Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 45
Capítulo 44 - 666




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Antes de começarem a leitura, eu devo a todos um sincero pedido desculpas. Era para eu ter postado antes, eu sei, mas semana passada eu tive problemas de saude (basicamente não consegui comer nada por estar muito enjoada) e fiquei fora do notebook todos aqueles dias. Eu só consegui escrever esse capitulo durante essa semana. Sei que é frustrante, mas imprevisto acontecem e eu sinto muito mesmo.

De qualquer maneira, vocês não sofrerão mais, deixo a vocês o penultimo capitulo de Bloody Lips.

O proximo (e ultimo capitulo) não tem data definida, mas eu já anuncio aqui que essa fic acabará até o final do mês, ou seja, ainda essa semana trarei o final dela pra vocês e então o epilogo virá.

Minhas mais profunda desculpas.

Espero que gostem.

Capitulo 44

666

Caught in the storm

Caught in the rain

Caught in the rush that hides this pain

When you love someone you find a way to stay

Caught in the storm – Smash cast

Dias depois...

Edward P.O.V

Entrei na lanchonete em passos calmos, o cheiro de sangue no ar atiçou meus sentidos, mas os ignorei. Andei até o balcão, onde estava quem me interessava e era o ao mesmo tempo a ultima e a primeira pessoa que eu queria ver.

-Eu não esperava vê-lo novamente, Edward. – Ouvi sua voz, era a de Bella, mas não era ela...

-E eu pensando que havia gostado de mim. – Rebati ironicamente, enquanto ela bebericava sua vodka. – Afinal ainda estou vivo.

-Isso apenas por que estou entediada. – Storm olho de lado erguendo as sobrancelhas. – Imagino que tenha vindo em nome dos Volturis, os covardes estão se escondendo. – Acrescentou erguendo as sobrancelhas para si mesma.

-Considerando que vai pulverizá-los nos instante que vê-los... – Ela deu uma risada.

-Não se pode matar um Volturi, rapaz. A bruxa que os fez realmente me odiava... – Deu um sorriso satisfeito para si mesma, como se o pensamento lhe desse orgulho.

-De qualquer maneira, eu não vim em nome dos Volturis, vim em nome dos Cullen. – Ela me olhou divertida. – O que fez com minhas irmãs?

-Você é corajoso, garoto, eu vou lhe dar isso. – Ela apontou o dedo para mim e pousou o copo no balcão. – Mas sinto informa que eu não faço a menor ideia do que esteja falando.

-Não estou no clima para joguinhos.

-Que pena, nós poderíamos nos diverti. – Me olhou maliciosa. – Seria o mesmo que fazer com Bella, você sabe, ela pode sentir o mesmo que eu.

-O que fez com Rose, Alice e Esme? – Perguntei usando todo o meu autocontrole para ignorar seu comentário.

-Já disse que não sei, e não me importo, na verdade, provavelmente estão mortas. – Deu de ombros para si mesma.

Mas eu sabia que não estavam, sentiria no minuto que morressem. É parte do nosso vinculo.

E Storm não tinha motivo par mentir, na verdade, ela iria adorar jogar na minha cara que tinha as três, era apenas parte da natureza de um demônio.

-Estou curiosa, não tentou nada comigo. – Estreitou os olhos para mim como se eu fosse um objeto a ser estudado.

-Não sou estúpido.

-Mas está apaixonado por meu rosto e amor é um empecilho terrível. – Zombou de mim.

-O que quer? – Perguntei impaciente, eu deveria ir. – Por que não saiu da cidade? Por que ainda está aqui fazendo um massacre inútil. – Olhei para a pilha de corpos ao nosso redor.

-Quem disse que é inútil? E além do mais, é divertido, você sabe melhor do ninguém, é um vampiro.

-Eu sou diferente de você. – Olhei-a enojado.

-Sim, você é pior. – Ela me olhou friamente. – Tem emoções, sente absolutamente tudo, deve ser uma verdadeira bagunça nessa cabecinha bonita. E nesse momento, vendo sua amada sendo usada como um pedaço de roupa deve estar sendo uma tortura para você.

-É melhor do que só sentir prazer em dor. – Rebati no mesmo tom. – Se você não sabe onde elas estão, então não é útil para mim. – Me levantei e comecei a caminhar em direção a saída.

-De novo com essa frieza. – Ela deu uma risada. – Estou sinceramente curiosa, Sr. Masen, há duas opções como resposta para essa pergunta, você vê: Ou você é excelente em autocontrole, ou você nunca realmente a amou.

Me virei para ela. Storm me olhava calculistamente, parecia querer atingir um nervo e estava conseguindo.

-Não perderei o controle com você, nem mesmo Bella conseguiu fazê-lo. – Retruquei em tom indiferente.

-Oh! Discordo! Ela te fez perde o controle. – Em menos de um segundo ela estava na minha frente.

Os dedos rastejando pelo meu torço, ela me sorriu maliciosa. Sua outra mão desceu para o meu jeans e tocou minha virilha. Travei a mandíbula, eu ainda sentia desejo por aquele corpo, pelo toque de Bella.

Empurrei-a contra a parede, ela riu satisfeita.

-Eu amo Isabella Swan. – Rosnei para ela, Storm me olhou com a malicia sumindo do rosto. – Não é sobre desejo carnal, é algo que vai além de sua compreensão. – Larguei-a bruscamente.

-Você é tão arrogante em pensar que pode simplesmente sair andando? – Ela perguntou atrás de mim.

-Você não vai me matar. – Respondi sobre ombro.

-Hey! – Me virei ao ouvir algo cortando o ar, peguei o objeto no ar automaticamente. Engoli a seco ao sentir a prata fria do objeto. Abri a mão e vi o anel de minha mãe, aquele que havia dado a Bella meses atrás em sinal de compromisso.

-Pensei que como eu não preciso disso, você poderia querer. – Ela me olhou com o rosto livre de emoções alguma, o rosto de um demônio.

Ela atingiu o nervo.

Não consegui me obrigar a responder algo, estava paralisado.

-Vê? Vocês são piores, sentem tudo. – Ela me olhou com a cabeça pendendo de lado. – E você tem razão, eu não irei te matar, não ainda.

Me virei sem retrucar nada e fui embora.

As emoções de Bella ainda tinham um certo controle sobre o corpo, pude ver pela forma que reagiu ao meu toque. Além disso, se ela quisesse me matar já teria o feito há dias atrás. Era Bella que a impedia, tinha que ser.

Meu celular vibrou, enquanto eu caminhava pela rua deserta. Olhei o visor, era Henry, o meu mais novo aliado.

E tudo graças a Bella-falsa, ou Anna, como gostava de ser chamada.

Quando ela apareceu na floresta, eu me espantei, Nessie - que estava furiosa comigo por ter lhe dito para ir embora da cidade - deu um grito.

Foi então que expliquei a Nessie que a Bella-falsa era o motivo para ela ter ir embora. Meses atrás ela havia feito o quadro parar naquela lista de roubos das duas. Anna queria que nós tivéssemos o quadro. Alguém havia feito o pedido em meu nome, era verdade, tinha ligação com eventos do meu passado. Ela explicou que era o quadro em si, a mensagem.

O tumulo sob a neve era um tumulo mesmo.

Nessie questionou por que ela tinha sair da cidade e o que aquilo tinha a ver, tudo começou a fazer sentido. O tumulo não poderia ser encontrado por qualquer um, tinha que ser por um humano do meu sangue, por que foi assim que o feitiço foi selado. Fiquei confuso com essa parte, por que meu sangue?

E ela respondeu o porquê, havia sido Carlisle quem havia o escondido e com o sangue de minha irmã, cuja linhagem havia sido mantida em segredo de todo mundo.

Agora, tudo o que estou esperando é Nessie me explicar o que tem no maldito tumulo, por que nem mesmo Anna sabia.

Atendi o celular.

-Sim?

-Nós descobrimos algo. - Henry anunciou.

-Estou a caminho.

Corri para a casa perto da igreja, onde eles estavam ficando. Entrei rapidamente e segui para as escadas, quando abri a porta do quarto estavam os bruxos e Emmett ali.

-O que foi? – Perguntei ansioso.

-Eles decifraram. – Emmett apontou para o teto. – É um feitiço silencioso.

Olhei para o teto e vi o mesmo desenho do papel que Alice havia nos deixado parecendo estar queimado no teto.

-E o que é? – Perguntei intrigado.

-Então? – Nos viramos ao ouvir a voz de Bella-falsa.

-Sucesso. – Veronika respondeu com um sorriso. - Mas não sabemos bem o que significa.

Anna parou ao meu lado na porta e olhou para o teto, no instante que seus olhos bateram na imagem um sorriso surgiu em seu rosto.

O sorriso de quem sabia o que estava acontecendo.

-Você sabe o que é? – Perguntei intrigado, enquanto trocava um olhar rápido com Emmett.

-Sim, é marca da protetora.

-O que? – Henry a olhou confuso.

-Protetora? Como Sasha? – Olhei-a intrigado.

-Sim, mas como Alice...? – Ela olhou para a marca levemente intrigada. – Oh! – Ela exclamou de repente parecendo entender tudo. - Aquela... – Ela deu uma risada. – Alice é um gênio. – Se virou para o corredor. – É claro!

-O que está acontecendo? – Emmett perguntou confuso.

-Anna? – Olhei-a cauteloso, ela estava feliz, por quê?

-O tempo todo... – Murmurou para si mesma.

-Anna! – Exclamei impaciente, ela me olhou de repente. – O que é?

-Você não pode saber. – Ela respondeu franzido o cenho. – Ou já Alice teria falado. Então, por que...? – Deu um passo para trás.

-O que é? Fale logo! – Emmett saiu do quarto irritado.

-Vocês não podem saber. – Nós dois a olhamos. – Não me olhem assim! Vão alterar o futuro se souberem por isso Alice fez segredo.

-Eu não posso com esse tipo de bosta! – Emmett exclamou revoltada.

-Saiam, eu preciso falar com os bruxos. - Ela ordenou entrando no quarto.

-Eles podem saber? – Emmett a olhou indignado, ela o olhou com uma carranca.

-Na hora certa, saberão, eu prometo.

-Vamos, eu acabei de ver Storm. – Emmett me olhou de repente completamente interessado. – Deixe-a fazer seus negócios. – E o puxei para fora.

-Você confia nela? – Emmett me perguntou no meio da floresta.

-Não, mas não acho que ela queira estar conectada a um demônio. – Suspirei exausto. – E Storm não sabe nada sobre nossas mulheres, caso contrario teria jogado na minha cara. Tem que ser outro demônio trabalhando sozinho, é impossível o feitiço de Alisha estar errado. – Emmett se virou para uma arvore e a socou. – E Jasper? – Perguntei tentando distraí-lo.

-Com os lobos em La Push.

-Como sabemos que não foi caçar Alice? – Fiz uma careta .

-Não sabemos, apenas confiamos nele. Alguma noticia de Carlisle além daquela mensagem? – O celular dele vibrou, ele o ergueu. – Eu preciso atender em privacidade. – Seus pensamentos ficaram embaçados de repente, olhei-o por alguns instantes.

Eu só tinha visto aquele embaçado com Jane e Nicolas...

Estreitei os olhos para Emmett antes de compreender o que acontecia.

-Você...? – Parei a pergunta, ele não poderia responder nem que quisesse. – Vá atrás de Jasper, eu fico com eles.

Emmett deu um aceno e sumiu entre as arvores.

Suspirei e olhei para cima, a lua minguante viria amanhã a noite. Tínhamos quase tudo, só falta uma sacerdotisa de sangue.

Era no que os Volturis trabalhavam até onde eu soubesse.

Neal P.O.V

Tomei um gole do chá que Nicolas havia feito antes de ir embora e era na verdade bom. Olhei para o copo intrigado, eu não era o maior fã de chá, só que não tinha mais chocolate quente e o tempo lá fora não era exatamente quente.

-Vocês descobriram algo? Quer dizer, Nessie já é humana, mas continuam... – Olhei para Sue e Leila curioso.

-Eu fiquei intrigada com o desmaio de Nessie antes de tudo começar, não é normal vomitar também. – Sue tateou os dedos na mesa pensativa.

