Fallen Hero escrita por Malucoxp


Capítulo 3
Chamam-me de louco e conheço a tragédia


Notas iniciais do capítulo

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Chamam-me de louco e conheço a tragédia.

 

XXXXXXXXX

 

A morte causa dor a dor causa desespero o desespero causa insanidade e a insanidade leva a vingança que é confundida com justiça. Mas o que é justiça se não uma forma de vingança mais aceita?

 

XXXXXXX

 

Quando a névoa que me envolveu se dissipou, eu estava em frente ao palácio dos doze, olhei para trás e vi que o Olimpo estava quase pronto, mesmo, faltava só umas estátuas que eu sei que os deuses ficam pedindo para Annie, mas mesmo assim o resto estava pronto. Suspirei e adentrei na sala dos tronos e foi como eu pensei, lá estavam os doze reunidos e para minha surpresa também estava Thalia ao lado de Artemis que estava com uma aparência bem melhor, mas mesmo assim me lançou um olhar de gelar a espinha, olhei para o fogo ao centro dos tronos e vi a figura de Hestia perfeitamente sentada em seu trono dentro do fogo.

 

-Lord Zeus. Falei me curvando diante do trono de Zeus, e depois fiz o mesmo com o meu pai que sorriu em minha direção, acho que eu devo ter interrompido algo, pois todos olhavam para mim de forma grave, provavelmente estavam discutindo como um gigante capturou uma deusa.

 

-O que deseja Perseu? Perguntou Zeus em tom de desagrado. Sério, mesmo eu tendo salvado o rabo dele ele ainda falava assim comigo. Deve ser por que eu rejeitei a imortalidade e para os deuses a imortalidade era algo sagrado, um dom, e recusar isso não deve ser algo bom.

 

-Vim relatar os fatos de minha missão para vocês. Falei calmamente segurando a língua para não falar nada que resulte em um raio em minha cabeça. –Lord Hermes eu sinto muito, mas chegamos tarde. Eu disse me virando para Hermes que diminuiu seu sorriso e baixou por um instante seus olhos. –Quando cheguei lá a gorgona já o havia matado.

 

-Veio aqui só para trazer essa noticia? Perguntou Zeus em desagrado eu olhei para ele com desagrado.

 

-Só porque você não se importa com seus filhos não quer dizer que os outros deuses são iguais. Falei sem segurar minha língua. Vi meu pai sorrir com o que eu disse e os olhos do rei dos deuses faiscarem em minha direção. Á que se dane eu não vou respeitar ninguém que não me respeite. –Também vim relatar o acontecimento depois do encontro com a gorgona e antes.

 

-Fale logo Percy. Disse Hestia dentro do fogo sagrado eu entendi o que ela queria dizer, era fácil notar que eu atrapalhara algo mesmo.

 

-Eu não vou enrolar mais então. Falei respirando fundo e olhando para todos. –Enquanto Thalia estava inconsciente Gaia veio a mim em meus sonhos.

 

-Gaia? Perguntou meu pai acho que os deuses gostam de me interromper, mas notei algo grave em sua voz não era bem desagrado, mas não parecia ser alguém querida entre os deuses, a claro ela que teve Tifon.

 

-Sim Gaia a mãe terra. Falei calmamente ignorando um olhar cortante de Deméter. Poxa era verdade, Gaia era a personificação viva da terra, ta certo, ela é uma titã mais antiga que Cronos. –Ela em meus sonhos me revelou algo que me fez compreender algumas coisas, deduções fáceis de se tomar. Nenhum deus me interrompeu, parecia que dizer o nome da titã fazia todos prestarem atenção no mínimos detalhes do que eu falava. –Ela me disse que um mal pior do que Cronos esta para se levantar do Tártaro tão poderoso que poderá exterminar toda a existência sem esforço, um grande titã preso no tártaro por Cronos irá se reerguer, pois apenas o poder de Cronos o detinha em sua prisão agora que o titã do tempo se foi.

 

-Pare de rodeios. Falou Dionísio parecendo entediado acho que vou queimar um templo dele mais tarde. Opa. Ele captou esse pensamento, pois olhou para mim com fúria e severidade.

 

-Uranos em breve retornará.- Eu falei de uma vez geralmente não é fácil definir a expressão de alguns deuses, mas eu vi a sombra passar pelo rosto de todos uma sombra de medo, mas mascarada com desdém e superioridade, mesmo Apolo não sorria, o silencio reinou e Thalia olhou para mim de olhos arregalados e por fim Apolo cai na gargalhada outros deuses também riram mais discretos, apenas meu pai, Zeus e Hades pareciam sérios com minha acusação. –Gaia veio a mim dizendo que Uranos irá se levantar e que mesmo preso já esta fortalecendo seu exército, eu pude confirmar isso três vezes nessa missão, as três vezes encontrei monstros mais poderosos do que o normal e pelo menos um deles não devia mais existir.

 

-Não devia acreditar no que Gaia lhe diz. Falou Zeus em tom zombeteiro em minha direção vi a arrogância e a prepotência em seus olhos, aquele sentimento superior que muitos deuses tinham transbordavam dos olhos dele, vi que meu pai também não acreditei, já Hades parecia uma rocha não,pois consegui ver nada nele.

 

-Você esta ficando louco Percy. Falou Apolo divertido em minha direção. Aquilo me irritou profundamente e ele ainda ria um pouco. –Se algo assim acontecesse com certeza eu saberia, afinal eu tenho ligações com o destino.

 

-Você só tem ligações com centelhas do destino. Falei em tom mais nervoso do que no inicio. Ótimo agora o que faltava eu ser chamado de louco. –E mais você não sabe sobre seu próprio destino, nem mesmo os deuses devem saber seu destino de forma direta.

 

-Tem conhecimento sobre as regras do destino. Falou Hades pela primeira vez e olhou em minha direção vi que ele pensava em algo. –Mas se algo assim acontecesse eu saberia. O Tártaro fica em meus domínios.

 

-Você não pode esquecer deus dos mortos que o Tártaro é muito mais do que uma caverna, é um ser vivo, uma existência a parte, se ele quiser esconder algo você jamais saberá, pois a prisão do Tártaro esta além dos seus limites. Eu falei tentando contar ate 10 acho que daqui a pouco eu vou ser tragado para o mundo dos mortos tal a frieza que senti nos olhos de Hades. –Gaia me alertou que o poder de Uranos esta juntando criaturas e as fortalecendo, que algumas criaturas consideradas mortas irão retornar e as que caminham estão ficando mais fortes. Eu disse depois de uma pausa, respirei fundo, os deuses ainda me olhavam com um ar zombeteiro ate mesmo meu pai. –Pergunte à Thalia sobre o minotauro que nos atacou. Ele estava maior, mais forte e rápido do que jamais fora além de sua visão estar muito melhor.

 

-Ele só não deve ter caído no mesmo truque de novo. Falou Hera olhando em minha direção. –Ao contrario do que você pensa alguns monstros não são tão burros quanto parecem.

 

-O mesmo não pode se dizer dos deuses! Gritei em fúria aquilo já era demais certo acho me excedi, pois doze pares de olhos furiosos vieram em minha direção.

 

-É verdade o que ele diz. Falou Thalia tomando a palavra recebendo um olhar de advertência de Artemis que parecia se divertir com minhas supostas loucuras. –O minotauro não estava normal.

