Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 44
Capítulo 43 - Storm


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ;*



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Esse capitulo é dedicado a moniquita, por sempre estar deixando uma review para mim, obrigada pelo carinho amore ;*

Antes de começar a ler, caro leitor, me faça um favor? Me diga, qual é sua maior curiosidade em Bloody Lips? Qual é o segredo que você mal pode esperar para descobrir?

Obrigada pela atenção.

Boa leitura.

Capitulo 43.

Storm

Edward P.O.V

Isso não podia estar acontecendo!

Era o rosto dela, o sorriso dela, a voz dela.

—Eu não acho que saibam meu nome. – Ela piscou e os olhos voltaram ao normal, aos de minha Bella. – Eu sou Storm. – Virou para o lado casualmente e caminhou pensativa. – Como as memórias de Isabella me permitem saber quem é quem, não há necessidade para mais apresentações.

—Por que nos trouxe aqui? - Perguntei bruscamente, olhando ao redor. – Você sabia que não haveria tempo para nós a alcançarmos, mas fez Angela nos trazer para cá.

—Ah sim! Muito útil, obrigada pela cooperação, doçura. – Sorriu psicoticamente para Angela, que apenas a olhou sem qualquer reação. – Sempre fazendo o certo, filha, merece sua liberdade. - Ergueu a mão.

Veronika e Henry voaram cada um para o outro lado do corredor e ficaram presos na parede. Os olhos de Angela ficaram azuis claros e lentamente voltaram para a cor castanho, enquanto uma fumaça sai de sua boca, era o demônio Irina. Ela desmaiou no chão e o demônio sumiu no ar.

—Me perdoem se minha técnica estiver enferrujada, eu dormi por um tempinho e ainda estou me acostumando com o novo corpo. – Apontou para si mesma. – Aliais, não se preocupe, Edward, farei um excelente uso dele. – Piscou para mim, tentei avançar, mas algo me prendeu no lugar. Era o escudo, ele podia se moldar as coisas para protegê-las, então podia prendê-las, é claro. – Não seja um mal garoto. – Zombou para mim.

—Onde está Bella? – Nessie perguntou de repente, Storm se virou para ela.

—Perdão? – Perguntou divertida.

—Onde está Bella?

—Aqui. – Deu de ombros olhado para si mesma. – Gritando e tentando sair, mas é inútil. Poderia deixa-la inconsciente, eu suponho, porém, é mais divertido vê-la desesperadamente tentar se liberta.

Rosnei tentando vencer o poder dela. Mandei meu poder telepatico nela, pude sentir quando atingiu seu escudo mental e no mesmo instante ela riu.

—Isso não funcionou com esse corpo antes, amorzinho, por que funcionaria agora? – Me olhou pervesamente. – E nem tente, Vanessa, queridinha, não somos mais relacionadas. Na verdade, você é humana agora.

Em menos de um milésimo de segundo ela estava na frente de Nessie com a mão em torno de seu pescoço. Jake tentou ataca-la, mas com um gesto de mão, o escudo lhe veio e mandou Jacobb para longe, ao meu lado para ser preciso.

—Humana, hã? – Nessie falou engasgadamente sob o aperto.

—Sim! Exatamente o que você queria no começo, lembra? – Puxou o rosto de Nessie para perto. – Mas acho que agora gostaria de ser uma semi-demonia, certo?

—Vai ser foder... – Nessie murmurou.

—Ow! Eu gosto de você. – Storm riu alegre. – Eu poderia ter um bichinho de estimação. – Olhou sobre o ombro. – Mas seu companheiro lobo ali não iria gostar disso, não é mesmo?

Quando ela virou o rosto para Nessie, ela espirrou algo em seu rosto e Storm soltou um grito que me alertou imediatamente. Era água benta.

Storm a largou bruscamente no chão enquanto cobria o rosto com as mãos. Aquilo não duraria muito tempo, ela ainda estava fraca, caso contrario não a teria afetado tanto.

—Desculpe, cadela, mas não me dou bem com criaturas possuindo minha melhor amiga. – E Nessie espirrou ainda mais água no rosto dela.

O rosnado que veio de Storm foi assustador. Nessie deu alguns passos para trás subitamente assustada.

De repente, eu vi que estava livre.

—Sumam daqui – Ordenei para os bruxos e Jake e corri para as duas, empurrei Storm para os armário e agarrei Nessie. -SAIAM! – Berrei para os outros, os bruxos finalmente entenderam e fizeram um feitiço de teletransporto com Jake e o corpo de Angela, enquanto eu fugia pela outra saída com Nessie sobre o ombro.

Peguei meu celular e rapidamente digitei para todos os contatos.

Igreja. Agora.

Alice P.O.V

Olhei para a mensagem de celular e suspirei, olhei para o general Swan e seu irmão. Ambos estavam olhando para o monitor do computador tentando todos os contatos para ajuda.

—É inútil. – Falei por fim, ambos me olharam. – Não vão achar Bella.

—Você poderia ter dito mais cedo? – Arthur me olhou sarcástico, mas Charlie só ficou me olhando.

Ele tinha entendido.

—Era uma distração, não? Você ficou para ter certeza de que ficássemos aqui. – Ele estreitou os olhos.

—Eu precisava que ficassem na igreja. – Concordei com um aceno, estávamos todos no subterrâneo da igreja. Território sagrado.

—Por quê...? – Mas Charlie já sabia a resposta. – É tarde demais, não é mesmo? – Soltou em um único fôlego e largou a papelada, enquanto se deixava cair na cadeira, ficou olhando para a mesa em choque. – Ela...?

—Sim... – Engoli o nó na garganta. - Ela se foi, Charlie.

Algo veio em minha direção, fiz uma careta ao sentir meu braço se entortando em um ângulo estranho. Era o General que causava isso, e apesar de saber que isso aconteceria não o impedi. Acho que parte de mim pensava que eu merecesse.

—Por que fez isso? Por que não nos avisou? Por que não nos deu uma chance de impedir?! – Se levantou furioso e caminhou até mim.

—Irmão. – Arthur tentou acalma-lo, eu ainda era uma Cullen.

—ME RESPONDA!

—Por que não existe versão disso que ela não seja possuída! – Exclamei entre os dentes. –Não importa o quanto eu tente mudar, ela sempre termina possuída.

O poder sobre o meu braço parou, suspirei e olhei para Charlie Swan, os olhos estavam vermelhos assim como seu rosto, ele tinha lagrimas nos olhos. Ele era um homem duro, capaz de se controlar, mas não acho que ele queria se controlar agora, aquela era sua menininha virando uma inimiga mortal.

—Mas podemos derrota-la e ainda deixar Bella viva. – Me aproximei ansiosa. – Quando entendi que não tinha como impedir, comecei a trabalhar em uma maneira de resolver o problema. Derrotar o demônio e liberta Bella.

—O que? – Eles me olharam levemente desamparados.

—Não vai ser fácil, tudo é muito delicado e muita dor virá, mas podemos parar Storm.

—Storm? – Ambos gaguejaram.

—Os Volturis a matarão. – Arthur murmurou para Charlie.

—Não, eles não vão. – Repliquei determinada. Olhei para o relógio. – Escutem, vocês não irão me ver por um tempo, mas acredite vai ficar tudo bem.

—Aonde você vai? – Engoli a seco ao ouvir a pergunta de Arthur.

—Diga ao meu marido "Viva aos Russos". – Falei sobre o ombro e sai correndo.

Eu tinha que impedir a morte de Rose.

Athenodora P.O.V

Abri a porta da sala e olhei para o guarda.

—Olá, querido. – Cumprimentei com um sorriso. – Onde está a comida?

—Deixe-me ver, senhora. – Puxou o celular imediatamente. – Heidi?

O sorriso desapareceu do meu rosto, enquanto ouvia as noticias de ataques acontecendo. Era lua cheia depois de tudo e os lobisomens estavam a solta, cheios de rancor. Ainda mais depois do que Thomas fez.

—Vá ver o que precisam. – Ordenei antes de fechar a porta e girar o trinco. – Começou. – Anunciei a Sulpicia.

—Bom. – Ela disse colocando duas facas na bota. – Sabe o que fazer?

—Não sou estúpida.

—É casada com Caius. – Ergueu a sobrancelha.

—E você é companheira de Aro, se formos comparar níveis de estupidez, você ganha. - Rebati acidamente.

—Me poupe. – Retrucou com um sorriso falso. Apertou uma trava atrás do quadro.

