Proibidos escrita por miojo, Graziele


Capítulo 9
Desejos


Notas iniciais do capítulo

Recadinhos lá no fim.



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Jake estava sem sono e sua barraca estava vazia e fria. O costume o fez levantar e migrar ate a barraca de Leah, que sorriu ao vê-lo entrar. Jake observou a bela cigana, que estava despida, apenas coberta com uma manta de varias cores. Ela, sem dúvida, era o sonho de muitos homens, assim como as demais mulheres que Jake já possuiu. Jake sabia que deveria desposá-la, mas não conseguia se ver preso a uma mulher como ela. Ele queria algum desafio, uma mulher que não estivesse disposta a fazer o que o homem lhe ordenasse, que não deixasse ser mandada, que tivesse seus próprios pensamentos. Em meio a esses enleios, a imagem da atrevida Renesmee cerrando os olhos veio em sua mente. Não uma burguesa...

 

-Vós mi cê veio apenas para me admirar? – Leah sorriu, enquanto Jake escorregava para embaixo da manta.

 

 

Sam escutou os passos de Jake em direção a barraca de Leah e cerrou os olhos. Jake sempre teve as mulheres que ele desejava, mas dessa vez seria diferente, Renesmee seria dele.

 

Renesmee acordou sem que fosse preciso chamá-la. Estava inquieta e atiçada. Um beijo seria algo tão alucinante assim? Levantou-se, indo se banhar. Sentia o corpo dolorido pela noite mal dormida. Passara boa parte da madrugada pensando em como seria se Jacob houvesse beijado-a. E, sinceramente, isso a assustava.

 

Escolheu um vestido marrom, com poucos babados e quase sem bordados. Não iria estragar seus lindos bordados indo para o pasto. Antes que terminasse de colocar as anáguas, Alice bateu a porta.

 

- Renesmee?

 

- Entre. – Alice foi direto pegar o espartilho marrom, enquanto Renesmee terminava de se vestir.

 

- A nota do tecido esta sobre sua mesa, no escritório. – Alice explicou.

 

- Logo após o desjejum vou contabilizar. – Renesmee se virou de costas par Alice, que fechou os botões do vestido, antes de apertar o espartilho.

 

- Como fora a dança? – Alice tinha receio em perguntar.

 

- Curiosa. – Renesmee calçou as botas pretas, penteando os longos cabelos em seguida.

 

 

 

A família Volturi foi ao enterro de Anita, eram os únicos presentes. Talvez por medo ou por simples afronto ninguém mais apareceu. Aro tentava esquecer tudo que já ouvira sobre Russel, era um momento de perda, de dor... Aro também era pai, imaginava a dor que arrebatava o peito do homem rude a sua frente.

 

- Meus pêsames. – De uma a um, todos cumprimentaram Russel, Alec se deixou por ultimo.

 

- Ela estava apaixonada por ti. – Russel tinha os olhos tristes, vazios, marejados.

 

- Era uma bela dama, teria prazer em cortejá-la. – Alec não se sentiu mal em mentir, afinal era para amenizar a dor de um pai.

 

 

Renesmee passou a manha no escritório, saindo somente quando Claire lhe avisou da chegada do Volturi. Perfumou-se, e caminhou delicadamente ate a sala. Alec estava de pé, todo de preto. Luto. Renesmee havia se esquecido de Anita, o que era de certa forma oportuno, já que não queria culpar os ciganos sem antes conhecê-los.

 

- Bom dia. – Ambos se cumprimentaram.

 

- Estive pensando em um passeio. – Alec estendeu o braço para Renesmee, que aceitou, surpreendendo-o.

 

- Apenas pelas redondezas da casa. – Renesmee sorriu, provocando Alec.

 

- Certamente. – Alec começou a contar a Renesmee sobre o enterro, mas ela não prestou atenção. Estava envolvida em um dilema interno. No dia anterior, quase se permite ser beijado por um cafajeste e hoje tens um homem decente ao seu lado. Um beijo não seria tão promiscuo assim.

 

Sentia algo estranho, como de não fosse apenas o desejo de um beijo. Desistiu de pensar. Nunca pensou das regras, porque pensaria nesse momento?

 

- Alec. – Renesmee se virou, parando em frente a Alec, que não compreendeu o movimento.

 

– Beije-me.

 

- Srta... – Alec tinha sido pego de surpresa, não esperava isso de Renesmee. Mais uma vez ela tinha o surpreendido. Esse era uns dos motivos por ela carregar a cidade a seus pés.

