Fallen Hero escrita por Malucoxp


Capítulo 6
Apostas e proteções inesperadas.


Notas iniciais do capítulo

Desculpe-me pelo sumiços mas encontrei mesmo muitos obstáculos nessa fic cujo minha musa me abandonou e não só nessas mas em outras estou tentando fazer o maximo para não desistir delas isso sem contar que eu to trabalhando também mas prometo que pode demorar um pouco mas postarei mais rápido essa e as outras fics. Obrigado por quem ainda não desistiu e para os que desistiram mas ainda tem fé hauhauah........fui
Ah sim agradecimentos ao Kim o meu beta atual hauhaua........mas quem quiser se oferecer tenho historias pra betarem mas é difícil achar alguém q resista muito tempo.



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Muitos procuram proteção e salvação na luz. Tolos, pois só a escuridão esconde nossos pecados e é nossa confidente e é só nela que realmente estamos seguros.

XXXXX

–O que você pretende? - Perguntou a dona dos passos leves, a voz era infantil, eu apenas sorri e virei a cabeça para vê-la.

–Apenas estava te esperando Artemis. - Falei com um sorriso sarcástico e frio nos lábios encarando a deusa cujos olhos demonstravam a imensa vontade de me matar.

–Caçadoras. Ordenou Ártemis. Vi os olhos brilharem em um tom prateado e ouvi as cordas dos arcos sendo puxadas mais uma vez. –Matem-no. As cordas foram soltas menos uma que uma não cumpriu o desejo de Ártemis. Antes mesmo das flechas me acertarem, as águas do lago se agitaram e vieram em minha direção formando um grande circulo, logo endureceram se transformando em puro e simples gelo, e todas as flechas bateram no gelo. O impacto fora forte, claro, elas foram lançadas por caçadoras de séculos de experiência, mas nenhuma ultrapassou a camada de gelo.

–Que grosseria. Eu disse. Com um estalar de dedos o gelo mais uma vez se tornou água e foi em direção de todas as caçadoras que tentaram recuar ou pular para trás, mas a água as envolveram e as congelaram instantaneamente, deixando as presas com apenas a cabeça de fora. –Que tal uma carne de corça? Perguntei como se nada estivesse acontecendo, faíscas prateadas pareciam saltar dos olhos de Artemis e eu não duvidava nada disso. Mesmo assim me levantei e fui até a corça que me encarou, passei a mão sobre sua cabeça e soltei a corrente de seu pescoço e o pilar de gelo se desfez. –Eu pensaria bem antes de me acertar, deusa da caça. Falei rapidamente, eu havia sentido a energia dela, não sabia como, mas senti-a invocando o arco. –Se eu morrer suas caçadoras também morrem.

–O que você quer Perseu? Perguntou Ártemis. Eu sabia que tinha atingido um ponto critico da deusa, ela era protetora das jovens e tinha um laço com suas caçadoras. Virei-me para ela enquanto a corça saiu correndo em uma grande velocidade para dentro da mata.

–Eu quero a cabeça de Zeus. Falei olhando-a com atenção, aquela forma infantil realmente não dava para levar ela a sério, o arco em sua mão e a flecha de pura energia prateada ainda estavam apontados para mim, mais precisamente para o meu coração. –E você me ajudará nisso.

–Jamais me voltarei contra meu pai. O tom de desagrado e o olhar de fúria dela mostrou que ela realmente iria me matar de um jeito ou de outro só estava pensando numa forma de salvar suas caçadoras.

–A escolha é sua. Falei estalando os dedos e uma caçadora gritou. O gelo que a mantinha presa se transformou em dezenas de estacas a espetando em diversos pontos, nenhum muito vital, mas o sangue manchava o gelo e a dor devia ser muita. –Então mais uma vez eu matarei todas as suas caçadoras.

–Percy, pare. Falou Thalia para mim, a única que não tentou me acertar com o arco. –A Annie não ia querer isso.

–A Annie esta morta por causa dos deuses. Falei em fúria me virando para ela que tremeu diante de meu olhar. –A vida de seu pai a trará de volta, Zeus tem de pagar e eu vou fazer ele pagar, eu arrancarei a cabeça de Zeus. Eu olhei para Thalia com desagrado. –E você ainda beija o chão em que os deuses pisam, se submete as vontades de seu pai que a lançou ao infortúnio que fez o grupo de monstros te perseguir toda sua infância só para que a profecia não fosse realizada e seus erros fossem encobertos. Eu vi o choque estampado nos olhos dela e abri um sorriso sem emoção. –É incrível o que os deuses menores sabem Thalia, eu descobri isso apenas conversando.

–É mentira Thalia. Falou Ártemis atraindo minha atenção. –Ele está tentando manipular sua mente.

–Calada deusa. Falei rapidamente e o lago começou a se agitar e a terra tremer. –Venha a mim, curve-se jure que me ajudará a encontrar aquilo que pode destruir a Zeus e suas caçadoras sobreviverão, negue de novo e não hesitarei em matar uma a uma.

–Não faça isso Percy. Ouvi Thalia falando, mas não a ouvi, não ouviria mais um dos cães dos deuses.

–A decisão é sua, Artemis. Eu disse, vi o arco e a flecha dela desaparecerem e ela começou a caminhar em minha direção, só parou quando estava a uns quatro passos. Com um aceno da mão fiz uma esfera de água sair do lago e dentro da esfera estavam as algemas que Gaia me dera, vi os olhos de Artemis demonstrarem surpresas ao ver aquilo, a esfera chegou mais perto e se desfez deixando apenas as algemas, olhei para a deusa da caça com interesse. –Ajoelhe-se e jure pelo Styx que não tentará me matar ate que eu e você encontremos o que eu procuro. Artemis me lançou um olhar mortal como se fosse me pulverizar ali mesmo, mas uma das caçadoras gemeu de dor, ela olhou na direção da caçadora, eu não precisava olhar eu sabia que tinha feito mais uma caçadora ser perfurada por espinhos, então, ela relutantemente se curvou.

–Eu, Ártemis juro pelo Styx que não lhe farei mal algum até que encontremos o que você procura. Eu notei o quanto o orgulho dela estava se quebrando sé por dizer aquelas palavras.

–Estenda suas mãos. Ordenei rapidamente, ela olhou ainda ajoelhada em minha direção, e estendendo as mãos eu rapidamente passei uma das argolas da algema sobre o pulso direito dela e tranquei um leve brilho e a argola de metal se tornou um bracelete dourado com a corrente que ligava a outra argola, mas antes que eu fizesse algo uma forte luz se fez a minhas costas e eu senti o calor e o gelo que envolvia as caçadoras derreterem rapidamente. Puxei Artemis pelo pulso a fazendo ficar de pé e a coloquei a minha frente ao mesmo tempo que me virava para ver alguém ali. Era um ser alto que exalava uma luz dourada e quente, as vestes me lembravam as de Apolo, mas ele tinha uma mascara de puro ouro no rosto, suficiente para que eu pudesse ver apenas os dois olhos como sóis por de trás dela, não foi difícil imaginar que ele era realmente Apolo, mas o que ele fazia de máscara eu não sabia mesmo.