Esme Cullen havia me entregado o mapa de passagens secreta dos Cullen meses atrás. Enquanto Carlisle havia cuidado da primeira mansão, foi ela quem havia cuidado da construção da segunda.

—Eles virão para nós em duas horas. – Sulpicia anunciou. – Boa sorte.

—Eu não preciso de sorte. – Sorri ironicamente e ela revirou os olhos.

Então sumiu pela passagem, eu iria para o outro lado.

Os demônios invadirão a base Cullen, era o primeiro alvo sem sombra de duvida. Eles queriam nós, as mulheres Volturis.

Porém, no instante que abrissem a porta seriam explodidos.

Travei a passagem e pulei no poço a direita, o lado oposto de Sulpicia.

Estava na hora de começar o plano.

Neal P.O.V

Ouvi o grito de Thomas na sala, Leila apareceu na porta pálida.

—A menina? – Perguntei me erguendo da mesa cozinha com Sue e Leah já havia disparado para a sala.

—Ela ainda está sedada, o efeito é maior nela por ser humana, Seth esta com ele. – Gaguejou saindo da cozinha comigo logo atrás. – Essa é a primeira transformação, não?

—A mais dolorosa. – Sue concordou parando perto dele.

—Mãe, não é seguro ele se transforma sozinho, o pai deve estar atrás dele! – Seth exclamou enquanto Leah carregava o cara em agonia para fora, fui rapidamente para o seu lado ajuda-la.

—Ele já se transformou antes! – Exclamei colocando seu braço sobre meu ombro e o arrastando para fora com ela.

— Não foi ele, foi o pai dele.

—Mas ele já se transformou antes! – Teimei saindo na varanda.

—Ela tem razão, de alguma forma, foi o pai dele, magia é complicada. – Leila comentou na porta.

—Eu vou guiar ele. – Leah olhou para nós, enquanto eu voltava para as mulheres, não era seguro ficar perto.

—Eu também vou. – Seth disse saindo.

—Não! – Sue o puxou em umm lamento.

—Mamãe tem razão. – Leah segurou Thomas nos braços parecendo aflita. – Três chamara atenção demais, eu cuido disso, proteja os que estão aqui. – Olhou ansiosa, enquanto puxava o lobisomem no braços, eu podia ver os primeiros sinais da transformação. Pisei na frente de Leila e Sue, só por garantia. – Por favor, Seth.

Tudo bem, vai! – Seth suspirou impaciente. – Tenha cuidado.

Entramos na casa e ficamos esperando na sala, eu podia ouvir os sons horríveis lá fora. Até que tudo ficou em silêncio.

Um longo uivo se ouviu lá fora.

Olhamos para a porta prontos para atacar se ele viesse para nós.

Mas eu ouvi outro lobo, Leah, ouvi também rosnados e sons de dois corpos rolando em uma espécie de briga antes de tudo cair no silêncio.

—Eles se foram. – Seth anuncio se deixando cair no sofá.

Ouvimos uivos a distancia.

—Eles vão ficar bem? – Leila perguntou preocupada.

—Minha filha conhece esse lugar com a palma da mão. - Sue se tranquilizou.

—E se algo acontecer, Jake vai sentir. – Seth acrescentou.

—Por que três chamaria atenção dos lobos? – Perguntei intrigado Seth se moveu desconfortável.

—Bem, se os lobisomens os virem, vão supor que são companheiros na lua cheia. Os lobisomens não pensam muito nesse dia do mês e automaticamente os deixarão em bem, é meio que uma regra. Se eu fosse, pensaria que somos um grupo e se aproximariam, reconheceriam o cheiro e ai não ficaria bonito.

—Então vão deixar eles em paz por que acham que são um casal indo fazer bebês? – Leila ergueu a sobrancelha, Seth se mexeu desconfortável.

—Algo assim.

—Não importa, eles estarão bem. – Sue se ergueu, ela tinha que acreditar nisso se quisesse continuar. – Leila, querida, vamos continuar nosso trabalho.

O telefone da casa tocou ao mesmo que meu celular recebeu uma mensagem.

Seth me olhou antes de atender o telefone, quase que hesitantemente.

Suspirei e olhei para o meu celular.

Lá vinha problema.

Emmett P.O.V

O que estava acontecendo? O que Alice estava fazendo? Por que o "sinto muito"? O que...?

E por que Rose não atendia a porra do telefone?

—Emmett! – Jane rosnou ao meu lado, pisquei para ela. – Precisamos nos concentrar.

—Rose...

—Ela precisa que você fique vivo. – Ela replicou, disquei o numero de minha mulher novamente. – Não sabemos por que Alice mandou a mensagem, provavelmente por causa do que está nos atacando! – Ela rosnou apontando para a porta. – Esse pedaço de madeira não quer abrir!

Bufei me virando para Niko, ele estava na janela.

—Viu alguma coisa? – Perguntei digitando o numero de Edward.

Ele tinha me mandado um "Igreja. Agora", mas não é como se eu pudesse ir lá preso na mansão assombrada.

Quando tudo aconteceu, Madeleine saiu correndo para sabe-se lá a onde e nósresolvemos sair pela casa para descobrir o que diabos acontecia. Estava tudo bem, até Jane escutar algo se mover em minha direção, me empurrar para dentro de um quarto (eu estava distraído com o meu celular) com Nicolas e nos trancar lá. O problema foi quando tentamos sair, nem minha força anormal conseguiu mover a maldita porta.

E aqui estamos.

Os três mosqueteiros presos na porcaria do quarto com sabe-se lá o que lá fora. E Edward não atende o telefone!

—São duas criaturas. – Nicolas falou de repente.

—O que?! - Tanto Jane quanto eu exclamamos.

—Escutem. – Apontou para o ar. – Tem um animal lá fora tentando entrar, o que significa que tem algo aqui dentro bloqueando.

—Esse "algo" tentou me atacar, logo não é boa coisa. – Rebati olhando para a porta, onde Jane escutava cautelosamente.

—Talvez por que sejamos vampiros, ou seja, não fazemos parte das bruxas. – Jane argumentou. – Pode ser um sistema de proteção para os moradores, isso explicaria a reação de Madeleine.

—Não seria estupidez atacar os convidados? – Ergui a sobrancelha.

—Mas não somos convidados, nós apenas entramos na casa e fomos agressivos. – Nicolas olhou para esposa que revirou os olhos.

—Então estamos ferrados tanto aqui dentro quanto lá fora? – Olhei para os dois incrédulo.

Um som estranho se fez atrás de mim e todos olhamos para trás. Uma espécie de fumaça púrpura surgiu e cresceu até se transforma em chamas violetas.

Quando as chamas sumiram no ar, a surpresa surgiu.

Jacob Black estava no meio da sala com Angela (Irina para os intimos) nos braços e os dois bruxos Karlec: Veronika e Henry.

—Que diabos é isso?! – Exclamei revoltado pela loucura da situação.

Rose P.O.V

Mas que droga! Por que?! Por que?!

Eu estou sendo perseguida por demônios em noite de lua cheia! E os uivos de lobisomens ao longe só pioram todos os meus sentidos.

Meu alarme interno já quebrou de tanto perigo que está me circulando.

Corri com tudo o que tinha pela floresta, Alice havia parado de mandar mensagem. A ultima que recebi foi a de Edward com um inútil "Igreja. Agora".

Sério! Seria uma excelente ideia ir a igreja, exceto que eu estava no caminho oposto de Forks a essa altura do campeonato, se eu voltasse seria pega. Por que eu poderia com cinco demônios, sou excelente lutadora e tenho meu poder ao meu favor.

Agora um grupo de vinte? Com sabe-se lá que poder desconhcidos? Eu vi o que Angela poderia fazer quem sabe o que os outros são capazes.

Eu sou corajosa, mas não sou estúpid-

Algo bateu em mim, me fazendo desequilibrar e rolar morro abaixo com meu atacante.

—Argh! – Exclamei quando bati contra o chão, olhei para cima pronta para atacar.

—Sou eu! – Alice exclamou se erguendo aos tropeços. – Me dá o seu celular!

—O que?

—Agora! – Joguei meu celular imediatamente.

Alice graciosamente o agarrou no ar e se virou, jogando o aparelho com toda a força possível contra uma arvore. Olhei-a incrédula, por que ela tinha destruído meu celular?

—Mas...

—Vamos! – Ela exclamou agarrando meu braço e acelerando.

—Por que fez isso?- Exclamei enquanto corria.

