Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 39
The white dove


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a todas as minhas maravilhosas leitoras e leitores!! Feliz natal, meus amores!!



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The white dove

Capitulo 38

Bella P.O.V

Eu corria pela floresta o máximo que podia, eu tinha que... Que ir! Nessie! Ela ia vir, Jake estava...

Vi Nessie e literalmente pulei nela, fui chuta par ao lado e prendida no chão. Usei minha força e com um impulso, empurrei-a contra uma arvore.

-Bella? – Vi seus olhos azuis-claros voltarem aos castanhos.

-Você viu também?

-O pesadelo sinistro convocando demônios? Sim! – Me olhou com os olhos arregalados. – Como naquela batalha que te encontrei meses atrás.

-Eu não ouvi nada. – Franzi o cenho.

-Sonhar é diferente, eu acho. – Nessie me olhou confusa. – Seth está possuído, Bella! Eu acho que sei onde eles estão.

-Eu vi também, Nessie, mas temos que ser cuidadosas, parte dos demônios estão indo para lá – Soltei-a da arvore.

-Não vou deixar Jake lá!

-Eu também não vou, se acalme. – Coloquei as mãos em seus ombros. – Mas ambas estamos com o tal do pozinho magico do mal de sereia, lembra? Temos que nos manter frias e calculistas.

Ela me olhou por alguns instantes assimilando as coisas.

-O caralho com isso! – Exclamou de repente, me assustando. – Não vou brigar com você, mas não vou ficar aqui esperando Seth matar Jake! Ou pior enfiar um demônio dentro daquele corpinho sarado e quente que ele tem...

Dei um tapa na cara de Nessie que me olhou surpresa.

-Controle seus hormônios, mulher!

-Falando em hormônios, cadê Edward?

-Eu meio que fugi. – Respondi pensativa. – Acordei tão desorientada que correspondi a ordem e você?

-Acordei tão pertubada que sai correndo e você sabe como eu posso ser silenciosa, sempre era eu quem roubava. Mas estavam todos tão distraidos que não devem ter percebido inicialmente. - Ela deu de ombros.- Tudo é muito sinistro, de qualquer maneira ligue para Edward e avise onde estamos. – Ela estralou os dedos.

-Eu disse que fugi, certo? – Olhei-a irônica.

-Porra Bella! Estamos no meio da floresta sem saber onde e sem celular?

-Eu conheço essas bandas! Estive morando aqui por anos!

-Não, você não conhece tudo, só a parte perto da sua casa. – Nessie cruzou os braços.

Um galho se quebrou atrás de nós e nos viramos rosnando por puro instinto. Ficamos ali, em posição de ataque esperando tensamente alguém sair.

Nada veio.

-Bella? – Nessie perguntou em tom baixo.

-Meu escudo não sente nada. – Franzi o cenho.

-Estamos tendo alucinação conjunta? É a siena?

-Não acho, eu me sinto mais normal agora na verdade, menos histérica.

-Eu sei o que quer dizer. – Nessie suspirou.

Outro crack e nós saltamos tensas, era da mesma direção.

-Ok, isso é estranho. – Falei franzindo o cenho, sai da posição de ataque e andei na direção ao som.

-Então, o que poderia ser? - Nessi perguntou atrás de mim, instintivamente cobrindo minha retaguarda.

-Magia?- Chutei dando de ombros.

-Sim, por que estamos na floresta encantada! Como pude esquecer? – Me olhou sarcasticamente, olhei-a carrancuda. – O que?

-Nós conhecemos bruxas.

-E por que bruxas seriam legais? Sem ofensa, mas sua família bruxa...

-Me odeia? Sim, fui lembrada disso hoje de tarde. – Olhei para o céu nublado, ainda dava para ver algumas estrelas aqui ou ali. – Você sabe algo de astrologia, certo? Pode descobrir onde é norte?

-Bem... – Um crack cortou Nessie. – Ok! Isso está ficando ridículo! - Exclamou enquanto eu seguia o som rapidamente. – Então?

-Nada! – Me agachei no chão tentando ver algo, afinal estávamos em uma área mais escura da floresta. – Eu posso ver um galho quebrado entretanto.

Nessie apareceu atrás de mim se inclinando para ver algo.

-A luz é péssima! Por que mesmo que não podemos ver no escuro?

– Nós saímos correndo assim que acordamos, deveríamos saber para onde estávamos indo! – Comentei distraidamente. - Cruzamos caminho, certo?

-O que significa que outros demônios também vão cruzar por aqui... – Nessie pensou de repente. Nos olhamos cautelosas, expandi meu escudo imediatamente para nos isolar.

-Eles não vão nos ouvir. – Tranquilizei-a. – Assim que aparecerem, nós o seguimos...

Finalmente ouvi algo se aproximando.

-São eles. – Nessie murmurou olhando sobre o ombro com os olhos arregalados.

Um crack quebrou o silencio ao nosso redor.

Senti um arrepio correr pela minha coluna, não tinha como eles não terem ouvido essa.

-Correr? – Nessie perguntou nervosa ao ouvir os passos mudarem em nossa direção.