–Perseu, você morre hoje. Falou Apolo, a voz dele me parecia carregada de puro ódio e esse ódio aumentou ao ver que eu segurava Artemis com força. –Solte minha irmã e morra com dignidade...

–Veja só o pequeno deus do sol. Zombei mexendo vagarosamente em meu bolso, as caçadoras libertas rapidamente apontaram os arcos para mim até mesmo Thalia. –Máscara interessante Apolo, mas não parece combinar contigo.

–Seu maldito por sua culpa eu preciso dessa porcaria. Urrou Apolo o corpo dele começou a brilhar mais as caçadoras pareciam colocar mais força em seus arcos eu estava em desvantagem ali contra as caçadoras eu poderia dar um jeito, mas contra Apolo as coisas seriam diferentes, eu ainda não estava preparado para lutar contra ele. Rapidamente tirei de meus bolsos duas pérolas e joguei-as no chão, vi as flechas serem soltas e virem em minha direção, como Artemis era baixinha, todas poderiam facilmente acertar ao meu peito sem feri-la, com mais rapidez ainda coloquei a outra argola da algema em meu pulso esquerdo e sorri para o deus do sol pisando nas duas pérolas quebrando-as.

–Até mais pequena Miss Sunshine. Falei sorrindo para Apolo de forma zombeteira, a névoa branca envolveu eu e Artemis e eu senti o chão desaparecer e pensei rapidamente em nosso destino, um lugar onde o sol não possa habitar...

XXXX

THALIA POV

Eu não podia acreditar no que eu vi, eu ainda não acredito no que aconteceu aqui, Percy havia capturado a corça de patas de bronze e nos atraído nos feito de refém. Aquele cabeça de alga maldito nos enganou, ele nos desafiou e simplesmente sequestrou Ártemis, eu tentei correr em direção a fumaça perolada, mas quando eu finalmente cheguei, eles não estavam mais ali, tinham partido para algum canto, eu ainda sentia o rastro da presença de Lady Ártemis, mas estava longe e escondido.

–Maldito. Urrou Apolo a minhas costas, a pele dele começou a brilhar com mais força até eu senti o calor. Os olhos dele transbordavam chamas literalmente falando, saia chamas de seus olhos, pelo menos do buraco na máscara que era para ficar os olhos, ele sumiu em uma explosão de chamas. Eu sabia que Percy tinha provocado Apolo, ouvi as outras caçadoras se movimentarem perdidas, olhei em volta, todas estavam confusas. Para minha surpresa olhei para Stacy, era uma caçadora antiga, ela estava há mais de cem anos com Lady Ártemis e tinha a aparência de nove anos, mas algo estava errado com ela, ela parecia mais alta e os seios pareciam estar crescendo.

–O que está acontecendo? Perguntou uma de minhas companheiras olhando para Stacy, ela estava envelhecendo mais um pouco e cresceu até a idade aproximada de doze anos. Eu não sabia o que estava acontecendo, mas nos éramos mantidas pelo poder de Ártemis, nós não deveríamos envelhecer, não deveríamos estar tão perdidas. Pela primeira vez notei minhas mãos trêmulas, elas tinham um brilho prateado fraco, quase morto.

–O que você fez Percy? Perguntei olhando para o céu noturno. O maldito cabeça de algas com certeza era responsável por aquilo, de repente o céu estrelado desapareceu e em seu lugar nuvens negras e espessas tomaram o local e raios caiam por toda parte, trovões urravam de forma escandalosa e eu sabia que isso significava que meu pai estava furioso e não posso negar eu também estava só não sabia ainda se era por Lady Ártemis ter sido sequestrada ou por Percy não ter pedido minha ajuda em sua vingança.

XXXXXXX

HESTIA POV

Eu não sei direito o que está acontecendo, me sinto inquieta. De repente senti vontade de subir o mais alto que podia no palácio dos doze e observar a lua, um aperto em meu peito me trazia um arrepio gélido, um mal pressentimento horrível demais para ser só imaginação. Tentei procurar por todo o canto o que era aquela inquietação quando ainda olhando para o que restava da lua, eu a vi oscilar no céu como se fosse apenas um reflexo na água e vejo do norte uma bola de chamas vindo em direção ao Olimpo. Era o menino Apolo, ele adentrou pelo palácio sem nem ao menos me ver, querendo saber o que era, rapidamente me transportei para a sala do trono e fiquei oculta em minhas chamas. Ali estavam apenas Zeus, Poseidon e Hera, não me importo sobre o que os três conversam, mas os três estavam quietos olhando para Apolo que parecia transbordar ódio, das fendas de sua mascara o fogo saia.

–O que houve Apolo? Perguntou Zeus eu apenas observei aquilo, o pressentimento ruim ainda se abatia sobre mim e agora estava mais forte.

–Eu encontrei Perseu Jackson. Falou Apolo o tom carregado do mais cruel ódio que eu já vi ele usar, eu só o vi dessa forma uma vez e foi quando Ártemis se apaixonou por Orion.

–E por que não o trouxe aqui para pagar por seus crimes? Perguntou Zeus, sua voz estava mais séria e grave, vi Poseidon se mexer inquieto em seu trono, ele ainda se culpava por não ter acreditado no filho e acreditava que aquilo tudo poderia ter sido evitado se tivesse dado apoio a Percy.

–Ele escapou, meu pai. Falou Apolo. –Ele escapou sequestrando minha irmã Ártemis. Um silêncio tomou conta do salão, até mesmo eu não acreditava no que eu tinha ouvido. Olhei chocada para os outros deuses a minha volta, meus irmãos e companheiros de longa data. A face de Poseidon estava obscura, seus olhos tinham se tornado algo azul escuro como o mar agitado enquanto Hera parecia um tanto feliz e um tanto triste com o ocorrido, mas Zeus era o pior, de seus olhos faíscas pulavam para todos os lados literalmente, seus cabelos se tornaram branco elétrico, sua face se contorceu no mais profundo ódio que eu já vi ele demonstrar. Senti seu poder pulsar, o verdadeiro poder do Deus do Olimpo, o poder que fez Titãs e monstros se curvarem, sua pele começou a brilhar intensamente e então ele abriu a boca, meu corpo tremeu e um frio tomou conta de meu coração com aquele urro bestial que ele soltou, um urro de puro e absoluto ódio que sobrepujou o som dos trovões que cortavam o lado de fora do templo dos doze, vi que Poseidon sumiu e senti que ele foi para o acampamento.

–Imperdoável. Urrou Zeus logo após o urro de ódio, eu ainda estava estática com aquilo e levemente trêmula, Percy arrumou mais problemas do que jamais poderia ter arrumado. –Que todos saibam, cada deus, Titã, monstro e semideus que Perseu Jackson deve ser achado e destruído, sua existência deve ser varrida desse maldito mundo e nada mais devera restar, nem mesmo o pó de sua alma.

XXXXX

Nico POV...