Ela não me respondeu, um rosnado soou do meu lado direito e eu fui empurrada. Ergui a cabeça, vi Alice presa ao chão tentando impedir a criatura de abocanhá-la.

Era uma daquelas criaturas da batalha, uma espécie de demônio em forma animal. O veneno daquele bicho era assustador, eu lembro de como todos ficamos quando Edward foi mordido.

Rapidamente agarrei o pêlo da criatura e puxei, mandando-o para a arvore atrás de nós. Me virei para Alice estendendo a mão para ajudar se levantar, quando ouvi o som de algo cortando o ar.

Agarrei o dardo no ar automaticamente. Demorou menos de um segundo para sentir a queimação. Rosnei abrindo a mão e vendo que o dardo tinha varias pontas.

Eu havia sido envenenada.

Senti um puxão nos meus pulmões, eu acho que isso era a sensação de sufoco, não tinha como ter certeza, fazia muito tempo que não precisava de ar. O engasgo de Alice mostrava que ela também tinha sido envenenada.

Cai de joelhos no chão.

—Ora, ora, o que temos aqui? – Olhei para cima desorientada.

Vi o ultimo rosto que esperar ver.

James.

Nessie P.O.V

Fui colocada no chão com delicadeza, Edward me entregou o celular para que eu pudesse iluminar o caminho. O aparelho tinha tocado um monte de vezes, mas ele ignorou todas as chamadas.

—Por que paramos?- Perguntei sem fôlego, era uma experiência completamente diferente andar na velocidade vampirica quando se é humana.

Oh Deus! Eu sou humana!

—Se acalme... – Edward falou para mim distraidamente, enquanto andava para lá e pra cá.

Bella...

—Oh Deus... – Murmurei me apoiando na arvore, levei a mão ao rosto em desespero, eu estava trêmula. – Diga que podemos tirar aquela coisa dela? Por favor! – Olhei para Edward, sentindo uma queimação nos olhos. Por favor, diga que vai ficar tudo bem.

—Bella vai ficar bem. – Ele de aproximou de mim, a determinação em seus olhos me deixaram um pouco aliviada. – Nós vamos tirar aquilo dela.

—C-Como? – Gaguejei apertando o celular em minha mão, ele colocou a mão em meu rosto.

—Eu não faço ideia. – É o que?!— Temos que te tirar daqui.

—O que? Por que eu sou humana? – Olhei-o revoltada.

—Por que se Storm te encontrar, ela vai te matar. Você é o elo fraco agora, Nesssie. – Edward suspirou esfregando a mão no rosto, ele parecia estar se concentrando para manter a calma.

De repente eu percebi que Bella não era só minha mãe/melhor amiga/irmã, ela era o amor desse homem na minha frente.

Eu quis me bater por estar sendo consolada por ele, em vez de ser o contrario.

—Hey... – Segurei sua mão. – Tenha fé no que disse, vamos dar um jeito. Sua família é uma versão dos x-men vampiracos, nós podemos fazer isso.

Edward me olhou por um instante, como se não me enxergasse.

—Você vai ter que sair da cidade.

Parei de sorrir.

O que?!

Ouvi um estraloa atrás de mim e me virei rapidamente assustada. Iluminei o caminho rapidamente e vi...

Vi a ultima coisa que eu esperava ver.

Athenodora P.O.V

Olhei-o mal humorada, eu não gostava de ficar acorrentada.

—Me solte. - Rosnei inconformada.

—Não. – Caius rosnou para mim. – Você saiu do esconderijo!

—Você acha mesmo que eu estaria segura lá? – Ergui a sobrancelha.

—Bem, esse lugar é seguro. – Ele olhou para o mar.

Estávamos em uma gruta, lugar adorável, com o cheiro de água salgada no ar. O sol começava a nascer ao longe e seria romântico se Caius não tivesse me prendido em correntes de prata!

—Me solte. – Rosnei baixinho.

—Não, querida. – Caius respondeu com um risinho cínico. – Você não deveria ter me desobedecido, agora, eu não confio em você.

—Depois de quase dois mil anos você ainda...

—Exatamente! Tem sido dois mil anos, eu lhe conheço muito bem, Athenodora. – Ele agachou a minha frente, torci a boca indignada. – Não fique assim, meu amor, logo a tirarei daqui. – Apontou para a caixa ao meu lado. – Bolsas de sangue, não é tão bom quanto o fresco mais vai servi.

Rosnei tentando toca-lo, ele se afastou rapidamente, Caius ainda era mais rápido. Meu marido teve o disparate de me olhar decepcionado. Ele sabia bem que se minha mãoo tocasse, eu o faria esquecer o motivo para estar me prendendo.

—Não me venha com um olhar magoado, você é quem está me traindo.

—É nosso eterno ciclo, amor. – Deu de ombros sem remorso nenhum. – Sempre trair um ao outro, é o nosso joguinho particular.

—Não quando envolve a sua vida! – Exclamei irritada.

—E sobre a sua? Eu não sou estúpido! Você não tem consideração nenhuma a si mesma se significa me manter vivo! – Revirei os olhos indignada. – Não pense nem por um segundo que não sei que anda escondendo algo.

—E cadê Aro para me força a dizer a verdade? – Cuspi de volta.

—Imagino que goste de sua privacidade.

—Essa é nova... – Desdenhei revirando os olhos.

—Não seja assim, querida. – Arrumou a jaqueta e me olhou maliciosamente. – Você ainda ficou comigo por livre e espontânea vontade todos esses anos.

—Exatamente, e não vou ficar aqui vende-o arriscar a própria vida!

—Pare com isso, minha vida dificilmente correrá perigo, eu sou um Volturi.

—Sua inimiga também é uma Volturi, Caius! Didyme não é alguém com quem se brinca!

—Eu conheço Didyme melhor do que você, querida. Desde que eramos apenas um bando de humanos, para ser preciso.

—Pessoas mudam.

—Dificilmente sua essência muda, sempre se volta a cometer o mesmo erro. É o ciclo da vida, mulher, somos imortais isso fica bem claro depois de alguns séculos. – E começou a caminhar para fora.

—Caius! – Gritei puxando as correntes, ele me ignorou. – Eu juro por tudo que há de mais sagrado, quando eu sair daqui...

Ele apenas riu.

Soltei um gruído frustrado e deixei minha cabeça bater contra a parede.

Olhei para o teto, ouvindo-o o sumir, quando não pude mais ouvir seus passos deixei um risinho escapar.

Aquilo havia sido um mal necessário.

O sorriso sumiu do meu rosto quando eu percebi o que aconteceria a seguir.

Jane P.O.V

Bati a cabeça contra a parede entediada. Estava nessa posição fazia duas horas (eu na verdade contei), sentada no carpete no canto do quarto esperando.

Tínhamos um daemon na casa, segundos os bruxinhos. Um espectro que lembra os demônios, exceto que ele não se alimenta de sentimentos negativos. Pelo o que sei eles podem variar em sua natureza, sendo tanto bom quanto mal.

O que está nessa casa foi convocado por Madeleine e está aqui para proteger os moradores.

Nós não somos moradores.

E tem algo pior lá fora. Segundo meu marido, os lobisomens parecem estar possuídos.

Lobisomens possuídos!

Ainda bem que já amanheceu e eles recuaram, ainda assim, tínhamos que esperar um pouco antes de sair da casa.

Deixar o daemon ser acalmado por Madeleine.

Sem contar o desastre que tinha acontecido, segundo Jake. Bella havia sido possuída, o líder dos demônios havia voltado.

Storm.

Me pergunto o que Aro vai fazer, quer dizer, ele tem o plano de diminuir o poder de Bella.

Nós sobreviveríamos caso desse errado?

A porta se abriu bruscamente, olhei do meu lugar no chão tranquilamente. Meu poder não exigia movimento e se fosse o daemon, não podíamos fazer muito contra ele, já que não tem uma forma física.

Obviamente não era o daemon, já que abriu a porta. Era Madeleine Karlec Stravinsky, atual anciã do clã Karlec.

—Onde vocês estavam? – Ela perguntou rispidamente, ignorando todos os seres sobrenaturais e indo direto para os netos.

—Aqui. – Henry respondeu confuso. – Eles não poderiam sair do quarto, assim como nós.

—Não quero dizer agora, onde esteve o dia inteiro e a noite interior?! Esperei-os preocupadíssima! – Ela olhou para Angela que dormia na cama. – Quem é ela?