-Então? – Tomei mais um gole do chá.

-Alguém a envenenou. – Engasguei na bebida. – Seu corpo curou o veneno, ainda assim, quiseram mata-la.

-Só que o veneno são ervas contra demônios, e por ela não ser propriamente um, ela não morreu. – Leila suspirou. – Mas foi uma considerável dose para reagir de forma tão violenta.

-E Jake sabe? – Perguntei franzido o cenho. – Quer dizer, alguém tentou matar a namorada dele.

-Não, nós só sabemos por que pegamos uma amostra de seu sangue, os outros não se incomodaram em olhar, por que acharam que era efeito do feitiço de transforma-la em humana. E isso só acontece por causa do veneno de Bella, sem conexão sanguínea. – Sue respondeu baixo.

Sem necessidade para tom baixo, na verdade, Jake e seu bando estavam fora verificando o perímetro, enquanto Thomas dormia no quarto ao lado, onde sua irmãzinha assistia TV. Havia o vampiro Jasper, mas ele estava lá fora verificando o outro lado do perímetro.

-Interessante. – Ouvimos uma voz, nos viramos e nos deparamos com o vampiro Jasper. Bem, eu retiro que disse, ele havia verificado o perímetro. – Por que não falaram nada até agora?

-Por que descobrimos ainda ontem, ervas mágicas não são detectáveis de forma fácil, eu pude sentir a magia, mas não sabia que tipo de erva era. Além disso, se alguém havia tentado mata-la, seria mais fácil deixarem pensar que não sabíamos, Nessie estava em segurança com tanta gente ao seu redor, seria impossível envenena-la de qualquer maneira. – Sue se justificou.

-Devia ter nos avisado, Nessie está longe agora. – Jasper rebateu.

-Desconfio que é mais seguro para ela agora. Ninguém sabe onde está e nós fizemos um feitiço de proteção. – Sue respondeu no mesmo tom que ele.

Me deixou impressionado, eram poucas as pessoas que poderiam falar de igual para igual com um vampiro, mas Sue é a namorada do general Swan, força e coragem eram praticamente pré-requisito para o cargo.

-Hum... – Jasper apenas murmurou, olhando para o chão pensativo. Então ficou ereto e olhou para trás, segui seu olhar tensamente. O que era agora? Lobos? Demônios? Uma terceira opção ainda pior?

-O que? – Leila perguntou nos olhando ansiosa.

Jasper sumiu em um piscar de olhos, sai correndo atrás dele.

-Fiquem aqui. – Instrui chegando na sala com cautela. Puxei minha arma rapidamente, era melhor manter meu poder como fator surpresa.

Sai na porta cautelosamente e vi...

-Alex? – Ela estava controlando os movimentos de Jasper. – O que está fazendo?

-Ele me atacou. – Ela piscou quebrando a concentração, Jasper piscou voltando a controlar o próprio corpo.

-O que esperava? Um estralo pode significar morte nesses dias. – Olhei-a incrédulo. – Como chegou aqui? – Perguntei me aproximando.

-Pelo mar. – Ela suspirou e eu lhe dei um abraço. – Estou feliz que esteja vivo, as noticias que vieram foram horríveis.

-Acredite são piores. – Suspirei me afastando. – É Alex! – Exclamei para o pessoal lá dentro.

-Quem está? – Ela perguntou olhando para a casa.

-Leila e Sue. – Alex acenou com a cabeça.

-ALEX! – Leila exclamou lhe dando um abraço. – O que está fazendo aqui? Pensei que estava com os Swan na Europa.

-Eu não sou mais necessária lá. – Ela respondeu dando de ombros. – Me mandaram para cá com uma missão.

-Que missão? – Sue estreitou os olhos, Alex a olhou soltando um profundo suspiro.

-Extermina os demônios, quantos puder.

-Mas demônios não morrem quando o corpo morre.

-Eu sei. – Ela olhou para Sue.

-Está falando de massacrar os humanos. – Leila engoliu a seco. Era aceitável matar humanos em nossa organização, mas eles nunca eram inocente.

Massacrar uma cidade inteira, pelo potencia de serem possuídos por demônios...

-Outros virão de fora da cidade? Isso não faz sentido, podem acabar sendo possuídos... – Jasper a olhou intrigado. – Exceto que não haverá outros, não é? Você disse que veio pelo mar.

-O que isso significa? – Thomas perguntou atrás de nós.

-Que estão selando a cidade. – Jasper respondeu.

-A comunicação para fora será cortada também. – Alex acrescentou, o telefone tocou e Sue foi atendê-lo. – Somos o plano B.

-Você não conseguirão derrotar Storm, Bella é poderosa demais.

-O General tem um plano. – Alex argumentou com Jasper.

-Ele a mataria? – Jasper olhou-a desconfiado. – Se tudo der errado e o único jeito for mata-la, ele fará?

-E Edward faria? – Ela rebateu no mesmo tom, Jasper abriu a boca mas parou e olhou para dentro.

Ele passou por nós e o seguimos confuso. Sue havia ligado a TV ainda com o telefone no ouvido.

Era o canal local. O cenário onde se apresentava o noticiário de Forks.

Bella estava sentada a mesa com um olhar maligno e a câmera se afastou de seu rosto, exibindo a fileira de humanos atrás de si.

Ela nos olhou tranquilamente.

-Hoje, fui perguntada "O que eu queria?" E eu percebi que não havia me feito clara sobre esse ponto. – Storm sorriu quase que amigavelmente. – Eu tenho sob o meu poder todos os humanos dessa cidade, alguns estão mortos, é verdade, mas esses são alguns dos sobreviventes mais ilustres.

Apontou para o que eu reconheci como o prefeito de Forks, a diretora da escola, o administrador do hospital, entre outros figurões cheios da grana.

-O que ela está fazendo? – Leila murmurou para si mesma.

-Agora, eu sei que vocês, vampiros, não se importam com esses humanos, o que são um grupo de oitocentas pessoas comparada a milhões que estão no mundo? Mas... – Ela se ergueu da mesa. – Não é a morte em si que nos interessa, é o que elas significam. Eu passei os últimos dias sentada esperando vocês: Aro, Caius e Marcus. Está na hora de virem. Acredito que se lembram da ultima vez, não? – Deu uma risada. – Pois bem. – Ela apontou para as pessoas atrás de si. – Comecem.

Fiquei tenso ao ver dois demônios se aproximar de uma mulher e começar a rasgar suas roupas, enquanto ela gritava desesperadamente para pararem. Um deles perdeu a paciência e a socou, enquanto o outro a cheirava e mordia no pescoço. Eles a colocaram na mesa bruscamente, onde Bella se sentará anteriormente, e um deles a penetrou bruscamente.

A câmera se virou para o rosto de Bella. Os gritos ecoavam atrás de si e seu rosto estava mortamente calmo.

-Dez morrerão a cada hora, até que vocês venham ao meu encontro. Vocês sabem o que significa, Volturis.

E o canal saiu do ar.

Ficamos em silêncio, eu ainda ouvia o ecoar dos gritos.

-O que ela quer dizer com aquilo? – Leila perguntou perturbada.

-Apenas os Volturis sabem. – Jasper respondeu antes de soltar um uivo de dor.

Olhamos para ele e Thomas assustados, pois ambos haviam caído no chão gemendo. Puxei as mulheres para trás de mim, enquanto via sangue sair da orelha de ambos.

-Que diabos?! – Leila exclamou, eu a olhei de lado. – Eu sei o que disse, foi força de expressão. – Revirou os olhos.

-Tudo bem. – Jasper grasnou. – Deve ser a causa. – Apontou para a TV meio oscilante, caiu de joelhos novamente apertando as mãos na cabeça e piscando.

-Então, eles sacrificam humanos e de alguma forma afeta os seres sobrenaturais. – Sue se aproximou cautelosa. – Desorienta-os, na verdade.

-Os outros estão lá fora. – Falei de repente, Sue me olhou assustada. – Nós vamos busca-los, Sue.

-Pegue meu carro. – Ela jogou as chaves. – Leila, eu preciso que fique comigo, quem sabe conseguimos achar uma maneira de impedir isso de acontecer novamente. – Apontou para os dois.

-Vamos. – Olhei para Alex, enquanto sai da casa.

-Algum plano? – Ela perguntou atrás de mim.

-Não morrer! – Exclamei entrando no jipe.

Era um ótimo plano.

Nessie P.O.V

Subimos pela estrada com o carro chacoalhando. Chutei meu pacote de croissant dentro da bolsa, eu não sabia que tinha sentindo tanto saudade de comida humana assim.

-Então, como sobreviveu? – Aaron perguntou quebrando o silêncio.

-Eu sou excelente em instinto de sobrevivência. – Sorri atrás dos óculos. – E eu sei segurar a respiração.

Havia sido minha ultima aventura antes de Forks. Haviam me mandado para vigiar a expedição arqueológica que procurava secretamente evidências de Lemuria no Japão. Eu posava de garotinha rica entediada.

A tempestade veio e nós naufragamos, e obviamente eu tinha que parar na ilha de Lost. Acabou que a ilha era uma base militar e todos fomos caçados por estarem lá.

Eu salvei a bunda de cinco pessoas, incluindo Aaron que sequer estava na expedição. Era um agente britânico trazido para interrogatório. A coisa ficou ainda mais doida quando eu descobri que faziam testes em criaturas sobrenaturais. Esses, aliais, haviam declarado guerra aos soldados da ilha, diga-se de passagem.

Apenas um dia normal de trabalho.

De qualquer maneira, eu terminei pendurada no helicóptero sendo segurada por Aaron. Eles tinham que sair dali imediatamente, os caras iam soltar um míssil no pessoal. Então eu larguei a mão dele e me deixei cair no rio, onde a cachoeira se encontrava há apenas alguns metros.

Doeu pra caralho quando acordei, mas todos viveram e eu roubei algumas pesquisas. Depois dai, eu voltei para visitar meus pais e checar Renné. Encontrei-a morta.

Foi quando tudo se complicou.

-Certeza de que é por aqui? – Ele parou o carro no morro.

-Não é igual, mas foi nessa área que ele se encontrava quando o quadro foi pintado. – Respondeu enquanto saiamos do carro.

Não importa quantas pessoas eu pagasse, ninguém me daria informações mais precisas do que o governo. E o agente Aaron me devia uma, e ele provavelmente ainda achava que eu era uma garotinha rica, doida por arte e coisas antigas. Afinal, saber arco e flecha, manejar arma de fogo e defesa pessoal era mais comum em pessoas ricas do que se imaginavam. Só Deus sabe a dificuldade que é sequestrar filhos de ricos, já não basta os guardas de segurança, o alvo em si sabe se defender na maioria das vezes.

Estacionamos vendo alguém parado, sai do carro puxando os óculos do rosto, ele não me era estra-

-Estão aqui, finalmente. - Puta merda!

-Conhece? - Aaron perguntou puxando a arma e apontando para... Para...

Marcus Volturi.

-O que...? O que? - Gaguejei boquiaberta.

-Uma amiga me disse que esse lugar era importante, o por que, ninguém sabe. - Ele respondeu colocando as mãos no bolso casualmente, como se não tivesse uma arma apontada para sua cabeça.

-Pam? - Aaron perguntou me olhando de lado.

-Está tudo bem, não precisa apontar a arma para ele. - Pedi imediatamente, eu gostava de Aaron o suficiente para não querê-lo morto. - Você pode ir, na verdade.

-O que?

-Eu estou bem, obrigada por tudo. - Ele me olhou hesitante. - Eu te mando um email.

-Me ligue. – Sorri para a preocupação dele, cara legal, não merecia se meter nessa confusão.

-Ok. - E ele entrou no carro e foi embora. - Então? – Olhei para Marcus sem jeito.

-Então, o que? - Marcus me olhou erguendo a sobrancelha. - Abra. - Apontou para a pedra, que se encontrava entre as três arvores.

-Ta, mas fica perto de mim, eu sou humana, não quero morrer. - Pedi olhando para a pedra hesitante. - Aliais, isso forma um triangulo.

-Tem um feitiço aqui. - Marcus respondeu, me ajudando a subir.

Paramos lá e olhamos ao redor.

-O que eu faço?