O jantar já havia acabado e agora estávamos todos sentados em volta da grande fogueira. Fazia dois dias desde que Percy simplesmente sumiu, desde então eu venho tentando cumprir o juramento que fiz a ele, eu protegerei seus irmãos, não deixarei mal algum ser feito a eles, coisa que já tentaram após a partida de Percy. A parte masculina do chalé de Apolo juntamente com o chalé de Dionísio tentaram emboscar os filhos de Poseidon, não se deram muito bem, mas foi duro afasta-los se não fosse a ajuda dos irmãos de Percy seria mais difícil ainda. Eles demonstraram conhecimento interessante sobre seus poderes e disseram que fora o irmão mais velho que ensinara antes de partir. A que mais sentia a falta de Percy era Marin, ela era a mais ligada ao irmão mais velho.

–Não fique assim. Falei olhando para ela que estava ao meu lado todos estavam cantando então ninguém percebeu isso. –Ele está bem, daqui a pouco retorna.

–Sinto que não. Ela me respondeu com um tom preocupado colocando a mão esquerda no peito. –Ele não retornará tão cedo, sinto que ele está indo para onde eu jamais poderei alcançá-lo.

–Não se preocu... Nem terminei de falar e um vento gélido e forte varreu o acampamento, eu tive de me segurar para não cair e por puro instinto abracei Marin para que ela também não caísse. Quando o vento passou nossos olhos se encontraram, algo se mexeu dentro de mim, foi quando um urro selvagem e irreal varreu o acampamento eu só tive tempo de olhar para o lado e ver Poseidon ainda em sua forma de seis metros aparecer entre nós, logo acima da fogueira e levantar o braço esquerdo e uma cúpula azul meio liquida se formou entre todos os campistas, mas eu notei uma cúpula azul mais escura em volta dos seus filhos, uma proteção extra, eu fiquei dentro dela, pois estava muito perto de Marin. Em seguida um clarão que parecia ter queimado as minhas retinas tamanho o calor que veio a seguir e então o som estrondoso que feriu meus ouvidos de forma que eu nem imaginava que era possível, alguma maldita coisa tinha acontecido, parecia que um maldito raio caíra perto demais de nos.

Não sei se realmente tudo estava silencioso ou eu que estava momentaneamente surdo, mas escolho pela segunda opção. Alguém me chacoalhava, do lado direito minha vista esbranquiçada foi sumindo apesar dos pipocos do que parecia estrelas estourarem diante de mim, olhei para quem me balançava era Marin. Ela falava algo, mas eu não ouvia, aos poucos eu ouvi ecos, ela chamava meu nome preocupada, mas o som de trovão ao fundo impedia que mesmo eu recuperando a audição conseguisse ouvir claramente.

–O que está acontecendo? Finalmente consegui distinguir isso das perguntas que ela me fazia, eu olhei para o céu escuro, nunca havia céu escuro no acampamento, não cobertos de nuvens de tempestade.

–Cadê o seu pai? Perguntei olhando para ela.

–Está ali. Ela falou apontando em direção da casa grande onde eu vi Poseidon já em estatura humana comum falando apressado com Dionísio que tinha o seu nariz ainda inchado e meio vermelho do golpe de Percy. Aparentemente aquelas correntes mesmo sendo de bronze divino tinham algo mais que realmente machucavam um deus. –Aonde você vai? Ela perguntou ao ver-me se levantar e andar em direção aos deuses.

–Vou saber o que está acontecendo. Falei rapidamente, ela não disse mais nada, apenas me seguiu, notei que Dionísio parecia irado com alguma coisa e Quíron preocupado...

–Percy realmente sequestrou Artemis. Foi a primeira coisa que eu ouvi saindo da boca de Poseidon. Aquilo me chocou ainda mais, ouvi Marin ao meu lado soltar uma exclamação de surpresa. Eu não entendia o que aquele maldito suicida estava fazendo, mas eu sabia que ele estava em apuros agora ele sequestrara uma deusa e não só Zeus como nenhum dos outros doze descansaria até que ele fosse capturado e exterminado.

XXXXX

Percy POV

O chão retornou mais uma vez abaixo de meus pés e a fumaça esbranquiçada foi varrida, mas antes mesmo que eu soubesse onde estava fui puxado para o chão caindo sobre algo macio não senti dor de fato afinal sou invulnerável em partes. Olhei para aquela pessoa e fiquei meio surpreso, uma leve luz prateada parecia emanar daquela linda mulher, os olhos intensamente castanhos e cabelos da mesma cor só que num tom mais claro.

–Pretende ficar em cima de mim até quando? Aquela voz, eu conhecia aquela voz apesar de parecer mais velha, rapidamente me levantei e olhei para aquela “estranha”, um belo corpo seria brincadeira perto do que ela tinha, era magra e não devia ser mais do que dois dedos mais baixa que eu, ela estava com uma sainha que ia até um pouco abaixo das cochas, mas que por estar no chão se levantara revelando as cochas bem torneadas e grossas. Ela vestia uma camisa de tecido desconhecido por mim de cor branco com detalhes em prata que moldavam bem o seu corpo belo. –E pare de babar seu idiota.

–Ártemis? Perguntei meio sem entender por que dela estar naquela forma, quer dizer quando eu a levei ali ela não passava de uma pirralha, agora ela parecia ter uns dezoito ou dezenove anos.

–Não, aqui é Hera. Falou Artemis em minha direção com ironia, quando ela se levantou, seus olhos dela adquiriram um leve brilho prateado. –Claro que sou eu, idiota.

–Estressada. Falei sem me segurar não ligando pro olhar assassino dela. Olhei em volta tentando saber onde eu estava, mas tudo ali era escuro eu só conseguia enxergar Ártemis mesmo por causa do leve brilho prateado que saia dela, mas além daquilo eu não conseguia enxergar mais nada, era como se as trevas tivessem me envolvido.

–Onde estamos e o que você fez comigo? Ela perguntou me fazendo olhar para ela de novo, respirei fundo me tentando lembrar que ela AINDA tinha de ficar viva até encontrar o que eu procuro, depois disso eu me livrarei dessa deusa maldita.

–Não sei a responder nenhuma de suas perguntas. Falei de forma lenta e calma. –Mas estamos em um local onde Apolo não pode adentrar.

–Só se for no mundo inferior. Ela disse o corpo dela brilhou e por um segundo ela voltou a ser a pirralhinha de antes, mas em seguida voltou a sua forma adulta. –Maldição, não consigo mudar de forma.

–Que peninha. Falei começando a andar, eu acho que vi um brilho azulado no horizonte. –Está esperando o que, venha logo. Falei nervoso com ela sem me virar, ela pareceu me ignorar e começou a andar para o lado contrário. –Onde você pensa que vai, deusa?

–Para o Olimpo. Falou ela andando sem se virar pra mim.

–Você prometeu me ajudar a achar os meios para destruir Zeus. Falei em fúria, pronto para matar aquela deusa maldita.

–Mas nunca disse que seria em breve. Ela falou sorrindo superior em minha direção, depois voltou a andar me ignorando. Eu realmente vou matar essa deusa maldita, eu estava pronto para ir na direção dela que já estava a uns 10 metros de distancia quando um fio de prata apareceu em meu bracelete na mão direita e se ligou ao de Artemis na esquerda. De repente meu corpo foi puxado para frente ao mesmo tempo em que eu vi Artemis também ser arremessada em minha direção em menos de um segundo um forte impacto e nós dois nos chocamos, fiquei meio zonzo por meio segundo e mais uma vez me vi por cima da deusa.