- Se esconder. – Puxei-a rapidamente para o monte abaixo e nos escondemos nas raízes da arvore.

Ela tinha razão, estávamos perdidas. Eu não conhecia toda floresta de Forks e estava escuro aqui!

-Ok, de duas uma: o seguimos, ou nós capturamos um e o fazemos falar.

-Demônios não gostam de dor? – Nessie ergueu a sobrancelha.

Olhei-a por alguns instantes.

-Então, vamos segui-los. – Declarei e ela concordou solene.

Edward P.O.V

Onde está Alice?

Esme me olhou nervosa, Rose estava do meu lado tentando entender o que exatamente acontecia.

-Eu não sei. – Respondi aos apelos mentais das duas. – Eu...

Um estrondo se sobressaiu sobre a luta lá fora.

Por que os demônios estão atacando a noite para inicio de conversa? O sol não dá uma vantagem sobre nós?

Rose tentou falar algo sobre termos que ir para a luta, quando eu vi o demônio vindo para cá. Me encostei na porta e agarrei o cano de uma arma que ele ia usar para atirar em nós (balas eram de nitreto de boro wurtzite, o metal mais forte do mundo, então eles poderiam nos machucar pra valer). O idiota atirou no segundo que sentiu minha mão no cano.

Fiz uma careta de leve, tínhamos uma resistência ao fogo, mas não significa que não queimamos. Puxei a arma do maldito e a bati em sua cara.

Eu não esperava a revolta furiosa dele. A criatura pulou em mim e seu rosto se tornou algo digno de um filme de terror classe A.

A arma foi na verdade a única coisa que impediu a criatura de enfiar suas longas presas (aquilo encolhe na boca dele? Sério, para onde vai a presa de 7 cm) na minha cara. O demônio foi tirado de mim bruscamente por Rose. A criatura lutou bravamente contra a loira, com movimentos rápidos demais para sua raça.

Rápido demais, podendo ser comparado a nós... Vampiros.

Esme enrolou o braço no pescoço dele e puxou, Rose agarrou os braços e seguro-os com toda a sua força.

A criatura ainda conseguia se debater nos braços das duas.

Acessei sua mente e ele finalmente paralisou, puxei a arma e atirei na cabeça do monstro. A cabeça explodiu na roupa delas, o corpo da criatura caiu no chão sem cabeça, as duas se olharam preocupadas.

-Ele era... – Rose começou.

-Forte. – Concordei preocupado com isso. – Vocês duas o seguraram e ele ainda tinha força para se debater.

-Apenas um vampiro conseguiria fazer isso, já cuidamos de demônios antes, Edward, nunca foi assim. – Esme me olhou com o cenho franzido. – O que eles querem?

-Eu... – Fiz uma careta. – Não faço ideia, a língua na mente deles não é nenhuma que eu conheça.

-Eu vou alerta a todos. – Rose puxou o celular eo ligando. – Cadê Emmett?

-Ele está lá em cima lutando, é o único forte o suficiente de para-los sozinho. – Olhei para o teto. – Mas não por muito tempo, vai precisar de ajuda.

Esme suspirou ao nosso lado e colocou as mãos na cintura com os pensamentos mil por hora.

-Nós precisamos para-los. – Ela falou pensando em voz alta. – Como?

Ouvimos rosnados por todo o prédio e havia carros lá fora com o alarme ativado, sem contar a gritaria.

-Bella sumiu por algum motivo. – Estreitei os olhos. – Tem que ter alguma conexão...

De repente explodiu pela janela um vampiro e um demônio lutando. Era Garrett, reconheci-o imediatamente, logo em seguida Kate pulou em cima dos dois.

Segui em direção a briga dos dois, Kate esta dando choque no pescoço do demônio quando eu o paralisei. Ela rapidamente segurou o corpo do demônio e Garrett puxou a cabeça com um crack poderoso de ossos quebrando.

-Que ótimo! – Revirei os olhos ao ler os pensamentos dos dois. – Não podemos morder os demônios por que o sangue matou um dos vampiros. – Respondi o olhar das duas. – Isso é bruxaria, com certeza tem a ver com Charlotte.

-Charlotte? A filha daquele líder Solari que você matou? Que controla demônios?! – Esme perguntou entre os dentes, furiosa.

-Dá onde veio tanto demônio?- Garrett perguntou se intrometendo. – Por que eu pensei que a situação em Seattle tinha sido controlada.

Nós o olhamos por um instante.

-Era uma armadilha. – Kate suspirou frustrada. – Os Volturis tem feridos demais por causa daquilo, se pensou que havia acabado com o clã ali, pois eram muitos, mas...

-São duzentos anos esperando por isso. – Completei sombriamente. – Sabe-se lá quantos realmente há.

-Se ao menos pudéssemos traduzir a língua dos demônios, poderíamos saber o que se passa em sua mente... – Esme refletiu pegando a arma de minhas mãos.

Ergui a cabeça pra Rose.

-Mas e a maldição deles? – Perguntei tentando ser racional.

-Eles foram treinados para isso, certo? – Rose argumentou.