 

-Chega. Falou Zeus em tom mais alto tália se calou e baixou os olhos não sem antes lançar um olhar de desagrado ao pai. –Perseu você invade uma reunião como a nossa para espalhar essas sandices sem sentido, eu deveria fulminá-lo com um raio e só não o faço pelo que fez no passado, mas não tolerarei mais essa mentira. Ele me olhava de forma mortal juro que vi faíscas saindo de seu corpo. –Uranos não retornará, eu saberia disso, os céus agora são meus domínios e se você manteve contato com Gaia eu deverei puni-lo, pois essa titã é inimiga do Olimpo, conspirou contra a queda dos deuses.

 

-Ela conspirou contra a sua queda. Falei acho que meu sangue estava fervendo eu nunca fiquei tão nervoso com deuses como agora. –Pelo que eu sei Tifon só foi atrás de você, não foi atrás de nenhum outro deus.

 

-Controle sua língua Percy. Advertiu meu pai me olhando com seriedade, vi que até mesmo ele duvidava de tudo que eu dizia.

 

-Não meu pai, eu não me controlo. Falei em tom mais alto de voz os deuses se surpreenderam. –Eu venho aqui avisar de algo serio, mas vocês apenas me acham um louco, provavelmente pelo que eu vi no passado, mas quero que saibam que o que eu disse é verdade. Eu abri a mochila de Nico e olhei para Thalia que entendeu o recado e fechou os olhos, então eu joguei a cabeça de Esteno no meio do salão ela caiu virada com a face para cima os deuses fizeram careta de desagrado. –Aqui esta uma das provas esta é Esteno, irmã de medusa creio que meu pai a reconhece melhor do que os outros e todos sabem que das gorgonas só Medusa estava viva.

 

-Basta mortal! Urrou Zeus, mas eu não alterei o poder na voz de Gaia era muito maior do que da voz do deus dos raios. –Você adentra em nossa morada e joga essa coisa em nossa direção! Tu desrespeitas o conselho dos doze! Raios cortaram o céu lá fora. –Saia do Olimpo Perseu e não volte, tu não és mais permitido adentrar na morada sagrada dos deuses.

 

-Ótimo. Falei cansado dando as costas para ir embora, mas antes de sair do salão eu parei e sem me virar para os deuses disse no meu tom mais profundo e desagradável. –Mas não esperem que eu vá salvar o rabo de vocês de novo por serem cegos, surdos e mudos. Por fim eu saí sabendo que criei pelo menos uns seis novos inimigos entre os deuses.

 

XXXX

 

Hestia POV.

 

Percy abandonou o salão dizendo aquelas duras palavras, eu acreditei nele não sei por que, mas ele definitivamente não mentiria sobre aquilo e eu como uma Titã sei que algo estava acontecendo, eu sentia uma energia deslizando por entre o mundo, mas eu não sabia o que era, ele poderia estar sendo usado por Gaia para nos provocar ou algo mais. Creio que foi isso que impediu Zeus ou qualquer outro deus de fazer algo a ele e tem o fato de Poseidon não gostar nada que levantem o dedo contra seu filho preferido, eu olhei em direção de meu sobrinho Zeus, eu poderia chamar todos ali de sobrinhos.

 

-Você devia tê-lo ouvido Lord Zeus. Falei de dentro do meu fogo. O rei dos deuses me olhou com aqueles olhos poderosos. –Lembre-se que quando Cronos levantou, nós achávamos isso impossível. Não devemos desconfiar daquele que lutou tanto por nós.

 

-Quieta! Falou Zeus em minha direção bufando fortemente. –Eu não darei ouvidos a sandice de um mortal! Só não acabei com ele em respeito aos favores que nos fez no passado, mas avise seu filho Poseidon que se ele continuar com essa língua para com os deuses eu permitirei que meus filhos o punam adequadamente.

 

-Falarei com ele. Ouvi Poseidon falar em tom vago, acho que notei arrependimento em sua voz e sorri com isso. Sim o deus do mar era orgulhoso e tudo mais, mas sabia quando reconhecer seus erros e ele errou em não acreditar no filho.

 

XXXX

 

Percy POV.

 

Eu ainda estou furioso com aqueles deuses que desconfiaram de mim, pensavam que eu era louco até verbalizaram isso a única deusa que pareceu levar meu aviso a sério era Hestia, eu realmente gosto dessa deusa já os outros pareciam achar que eu era louco inclusive meu pai, mas Hades apesar de desconfiado parecia meio apreensivo com algo, acho que mesmo ele não acreditando em mim ele irá investigar, provavelmente coloquei algumas suspeitas em sua mente. Logo o elevador parou, mas parecia cedo demais para isso olhei para o visor e estava no andar 250, ou seja, um dos andares que não deveria existir a porta se abriu e eu precisei fechar os olhos pela imensa claridade que saiu de lá e eu pude ouvir uma voz conhecida vindo da luz.

 

-Tenha paciência Percy. Falou a voz que identifiquei como sendo de Hestia. Logo a porta fechou, a claridade se foi e o elevador desceu como se nunca tivesse parado chegando logo ao térreo. Saí logo do edifício Empire State e chamei um taxi, antes mesmo de entra no carro eu olhei para trás e tive a impressão que em breve eu voltaria ali, bem antes da minha punição ser retirada, acho que algo grande esta para acontecer, algo que antecedera a guerra sem chance de vitorias contra Uranos.

 

XXXXXXX

 

O motorista do Taxi finalmente parou perto do morro meio-sangue eu olhei para ele e lembrei que tinha gastado todo meu dinheiro. Suspirei, odiava fazer aquilo, mas me concentrei um pouco e estalei meus dedos os olhos do motorista saíram de foco e ele parecia aéreo não falei nada apenas sai do carro e vi ele partindo, eu odeio usar a névoa para fazer essas coisas, mas eu aprendi a manipulá-la para quando eu precisasse graças a Annie, eu aprendi rápido nesse ano que passou. Passei a subir a colina meio cansado acho que faz quase uma semana que deixei o acampamento, que fiquei longe de Annie e isso parecia me consumir por dentro, eu passei a maior parte das noites da viagem pensando na minha namorada e também nos meus irmãos então sem perceber cheguei ao topo do morro e olhei para o pinheiro de Tália com o dragão deitado perto, olhei o acampamento, ele parecia igual ao que eu me lembrava.

 

Desci rapidamente querendo descansar em minha cama e parar de pensar nos deuses, pois isso definitivamente me irritava profundamente, eu tinha de me controlar ou meus poderes poderiam sair do controle também, eu ainda lembro que depois de entrar no taxi alguns quarteirões longe do Empire States eu ainda tava nervoso e um hidrante simplesmente estourou do lado do taxi o molhando. Cheguei rápido até as áreas dos chalés e os campistas pararam para me ver e começavam a sussurrar uns para os outros, alguma coisa eu sabia que era ao meu respeito, eu captei uma ou duas vezes a palavra louco ou expulso, tentei saber como eles descobriram aquilo e vejo de relance na casa grande o senhor D sorrindo para mim de forma superior, só poderia ter sido aquela criatura desagradável mesmo, vi que ele fechara cara, provavelmente sabendo o que eu estou pensando agora e sorri zombeteiro em sua direção, não liguei para os campistas definitivamente não poderia dar bola para provocações.

 

-E ai Jackson como é ser um louco? Perguntou um filho de Ares para mim se pondo a minha frente. Eu apenas olhei para ele e eu realmente fiquei tentado em afogá-lo ali mesmo, eu poderia fazer isso facilmente, eu queria, mas eu não deveria, ouvi o sangue correr rápido por meus ouvidos e meu coração acelerar de raiva. Desviei dele e fui ao meu chalé, mas o campista de Ares parecia interessado que eu não chegasse ao meu chalé, não só ele, mas dois filhos de Apolo que também chegaram mais perto e começaram a falar mais alto que de costume.

