta Cedrico confuso olhando para todos os lados.-A taça era uma chave de portal, isso faz parte do torneio.Você sabia sobre isso Harry?-percebendo que o moreno não responderá, olhou na direção dele o chamando mais uma vez.-HARRY!

-Cedrico, corre de volta para a chave de portal.-fala Harry temeroso, sabia onde estava, no mesmo cemitério que ele viu Voldemort e seus dois capangas.-Faça o que eu estou mandando, você corre perigo.-a cicatriz de Harry explode numa dor terrível e uma figura baixa encapuzada apareceu na frente deles, segurando um embrulho, que trouxe tremores a Harry.

-Mate o outro, deixe apenas o Potter vivo.-vem a voz do embrulho na mão do encapuzado.

-AVADA KEDAVRA!-fala o encapuzado mirando Cedrico que fica paralisado vendo o feitiço verde vir em sua direção.

Tentando evitar a morte do garoto, Harry lança uma lápide entre os dois, fazendo com que a maldição acerte a lápide em vez de Cedrico.O impacto é tão forte que lança Cedrico para trás batendo sua cabeça num túmulo e desmaiando, com a cabeça sangrando.

-Esqueça-o, pegue logo o Potter, temos pouco tempo pra realizar o ritual.-reclama o embrulho novamente.

-Sim, mestre.INCARCEROUS!-cordas saem da varinha dele, prendendo Harry num dos túmulos que tinha no cemitério, o moreno não tinha como reagir, pois seu corpo já se encontra paralisado pelo veneno.-Do jeito que falaram de você, pensei que era um desafio maior, nem reagiu ao meu feitiço, o Pontas deve estar se revirando por ter um filho fraco.

-Como você sabe o apelido do meu pai?-pergunta Harry confuso.

-Ora seja inteligente, quem mais saberia os apelidos dos marotos, do que um dos Marotos?-fala o estranho retirando seu capuz, revelando um rosto angular muito parecido com o de um rato.

-Rabicho!-grita Harry com raiva tentando se soltar.-Seu maldito traidor.

-Pare de torturá-lo Rabicho, prometo que deixarei você brincar com ele mais tarde.-fala o embrulho com ansiedade na voz.

Harry observa com repulsa Rabicho depositar o embrulho num caldeirão, fazendo com que ele reconhecesse o que era tudo aquilo, uma poção que ajudaria num ritual de necromância.

-Osso do seu pai, dado sem saber, renove filho!-começa a falar Rabicho, e o tumulo onde abaixo de Harry rachou e um fiapo de poeira foi em direção ao caldeirão caindo nele e levantando faíscas.-Carne do servo, dado de bom grado, reanime o seu amo!-continua Rabicho cortando a própria mão direita com um punhal de prata, e sufocando um grito de dor e agonia; caminhando na direção de Harry com o ferimento sangrando.-Sangue do inimigo, tirado à força, ressuscite seu adversário!

Sem ter o que fazer para impedir Rabicho, Harry sente a lâmina fria do punhal, rasgar a dobra do seu braço direito, fazendo seu sangue escorrer, e Rabicho recolhê-lo com um frasquinho retirado das vestes e depositado no caldeirão.A poção borbulhava cada vez mais e em poucos segundos um homem saiu de dentro do caldeirão, e Harry reconheceu o mesmo monstro que há anos atrás destruiu sua vida, Voldemort.

-Finalmente pude largar aquela forma inferior.-fala Voldemort observando seu corpo, enquanto Rabicho o veste com um sobretudo negro.-Você me serviu muito bem Rabicho, devolva minha varinha agora.-com uma submissão que enjoou Harry, Rabicho puxou uma caixa verde com a marca negra gravada em cima dela, e entregou a seu mestre que a abriu revelando sua varinha, que no mesmo instante que tocou a mão de seu mestre uma onda de agia desprendeu de Voldemort.-Como é bom me sentir completo novamente.

-Milorde, por favor, meu braço.-implora Rabicho mostrando o toco sangrento.

-Espere um pouco, em breve será recompensado.Primeiro quero chamar meus fiéis comensais da morte.-informa o Lord pegando o braço de Rabicho e apertando a marca negra e brilhou num tom esverdeado, para logo depois retornar a cor negra;em poucos minutos barulho de aparantações são ouvidas e pessoas vestidas iguais aquelas que atacaram no final do mundial de Quadribol.-Meus leais súditos, fazem mais de treze anos que não nos reuníamos neste círculo.-começa seu discurso feliz, para logo ser substituído por ira e raiva, falando o nome de todos os comensais.-E muitos de vocês não pareciam dispostos a querer nosso reencontro, pois me esqueceram no submundo...até mesmo os meus mais fiéis servos, não é Lúcio?

-Se houvessem sinais eu já teria ido atrás do senhor, milorde.-fala Lúcio com medo.

-Não minta para mim, houve muitas indicações de meu retorno e apenas meus servos mais leais vieram me ajudar.-fala Voldemort puxando Rabicho para sua frente.-Agora é hora de sua recompensa, meu servo leal.-com um movimento floreado de varinha, um feixe prateado vai em direção ao toco sangrento de Rabicho, e no lugar uma mão totalmente de prata é formada.-Junto com Rabicho meu espião em Hogwarts, enganou até mesmo o amante de sangues-ruins Alvo Dumbledore.

-Não é culpa do Dumbledore o peso da idade o afetar tanto assim.-fala Harry querendo ser notado, para ter a chance de escapar.