–O que você fez maldito? Perguntou ela me olhando em fúria dando um soco em minhas costelas me fazendo rolar para a esquerda, aquilo doera um pouco o que era incomum. –Não tente de novo ou você morrerá. Ela disse se levantando me olhando por cima e depois correu, de novo mal vi ela alcançar 10 metros e novamente foi puxada em minha direção e eu em sua direção e mais uma vez nos chocamos, mas dessa vez antes mesmo que ela fizesse algo agarrei seus pulsos e prendi suas mãos em cima de sua cabeça ficando por cima a olhando nos olhos.

–Será que você pode parar de correr, sua idiota. Urrei em fúria, senti ela tremer um pouco, mas não liguei, olhei para o pulso esquerdo dela o bracelete estava brilhando fracamente e o fio de prata desapareceu. –Aparentemente não podemos nos afastar, então a menos que você queira ficar nesse jogo de bater um no outro eternamente, aconselho que nós deveríamos ir para a porra da direção onde a luz azulada se encontra.

–Me solte. Ela disse se debatendo, eu a soltei e fiquei em pé, ainda a olhava nos olhos, não estou nem um pouco contente com a situação. –Fique dois passos atrás der mim e se me tocar, eu te mato.

–Que meda. Falei olhando irritado para ela enquanto ela tomou a frente, sério, Ártemis parece mais uma garota mimada do que uma deusa.

XXXXX

Nico POV

A madrugada já estava avançada e eu ainda estava nas portas do chalé de Poseidon sentado bem entre as portas do dormitório feminino e masculino. O sono não me alcançava e eu ainda olhava para a fogueira de Héstia ali no meio dos chalés quando um galho se quebrou a direita e rapidamente virei minha cabeça naquela direção, a terra tremeu levemente e dois guerreiros mortos se levantaram, eram esqueletos de ossos de bronze, novos brinquedinhos que meu pai me dera. Logo um filho de ares pulou das sombras do chalé em minha direção e os esqueletos tomaram minha frente segurando o ataque de espada dele.

–Não as proteja, maldito. Urrou o filho de Ares golpeando um dos esqueletos com o coturno de ponta de bronze celeste, o esqueleto deu dois passos para trás, mas antes de avançar de novo uma flecha dourada bateu nele o desmontando. O segundo esqueleto caiu sob uma lança de guerra de mais um filho de Ares, logo eu me vi cercado por quinze campistas, eu podia ver filhos de Ares, Hermes, Apolo e até um novato filho de Hefesto. –Eles merecem morrer, o irmão deles sequestrou a deusa casta, ele matou um de nós, ele é inimigo do Olimpo e devemos expurgar qualquer um de seu...

–Sangue? Perguntei ainda sentado olhando para todos, um sorriso irônico rasgou a minha face enquanto eu olhava em volta. –Vocês estão dizendo que vocês querem acabar com a prole de Poseidon, com o sangue de Poseidon?

–N-não. Gaguejou um dos atacantes notando a gravidade do que o amigo dissera e aquilo só me fez acha-los mais idiotas ainda.

–Sumam ou morram. Ordenei rapidamente, todos pareceram ficar nervosos com minha ameaça. Quando o primeiro corajoso avançou, eu vi que era um filho de Apolo, mais um que gostava de se divertir forçando as garotas a fazerem o que ele queria. –Que os filhos de Thanatos divirtam-se. Falei sorrindo vendo sombras indistintas aparecerem atrás daquele que avançara, logo as sombras tomaram formas de três garotos e uma garota, eles eram os reais filhos da morte e leais a Percy acima de tudo, afinal ele nunca os julgou, ele nunca me julgou só por sermos filhos de quem somos.

–Mais um passo e a morte levará sua alma. Falou a garota olhando para o agressor, eu sorri ela se chamava Malika, me lembro de Percy ter resgatado ela de um grupo de gigantes particularmente famintos.

–Eles estão em minoria, arqueiros queimem o chalé. Ordenou alguém ao fundo, os filhos de Apolo tencionaram os arcos ao máximo e as pontas das fichas se incendiaram, logo uma infinidade de flechas foram lançadas em direção ao chalé de Poseidon, eu já me levantei pronto para proteger o local e possivelmente retirar os irmãos de meu amigo dali de dentro quando uma barreira verde escura se fez ao redor do chalé bloqueando as flechas. Uma risada pura e cristalina preencheu a noite e por alguma razão o senhor D apareceu em frente a todos nós, mas ele não nos olhava, ele olhava para cima do chalé. Acompanhei o seu olhar e vi recortada pela noite escura e sem lua a figura de uma mulher de olhos intensamente verdes e cabelos longos que balançavam diante do vento, a luz da fogueira revelava suas belas curvas e seu rosto jovial.

–O que faz aqui? Perguntou o senhor D ele parecia furioso, mas eu também notei um leve tremor em sua voz quase imperceptível.

–Isso é maneira de você falar com sua bisa? Perguntou a mulher em um tom leve ,quase maternal porém ao mesmo tempo debochado.

–Não brinque Gaia ou...

–Ou o que? Ouvi a deusa perguntar, o tom maternal foi mais severo e debochado, os olhos verdes brilharam e eu senti uma vontade incrível de me curvar, notei que todos, desde atacantes aos meus aliados caíram no chão se curvando. Não pude resistir e também meus joelhos tocaram o chão, a presença daquela mulher era antiga, assustadora e poderosa, era algo que me fazia me sentir pequeno como um recém nascido. –Cuidado com o que fala menino ou eu posso arrancar sua língua.

–Aqui não é seu território. Para minha surpresa essas palavras saíram com extremo cuidado dos lábios do Senhor D.

–Tolo neto que esquece quem eu sou. Falou a mulher saltando do telhado e caindo suavemente no chão entre eu e Dionísio. –Eu sou a terra, eu sou o mundo, tudo aqui é meu território. Eu não pude ver mais seu rosto já que ela estava de costas para mim, mas eu podia jurar que ela estava sorrindo de forma quase predatória, isso só se confirmou quando vi Dionísio tremer levemente, eu nunca pensei ver um deus tremer assim. –Ou você se esqueceu do motivo de vocês terem feito sua montanha voar por cima da terra?

–Peço perdão pelas minhas maneiras minha avó. Falou Dionísio e eu notei o quão difícil para ele foi dizer aquelas palavras. –Eu humildemente peço para que me conte do porque você se encontra no acampamento.

–Em virtude dos novos acontecimentos dos filhos tolos de vocês deuses. Começou a mãe titã. –E dos meus tolos filhos. Acrescentou com desdém na voz. –Eu estou aqui para proteger os filhos de meu querido neto Poseidon assim como todas as filhas de meus netos e bisnetos.

–O que você quer dizer com isso? Perguntou Dionísio, eu senti a preocupação em sua voz.