 

-Nervosinho por ser expulso do Olimpo? Perguntou um tal de Rick filho de Apolo sorrindo zombeteiro. Eu não tava com paciência para lidar com pessoas infantis.

 

-Ou deve ser saudades da namorada? Perguntou John mais um dos filhos de Apolo em tom alto. Muitos campistas pararam para ver o que estava acontecendo, eu conhecia esse cara, ele era conhecido como um galanteador mesmo entre os filhos de Apolo. –Não se preocupe eu cuidei bem dela. Ele falou. Tá... Aquilo não foi a coisa mais inteligente para dizer para mim no momento, eu simplesmente lhe acertei um soco bem no nariz o fazendo cair inconsciente para trás, o garoto do chalé de Ares e o irmão de John deram um passo para trás.

 

-Pegue-o antes que eu o mate. Falei voltando meu caminho para meu chalé pisando propositalmente sobre o corpo de John como se ele fosse nada mais que lixo em meu caminho. Ouvi ele sendo arrastado para longe, o grupo de campistas que parou para ver se rolaria briga começou a se dissipar, olhei para meu chalé e agora já de frente para ele, notei de cara que estava maior e haviam duas portas: a da direita era um azul mais escuro e a da esquerda um azul claro. Deduzi que a cor clara era das meninas então abri a porta escura foi quando eu ouço algo que parecia mais um grito abafado, mas ninguém mais pareceu ouvir, pensei em ignorar e já estava dentro do dormitório prestes a fechar a porta quando notei o barulho de novo, só que dessa vez vinha da parede ao lado do lado feminino do chalé.

 

-Me solta. Falou uma voz feminina que eu logo identifiquei como Marin meu sangue gelou e ferveu ao mesmo tempo, mas eu continuei ouvindo. –Eu não quero...

 

-Você vai gostar. Falou uma voz masculina e eu pude identificar desejo em sua voz. –Fica quieta sua puta e obedece. Ouvi uma pancada, eu não sei quando deixei minha mochila ou quando eu saí do meu dormitório, só sei que eu já estava no dormitório feminino olhando uma cena que fez meu sangue entrar em ebulição. Ali em uma das camas do chalé feminino estava minha irmã tentando afastar Adrian, outro filho de Apolo, o tal namorado dela. Analisei a situação, em menos de um segundo ele estava sem camisa e a camisa da minha irmã estava rasgada mostrando o sutiã dela, onde ele estava com a mão tentando puxar, a calça dela também parecia estar um pouco abaixada e os olhos dela tinham medo.

 

-Percy. Quando ouvi minha irmã dizer meu nome, eu me liguei de novo notei que ela me percebeu dei dois passos para atravessar meio chalé peguei o filho de Apolo pelo cabelo e o puxei para trás com força fazendo-o sair de cima da minha irmã, caindo sentado no chão e Marin tinha lágrimas nos olhos, olhei para ela pro um instante tentando passar segurança para ela que baixou o rosto envergonhada.

 

-Se vista. Falei para ela agora me virando para um Adrian que tinha os olhos arregalados de surpresa de tal maneira que nem se levantara do chão, eu peguei o desgraçado pelo cabelo e sai arrastando ele pelo chalé, ele tentava se levantar e soltar, mas eu segurava com firmeza chegando à porta do chalé ainda aberta, eu ainda tenho de me lembrar quando eu a abri com uma força que não sei de onde veio o joguei para fora do chalé de Poseidon, o fazendo cair no chão de terra em frente enquanto isso sai calmamente do local, não esquecendo de fechar a porta, os três garotos que tentaram me deter estavam do lado de fora ajudando Adrian a se levantar, vejo que John estava com o nariz sangrando e com sangue seco no rosto.

 

-Percy. Começou a falar Adrian, mas eu não liguei, eu não ouviria essa escoria. Me aproximei dele tentando parecer frio, mas e mostrando toda minha fúria em meus olhos e lhe dei um soco forte no peito o fazendo cair sentado no chão de novo dessa vez nenhum amigo o ajudou, pelo contrário, se afastaram, vários campistas pararam para ver o que estava acontecendo. –Ela queria Percy! Não é minha c-.... Ele parou ao ver eu sacar minha espada, vi suor sair de sua testa e apontei a ponta da espada para ele que fechou os olhos esperando um golpe que eu não daria, apenas joguei a espada aos seus pés.

 

-Pegue. Ordenei em fúria ele abriu os olhos e viu a espada perto e olhou para mim a pegando, vi que ele se sentiu mais confiante ao estar armado e eu desarmado. –É mais justo para você. Eu falei adivinhando esse pensamento dele, que avançou em minha direção para dar uma estocada com a lamina no meu peito, eu dei um passo para o lado e coloquei o pé na frente fazendo-o tropeçar e cair desajeitado no chão, alguns campistas riram da situação ele se levantou de novo e tentou avançar, mas a guarda dele era muito aberta, eu cheguei rapidamente perto dele e lhe acertei um murro na boca do estomago o fazendo se curvar de dor fazendo-o largar a espada, agarrei a cabeça dele e dei duas joelhadas com força em seu rosto, o soltando na segunda e vendo ele ser jogado para trás caindo em arco no chão de terra batida, a poeira subiu.

 

-O que esta havendo? Perguntou a voz de algum campista, mas ninguém disse nada, eu não ligava, me aproximei do filho de Apolo que estava segurando o rosto. Ó sim a beleza era preciosa para os filhos de Apolo, tanto quanto para os filhos de Afrodite, chutei com força a lateral de seu corpo bem em cima dos rins o fazendo gritar de dor e depois eu me afastei e olhei para ele.

 

-Levante. Ordenei eu não queria terminar isso cedo demais, eu queria humilhá-lo. –Só tem coragem em forçar mulheres a se deitar contigo? Perguntei em fúria alguns campistas pareceram entender o que aconteceu e olharam em desagrado para Adrian, outros mais lerdos não entenderam, eu sinceramente não me importo com essa porra, vi o maldito se levantando com dificuldade e pegando contracorrente no chão, ele me olhou com desdém dando o mesmo sorriso que o pai, aquilo me lembrou do descaso de Apolo e meu sangue mais uma vez ferveu. –Resolveu virar homem é?

 

-Eu já sou homem Jackson. Falou Adrian em minha direção com aquele sorriso nos lábios, algumas garotas pareceram suspirar mesmo o rosto dele estando coberto de sangue. –Pergunte a sua irmã, ela vai confirmar o quão homem eu... Eu não quis ouvi o resto, senti uma corrente fria de ar desprendendo do meu corpo e muitos campistas ao meu redor tremeram de frio, vi cristais de gelo se formarem no chão e me aproximei a passos lentos do filho de Apolo que parecia recuar diante de meu olhar carregado de ódio, quando eu estava ao alcance da espada ele tentou cortar minha cabeça, eu deixei a lamina bater em meu pescoço e ouvi o metal fazer aquele barulho de sino, eu peguei rapidamente contra corrente de sua mão e chutei seu estomago o fazendo curvar mais uma vez mas ele ficou atento as minhas pernas eu simplesmente girei contracorrente em minha mão e relei o fio da lamina em sua face esquerda e passei com força sentindo a carne rasgar ate os ossos e ele gritar, o sangue manchou a lamina.