-O que? – Esme perguntou nos olhando intrigada.

-Jane e Nicolas, eles...

-Oh! – Esme exclamou entendendo.

-Alguém poderia gentilmente explicar do que estão falando? – Garrett perguntou espiando a janela quebrada, pude ver que havia criaturas voando no céu.

-Jane e Nicolas fizeram parte de um clã antigo que mantinha a ordem do mundo, então eles acabaram e os Volturis tiveram que tomar controle disso. – Esme respondeu pensando em um plano.

-Os Volturis realmente responderam a outros? – Garrett perguntou erguendo a sobrancelha.

-Eles mantiveram o controle sobre os vampiros, apenas os vampiros, hoje em dia todas as criaturas respondem a eles. – Esme respondeu curtamente. – Tudo bem, chame Jane e Nicolas para cá, Kate ligue para Carmem descubra se ela ainda está nos Volturis e se sim, como estão as coisas lá.

-Ela não pode. - Rose a interrompeu olhando para a tela do celular horrorizada. - Estamos sem sinal.

-Mas essa. - Esme suspirou. - Tudo bem, Kate chame os Volturis, Garrett vá com ela. - Eles saltaram pela janela imeditamente.

-Eu preciso ir ajudar Emmett. – Rose disse ansiosa ouvindo os sons lá em cima.

-Precisamos ser rápidos, então. – Falei rapidamente antes que ela pirasse, Esme se virou para mim depois de dar um breve olhar lá fora (não era uma situação bonita)

– Ande com isso.

– Algo obviamente está comandando os demônios e... – Apontei para a cama vazia. – Bella sumiu pouco antes do ataque, vocês podem ver onde isso está indo.

-Não poderiam controlar Bella, ela tem o escudo, certo? - Rose me olhou intrigada.

-Sim, mas Nessie ouviu o comando que deram aos demônios, e Bella dormia, talvez pudesse ouvir nos sonhos. Seja lá o que viu as fez correr.

-Acha que ela pode saber da onde vem as ordens? Ou mesmo Nessie? – Rose me perguntou.

-Faz sentindo. – Suspirei olhando ao redor, tentando parar os pensamentos gritando ao meu redor. – Agora tem que ter um motivo para atacarem a noite...

Um rugido surgiu atrás de nós, vi os pensamentos antes do ataque, então institivamente pulei nas duas, empurrando-as no chão. Um ferrão estava na parede do outro lado do quarto e uma das criaturas estavam entrando com um olhar faminto.

-Como se mata isso? - Rose perguntou se erguendo rapidamente e puxando Esme.

Eu vi os pensamentos de minha prima antes dela sequer falar algo para Rose, por isso agarrei a loira e corri para fora do quarto o mais rápido que pude.

Os gritos de dor foram quase uma canção aos meus ouvidos, enquanto empurrava Rose no chão. Já que havia fogo explodindo para fora do quarto. Rose me empurrou quando diminuiu a intensidade e nós dois olhamos para a porta em expectativa.

Esme saiu de lá respiração pesadamente, mas parecendo relativamente bem.

-Um a menos. – Ela disse andando em nossa direção. - Agora, Rose, eu preciso que encontre Alice e, você, Edward, ache Bella. De um jeito ou de outro um dos dois vai achar a maldita bruxa que está ajudando eles.

-E então o que? Eles não vão parar o ataque por ter bom coração! – Rose exclamou revoltada, ela queria ficar com Emmett.

-Não, mas mata-la os deixara sem líder e os deixaram confusos e desorientados. – Esme rebateu. – E é melhor lutar com um demônio confuso, do que com um que sabe o que fazer. – Ela ficou ereta e fio de fogo saiu de sua mão, se enrolando no pescoço do demônio atrás de nós.

Esme o puxou bruscamente, mas em vez de arrancar sua cabeça, ele apenas caiu de joelhos no chão rosnado. Minha prima ficou furiosa e pulverizou a cabeça dele imediatamente.

E com isso o demônio morreu.

Agarrei o braço de Rose e a puxei pelo corredor.

Paramos no hall ao ver uma verdadeira batalha acontecendo ali. Ao menos Zafrina estava se divertindo horrores com tudo isso, e os Romenos também embora eles matassem com mais elegância e não manchavam o tapete como a amazona e suas facas.

-Edward! – Eleazar apareceu do nada. – Onde está Carmem?

-Kate foi atrás dela, não sabemos como estão os Volturis agora.

-Os celulares estão sem sinal.

- Oh! Eu sei!

Olhei para Rose, que pensava o mesmo que eu.

-Nos ajude a abrir um caminho para sair. – Pedi partindo para a luta.

Vai ser uma longa noite.

Victoria P.O.V

-Isso é ridículo! – Exclamei voltada. – Meu celular não funciona! Para que fim do mudo você me trouxe?

-Já lhe disse que estamos em Forks.- Marcus respondeu caminhando a minha frente.

-Forks é um dos fins do mundo! – Revirei os olhos. – Estamos aqui há dois dias! E eu tive sorte em enrolar minha irmã, mas apenas consegui por causa desse aparelhinho milagroso aqui.