-Ora nosso convidado de honra, resolveu abrir a boca, este é aquele que vocês pensaram me derrotar.-fala Voldemort indo em direção a Harry.-Finalmente podemos nos conhecer pessoalmente, Harry Potter.

-Se fosse por mim, eu dispensaria conhecer essa sua cara feia de cobra.-fala Harry ironicamente.-Eu posso sugerir um cirurgião plástico, quem sabe ele pode colocar um nariz nessa sua cara feia ou será que você já foi fazer uma plástica pra retirar o nariz e ficar igual ao Michel Jackson?-continua Harry tentando se livrar das cordas.

-Respeite o Lord das Trevas pirralho insolente!-urra um comensal da morte sacando a varinha e tentando amaldiçoar Harry.

-Acalme-se Mcnair.-fala Voldemort fazendo um gesto de mão para o comensal abaixar a varinha.-Devemos agradecer ao Harry, graças a ele pude voltar ainda mais poderoso, por causa de seu sangue, nem mesmo a proteção da sua mãe vai me afetar.

-Não sou idiota como você.-afirma Harry sorrindo e deixando os fuuins que tinha pelo corpo brilharem.-Como pode ver, isto são selos que não permitem minha magia ser usada livremente, ela se encontra bloqueada e também não posso esquecer o veneno de acromântula.

-Moleque maldito, isso não me importa...Você não vai viver tempo suficiente para liberar esses selamentos, sua morte vai ser aqui e agora, aproveitaremos este cemitério para enterrar o seu corpo.-fala Voldemort escondendo sua frustração.-Rabicho devolva a varinha dele e o solte, iremos duelar Potter.

O traidor arrebenta as cordas que prendiam Harry com sua mão de prata e empurrou a varinha para ele.Pensando em um plano para salvar Cedrico e a si mesmo também, pois sentia que em breve o veneno tomaria seu corpo completamente e apagaria.Mesmo com sua mente nublada Harry consegue evitar seu corpo ser dominado pela maldição imperius lançada por Voldemort.

-Parece que você não é influenciável por esta maldição, mas será que você resiste à maldição da tortura seguida de uma invasão mental?-questiona Voldemort, primeiro lançando uma maldição cruciatus, para depois fixar seus olhos no de Harry para tentar “lê-la”, mas fica chocado ao encontrar uma grande muralha blindando toda a mente dele, e por causa do descuido não sentiu a onda mental que o atingiu.-Sai da minha mente Potter!

O grito de Voldemort é tão poderoso que junto dele uma onda de magia foi liberada, atingindo todo o cemitério e o arredor da cidade também.Com o impacto Harry é jogado para trás, mas com um sorriso no rosto por ter conseguido confirmar quem era o espião de Voldemort e os próximos passos dele, depois de “matá-lo”.

-Desculpe acabar com seus sonhos, Voldeco, mas tenho gente me esperando em Hogwarts.-fala Harry se levantado com dificuldade, correndo em direção ao corpo desmaiado de Cedrico.

-O impeçam seus idiotas, mas não mate ele, que ele é meu!-grita Voldemort ainda abalado com a invasão mental.

A sorte de Harry é que os comensais pareciam abalados demais para reagirem imediatamente, então ele teve tempo para incapacitar o maior número possível com uma explosão de luz, que ofuscou a vista dos comensais.

-ACCIO!-grita Harry colocando uma mão no ombro de Cedrico que acordava meio grogue vendo toda aquela agitação, convocando a chave de portal, ouvindo Voldemort amaldiçoar.

-Harry!-gritam diversas vozes correndo em sua direção, e logo a voz de Sirius se sobressai.-Vocês dois estão bem?Atendimento médico para esses dois, agora.

-Almofadinhas espere, Voldemort...ele retornou!-grita Harry para ser ouvido no meio da multidão, criando uma confusão, gerando gritos e vozes aflitas.

-Esse moleque é louco, está querendo aterrorizar vocês com histórias mirabolantes e fantasiosas.-grita Fudge nervosamente.

-SILENCIO!-profere Sirius calando o ministro.-Sou a autoridade máxima deste castelo e não quero que ninguém saia daqui, enquanto começo a investigar.Vamos Harry é preciso lhe levar para a enfermaria.

-Não!-grita Harry assustando o padrinho.-Antes você precisa deter o Olho-Tonto, ele não é quem todos pensam é um comensal disfarçado.-o moreno percebe que Sirius olha descrente para ele.-Confie em mim Almofadinhas.

-Tudo bem.-confirma Sirius procurando Moody, que andava apressadamente pra fora do tumulto querendo ir para os portões de Hogwarts.-Pare onde está ou serei obrigado a atacar.-vendo que seu aviso não tem efeito Sirius se prepara para lançar um feitiço, mas Dumbledore é mais rápido estuporando o espião e o prendendo com cordas.

-Desculpe ter agido primeiro que você Sirius, mas Alastor nunca fugiria, a primeira coisa que ele faria se fosse acusado é esbravejar feito um louco.Por isso ataquei em vez de perguntar.-fala Dumbledore nervoso.-Todos os alunos devem voltar para o seu salão comunal e esperar a ordem de quando poderão sair, os diretores da casa irão acompanhar pra conferir que ninguém se perca no caminho.Papoula ministre o cuidado a estes dois, e depois me avise para irmos até eles conversar.-termina Dumbledore carregando “Moody” indo pra dentro do castelo, sendo seguido por um Fudge mudo furioso atrás de si.