 

-Você merece a morte. Falei jogando de novo contracorrente aos pés dele, gotas de sangue escorriam por sua face, um rasgo era visto ali pegando do queixo até a têmpora, dava para ver o osso branco da mandíbula e do crânio, aquele ferimento mesmo cicatrizado deixaria uma marca permanente em seu rosto, acho que ele notou que não tinha chances, pois deixou a espada baixa os olhos brilhavam no que parecia humilhação e orgulho ferido, era segunda vez que eu via um olhar assim hoje.

 

-Você não estará sempre por perto Perseu. Falou Adrian abrindo os braços e sorrindo zombeteiro. –Eu tenho amigos aqui, tenho conhecidos, é só você dar as costas e suas irmãs irão pagar pelo que você fez comigo, por essa humilhação, nos divertiremos com elas até elas implorarem por piedade e cansarem de chamar o seu nome em socorro. Algo pulsou dentro de mim, acho que senti o chão tremer levemente, a camada de cristais de gelo aumentou e se estendeu ao redor vi a movimentação ao meu lado, era o mesmo filho de Ares que tentara me impedir, ele avançava com uma lança na mão, eu o olhei e ele parou, uma grossa camada de gelo começou a subir por seus pés cobrindo logo suas pernas e alcançando seu peito, ele me olhou em pavor eu apenas estendi meu braço para o lado eu não pensei como eu fiz isso, mas mais tarde tentarei de novo, pois em onde eu estendi meu braço um tridente de puro gelo se formou, eu fechei minha mão sobre o seu cabo frio e gélido e avancei rápido com o cabo do tridente eu derrubei Adrian no chão o fazendo bater as costas e a cabeça com força, ele fez menção de escapar, mas eu bati com o cabo do tridente bem em cima do ferimento de seu rosto o fazendo gritar de dor e rapidamente girei minha nova arma fazendo as três pontas ficarem a centímetros do rosto dele que me olhou apavorado, eu levantei o tridente só que agora mirando para seu peito, ia matá-lo com uma só estocada, já estava descendo a arma com força quando um clarão fez a maioria fechar os olhos e em seguida uma mão poderosa agarrou meu braço quando as laminas do tridente apenas tocaram a pele de Adrian, olhei de relance quem me interrompera pronto para matá-lo e vi que era Apolo, que com um forte aceno de sua mão me jogou para trás uns cinco metros me fazendo cair deitado aos pés de alguns campistas.

 

-Controle-se Perseu Jackson. Falou Apolo em tom serio e mortal em minha direção, eu me levantei sem me importar com nada. Não senti o impacto, mas senti a fúria do deus.

 

-Suma Apolo essa luta não é sua. Falei em escárnio ao deus, o tridente ainda estava firme em minha mão e sorri em escárnio em direção do deus e vi o corpo do filho dele ficando azulado rapidamente, meu serviço estava feito. –Não deve interferir no destino de seus filhos.

 

-Não é o destino dele morrer por suas mãos. Falou Apolo em tom serio não havia sorriso em seus lábios os óculos escuros que ele usava derreteram e eu pude ver que em vez de olhos ele tinha duas estrelas nas orbitas oculares como o sol.

 

-Tarde demais deus do sol. Falei dando as costas e todos voltara a atenção para Adrian agora cercado por cristais de gelo sua pele já azulada pelo congelamento, eu sabia o coração dele parara no instante em que a lamina de gelo apenas tocou em sua pele, eu o congelara de dentro para fora, mas antes de ir embora eu tinha de falar algo. –Aqueles que relarem em minhas irmãs, que tentarem algo contra qualquer um dos meus irmãos eu juro pelo Styx que nem todos os deuses reunidos salvarão vocês de minha fúria. O tridente se tornara água e cairá no chão coberto de gelo e eu caminhei de novo em direção ao meu chalé sem ligar para Apolo ou por ter matado outro meio sangue. Vermes são vermes e devem morrer ainda mais pessoas como Adrian, olhei em direção a porta do dormitório feminino de meu chalé e vi Annie parada ao lado de Marin a abraçando pelo ombro, olhei agradecido para ela e fiz sinal para que ela entra-se no dormitório masculino e as duas entraram, eu estava prestes a entrar quando Quiron e o senhor D aparecem.

 

-O que ouve aqui? Perguntou o centauro olhando em minha direção que olhavam para Apolo e para mim sem entender muito, a não ser Dionísio que parecia compreender muito bem e num acesso de inteligência em meio ao meu estado atual de raiva eu soube que ele sabia que coisas assim aconteciam no acampamento, claro que sabia ele era um deus.

 

-O cadáver tentou estuprar minha irmã então eu o despachei para o outro mundo. Falando com frieza Quiron me olhou para mim e pareceu entender logo o que aconteceu já Dionísio sorriu vitorioso para mim.

 

-É contra as regras campistas se matarem. Falou Dioniso que parecia extremamente feliz por saber essa regra e olhou para mim com mais alegria ainda. –Você tem até amanha para deixar o acampamento.

 

-O que!? Gritei surpreso. Certo eu to ficando com ainda mais raiva dos deuses e to com uma vontade louca de socar o deus do vinho. –Eu apenas...

 

-Não importa as circunstancias você não é mais bem vindo no acampamento e se ate amanha nesse mesmo horário não estiver fora de meu acampamento eu o transformarei em um rato. Falou Dionísio. Os olhos brilhavam de malicia cruel e divertida, depois ele deu as costas para mim e foi ate Apolo que observava o corpo sem vida do filho, vários campistas olhavam para mim com um misto de pena e raiva, os filhos de Apolo definitivamente não gostavam mais de mim, mas que se foda.

 

-Infelizmente é a regra Percy. Falou Quiron me olhando com pena, eu não queria pena de ninguém.

 

-Fique de olho nos meus irmãos em quanto eu estiver fora. Foi tudo que eu disse. Entrei no meu chalé e suspirei cansado, olhei para Marin e Annie e também notei que minhas outras irmãs e irmãos também estavam ali me olhando com misto de admiração e tristeza.

 

-Me desculpe. Falou Marin depois de uns três minutos de silencio, eu apenas a encarei abandonando o olhar duro e frio que tinha há poucos minutos e suspirei.

 

-Nunca. Jamais peça desculpas por algo que você não tenha culpa. Falei caminhando em direção dos meus irmãos, quando cheguei perto quase todos me abraçaram ao mesmo tempo, eu não posso evitar de sorrir e passar a mão na cabeça de cada um deles, não demorou muito saindo das sombras vieram os filhos de Hades liderados por Nico, ele me olhou atentamente e eu de alguma forma soube que o castigo do filho de Apolo seria aplicado de forma justa, fria e cruel, as portas do chalé se abrem e entram os outros filhos de Zeus, o dormitório masculino agora estava lotado, todos olhavam para mim. Lancei um olhar cansado para Annie que sorriu me encorajando, sentei na minha cama ao lado de Marin, a única que não levantou para me abraçar e passei a minha mão por cima de seu ombro e a trouxe mais para perto de mim. –Não se preocupe minha irmã. Isso não acontecerá de novo.

 

-E não acontecerá mesmo. Falou Antony um dos filhos de Zeus. O mais velho tinha uns 15 anos e os cabelos escuros e olhos azuis elétricos. –Eu juro que não ocorrera de novo.

 

-Não é preciso um juramento. Falei sorrindo, mas o olhar dos filhos de Hades e Zeus pareciam determinados e poderosos, todos ali eram meus amigos, eu gostava de todos, afinal eu os trouxera para o acampamento e a inimizade de nossos pais não nos alcançavam.