–Aquele que tocar em qualquer mulher ninfa, humana ou deusa nessa terra ou em qualquer de meus domínios responderá diretamente a minha fúria. Eu senti a terra tremer e raízes saírem do chão junto com ouro, prata e bronze e tudo se entrelaçou no que parecia ser um trono detalhado e belo onde ela se sentou. O trono flutuava no ar e se virou, eu a vi olhando em minha direção com as pernas cruzadas e sorrindo de forma que eu não sabia se seria maternalmente ou sedutoramente. –Filho de Hades, levante-se.

Foi como se meu corpo fosse impelido a fazer o que ela manda e com um sinal da mão para chegar mais perto, minhas pernas se moveram sozinhas, eu tentei evitar e correr, eu tentei erguer minha faca, mas nada aconteceu, tentei abrir um buraco no chão para os esqueletos saírem, mas o chão não respondia. Claro que não, ela era a terra, acima e abaixo era domínio dela, ali estava o ser mais poderoso que eu poderia ver pisando nesse mundo, uma vez que Zeus é o ser mais poderoso que eu vi nos céus.

–Eu sou Gaia e agradeço o que você fez pelos filhos de Poseidon, seu juramento para com o herói Perseu foi mantido, mas pode relaxar, as filhas e filhos de Poseidon nesse chalé têm minha benção e proteção assim como cada mulher desse acampamento, cada semideusa ou ninfa, então relaxe e durma enquanto eu ensino uma lição ao meu jovem neto de como ele deve administrar esse local direito. Quando ela falou isso ela tocou meu rosto, senti o calor de seus dedos, era reconfortante como se eu já tivesse sentido isso no passado inconscientemente, eu fechei meus olhos, algo em minha mente gritou para não dormir, mas já era tarde. A ultima coisa que eu ouvi foi uma leve risada branda antes da inconsciência tomar conta de meu ser.

XXXXX

Percy POV

Sério, eu não sei quanto tempo eu vou conseguir caminhar até essa porcaria de luz azul, nem sei quanto tempo se passou e a maldita deusa ainda insistia em bancar a rainha e continua andando na minha frente. Se bem que eu não me importo nem um pouco, pelo menos tenho uma boa vista enquanto eu ando ,afinal não posso dizer que ela não tenha uma bela bunda.

–Cuidado com o que pensa, Perseu. Falou ela me tirando de meus devaneios enquanto parava. –Não sou um pedaço de carne para você...

–Não enche o saco, Ártemis, que não estou com paciência para brincar contigo. Falei com pressa, realmente não tinha tempo para discussão, tinha um tempo apertado, tinha de achar o meu objetivo. –Agora continue avançando.

–Olhe como fala comigo mortal, eu...

–Vai me matar? Perguntei em deboche . –E depois o que? Perguntei ainda com o mesmo tom. –Arrastar meu cadáver pela eternidade por aonde você for? Eu vi um arrepio de asco bater o corpo dela enquanto o pensamento lhe veio. –Agora ande deusa ou eu mesmo te arrastarei.

–Quero ver você tentar. Disse ela em tom infantil que a fez parecer absolutamente adorável, mas que saber não tenho tempo pra pensar nisso, então rapidamente a puxei em minha direção e a joguei por sobre meu ombro retornando a caminhada. –Solte-me seu maldito, como ousa me tocar!

–Ah, cala a boca.

Xxx

Depois do que pareceram duas horas de caminhada Artemis ainda se debatia por cima de meu ombro quando nós chegamos mais perto do que parecia ser um grande templo grego em uma espécie de cristal azul com detalhes em prata que emitiam um brilho fantasmagórico, eu finalmente a coloquei no chão enquanto olhava o local.

–Desgraçado. Falou Artemis e eu senti um punho me acertar no rosto, aquilo doeu mais uma vez e eu não sabia por que, mas mesmo assim não recuei, apenas olhei para ela. –A próxima vez que me tocar de novo, homem, eu juro que a morte será o que você mais deseja e-. Com uma mão alcancei o rosto dela tampando sua boca e trazendo para perto de mim, nossos narizes quase se tocavam.

–Acho que você não entendeu, deusa maldita. Falei em desagrado. –Você me é útil por enquanto, você está presa ao seu juramento, eu não estou preso a juramento algum, se você não calar a boca eu te mato, simplesmente te mato, meus planos para você são importantes, mas nada que eu não possa modificar ou não tenha um plano de contingência. Eu vi algo nos olhos dela, um único brilho de medo, mas ao mesmo tempo superioridade. Por um instante um monstro se ascendeu em meu peito e o pensamento de quebrá-la, quebrar o seu orgulho e sua vontade me veio e aquilo parecia tão prazeroso, fazer aquela maldita se curvar... –Agora vamos fazer um trato. Comecei de novo, tentando acalmar o monstro dentro de mim. –Se você se comportar e me ajudar, eu não tocarei em você e você não precisará falar comigo, agora vamos.

Quando terminei a soltei e fui em direção das escadas do templo eu não me virei não vi se ela concordou ou não, mas não me importava. Logo senti ela ao meu lado, mas não a olhei, adentramos no templo enorme que se dividia em algumas câmaras, mas o largo corredor ainda seguia para frente, por um instante senti uma presença por perto me circulando e notei pelo canto dos olhos que Artemis também sentiu, ela parecia em guarda, mas foda-se se aqui era um local onde Apolo não nos alcançava, também era um local onde nenhum dos doze tinha total poder.

Quando finalmente conseguimos chegar ao fim do extenso corredor nos vimos em um grande salão cujas estátuas de titãs e deuses se encontravam de pé nos cantos e o teto mostrava a noite estrelada com uma grande lua cheia que iluminava tudo. No centro havia dois enormes tronos, tão ou maiores quanto os dos deuses, um era feito do que lembrava um cristal negro e azul e o outro era translúcido como vidro, as duas figuras que estavam nos tronos eram curiosas.

–Nix. Ouvi Artemis murmurar ao meu lado, uma leve compreensão me veio a mente, é claro, o reino que Apolo não pode alcançar, é o da noite, a morada da noite primordial. Por um instante eu penso que isso é uma bosta, parece que todo local que eu vou encontro uma existência primordial, mas Nix por alguma razão me fazia sentir mais poder nela do que Gaia poderia sequer pensar em ter, e ao olhá-la não posso deixar de pensar que ela definitivamente era linda, algo quase etéreo.

–Sejam bem vindos Perseus e Ártemis. Falou a mulher enorme se levantando, e eu a observei. Ela usava uma toga grega curta que ia até o meio das coxas belas e a pele branca etérea pareciam brilhar, suas pernas eram belas e bem torneadas e ela definitivamente tinha seios grandes mesmo para o seu tamanho. Seus olhos carregavam o incontável brilho de estrelas mais do que o céu noturno mostrava. –Sejam bem-vindos a morada da noite.

–Não devia se preocupar, minha mãe. Disse o segundo ser no trono de vidro e eu senti como se o peso das eras exalassem de sua voz, não tão antigo quanto Nix, mas incontavelmente velho. O homem era velho, mais velho do que eu pensei que um deus poderia ser, provavelmente aparentava uns sessenta anos e os cabelos eram negros como a noite, os olhos tinham uma venda. –O destino dele já foi traçado, ele deve perecer...