 

- Não vá me dizer que vós mi cê nunca beijou uma dama? – Renesmee sorriu, rodando levemente a sombrinha.

 

- A Srta já beijou? – Alec se surpreendeu.

 

- Vais ou não me beijar? – Alec deixou a mão cair na cintura de Renesmee, colando seus corpos, e selando seus lábios. Não ousou abrir caminho com a língua, pois, pela forma como Renesmee ficou estática, ela nunca houvera beijado.

 

Renesmee estranhou, seu corpo estava colado no de Alec, mas ela não sentia o mesmo calor sendo emitido do corpo dele como sentiu o calor vindo de Jacob. Talvez as roupas atrapalhem. Seu corpo não foi percorrido pelas mesmas correntes de outrora, mas seu coração estava igualmente acelerado. Sentiu falta da barba roçando sua pele, afinal Alec tinha o rosto liso. Fazendo um balanço de todas as sensações, Renesmee chegou a conclusão que beijar era bom.

 

Alec desgrudou os lábios, vendo uma Renesmee levemente corada. Sorriu, ele estava domando a fera.Renesmee endireitou a sombrinha, voltando para o lado de Alec. Talvez outro dia repetisse o beijo.

 

 

O trem parou, e um homem de certa idade, mas ainda muito galanteador desceu. Cabelos escuros, pela clara. Russel logo o reconheceu pelos trajes. Era o investigador.

 

- Sou Russel. – O investigador estendeu a mão, cumprimentando seu cliente.

 

- Meus pêsames. – O investigador era sincero, mesmo não conhecendo Russel.

 

- Agora só penso em descobrir quem tirou o bem mais precioso de minhas mãos.– Russel praticamente cuspia fogo por entre os dentes.

 

- Farei o possível. E... Pode me chamar de Charlie.

 

 

 

Claire estava empolgada para ver se a cama caberia no quarto. Quil sorriu, batendo de leve no colchão. O quarto já estava mobilhado, e possuía ate cortinas. Claire deixou lagrimas escaparem. Estava tudo tão perfeito! Logo teria sua casa, com seu marido.

 

- Parece um sonho. – Quil sorriu, abraçando sua amada.

 

- E ainda dizem coisas tão feias sobre a Srta. Cullen – Claire odiava ouvir que sua patroa já havia se deitado com o demônio.

 

- Ela tem um coração de ouro, só o gênio que é duvidoso. – Quil riu e Claire apenas secou as lágrimas, sem retrucar, porque ela sabia que era verdade o que Quil acabava de dizer.

 

 

Jake já estava indo de encontro a Renesmee, quando Carlisle o chamou. Ele parou, esperando ate que ele se aproximasse o bastante.

 

- Jake, estás indo ver a Srta Cullen? – Jake assentiu.

 

– Digas a ela que estamos muito gratos pela bondade. A convide para vir para o aniversario de Esme, é na próxima Quinta. – Carlisle queria demonstrar o quanto estavam felizes e gratos a Renesmee.

 

- Creio que ela não virá. – Jake riu.

 

- Ela veio uma vez, não foi? E agora tens aulas de dança. Creio que virá. – Carlisle riu.- Mais uma coisa, veja se ela possuiu algum toro reprodutor em sua fazenda, duas de nossas vacas estão entrando no cio.- Jake assentiu, voltando a caminhar.

 

 

Renesmee chegara ao mesmo lugar do dia anterior levemente cansada, notando que Jacob ainda não havia chegado. Renesmee se acomodou em baixo de uma sombra, proporcionada por uma macieira. Suas pernas estavam cansadas, por isso resolveu sentar-se. Agradeceu por ter vindo com o vestido que menos gostava. Retirou as luvas, olhando para o alto da macieira. Já estava se irritando pelo atraso de Jacob.

 

- Um cavalheiro nunca deve deixar uma dama esperando. – Renesmee resmungou, ajeitando os cadarços da bota.

 

- Talvez eu não seja um cavalheiro. – Jacob sussurrou no ouvido de Renesmee, que sentiu todos os pelos do corpo se arrepiarem. Ela não o ouviu chegar. Ela se levantou as presas, se embolando na barra do vestido e quase caindo sentada novamente.

 

- Assustou-me. – Renesmee conseguiu ficar de pé, observando Jacob rir.

 

- Antes de começarmos, tenho um recado para vós mi cê.

