Proibidos escrita por miojo, Graziele


Capítulo 25
Aceitações


Notas iniciais do capítulo

Amores! Eu sei que demorei de novo...
mas deixe-me exclarecer uma coisa... vocês lembram que eu ia fazer uma segunda fase não é? então... eu acabei desistindo...
Peço desculpas a quem estava esperando por essa continuação, mas eu realmente não vou conseguir escrever. acho que tudo que uma fic precisa, Proibidos teve. Muito mistério, romance, brigas, surpresas.... e quem já me conhece, sabe que meus finais são sempre diferentes, e deixam uma boa margem para ser seguida.

Então, resumindo, esse é o último cap. MAS AINDA TEM O EPÍLOGO, que já está prontinho.
Vamos fazer um trato?? Assim que todos deixarem reviews eu posto?? Ok?

Agora quero agradecer as minhas amadas: hellenzzinha, lecullen e moniquewindt. VocÊs deixaram recomendações lindas! Ai eu preticamente me derreti com elas *-*

POr falar em recomendações... sabe, meu sonho é que uma de minhas fics tivesse 25 recomendações... bem que vocês podiam realizar esse sonho em? proncipalmente quem acompanhou e não deixou review ( afinal, são 58 pessoas que favoritaram a fic), ou até mesmo quem já recomendou uma vez e ache que merece duas recomendações *-*

agora, boa leitura! beijos



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O sol já driblava as nuvens e surgia no céu quando Jacob e Renesmee chegaram a uma pequena pousada, onde os viajantes costumavam passar as noites. Renesmee enrugou o nariz, nunca havia entrado em um lugar como esse, Jacob, por outro lado, sorriu vitorioso, afinal já havia dormido em lugares muito piores.

- Venha, temos que tomar um banho e descansar, pegaremos o primeiro trem depois do almoço. – Jacob falou tranquilamente, caminhando para dentro do recinto.

Renesmee abriu a boca para protestar, mas seu coração falou mais alto, ela não queria que Jacob a visse como uma burguesa mimada. Respirou fundo e entrou no local, que recendia a charutos e a cavalos.

- Bom dia. – Um recepcionista os recebeu, ainda comendo uma fatia de bolo, o que fez o estomago de Renesmee apertar-se.

- Queremos um quarto. - Jacob falou serio, praticamente jogando Renesmee em suas costas quando percebeu o olhar do atendente sobre ela.

- Não temos nada a altura de sua dama. – O homem riu, pegando um molho de chaves e dando a volta no balcão.

- Oh! – Renesmee fez menção de respondê-lo, mas Jacob a encarou, fazendo-a bater os pés.

Passara por um estreito corredor, chegando a última porta. Assim que o homem  a destrancou, a dama se espantou. O colchão estava à mostra, e pequenos pedaços de palha podiam ser vistos saindo de suas beiradas. Uma roupa de cama amarelada estava dobrada aos pés, e uma pequena mesinha comportava uma única vela.

- Poderão tomar banho aqui. – Ele abriu uma pequena porta de madeira, que dava passagem para uma minúscula sala com uma tina e um pinico.

- Mande alguém aquecer a água, estou precisando de um bom banho. – Ela falou ainda enojada com as acomodações.

- Só temos água fria. – O homem riu, fazendo Renesmee se espantar.

- Não podemos ficar. – Ela sussurrou ao pé do ouvido de Jacob, que riu levemente.

- Muito obrigado. – Ele agradeceu expulsando o homem do quarto e trancando a porta.

- Nem meus cavalos são tratados assim. – Ela queixou-se, abrindo o baú.

- Para alguém como eu, isso é um palácio. – Jacob falou serio, fazendo Renesmee engolir as  palavras.

Renesmee pediu desculpas silenciosas com os enormes olhos castanhos, que, a essa altura, tinha pequenas manchas roxas contornando-os. A noite em claro estava mostrando seus efeitos. O corpo da burguesa gritava por descanso, seus pés pareciam estar em cima de tachos.

