Proibidos escrita por miojo, Graziele


Capítulo 10
Inquietudes


Notas iniciais do capítulo

Estava tentando postar desde de ontem na hora do almoço.
Enfim, o Cap!



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Renesmee marchou com pressa e voracidade ate sua casa. Estava irritada. Embora tentasse culpar Jacob, sabia que a culpada era ela. Como pode atacar o cigano dessa forma? Nem a mais promiscua das mulheres faria isso. Estava completamente atordoada. Onde estava com a cabeça?

 

Seus pés reclamavam da velocidade, mas não diminuía. Suportava a dor, ou melhor, a dor era inferior a raiva que brotava em seu peito.

 

Embora soubesse que não poderias, de modo algum, ter beijado o cigano, não conseguia fingir que não aconteceu. Sentiu o corpo queimar de tal forma, o coração acelerar... Por que o mesmo não acontecera com Alec?

 

Um romântico e delicado. Outro selvagem e voraz. Beijos deviam ser todos iguais. Iguais ao de Jacob. Renesmee arregalou os olhos sem perceber. Como posso preferir o beijo de uma cafajeste ao de um Cavalheiro? Maldito cigano.

 

- Maldito cigano! – Renesmee bradou enquanto entrava em casa. Claire deu um passo para trás, para depois seguir Renesmee escada acima.

 

- Srta. O que estas acontecendo? –  Renesmee continuou marchando. – Ele lhe faltou com respeito? – Renesmee entrou no quarto, lançando a sombrinha e as luvas sobre a cama.

 

- Ele me agarrou! – Renesmee bradou. Claire arregalou os olhos. Renesmee percebeu o que estava fazendo. – Não, Claire, ele não fez nada.

 

- Srta, se ele tentou... – Claire já estava pensando em contar à Quil.

 

- Não, foi eu que lhe beijei. Ele apenas correspondeu. – Renesmee retirou as botas, os pés estavam doloridos e avermelhados.

 

- Srta! Como podes? E Alec? – Renesmee olhou firme para Claire. – Perdão, sou apenas sua ama. – Claire abaixou os olhos.

 

- Não diga isso, és minha amiga! – Renesmee abraçou Claire que sorriu. – Apenas não quero comentar esse fato. Não digas nada a Alice.

 

- O que não queres que sua irmã saiba? – Renesmee revirou os olhos ao ver Alice entrar no cômodo.

 

- Beijei Jacob. – Alice deu um leve gritinho colocando as mãos  na boca.

 

- Como pode! E Alec?

 

- O beijei também. – Renesmee começou a se despir, enquanto Alice e Claire se olhavam boquiabertas. Alice já havia beijado Jasper, mas eram noivos há dois anos, e nunca ousou entreabrir os lábios durante os curtos beijos. Claire, entretanto, nunca havia selado os lábios nos de Quil.

 

- Não me olhem assim! – Renesmee se virou para Claire lhe tirar o corpete.

 

- Como aconteceu? – Alice temia a resposta.

 

- Eu estava curiosa. Nunca fui beijada. Alec me pareceu uma boa opção.

 

- E o cigano? – Renesmee engoliu a seco, não sabia o porquê de ter beijado Jacob.

 

- Meu corpo pediu... Não me encham de perguntas! – Renesmee começou a desfazer a trança enquanto Claire enchia a banheira.

 

- Pelo menos assim desiste das aulas. – Alice respirou aliviada.

 

- Não. Eu quero dançar e vou dançar.

 

- Renesmee, ele pode entender que vós mi cê gostaste de beijo. – Alice estava pálida.

 

- Realmente gostei. Mais do que o do Alec, mas não permitirei que aconteça novamente – Renesmee sentiu algo tremer em seu peito.

 

- Não acho prudente se encontrar com ele pelos pastos. – Claire não queria a fama de Renesmee ainda pior.

 

- Não comecem... – Renesmee afundou todo o corpo na água morna. Tentando se acalmar... Se entender.

 

 

 

Jake dançou e bebeu a noite inteira. Estava extremamente feliz.

O gosto do vinho se misturava ao cítrico da boca de Renesmee. Era tão macia e, ao mesmo tempo, urgente.

O cheiro doce, os cabelos mais sedosos que já vira.

 

- Jake? Ainda sóbrio? – Rachel sorriu, se sentando ao lado do irmão.

 

- Não sou fraco. – Jake colocou a mão no joelho da irmã, que observou primeiramente como quem não quer nada palma de sua mão. Mas as linhas não eram estranhas, ela já havia as vistos... Pegou a mão do irmão com cuidado.  – Ainda não cansaste de ler?- Jake riu.

 

- Elas são familiares, alguém possui linhas que se encaixam perfeitamente nas de vós mi cê. – Rachel se esforçava para se lembrar, mas era em vão.

 

- O que elas dizem?

 

- Um amor proibido. – Respondeu rapidamente. Rachel estava decidida a lembrar onde tinhas visto as outras linhas.

 

- Jake. – Carlisle chamou.

 

- Carlisle. – Jake ergueu a taça.

 

- Deu meu recado a Srta Cullen?