—Vovó, eu preciso que se acalme. – Veronika veio com seu tom tranquilizante.

—Responda! Quem é ela?

—Oh meu Deus! – Nos viramos para Emily na porta. – Por que ela está aqui? – Exclamou horrorizada, enquanto apontava para Angela inconsciente na cama.

—O que foi? – Madeleine a olhou intrigada, vi Veronika fechar os olhos atrás dela parecendo esperar a própria morte.

—Ela é um demônio!

—O que?

—Na verdade, ela não é um demônio. – Jake resolveu interferi. – Bella a exorcizou, quer dizer, Storm... – Ele se confundiu todo e foi a minha vez de querer fechar os olhos e bater a cabeça contra a parede.

—Como foi que disse? – Ela se virou para Jake horrorizada. – Eu pensei que Aro...

—Pois é, você e todos nós. – Interrompi acidamente.

—Vocês estavam lá? – Emily olhou para os dois bruxos com os olhos arregalados.

—Bem... – Veronika olhou para todos nós.

—Sim. – Henry suspirou derrotado.

—O que vocês estavam pensando?! – Madeleine estava furiosa. – Eu disse para todos virem para casa! E vocês foram atrás do demônio líder?!

—Nós pensamos que ainda havia tempo! Nós controlamos o demônio em Angela e...

—Quieta! – Madeleine a silencio entre os dentes.

—Fui eu quem fiz o feitiço. – Henry saiu em defesa da prima. – Ela apenas me seguiu.

—Eu tive a ideia. – Veronika olhou-o secamente.

—Eu não quero saber! – A anciã Karlec os interrompeu nervosa. – Vocês podem sair, está tudo bem agora. – Apontou para nós distraidamente.

—Me desculpe, senhora, mas está tudo longe de estar bem. – Emmett se intrometeu. – O líder demônio está livre, eu aconselho que andem em grupos e com água benta no bolso. – E foi embora.

Segui-o rapidamente com os outros. Jake inclusive pegou Angela no colo e veio atrás de nós. Tínhamos discutido isso, a humana guardava no cérebro memórias do demônio, poderia ser útil.

Olhei para os bruxos, nós havíamos tido tempo para conversa naquele quarto. Dei um aceno discreto a Henry que correspondeu. Virei para dar de cara com a bruxinha Emily.

—Algum problema?- Perguntei inexpressivamente.

—Qual é o seu nome?

Como uma vampira de quatrocentos anos, eu sabia que era melhor do que divulgar meu verdadeiro nome por ai.

Eu ainda tinha uma reputação e inimigos.

—Estella. – Sorri falsamente, a bruxa me olhou desconfiada. – E você é Emily, adeus. – Passei direto por ela.

—O que foi? – Nicolas perguntou quando me aproximei dele.

—Nada, só uma bruxa curiosa. – Dei de ombros. – Para onde?

—Bem, dado ao fato de que Aro não impediu Bella de ser exorcizada e quer enfraquecer seu corpo, é meio obvio que ele vai tentar mata-la.

—E nós estamos presos ao contrato de protegê-la. – Acrescentei acenando. – Então, vamos a igreja.

—Como assim, Edward? – Emmett rosnou no celular. – É claro que eu sei de tudo! Jake está comigo e uma ex-demônio desmaiada no colo... – Ele ouviu o sussurro rápido. – Onde? Ok!

Nicolas e eu nos olhamos.

Nossa próxima parada era a igreja.

Thomas P.O.V

Aaaaaargh!

Virei a cabeça desviando da luz na minha cara, eu queria dormi, estava exausto...

Os pássaros não estavam ajudando!

Pássaros?

Abri os olhos de repente.

Eu não estava no meu quarto. Que merda!

Era uma floresta! Por que eu...? Tentei me focar, como eu havia parado aqui?

Tinha o carro e Leah me dando um sonífero, então acordei e tinha o vampiro líder Aro Volturi, então... Então...

Lua cheia.

Algo me atingiu, olhei ao redor surpreso.

—Pare de agir como um gatinho assustado, você é um lobo. – Olhei para Leah boquiaberto.

—Eu me transformei.

—Eu sei, eu estava lá. – Me olhou sarcasticamente divertida, olhei para o que ela me jogou, era uma bermuda.

Oh! OH! Eu estava nu.

Pigarreei e a olhei de novo, Leah não estava nua (infelizmente), mas usava apenas um camisetão. Não gostei do cheiro que veio dali, era... Eu não sei explicar. Nojento?

—Você poderia se vestir? – Ela perguntou erguendo as sobrancelhas.

—Por quê? Te incomoda? – Não consegui parar minha língua, ela me olhou risonha.

—Você não é o primeiro homem nu que eu vejo, entretanto, quanto mais rápido você se vestir mais rápido saímos daqui e você poderá tomar um banho. - Torceu o nariz e virou de costas.

Me ergui e comecei a me vestir.

—Eu não estou fedendo. – Franzi o cenho para ela, então eu senti o cheiro. – Oh credo! O que eu fiz ontem a noite?

—Não se preocupe, é um comportamento normal. – Ela pigarreou de costas.

—Ficar fedendo? Eu não lembro desse cheiro da ultima vez que acordei nu no estacionamento.

—Você não se lembra de ontem a noite? – Ela perguntou cautelosa, fechei meu zíper e pensei sobre isso.

—Há flash's... – Franzi o cenho me concentrando. – E... – Olhei para Leah estranho. Eu tinha tido pensamentos muito estranhos com ela, e eu não conseguia entender, era mais instinto de lobo do que pensamentos para ser sincero...

—É final de mês. – Leah suspirou dramaticamente enquanto cruzava os braços. – Eu estou... – Olhei para suas pernas e vi leve rastros de sangue. Oh merda! Pisquei tentando desviar os olhos de suas coxas, ela não era exatamente feia.

Leah era deliciosa.

—O que isso significa? – Gaguejei tentando desviar de meus pensamentos nada apropriados.

—Como loba eu estou na época de reprodução você sentiu o cheiro e...

—Porra! – Exclamei sem poder me conter.

—Sim, você tentou me corteja na forma de lobo e isso explica a carcaça ali... – E apontou para um alce, que eu notei apenas agora. -... E o cheiro, você queria chamar minha atenção... – A voz dela diminuiu.

—Eu sinto muito? – Olhei-a em duvida, Leah ainda estava de costas para mim.

—Está tudo bem, você não estava consciente, lobisomens perdem o controle na lua cheia. – Ela deu de ombros. – E me ajudou a mantê-lo longe de outros lobos. – Acrescentou se virando, eu podia ver seu desconforto.

—Ok... – Sem saber o que falar. – Onde estamos?

—Não muito longe de casa, venha, ainda é cedo. – Olhou para cima, também segui seus olhar, o céu ainda era laranja.

—Você acha que deu certo? A maldição?

—Vamos descobrir logo, por aqui. – E saiu andado.

Segui-a sem poder parar olhar para sua parte de trás.

Respirei fundo, eu tinha problemas o suficiente, hormônios de lobisomem podiam esperar.

Alice P.O.V

Apertei os olhos, minha cabeça parecia prestes a rachar. Essa deve ser a sensação da ressaca... Fazia um tempo desde da ultima vez que me senti assim.

Mal necessário.

Olhei para Rose a minha frente, ela estava apagadona e tão presa quanto eu. Estávamos na traseira de uma espécie de caminhão.

Fiz uma careta ao sentir meus olhos formigarem. Meu poder! Oh merda! Era artemísia com bardana, o mesmo que ele usou em Bella na festa de noivado.

Não, não, não...

Ela abriu a porta do banheiro e se dirigiu para pia. A morena lavou o sangue em sua mão tranquilamente com o rosto completamente limpo de emoção.

Era Bella.

Ela esfregou o sangue do rosto e olhou para o reflexo distraidamente. Ela voltou a olhar para as mãos, mas voltou o olhar para cima rapidamente. Segui seu olhar até o espelho, mas tudo o que via era o reflexo dela. Voltei o olhar para Bella que inclinou levemente a cabeça para o lado sem modificar a expressão.

O que ela via?

O que...?

—Vejo que eles conseguiram fugir. – Virei meu olhar para trás de mim, havia uma mulher parada no canto do banheiro da escola.

—Infelizmente para eles não vai acontecer novamente. – Bella retrucou em tom de voz que nunca tinha ouvido.

Ela não era Bella.

Oh...