 

- Um recado?

 

- De Carlisle, o nosso patriarca. Ele está muito agradecido pela sua bondade, e a convidou para o aniversario de Esme, sua mulher. Será na próxima Quinta. – Jacob não acreditava que Renesmee fosse aceitar, embora desejasse que ela o fizesse.

 

- Diga a ele que irei. – Renesmee sorriu, realmente encantada com os costumes ciganos.

 

- Será à noite. – Jake havia ficado surpreso com a decisão de Renesmee.

 

- Tenho certeza que, em consideração a Carlisle, vós mi cê não se importará em me acompanhar. – Renesmee sorriu. Jacob estava atado, não poderia negar isso a Carlisle.

 

- Ande, vamos começar.

 

- Sem música? – Renesmee juntou as sobrancelhas, de um modo que fez Jacob apreciar ainda mais os olhos da dama a sua frente. Lindos olhos castanhos.

 

- A música esta em todos os lugares, na terra, no ar, na água... Em você. – Renesmee não estava entendendo, Jake estendeu a mão para ela, conduzindo-a, mas Renesmee tropeçou no vestido.

 

- Como queres dançar com tantos panos e anáguas? – Jacob se irritou.

 

- O problema são minhas anáguas? Resolverei a questão. – Renesmee ergueu saia marrom, deixando à mostra as três camadas de anáguas, retirando-as com violência. Permitindo que Jacob observasse o foro branco de seu vestido, por poucos segundos. E logo soltou a saia marrom, que perdeu completamente o volume.

 

- Com sua vasta experiência, deves saber desamarrar um espartilho. – Renesmee deu as costas a Jacob que sorrindo começou a desamarrar o espartilho. Ele estava admirado pela destreza e ousadia da burguesa.

 

Renesmee sentiu o espartilho afrouxar, e logo ser retirado. Devia estar envergonhada, mas não estava, já que vergonha era algo raro em sua vida. Virou-se para Jacob, apenas com o vestido marrom, que estava levemente folgado em seu corpo.

 

- Agora podes me ensinar? – Renesmee sorriu.

 

- Certamente. – Jacob ajeitou o espartilho em cima das anáguas, e novamente pegou a mão de Renesmee.

 

- Nós vamos seguir o ritmo dos nossos corações. – Renesmee começou a rir da fala de Jake.

 

- Corações? – Jacob puxou Renesmee para si, colando seu corpo ao dela. Renesmee foi pega de surpresa. Com o corpo colado ao do cigano, Renesmee percebeu quão era a diferença de altura entre eles. Renesmee não era baixa, tinha 1.70 m de altura, ainda tinha os 5 cm de salto da bota, e, mesmo assim, não chegava aos ombros de Jacob.

 

- Estas sentindo? – Jacob perguntou.

 

- O que? – Renesmee estava sentindo tantas coisas, que precisava saber a qual Jake se referia... O ar estava mais denso, seu corpo suava, sua garganta coçava e seu estomago parecia estar repleto de borboletas.

 

- Nossos corações. – Renesmee concentrou-se, e logo sentiu a batida acelerada de seu coração e as batidas fortes, porem calmas, de Jacob.

 

- Sim. – Jacob sorriu, estava alegre em ter Renesmee tão próxima.

 

- Só deixe que esse ritmo te controle. Deixe tudo fluir pelo seu corpo. – Jake descia as mãos pelas laterais do corpo de Renesmee, chegando ao quadril, girando-a com força, e começando a dançar. Ela, no começo, se perdia, tropeçava, mas com a paciência de Jake ela foi melhorando.

 

Já estava entardecendo quando Renesmee parou, se sentando na grama. Estava exausta. Jacob sentou-se ao lado dela, estava surpreso com a destreza em que Renesmee conseguia acompanhar os passos. Podia arriscar em dizer que, se as aulas continuassem, ela poderia dançar como uma legitima cigana.

 

- Meus pés estão doloridos.- Renesmee sussurrou.

 

- Seria melhor se tirasse as botas quando fossemos dançar. – Renesmee revirou os olhos.

 

- Logo estarei nua. – Jacob sorriu.

 

- Me agradaria. – Ele se aproximou de Renesmee.

 

- Respeite-me. – Renesmee advertiu.

 

- Ainda me pedirá o contrario. – Jacob se aproximou ainda mais, fazendo Renesmee se levantar.