–Já discutimos isso Moros. Eu ouvi a deusa ou titã ou sei o que ligada à noite falar.

Porra, será que eu não posso encontrar um único deus comum? Quer dizer, ali estava na minha frente a grande Nix, que até Zeus, o poderoso Zé do raio baixa a cabeça, a Noite Primordial, a deusa que nasceu do caos e juntamente com o maldito e desgraçado Destino, o maldito Moros.

–O destino já foi escrito e assim será. Falou Moros me tirando de meus pensamentos.

–Como pode ver meu herói. Começou Nix e seu corpo encolheu até o tamanho de um ser humano, os cabelos negros balançaram de forma enigmática. –Eu e meu filho estamos em desacordo quanto ao seu futuro. Senti um movimento a minha direita e Artemis simplesmente se curvara enquanto a deusa da noite chegava mais perto, eu podia ver o tremor leve nela que jamais olhava para Nix.

–Pouco me importa o que vocês deuses pensam. Falei em desagrado mesmo não tendo nada contra Nix eu tinha para com Moros. –Diga-me como sair daqui e eu deixarei seu reino em paz não desejo mal algum a ti.

–Meu menino. Falou Nix que de repente sumiu e apareceu atrás de mim. Senti ela me abraçar e seu corpo pressionar contra minhas costas, por um segundo meu cérebro parou de funcionar com os seios dela pressionados contra mim, quer dizer eu sou homem, porra, e ela é gostosa pra caralho. –Agradeço pelo elogio. Ela diz sussurrando em meu ouvido, mas que merda isso definitivamente não melhora meu estado. –Eu lhe direi o que você quer saber e mais uma coisa se você aceitar participar de nossas apostas.

–Que aposta? Perguntei tentando controlar a minha mente e corpo, mas definitivamente estava perdendo. Em seguida ela some e aparece a minha frente, seus lábios vermelhos e tentadores estavam bem próximos, tão próximos que só um movimento e nos tocaríamos.

–Meu filho e eu já sabemos que Urano se levantará e de sua busca por vingança, busca por tê-la de volta. Como o vento da noite ela desapareceu me deixando uma sensação de perda por não ter ela mais perto, mas bani isso para o mais longe da minha mente. –Seus lacaios já vieram a mim e ao meu filho para saber se teriam sucesso, eu me recusei, mas Érebus, meu marido há muito adormecido também se levantará e se juntará a Urano.

–Não me importo com Urano. Falei em desagrado, estava pronto para ir embora, mas percebi que Artemis pela primeira vez olhava para Nix, só que com descrença e aceitação ao mesmo tempo. -Zeus é meu, se alguém tocá-lo, eu o mato, o único que deve arrancar a cabeça de Zeus sou eu.

–Vejo sua vontade. Disse Nix. –E falei à meu filho que a tua vontade superaria qualquer destino pré escrito.

–Isso é impossível. Falou Moros apontando sua mão velha em minha direção. –Vontade ou não, você perecerá nas mãos de Zeus e trará caos ao mundo e Urano se levantará e dizimará tudo, nada mais restará até que tudo se inicie do zero mais uma vez.

–Calado velho. Falei em fúria. –Suas maquinações não me importam, suas palavras são poeira ao vento, o meu destino serei eu que escreverei e eu esmagarei qualquer coisa que você ponha em meu caminho, e escreva minhas palavras, Moros. Eu senti o monstro em meu peito se agitar com mais força que até doía, minha pele parecia quente. –Eu esmagarei sua cabeça e queimarei os seus ossos, eu trarei o fim de sua existência. Ártemis soltou um guincho de descrença e medo ao meu lado. –Por suas maquinações, eu perdi minha Annie, por suas maquinações, eu não pude ter paz, por seus erros malditos como Zeus e Cronos traíram o ciclo, por isso o mundo caiu, os deuses foram corrompidos e só há ódio entre irmãos e irmãs.

–Minha aposta, meu querido. Falou Nix me fazendo olhá-la. –É que você conseguirá seu objetivo, terá a cabeça de Zeus, enquanto meu filho.. Ela fez uma pausa com um sorriso condescendente nos lábios. –Você já sabe no que ele aposta.

–Por que minha Deusa. Falou Artemis em tom de profundo respeito, ainda curvada. –Por que você aposta contra o seu filho, contra o Destino?

–Por que... Eu ouvi a Deusa da Noite falar mais para si mesma do que para nós. –Bem, porque me parece divertido. Certo, nem eu esperava essa resposta. –Eu vivi muito e vi mais do que vocês dois meus filhos e sinceramente estou entediada, nada mais novo acontece, é sempre repetição dos mesmo erros, eu sinto que se eu apostar em Perseu e ficar por perto, meu tédio se quebrará.

–Tem mais algo ai. Falei notando uma sombra passar pelos belos olhos estrelados dela.

–Sim. Falou Moros em desaprovação. –Ela teme que se Érebus se levantar, ele virá aqui vira atrás dela mais uma vez, irá...

–Eu não permitirei. Falei rapidamente, por alguma razão o simples pensamento de Érebus a tocar fez a besta em meu peito rugir com mais força. –Se me ajudar com meu caminho, eu juro Nix, que mesmo que ele se levante, ele não tocará em você.

–Agradeço o entusiasmo. Ela disse com divertimento em sua voz. –Viu, Moros, meu filho, eu disse que ele seria divertido e me tiraria do tédio.

–Não entendo seus gostos, minha mãe. Falou o destino em tom perdido.

–Para você ver que nem o destino compreende tudo. Falei zombando do velho ser. –Diga-me como sair daqui para meus objetivos.

–Ao passar por nossos tronos você achará uma passagem logo atrás, ela leva para as costas do templo, caminhe sempre em linha reta até que suas pernas se cansem e sua noção de tempo se perca, ascenda uma fogueira e adormeça, quando acordar seguirá para a direita até encontrar o que você quer. Ela me disse com divertimento na voz. –Mas lembre-se, faça exatamente como eu digo ou não dará certo, se fizer de outro jeito os monstros que habitam o mundo inferior virão até você e não haverá descanso.

–Obrigado. Agradeci a deusa, afinal, ela não me fez mal e estava me ajudando.

–Ainda há mais. Ela disse antes que eu começasse a caminhar. –Essas algemas que você conseguiu foram de um filho monstro de Thanatos e Perséfone.

–Perséfone pulando a cerca. Falei divertido fazendo Nix sorrir levemente.

–Sim, é divertido. Nix disse com sua risada cristalina. –Ela foi feita para prender a vontade de um deus e foi usada contra Thanatos para um rei mortal prendê-lo, pois tinha medo da morte, ela originalmente prenderia a vontade do deus a de seu captor.

–Não acho que funcione bem. Falei olhando pra Artemis de soslaio. –Ela ainda continua resistir a me ajudar.