-Bem, foi selado com o seu sangue. - Olhei para Marcus curiosa, como raios ele sabia disso? - Minha amiga é bem informada.

-Quão bem informada?

-Você é descendente dos Cullen. - Marcus respondeu inexpressivamente.

Oh! Ela é bem informada mesmo.

-Tudo bem... - Olhei para a pedra, enquanto puxava um canivete. Cortei minha mão com uma careta e pousei minha mão no meio da pedra.

A terra tremeu de repente, me agarrei em Marcus para não cair colina abaixo. Quando tudo parou a pedra havia se movido, dando lugar a um buraco no meio do chão.

-Então? - Perguntei quando Marcus se inclinou para ver.

-É... - E pela primeira vez, vi Marcus Volturi franzir o cenho. Oh-oh. - É Carmem.

-Carmem? – Pisquei confusa.

-Do clã Cullen... - Ele pulou ali dentro e eu me aproximei, vi um corpo cinza dissecado, reconheci o rosto de Carmem, mas as roupas eram velhas e rasgadas, como se ela tivesse passado séculos ai dentro.

O que era mentira, eu a vi semanas atrás.

Mas ela estava ali, morta.

-O que isso significa? – Perguntei mordendo os lábios, Marcus segurou o colar no pescoço dela na frente do rosto. - O que é? - Perguntei impaciente.

-É o colar de Lucy... - Respondeu vagamente, enquanto examinava a peça, então pareceu entender algo por que ficou em choque.

Sério mesmo, ele até arregalou os olhos e deu um passo para trás.

-E quem é Lucy? - Perguntei confusa e um pouco assustada, confesso, o Volturi não deveria sentir nada e lá estava com o choque espalhado pelo rosto.

-Ela é um anjo.

Eu não perdi o fato de que ele falou no presente.

Mas porra! Ele falou anjo?!

Rose P.O.V

Suspirei desamparada contra a parede. Eu podia ouvir os gritos de Alice, que sinceramente, me embrulhavam o estômago. James havia pegado pesado nela, por ser mesmo o demônio que a possuiu antes. Desde que Carlisle se revelou Esme estava desamparada, chorava e chorava ao meu lado.

Eu também estava quebrada. Ele era o meu criador, no final de contas.

Mas aquele homem lá fora, não era Carlisle que se casou com ela ou o meu criador. Era um impostor, segundo ele, Carlisle havia partido a muito tempo, sendo substituído por ele.

Olhei para cima, para minhas mãos algemadas contra parede. Eu havia passado os últimos dias maquinando plano sob plano para fugir daqui. James vivia me dando a porcaria das ervas, então tudo o que eu falasse para alguém fazer, eu também teria que fazer. Carlisle havia controlado minha mente para não lhe fazer mal, então eu tinha que pensar bem.

Alice soltou um longo e tenebroso grito, enquanto eu ouvi o som de algo sendo triturado.

Que dê certo.

Por favor.

Edward P.O.V

Entrei na casa um tanto em choque pela dor que havia sentido. Vi Bella parada na sala e por um instante pensei que estava tudo bem.

Então ela me olhou. Olhos vermelhos. Não era a Bella.

-O que foi isso?

-Storm. – Ela respondeu em um suspiro passando os dedos nas orelhas com sangue escorrendo. – E os Volturis?

-Eles juntarão forças com a bruxa hibrida do Romenos: Kiara. Aparentemente, ela pode localizar uma sacerdotisa de sangue.

-Sim, ela pode. – Ela respondeu irônica.

-Você a conhece? – Olhei-a intrigado.

-Apenas de longe. - Respondeu desinteressada. – Quando... Argh! – Ela colocou a mão na cabeça, me aproximei rapidamente.

Estava acontecendo de novo.

Storm era extremamente forte, ela havia percebido que Bella-falsa estava a solta e tentava acessar seu cérebro desde então. Eu puxei a injeção do casaco e enfiei em seu pescoço, ela lentamente caiu inconsciente.

Não podíamos deixar Storm saber o que Anna sabia, por que havia coisas que não fazíamos a menor ideia naquele cérebro. Eu não arriscaria.

Ouvi o som de carro ao longe, ergui a cabeça estreitando os olhos, antes de pegar Anna no colo e leva-la para o porão.

Alguns minutos depois eu estava abrindo a porta para três bruxos adolescentes. O resto do coven Karlec que Veronika e Henry não faziam mais parte: Pam, Will e Emily.

-Como chegaram aqui? - Perguntei no mesmo instante, li a resposta e sua mente rapidamente. – Droga... – Murmurei raivosamente e me virei para a escada.

-Vocês... – Henry e Veronika estavam ali parado.

-Estão loucos? Alguém poderia segui-los!

-Eles entraram em contato. – Veronika os defendeu. – E querem ajudar.

-Vocês não moveram uma palha por Bella enquanto os dois ali sim, então o que estão fazendo agora? – Olhei para os três estreitando os olhos.

-Não entenda mal, não tenho prazer em ver Bella morrer, mas ela é o inimigo. – Pam suspirou.

-O que esta dentro dela é o inimigo. – Veronika rebateu duramente.

-Nem sabemos se ela ainda está viva, Veronika. – Ela respirou fundo, enquanto eu fechava os punhos.

-O que Pam quer dizer, é que estamos aqui para ajudar no plano de vocês, e fazer o que é necessário se não der certo. – Emily explicou cautelosamente.

-Vovó sabe que está aqui? – Henry perguntou.

-Emily a convenceu a dar essa chance. – Will respondeu o olhando sério.- Então? Aceitam nossa ajuda?

-Então? – Perguntei olhando sobre o ombro.

Veronika olho para Henry pensativa, antes de acenar com a cabeça.

-Mas não irão voltar ao clã. – Will acrescentou.

-Eu imaginei. – Veronika comentou um tanto decepcionada.

Os três bruxos me olharam então, esperando eu sair do caminho. Em um piscar de olhos joguei água benta neles.

-O que é isso? – Pam perguntou surpresa.

-Nenhum de você queimou. – Abri a porta desinteressadamente. – São humanos. Entrem e os ajudem temos até amanhã a noite, menos de vinte e quatro horas.

O meu celular começou a tocar, abri sem olhar o visor, nesses dias todo segundo contava.

-Edward Cullen falando.

-Olá, querido. – Franzi o cenho.

Era Athenodora Volturi.

Jacob P.O.V

Eu não estava acreditando naquilo!

Estávamos todos sentados na clareira, agora adequadamente vestidos, falando sobre o que vimos nos pensamentos de Leah antes daquele ataque estranho que fez minhas orelhas sangrarem.

-É por isso que você evitou se transforma perto de nós. – Mais afirmei do que perguntei. – Não queria que soubéssemos.

-Eu não queria que acontecesse! – Leah exclamou derrotada.

Leah havia tido uma impressão.

E com Thomas!

-Eu ainda não entendi. – Seth nos olhou incrédulo. – Como você só descobre a impressão agora? Vocês dois se viram na casa da Bella antes, você não tinha tido nada na época.

-Começou quando eu fui falar com ele para fazer o trato de paz, ele estava no banco de praça, eu o olhei e puf! A desgraça aconteceu. – Ela explicou aflita.

Olhei-a sem saber o que fazer. Leah não queria uma impressão, isso havia a machucado, até traumatizado. E agora ela queria fugir disso...

-Ele é um lobisomem, deve sentir algo por você... – Murmurei para mim mesmo, era parte dos nossos sentidos!

-Ele me cortejou na forma de lobo.

-O que? – Seth e eu torcemos o nariz. Não era bonito, a forma de se acasalar dos lobos era estranha. Primeiro, eles ficavam fedendo, por que o cheiro forte faria a fêmea diferencia-lo dos outros, depois vinha os animais mortos e assim por diante.

Basicamente, quando os lobos queriam acasalar, eles fazia as fêmeas odia-los tanto que acabavam por se apaixonar. Era a lógica dos genes.

-Eu acho que sei o que é. – Me veio uma ideia de explicação para a impressão ter acontecido só agora. – Thomas tinha o pai "dentro" do corpo, não era só ele, talvez isso tenha influenciado.

-Se for assim, Seth pode ter visto um demônio e matado sua impressão sem percebe. – Leah rebateu exaspera.

Nós três nos olhamos em silencio por um instante. Aquilo fazia sentido, mas a ideia toda era assustadora.

-Que droga! – Seth chutou a terra. – Mas essa! Eu não mereço ser feliz, gente?!

-Eu não quis isso! - Leah exclamou para o irão.

-Ao menos, agora quando você achar sua impressão não precisará esconder de sua irmã. – Comentei pensativo, Leah me olhou carrancuda. – O que vai fazer? – Perguntei mudando de assunto.

-Ainda não sei. – Ela mordeu o lábio. – Tudo o que sei é que eu daria minha vida por ele.

-Só mesmo você para fazer algo romântico soar como uma maldição. – Seth revirou os olhos.- Só não me invente de pular nele, viu maninha?

-Cale a boca! – Leah lhe deu um soco no braço e eu sorri.

-Ao menos, os Volturis não tem interesse em mata-lo. Menos um problema, não?

-Falando em problema e Nessie? A carta com "eu vou, mas volto" não me pareceu tranquilizadora. – Leah falou cruzando os braços, desesperada em mudar de assunto. – Ainda mais a mando de Bella-falsa.

-Sue fez um feitiço, eu confio na habilidade de sua mãe e ela me manda mensagens. – Ergui o celular que carregava no pulso, era o único jeito de virar lobo e manter o objeto comigo sempre. – Na ultima ela diz que o croissant de chocolate francês me faria chorar.

Ficamos em silêncio por alguns instantes.

-Isso tudo é uma verdadeira bagunça... – Leah gemeu baixinho.

-Leah. – Ela olhou para o irmão. – Pare de reclamar, ok? Você tem o que todo mundo quer...

-Não se atreva a dizer...

-... Amor. – Seth a cortou.- Olha, eu sei o que disse antes quando... – Ele olhou para os lados sem graça. –... Sam e Emily aconteceu, mas... Impressão é mais do que um meio de reprodução.

-Pelo o amor de Deus! – Leah exclamou revirando os olhos.

-Mana, me escute, ok? Não fuja de algo só por causa do seu orgulho.

-Pare... – Leah fechou os olhos, seu tom era de dor.

-Ele tem razão. – Acrescentei quietamente, os dois me olharam. – Você tem sorte, Leah, estamos em tempos perigosos e mesmo quando isso acabar, nós ainda continuaremos nesse trabalho. As chances de sobrevivência não são tão grandes assim, alguns de nossos companheiros provavelmente morreram antes de conhecer sua impressão.

Ela pareceu se encolher envergonhada, por que sabia que eu tinha razão. Já estava acontecendo, Paul e Collin haviam morrido nos últimos dias e todos apenas tentavam manter os nervos sob controle desde então.

Sam inclusive falava comigo pelo menos uma vez por dia, ele se preocupava conosco tanto quanto eu me preocupava com eles. Alguns de meus melhores amigos estavam no bando dele, afinal de contas.

-Apenas, não contem a ninguém, ok? – Leah pediu em um soluço.

-Não vai poder esconder por muito tempo. – Comentei triste por ela.

-Então, vocês irão me ajudar. – Seth e eu nos olhamos hesitantes antes de concorda. – Obrigada. – Nos olhou aliviada.

Um tiro soou e nós olhamos para a direção que veio em alerta. Ficamos os três parados apenas ouvindo, estreitei os olhos, não havia...

Uma explosão aconteceu, olhei para a fumaça no céu surpreso.

-Vamos! – Exclamei me transformando em lobo sem me importa com minhas calças se rasgando.

Alice P.O.V

-Então? – Storm perguntou a Didyme de seu lugar em cima da mesa.

-Temos tudo pronto para o ritual de amanhã.

-Certo... – Storm desceu da mesa e rodeou o corpo que estava ali. – Logo teremos o sangue de Caius e Aro.

-E como sabe que dará certo? Tive bruxas tentando reverte o processo de vampismo...

-Eu não estou revertendo o vampirismo. – Storm a cortou enquanto abri a barriga do homem. – Estou pegando a essência deles, caso contrario sua bruxinha morreria.