 

- Ela disse que virá. – Carlisle sorriu.

 

- E sobre o reprodutor? – Jake se culpou por ter esquecido.

 

- Perdoe-me. Amanhã falarei com ela.  – Jacob foi acertado por um pensamento um tanto repleto de angustia. E se ela não for? Se ela não aparecer mais?

Não fará diferença. Jacob tentou se enganar, acreditando que não sentiria falta da burguesa malcriada.

 

 

 

Renesmee escutou um baque surdo no andar de baixo. Seria seu pai tendo alguma recaída? Acendeu as velhas e desceu com o castiçal. A sala estava escura, a não ser pela fraca iluminação de seu castiçal e pela luz da lua que entrava fracamente pela janela.

Ela já estava voltando a subir as escadas, quando um vulto correu pela sala. Seu coração acelerou, se virou assustada pronta para gritar.

 

A mão levemente avermelhada tapou sua boca, enquanto era empurrada com força contra a parede.

O castiçal foi retirado de suas mãos e posto sobre o aparador ao lado da escada. A fraca luz permitiu a Renesmee ver o rosto de seu agressor. Jacob.

 

O coração de Renesmee ampliou as batidas. Jacob colou seu corpo no de Renesmee, acariciando sua lateral, ate chegar ao joelho. Ergueu a perna de Renesmee a encaixando em seu quadril.

 

Renesmee tinha o peito apertado e uma sensação desconhecida em seu corpo. Seria medo? Ou desejo? Uma mistura de ambos? Renesmee lutava para consegui pronunciar algumas palavras.

 

- O que queres?

 

- Vós mi cê. – A voz rouca de Jacob entrou em seus ouvidos ao mesmo tempo que sua língua entrava em sua boca.

 

Renesmee acordou arfando. Estava suando e com o corpo em chamas. Não entendia o porquê de ter sonhado com um cafajeste desses. Tentava colocar a respiração em ordem, quando se lembrou da ultima fala de Jacob.

 

Sonhes comigo.

 

- Maldito cigano! – Renesmee bradou enquanto cravava as unhas no travesseiro.

 

 

 

Charlie estava observando Russel revistar todas as gavetas e porta jóias de Anita, precisava saber se algo havia sido roubado. Pelos relatos que já havia ouvido, Anita era uma moça recatada, porém uma das empregadas disse ouvir duas vezes passos pela casa pela madrugada. Provavelmente o agressor, mas não podiam descartar a chance dela ter dito um amante.

 

Anita havia se interessado por um dos Volturi. E seu pai, Russel, é odiado por toda a cidade. E, pelo que parece, criou alguns ciganos como inimigos.

 

- Anita tinha um colar de esmeraldas que havia sido de sua mãe, ela sempre o usava. Não consigo achá-lo. – Russel se sentou secando a testa que começava a transpirar.

 

- Pode descrever esse colar? – Charlie pediu.

 

- É de esmeraldas, com ouro envelhecido. Tem a forma de uma gota. Achas que pode ter sido um furto?

 

- Creio que não, as demais jóias estão intactas. Mas não posso desfazer de nenhuma possibilidade. – Charlie anotou a descrição em seu bloco.

 

- Quais são seus principais inimigos?

 

- Todos me odeiam. – Russel deu uma risada oca.

 

- Tenho um longo trabalho pela frente, suponho. – Charlie suspirou.

 

 

 

O almoço na casa de Renesmee já havia terminado. Alice fora se arrumar para esperar Jasper que viria, e Edward resolveu se arrumar,  cortar os cabelos e aparar a barba. Renesmee estava querendo visitar Rose quando escutou alguém bater palmas. Claire e Sue estavam retirando a mesa, então Renesmee foi atender a porta. Abriu a pesada porta, encontrando com Jacob na varanda.

 

- Bom dia. – Ele a cumprimentou.

 

- Dia. – Renesmee fechou aporta atrás de si. – O que queres aqui? – ela se mantinha afastada do cigano com a camisa aberta. Ele nunca a fechava.

 

- Então vós mi cê não quer mais as aulas? – Jacob se encostou à pilastra de apoio, prendendo os olhos no decote de Renesmee.

 

- Por que desistiria? – Renesmee sorriu.

 

- Não tens medo de se jogar novamente em meus braços?- Jacob ergueu uma das sobrancelhas e um dos cantos da boca, fazendo Renesmee sorrir em resposta.

 

-Queres que eu me jogue?- Renesmee sabia fazer o jogo dos homens, não eram apenas seus olhos que os conquistavam.

 

- Não costumo rejeitar belas damas.- Jacob sorriu por inteiro. Essa burguesa sabia mesmo como atiçar um homem.

 

- Lamento te desapontar, mas hoje visitarei minha irmã. – Renesmee mexeu na trança, lançando seu perfume em direção a Jacob, que suspirou.

 

- Tens algum reprodutor? – Renesmee arregalou os olhos, sem entender.

 

- Um toro. – Jacob riu.

 

- Não, trabalhamos mais com agricultura e gados de corte. – Renesmee se explicou. – Estão com vacas no cio?

 

- Exatamente. Carlisle achou que poderia ter algum toro. – Jacob explicou.

