Proibidos escrita por miojo, Graziele


Capítulo 6
Intenções.


Notas iniciais do capítulo

Abrigada a todos



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/86771/chapter/6

Alec Volturi. Era isso que Anita ficava repetindo inúmeras vezes em seu pensamento, afinal esse era o nome do louco por quem estava apaixonada. Anita era uma dama como todas as outras em sua idade: prendada, habilidosa, religiosa e, claro, esperava por um casamento ideal. E, pelo seu desejo, seria com Alec. Seu pai estava de acordo. Prometeu-lhe que iria ate a casa de Aro, para negociar alguns mantimentos, e falaria sobre o gosto que faria da filha se casar com Alec.

 

 

Aro entrou na sala, e Russel estava sentado, despreocupado. Aro não era de escolher com quem faz seus negócios, mas não conseguia esconder o certo receio que sentia de Russel.

 

— Aro. –Russel não queria demorar, rapidamente iria tratar todas as questões.

 

— Russel. – Aro se sentou, pedindo um café para Sulpicia.

 

— Realmente Sulpicia é graciosa. – Russel achava a loira Sulpicia linda, mas não era nada comparada a ex-esposa.

 

— Então vamos tratar dos negócios? – Aro cortou brutalmente Russel, não queria esse homem falando de sua mulher. Sua amada esposa.

 

 

 

Renesmee estava acabando de se vestir. Claire fechava o espartilho negro sobre o vestido azul marinho e Renesmee ajeitava as anáguas. Está realmente curiosa para conhecer os ciganos, porém Claire e Alice estavam tentando convencê-la a desistir de ir a um acampamento a essa hora.

 

— Já são quase seis. – Claire dava o ultimo laço.

 

— É uma festa. – Renesmee ajeitou o espartilho, admirando as curvas do corpo no espelho.

 

— Renesmee, sinceramente, dessa vez você esta extrapolando. O que vão dizer de uma  dama cavalgando altas horas da noite atrás de ciganos? – Alice tinha o coração apertado, a fama dos ciganos não era a melhor.

 

— Poupe-me! Já dizem que me deitei com o demônio, o que mais podem falar? – Renesmee prendeu a trança com um laço de fita negro.

 

— Você esta louca... Igualmente ao papai. – Alice falou batendo as mãos no lado do vestido.

 

— Deixe Quil lhe levar. – Claire pediu. Quil poderia protegê-la, se caso fosse preciso.

 

— Já disse que não. Vou cavalgar. – Renesmee pegou seu colar, mas logo o tornou a colocar na caixa. Não tinha certeza se deveria usar uma Jóia tão cara.

 

— Não tens medo deles te roubarem? Mas mesmo assim vai ate lá. – Alice tentou pela ultima vez.

 

— Não sei por que gastam saliva, não vão me convencer. – Renesmee se levantou.

 

— Renesmee... – Alice pensou em implorar, mas sabia que seria em vão. Sem mais escolhas, saiu do quarto bufando. Tinha medo pela irmã.

 

— O que Alec vai dizer? – Claire ainda não tinha desistido.

 

— Não me importo. Não tenho compromisso algum com ele. – Renesmee saiu do quarto sorrindo.

 

 

 

— Admiro seu filho. – Russel já não via a hora de ir para sua casa.

 

— Alec? – Aro se surpreendeu.

 

— Certamente é um rapaz de fibra. Um dos poucos rapazes pra quem teria prazer de entregar minha filha. – Russel se levantou,a semente já estava plantada, faltava saber se germinaria.


 — Certamente... Que sua filha... Merece um marido a altura.  – Aro não pode esconder o espanto ao ver que Russel estava oferecendo-a a Alec, como se fosse uma mercadoria. 

 

— Se me permite, tenho alguns afazeres. – Russel deixou a casa de Aro, antes mesmo de ele despedir-se. 

 

 

Renesmee cavalgava pela noite sem temer. Tinha a graciosidade das mais requintadas damas, ao mesmo tempo em que dominava um cavalo feito um homem. Edward a ensinara a montar quando ainda era uma menininha. Era um dos passatempos favoritos de ambos, um momento entre pai e filha, que foi extinto.