-Eu não o chamaria de milagroso. – Comentou indiferente.

-Ah sim, você deve ter visto muito milagres nesses milhões de anos que viveu. – Cruzei os braços. – Sério, eu sei que preciso desse treinamento, mas não poderia esperar até as férias? Eu me sai bem com Alec, posso me virar por mais alguns meses.

-Estamos no meio de uma guerra, Victoria, você não tem escolha, é um alvo tanto quanto qualquer um da família.

Chutei uma pedra impaciente com aquilo.

-Você já me ensinou o suficiente, chefe, tudo o que preciso é manter a pratica.

De repente o meu ar foi embora e o pé do Sr. Volturi do mal estava na minha garganta.

-Você uma vampira, Victoria, ainda assim pode ser lenta quando não se trata de um perigo real. – Ele estendeu a mão, mas eu me levantei sozinha, bastante carrancuda. – Você é ótima em fugir, mas terá horas que lutar é necessário.

-Eu não poderia apenas fingir minha morte e ir viver em paz bem longe daqui? Eu sempre quis conhecer a Argentina. – Olhei-o divertida, Marcus deu um mínimo estreitar de olhos para mim antes de se virar.

Isso era bom! Significava que eu estava conseguindo fazê-lo perde a paciência.

Esse era exatamente o meu alvo...

Parei de sorrir de repente, parei de andar, parei até de respirar.

Eu basicamente congelei completamente.

A sensação de perigo estava ali de novo.

Perigo se aproximava, dei um passo para atrás hesitante e olhei para Marcus. Ele me olhou analiticamente por um instante, então inclinou a cabeça como se ouvisse algo, me esforcei para prestar atenção e havia mesmo algo, bem de leve, muito leve.

No instante seguinte, eu estava atrás de uma arvore com Marcus.

-O que está fazendo? – Perguntei em pânico, fugir, é isso que tinha que fazer, não ficar ali esperando para nós encontrar.

- Cale-se. – Mandou rispidamente e eu me calei, por que sinceramente seu tom me assustou.

Prendi até a respiração, enquanto observa ele olhar para baixo desfocadamente, prestando atenção em algo que eu não poderia ouvir. Depois de um minutos inteiro, ele finalmente me soltou, parecendo em alerta.

-Sumiu? – Perguntou em tom baixo.

-O que? – Franzi o cenho, ele me olhou. – O perigo? Sim... – Franzi o cenho. – O que fez?

-Nosso cheiro está ao redor, eu fiquei a favor do vento, Victoria, eles tomaram outro direção.

Soquei seu peito, e caramba, parecia pedra.

Como minha mão não quebrou, eu nunca vou saber.

-Que ideia estupida é essa de ficar parado! – Exclamei revolta, ele tampou minha boca parecendo finalmente irritado.

-Vai chamar a atenção deles. – Falou em tom baixo. – E correr seria como chama-los para nós, agora que caminho você acha seguro seguir?

Olhei ao redor tentando seguir o instinto, mas Marcus me puxou de novo. Um dardo atingiu a arvore ao lado.

-Eu pensei que eles tinham ido.

-Não são eles. – Marcus respondeu me empurrando para o lado. – Para onde?

-Eu... – Me virei quando ouvi algo em minha direção, agarrei o dado no ar antes que atingisse minha garganta, quase sorri de alegria...

Mas então o negocio me queimou e eu gritei soltando o treco imediatamente. Engasguei quando senti o duas picadas no meio peito e estomago. Olhei para baixo, ok, eu fui atingida pelos dardos envenenados.

Tudo ficou complemente escuro em questão de instantes.

Alice P.O.V

Eles me olharam nervosos, sorri tranquilizante para eles.

-Está tudo bem. – Falei para os bruxos. – Elas estão seguindo os demônios agora, tudo graças ao truque dos galhos.

-Com isso vai nos ajudar? – Henry perguntou com o cenho franzido.

-Vocês tem ideia de como o futuro é traçado? – Perguntei erguendo as sobrancelhas. – Cada detalhezinho conta, elas se perderam. Se os demônios não tivessem passado por elas, ainda estariam perdidas e não chegariam ao deposito.

-E qual é a importância do deposito? – Veronika perguntou.

-Nessa historia que estamos fazendo aqui, é onde o "final feliz" acontece por hoje. – Ou quase isso, acrescentei para mim mesma.

-Final feliz? Está se ouvindo? Faz soar como se não fosse pessoas de verdade e sim um conto de fadas. – Henry me olhou enjoado.

-É mais fácil assim. – Olhei para a areia. – Pessoas morrem todo o dia, queridos, não dá pra impedir e não tem por que. Morte é algo natural, até mesmo vampiros morrem.

-Nós poderíamos...

-Nem se incomode de termina essa ameaça, nem mesmo sua graciosa avó poderia me matar. – Revirei os olhos. – E tudo isso termina com vocês sendo livres, então não reclamem. – Acrescentei secamente. – Agora, eu preciso...

Jane P.O.V

-Tem certeza disso? – Perguntei a Nicolas.