-Selene é mais forte do que aparenta. – Didyme cruzou os braços, Storm a olhou maliciosamente.

-Magia de sangue, eu sei, uma das mais antigas. Era da minha época, na verdade, sacrifícios humanos é uma fonte pura de poder. – Puxou as tripas para fora do corpo e começou a desenhar algo no peito do cadáver.

-Mas por que pegar o poder do vampirismo para si? Demônios eram tão fortes quantos os vampiros.

-Doçura, para onde você acha que nossa força original foi? A bruxa maldita passou para vocês: vampiros. Estou apenas a pegando de volta. – Parou de desenhar e olhou para a morena. – Onde está sua bruxinha Selene?

-Descansando, precisará de toda sua força.

-Quantos anos ela tem?

-Dois mil e quinhentos anos, por quê?

-Ela é velha... – Storm murmurou para si mesma. – Ficou com você todo esse tempo?

-Como assim? – Storm revirou os olhos para a frieza de Didyme.

-Por favor, queridinha, o que fez? Ninguém ficaria tanto tempo ao lado de outra pessoa sem um motivo, você é irmã do marido dela e ela não o quer ver, deixou bem claro. Então, o que fez? Por que ela está te ajudando?

-Ela odeia Aro. – Didyme deu de ombros, Storm jogou a cabeça para trás dando uma gargalhada.

-Odiou não é vingança, Didyme, não sou uma tola. Selene é uma bruxa perfeitamente capaz de se vingar sozinha e apenas de Aro. O que ela está fazendo afeta toda uma raça e esse é o que você quer, não ela. Então, o que fez? Estou curiosa. – Storm sorriu falsamente simpática.

Pisquei sentindo um soco no estômago. Onde...?

Algo estralou em meu rosto.

Oh certo, tortura.

-Por que você não está com eles? – Perguntei em um murmuro áspero.

-Voltou. – James sorriu malignamente. – E por que estar lá quando eu posso me diverti aqui?

-Seu líder está lá.

-Storm está perfeitamente bem comigo aqui. – Franzi o cenho, enquanto o via caminhar pela sala, escolhendo o próximo equipamento de tortura.

De repente me veio uma luz. Eu entendi tudo.

-Você não pode ir. – Murmurei quase incrédula, olhei-o intrigado. – Esse corpo foi feito para assassinar Bella.

-Como? – Ele me olhou divertido.

-Você não é como os outros. Queria mata-la e agora não pode, por que Bella agora é possuída por sua lider. – Ele enterrou uma lamina na minha mão me fazendo gritar.

-Cale a boca, vampirinha, só ouço besteiras. – Ele rosnou perto do meu rosto. Eu estava certa, no final de contas, tinha que ser.

Um pigarreio quebrou nosso contato visual, era Carlisle.

-Era quem faltava para festa. – Zombei em um sussurro. – O único que me pegou de surpresa. – Menti facilmente.

-Não foi fácil, tive que apagar sua mente varias vezes.

Eu sabia bem daquilo. Mas Carlisle não contava com um pequeno fato.

Desde que Athenodora havia chegado a cidade, eu anotava minhas visões. Ela era uma Volturi e podia apagar memórias, influência não lhe faltava, seria fácil descobrir se eu andava tendo visões do futuro desfavoráveis.

Minhas suspeitas pioraram desde que os demônios atacaram a cidade sem eu prever. Passei a reler minhas visões e percebi coisas estranhas. Visões de que eu não me lembrava, mas que eram irrelevantes para Athenodora.

Eram sobre Edward e um grupo no qual fazia parte. Fenix. Todos ali dentro achavam que serviam para manter o equilíbrio entre os clãs, mas as três cabeças...

Era Selene, Safira e Ariadne.

Uma bruxa, uma mascarada e a terceira... Ela havia sido aquela que tinha alertado os Swan, tinha que ser. O nome era o mesmo, e eu não acreditava em coincidências.

Aquelas três lideravam os Fenix sob o pretexto de que mantinham as coisas em ordem, mas tinham uma segunda agenda. Os membros não faziam ideia do quanto suas ações afetavam tudo, eram manipulados. O que me impressiona é a forma que conseguiram enganar Edward, um leitor de mentes.

-Prepare Esme. – Carlisle ordenou indiferentemente a James, que saiu carrancudo.

-Você não a ama? – Perguntei tentando me distrair, as visões eram dolorosas, faziam minha cabeça doer.

-Esse era o Carlisle. – Sorriu maldosamente e os seus olhos ficaram completamente negros.

Olhos de demônio. Pelo o que entendi o feitiço da aparecia é o mesmo que foi usado com Bella e Bella-falsa.

-Desde quando?

-Dez anos.

Aquilo fez meu estômago embrulha.

Como pude ser tão cega?!

-Havia ido para Cuba. – Ele riu pegando uma faca. – No começo pensei que iriam me descobrir, mas o feitiço me deu as lembranças de Carlisle. Aparentemente toda a linguagem corporal de Carlisle é ignorada com um pouco de controle mental. – Sorriu ironicamente.

-E sobre James? – Perguntei mais atenta. – Você o convocou, não? O mesmo demônio que me possuiu...

-Não posso convoca-lo, apenas uma bruxa pode. Mas sim, eu dei as direções a ela. – Franzi o cenho. – Foi graças a ela que eu descobri coisas interessantíssimas, na verdade.

-O que? – Murmurei secamente franzido o cenho.

-Não vou dizer. – Ele sorriu divertido.

Então tudo aconteceu em um piscar de olhos. Eu vi Esme se aproximar por trás, Carlisle arregalar os olhos e ser forçado a virar com Esme segurando-o por trás.

Meu nariz detectou cheiro de carne queimada.

Rose apareceu na frente dele e rosnou:

-Parado, Carlisle. – E os dois paralisaram, afinal tudo o que Carlisle fosse ordenado a fazer Rose faria. – Responda a verdade sem usar seu poder. – E Esme afundou uma injeção no pescoço dele.

Quase sorri.

Aquilo não tinha sido visto por mim, eu estava focada em ver Forks.

Mas ao menos agora tínhamos controle de tudo.

Estávamos de volta ao jogo.

Nessie P.O.V

Suspirei olhando para o teto, agora estava em um aeroporto, prestes a parti para o continente. Olhei para o celular e digitei que o "tédio era o pior tipo de tortura do mundo" para Jake.

Não falaria que ia para Forks, não sabia se era mesmo ele no outro lado lendo a mensagem. Provavelmente era, mas ainda assim, todo cuidado era pouco.

Desde que Marcus declarou que Carmem havia morrido com o colar de Lucy tudo parecia surreal. No caminho ao aeroporto ele me explicou que Lucy supostamente morreu há duzentos anos, que foi quando o quadro havia sido pintado. Carlisle foi testemunha e enterrou o corpo em sinal de respeito a amiga. Eu rapidamente comentei que ele provavelmente sabia o tempo todo a verdade, que era Carmem então Lucy, mas Marcus disse que Aro vasculhou a verdade na mente de Carlisle na época.

Carlisle achava que o anjo havia morrido e a enterrou ali. O selamento com o meu sangue foi uma forma de nunca perturbarem a criatura, afinal aquele era solo sangrado e seria assim até o corpo se decompor, o que levaria anos.

Uma verdadeira confusão.

Mas ainda assim foi um pouco anticlímax. Eu esperava um segredo mais cabeludo, não que a existência de anjos não seja algo "Wow", mas que utilidade saber que alguém falsificou a morte um anjo tem? Estamos em guerra! Bella está possuída pelo diabo! Ou como adoram dizer "o líder", já que o diabo é outro.

Vida estranha.

De qualquer maneira, Marcus comprou as passagens e não saiu do telefone desde então. Como eu era uma humana, não poderia ouvi-lo, então o que me restava é ficar o olhando de longe, mordendo a unha nervosa.

Ele finalmente se aproximou ainda falando no telefone. Fiquei tensa tentando ouvi-lo.

-... Vemos lá. – Foi tudo o que entendi antes dele desligar.

Argh!

-Então? – Perguntei curiosa.

-Esperemos. – Ele se sentou ao meu lado. – Estaremos em Forks de manhã.

-E você tem alguma noticia de lá?

-Não... – Meu coração se acelerou com medo. – Eu tenho que lhe contar algumas coisas, Nessie.

Olhei-o curiosa.

Edward P.O.V

Olhei para Athenodora desconfiado. Estávamos na praia de La Push, ela sentada perto da fogueira e eu de pé apenas esperando.

Por que havia me chamado aqui?

Seus pensamentos estavam a mil por hora, era um tanto difícil acompanhar o ritmo.

-Que bom que pode vir. – Ela suspirou e me olhou. – Sente-se, irei lhe contar uma velha historia.

-Acredito que essa velha historia é de meu interesse. – Comentei me movendo lentamente para o tronco a sua frente.

-Tão velha que eu sequer estava viva. – Isso atiçou minha curiosidade. Athenodora era uma Volturi, tinha informações valiosíssimas!

-Então, prossiga, senhora. – Pendi educadamente, ela meu deu um sorriso sereno que não alcançou os olhos.

-Há muito tempo atrás, em uma terra que sequer existe mais, houve uma vila de pescadores. Era um lugar pequeno, mas as pessoas eram boas e pacificas, tinham o suficiente para viver. Havia uma família... – Ela parou com os olhos se perdendo no fogo. – Uma família que estava prestes a aumentar, a senhora se encontrava grávida. E você sabe como grávidas são, sempre com seus desejos. – Ela deu um sorrisinho fraco. – Certo dia, ela veio com o desejo mais peculiar de todos: ela queria carne vermelha e não de peixe. Então, o pai e o filho mais velho saíram para a floresta para caçar.

-Eu não entendo... – Athenodora ergueu a mão me interrompendo.

-Espere que eu continue, querido. – Ela pigarreou. – Eles demoraram alguns dias, pois não tinham pratica em pegar aquele tipo de animal. Quando finalmente o fizeram... – Athenodora respirou fundo. – Quando voltaram para casa. Eles encontraram um massacre, toda sua família tinha morrido. O pai horrorizado saiu em busca de sobreviventes e houve um... Um ancião a beira da morte que usou o ultimo fôlego para lhe sussurrar uma palavra.

-E o que era?

-"Daemon". – Ela me olhou séria. – Na época, eles acharam que eram espíritos da natureza, inclusive a palavra é origem do verdadeiro nome da criatura... Demônios.

-Demônios massacraram a vila.

-Sim. – Ela concordou. – O pai ficou devastado, mas ainda tinha um filho, o seu filho mais velho, ele tinha que protegê-lo de tais criaturas. Então o levou para o mais longe que pode até por fim encontrar uma ilha. E lá viveu por dois anos até que tudo aconteceu.

-Quem era o pai?

-Caius. – Ela respondeu em uma voz pequena, de repente a historia tinha toda a minha atenção. – Nessa ilha, ele conheceu Aro, Marcus e... – Olhou para mim. – Didyme. Aro era o espírito livre, tinha filhos bastardos aos montes. Já Marcus era casado com a irmã de Aro, Didyme, e tinham três filhos. Foram eles quem ajudaram Caius no começo tornando-os quase uma família.

-Você disse que ele viveu por dois anos lá?

-Depois desse tempo, os demônios voltaram a aparecer. – Ela abaixou a cabeça. – Foi durante uma festa com os homens da ilha. Os demônios atacaram a noite aproveitando que algumas mulheres estavam sozinhas em casa. Didyme lutou contra eles tempo o suficiente para que os filhos fugissem. Quando eles chegaram em casa, ela havia sido levada.

-Foi então que ela morreu? – Perguntei, não tinha muito conhecimento sobre a esposa de Marcus, apenas que havia morrido.

-Não, o destino dela foi pior, ficou dias sendo tortura pelos demônios. – Ela suspirou quase chorosa. – Mas durante esse tempo, os três amigos procuraram a bruxa da ilha e ela lhes contou o que havia acontecido a Didyme. Marcus e Aro, naturalmente, queriam vingança por Didyme e Caius, reconhecendo a forma que os corpos foram mortos, foi junto clamando por vingança contra a família. A bruxa lhes disse que não havia como vencerem de tais criaturas sendo tão frágeis, elas não só eram mais fortes, como também mais rápidas.