 

-Nós devemos isso a você. Falou Antony. Eu notei um certo tom de orgulho em sua voz, traço herdado de seu pai. –Se não fosse você, nenhum de nos teríamos sido reclamados e provavelmente seríamos mortos por monstros como muitos de nós quase fomos.

 

-Obrigado. Falei cansado, eles não iriam mudar de ideia de qualquer jeito, a teimosia e o orgulho são coisas de família e para dizer a verdade estou realmente grato por eles quererem proteger meus irmãos, assim me sinto mais leve, mas me sentiria melhor se Nico dissesse algo. –Será que podemos ficar sozinhos? Perguntei em tom cansado, todos notaram que eu não estava sendo indelicado ou algo assim.

 

-Se precisar é só nos chamar. Falou um filho de Hades, eu sorri para ele e logo todos os filhos de Hades sumiram nas sombras menos Nico, os filhos de Zeus também saíram deixando agora somente meus irmãos, Annie e Nico no dormitório masculino.

 

-Juro pelo Styx que protegerei seus irmãos. Falou Nico em seguida sendo tragado pelas sombras, ele não deixou nem eu protestar, simplesmente sumiu, frio e impessoal como gostava de ser confesso que estou em choque por essa declaração.

 

-Annie eu tenho de falar com meus irmãos. Falei olhando para minha namorada. Ela me encarou com aqueles olhos inteligentes e belos dela, ela parecia saber o que eu estou pensando agora, o que é bem provável visto que a mãe dela é Atena e não pude parar de pensar em nossas cenas mais calientes eu vi ela corar levemente, mas ninguém mais notou.

 

-Estarei em meu chalé. Ela falou se curvando um pouco e me dando um selinho não sei como dizer ao certo, mas só o toque dos lábios dela me trouxe um calor e uma sensação de alegria que se espalhou por meu corpo, eu fiquei olhando ela sair do chalé com minha melhor cara de bobo, pelo menos eu acho visto que meus irmãos sorriam travessos para mim.

 

-Marin. Falei sentindo ela me abraçar mais forte, eu ainda não tinha deixado ela, pelo menos ela parara de tremer. –Não precisa me contar nem temer mais.

 

-Por minha culpa você foi expulso. Ela falou em tom baixo e choroso aquilo quebrou meu coração, acho que eu incorporei o papel de irmão responsável, to mais me sentindo o pai dela do que o irmão.

 

-A culpa não foi sua. Falei calmo e com os olhos disse claramente para meus irmãos se sentarem a minha frente, as garotas sentaram na cama a frente da que eu e Marin estávamos e os garotos se sentaram no chão todos me olhavam com expectativa. –Sempre temos uma escolha minha irmã, eu escolhi matar ele por que para mim é o castigo mais piedoso que eu pude pensar no momento, de alguma forma sabia que ia ter consequências, mas não me arrependo. Ela tremeu levemente ao meu lado e eu olhei para o teto pedindo forças a Hestia. Sim. Hestia por que eu ainda não to nada feliz com meu pai. –Mas agora que eu vou embora eu preciso ensinar vocês a se protegerem, sei que o chalé de Zeus e Hades ficarão do lado de vocês, eles são amigos valorosos e irmãos inestimáveis, mas vocês não podem depender da proteção deles sempre.

 

-Vai dar para você nos ensinar algo em tão pouco tempo? Perguntou Sofi me olhando atentamente.

 

-Vocês já sabem o que vou ensinar apenas não pensaram nisso ainda. Falei sorrindo Marin agora parecia prestar atenção em mim, vi nos olhos dela uma determinação tempestuosa digna de uma filha de Poseidon, provavelmente não queria ser salva de novo, ela queria se salvar sozinha. –Primeiro vocês devem saber que a água esta em todo lugar no céu, na terra e até mesmo em nos mesmos, o próprio corpo humano é constituído de água cabe a nós pensarmos na melhor forma de manipular isso. Eu dei uma pequena pausa e olhei para todos que pareciam entender o que eu falava. –A água é um elemento versátil não use ela de uma forma tão limitada como ondas, a água pode assumir qualquer forma, diluir qualquer coisa e assumir três estados físicos o líquido, gasoso e sólido. Usem isso ao seu favor, abusem de sua imaginação no controle das águas e jamais temam em usar seus poderes, andem sempre juntos, vocês são uma família, minha família, sei o quão poderosos vocês são, respeitem as outras divindades da água, não pensem que por serem filhos do mar que estão acima das ninfas das águas ou dos deuses e espíritos dos rios, eles também são seus irmãos, não faça algo que os prejudique.

 

-Como fazemos para mudar o estado da água? Perguntou Davi interessado.

 

-Vocês saberão na hora. Falei calmamente. –Mas uma dica é sempre pensar em como você quer a água, pelo menos no começo terão de fazer isso, imaginem o liquido esfriando, caindo de temperatura até formar gelo ou a temperatura da água esquentando até que se forme vapor quente, a água seguirá esses pensamentos. Eu parei por um instante olhando para cada um dos meus irmãos e definitivamente sabia que eles perderam alguma coisa, eu vivo esquecendo que nós, filhos de Poseidon não somos muito de prestar atenção em detalhes como esses. –Bom melhor do que eu ficar falando é demonstrar. Eu disse me levantando puxando Marin comigo e olhei para meus outros irmãos. –Me sigam. Falei saindo pela porta do dormitório.

 

XXXXX

 

Depois de uns 10 minutos de caminhada eu e meus irmãos finalmente chegamos a um grande lago, eu vim aqui outro dia com Annie, é um local bonito, a lua reflete bem na água apesar de que ainda é dia. No caminho até aqui eu fiz um esforço sobre-humano para tentar não matar outros campistas que olhavam torto para mim e para meus irmãos. Eu definitivamente não podia ficar muito tempo ali ainda mais com aqueles olhares dos filhos de Apolo. Ô tentação de congelar aquele chalé inteiro.

 

-Muito bem cambada. Falei sorrindo para meus irmãos que pararam. Marin ainda se segurava em mim, ou melhor, em meu braço, eu me afastei um pouco dela e sorri, andei até a margem do lago, mas não toquei na água, me virei para meus irmãos que prestavam atenção. –Vocês estão acostumados a puxar a água em forma de ondas. Eu falei atrás de mim o lago ficou agitado formando pequenas ondulações que pareciam crescer, as ondas quebravam pouco atrás de mim, mas não ultrapassavam os limites do lago. –Isso é algo básico afinal somos filhos de Poseidon, mas não podemos nos limitar a isso. Então eu fechei os punhos e vários pilares de água subiram do lago iam ate uns 10 metros de altura e ficaram ali parados. –Como podem ver há formas diferentes de se tratar a água, por exemplo, esses pilares podem ser jogados em seus adversários ou simplesmente vocês poderiam pensar em congelá-los. Em seguida os pilares congelaram formando agora pilares de gelo, uma parte do lago também congelou para sustentar os pilares. –O gelo é água, só que em outro estado, então podemos usar da forma que quisermos. Os pilares simplesmente começaram a rachar ate estourarem os cacos de gelo caiam levemente em direção do chão, mas com um movimento de minha mão os cacos de gelo vieram em minha direção. –Podem atacar com isso ou molda-los de outra forma. Disse estalando os dedos e vi alguns cacos de gelo ficarem perto de minhas mãos, imaginei uma adaga e o gelo se comprimiu e moldou ate formar uma adaga branca como a neve de puro gelo. –Também podem usar o vapor quente. Em seguida todos os cacos de gelo que me circulavam passaram logo para o estagio liguido e em seguida para o estado gasoso o calor era grande e eu mandei a nuvem de vapor nos meus irmãos que fecharam os olhos e apreciaram o vapor de água quente passando por eles.