-Eu consigo sentir o cheiro de Nessie por aqui. – Ele concordou, seu olfato era obviamente mais avançado que o meu. – Mas também tem outro cheiros... Demônios e Bella. Não sente?

-Eu posso sentir o cheiro, mas está misturado. – Segui-o cautelosamente. – Muito demônios. – Olhei para ele erguendo as sobrancelhas.

-Lembra dos velhos tempos?

-Nem me fale. – Dei um risinho. – Se eu estivesse com uma espada nas costas ia achar que algo muito estranho aconteceu.

-Jane, querida, coisas estranhas acontecem pelo menos três vez ao dia conosco. – Ele rebateu se agachando. – Um minuto. – Ele desapareceu em um monte embaixo de uma arvore. – Elas estavam aqui!

-Elas? Certeza que era Bella? Podia ser qualquer outro demônio, aqui está infestado pelo o que posso cheirar.

-Acontece que Bella tem um cheiro misturado com o de Edward. – Nicolas apareceu mais a frente. – Não é muito forte, mas posso sentir o toque dele em seu cheiro.

-Sinceramente, me pergunto como pessoas acreditam que o casamento dos dois é puramente politico. – Comentei em voz alta. – É mais fácil acreditar na teoria de Nessie, na qual eles são namorados fingindo que estão noivos.

-Exceto, Jane, que ele é vampiro. – Ele respondeu lá na frente, olhei para a escuridão com a sensação de estar sendo vigiada. – Vampiros são mais extremos quando se trata de achar companheiras, "namoro" para vampiros seria uma semana com uma humana qualquer que teria sorte de sair viva. E quando é um relacionamento entre espécies, se passar de sexo, eles tem um problema, ou não. - Ele acrescentou pensativo. - Depende do ponto de vista.

-Desde quando sabe tanto sobre vampiros?

-Eu vivi mil anos, não vivi? Sei tudo sobre cada espécie no mundo. – Ele respondeu um tanto arrogante.

-Ok, lobo, para onde? – Perguntei vendo suas costas.

-Bem... – Ele parou de falar e se virou para mim com um olhar de cautela, ele parecia capitar algo no ar. – Sente isso? – Perguntou em tom baixo.

Olhei-o intrigada por um instante, enquanto tentava cheirar o que ele tinha.

Então a brisa veio e eu senti, endureci e olhei para ele.

-Eu encontrei muitas criaturas na minha vida. – Ele comentou andando lentamente em minha direção. – Demônios são de longe as que mais me surpreendem pela variedade de espécie.

-Algo sobre a copulação e o fato de possuirem qualquer coisa viva, eu imagino. – Respondi dando de ombros. – Como eles conseguiram trazer isso aqui?

Um rugido foi se ouvido ao longe atrás de mim.

-Trouxeram para a festa, lembra?

-A cidade deveria estar protegida. – Teimei olhando para trás um tanto assustada.

Cães do inferno, criaturas invisíveis e mortais.

-Eu os distraio. – Ele disse tirando o casaco.

-O que? Não!

-Eu sou um lobisomem, Jane, vão me seguir. Tomarão como desafio, posso leva-los para longe.

-Vão te matar. – Eleabriu a boca para retrucar, mas eu o cortou. – Nem sequer tente dizer que é para me salvar! E você fez uma promessa de que não seriamos separados! Não pode quebra-la literalmente cinco horas depois! – Um som estranho foi se ouvido ao longe.

Nos viramos intrigados, parecia um desmoronamento de pedras...

-A natureza está nos ajudando. – Nicolas comentou enquanto os cães se afastavam. – Mas não por muito tempo, eles podem dar a volta. – Puxou meu braço e começamos a correr.

Nessie P.O.V

Seguir demônios foi uma péssima ideia!

Não por que fomos pegas, por que não fomos! Mas por que não sabemos bem o que fazer agora que chegamos sabe-se lá onde.

-Entrar é a única saída.

-Ok, espertalhona, mas como? – Bella cruzou os braços se virando para mim, estávamos as duas encolhidas nas arvores, mas graças ao escudo de mamãe, estávamos indetectáveis.

-Deixe-me ver a área. – Rebati olhando para arvore atrás dela. – Me dê um impulso, mamma.

Ela me olhou, então entendeu o que eu queria dizer. Bella entrelaçou as mãos e as posicionou para mim, dei alguns passos para trás e corri em sua direção. No segundo que pisei em suas mãos, ela me empurrou para cima.

Me lembro da primeira vez que fizemos isso. Meu traseiro bateu na cabeça dela, e no susto (de alguma forma) eu cai para trás dando uma cambalhota no ar, caindo que nem um gato.

Foi assim que nós duas suspeitamos que se pulássemos de grandes alturas, não nos machucariam se caíssemos de forma certa.

Ao menos ninguém quebrou algum osso nesse episodio, se bem que aprendemos que há coisas piores que quebrar ossos, como engolir substancias químicas.

Soda caustica foi traumatizante, mas nenhuma de nós se importava em morrer naquela época, então...