–Isso porque você usou as algemas de forma errada. Falou Nix se divertindo. –Ao ligá-la a você pela corrente, você limitou os poderes dela, isso é claro por ela assumir essa forma que mais se assemelha ao que ela é mesmo e não poder mudar de forma rápido ou se transportar. O sorriso nos lábios da Deusa da Noite aumentou me provocando arrepios. –Mas ao prendê-la a você, vocês se ligaram em mais de uma forma, vocês dois estão literalmente ligados um ao outro, se um de vocês desaparecer, o outro desaparecerá, se um morrer o outro morrerá, vocês não podem se afastar mais de 10 metros um do outro, aliás, eu recomendo mais contato físico se não vocês sentirão fraqueza em algum tempo.

–Jamais deixarei ele me tocar. Falou Artemis com altivez mesmo sua voz ainda não se levantando.

–Não precisa ser nada intimo menina. Ela disse ainda me olhando. –Ela pode quebrar sua invulnerabilidade por isso os golpes dela lhe machucam ,uma das vantagens é que você não sentirá mais algumas das necessidades dos mortais, mas outras como fome e sede será sentido pelos dois, assim como coisas simples como se banhar será necessário para ambos. Ela se virou para Ártemis e com um aceno a deusa da caça estava em pé. –Você sentirá verdadeira fome e sede minha menina, você sentira dor de um mortal, você não é mais uma deusa muito menos uma meio-sangue, você está entre isso e aquilo, você se machucará por armas mortais e imortais, então cuidado não pense mais em sua invulnerabilidade divina como algo infalível, assim como você Perseu não pode pensar que a sua invulnerabilidade do Styx funcionará sempre onde você deve ir.

–Agradeço o conselho. Falei revendo as informações em minha mente e sério, isso é uma merda. –Mas ela será capaz de localizar aquilo que eu procuro?

–Essa capacidade nela não foi tirada. Falou Nix com um sorriso simples nos lábios agora. –Mas isso só ocorrerá se ela estiver muito perto do que você procura. Porra, definitivamente não era isso que eu queria ouvir.

–Então ela me é inútil. Falei mais para mim mesmo do que para os outros, vi pelo canto dos olhos Artemis lançar um olhar que com certeza me mataria se ela ainda tivesse todos os seus poderes.

–Eu não diria isso. Falou Nix com graça em sua voz. –Ela lhe será muito útil quando você alcançar aqueles lados, apenas tenha paciência. Ela saiu da nossa frente e apontou para a passagem por entre os tronos. –Agora vá jovem herói em busca de seu objetivo e me divirta com meu jogo para com meu filho, continuaremos apostando sobre seus desafios já que conheço meu filho, ele fará de tudo para que você pereça de uma forma ou de outra.

–Muito obrigado. Falei caminhando e dessa vez Artemis me acompanhou, ela parecia meio tensa conforme nos aproximávamos do tronos dos titãs ou quando passamos perto do velho deus do destino, mas que se foda, passamos pela passagem e saímos por de trás do templo onde as trevas habitavam todos os lados.

–Você me dirá o que você quer que eu ache? Perguntou Ártemis depois que nos embrenhamos pelas trevas abandonando o refugio da noite.

–Uma besta. Falei ainda andando olhando ligeiramente para trás meio surpreso por já estar tão longe do templo de Nix ao ponto de ser só uma faísca longínqua na escuridão, mesmo assim caminhei, Ártemis não falou nada apenas me seguiu. –Por que não está reclamando?

–Eu não reclamo. Ela rebateu de forma estressada levantando as sobrancelhas a fazendo parecer adorável no meu ponto de vista, não que ela precise saber disso.

–Certo. Rebati com sarcasmo. –Mas não respondeu minha pergunta.

–Eu não vou ficar gastando muito tempo fazendo com que você retorne, não significa que farei sua vida fácil e mais como Moros disse você morrerá, só esperar até meu pai lhe tirar a vida, dessa forma de um jeito ou de outro me livrarei de você. Sério, essa deusa me deixa nervoso, mas não respondi, apenas respirei fundo e continuei caminhando em meio a escuridão.

O silencio foi esmagador depois disso, mas eu e provavelmente nem ela sentia vontade de falar, eu apreciava isso pois não estava mais com saco para aguentar as infantilidades dela ou as reclamações. Quando pareceu horas eu senti meu estomago reclamar e vi ela colocar a mão na própria barriga. Tirando minha mochila das costas, coisa que eu levei comigo por achar útil, eu tirei de dentro duas maças e joguei uma para ela que pegou e olhou para aquilo com estranheza.

–Você está com fome, coma. Falei dando uma mordida na minha, ela me olhou como se não entendesse o porque do gesto.

–Por que se preocupa? Ela perguntou verbalizando o que tinha em sua mente provavelmente.

–Você não me será de nenhuma ajuda fraca. Bem, isso que eu disse é verdade, mas fazer o que. –O que houve?

–Eu nunca comi nada que não fosse ambrosia e nem bebi nada que não fosse néctar. Ela admitiu e eu senti uma curiosidade infantil vir dela.

–Ela é boa e não está envenenada. Falei dando mais uma mordida na minha, vi pelo canto dos olhos ela hesitante morder a sua maça e mastigar os olhos dela pareciam brilhar.

–Delicioso. Ela disse mordendo de novo e mastigando devagar enquanto saboreava com uma expressão feliz.

Certo, foco Percy, não é para você agora ficar pensando nessas coisas, sério, não entendo o que está havendo comigo mas que se foda. Por algum tempo o silencio só foi quebrado pelas mordidas nas maças, mas depois isso se foi e a escuridão pareceu aumentar de forma que quase não via nem o brilho prateado de Ártemis, mesmo assim eu não sei onde eu estou. A conversa com Nix estava em minha mente, eu sentia que tinha mudado de direção algumas vezes saindo da trilha que ela deu, mas não poderia saber se era verdade, só sabia que eu estava perdido.

–Há quanto tempo estamos andando? Perguntou Artemis meio ofegante e eu notei que eu também estava. –O que é isso que estou sentindo? Ela se perguntou sozinha.

–Você está sentindo o que nós mortais chamamos de cansaço. Falei sentindo meus músculos reclamarem pela distância que eu não sabia que percorri. –Acho que precisamos descansar.

–Sim. Ela falou bocejando. –Estou com sono...

–Vamos parar aqui. Eu disse tirando minha mochila e tirando umas esferas vermelhas de dentro de um dos bolsos, isso seria bem útil eu sabia, assim como umas pedras e galhos que eu peguei, sério eu não sabia se estava indo para uma geleira ou mata úmida, eu precisava de lenha de qualquer jeito, fiz uma pequena fogueira e estourei uma das esferas vermelhas, as chamas brilharam sobre os gravetos. Ambos nos sentamos para apreciar o calor das chamas, cada um de um lado da pequena fogueira, quietos, apenas observando a chama eu revivia aquele momento em que a perdi, em que eu perdi Annabeth.

–Dói? Artemis perguntou chamando minha atenção mais uma vez.

–O que? Perguntei meio sabendo o que era.

–Dói tê-la perdido?

–Como você se sentiria se uma parte de ti foi tirada pelo capricho de um deus? Eu perguntei não escondendo o escárnio em minha voz.

–Eu sei como é. Ela disse olhando para o fogo, mas eu duvidava que ela realmente soubesse. –O que você está procurando Perseu?

–Um monstro. Eu disse e a ouvindo bufar.