-Então ela os transformou?

-Ela propôs o sacrifícios deles em troca da sobrevivência da ilha. – Ela concordou. – Ela projetou um feitiço que os transformava em seres mais poderosos que as criaturas, mas como demônios poderiam possuir seres vivos, ela lhes deu a vida após a morte. Pois assim cortava os laços entre esse mundo e o mundo dos mortos.

-O que isso quer dizer? Não podemos ir para o mundo dos mortos? – Perguntei franzido o cenho.

-Não, nós podemos ir, iremos para lá quando morrermos. Apenas estou explicando que os Voltuis sacrificaram seu sopro de vida, que é o que permite os demônios de possuírem pessoas. – Ela torceu as mãos. – Mas só os fazendo vampiros não mataria o demônio líder e não pararia os outros demônios de existirem...

Isso era o que me interessava.

-Eles não mataram Storm. – Comentei curioso.

-Por que não se mata algo, Edward. Demônios são espíritos, eles vão para seu próprio plano, continuam vivos. – Ela me olhou. – Eu não sei muito disso, de qualquer maneira. O que aconteceu lá... – Ela mordeu o lábio olhando para a fogueira. – Eles aceitaram fazer o ritual, a bruxa o fez. Naquela noite ela canalizou parte da força dos demônios para os vampiros, tornando-os mais forte e lhes fazendo inimigos naturais, pois possuía algo que já foi do outro. É inclusive, por isso que os vampiros sentem tanta dor ao se transforma.

-Mas como fizeram com Storm?

-Não seja impaciente. – Ela me repreendeu. – Quando acordaram encontraram um novo mundo, tudo foi ampliado e havia efeitos colaterais... Como a sede de sangue e a família.

-Família? – Franzi o cenho.

-O feitiço de transformação afetou aqueles que tem conexão sanguínea com os três, então seus filhos passaram a ter poderes...

-Os humanos Volturis, é claro. – Tudo fazia sentido. Até mesmo o por que de Aro ter adorado eu me casar com Bella, não era só uma aliança com o clã Volturi, estaríamos unindo as duas famílias.

-Nesses três dias que eles passaram se transformando a bruxa criou outra coisa. Algo capaz de livrar a terra do líder dos demônios: Storm. – Ela continuou, olhei-a ansioso, lendo sua mente, mas ela falava no mesmo ritmo que seus pensamentos, o que era quase frustrante. – Uma adaga que lhe enfraqueceria o suficiente para tranca-lo em outro lugar, adormecido e longe desse mundo.

-Uma adaga?

-Ela começou a trabalhar em uma forma de prender Storm. – Athenodora respondeu cautelosamente. – Ela precisava de algo forte para conseguir supera-la em poder. Storm havia sido o primeiro demônio, o mais forte. Sua fonte de poder era a dor, algo poderoso que pode levar os outros a fazerem coisas inimagináveis.

Isso explicava toda a violência dos demônios.

-O que ela usou?

-Algo ainda mais forte: amor. – Athenodora de repente pareceu triste. – Uma conexão profunda entre a alma de duas pessoas. Tem um motivo para se existir o termo "alma gêmea". – Deu um sorrisinho fraco. – Ela viu o quanto Marcus estava disposto a salvar sua mulher. Sabendo que havia encontrado a solução, então ela criou a adaga.

-E onde está a adaga? – Perguntei ansioso.

-Espere um momento, não é tão simples assim. – Olhei-a quase apreensivo. – A adaga tinha o sangue de Marcus e Didyme quando foi cravada no coração de Storm. O sangue dos dois selou o feitiço da adaga e pôs Storm em seu sono.

-Eles mataram o corpo físico de Storm. – Olhei-a quase desamparado. – Teria que transferir Storm do corpo de Bella ou...

- Escute a próxima parte . – Ela me interrompeu. Havia mais? Olhei-a apreensivo. – Marcus matou Storm colocando-a em sua prisão e foi encontrar sua esposa. Ela estava sangrando, ele não pode resistir e a mordeu. Se não fosse por Aro, ela provavelmente estaria morta. – Ela suspirou, franzi o cenho por momento, ela disse de uma forma... Como se... – Quando Didyme começou a gritar todos se assustaram, mas a bruxa explicou que ela estava se transformando e mais... – Athenodora entrelaçou os dedos. – Deu a opção a Marcus: Matar Didyme ali, ou fazê-la passar por toda aquela dor e se torna uma vampira. Ele escolheu a segunda opção.

-Mas ela morreu. – Franzi o cenho.

-Quinhentos anos depois, Didyme não aguentando as criaturas sanguinárias que todos eles se tornaram e se suicidou com a mesma adaga que matou Storm. – Athenodora me olha de repente. – Exceto que ela não morreu, ela fingiu tudo com a ajuda de uma bruxa.

-O que? – Murmurei intrigado.

-A bruxa havia sido esposa de Aro, não foi uma experiência exatamente prazerosa para ela. Didyme se aproveitou do ódio de Lyanna, que é como a bruxa se chama, e lhe pegou como sua aliada.

-Então ela está viva? Didyme?

-Mais do que viva, ela quer o que não pode ter antes: paz eterna. Não deseja mais ser uma vampira, mas não quer ir embora desse mundo sozinha, ela acha que os Volturis fizeram maldade demais, perderam seu propósito original.

-Mas sem os Volturis, não existiria mundo, teríamos devastado a humanidade.

-Sim, eles mantém o controle da população vampirica, na verdade, deve existir cerca de setecentos vampiros de nossa espécie ao redor do mundo. – Ergui a sobrancelha surpreso, era um numero baixo,considerando tudo. – Porém, não se pode matar um Volturi, eles são os vampiros originais, completamente imortais.

-Mas Didyme vai tentar de qualquer maneira.

-Não só tentar, ela vai conseguir, ao menos é o que acredita. – Ela revirou os olhos, então me olhou.

Foi ai que eu vi em sua mentee.

O rosto de Didyme.

Era Ariadne!

-Mas...

-Eu sei. – Ela me cortou. – Ela precisava de uma maneira de manter o controle, então ela destruiu os Tulekahju, que eram a organização liderada por bruxos descendentes da bruxa que criou nossa raça. Dessa maneira ela forçou os Volturis a retomarem o controle total das criaturas sobrenaturais, não só dos vampiros de nossa espécie.

-Pra que?

-Era a única maneira de seguir seu plano, ter todas as informações possíveis. Os Fenix acreditam estar fazendo o que é melhor para manter a harmonia e as lideres se escondem atrás disso.

-Está me dizendo que é tudo uma mentira?

-Sim.

-Mas isso é impossível!

-Não, não é. – Athenodora retrucou em tom tranquilo. – Ariadne, como você a conhece, tem tudo sob seu controle.

-Como ela poderia ter tudo sob seu controle? Ela vê o futuro? – Olhei-a quase em pânico.

-Não. – Soltei a respiração que tinha prendido. – Ela pode controlar e possuir os poderes dos outros, então de certo modo ela pode sim ter conseguido ver o futuro em algum ponto, mas esse não é o poder dela.

-Está me dizendo que ela... – Me ergui do tronco completamente chocado.

-Moldou o futuro? – Athenodora me olhou friamente. – Por que acha que demorou tanto tempo para você e Bella ficarem juntos?

-O que?

-Demorou sete meses para você percebe que Bella não era normal, Edward. Logo, você, um leitor de mentes que havia a visto antes de todo mundo. – Athenodora se ergueu. - Você ignorou todos os sinais logo no primeiro dia e declarou que ela tinha bulimia.

-Como você sabe disso?- Olhei-a espantado.

-Me contaram.

Então eu li seus pensamentos. A resposta de tudo aquilo.

Um rosto.

O choque me bateu com um murro no estômago.

Como... Não... O que...

-Por que ela faria isso? – Perguntei com o cenho franzido. – Por que se transformaria em Bella?!

Horas depois...

Emmett P.O.V

Olhei para o céu com raiva, eu tinha passado a madrugada inteira nessa floresta, não era seguro! Depois que chequei Jasper na casa dos transfiguradores vim ao encontro de Jane e Nicolas esperançoso.

Tudo o que encontrei foi espera.

Espera pelas bundas brancas dos malditos Volturis!

Minha mulher corria perigo, porra!

-Por que estamos aqui?! – Perguntei impaciente. – Cadê os Volturis?

-Eu não sei, Caius me chamou. – Jane rebateu. – Estamos aqui a quanto tempo?

-Horas. – Nicolas respondeu entediado. – Já é de manhã, temos algumas horas até a lua.

-Nós precisamos de uma sacerdotisa de sangue. – Rebati aos dois. – E essas ondas de dor que vem de hora e hora, não são particularmente prazerosas.

-E enfraquecem a todos os vampiros. – Nos viramos tensos.

Era Sulpicia?

-O que faz aqui? Cadê os Volturis?

-Presos. – Respondeu cruzando os braços e andando até nós com um ar perigoso. Como um lobo cercando sua presa. – Os demônios tem Caius e Aro.

-Como sabe disso?

-Eu os ajudei. – Me preparei para atacar. – Assim como Athenodora.

Jane agarrou meu braço, olhei-a intrigado, ela estava com o cenho franzido.

-Qual é a jogada? Por que os entregar?

-Ganha tempo, além do mais Marcus está fora da cidade. – Ela respondeu. – Mas não por muito tempo, ele está vindo para cá.

-Você enviou a mensagem. – Nicolas falou de repente.

-Sim.

-Então tem a sacerdotisa?

-Quase isso. – Sulpicia deu um sorriso misterioso e checou o relógio. – Vamos, meus queridos, eles estão quase lá.

-Por que iríamos com ela? Ela não acabou de declarar que entregou os Volturis? – Perguntei hesitante.

-Emmett tem um ponto, Jane.

-Por que ela ama Aro. – Jane nos cortou. – Se tivesse que se matar para salva-lo, ela faria e o mesmo vale por Athenodora. Você podem gostar de pensar que os Volturis são os lideres, mas elas é quem cuidam dos velhotes. São o... – Se virou para nós, enquanto dava alguns passos para trás seguindo Sulpicia. -... O plano B.

Thomas P.O.V

Segui para fora tentando prestar em todos os sons ao meu redor. Não foi uma noite calma, as explosões deixou todo mundo tenso.

E os três lobos não haviam voltado, assim como os humanos.

Eu estava preocupado com Leah.

Com Seth e Jake também!

Mas principalmente com Leah. Argh! Eu não preciso me justificar para os meus pensamentos.

-Se foque. – Jasper falou atrás de mim. – Fareje. – Me deu um pedaço de roupa. Ao que parece lobisomens são melhores em seguir cheiros do que os vampiros.

E na verdade foi até que fácil seguir o cheiro. Surpreendentemente fácil.

Segui pela floresta rapidamente, eram roupa femininas que eu segurava. O cheiro de mel era de Leah, e eu acho um fato muito triste eu ter reconhecido de primeira.

Jasper de repente agarrou meu braço e olhou para frente. Olhei também esperando ver o que ele via.

Mas não havia nada.

-Escuta?

-Hum? – Olhei-o confuso, ele apontou para a orelha exaspero e eu me foquei na minha audição.

Era um Tum-tum-tum-tum...

Parecia um coração pulsando.

Oh!

-De quem é o cheiro? – Jasper apontou para mim.

-É o de Leah. – Respondi rapidamente, então Jasper puxou o galho na nossa frente e olhou para baixo.

Demorou alguns segundos para percebe que havia uma decida ali.

Era por isso que ele havia me parado...

Espera ai! O cheiro é de Leah e havia um coração batendo por perto...

Rapidamente segui e comecei a descer o monte. Ouvi Jasper me chamar, mas nem quis saber.

Leah estava caída ali embaixo, totalmente nua...

Meu Deus! Cara, isso não é hora! Tirei o casaco e a cobri imediatamente. Leah estava toda suja, mas parecia bem, sem nenhum ferimento.

Deve ser a cura dos transfiguradores.

-Leve-a para a casa, eu posso rastrear os demônios daqui em diante, tentarei encontrar os outros. – Jasper me instruiu enquanto eu a pegava no colo, acenei rapidamente e segui o meu caminho.