De qualquer maneira, aquilo não funcionou muito bem e ainda estamos vivas hoje em dia.

Bem, estou agarrada a uma arvore nesse exato momento, como se eu fosse um macaco ou algo assim. Escalei a arvore rapidamente e me sentei nos galhos observando o local.

Sem câmeras de segurança visíveis, alguns guardas, demônios indo e saindo pelo o outro lado. Olhei para o céu, tudo escuro, mas eu podia ver alguns vultos indo embora no céu.

Eles tinham pássaros vigias ou simplesmente ganharam asas? Se minha falecida mãe estava certa, demônios são anjos caídos...

Espera ai! Cadê os anjos? Se existe demônios, deve existir anjos! Então cadê eles para limparem a bagunça? Balancei cabeça me focando no que interessa: Jake lá dentro!

E Leah também, eu suponho. Talvez conseguimos exorciza Seth também.

Olhei para baixo procurando por Bella... Cadê a Bella? Olhei ao redor rapidamente e a localizei na porta de entrada falando com os demônios!

-... Então? – Ampliei minha audição tentando entender o que a desgraçada estava fazendo.

Os dois demônios se olharam, matutando sobre seja lá o que ela tenha falado e a porta do deposito se abriu dentro de segundos.

Olha Angela jogando a merda no ventilador! Que droga, Bella!

-Boa tentativa, bolinho, mas conhecemos sua cara. – Eu pude ouvir o sorriso em sua voz. – Felizmente para você, nós queremos que esteja aqui, como sua cria. Onde está ela?

-Ela não estava comigo.

-Mas com certeza pegou a mensagem. – Angela abriu a porta e entrou. – Siga-me.

-Eu não sou suicida.

-E nós não queremos te matar.

E Bella a seguiu cautelosa.

Eu quis gritar para ela parar, mas meus sentido foram distraídos. Um rosnado baixo me arrepiou toda, olhei para baixo com todos os meus sentidos de sobrevivência me alertando.

Mas que porra era aquela? Parecia um cruzamento de urso e largato, tinha pelo menos dois metros de comprimento e um rabo enorme...

Seria um dinossauro ou algo mutante? Isso sequer existia? Tinha garras enormes e era cinza e... O quer era aquilo? Ele estava se transformando em outra coi...

OH MEU DEUS!

ERA O SETH!

CARALHO! SANTA MÃE DE DEUS!

Cravei as unhas na arvore para não cair. Eu acho que tinha outro motivo para demônios não possuírem transfiguradores...

Mas é claro! Quando demônios possuem, eles transformam o corpo humano, por que seria diferente com outras criaturas?

-Então? – Um dos guardas perguntou enquanto Seth se encaminhava em direção deles nu como no dia que nasceu.

-Houve um derramamento e desviou as belezinhas aqui. – Apontou para trás. – Mas está tudo bem, a maioria já está indo para a cidade, esse grupo fica conosco.

Foi então que ouvi os rosnados. Olhei para o gramado tentando entender da onde vinha.

E por mais estranho que pareça: eu não os via, mas podia senti-los. De alguma forma sabia onde cada um estava.

Deve ser coisa de demônios.

-Coloque os cães para patrulharem a área.

Olhei para cima, eu ainda podia escalar ainda mais, ou ficar parada, por que o chão não era um opção.

Bem, se eu subisse poderia entrar por cima.

Ok, eu tinha um plano, hora de segui-lo.

Alice P.O.V

-Chega! Não faremos nada até que nos ajude com o espirito! – Henry disse abruptamente.

-Henry... – Veronika ralhou em voz baixa me olhando cautelosa, garota esperta.

-Não, ela está nos usando! Nosso circulo está em perigo por que essa coisa fica nos possuindo e fazendo coisas para os demônios que...

-Tudo bem! – Corte-o cruzando os braços e olhando para o céu sem lua. – Convoque o espirito.

-Acha que não tentamos antes?

-Olhem a redor. – Suspirei entediada. – O que vêm?

Os dois olharam ao redor, Veronika atenta e Henry cauteloso. Respirei fundo por um momento, engolindo "Olhem com o solhos! Vocês vêem mas não observam!" entalado na minha garganta.

É impressionante como as pessoas podiam ser cegos.

-Estão em um circulo de troncos, meus queridos. Rodeados por inscrições que eu fiz na areia. – Falei em tom sereno que não tinha nada a ver com minha impaciência interior. – Por que acham que sua avozinha querida não está aqui demandando que se afastem da vampira? – Olhei-os zombeteiras. – Por que vampiros são criaturas extremamente perigosas. - Os dois me olharam com um pequeno brilho de medo, eu tinha acabado de falar a mesma coisa que sua avó lhes disse.

-E eles não são? – Henry me desafiou.

-Eu não disse isso. – Rebati com sorriso alegre. – Vocês estão selados aqui, é complicado de explicar, mas sua magia trabalha como em grupo aqui dentro, estão protegidos de qualquer magia de fora. Era usada antigamente, quando os tempos sombrios exigiam privacidade e cautela. Se os dois chamarem o espirito, ele terá que aparecer. – Apontei para a fogueira.