 

-De mais. Falou Sofi animada. –E nos podemos fazer tudo isso?

 

-Tudo isso e mais um pouco. Falei sorrindo para ela. –O ar úmido pode servir a vocês extrair a água dele, é fácil, mas não recomendável, afinal vocês estariam tirando a umidade do próprio ar, então é algo que eu recomendo usar em casos especiais. Falei rapidamente com um aceno da mão uma pequena bola de água apareceu na palma da minha mão esquerda em seguida ela evaporou. –Mas vocês também pode usar a água de seus próprios corpos o corpo humano é constituído basicamente por água. Eu apontei a mão para Davi que arregalou os olhos quando começou a andar em minha direção.

 

-O que você ta fazendo? Perguntou-me meu irmão tentando parar de andar.

 

-Manipulando seus fluidos naturais e a água de seu corpo para controla-lo. Respondi liberando-o o fazendo cair sentado no chão. –Vocês também poderiam aumentar a pressão da água num corpo humano ou animal e destrui-lo com facilidade ou congela-lo como fiz com o filho de Apolo.

 

-Posso tenta? Perguntou Lucas o segundo mais velho depois de Marin. Eu acenei com a cabeça para ele e ele veio para a margem do lago que já estava totalmente de volta ao normal, eu o vi invocando uma pequena quantidade de água em sua direção a água se ergueu do lago como um pequeno jato e por fim congelou antes de alcançá-lo. –É cansativo. Ela falou respirando com dificuldade.

 

-Nosso poder fica mais forte conforme nós treinamos, aprendemos a ter concentração e tudo mais. Falei sabendo que para nos filhos do mar seria fácil fazer aquilo com um pouco de treino. –Em quanto eu estiver fora eu quero que vocês treinem bem isso, dêem asas a suas imaginações na utilização de água, eu lhes mostrei o básico cabe a vocês seguirem daqui para frente. Eu olhei para cada um dos meus irmãos sabendo que sentiria falta deles. –Então quando nos encontrarmos de novo vou querer ver o avanço de vocês.

 

XXXXXX

 

Eu estava voltando para a área do acampamento e deixei meus irmãos treinando quando me lembrei da pequena semente em meu bolso, era Junie a dríade que me ajudou, eu não tinha me afastado muito do lago, mas estava longe o suficiente para não ser visto pelos meus irmãos, então eu me abaixei um pouco e fiz um pequeno buraco no chão, coloquei a semente e por fim tampei o buraco usando um pouco da água do ar eu reguei o local onde tinha plantado a semente e me afastei. Logo uma grande arvore nasceu no local e do tronco saiu Junie sorridente.

 

-Obrigado Herói. Ela me falou agradecida.

 

-Você esta no acampamento meio-sangue, aqui é um local seguro e tem outras dríades ao qual você pode conversar. Falei dando as costas. Não queria ficar conversando, não tava com um humor muito bom ainda, mas me lembrei de algo. –Naquela direção tem um grupo de meio-sangue treinando num lago são meus irmãos se algo acontecer me chame no acampamento. Eu disse apontando na direção do lago e na direção do acampamento ela sorrindo e acenou com a cabeça.

 

Pronto isso já me deixa mais calmo, eu deixar meus irmãos ali claro que com todos juntos ninguém seria louco de atacá-los, mas loucura e burrice são coisas diferentes e muitos meio sangue seriam sim burros de tentar algo, mas provavelmente quando eu estive-se longe sem notar eu já estava de volta na área do acampamento passei rapidamente pelo chalé de Apolo sentindo aqueles olhares quentes sobre mim, eu acho que a maioria só ta com raiva de mim por ele ser o irmão deles apesar de eu notar que é só os garotos de Apolo que me lançam olhares de ódio, já as garotas parecem mais indiferentes fui então em direção do chalé de Ares, eu tinha algo a resolver lá, ouviu um rosnado agressivo em minha mente, mas ignorei. Ares se foda, mal cheguei ao chalé e a porta foi aberta e de lá saiu Clarisse, eu sorri para ela e ela me retribuiu o sorriso.

 

-Precisamos conversar. Eu falei em tom serio e baixo alguns outros filhos de Ares saíram para ouvir o que eu tinha a dizer, inclusive o maldito que estava com o filho de Apolo, eu ate esqueci o nome do desgraçado que me matei, mas vermes não merecem ter nome.

 

-Também acho. Ela falou e eu notei que o ambiente não era mais tão amistoso mesmo eu e Clarisse temos meio que nos acertado desde a luta pelo Olimpo nós estávamos ali como líderes para decidir algo importante sobre aqueles que nós comandávamos. –Damian. Ela chamou em seguida vi o filho de Ares que acompanhava os dois de Apolo que deram cobertura ao cadáver filho do sol.

 

-A minha vontade é de matá-lo. Falei em tom gélido, vendo Clarisse olhar para o irmão e para mim como se pensasse no que deveria fazer. –Mas creio que você como uma perfeita filha de Ares e garota pode pensar em um castigo adequado para ele, visto que pelo jeito não é a primeira vez que ele participa de tal ato. Minha voz estava cada vez mais gélida e eu notei os dois filhos de Ares se arrepiando levemente.

 

-Ele será punido. Me falou Clarisse e eu notei que era verdade. –Eu e minhas irmãs aplicaremos o castigo nele que servirá de exemplo para os garotos de nosso chalé. Ela me falou de novo em tom mais firme. Os olhos dela pareciam pegar fogo o que me lembrou o pai dela.

 

-Ótimo. Eu falei calmamente. –Por que da próxima vez banido ou não do acampamento se chegar ao meus ouvidos que ele ou algum amigo tentou algo com minhas irmãs ou irmãos eu juro que não os matarei tão rápido e farei questão de entrega-los vivos aos tormentos mais obscuros do mundo dos mortos. Falei dando as costas sentindo onda de arrepios que se espalhou pelos filhos de Ares, bom pelo menos é uma coisa já resolvida, agora falta resolver outras coisas, foi nesse momento que eu me decidi que antes de sair do acampamento eu tinha de falar com Rachel tanto para me despedir quanto para me consultar pelo Oráculo.

 

XXXXXX

 

Desconhecido POV

 

Fazia um tempo em que o menino Apolo deixou o céu e agora a lua cheia iluminava a noite, o Olimpo estava silencioso. Patético. Deuses dormindo! Quem poderia pensar nisso? Eu rapidamente avanço em direção das ruas do Olimpo tentando passar despercebida, até que as reformas foram bem feitas, passo por uma passagem que vi numa planta e sinto o ar a minha volta tremer levemente, tiro de dentro de minhas vestes aquela arma maldita e adentro finalmente no palácio de Zeus, olho com repulsa as estátuas dele. Como se ele já não fosse egocêntrico o suficiente! Ele tinha de pedir mais estátuas esse garoto é pior que Adônis, sério, pois haviam estátuas para todos os lados e espelhos de ouro e prata.