Jacob revirou a sua trouxa, tirando de dentro o relógio que havia furtado de Alec, chegou a hora de vendê-lo. Após escondê-lo no bolso, encarou a burguesa que separava um belo vestido cor de mostarda para vestir-se após o banho.

- Vou sair para comprar as passagens e algo para comer. – Ele a beijou levemente.

- Traga algum sabão, de preferência com perfume de camomila, preciso relaxar nessa água fria. – Ela pediu, abraçando o amado.

Jacob não tinha dinheiro para custear toda a viajem para Paris e ainda bancar os caprichos de Renesmee. Pela primeira vez, se viu incapaz de saciar os desejos dela.

- Renesmee, não podemos desperdiçar dinheiro. – Doía em seu peito negar algo a ela.

Ela não se importou, não como ele pensou que ela se importaria. Renesmee tinha pleno conhecimento de que Jacob era apenas um cigano, que ele não tinha como manter seu padrão de vida, mas isso não iria mudar o que ela sentia por ele. Ela apenas teria que aprender a ter limites.

- Já estava esquecendo-me. – Renesmee pegou um saquinho vermelho, com uma boa quantia em dinheiro, o que havia sobrado de seu dote, e entregou a Jacob, que assim que percebeu o que era a devolveu.

- Isso pode nos ajudar. – Ela sorriu.

- Não quero seu dinheiro, posso sustentar-nos. – O orgulho era mais forte.

- Eu sei que pode, mas é costume que a mulher dê um dote ao marido. – Renesmee lançou novamente o saquinho em direção do Jacob.

- Um cigano só pode ter uma mulher que ele consiga sustentar. – Ele devolveu o dinheiro.  – Guarde, precisará de vestidos novos. – Se virou, já saindo pela porta.

- Jacob! – Ela o chamou, encarando-o. – Traga qualquer um então, e não demore, preciso que me ajude com o corpete. – Ele riu, batendo a porta em suas costas, e trancando-a.

Renesmee se sentou na cama, esperaria seu marido voltar... Mas era isso? Eles estavam casados? Não casados de fato, mas agora seriam amantes em tempo integral, seriam marido e mulher.

Alec batia fortemente na porta da pequena casa onde Demetri estava morando. Demetri o atendeu assustado, vendo como o amigo estava afetado pelo álcool.

- O que houve? – Demetri tomou a arma que pendia de umas das mãos de Alec.

- Ele me roubou! Roubou minha mulher! – Alec misturava um choro desesperado com uma gargalhada alcoolizada.

- O cigano? – Demetri estava assustado.

- Ele me roubou! – Alec desmaiou, talvez de desespero, talvez de desgaste.

Jacob acabara de vender o relógio, que valia mais do que ele havia imaginado, mais, ainda assim, não era tanto dinheiro quanto ele gostaria. Enquanto comprava as passagens, avistou um bancário, de pose metida e com um belíssimo relógio de bolso dependurado no bolso esquerdo de seu terno.  O homem estava a sua frente, comprando jornais. Jacob jurou que não faria mais isso, mas era mais forte que ele. Ele sempre foi e sempre seria malandro. Enquanto passava pelo bancário, deixou sua mão cair sobre o bolso dele, retirando rapidamente e suavemente o relógio, que deixaria para vender em outra cidade.

Sorridente por ter conseguido mais dinheiro, Jacob passou em uma das perfumarias e comprou o sabão que Renesmee pedira, e depois alguns bolos e frutas para que ambos pudessem comer.

Alice acordou com um grito de Sue. Sem raciocinar, correu em direção ao quarto do pai, que era de onde vinha o grito. Ao passar pela Sue, ela se deparou com o corpo do pai estendido no chão. As lágrimas vieram com força, enquanto ela se jogava ao lado do homem, tocando sua pele fria e morta.

Jacob chegou ao quarto, encontrando uma Renesmee adormecida, quase que caindo da cama. Ele sorriu, deixou as sacolas sobre o pequeno criado mudo e foi preparar o banho de sua amada, quando a água já estava exalando perfume, ele a beijou na testa, despertando-a.

Renesmee sorriu, mesmo sem abrir os olhos sabia que era o Jacob, ela já conhecia seu calor, seu cheiro.