-Como sabe tanto? – Veronika perguntou curiosa.

-Eu não passei os ultimos seculos me bronzeando na praia. - Brinquei com eles, não tinham nada que saber do meu passado. – Agora andem, está na hora de jogar a primeira pedra, convoque-o. – Estralei os dedos para a fogueira.

Nicolas P.O.V

Eu estava vinte metros de distancia mais ouvi o sonoro som de um corpo caindo, me virei rapidamente e vi Jane no chão. Corri em sua direção horrorizado, um cão infernal? Eu não ouvia nada dali, então...

Ela abriu os olhos bruscamente e se virou para mim defensivamente.

-O que aconteceu? - Me olhou em alerta.

-Você desmaiou. – Olhei-a confuso.

-O que...? – Ela franziu o cenho por um instante, então sua cabeça se virou para trás bruscamente, como se tivesse ouvido algo, o que provavelmente era.

Me concentrei e pude ouvir os leves passos em nossa direção.

-Por que fez isso? - Jane perguntou mal humorada.

-Tinha que alerta-los que estávamos vindo. – Ouvi o leve sussurrou, então Edward Cullen estava na nossa frente.

E deuses! Ele parecia ter saído do inferno, ou de uma guerra, provavelmente havia sido uma mistura dos dois. Ao menos eu não cheirava cães infernais nele, os rasgões nas roupas devia ser os demônios mesmo.

-Cães? As noticias só melhoram. – Ele nos olhou sorrindo sarcástico. – E Bella também fugiu como Nessie, ao menos ambas estão no mesmo lugar e possivelmente no mesmo lugar que Jake e o centro de controle dos demônios.

-Como você está lendo isso? – Olhei-o incrédulo, não devia estar bloqueando Jane?

-Paralisei o cérebro dela, demora alguns instantes para voltar tudo ao normal e estabelecer seu escudo, lobo, algo sobre processar que não é um ataque meu e sim para proteção.

-Mas como seu poder o atravessou?

-É um ataque físico, direto ao cérebro. – Passou por mim impaciente, também estaria se minha Jane tivesse sumido na floresta com cães infernais e demônios. – Não é só na floresta, é na cidade também, vim atrás de Bella, mas também de vocês.

-O que é?

-Precisamos de um tradutor de demônios, entender o que raios eles estão planejando. – Ele respondeu andando a nossa frente apressado, farejando a companheira, pelo o que sei vampiros podem achar as companheiras mais rápido que um lobisomem, não importa se o olfato não é tão avançado.

Algo sobre estar acostumado com o cheiro e ter adoração por ele.

-Então vieram até nós. – Completei a linha de pensamento.

-Sim, são os que mantinham a lei antigamente, não? Obviamente são letrados na língua dos bastardos.

-Podemos ajudar. – Jane pigarreou.

-Oh sim, vocês não podem falar sobre isso, bem esperto, até os pensamentos ficam embaçados quando pensam sobre a antiga ordem dos Tulekahju, ou talvez seja o escudo de Nicolas. – Ele parou de repente. – Tudo bem, Nicolas eu vou precisar que você vire lobo e faça alguma magica de alfa nos tais cães.

-Não. – Jane rebateu grosseiramente. – Ele não vai a lugar nenhum.

-Tudo bem, então. – Edward estreitou os olhos para ela. – Faça sua magia, Jane.

-O que? – Olhei-o intrigado.

-Ela pode atingir objetos invisíveis com seu dom, Tanya é prova disso, mantenha todos sob tortura.

-Mas os demônios vão ataca-la imediatamente.

-Não se eu os paralisar e ai meu caro lobisomem, você me ajude a arrancar o coração.

-É melhor eu virar lobo e arrancar as cabeças, é mais rápido.

-Exceto que o sangue deles é venenoso para os vampiros, sabe-se lá por que.

-Para vampiros, eu sou um lobisomem.

-Você não pode arriscar. – Jane rebateu preocupada. – Nós não temos tempo para isso...

-E você não pode parar todos. – Rebati impaciente. – Não vou arriscar com você também, você pode atingir alvos invisiveis, mas tem que saber onde estão e eles tem que estar agrupados para poder afetar a todos de uma vez.

-Então... – Edward se virou e parou de falar de repente, enquanto olhava sobre o ombro, escutando algo, um pensamento.

-O que foi?

-Eu tenho a solução do problema...

Victoria P.O.V

Gemi sentindo uma dor horrível em minha cintura, eu não sabia explicar, era como varias facas enfiadas na minha pele.

Abri os olhos tentando puxar as mãos e engasguei de dor imediatamente, lagrimas queimaram em meu olhos enquanto eu olhava para o lado sentindo um pânico entrando em minhas entranhas.

Tinha um pino atravessando a palma da minha mão, ele tinha uma corrente que prendia a arvore ao meu lado. Pela dor na outra mão, a mesma acontecia com meu lado direito.

Então resolvi olhar para o meu estomago, enquanto sentia as lagrimas escorrendo. Havia mesmo uma corrente ao meu redor, uma corrente cheia de pinos afiados.