Ao menos a temperatura corporal de Leah parecia boa. Ela estava quente, bem quente...

Seria febre? Mas ela não tremia ou...

Não pense nisso agora, Thomas, a mãe dela é bruxa, lembra? Vai ficar tudo bem!

Jane P.O.V

Entrei na cabana confusa com o que Sulpicia armava, meu olhar parou em Edward e Athenodora no sofá, esperando alguma coisa.

Nós, provavelmente.

-Não, não esperamos por vocês. – Edward respondeu de repente.

Um carro que eu tinha ouvido minutos atrás parou na frente da igreja, ouvi passos rápidos na direção da floresta. Nossa direção.

Vampiros.

Me virei para a porta e vi se aproximarem de nós...

-Marcus. – Cumprimentei com um suspiro. Olhei para trás dele e vi...

Fred, Bree e Sasha?

E Nessie saindo do colo de Fred?

O que era isso?

-Então? – Marcus entrou na cabana seguido pelo o grupo.

-Eu não esperava que fosse você. – Sulpicia comentou. – Esse tempo todo segurou a verdade quando poderia ter dado um jeito de impedir, por quê?

-Eu não sabia coisa alguma. – Marcus retrucou e olhou para Edward. – Aqui, vai precisar disso. – Arregalei os olhos ao ver a adaga que ele passava para Edward.

Eu tinha apenas visto o desenho dela...

-Como você pode ter isso? – Nicolas foi mais rápido do que eu.

-Fui eu quem entreguei aos cuidados do seu clã. – Marcus rebateu. – E eles lançaram o feitiço que apenas um tipo de pessoa poderia encontra-la. – Apontou para Sasha. – A protetora.

-Mas ela é protetora das amazonas, não da adaga. – Nicolas apontou intrigado.

-Toda protetora pode achar a adaga, é parte do ritual. Houve um tempo que eram uma ceita, mas transformaram seu ritual em uma forma de segurança, obrigando um inocente a fazer tudo para proteger o outro. – Marcus explicou. – Mas Nessie aqui é um amazona, ao menos tem o sangue de uma correndo em suas veias.

-O que me faz apta a proteger e obedecê-la. – A protetora acrescentou com um sorriso.

-Foi por isso que seguiu o meu plano aquele dia? – Nessie deixou escapar parecendo entender tudo.

-Nunca fiz essa conexão, mas acho que sim. – Sasha a olhou assombrada, eu quase revirei os olhos.

-Então, ninguém vai dizer por que estamos aqui? – Emmett de repente cortou todo mundo. – Me digam que tem um plano final? Um objetivo nisso tudo?! Minha mulher ainda está lá fora, junto com a minha criadora e minha irmã.

-Sabemos bem disso. – Athenodora o respondeu. – E você sabe bem que no instante que pararmos Storm, os demônios se retraíram e provavelmente usaram as mulheres Cullen como moeda de troca.

-Se for os demônios. – Emmett duvidou.

-Não foi os lobisomens. – Marcus garantiu. – Eu chequei e sobre sua pergunta...

Algo quebrou na cozinha chamando a atenção de todos para lá. Fiquei tensa pronta para usar meu poder, enquanto ouvi os sons de luta e algo sendo arrastado. No corredor apareceu...

Bella. O rosto dela, melhor dizendo.

E ela arrastava uma mulher de cabelos negros e pele branca. A mulher claramente tinha alguma força, já que conseguia se impor, mas Bella tinha seus poderes.

O que me deixou tensa, Bella estava sendo possuída por Storm, líder dos demônios. A conexão dessa copia com o corpo orginl, me deixava cautelosa, desconfiada e até desconfortavel, me atrevo a dizer.

A mulher de cabelos negros foi empurrada para os braços de Marcus que a prendeu firmemente.

-Não tem por que brigar, Lyanna.

-Não me chame assim! – Lyanna exclamou furiosa.

-Lyanna? A conheço por Selene. – Nicolas olhou para a mulher intrigado.

-Você e eu. – Edward acrescentou um tanto rabugento, como se toda a verdade o deixasse revoltado.

-Selene não é uma das líderes Fenix? A que você nem sequer sabia o que era? – Olhei para Nicolas, Emmett de repente estava interessado.

-Ninguém vai mesmo falar da Bella ali?! – Sasha exclamou de repente, completamente transtornada. Nessie colocou a mão no ombro dela em sinal de conforto.

-Eu não sou Bella, queridinha, eu sou a famosa copia. – Bella-falsa sorriu e seus olhos assumiram um tom vermelho-vinho. – E aqui está a peça final do quebra cabeça. – Apontou para Lyanna/Selene. – A sacerdotisa de sangue.

-Ela não está do lado das Fenix? – Perguntei estreitando os olhos. – Que estão do lado dos demônios?

Sulpicia aplicou uma seringa no pescoço da Lyanna que lentamente desmaiou nos braços de Marcus.

-Ela é uma protetora. – Marcus respondeu. – A protetora de Didyme, ou como vocês a conhecem: Ariadne. – Olhou para Sasha e os outros. – E apenas uma protetora pode quebrar o laço da outra.

Suspirei entendo a historia. Ser protetora de Didyme, obrigava Selene /Lyanna a protegê-la, ou seja, ficar do lado dela. No instante que fosse quebrado o laço da proteção, Selene/Lyanna não teria que ficar do lado dos demônios, ou Didyme/Ariadne, e sendo Lyanna uma sacerdotisa de sangue...

Quebrar o laço de proteção de Lyanna e Didyme significaria que poderíamos exorciza Storm de Bella, ou melhor que Lyanna poderia exorciza-la e invocar a prisão de Storm.

Era por isso que Aro reuniu tudo aquilo, ele sabia que o fato de Ariadne não poder morrer era por causa da proteção de Lyanna dava. Tínhamos tudo preparado para liberta Selene (ou Lyanna) do compromisso com Ariadne.

Meu deus...

Que bagunça.

-Vamos logo com isso, o ritual de exorcismo é hoje a noite. – Edward se ergueu do sofá e seguiu Marcus as escadas, Fred e Bree seguiram Sasha na mesma direção.

-Por que você é igual a Bella? – Nessie olhou para Bella-falsa.

-Me chame de Anna. – Nessie estreitou os olhos a isso. – E eu sou sua melhor chance de exorciza Bella, tenho o mesmo poder que ela e o mesmo sangue.

Olhei para a copia desconfiada.

Não seria tão bom assim, isso não podia ser coincidência.

-Mas por que aceitar ter o rosto de Bella? A cabeça dela foi bem concorrida nos últimos meses.

-Eu tenho meus motivos, Jane.- Bella-falsa me olhou secamente.

-Nos conhecemos? – Rebati desconfiada, ela apenas de um sorrisinho irritante.

Marcus apareceu nas escadas novamente.

-Vocês terão que ir embora, em breve Didyme aparecerá, ela sentirá quando o laço for quebrado.

-Ele tem razão. – Sulpicia olhou para Athenodora que se ergueu também. – Temos que liberta Caius e Aro agora.

-Sim, sim... – Athenodora olhou para mim. – E eu vou precisar de sua ajuda. – Olhei para Nicolas que acenou concordando.

-E Nessie?- Perguntei olhando para a agora humana Nessie.

-Irá para igreja comigo. – Emmett respondeu pegando o braço da ruiva. – Os Swan estão por lá, vai ficar bem. – Ele acrescentou.

-Vamos? – Sulpicia olhou para mim e Nicolas.

-Para onde? – Perguntei curiosa, onde mantinham Aro e Caius?

Athenodora deu um sorriso alegre.

-Delegacia.

Rose P.O.V

Fechei os olhos e pressionei o rosto contra a parede. Pude sentir Alice chegando perto de mim, mas ela não falou nada, apenas ficou quieta ouvindo Carlisle.

Tanto ela quanto eu estávamos ainda tontas com o efeito das ervas, mas Esme ignorou tudo para interrogar seu falso marido.

-Quanto tempo mais terei que ficar em silêncio? – Perguntei em tom baixo. – Emmett merece saber que estou bem.

-Não podemos estragar as coisas para eles, Rose. – Alice respondeu. – Vão querer vir aqui e precisamos de Emmett e Jasper lá.

Fiquei em silêncio por um momento.

-Quanto tempo? – Murmurei contra a parede. – Quanto tempo faz que você sabe sobre Carlisle?

-Algum tempo. – Alice respondeu em tom pequeno. – Não foi fácil manter segredo, sabe.

-Ele era o meu criador. – Fechei os olhos sentindo as lágrimas escorrerem.

Alice suspirou chorosa ao meu lado, olhei-a de lado percebendo que também estava quebrada. Abraçamos-nos, tentando consolar uma a outra. Eu não quero nem imaginar o que Esme fará quando tudo isso terminar.

Por que tudo o que eu vejo é ela se suicidando.

Alice soltou um grito de repente, cai no chão junto com ela vendo-a levar as mãos a cabeça. Estava tendo outra visão do futuro.

-Alice? – Olhei-a assustada.

Algo tinha mudado.

Neal P.O.V

Pisquei sentindo uma pontada horrível em meu crânio, abri os olhos tentando enxerga. Quando tudo começou a ficar mais nítido, me vi entrando em pânico.

Eu estava sentado contra a parede, amarrado firmemente.

E na minha frente tinha Alex em igual estado, a diferença é que ela conversava com Bella. Ou melhor, Storm.

Como foi que acabamos assim?

Oh certo! Estávamos no carro e tudo girou, os demônios devem ter sido a causa.

Que merda!

-Parece que seu parceiro acordou. – Storm comentou, olhei para elas tensamente, Alex parecia preocupada demais para o meu gosto. – Como vai Neal? – Ela andou em minha direção, eu só tinha visto Bella de longe, mas dava para ver pela linguagem corporal que era outra pessoa.

Sem contar essa áurea de perigo ao redor dela.

-Eu te fiz uma pergunta! –Exclamou aborrecida, enquanto se aproximava de mim.

-Pensei que era retórica. – Respondi olhando-a estranho, ela me sorriu.

-Eu gosto de conversa, querido. – Olhou sobre o ombro para Alex, minha parceira repentinamente arregalou os olhos e gritou.

-O que está fazendo? – Perguntei sentindo um nó no estomago, vendo Alex respirar com dificuldade, mas parecendo melhor. E tudo que bastou foi Storm desviar os olhos.

-Eu estou pressionando o cérebro dela com meu escudo. – Ela respondeu erguendo o queixo. – Um pouco de ação, essa cidade é muito pacata! – Dramatizou suspirando, erguia as sobrancelhas, mas que porra?

-Já considerou outra cidade? – Continuei a conversa, distraí-la de Alex, era o meu foco.

-É claro, meu bem, mas eu tenho negócios em Forks. – Ela respondeu. – Negócios que envolve os dois, na verdade. – Acrescentou andando para o outro cômodo, olhei para Alex que parecia perturbada.

-Nós?

-Sangue abençoado. – Ouvi Storm lá atrás, olhei ao redor tentando descobrir onde estava. Havia uma arvore na janela se mexendo com o vento lá fora, a sala estava vazia exceto por algumas...

Oh! Aquilo eram carteiras. Olhei ao redor rapidamente e atrás de mim vi o quadro negro. Sala de aula.

Estávamos na escola.

Storm apareceu novamente, ela tinha um pote na mão, parou entre mim e Alex, nos olhou com um sorrisinho e começou a espalhar o pó branco no chão.

Franzi o cenho, ela parecia estar desenhando algo, como as bruxas faziam em seus rituais...

-Como assim sangue abençoado? – Perguntei com um nó na garganta.

-Vocês sabem o porquê de serem como são? Os poderes e ainda assim totalmente humanos?

-Os... Os Volturis se sacrificaram pelos humanos do povoado, para que eles conseguissem poderes para enfrentar os demônios.

Storm deu uma gargalhada ao ouvir minha resposta.

-Eu suponho que tinham que ter alguma justificativa. – Ela comentou. – A verdade os faria muito vulneráveis. – Olhou para mim. – Eles se sacrificaram, é verdade, mas era para serem vampiros. Os humanos com o sangue abençoado foi um efeito colateral.

Efeito colateral?