-Devo ter adormecido... camomila?- ela sentou-se, sentindo o cheiro invadi-la.

-Já preparei seu banho.-Ele sorriu, abrindo o corpete dela.

-Mas...-Ele a beijou levemente.

-Vai continuar sendo a mesma burguesa mimada.- Ambos riam, e Renesmee deixou o vestido escorrer pelo seu corpo, Jacob acabou de tirar suas roupas, levando nua, no colo, até a tina.

-Está fria!-Renesmee choramingou quando Jacob a pôs lá dentro.

-Não é tão ruim assim.-Ele brincou, enquanto ela tremia.

-Entre-e aqui entã-ão.-Ela ordenou, gaguejando.

-Não acho que estejas em condições.-Jacob sorriu, já tirando a camisa.

-Só quero que esquentes a água.- Ela o olhou furiosa, enquanto ele se espremia ao lado dela da tina, água foi lançada para fora.

-Não conseguirás se mexer.-Ele avisou, começando a ensaboar as costas pálidas dela.

-Estou tão cansada que nem quero me mexer.-Ela brincou, deixando a cabeça cair sobre o peito de Jacob, enquanto ele a ensaboava.

Enquanto Renesmee se vestia, Jacob se trocou, mas ao em vez de usar seus trajes típicos, colocou um terno cinza. Seria um perfeito burguês, se não fosse pela pele morena. Renesmee admirou a elegância em que ele estava, mas preferia as antigas vestes.

-Porque estas roupas?- Ela começou a se deliciar com os alimentos trazidos por Jacob.

-Vamos atravessar o país, não quero que pensem que estou seqüestrando-a.- Ele sorriu, sentando-se ao lado da amada se servindo-se também.

Alec acordou atordoado, a cabeça doía e ele se sentia enjoado. Por alguns instantes ele não entendeu o que fazia no quarto de Demetri, até recordar-se do acontecido. Levantou-se enfurecido, teria que se apressar que quisesse sua mulher e sua honra de volta.

Paul procurava por Seth, mas não o encontrava e nem Leah. Precisava de alguém para ajudá-lo no trabalho com as vacas. Olhou o horizonte e viu um Sam com a face coberta de sangue seco, se aproximando. Sem entender ele correu para acudi-lo.

- O que houve? – Sam parecia ter levado uma boa surra.

- Perdi, mais uma vez eu perdi. – Fora a última fala de Sam antes de entrar em sua barraca, e desabar em um choro cortante.

Jacob e Renesmee estavam acertando a permanência na pousada. Renesmee desdenhava qualquer palavra que fosse dirigida a ela, e erguia o nariz. Jacob olhava furioso para os bêbados que despiam sua mulher com os olhos.

- Estou exausta. – Renesmee reclamou, dando o braço ao amado.

- Poderás descansar no trem. – Jacob beijou sua testa, sentindo perfume que exalava de Renesmee.

- Já pensaste o que faremos quando chegarmos lá? – Ela não tinha preocupação na voz, pelo contrario, estava confiando seu futuro plenamente nas mãos de Jacob.

- Procurarei um emprego, alguma coisa com dança, talvez. – Ele estava determinado a dar uma vida digna a Renesmee.

- Darei o meu melhor na preparação das refeições. – Renesmee não sabia cozinhar, apenas alguns pratos ela se recordava de quais eram os ingredientes.

Ambos estavam partindo para uma nova vida, completamente oposta a que eles tinham. Renesmee deixava o luxo da alta burguesia, enquanto Jacob deixava sua liberdade, sua vida como andarilho cigano. Agora teria uma casa para sustentar.

Renesmee entrou no trem enquanto Jacob ficara de entregar o baú ao encarregado do vagão de cargas. Ela se acomodou na cabine que Jacob comprara, não era a mais luxuosa, mas seria perfeita para que eles descansassem.

Ela olhou pela janela, procurando pelo cigano, mas quem ela fora o seu verdadeiro marido, Alec. Seu coração encontrou o caminho de sua garganta, sufocando-a. O burguês estava com trajes amassados o que denunciava que ele ainda estava atordoado.