 

Os corredores são longos, eu vejo mais e mais tapeçarias que retratavam antigas batalhas entre os titãs e os deuses, Tifon e até mesmo tapeçarias de Hercules. Á sim, Hercules o filho preferido de Zeus, ainda não nasceu outro que superasse os feitos da maldita cria de Zeus, se bem que o filho de Poseidon é colocado lado a lado com Hercules, bom os dois são patéticos, todos são pais e filhos. Finalmente chego à grande porta de ouro maciço com entalhes de feitos de Zeus, quando eu digo que ele é egocêntrico é por que ele é mesmo, eu abro as grandes portas em silencio e adentro no amplo quarto, a cama estava no centro, lençóis brancos como a mais pura neve cobriam a enorme cama onde Zeus e Hera estavam deitados. Me aproximo rapidamente e silenciosamente até chegar próximo deles, olho a face serena dos dois deuses, eles parecem tão fracos e patéticos como os humanos, os lençóis brancos também cobriam o corpo de ambos provavelmente nus depois de uma noite de casal, como se essa deusa patética ainda fosse a única dele, levanto a arma que esta em minha mão direita o mais alto possível quando eu ouso um grito contido.

 

Rapidamente sem pensar sinto meu corpo mudar e me viro para onde vem o som de grito contido, ali estava Iris em um canto, maldita deusa eu deveria fulminá-la como o inseto que é, mas noto novamente um movimento mais rápido e vejo Zeus abrindo os olhos e tentando me focalizar antes mesmo que ele tenha sucesso, nisso eu viro as costas e corro o mais rápido possível para longe ouvindo logo atrás o urro de fúria do deus. Maldição! deixei a arma cair e nem tinha notado, agora é tarde, vi um grupo de deuses vindo na minha direção, me escondi rapidamente atrás de uma estátua e quando todos passaram assumi minha verdadeira forma e fui com eles de volta ao quarto de Zeus.

 

XXXXXXX

 

Zeus POV.

 

Algo incomodou meu sono, uma presença não desejada em meu quarto seguido de um grito contido de surpresa ou medo, não consegui definir de imediato apenas abri os olhos e focalizei olhos cinzentos como o céu nublado, mas antes que eu pudesse ver direito quem era, pois o rosto ainda era meio encoberto pela escuridão do quarto, a pessoa correu deixando algo cair no chão, o som metálico ecoou pelo meu quarto. Me levanto as pressas sem ligar em acordar Hera, vejo que ela também acordou, mas isso não é importante olho pelo quarto e focalizo a figura de Iris estática em um canto do aposento e também sinto algo nos meus pés, algo de um frio metálico e olho para baixo onde vejo a adaga longa sem me conter um urro de puro ódio saiu de minha garganta e ecoou pelo olimpo sem conter meu poder raios e trovoes estouram do lado de fora do meu palácio.

 

-Você. Urrei em fúria em direção da deusa do arco Iris que e encolhe diante de minha fúria. –Como ousa tentar me atacar. Levanto minha mão direita e um raio aparece em minha mão eu estava pronto para fulminar aquela insolente quando ela cai de joelhos e a porta de meu quarto é aberta onde adentram Apolo, Hercules, Ares e mais alguns deuses a maioria com armas em punho eu olho para a deusa encolhida no chão ela balbuciava algo como perdão.

 

-Eu não fiz nada meu senhor. Ela me falava em tom lamurioso quase desesperado. –Apenas vim entregar uma mensagem de Dionísio, quando entrei no quarto eu encontrei uma pessoa ao seu lado com essa adaga, ela percebeu minha presença e correu. Ela se apressava em me dizer, eu apertei mais o raio em minhas mãos quando eu notei Dionísio entre os deuses que adentraram em meu quarto.

 

-É verdade? Perguntei em tom imperativo não toleraria que me contrariassem.

 

-Sim meu pai. Falou Dionísio desviando os olhos dos meus como se tivesse medo de me encarar, eu sabia que ele não mentira, nenhum filho meu mentiria olhando em meus olhos, o raio desapareceu de minhas mãos e eu olhei ainda em fúria para Iris.

 

-Você viu quem foi? Perguntei mais uma vez a fúria borbulhava em meu peito e a impaciência tomou conta de minha mente quando vi aquela deusa inferior tremer diante de minha voz.

 

-Cabelos loiros e olhos cinzentos meu senhor. Disse-me Iris tremendo, ela se atreveu levantar um pouco os olhos para me encarar, mas logo baixou não conseguia sustentar o olhar diante de minha fúria e poder. –Foi uma filha de Atena meu senhor, a dona da adaga que derrubou Cronos. Quando eu ouvi aquilo meu sangue ferveu mais ainda, uma mera humana adentrara em meus aposentos, um ser inferior tentara me destruir. Com um movimento das mãos o chão de meu quarto desapareceu revelando o céu noturno onde abaixo se via as águas escuras do oceano e os contornos de uma praia, levantei meu braço o mais alto que pude, meu raio mestre veio até mim notei uma certa movimentação de meus filhos, mas não me importei lancei o mais poderoso de meus raios em direção daquela criatura inferior que ousou se opor a mim, a me atacar, depois da honra que eu lhe dei a honra de reformar a morada dos deuses.

 

XXXXXXX

 

PERCY POV.

 

Já deviam ter passado das dez horas da noite e eu ainda me encontrava acordado mesmo estando deitado em minha cama eu senti um aperto incrível no meu peito deve ser por que amanhã eu devo ir embora desse lugar, um lugar onde eu chamei de lar por anos, minha segunda casa onde tive aventuras incríveis e fiz amizades inestimáveis e descobrir o amor. Só de pensar em Annie meu peito se enchia de alegria, eu a evitei o resto do dia, eu não queria falar com ela, afinal eu sabia o que ela iria falar, mas eu não podia permitir aquilo, não para ela, cujo amava tanto esse lugar mais do que a própria casa, ou melhor, essa era a casa dela, a família dela estava aqui, o lugar dela nunca foi entre os humanos comuns.

 

Á definitivamente desisto de tentar dormir. Me levanto rapidamente da cama, mas sinto meus joelhos fraquejarem o mundo ao meu redor desapareceu e eu apenas pude ver olhos cinzentos e sem vida me encarando, mas isso durou um segundo, meu coração pareceu desaparecer tamanha a dor que eu senti, algo estava para acontecer, algo maior do que qualquer outra coisa e eu estou temendo pelo pior. Sai rapidamente do meu chalé, ele estava me sufocando, nem me preocupei em colocar uma camisa, o ar noturno iria fazer bem para mim, caminhei pelo acampamento sem ligar se seria pego pelas harpias limpadoras ou pelo senhor D, afinal eu já estava expulso mesmo, não demorou muito e cheguei onde eu queria. A sim. É aqui que eu me sinto em paz, é em frente ao Oceano que me sinto completo, ou quase, só em sentir a areia debaixo dos meus pés descalços me fez sentir bem.

 

Olhei em volta a praia estava deserta, perfeita, senti o ar marinho passar pelo meu corpo e me senti conectar com o próprio vento, caminhei a passos lentos em direção do oceano e senti a água salgada bater em meus pés continuei andando ate que a água batesse em meus calcanhares, aquilo era uma boa sensação, era como se do nada eu me sentisse um só com a água só com aquele contato eu pude dizer que havia um cardume de peixes a quilômetros da costa e que havia um grande tubarão por perto além de golfinhos, eu ouvi um barulho a minhas costas, mas não me virei, eu sabia quem era, o mar me dissera no momento que as pequenas ondas bateram em seus pés descalços.

 

-Por que tem me evitado? A pessoa me perguntou. Aquela voz me fazia bem só de ouvi-la ali fez eu me sentir completo, era a voz de Annie a única coisa que estava faltando para me deixar verdadeiramente em paz.