 

Logo, Renesmee avistou as carroças, as cabanas e uma enorme fogueira. Estava chegando ao acampamento. Seu coração estava acelerando, mas ela não compreendia. Era como se algo a estivesse puxando em direção àquela fogueira. Um arrepio nasceu na nuca, descendo ate o fim de suas costas. Renesmee balançou a cabeça, tentando espantar essa estranha sensação.

 

Assim que parou o cavalo, um homem alto, de pele morena e ombros largos surgiu. Pela primeira vez, Renesmee estava incerta. O homem se aproximou ainda mais, o rosto era parcialmente escondido pelas sombras, mais o pouco que era revelado era de uma beleza notável. O homem acariciou a crina de seu corcel, olhando para Renesmee.

 

— O que fazes aqui? – A voz era grave.

 

— Vim para a comemoração. – Renesmee estufou o peito, reerguendo toda a pose que ostentava. Podia estar com medo, mas ninguém saberia.

 

— Uma burguesa? – O estranho riu.

 

— Um amigo me convidou.  Seth é seu nome. – Renesmee mantinha as mãos agarrando firmemente nas rédeas, pois, assim, a qualquer movimento brusco que o estranho fizesse ela já estaria galopando de volta para casa.

 

— O moleque. – O estranho balançou a cabeça rindo.

 

— Se ele esta incomodando, o levarei daqui. – Renesmee foi certa em sua decisão, não queria que Seth fosse maltratado.

 

— Deixe o moleque, ele não atrapalha. – Renesmee sorriu. Pelo menos Seth estava bem.

 

— Já que estas aqui, venha, já vai começar as danças. – Renesmee se sentiu corar quando o estranho segurou em sua cintura descendo-a do cavalo. Nunca ninguém havia tocado-a desse modo.

 

— Renesmee Cullen. – Ela se apresentou enquanto ajeitava as anáguas.

 

— Paul. – O estranho se apresentou. Enquanto ele a conduzia para perto da fogueira, Renesmee foi observando todos e tudo ao seu redor, era um mundo novo. Todos a olhavam com curiosidade, ela era a estranha por aqui.

 

— Srta Cullen! – Seth surgiu na frente de Renesmee,  a assustando. – A Srta veio! – Renesmee sorriu.

 

Uma mulher de cabelos negros soltos, olhos levemente puxados se aproximou de Paul. A saia amarela, entrava em discórdia com a blusa azul, mas de algum modo o conjunto ficou bonito. A mulher tinha argolas grossas nas orelhas e um lenço preto nos cabelos.

 

— Essa é Renesmee, amiga do moleque. – Paul apresentou a desconhecida a Rachel.

 

— Prazer, Rachel. – Renesmee se curvou, cumprimentando a mulher.

 

— Venha se sentar. – Rachel pegou na mão de Renesmee, conduzindo-a para um dos bancos em torno de uma roda vazia. Rachel estava admirada. O que uma burguesa como essa faz aqui?  

 

Todos os ciganos tinham os olhos presos em Renesmee, enquanto ela se encantava com as cores, os objetos, as flores, tudo o que a rodeava. Era lindo.

 

— Me permite? – Rachel estendeu a mão de Renesmee, virando a palma para cima.

 

— Se desejas. – Rachel sorriu; algo em Renesmee chamava sua atenção.

 

Rachel começou a examinar cada linha da palma da mão direita de Renesmee. A cigana dos olhos negros nunca falhara, sua mãe a ensinou bem a conhecer a magia da leitura de mãos.

 

— Seu coração não conhece o amor. – Na medida que as palavras saiam da boca de Rachel, Renesmee se arrepiava. – Mas logo encontrará sua alma correspondente. – Rachel parou, encarando Renesmee.

 

— Em toda minha vida, nunca vi um amor tão forte. – Renesmee sem querer parecer indiscreta, puxou a mão com delicadeza.

 

 

 

 

Jacob estava acabando de colocar o lenço nos cabelos, quando Paul entra na cabana. Jacob se vira, sem muita preocupação. Já sabe que esta na hora da dança. Sua alma esta na dança.