-Foi os três que nos venceram, haviam nos enfraquecido. – Ela usou o pé para modelar os símbolos no chão. – O efeito colateral do feitiço do vampirismo foi dar alguns poderes aos seus descendentes. – Acrescentou casualmente, olhei-a lentamente.

-Descendentes? – Quase gaguejei. O que era aquilo?!

-Sim, todos os humanos com o sangue abençoado, como passaram a ser chamados, tem conexão sanguínea com um dos líder Volturis. Agora, não me pergunte de quem são descendentes por que ambos não tem conexão com as famílias principais, o que fazem os dois bastardos. – Ela apontou para mim e Alex. – Mas o feitiço está em seu sangue, então para mim está ótimo.

-O que vai fazer? – Perguntei de repente.

-Bem, sem me prender em detalhes, eu vou matar vocês. – Respondeu como se falasse uma piada. – Da maneira mais sangrenta possível. – Sorriu quase que doentiamente, dando um leve tom de insanidade ao seu rosto.

E eu me vi realmente assustado com isso.

Tinha que sair daqui.

Agora.

Nessie P.O.V

Andei pela igreja sem saber mais o que fazer, tinha acabado de ligar para Sue pelo celular de Charlie e ela disse que Jake e Seth estavam perdidos na floresta, enquanto Leah estava inconsciente em sua casa.

Eu estava em pânico! Por que não podia ir na floresta e caça-lo, agora eu era humana e completamente inútil!

Argh!

Meu celular vibrou. Congelei imediatamente.

Meu celular tocou, não o de Charlie. Peguei-o rapidamente, podia ser Jake!

E era! Oh meu Deus! Era uma mensagem de Jake...

Oh...

Não era Jake.

Olhei para cima, ninguém estava ligando para mim e eu ainda tinha meu poder de transferir pensamentos.

Eu tinha que ir. Eles me queriam por algum motivo.

Coloquei o celular de Charlie em cima do altar, e suspirei olhando para a imagem da virgem Maria.

Existia anjos, não?

Então, por favor, Deus proteja Jake, nem que tenha que levar minha vida. Você tem minha família inteira ai com você, deixe-o comigo.

E pela primeira vez em anos fiz o sinal da cruz. Respirei fundo antes de sair andando calmamente pelo corredor da igreja, eu não podia demonstrar nada.

Coração calmo, respiração regularizada. Não chamaria atenção de ninguém.

Peguei a garrafa de água benta que tinha na mesa da entrada, ninguém saia da igreja sem aquilo.

E vamos a luta!

Edward P.O.V

Olhei Selene deitada no circulo, com os cinco bruxos invocando cada elemento e Sasha com ela. Marcus estava ao meu lado com um milhão de pensamentos, que nem sequer quis tentar entender.

Ainda assim estava ansioso demais para ficar calado.

-O que garante que ela nos ajudará? – Perguntei de lado para o líder Volturi.

-Eu tenho uma fonte confiável.

Quando o rosto de Victoria brilhou em sua mente, fiquei em choque. Olhei-o erguendo a sobrancelha.

Ela não tinha morrido?

-Tudo bem... – Pigarreie cruzando os braços.

-Eu diria para não se preocupar, mas é inútil. – Ele retrucou.

-Eu sei sobre sua mulher. – Murmurei de repente, saber de algo tão intimo dos Volturis não me deixava confortável. – Eu não esperava...

-Bem vindo ao grupo. – Ele falou quase sarcasticamente. – Você cuidará de sua mulher e eu cuidarei da minha. – Me olhou.

Nos encaramos em um acordo silencioso, nossas mulheres eram nossas inimigas no momento, não era uma posição fácil.

-Você a mataria?- Perguntei em tom baixo, ele ficou calado por um instante antes de responder:

-É o que ela quer. – Engoli a seco. – Isso tudo não é para os demônios se erguerem, é para ela morrer e me levar junto.

-E por que não fazer a vontade dela?

-Há muito tempo atrás eu aceitei um sacrifício para dar paz a ela, sempre tive consciência do que isso significava. – Marcus respondeu friamente. – Eu viverei nessa terra até o fim dos tempos, foi o preço que aquela bruxa determinou e eu o aceitei.

Isso mexeu comigo.

Seus pensamentos não me ajudaram também.

Didyme simplesmente não queria mais viver, odiava a criatura que era. Depois de tanto tempo na terra, alguns vampiros se cansam dessa existência e se entregam ao sol. Alguns são mais fortes que outros, mas não é raro ver um vampiro se matar.

E mesmo que esse não fosse o caso com Bella, ela havia sido possuída! Tudo o que ela havia feito a assombraria e se ela quisesse morrer? Se não houvesse outro jeito senão mata-la?

Eu o faria? Seria capaz?

Olhei para Marcus, que pela primeira vez esse também parecia perturbado. Ele iria matar a própria esposa, o amor de sua vida, a mulher que ficou de luto por centenas de anos...

E tudo por que no fim era o que ela queria, mesmo que não fosse tudo o que ela queria, era o que ele podia lhe dar. Vi o que Marcus Volturi fazia.

Ele sacrificava o próprio amor para que ela pudesse ter paz. Estava condenando a si mesmo a uma existência vazia, algo que tinha feito antes, mas agora seria diferente. Ele teria a matado e isso o assombraria para sempre.

Percebe isso me fez ter um novo respeito pelo líder Volturi. Realmente esperava que um dia ele encontrasse outra pessoa, que ele ao menos se deixasse sentir novamente. Afinal amor é algo que se cria, que conecta duas almas. Almas gêmeas existem por causa do amor, não o contrario, como as pessoas gostavam de acreditar.

O gemido de Selene quebrou meus pensamentos. Pisquei me focando no presente. Bruxos, rituais, protetora. Ok.

A única pessoa que poderia invocar a prisão de Storm era a sacerdotisa de sangue.

Lyanna.

Emmett P.O.V

Atendi a ligação rapidamente, era Nicolas.

-Então?

-Nós vamos precisar de uma ajuda.

-O que foi?

-Um exército de demônios, algumas bruxas, sem contar que...

-Só venha logo. – A voz de Sulpicia soou do outro lado. – Storm não está aqui, apenas os Volturis.

Parei na porta que dava para o altar da igreja, o cheiro de Nessie estava no ar, olhei ao redor, mas não a vi. Caminhei até a frente do altar.

-Onde estão?

-Delegacia. – Ela respondeu. – Agora, eu sei que há entradas secretas lá e como você está com o xerife...

-Sim, eu vou falar com ele. – Rebati desligando o celular. Olhei ao redor por um momento, o cheiro de Nessie estava fraco no ar, ela provavelmente voltou para baixo.

Virei rapidamente para a sala e andei até a estante, puxando o livro para abrir a passagem secreta. Descia as escadas em direção aos Swan.

Eles me olharam quando entrei/invadi a sala. Olhei para o general e andei até ele.

-Eu preciso das plantas com passagem secretas na delegacia. – Pedi rapidamente, ele me olhou intrigado. – É onde estão mantendo os dois lideres Volturis e não, não precisamos de reforço. – Acrescentei aos outros membros.

-Arthur, cuide disso. – Charlie apontou para o irmão, que me deu um aceno para segui-lo.

Segui-o impaciente. Por ser membro do clã, tinha que ajudar Jane e Nicolas quando pedissem, eu me sentia compelido.

Era bizarro.

E inconveniente, muito inconveniente.

Neal P.O.V

Olhei horrorizado para o que ela fazia. Storm havia saído da sala, nós ouvimos gritos e então tudo parou.

Ela voltou com um coração humano na mão. Deixou no meio do desenho que havia feito com o pó branco e agora desenhava com o sangue da pessoa que havia matado.

-Sangue virgem. – Ela falou de repente, me olhou com um sorriso de lado. – Se está se perguntando o porquê de ter que matar alguém agora, em vez de pegar um dos cadáveres de mais cedo. Foi difícil achar uma virgem, eu poderia ter pego uma criança ou um bebê, mas os órgãos não estão completamente formados.

Olhei-a enojado e ela riu.

-Por que fazer isso? – Alex perguntou pela primeira vez, olhei-a tenso, não queria que chamasse atenção para si mesma. – Por que ser má?

-Má? – Storm a olhou curiosa. – É isso o que pensa de mim? Querida, não há uma coisa boa e a outra má, todos somos os dois.

-Não, você mata sem remorso algum.

-Por que matar é fácil e todos vão algum dia, não tem nada de errado em acelerar o processo. – Deu de ombros dando uma lambida nos dedos sujos de sangue.

-É doentio. – Espremi os lábios, por que Alex não calava a boca?

-Isso é parte da sua natureza humana, eu sou um demônio, desliguei minhas emoções inúteis. E é por isso que eu vou ganhar no final, penso racionalmente, sem emoção nenhuma para me atrapalhar, faço o que tem que ser feito. – Se ergueu e olhou para o chão analiticamente.

-Você disse que todos somos bons e mals, mas você é totalmente má. – Alex rebateu corajosamente, Storm piscou para ela com um sorriso divertido.

-E por que você acharia isso?

-Você acabou de matar alguém.

-Eu matei milhares de pessoas. – Ela concordou.

-Sem nenhum motivo.

-Na verdade, eu tive um motivo, não há nada mais puro que sangue de inocentes. – Ela pareceu citar se aproximando de Alex. – A magia mais pura, minha querida, é aquela dentro do ser humano, por isso muitos faziam sacrifício humano nos meus dias. Os próprios Volturis foram isso e graças ao sacrifício deles, você tem seu poder hoje em dia. – Se agachou na frente dela analisando-a.

De repente a mão de Alex voou para o pescoço de Bella. Meu estômago rodou no mesmo instante assistindo as duas.

-Você é estúpida? – Storm riu e moveu a mão para agarrar Alex.

Para a surpresa dela (e minha) sua mão parou no ar, como se... Tivesse sendo controlada. Arregalei os olhos ao percebe que o poder de Alex estava fazendo efeito em Bella.

Como isso era possível?

-O que...?- Storm olhou para a mão que tremia, mostrando que estava lutando contra Alex. – Você tem o sangue dos Swan. – Olhou para Alex enquanto ambas se erguiam.

-Sou filha de Arthur, seu tio, o que nos faz primas, então sim, eu sou uma Swan. – Olhei-a chocado.

Como eu não sabia disso?

De repente, tudo sobre Alexandra ficou claro para mim, o motivo para o general considera-la seu possível sucessor, Alex tinha sangue Swan. E sendo filha de Arthur, o segundo mais velho, ela era a terceira na linha sucessória.

-Devo admitir, devia ter percebido, é meio obvio agora quando se olha as memórias de Bella. – Storm deu um forçado passo para trás.

-E agora você perdeu, justamente por alguém com morais e sentimentos. – Alex rebateu quase orgulhosa.

-Sabe quão velha eu sou? Nasci em uma época que o rosto humano de hoje era bem diferente, mais animalesco. Eu acompanhei a evolução da raça humana até o atual rosto. – Engoli a seco ao seu tom, o que ela falava implicava que havia nascido na época dos nossos antepassados e isso era há muitos milênios atrás. – Quando conheci os Volturis, já havia andado por essa terra por muito tempo.- Acrescentou olhando para Alex tranquilamente.

-E? – Alex olhou-a carrancuda.

A mão de Alex que prendia o pescoço de Storm saltou para trás com força. Em um piscar de olhos, Storm estava a prendendo por trás e puxando seu cabelo para expor o pescoço de Alex.

-Você acha que uma criançinha pode me vencer? – Ela zombou e empurrou Alex com força na mesa, fazendo-a bater a cabeça. Olhei-a alarmado, enquanto começava escorrer sangue do ferimento em sua testa. – Por favor. – Storm murmurou erguendo uma sobrancelha. – Ao menos começou a sangrar, que é justamente o que deve fazer. – Acrescentou sorridentemente para mim.

Olhei-a horrorizado.

-Ah não me olhe assim, ela praticamente me pediu para ataca-la. – E deu uma risada, enquanto pegava o corpo de Alex.

Porra...

Athenodora P.O.V

Arrombei a porta e entrei esperando por mais, entretanto , meu queridos já haviam dado um jeito.

-O que você está fazendo aqui? – Caius me olhou furioso.