—Onde está minha doce Didyme? – O demônio perguntou a bruxa. – Eu sinto falta dela, temos tantas memórias juntas de quando era humana.

—Está cuidando do marido.

—Oh sim... Eu não quero contar com esse problema novamente. O truquezinho da adaga dele foi o que me colocou nessa situação. – Se voltou para a pia. – Então, minha cara Selene, e sobre o seu marido? Aro Volturi, hã?

—Eu cuidarei dele quando puder. – Respondeu indiferente.

—Oh sim, o nosso próximo passo. – Storm riu obscuramente, enquanto secava as mãos. – Temos muito a fazer se vamos passar o poder deles para nós.

—Eles. – Selene a corrigiu calmamente, Storm parou em seu caminho para porta e se virou para Selene. – Nenhuma de nós duas é um demônio, afinal de contas.

O que?

Olhei para Storm completamente em choque, a mesma sorriu para Selene.

—Eu dormi por três mil anos, Lyanna. – Frisou o nome da bruxa entre os dentes. – E eu ainda sou muita mais velha do que isso, seja lá o que pensa que sabe, não vá por esse caminho. Não importa que seja sacerdotisa de sangue ou que ejamos aliadas, eu a matarei.

Pisquei batendo minha cabeça contra a traseira do caminhão, eu ainda podia ouvir os sons dos passos de Storm ecoando em minha cabeça.

—Alice? – Ouvi a voz rouca de Rose, ela entreabriu os olhos sonolenta.

Foi então que percebi, o caminhão havia parado, por isso tinha batido a cabeça.

A caçamba abriu e nós duas gememos com a luz que nos atingiu. Era dia? Quanto tempo fazia que estávamos assim?

—Ah... – Engasguei ao sentir a picada em meu pescoço, olhei para James, ele havia atirado outro dardo em mim, apontou a arma para Rose e atirou duas vezes nela. Ela suspirou derrotada e voltou a fechar os olhos.

Ele deu mais para ela.

Queria que eu ficasse consciente. Era o demônio que havia me possuído quando humana, não estou surpresa por querer se diverti comigo.

—Não pense que é especial, Alice, apenas tenho certeza que sua "irmã" tentaria me hipnotizar para me matar, mesmo que matasse a si mesma no processo.

—Eu não valho tanto a ela... – Respondi roucamente, enquanto ele a puxava para fora e a jogava sobre o ombro.

—Mas ela estaria salvando não só sua vida como a de Esme Cullen.

Olhei para ele desorientada, a neblina em minha mente fez tudo ficar confuso.

—O que?

Ele sorriu malignamente para mim.

Ele tinha Esme...?

Oh sim...

Eu tinha visto isso.

Nós três presas, eu só não esperava que fosse nas mãos dele, minhas visões as vezes são evasivas demais para o meu próprio bem.

Fui puxada bruscamente do caminhão.

Kate P.O.V

Andei pela igreja preocupada, o noticiário local estava ligado e eu não acreditava nisso...

Pessoas estavam sendo massacradas pela cidade, havia equipes tentando controlar os demônios.

Mas eles tinham Isabella Swan e tinham tido muito tempo para organizar aquilo tudo.

Os Volturis não haviam sido vistos ou ouvidos desde de madrugada, assim como alguns membros Cullen.

Os únicos aqui era Jasper e Emmett. O resto não conseguimos localizar.

E mesmo os dois estado aqui não era algo tranquilizante, Jasper estava no altar sentado completamente congelado. Entrou nesse estado quando Charlie informou a mensagem que Alice havia deixado antes de sair.

"Viva a Russia"

Alice os odiava por que foram as Amazonas russas que tentaram mata-la. Olhei preocupada para o marido (para o inferno com o "ex", literalmente), eu provavelmente ficaria em uma situação parecida.

Imagino como deveria estar Edward, quer dizer, Bella era o amor dele e ela agora era o inimigo.

—Não por muito tempo. – Edward falou, todos no viramos, ele parou olhando para todos. Provavelmente absorvendo todas as informações.

Humanos desesperados e morrendo, demônios andando pela cidade e piorando tudo, enquanto os poucos que haviam vindo para a porcaria da igreja o esperavam.

—O que está acontecendo? – Emmett perguntou se erguendo.

—Como assim? Eu pensei que estava meio obvio. - Edward ergueu a sobrancelha. – O inferno veio a terra.

Franzi o cenho para seu comportamento, ele deveria estar pior que Jasper...

—Onde está Nessie? – Jacob perguntou nervoso olhando ao redor como se ela fosse surgi do nada.

—Em um lugar seguro, ela te deixo uma carta. - Entregou o papel para o moreno.

—O que?

—Você honestamente acredita que eu a traria para igreja? O único lugar possível para se ficar nessa cidade quando ela tinha chance de fugir.

—Você mandou para nós. – Emmett ergueu a sobrancelha sarcasticamente.

—Isso por que nós somos fisicamente mais fortes. – Edward rebateu.

—Ainda. – Jane se ergueu. – E mesmo assim, não sabemos a extensão do poder de Bella...

—Ela não será um problema por muito tempo.

—Isso vai se interessante, estou ouvindo. – Charlie Swan entrou no altar com o padre.

—Temos o sangue dela, nem mesmo um demônio pode com uma fraqueza dessa. – Edward falou. – Nós a exorcizamos.

Me senti levemente insegura com isso.

—Vamos colocar Storm em seu sono novamente. – Aro Volturi declarou aparecendo, todos o olhamos.

—Por que não matar? – Garrett perguntou intrigado. – Deve haver uma maneira, certo?

—Não temos como ter certeza de que Isabella sobreviveria e eu não acho que exista uma maneira de matar uma alma. – Aro olhou para Edward. – E eu não acho que ajudaria se você achasse que ela poderia morrer.

—Correto.

—Então, aqui é o que vamos fazer: o mesmo que meus irmãos e eu fizemos da ultima vez, trancar Storm.

—E como vamos acessar Bella? Por que ela não é exatamente vulnerável...? – Emmett os olhou.

—É ai que entra o meu novo tratado de paz com os lobisomens. – Aro sorriu diabolicamente.

Olhei para Garrett antes de voltar minha atenção a aqueles dois.

—Temos que ter tudo pronto para a lua minguante.

Uma semana.

Era o que tínhamos.

Marcus P.O.V

Andei pela rua, eram quase sete da noite, a vida noturna começava lentamente. Wendy havia feito o feitiço, ela estava na Escócia, nessa cidadezinha para ser precisa.

Onde ela supostamente havia se suicidado. Era uma bela e trágica simetria, na verdade. Terminaríamos onde tudo havia começado.

Suspirei o ar noturno, eu me lembrava bem daquele dia. Ela havia me dado um ultimo beijo e me olhado com amor nos olhos antes de sair para andar a cavalo. Lembro-me de pensar que a vida era boa, Caius se via mergulhado em massacres e Aro procurava por poder.

Eu pensei que era o único com uma razão digna de viver. Não era perfeito, é claro, Didyme sempre teve remorso e nojo da violência que causávamos. E as coisas haviam ficado tensas por conta das brigas entre ela e o irmão. Nós havíamos nos mudado para Escócia por conta de uma ataque que lhe fizeram, inclusive.

E havia sido Aro, ele mesmo confessou para mim depois, Didyme procurava coisas que não devia, me falou, ela procurava nos derrubar. Ela queria virar humana de novo, ter uma família...

Quando eu li a carta que havia deixado em nossa cama... O desespero me tomou. Não acho que alguma vez na minha existência tenha corrido tão rápido. Porem, não havia sido o suficiente.

Eu achei seu corpo sem vida na montanha. Uma adaga enterrada no seu corpo cinza, onde ficava o coração. Lembro de tirar imediatamente e dar meu sangue a ela. Não podia estar morta, aquilo era uma piada, tinha que ser. A cruel realidade começou a bater quando ela não acordou.

Apenas quando dei um segundo olhar a adaga que eu reconheci sua lamina negra. Era a mesma que tínhamos usado para matar Storm. Ela havia sido selada pela bruxa com o meu sangue e o sangue, dela nosso pacto de amor era uma conexão profunda e poderosa o suficiente para derrotar o demônio.

E havia sido com ela que minha esposa havia se matado, ou era assim que eu pensei por tantos anos.

Algo me atingiu, interrompendo meus pensamentos. Girei rapidamente e segurei a atrevida criatura pelo pescoço, quem...?

Uma emoção nova resolveu aparecer.

Choque.

—Victoria? – Franzi o cenho incrédulo, ela sorriu.