 

— Já estás pronto?

 

— Vamos. – Assim que Jacob saiu da cabana, seus olhos foram logo de encontro a uma dama que estava ao lado de Rachel. A garota tinha a pele tão pálida que refletia a luz da lua, os cabelos eram tão ruivos que se confundiam com as labaredas que surgiam em meio a fogueira.

 

— Quem és? – Paul não precisou seguir o olhar de Jacob para saber que era da dama Cullen a quem Jacob se referia.

 

— Renesmee Cullen. Diz ser amiga do Seth, mas pelos trajes deve ser alguma burguesa da região.

 

— O que ela faz aqui? – Jacob ainda estava tendo problemas em tirar o foco de sua visão de cima da delicada moça.

 

— Ela não disse ao certo, mas deve ser louca. Veio sozinha e a cavalo. – Jacob riu juntamente com o Paul.

 

Uma musica marcante começou a tocar, e uma mulher linda entrou na roda. Sua saia era solta, com abas longas de ambos os lados. Abas essas que ela segurava com as mãos e rodava de um lado para o outro, em movimentos mágicos. O cabelo, também solto, acompanhava o ritmo do corpo. A mulher usava um leque, e fazia movimentos ainda mais perfeitos.

 

Jacob observava Leah se exibir, os olhos da burguesa brilhavam. Então foi a hora de Jake entrar.

 

Um homem vestido todo de preto se juntou a mulher. Era alto – muito alto, o mais alto que já vira. Todo o corpo possuía dimensões gigantescas. Seu olhar veio de encontro ao de Renesmee, que sentiu o coração falhar uma batida. Enquanto o homem dançava de um modo totalmente envolvente e sedutor em volta da mulher, ele lançava os olhares mais pecaminosos e irresistíveis para Renesmee – que estava maravilhada.

 

Assim que a dança terminou, Jacob se sentou há uns cinco metros de Renesmee, que ainda observava os outros dançarem. A dama era sem duvida um monumento.

 

Renesmee olhou entre os ciganos, buscando aquele que tinha chamado tanto sua atenção, e então o encontrou sentado a sua direita. O cigano tinha a camisa aberta três ou quatro botões, o que lhe dava uma visão do abdômen trabalhado desde o umbigo. O peitoral era como o de um toro de tão largo e robusto. A face possuía as maças do rosto altas, traços marcantes da pele avermelhada. Era um homem incrivelmente sedutor.

 

Renesmee estava tão encantada com a dança, que logo teve uma de suas idéias sem cabimentos. Levantou-se, se dirigindo ao homem grande. Seus passos foram seguidos pelo olhar da cigana dos trajes coloridos.

 

— Por favor. – Renesmee pediu a atenção do homem que estava ao lado de Paul.

 

— Burguesa. – Ele se levantou.

 

— Renesmee Cullen. – Renesmee estendeu a mão, esperando que o cavalheiro a beijasse, porém ele a ignorou. Renesmee a recolheu de malgrado.

 

— Jacob Black. – O cigano disse o nome suburbano.

 

— Parabéns pela dança. Não nego que estou encantada. – O cigano Black apenas sorriu.

 

— Gostaria de saber quanto cobras para ensinar-me. – Jacob riu.

 

— A burguesa quer aprender a dançar? – Jacob ainda achava a dama belíssima, mas ela apenas mais uma burguesa querendo confrontar os pais.

 

— Não escutas bem? Tem algum problema na audição? – Paul gargalhou com o sarcasmo de Renesmee.

 

— Meus ouvidos são ótimos. Apenas não tenho tempo para caprichos. – Renesmee sorriu.

 

— Diga seu preço. – Renesmee colocou ambas das mãos na cintura, esperando pelo valor.

 

— Não estou a venda! – Jacob bradou. Que insolente!

 

— Todos têm um preço, diga o seu. – Renesmee observou como Jacob observava seu decote, e depois seu rosto, voltando para o decote enquanto ria levemente.

 

— Certo. Mas o que eu quero não aceitaria pagar. – Renesmee abriu a boca  em surpresa.  Como ousa? Renesmee segura firme na saia, erguendo um pouco mais do que deveria, deixando as meias a mostra, se prepara para se retirar, mas antes olha nos olhos do cigano ousado.