-Por favor. – Zombei sem dó nenhuma do meu marido vampiro.

-Mulher teimosa. – Rosnou para mim antes de me dar um beijo, ri contra seus lábios.

-Enquanto eu aprecie que estejam se amando em vez de tentar se matar, o que exatamente está acontecendo? – Aro perguntou esfregando os pulsos.

-O que você acha, meu amor? – Sulpicia respondeu encostada na porta. – Estamos libertando vocês.

-Eu pude percebe isso, querida. – Aro sorriu cortesmente, enquanto se aproximava da companheira. – Me refiro ao que fizeram com minha irmã. – Acrescentou segurando a mão de Sulpicia.

Troquei um olhar com Sulpicia.

-Não estou brincando, nós dois estávamos sendo contidos pelo poder dela e de repente isso parou. – Aro falou novamente estreitando os olhos.

-Foi durante os gritos lá fora. – Caius acrescentou me abraçando pela cintura.

-Foi Marcus, ela deve ter sentido quando... – Sulpicia olhou para mim.

-Sentido o que?

-Quando ele liberou Lyanna do dever de ser protetora de Didyme. – Ela respondeu ao companheiro.

Aro de repente ficou pálido, uma reação não muito comum, mas aceitável. A esposa que o odiava e a irmã trabalhavam juntas contra ele.

-Nós...

-Ok, antes que você vá: vamos matar minhas inimigas. – Emmett Cullen apareceu do nada, coberto de sangue. – Sua ex-esposa é uma sacerdotisa de sangue que vai exorciza Storm.

-Como? – Aro o olhou com uma careta. – O que te garante que ela os ajudará?

-Marcus.

-E você acreditou em Marcus?- Aro rosnou para Emmett. – Estamos falando da mulher que ele ama, minha irmã! Ele nunca participaria de algo para prejudica-la, a protetora é a única coisa que a impedia de morrer, eu acho difícil de acreditar ele ajudaria. – Aro passou pelo corredor.

-Você não vai mata-la! – Emmett exclamou de repente.

-Sim, eu vou. – Aro se virou para ele com os olhos negros. – E então eu vou matar Storm, por que ao contrario dos Cullen, os Volturis não deixam as emoções ficarem no caminho quando se trata de salvar a maioria.

-Não é para salvar a maioria, é para salvar a sua bunda. – Olhei para Emmett surpresa, Caius ficou estranhamente calmo ao meu lado.

E eu continuei de olho em Sulpicia, nós duas tínhamos previsto isso.

Bem, não exatamente isso.

-Onde está sua esposa, Emmett? Eu pensei que ela o amor da sua vida, por que exatamente está brigando comigo sobre a vida Isabella?

-Ai que está, minha esposa sumiu e os demônios provavelmente a tem, destruindo eles, eu a salvo.

-E se ela já está morta? Não iria querer destruir Storm para sempre?

-Ela não está, mas valeu a tentativa. – Emmett sorriu sarcasticamente para Aro e pisou na frente dele.

-Bella está condenada desde do começo, quem não me garante que ela não será possuída novamente?

-Ela é noiva de Edward, irá ser vampira. – Emmett rebateu rapidamente.

-Por favor, acha que somos crianças? – Aro riu na sua cara. – Ninguém aqui caiu no teatrinho de casamento. Namoro talvez, como os humanos adoram fazer hoje em dia, mas é algo fugaz, nada garante que ela realmente irá querer ser vampira.

-Eu não deixarei você acabar com todo o plano! – Emmett empurrou Aro.

-Você mexeu com a pessoa errada, rapaz. – Aro rosnou e foi para cima de Emmett.

Sulpicia rapidamente foi para o lado de Caius e agarrou o braço dele ao mesmo tempo que fazia o mesmo no outro lado. Caius no olhou com o cenho franzido enquanto tenta se soltar, mas nós duas havíamos sido transformadas diretamente por eles, éramos mais fortes que vampiros normais e juntas poderíamos contê-lo.

Olhei para Emmett Cullen lutando com Aro, o poder desse Cullen em particular era extra-força e eu podia ver que ele era um oponente poderoso contra Aro.

Mas Aro Volturi tinha três mil anos sobre o garoto Cullen, não importa se Emmett fosse forte, não era o suficiente e também não era tão rápido. Então dentro de alguns minutos vimos Emmett Cullen de joelhos com Aro segurando sua cabeça por trás, prestes a arranca-la.

-Pare! – Jane rosnou e Aro soltou um grito. Nicolas rapidamente empurrou Aro para o final do corredor, perto de nós.

-O que está fazendo? – Caius a olhou indignado tentando se soltar de nós duas.

-Protegendo meu colega de clã. – Jane parou na frente de Nicolas e Emmett. – Não há como matar Emmett sem ter que matar a mim e Nicolas antes.

-Você só pode estar de brincadeira. – Aro gruiu se levantando. – Vocês tem lutar para salvar o mundo! O líder dos demônios está lá fora prestes a invocar o apocalipse!

-Eu fiz um acordo com Bella, aliais, nós dois fizemos um acordo de proteção. – Jane respondeu apontando para Nicolas.

Estreitei os olhos, aquilo tudo era muita coincidência. Os únicos na cidade que eram profissionais em caçar demônios haviam feito um acordo de proteção a Bella, a mulher que acabou por ser possuída por Storm. Coisa que estava destinada a fazer desde que nasceu.

Aquilo me cheirava a Didyme.

-Estamos em um impasse, então. – Comentei largando Caius, com Jane bloqueando a saída não tinha jeito que poderíamos sair.

-Como assim? Somos quatro, mulher. – Aro me olhou incrédulo.

-Eu não vou brigar com Jane. – Rebati cruzando os braços.

-Nem eu, querido. – Sulpicia concordou se apoiando na parede e olhando indiferente.

-Tantos séculos para concordarem em algo e elas decidem fazer hoje! – Aro resmungou para Caius.

-Parece que os portões do inferno se abriram na terra no final das contas. – Caius me olhou zombeteiro.

Olhei para Sulpicia entediada.

-Vocês estão do nosso lado? – Emmett perguntou do outro lado do corredor.

-Não, estamos cuidando deles. – Sorri falsamente para eles. – Jane, querida, obrigada por me poupar o trabalho.

-Eu deveria te matar, mulher. – Caius me olhou mal humorado, parecia uma criançinha birrenta.

-E perde a "luz de sua existência"? – Parafraseei o que havia me dito anos antes em tom de zomba. – Você tem sorte de que não resolvi ajudar Didyme, isso sim.

-Você sabia que ela estava viva, o tempo todo. – Aro me olhou carrancudo. – E você também não é Sulpicia?

-Culpada. – Sulpicia deu de ombros, enquanto sorria para si mesma.

Pude percebe o olhar incrédulo de Emmett do outro lado do corredor, Nicolas parecia divertido e Jane terrivelmente entediada.

Pobres coitados, teriam que nos ouvir discutir relação a essa altura do campeonato. Na delegacia de policia que fedia a sangue de demônio, enquanto Storm invocava o feitiço para dar a essência do vampirismo aos demônios.

Espero que consigam vencê-la antes que Aro e Caius inventem algo para escaparem.

Alice P.O.V

Entrei na sala praticamente arrombando a porta com Rose me seguindo completamente confusa. Esme me olhou surpresa, mas ignorei-a seguindo diretamente para a copia de Carlisle.

-Há mais alguém! – Rosnei para ele que sorriu divertido. – Quem?

-Como assim alguém mais? – Esme perguntou trocando um olhar com Rose.

-Pense sobre isso! – Exclamei para ela irritada. – Desde do inicio, desde que chegamos, tem alguém manipulando as coisas! Não só Carlisle que nos fez perde a desconfiança de Bella por meses! Ele não poderia ter feito tudo sozinho! As crianças videntes, se lembram como chegamos a elas? Edward foi atrás de Coron e o encontrou morto, alguém havia o matado!

-Foi determinado que foi obra dos lobisomens.

-Mas ele foi morto enforcado! – Exclamei para Rose. – E Edward seguiu a pista para um succubus que havia avisado ao policial, por que uma voz em sua cabeça havia feito, bruxaria! – Rosnei para Carlisle. – Sem contar que apenas um bruxa poderia chamar James, Carlisle aqui me contou por si mesmo. – Me inclinei em direção a Carlisle que me olhava entediado.

-Edward disse que a bruxa era amadora... Que tentou fazer o succubus esquecer tudo, mas falhou. – Esme murmurou de repente.

-Alguém alterou o destino de Forks nesse momento. Quem é? – Olhei para Carlisle que simplesmente negou com a cabeça.

-E antes que tente Rose, seu poder não está mais tão forte por causa do efeito das ervas, eu posso lidar com sua hipnose, então não se dê ao trabalho. – Carlisle acrescentou para a loira.

-Oh... – Esme murmurou recebendo o olhar de todos.

-O que? – Rose murmurou para ela.

-Muitos confundem succubus com demônios... – Ela comentou franzido o cenho. – Ela pensou que poderia controlar demônios, logo controlaria o succubus.

-E?

-Você não vê, ela escolheu James, que estava quase morto na escola. – Esme olhou para nós. – Seu filho da mãe.

Pisquei tentando entender o raciocínio dela.

Veronika P.O.V

Fiz uma careta para o chão, enquanto me forçava a levantar. Alguém me estendeu a mão, olhei para cima vendo Will, me olhando preocupado. Aceitei a mão, enquanto olhava para o circulo ansiosa.

-Funcionou? – Perguntei para todos.

-Se funcionou? – No viramos para a porta, eu vi uma mulher desconhecida nos olhando furiosa. – Eu posso garantir que sim. – Ela pisou dentro do quarto.

Olhei ao redor, meus primos estavam se erguendo a olhando cautelosos, Edward havia ido embora quando tudo isso começou deixando o vampiro que havia transformado Victoria.

-Didyme. – Ele falou pisando na frente de todos.

-Como você pode fazer isso? – Ela olhou traída?

Olhei para Henry confusa, ele apontou para Lyanna no chão, que parecia completamente desorientada junto com Sasha. Ergui o olhar para o meu primo e ele acenou, imediatamente entendi o que ele queria.

Comecei a falar mentalmente o feitiço em minha mente, pude sentir a conexão mágica com meu primo enquanto feitiço era realizado. O poder pareceu subir pelos meus dedos, entrando em meu sangue antes...

Lyanna soltou um grito.

Mas a fumaça a circulo junto com Sasha antes de sumir no ar.

-O que fizeram? – Didyme rosnou para nós. – Para onde a mandaram?! – Seus olhos negros brilharam para nós, ela era uma vampira.

-Acabou. – O vampiro ficou na frente dela, ela o olhou com o cenho franzido em revoltada.

-Nunca, eu quis te manter longe disso, Marcus, você não me dá outra alternativa. – Ela voou para cima dele.

Foi como se eu tivesse piscado, mas de repente ela estava na frente do vampiro, mas sendo segurada por trás por...

Victoria?

Ela não tinha morrido?

A ruiva puxou o cabelo de Didyme, puxando-a para trás e a empurrando porta fora.

-Saiam! – A ruiva ordenou nos encarando com os olhos vermelhos brilhantes, antes de sair.

O vampiro deu um passo para segui-la, mas se virou para nós.

-Vá atrás de Sasha. – Ordenou aos vampiros que acenaram, eram Fred e Bree, seus nomes, pisquei sem querer olha-los, me deixava enojada por algum motivo. – Vocês sabem o que fazer. – Ele nos olhou, antes de sumir.

-Nós sabemos? – Pam me olhou hesitante.

-Temos que ir ao encontro de Anna, a outra Bella... – Parei de falar bruscamente, minha cabeça começou a doer, engasguei caindo de joelhos enquanto apertava os lados de minha cabeça.

-Veronika? – Ouvi alguém ao meu lado, mas presença bruscamente, como se tivesse sido empurrado.

Olhei para cima confusa e tudo o que vi foi Emily.

Me olhando com um brilho estranho nos olhos.

-Vocês já se intrometeram demais. – Arregalei os olhos quando ela falou com um sorrisinho de lado.

Ela esticou a mão em minha direção.

E tudo ficou escuro.


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