–Isso eu já suspeitava. Ela me disse voltando ao tom irritantemente superior. –Eu quero saber que monstro você procura para precisar de mim.

–Fafner. Falei sem olha-la, mas pude sentir a surpresa vindo dela. –O dragão feiticeiro Fafner, um dos mais poderosos do ocidente.

–Se não o mais poderoso. Falou Artemis em descrença. –Você tem ideia do que você quer fazer?

–Claro. Eu respondi. –Vou matá-lo e me banhar em seu sangue conseguir a invulnerabilidade que cobrirá todos meus pontos fracos e depois arrancarei a cabeça de seu pai.

–Deixe de devaneios Perseu. Ela disse me olhando por cima das chamas. –Meu pai é considerado como o rei dos deuses por um motivo, se fosse fácil derrubá-lo muitos já teriam feito.

–Se ele era tão poderoso. Comecei com desdém. –Por que ele precisou de um semideus para deter Cronos ou para deter Typhon? Eu a vi ficar quieta como se pensasse no que eu disse.

–Há mais coisas do que você pensa que sabe. Ela finalmente disse depois de um tempo. –Mas se quer a besta nórdica, então estamos indo para o reino dos nórdicos?

–Vamos para os celtas. Falei, não fazia mal contar mesmo. –Existe algo lá que preciso para o meu objetivo.

–Que seria? Ela perguntou meia confusa.

–Uma arma que possa matar a um deus. Comentei enquanto senti os olhos dela se arregalarem em minha direção. –Depois irei ate os nórdicos.

–Você é louco. Ela comentou em um tom de voz aborrecido. –Ótimo, eu fui aprisionada e enganada por um louco, só pode ser. Ela dizia como se esquecesse de mim. –Você tem ideia do que pode acontecer a você e a mim se formos pego invadindo e roubando esses dois povos?

–Não seremos pegos. Falei com convicção.

–Há motivos de termos concordado com o tratado para com eles, Perseu, você realmente não sabe no que está se metendo, nos perigos que está entrando. Ela falou em tom leve e a vi se deitar e ficar de costas para mim e a fogueira. –Moros está certo, você perecerá na sua busca por sua ignorância.

Eu senti uma vontade louca de gritar com essa maldita, mas não faria sentido, eu sabia dos perigos, eu sabia das consequências, mas que se foda, nada nem ninguém se porá em meu caminho, deus, mortal ou monstro e não importam as palavras de Moros, eu não irei perecer, não sem ter cumprido meu objetivo, não sem ter arrancado a cabeça de Zeus e ter trazido minha Annabeth de volta.

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Thalia Pov

Os deuses estavam reunidos na sala do torno, eu podia ouvir a discussão, mas isso era irrelevante, tudo que podia habitar minha mente é o sumiço de Ártemis e Percy há mais de uma semana, a raiva ainda consumia minhas entranhas e o ódio de mim mesma também, pois eu não sabia decidir o que eu queria, ajudar meu primo idiota ou minha deusa que me ajudou em tempos de dificuldade.

Mas eu não posso decidir isso, os dois me ajudaram, os dois me acolheram, sim, eu me lembro com carinho do tempo com as caçadoras, mas sei que os meus motivos para me unir a elas não tinha haver com querer servir a Ártemis, apesar de eu ter aprendido a gostar dela como a irmã que eu queria ter tido. Não, o meu objetivo era esquecer Luke, era o medo de não poder cumprir o destino da profecia de matar o homem que eu amei, sim, eu o amei assim como Annie também o amou, não é estranho pensar que nós duas amamos de forma tão cedo, afinal, somos semideuses, vivemos tão pouco que é quase natural vivermos com intensidade.

Mas mesmo tendo me juntado as caçadoras eu sentia algo me puxar e era justamente o cabeça de alga maldito, o jeito dele sorrir e de dizer que as coisas estavam bem, a decepção em seus olhos quando me juntei as caçadoras, as nossas discussões, tudo culminava em um sentimento bom em meu peito, algo que me recusei a levar mais adiante, por isso sempre ficava mais longe dele, ele era de Annie, minha irmã, minha companheira de batalha, a minha família e quando ela morreu eu senti meu mundo cair, senti minha alma se partir. Quando Percy se levantou em fúria algo em mim gritou para segui-lo, para ajudá-lo em seu caminho, que os deuses mereciam o que ele queria, mas mais uma vez tentei ficar longe, o medo tomou conta de mim, eu não queria ficar dependente de um sentimento mesmo que seja apenas ódio ou outra coisa.

Como eu lamento por ter enterrado isso, eu sinto que eu teria mudado tantas coisas se tivesse simplesmente o seguido, abandonado o juramento. Sim, eu queria a cabeça de Zeus, o ser que ousava dizer que era meu pai e pai de meus irmãos, não, ele era um estranho que se preocupa apenas com orgulho e glória, as palavras de Percy sobre ele ter mandado me caçar quando pequena não deixavam minha cabeça e qual não foi meu ódio quando eu descobri através de Nike, a Deusa da Vitoria.

Não entendo por que ele escondeu isso de mim, provavelmente para que não quebrar minha paz, a paz que ele me viu tendo entre as caçadoras ou que fazia parecer isso, mais uma coisa para agradecê-lo. Eu não sabia se aguentaria descobrir isso logo após a morte de Luke, com os conflitos em minha mente e coração eu provavelmente quebraria.

–Você quer saber onde ele está? Perguntou alguém as minhas costas, eu estava acima do templo dos doze à beira do telhado olhando para o Olimpo e o céu noturno sem lua, até os mortais estavam estranhando que faltava o brilho da lua, mas logo a ilusão estaria no local.

–Você. Falei olhando para trás os cabelos loiros escuros e os olhos intensamente azuis combinando com a pele branca, pálida e bela.

–Ele está indo para além do Atlântico. Ela disse apontando na direção do mar. –Na pequena ilha da morada da grande deusa mãe, é lá que você o encontrará.

–Como você sabe? Perguntei desconfiada.

–Eu apenas sei minha querida. Falou a deusa loira. –Se você quiser achá-los, vá para lá, quanto mais perto estiver de Ártemis mais sentirá ela, vá caçadora e cumpra seu juramento, proteja sua deusa.

–Obrigada minha senhora. Falei me levantando, sim, eu iria atrás de Ártemis, eu iria cumprir o meu dever, mas quando a encontrasse eu decidiria para quem eu cumpriria meu dever. –Até mais minha senhora Reia. Falei saltando do templo e caindo sobre as escadas, logo estava correndo. A maneira mais rápida de chegar a terra da deusa que eu sabia ser na Inglaterra seria por mar, já que me recuso a viajar pelo ar, sim, Poseidon me ajudaria quando soubesse que eu iria encontrar o Percy. Eu o encontrarei, eu os encontrarei, eu os ajudarei e eu... –Alcançarei minha real ambição.



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Notas finais do capítulo

E mais uma vez peço para comentarem e me dizerem o que acham da historia hauhau desculpe para aqueles que precisam rele-la pra lembrar dela. Mais uma vez quem quiser ser meu beta entre em contato no Kanto-ar@hotmail.com. Ou por msg aqui do site........fui