Então bateu minha mão de seu pescoço e me beijo.

Oh, eu vejo... Aquela não era Victoria. Didyme tinha melhorado em seus truques. Empurrei a vampira contra a parede e a levantei pelo pescoço.

—M... – Ela tentou falar através do engasgo.

—Nem tente, você acha que sou estúpido? Que não a conheço? Ou como ela beija? – Acrescentei para irrita-la, estava cansado dos joguinhos de minha esposa.

O seu rosto assustado se modificou para malicia, larguei seu pescoço e ela caiu contra a parede.

—Não precisa ficar chateado. – Ela riu com o rosto de Victoria. – Você sabe como eu gosto de surpreender as pessoas...

—Estou bem consciente desse fato, lembra-se da vez que fingiu suicídio e só revelou a verdade três mil anos depois? – Olhei-a irritado, ela zombou.

—Eu sei que você suspeitava que eu estava viva.

—Esperanças que qualquer tolo teria, nunca pensei que seria verdade.

—Alguém está chateado hoje... – Ela comentou indiferente. – Devo lembrar que foi você quem veio atrás de mim?

Olhei sobre o ombro.

—Quero ver seu rosto.

—Por que te incomoda tanto assim o rosto de sua falecida vampirazinha? – Perguntou sarcasticamente. – Pensei que era indiferente a tudo, Marcus.

—Apenas não vale mais apena segurar minhas emoções, o motivo principal para isso se provou falso.

—Onde está meu apaixonado marido que queria me salvar? – Riu amargamente.

—Não se preocupe, querida, eu vou te salvar. – Ela parou de sorri ao ver meu tom sério. – Mas agora que liberei minhas emoções, a raiva e o ódio por você também vieram. – Ela me olhou sem palavras. – Foram três mil anos, não acha mesmo que eu só ficaria aliviado, não é mesmo? Principalmente quando você quer me matar.

—Não faço isso por maldade e sim por que...

—... Me ama. – Cortei-a irônico. – Eu te entendo, Didyme, de verdade, eu mesmo cometi o mesmo pecado. Mas não significa que vou deixa-la fazê-lo.

—Não pode me impedir. – Ela estreitou os olhos.

—Posso e vou.

Enfiei a adaga em seu coração. O rosto de Victoria me olhou em choque e dor. Era a mesma adaga que ela usou na Safira, a mulher que se fez passar por Bella.

Que inclusive, estava livre agora.

Ela caiu no chão com o rosto cinza, uma vampira morta. Ela ficaria inconsciente até eu descobri o que...

O rosto dela começou a se modificar.

Não era o rosto de Didyme.

—Você não achou mesmo que eu usaria meu próprio corpo para me encontrar com você, certo? – Me virei ao ouvir sua voz.

Então algo afundou em minha garganta.

—Me desculpe, amor, mas eu não vou deixa-lo me atrapalhar. – Seu rosto era uma mistura de pesar e diversão.

Emmett P.O.V

Nós estamos tão fudidos, isso tudo é uma confusão!

E eu estou furioso.

Minha mulher sumiu. Minha criadora sumiu. Minha irmã vidente sumiu. Minha futura irmã virou o diabo. Meu irmão leitor de mente enlouqueceu. Meu outro irmão teve o cérebro fritado e entrou em estado dormente por causa da esposa vidente.

Eu esqueci alguma coisa? Eu esqueci alguma porra? Hein Edward?!

—Sim, Emmett, você esqueceu que Carlisle está em algum lugar lá fora também.

—Eu não esqueci, só que ele não conta com seu poder, ele pode muito bem esta bem aqui e nós não podemos vê-lo! – Exclamei rosnando.

Estávamos no cemitério atrás de igreja, os três discutindo. Bem, Edward e eu discutíamos, Jasper só estava encostado contra uma lapide fumando tranquilamente.

Ele fazia isso quando estava deprimido. Na época que Alice fugiu para a Asia, a casa ficou um cheiro enjoativo, ao ponto de que ele foi morar sozinho (ou o mais próximo disso, quando Esme ia te visitar todo santo dia).

—Olhe, Emmett, eu me importo com as três tanto quanto você, elas são nossa família.

—E por que estamos aqui?

—Por que? Por que Alice queria assim! – Edward exclamou, olhei-o incrédulo. – Pense sobre isso, Alice manipulou a situação toda, as mensagens no celular! Aro falou que Rose leu e saiu correndo antes que ele pudesse para-la, os demônios captaram o cheiro dela e ela desviou-os da cabana.

—Eu não confio tanto assim em Aro Volturi. – Rosnei para Edward.

—Eu também não, mas você recebeu uma mensagem em seu celular, certo?

—E sobre Esme? Ninguém a viu desde que você a deixou vir para cá em busca de reforços!

—Mas até nisso faz sentido! Imagine se ela tivesse vindo? O desastre que seria, Be... – Ele se parou e eu fiquei em silêncio em respeito a sua dor. – Storm teria matado a todos eles, incluindo Esme.

—Viva a Russia. – Jasper comentou de repente, nós dois o olhamos. – Ela disse "Viva a Russia", ela os odeia, se eles ganham, ela perde. Foi o recado que ela me deixou.

—Alice também é russa, Jasper, e adora confundir os outros. – Eu falei em consolação.

—Ela não está morta, eu sei dentro de mim isso. – Ele jogou o cigarro e o esmagou com o pé. – Se os demônios a pegaram, bem, ela veria isso. O que significa que ela também saberia que estaríamos aqui tendo essa conversa...

—Ok... – Ergui a sobrancelha, Edward olhou para Jasper e depois olhou ao redor. -O que é agora? – Perguntei impaciente.

—Se ela sabia, algum sinal foi deixado. – Edward respondeu.

—Devíamos nos focar nos problemas, se ela viu, eventualmente irá aparecer. – Bufei cruzando os braços. – Por exemplo, sua noiva é o diabo, Edward.

—Eu estou bem consciente disso, muito obrigado.

—Você não acha mesmo que há chances de Aro deixa-la sair viva, né? Quer dizer, ela é o receptáculo. – Edward me olhou mortalmente. – O que?

—Quer parar?

—Não, você parece estar em negação, Edward! Preciso que entenda que há a possibilidade.

—Pare! – Ele rosnou me empurrando com força aterrissei contra uma arvore, rosnei me erguendo e lhe dei um soco.

Meu punho foi segurado no ar e de repente eu perdi a vontade de bater nele, olhei para Jasper segurava meu punho com uma expressão calma.

—Está na hora das duas garotinhas pararem. – Ele falou casualmente e me puxou para cima, também ofereceu a mão para Edward se ergue.

Nós dois nos olhamos na defensiva.

—Foi mal, eu passei dos limites. – Olhei-o relutante.

—Eu não devia ter usado a violência. – Edward deu de ombros marrento.

—Cresça vocês dois. – Jasper revirou os olhos e sumiu das nossas vistas. Nos viramos confusos, ele estava perto da onde meu corpo atingiu. – Aquela espertinha. – Puxou um pergaminho.

Edward e nos aproximamos.

—O que é? – Perguntei franzido o cenho.

—Um desenho.

—Não só um desenho. – Edward olhou para a figura e apontou para a inscrição em latim.

Oh...

Neal P.O.V

Observei Sue e Leila trabalhando intrigado, ela disse que era sobre Nessie, mas ela já havia virado humana e tudo mais...

—O que elas estão fazendo? – Thomas perguntou ao meu lado.

—Macumba, bruxaria, magia, escolha a palavra. – Dei de ombros e olhei para cima. – Logo será o por do sol.

—Você acha que atacarão?

—Não, eles não podem vir a esse lugar, Sue tem seus truques de bruxa, você está seguro com sua irmã. E não... – Olhei sobre o ombro. – Não temos noticia de seu pai. – Ele suspirou pesadamente.

—E sobre Bella? – Perguntou hesitante.

—A cidade de Forks virou o inferno. – Respondi em tom baixo. – Os vampiro que sobraram não estão andando pela cidade, ou estão na floresta, ou na igreja.

—E os humanos?

—Lutando com o que podem, devem pensar que estão no meio de um apocalipse.

—E como o mundo inteiro não está aqui?

—Cortamos a comunicação, controle de danos e tudo mais. – Respondi dando de ombros.

—Isso é crueldade.

—Estamos isolando a cidade, pessoas morrem todos os dias, é um destino inevitável, nosso trabalho é fazer morrer o menor numero possível. – Suspirei exausto. – Não é um trabalho fácil.