 

- Vou ver se consigo algum. – Renesmee sorriu.

 

- Ate amanhã, burguesa. – Jacob puxou Renesmee pelo braço, roçando os lábios em seu maxilar, soltando-a em seguida.

 

- Até mais ver. –Renesmee entrou novamente em casa.

 

 

 

Assim que Jasper se foi, Renesmee e Alice decidiram ir ate a casa de Rose. Sue pediu para ir junto, estava com saudades de sua menina. Quil as levou. Assim que se sentaram na sala, Roselie entrou sorrindo, sendo seguida pelo pequeno Danniel.

 

-Renesmee! Alice! Sue!- Rose as abraçou, ambas começaram a conversar.

 

 

 

Edward estava em frente ao espelho, ajeitando a gravata quando Bella surgiu atrás dele. Edward se virou sorrindo para sua mulher.

 

- Bella. – Edward sorriu, esticando a mão para sua amada pegá-la.

 

- Querido, agora mais do que nunca, vós mi cê terá que proteger nossas pequenas. – Bella pediu.

 

- Protegê-las de quê?

 

- Vós mi cê saberá. – Bella beijou o amado.

 

- Não queres tocar para mim? – Edward sorriu, rumando para o piano.

 

 

 

 

- Danniel quer ser pirata! – Rose contava, e todos riam.

 

Renesmee queria falar com Rose sobre beijos, sobre tudo que lhe acontecera. Sabia que Rose iria ter um ataque, mas ela era única com experiência.

 

- Rose, o que sentes quando beija Emmett? – Todas olharam para Renesmee.

 

- Estas pensando em beijar? – Rose se assustou.

 

- Quem dera fosse apenas pensamentos! – Alice debochou.

 

- Já beijaste? – Rose se inclinou, curiosa.

 

 - Alec Volturi. – Renesmee falou seria.

 

- Fiquei sabendo que ele esta lhe cortejando, pensei que o afastaria como faz com os outros. – Rose riu.

 

- Eu gosto de estar junto dele, ele me deixa feliz, me tranqüiliza. – Renesmee confessou.

 

- E as borboletas no estomago? Os calafrios? – Rose perguntou.

 

- Ainda não. – Renesmee sentia esses sintomas, só que com Jacob.

 

- O que sentiu quando o beijou? – Rose estava feliz pela irmã.

 

- Foi bom. – Renesmee deu os ombros.

 

- Sabes que isso não pode se tornar uma pratica comum. – Rosalie advertiu.

 

- Não vais contar sobre o cigano? – Alice falou rindo.

 

- Que cigano? – Rose perguntou aflita.

 

- O que me dá aulas de dança. – Renesmee respondeu rapidamente.

 

- E que Renesmee beijou.

 

- Cristo do Céu! – Rose levou a mão à boca.

 

- Não me venhas com sermões. – Renesmee se levantou.

 

- Como pode? Acabou de me falar que beijaste um cavalheiro, e depois um cigano?- Renesmee se irritou com a maneira como Rose se referia a Jacob.

 

- Cigano este que beijaste muito melhor! – Ambas se calaram diante de tal afirmação.

 

- A mãe de vocês tinha mesmo razão. – Sue falou rindo. Encerrando o clima tenso.

 

- Razão? – Alice perguntou curiosa.

 

- Ela descrevia ambas com uma tamanha perfeição. – Sue sorriu, não era comum que ela se metesse nos assuntos da família. Quando chegava a fazer, era porque era necessário ou importante.

 

- Como ela nos definia? – Rose sorriu.

 

- Rosalie... Bella sempre a viu como um anjinho. Ainda não tinhas completado oito anos e já não brincavas ou corrias com medo de sujar o vestido ou desarrumar os belos cachos dourados. – Sue se lembrava perfeitamente da infância de suas meninas. – Ela dizia que vós mi cê seria uma verdadeira princesa, bela e vaidosa. Ela estava errada?

 

- Princesa de um reino em decadência. – Rose sussurrou, fazendo com que Renesmee se preocupasse. Como estaria a situação de sua irmã?

 

- Já vós mi cê. – Sue encarou Renesmee, que já se sentiu corar. – Desde que nascera já fazia travessuras, nem me lembro quantas vezes pulou o berço. – Ambas riram. – A menininha de cabelos bronzes já chamava a atenção de todos, tanto pela sua beleza quão pela sua ousadia. Uma verdadeira diabinha. – Renesmee sentiu uma lagrima rolar.

 

- Minha pequena Alice, nasceu tão pequena... Muitos falaram que não vingaria. Sua mãe, pelo contrario, batia no peito e dizia: Ela vai ser a minha fada. – As irmãs se abraçaram, sentindo falta de sua mãe.


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Notas finais do capítulo

Bem, espero que estejam gostando!

Obrigada pelos reviews!
Mas sei que ainda pode melhorar!

Minha semana está corrida, provas tudo mais...
mas acho que no máximo segunda já sei o próximo cap.

Agradecer a recomendação da gabyclearwater
Muito obrigada flor!

Então é isso, Beijos
Obrigada.



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