 

-Veremos. – Renesmee começou a andar em direção de suas vestes. Jacob estava insanamente curioso em relação a burguesa em sua frente, algo desconhecido o fez correr, ultrapassando-a, parando em sua frente. Os olhos arregalados de Renesmee o encaravam.

 

- Achas que é melhor do que todas, não? – Jacob deu um passo a frente e Renesmee recuou.

 

- Não sou melhor do que ninguém. – Mais um passo, mais um... Renesmee sentiu novamente suas costas serem pressionadas contra uma árvore. Poderia correr, mas não o fez.

 

- Deves ter sonhado com um beijo. – Jake riu, olhando os lábios rosados tremerem.

 

- Engano seu. Tenho quem me beije. – Renesmee tentava falar com seriedade, mas sua voz estava estranhamente falha.

 

- Tens? – Jacob não acreditava.

 

- Alec Volturi. – Lembrava que Seth havia lhe falado algo sobre esse rapaz, burguês, mimado.

 

- Esse moleque te beijou? – Jacob pressionou o corpo de Renesmee no seu, suas mãos em sua cintura. Ela arfou.

 

- Moleque? – Renesmee estava perdendo as forças.

 

- Conheço vários como ele. Bebeu algumas vezes e se deitou com meia dúzia de mulheres.

 

– Jacob ironizava, Renesmee queria defender Alec, mas sua voz não queria sair.

 

– Ele te pegou assim? – Jacob contornou a cintura de Renesmee com um dos braços.

 

Não. Renesmee respondia mentalmente.

 

- Sentiu seu cheiro? – Renesmee fechou os olhos enquanto Jacob roçava os lábios pele seu pescoço.

 

Não.

 

- Tocou seus lábios? – Jacob roçou levemente os lábios nos de Renesmee. Ela não entendia o que se passava... Porque seu corpo estava ardendo? Com Alec não fora assim. Renesmee estava gritando para que Jacob a beija-se. Jacob sentia uma vontade desconhecida em beijar aquela dama mimada, mas ainda do que quando deu seu primeiro beijo. Mas não o faria, não ainda.

 

- Mas como vós mi cê disse, tens quem te beije. – Jacob soltou Renesmee, que não entendia. Sem pensar, sem se ponderar, atirou os braços ao torno do cigano que já tinha dois palmos de distancia de seu corpo. O beijou. Estava perdida. Jacob se assustou. Ele queria apenas provocar a burguesa, mas não esperava que ela fosse atacá-lo.

 

Seus lábios eram macios, doces. Apertou o corpo pequeno de Renesmee contra a árvore, invadindo sua boca com a língua sem nem ao menos pedir passagem. Renesmee se assustou com a língua áspera indo de encontro a sua. Não era em nada parecido com o beijo de Alec, embora ambos fossem beijos, provocavam reações distintas. Renesmee sentiu o ar faltar de tal forma que não suportou, e afastou Jacob, que sorriu para ela.

 

Renesmee se deu conta do que havia acabado de fazer. E sua mão estalou na face de Jake, que ainda sorriu.

 

-Gostaste? – Renesmee vestiu as anáguas com pressa, sem responder a pergunta de Jacob. Esta furiosa. E sua mão latejava.

 

- Vai precisar de mim. – Jake balançou o corpete, Renesmee se virou de costas para ele, bufando.

 

– Se não se lembras, foi vós mi cê que me beijou.- Jake sussurrava nos ouvidos da burguesa.

 

- Nunca mais ouse me tocar. – Renesmee sentiu Jacob dar o laço, pegou suas luvas e sombrinha. Olhou para Jacob furiosa e começou a andar.

 

- Sonhes comigo. – Jacob gritou, rindo em seguida.


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Notas finais do capítulo

Amores,
estou com mais tempo, afinall entreguei meu projeto
ontem. Deu trabalho esse projeto....
Então a partir dessa semana, poderei postar mais caps. por semana. Espero que isso agrade a vocês.

Quem esta por trás do assassinato de Anita?
Quais foram seus motivos?


Obrigada por todos os reviews, estão me animando em escrever cada vez mais rápido.

E já devolveram a conta da Mica, e a fic dela ja esta salva!
Isso me deixou imensamente feliz! O nyah viu que estava cometendo uma injustiça tremenda. Um eu reparei que 18 usuarios tem minha fic como favorita, quer dizer que estão lendo. Então porque não deixam reviews? Gostaria de saber a opnião de vocês também.

beijos e conto com os reviews.



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