Jacob surgiu em seu campo de visão a seguir, encarando Alec. Renesmee queria saltar pela janela e capturar Jacob, protegendo-o de Alec, mas a única coisa que conseguia fazer era tentar respirar.

Através do vidro, ela observava a prosa dos dois.

- Vós mi cê roubaste minha mulher! – Alec estava nitidamente desorientado.

- Sou um cigano, é isso que faço. Roubo. – Jacob sorriu.

- Pensas que irá escapar com ela? Eu posso comprar esse trem! – Jacob riu, vendo que Alec não tinha mais como argumentar.

- Ela é minha, somos casados. – Ele continuava a tentar amedrontar Jacob. Ambos ouviram o bilheteiro chamar os passageiros.

- Jacob! – Renesmee espalmou as mãos na janela.

- Eu a toquei, explorei seu corpo. – Alec riu, vangloriando-se.

- Eu o fiz primeiro. – Jacob rosnou.

- Não importasse de já tê-la divido com um burguês? – Alec provocou, preparando-se para pegar a arma em seu cós.

- Ela sempre fora minha. – Jacob riu fracamente. – Achas que ela pensou em quem enquanto vós mi cê a tocava? – O insulto de Jacob acertou Alec com a força esperada, fazendo com que o burguês levantasse a arma.

O trem iniciou o movimento, enquanto varias pessoas corriam para longe do homem armado.

Jacob voou em Alec, jogando-o contra o solo. Renesmee começou a atravessar o vagão, seguindo a imagem dos homens rolando no chão. Na medida em que a briga ia se intensificando, ela tinha que empurrar pessoas para conseguir atravessar os vagões a tempo de vê-los.

Ela percebera que os vagões estavam terminando, e a briga não cessava Seu coração estava explodindo. Ela se deparou com uma porta fechada, e um homem guardando-a.

- Não podes entrar senhorita, é o vagão de bagagens. – Ela fingiu não ouvir, e passou por entre seus braços, adentrando na sala escura, no mesmo momento em que ouviu um tiro.

Renesmee caiu de joelhos, sendo amparada pelo guarda. As lágrimas desceram com força. Estaria tudo acabado? Todos esses obstáculos vencidos para isso?

Uma leve batida na porta que dava para o lado do fora do trem ecoou, e um misto de esperança e medo atingiu-a. Seu destino seria traçado nesse momento. Ou ela seguiria para Paris com Jacob, ou voltaria para o inferno com Alec.

De Repente Tudo Mudou A Procura
Eu sei que tudo mudou
E muita coisa aconteceu
Mas nunca vou me esquecer
De tudo que passamos

Momentos bons e ruins
Intrigas e desavenças
Você não gostava de mim
Muito menos eu de você

Mas a vida é mesmo assim
Sempre nos revela uma grande surpresa
De repente tudo mudou
Um beijo você me deu
Ninguém soube explicar
O que aconteceu?

Eu comecei a gostar de ti
Mas sabia que não podia
Uma razão muito forte me impedia
Mas a vida e mesmo assim
E eu não sabia o que fazia

E por achar que não gostava de mim
Fui aos poucos me afastando
Só o que não esperava
Era cometer um imenso engano

Depois de erros e decisões
É que eu fui descobrir
Que você estava sentindo o mesmo por mim
Eu acabei te magoando

O tempo se passou
Eu decidi que esse amor
Não podia acabar assim
Sem você junto a mim

Fiquei um tempo tentando corrigir
Os erros que cometi
E você ainda machucada
Uma segunda chance não me dava

Mas a vida é mesmo assim
E o que parecia impossível aconteceu
Um beijo roubado
E nossa história renasceu

Hoje está tudo bem
E ouvimos juntos tocar
A nossa história de amor
Que nos faz feliz e faz chorar

(Musica indicada por quem?? afrodyte Claro! Sou sua fã)


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Notas finais do capítulo

LEIAM A NOTA INICIAL, TOTALMENTE IMPORTANTE!

beijos :*