 

— Um pouco de educação e respeito lhe fariam bem! – Renesmee estava vermelha de raiva.

 

 — Menos roupas também. – Jacob implica e Renesmee saiu bufando. Logo Jake observa o cavalo trotar para longe.

 

— Ela é linda. – Sam falou para Jake.

 

— E tinhosa, arrogante e  acha que se compra tudo com o dinheiro. – Jacob retrucou. Porque tinha que ser tão bela e tão insolente?

 

 

 

Renesmee desceu do cavalo, tomada pelo ódio. Estava realmente furiosa. Como pode um cigano ousar falar comigo desse modo? Esbarrou em Alice enquanto subia as escadas. Alice estava aflita, esperando o retorno da irmã.

 

— O que aconteceu? – Alice seguiu Renesmee pelas escadas.

 

— Um cigano ousou negar um pedido meu. – Renesmee se sentou na penteadeira, soltando a longa trança.

 

— O que podes pedir a um cigano? – Alice se espantou.

 

— Que me ensine a dançar como eles. – Renesmee se virou, para que Alice desamarrasse o espartilho.

 

— Estás fora de si. – Alice riu.

 

— Estou furiosa. – Renesmee apertou os olhos.

 

— Podes fazer valsa. – Alice soltou o espartilho.

 

— Quero dançar como eles, e não vou desistir diante de um orgulhoso e arrogante cigano.

 

— Esse cigano tem nome?

 

— Jacob Black. – Renesmee retirou o vestido, as anáguas e se vestiu com o robe. Saiu do quarto ainda queimando de raiva. Bateu levemente na porta do quarto do pai.

 

— Entre. – Edward falou. Renesmee abriu a porta encontrando seu pai sentado no chão.

 

— O que fazes no chão? – Renesmee se assustou.

 

— Venha, sente-se também. – Edward bateu com uma das mãos ao seu lado. – Venha também, Alice. – Renesmee olhou por cima dos ombros, vendo Alice parada no portal.

 

Ambas se sentaram ao lado do pai, que as abraçou. Era tão bom ter esse contado, essa troca de carinho, mesmo com o pai estando abalado. Edward acariciava os cabelos sedosos se ambas as filhas, enquanto olhava para a Bella, sentada em frente a eles. Ele queria contar as filhas, mas Bella não o deixava.

 

 

 

 

Alec sorria, enquanto o pai lhe falava sobre a Anita Russel. Ele não sabia quem era a tal Srta, mas estava realmente curioso, afinal ela o foi oferecida. Porém, ele não estava interessado em compromisso com nenhuma outra dama, a não ser Renesmee.

 

 

Demetri estava olhando as estrelas pela janela da biblioteca. Todos na casa já haviam se recolhido em seus aposentos. Observava a beleza da lua, ainda crescente quando ouviu passos leves, se virou, encarando uma Jane de robe e cabelos soltos. Perdeu-se por dois segundos na criatura que amava, para voltar-se rapidamente para a janela.

 

— Perdão, não sabia que estavas ai. – Demetri se sentiu ruborizar.

 

— Tudo bem. – Jane se posicionou ao lado de Demetri.

 

— Não acho que seja sensato permanecer no mesmo cômodo que vós mi sê. Digo, quando estas de roupas de dormir. – Demetri lutava para não olhar para a pequena Jane.

 

— Queres que eu vá? – Jane não tinha idéia do que provocava em Demetri.

 

— Deus sabe que és o melhor a se fazer. – Demetri fechou os olhos, e sem ver, só pode sentir os lábios de Jane em seu bochecha.

 

— Boa noite. – Na medida que Jane se afastava, Demetri se perdia no cheiro que ela deixava como rastro. Sem dúvidas, ela era sua.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

**********************************

1- Obrigada pelos reviews,
2- Agora começa o Jake/Nessie. (66'
Adiantar que no proximo cap. vai ser ums dos mais surpreendetes

Agora, muiito obrigado por tudo
beijooos

reviews ??



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Proibidos" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.