Nessie P.O.V

—Que tal uma bebida? – Perguntei quando ele passou ao meu lado.

Olhei para o espelho, vi o agente secreto congelar no lugar.

—Eu pensei que estava morta. – Se virou para mim.

—O que eu posso fazer? Eu adoro viver. – Dei de ombros, ele se sentou ao meu lado. – Como anda a vida, Aaron?

—O mesmo de sempre e você?

—Eu tenho um namorado agora e uma família. – Rebati dando um gole em meu suco, bebidas alcoólicas fariam um efeito completamente diferente em mim como humana.

Nunca pensei que odiaria tanto voltar a ser humana.

—E o que você quer, Pam?

—Bem, eu quero que use seus contatos para descobrir algumas coisas. – Entrelacei os dedos ao redor do copo.

—Bem, eu te devo uma... – Passei o celular para ele.

—Quero que descubra onde foi pintado.

Ele olhou para a tela.

Onde tinha uma foto da pintura O tumulo sob a neve.

Rose P.O.V

Suspirei chorosa, eu havia sido drenada completamente e a porcaria das ervas tinham me deixado tonta. Esme estava do meu lado me abraçando, Alice estava no canto oposto a nós com um olhar morto.

Eu perguntaria o que ela esta vendo, mas qualquer coisa que eu falar terá efeito hipnótico nela e em mim mesma.

Esme estava pior, seu poder de fogo fazia que saísse fumaça da ponta de seus dedos. O cheiro de carne queimada já tinha virado o meu mais novo perfume. Estávamos todas presas nesse quartinho com uma pequena janela com grades perto do teto. Suponho que estávamos em um porão, ou algo assim...

Quanto tempo havia se passado?

Pisquei lentamente, era doloroso. A porta se abriu, nem me incomodei de olhar.

Não até o suspiro de Esme.

Então eu olhei.

Oh Deus...

—Carlisle? – Esme murmurou asperamente.

Ele sorriu maldosamente.

Isso não podia estar acontecendo.

—Bom trabalho James. – Falou sobre o ombro para o demônio que nos prendeu.

Pisquei desorientada, então olhei para Alice.

A vidente ergueu o olhar morto lentamente, quase hesitante, ela me olhou triste de seu lugar no outro lado da cela.

Alice nunca pareceu tão pequena e frágil...

A realização me bateu amargamente.

Ela sabia.

Carlisle era um traidor.

Veronika P.O.V

Olhei para minha avó incrédula.

—Não podemos apenas mata-la! – Exclamei todos na sala me olharam surpresos.

—Não é fácil para mim também, Veronika, mas tem que ser feito. – Ela me olhou resignada. – Ela irá trazer o inferno a terra.

—Mas não pode apenas ir matar sua própria neta! – Olhei-a perturbada. – E se fosse eu? Ou qualquer um de nós?

—Eu devo fazer o melhor para todos, é a vida dela em troca a de todos vocês. Renné agiu da mesma forma que você, tentou fugir do destino, mas não é algo se possa escapar. – Ela comentou tristemente.

—É por isso que você nos incitou a odia-las, não é? – De repente tudo fez sentido. – Você negou sua filha por que ela queria salvar seu bebê.

—Filha... – Minha mãe me olhou pesarosa.

—E vocês todos concordam! – Olhei para o clã ao redor.

—Ela é tudo o que lutamos contra, Veronika. – Pam suspirou para mim.

—Não, ela não é! O demônio dentro dela é! – Olhei-os revoltada. – Como pode conviver consigo mesma?! Ela é inocente! Nunca pediu por nada disso...

—Nós lhe demos uma escolha, Veronika. – Vovó argumentou em tom autoritário. – Henry foi lá e lhe ofereceu um acordo. Retiraríamos todo seu poder, a transformaríamos de volta a forma humana e poderia ser feliz. Ela recusou. – Olhei para Henry que acenou sem me olhar. – Ela ficou cega por poder, não...

—Pare de fazer motivos! O que há de errado com a senhora? Ela não é a vilã!

—Eu estou tentando salvar todos nós, inclusive você, criança ingrata.

—Não estou sendo ingrata, eu cresci com Bella... – Olhei para os meus primos. – Nós crescemos com ela. – Pam desviou os olhos para as mãos e os fechou, tanto Will quanto Henry não ousavam me olhar. – Pelo o amor de Deus! Você foi o primeiro beijo dela, Henry!

—Chega! – Pisquei surpresa para o tom autoritário de Emily. – Veronika, eu não quero fazer isso, mas eu sua líder... –Olhei incrédula. – Nós vamos matar Isabella Swan e junto com ela o demônio.

Eu tinha que obedecê-la. Eu fiz um voto, era sagrado, se não fizesse...

Dei um passo para trás sentindo meu coração se acelerar.

—Não. – Minha mãe me olhou quase desesperada, o que eu estava prestes a fazer... – Eu me recuso. Estou abdicando de minha posição nesse clã e no meu conven. – Emily me olhou em choque.

—Filha... – Vi papai segurar mamãe, levando em conta o quanto os dois se evitavam aquilo era algo e tanto. – Por favor, não faça isso.

—Seu destino está em suas mão, criança. – Vovó me olhou com a expressão congelada, mas eu podia ver em seus olhos a tristeza do meu ato.

Eu não era mais uma Karlec, eu não tinha a proteção de minha família, não faria parte das celebrações de nossa religião. Talvez eu nem chegasse a ver meus primos de novo.

Mas minha consciência estaria limpa, é mais do que eu posso dizer deles.

Fui em direção a porta, vendo como todos desviavam o olhar de mim. Eu era a vergonha da família agora. Éramos honrados, ou melhor, eles eram honrados e orgulhosos, alguém desistir do nome Karlec era uma ofensa. Quase uma traição.

Abri a porta e respirei fundo.

—Foda-se! – Me virei surpresa e vi Henry se virando para mim. – Eu vou com você. Renuncio a tudo e bla, bla, bla.

Antes que eu pudesse falar qualquer coisa ele me puxou para fora.

—O que está fazendo? – Perguntei irritada, enquanto saímos pela porta.

—Não vou deixa-la sozinha em uma cidade tomada por demônios.

—Henry, não tem volta para o que está fazendo! – Exclamei enquanto era praticamente arrastada por ele.

—Acredite em mim, tenho plena consciência disso. – Ele empurrou o portão. – Isso funciona de uma maneira horrível. – Suspirou fechando os olhos, olhei-o erguendo a sobrancelha. - Não podemos voltar e eu esqueci minhas chaves.

—É uma boa coisa que ainda somos bruxos.

—Sim, mas eu queria uma desculpa para poder voltar para a proteção da casa. – Ele comentou olhando sobre o ombro, segui seu olhar.

Havia uma figura apoiada em seu carro, nos olhando divertidamente.

Era Bella.

Só que não era Bella.

—Antes que venham com seus poderes, talvez pudéssemos conversa.

—Não pode nos possuir. – Falei a primeira coisa que veio em mente, ela deu uma risada.

—Por que eu faria isso? Eu não sou um demônio. – Ela se aproximou lentamente erguendo as mãos em sinal de paz. – Não sou sua prima também.

Nessie falou disso.

De quando uma pessoa se passando por Bella apareceu...

—Por que acreditaríamos em você?

Em um piscar de olhos ela estava a nossa frente, prendi a respiração pelo susto. Os olhos castanhos de Bella ficaram vermelhos e quando ela abriu a boca, um par de presas se alongou para fora.

Jesus Cristo...

Victoria P.O.V

Abri os olhos e encarei o céu embaçado pelas minhas lagrimas, me sentei desorientada. Eu estava na floresta, olhei para mim mesma, ainda usava o vestido da festa de aniversario de Bella.

Então lembrei do que tinha visto, sufoquei um soluço, enquanto levava a mão a boca.

O que tinha acontecido com...

Um estralo interrompeu meu pensamento. Havia sido um barulho mínimo, mas depois de tudo, eu havia aprendido a ficar consciente de tudo ao meu redor.

Congelei no lugar, pronta para atacar o primeiro que aparecesse. Ouvi tudo, a coruja piar, o sono dos animais, assim com os insetos zunindo, as folhas se mexendo a menor brisa. Ainda assim, era um lugar lindo, quase como se tivesse saído de um livro de conto de fadas.