 

-Não estou te evitando. Eu falei sorrindo apesar de que ela não viu meu sorriso, pois eu não me virei e ela também não fez menção de vir mais para perto de mim.

 

-Então esta fugindo? Ela me perguntou naquele tom sabe-tudo dela que eu amo.

 

-E por que eu fugiria de você? Perguntei para ela. Eu sabia que ela odiava ser respondida com outra pergunta.

 

-Não me enrole Cabeça de Alga. Ela falou pude notar que ela tinha falado por entre os dentes, em minha mente eu podia ver os olhos cinzentos dela me fulminando nervosamente.

 

-Por que eu sei que você vai falar. Eu disse rapidamente não adiantava enrolar e se eu a irritasse mais as coisas poderiam sair do controle. –Eu não quero que você se sacrifique por mim.

 

-E como você saberia o que eu iria falar? Ela me perguntou. Sério isso ta me irritando, eu não gosto de muitas perguntas. –Você não pode carregar tudo sozinho.

 

-Foi minha punição Annie e não a sua. Falei rapidamente.

 

-Mas eu vou com você. Ela me disse praticamente gritou. –Se você for embora eu vou com você, para onde você for eu quero ir contigo.

 

-Essa é sua casa Annie, é aqui que você viveu a maior parte da sua vida. Falei com o coração pesado a ideia de me separar dela doía mais do que mergulhar no Styx. –Eu não posso lhe tirar isso.

 

-Não seja idiota. Ela falou para mim em tom mais baixo, eu não gostei muito de ser chamado de idiota, mas bem naquele momento não me importava. –Meu lar, minha casa é onde você estiver, se você não estiver aqui eu não sentirei que essa é minha casa, que esse é meu lar, meu lugar é com você cabeça de alga.

 

-E seus irmãos e Quiron você ira deixá-los por mim? Perguntei tentado em me virar, mas eu não podia se eu olhasse naqueles olhos eu ia aceitar que ela abandonasse tudo e fosse comigo, eu não podia aceitar isso, afinal lá fora eu atrairia mais monstros do que o comum, ela estaria em perigo.

 

-Eu deixaria tudo para trás. Ela me falou e notei um tom de agonia em sua voz e aquilo apertou mais ainda meu coração. –Eu deixaria tudo para ir com você seu idiota.

 

-Por quê? Perguntei sentindo a mesma pontada de agonia em meu peito.

 

-Por que eu te amo. Ela Gritou a voz dela ecoou pelo oceano e meu coração se encheu de uma alegria nunca antes sentida, ela não era muito de dizer essa frase, eu me virei foi inconscientemente, eu apenas me virei querendo vê-la naquele momento, ela estava linda com um vestido branco e os cabelos soltos, a luz da lua a embelezava mais ainda. –Eu te amo cabeça de alga e é por isso que eu não vou te deixar nunca.

 

-Annie. Eu falei a encarando nos olhos. –Eu também te amo. Falei começando a caminhar em direção a ela. Os poucos metros eram vencidos com vontade, eu queria tocá-la sentir a maciez de sua pele, o gosto de seus lábios, era uma ânsia que não me largava, uma necessidade quase física, eu estava quase perto dela já tinha até estendido o braço para tocar seu rosto, ela sorriu para mim, o sorriso mais belo que eu já vira ela dar, depois disso não sei o que aconteceu, um clarão imenso e um som ensurdecedor que estourou meus tímpanos, um calor infernal que queimou levemente minha pele e eu simplesmente voei para trás.

 

Quando eu abri os olhos eu me vi cercado por água, não tinha notado que eu havia fechado os olhos, eu nem sabia o que estava fazendo dentro da água, nem quando eu chegara ali, eu estava no mar isso eu sei, senti que estava a quase meio quilometro da costa e estava caindo, estava a quase cinquenta metros de profundidade e então me veio a lembrança de ser jogado para trás e de bater incontáveis vezes na superfície da água antes de afundar inconsciente, mas o mais aterrorizante, eu lembro do rosto de Annie antes do clarão, eu olhei para cima em desespero e disparei o mais rápido que podia a superfície. Quando cheguei, eu ainda pulei dois metros acima da superfície e me localizei bem ao longe na escuridão da noite quebrada pela lua cheia, eu via os contornos da praia, o pânico e o medo encheram meu ser, um vazio tomou conta de minha alma e do meu coração, ordenei com todas minhas forças que a maré me levasse para a praia numa velocidade assustadora eu já estava ao alcance da areia, a água já batia nos meus pés e eu notei uma grande cratera na areia enegrecida.

 

Caminhei em direção da cratera negra saindo da água quando pisei na areia seca ouvi o som de vidro quebrar, não liguei para isso, pois meus olhos apenas focalizaram ela ali caída no meio da cratera, eu descia a cratera quase tropeçando, não consigo pensar direito, ainda consigo ver a face sorridente de Annie em minha mente, os olhos brilhantes, ouço a voz dela dizer que me ama, mas agora isso tudo desapareceu, eu ali no fundo daquela cratera vi algo que despedaçou todas as fibras de minha alma, que levou meu ser ao desespero, eu cai ajoelhado ao lado do corpo de Annie ali estava ela estendida seu vestido branco desaparecera o corpo dela estava nu o sorriso ainda em seus lábios e os olhos ainda aberto só que sem brilho a vida tinha abandonado aqueles olhos.

 

-Annie. Falei sem notar que minha voz saíra como um mero sussurro que fora esquecido pelo vento, eu toco o rosto de Annie tentando sentir sua pele quente, mas tudo que senti foi a frieza da morte, um vento soprou e com desespero vi o corpo dela se desfazer em cinzas, tentei segurá-la, mas era tarde, com aquele simples sopro de vento o corpo de Annie se desfez em cinzas e tudo que eu consegui foi tocar a areia vitrificada em que ela estivera deitada. –Annie. Chamei de novo por um instante criei a ilusão que aquilo era um sonho. Ouvi o som de cascos ao fundo, mas ignorei, a ilusão se desfizera Annie não estava ali, não estava mais ali, o calor dela não estava mais ali, o corpo dela não estava mais ali, tudo que estava ali era o vazio. Meu peito se encheu de dor, solidão, desespero e ódio e tudo isso se transformou em um urro de agonia que fez a terra estremecer e por fim um cansaço tomou conta de meu ser e eu senti minha consciência ser levada para aquele canto de escuridão quando se perde os sentidos, mas antes de perder tudo isso, antes de entrar nessa escuridão, eu soube que Minha Annie fora tirada de mim, que Minha Annie estava morta.

 

XXXXXX

 

N/A: A coisa ta esquentando senhora e senhores por favor não joguem ainda as pedras e os pedaçoes de pau pois a fic ainda tem muito q andar....EI.......quem foi que atirou essa pedra?........Bom voltando ao assunto mesmo se não gostaram do cap e de seu fim comente eu serei muito grato por isso podem ate me xingar se quizer mas não vale ofender a mãe em. O cap 4 sairá em breve não se preocupem e o próximo cap as coisas ficarão um pouco corridas me perdoem as muitas conversas mas o cap passado tinha muita ação que não demorara a aparecer. Só por curiosidade oq vcs fariam no lugar do percy? ........bom t+ e obrigado por lerem meus cap......comentem e eu começarei a responder suas perguntas.

 

N/A2: A sim desculpe pois o cap esta pequeno^^


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Notas finais do capítulo

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