Exceto que se isso fosse um conto de fadas, eu estaria ferrada. Os personagens sempre se davam mal nas historias quando estivessem na floresta, era tipo um mal agouro. Branca de Neve comeu a maça na floresta, chapeuzinho vermelho encontrou o lobo, Bela adormecida dormiu por cem anos em um castelo escondido na floresta e eu acho que Cinderela perdeu o pai na floresta...

Oh droga! Eu estou divagando de novo.

Foco, Vicky, foco.

O estralo soou de novo, mas não havia se aproximado e nem se distanciado. Tinha ficado no mesmo lugar.

Vou ou não vou?

Selene não me deixaria sem motivo nenhum, eu entedia muito bem o que ela queria de mim e para isso teria ficar viva.

Corri em direção ao som no mesmo instante.

Tudo para encontrar um corpo no chão. Parei há uma distancia razoável e o observei desconfiada, eu não podia ver o rosto, mas eu sabia que era um homem.

Um homem desmaiado na floresta. Ou melhor, um homem morto na floresta, já que não havia som de coração e ele... Bem, ele parecia um cadáver.

O estralo soou de novo e veio do corpo. Olhei intrigada, enquanto me aproximava devagar, analisei seu corpo inteiro.

Arregalei os olhos, as mãos estavam tentando seu mexer, era isso que causava o barulho. Não era um cadáver, era um vampiro.

Circulei-o rapidamente para ver seu rosto.

Soltei um suspiro e me aproximei correndo. Pus sua cabeça no meu colo olhando chocada para Marcus Volturi. Mordi meu pulso e lhe empurrei em sua boca. O que Selene estava querendo com isso tudo? Por que deixa-lo nesse estado? Isso se foi ela mesmo. Meus olhos se depararam com uma adaga estranha enfiada em sua garganta, em um movimento rápido arranquei a lâmina.

—Ai! – Exclamei quando fui empurrada no chão por ele no mesmo instante. Dei um grito ao sentir seus dentes se afundando em minha garganta. Tentei lutar mas ele era mais forte e facilmente prendeu meus punhos contra o chão.

Lagrimas queimaram em meus olhos, me morder era doloroso. Tentei mexer minhas pernas, mas seu corpo sobre mim parecia pesar uma tonelada. Por fim, virei o pescoço para dar mais acesso, não valia a pena dificulta-lo em se alimentar me machucaria ainda mais.

Meus olhos pararam na adaga que estava em seu pescoço antes, visivel no chão, porém, fora do meu alcance. Eu tinha a derrubado quando ele me atacou, minha mente se focou no objeto quase desesperadamente, qualquer coisa para me distrair. Sabia que não era normal doer tanto, quando ele me mordeu antes não era assim. É como se ele quisesse me machucar Havia um desejo bonito no punho dourado, onde eu tinha visto uma lamina prateada como aquela?

Oh sim, na floresta com-

Senti sua língua passar pelo meu pescoço, congelei completamente com o gesto.

Esperei Marcus sair de cima de mim, por que ele sabia que era eu, mesmo que não tivesse visto meu rosto, havia provado o meu san-

Senti-o suspirar contra mim e enterrar o rosto no meu pescoço. Ok...

O que foi que eu perdi? Ele parecia muito como o outro Marcus, o que sentia algo, apaixonadíssimo por sua esposa. Ainda me arrepiava o grito que ele havia dado quando percebeu que a esposa estava morta (quase isso).

Minha mente correu por um milhão de teorias sobre o comportamento estranho do Volturi. Cada uma mais bizarra que a outra.

—Até o gosto é parecido com o dela. – Ele murmurou de repente.

—Marcus... – Comecei hesitante, não sabia bem o que estava acontecendo.

—Por que é tão cruel? – Ele me interrompeu. – Eu te dei tudo o que tinha, meu corpo, coração e alma, ainda assim você me traiu. Dilacerou-me de tal forma que tudo o que sobrou foi um corpo sem sentimento algum. – Engoli a seco. Não sabia sobre o que era aquilo, mas claramente ele pensa que sou outra pessoa.

Oh Deus! O que Selene fez com minha aparência?!

Olhei para o lado, verificando meu cabelo e quase suspirei aliviada ao ver meus revoltados cachos ruivos.

—Eu te amo. – Senti um frio no estômago.

Não foi as palavras em si que me atingiram, foi o tom dele. A voz de Marcus quebrou em um sofrimento tão grande que me deu vontade de chorar. É fácil olhar para a frieza de Marcus e esquecer, que ele passou por uma dor tão intensa que para poder sobreviver trancou suas próprias emoções. Ele havia figurativamente arrancado o próprio coração por Didyme.

Senti algo molhar meu pescoço. Demorou um ¼ de segundo para eu entender o que era.

Marcus estava chorando, sobre mim, abraçado a mim. Mordi meu lábio triste por sua miséria. Fechei os olhos e senti uma lagrima escapar, eu tinha visto o que ele passou (cortesia de Selene), mas não havia conseguido conecta-lo ao vampiro com coração de pedra que até então eu conhecia.

Agora, as coisas eram bem diferentes.

Ele ergueu a cabeça e olhou para mim, suas mãos soltaram meus pulsos, senti seus dedos em meu rosto. Será que ele está percebendo que sou eu?

—Deixe-me ver seu rosto novamente Didyme.

Arregalei os olhos entendo o que estava acontecendo. Marcus não tinha enlouquecido.

Aquela vaca tinha usado o meu rosto!

Santinha do céu! Ele pensava que eu era sua esposa, tinha aberto o coração e estava claramente emocionalmente frágil.

Como eu digo que não sou ela?

—Marcus... – Olhei-o sem saber como prosseguir, comecei negando com a cabeça. – Eu não sou Didyme. – Falei em um fôlego só, sem ideia do que ele faria.

Ele bufou sarcasticamente, eu podia ver a amargura brilhar em seus olhos.

—Chega de joguinhos. – Sua mão apertou minha garganta, fiz uma careta e agarrei seu punho.

—É verdade... – Murmurou sob a respiração, eu tinha que convencê-lo. – Você pegou meu livro Stardust. – O aperto sumiu, junto com o peso dele em cima de mim, suspirei aliviada e me ergui em meus cotovelos para vê-lo de pé me olhando descrente.

—Victoria? – Respirei fundo dando um sorriso sem graça, quer dizer, o cara havia se declarado para a pessoa errada, uma parte dele deveria estar envergonhada, ou aterrorizada. – Você morreu, eu vi! – Me olhou dos pés a cabeça, provavelmente percebendo que meu vestido era o mesmo da festa. – Didyme pensa que morreu, ela tem certeza disso. Como você pode estar viva?

Me deixei cair contra a terra e olhei para a copa das arvores.

—Pois é... Eu também pensei isso. – Suspirei ainda olhando para cima.

—Por onde você esteve esse tempo todo? – Perguntou parando ao meu lado e estendendo a mão.

—É uma longa historia. – Agarrei sua mão e me levantei. – Onde estamos?

—Escócia.

—O que? – Praticamente engasguei surpresa.

Eu nunca tinha viajado para fora do país! Isso é incrível!

—Esse não é o ponto. – Marcus cortou meu barato grosseiramente, credo! Ao menos, quando não sentia nada, era educado. – Como me encontrou? Como sequer estar aqui? O que aconteceu?

—Ok, se acalme... – Foi minha vez de corta-lo. – Eu te disse é uma longa historia. Mas agora, temos que sair daqui, tenho coisas a fazer. – Sai andando.

—Coisas? – Ele agarrou meu braço para me parar. Olhei-o hesitante com o que estava preste a dizer.

—Eu sei como parar sua esposa.


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Notas finais do capítulo

N/a: O proximo capitulo sairá dia 15/03.
Talvez mais cedo se os reviews pedirem, asuhahuhs.
Eu poderia comentar sobre o capitulo, mas eu acho que vocês deveriam o fazer, com muito xingamentos a minha pessoa, é claro.
Preview:
"Entrei na lanchonete em passos calmos, o cheiro de sangue no ar atiçou meus sentidos, mas os ignorei. Andei até o balcão, onde estava a pessoa que me interessava.
—Eu não esperava vê-lo novamente, Edward. Ouvi sua voz, era a de Bella, mas podia sentir outra pessoa ali. Era angustiante...
—E eu pensando que havia gostado de mim. Rebati ironicamente, enquanto ela bebericava sua vodka. Afinal ainda estou vivo.
—Isso apenas por que estou entediada. Storm olho de lado erguendo as sobrancelhas."