Oh meu Deus!

Não se mexa Victoria, por tudo que é sagrado não se mexa!

-Oh Deus... – Murmurei soluçando.

-Victoria... – Olhei para frente, Marcus também estava lá, só que não estava amarrado cruelmente como eu, estava só acorrentado.

Estávamos em um dos vários penhasco de La Push, eu podia apostar.

-Olha quem acordo. – Fechei o olho não acreditando naquilo.

Era Alec.

Que coisa!

-Por que eu não estou surpresa? – Comentei abrindo os olhos e olhando para cima. Ele esticou o braço e tocou em meu rosto, virei a cara não gostando nada do olhar em seu rosto.

-Eu lhe disse que pagaria, querida. – Ele sorriu sinistramente. – É assim que os Volturis punem seus vampiros, sabia?

-Morte não é a punição por traição? – Perguntei entre os dentes.

-Bem, sim, mas há sempre exceções, você, por exemplo, é minha cria, não posso apenas mata-la, entende?

-Totalmente. – Rebati sarcasticamente, enquanto algumas lagrimas escorriam pelo meu rosto.

-Como você conseguiu? – Marcus perguntou de repente. – Fez parte dos Volturis, Alec, mas não teve acesso a tanta informação, nem Jane se atreveria a falar certas coisas a você.

-Minha criadora gentilmente me deixou saber de tudo. – Alec respondeu, tudo o que ouvi foi silêncio de Marcus. – No fim, eu tenho direito a saber, sou um de vocês.

O que? Nada faz sentindo.

Algo afiado me atingiu, Alec tinha me apunhalado.

Não deu pra não gritar.

-Vejam só, esse foi bem perto do coração, tenho que tomar cuidado, esse tipo de arma pode matar um vampiro. – Olhei para a adaga prateada, era parecida com as armas que usaram para ataca-los naquele primeiro dia depois do por do sol.

Ainda me lembro da massa cinzenta que o vampiro virou depois que Athenodora o atingiu.

O objeto na mão de Alec brilhava perigo para mim, me deixando sem qualquer duvida de que aquilo podia mesmo me transforma em uma massa cinzenta.

Bella P.O.V

-O que ela faz aqui? – A bruxa dos Solari estreitou os olhos para a mulher palida que perguntou.

-Não há maneira melhor de atrair Edward com sua mulherzinha. – Em um movimento fluido o braço da bruxa se estendeu em minha direção, e um facão veio em minha direção.

Não me dignei a piscar, meu escudo bloqueou tudo facilmente. Olhei para a mulher no canto da sala interessada, cabelos escuros e olhos vermelhos... Ela é uma vampira.

-O que alguém como você está fazendo aqui? – Perguntei confusa, ignorando a bruxa.

-Acredito que não te interessa, Swan. – Disse em tom frio, então estava na minha frente agarrando meu braço, prendi a respiração tamanho foi meu susto.

Velocidade vampírica era sempre assustadora, mas...

Meu escudo.

-Afinal por que exatamente estão sendo tão civilizados comigo? Pensei que já estaria morta a essa altura. – Comentei sarcástica, os demônios ao meu redor rosnaram.

-Não se preocupe com isso. – A bruxa falou, então...

Me senti sendo torcida e tudo ficou escuro.

Rose P.O.V

Eu estava um poço de emoções, então quando fui eletrocutada obviamente perdi minha paciência.

Por isso o humano estava lutando para respirar sob o aperto de minha mão que o ergui do chão e a outra humana estava sentada no chão sem nos olhar.

Alex e Neal.

Estava indo pela floresta de La Push, onde Alice disse que ia estar mais cedo, quando ouvi os humanos Volturis e resolvi pergunta por informações.

Tudo o que eu fiz foi pergunta a humana algo através minha hipnose para ter certeza de que falava a verdade – Nesses dias não se pode confiar em qualquer um. Então Neal, o outro humano, jogou um raio em mim.

E aqui estamos.

-Você não pode me atacar, eu o hipnotizei para não poder fazê-lo, então pare de tentar. – Ele continuou forçando. – Sua mente não é forte o suficiente, mesmo lobisomens levam anos de treinamento, um treinamento bem mais doloroso que os dos Volturis. – Solte-o e ele se estatelou no chão. – Então, você viu Alice Cullen?- Perguntei olhando diretamente em seus olhos.

-Não.

-Sabe algo sobre os ataques? – Aproveitei para pergunta.

-Sim.

-O que é?

-Foi planejado por uma vampira. - Franzi o cenho.

-Como sabe disso?

-Eu trabalho com ela. – Ergui a sobrancelha.

-Quem é ela?

-Eu não sei seu nome, os Fenix a mandou. – Isso me interessou.

-Qual foi a ultima coisa que fez para ela?

-Eu matei uma sereia da costa em La Push.

Imediatamente me veio...

Pó de sereia!

Bella e Nessie tomaram pó de sereia, se descontrolaram, na confusão Jake foi sequestrado e agora elas estavam seja lá onde ele estava preso com sua alcateia.

E a escola pegou fogo distraindo os sentidos vampiricos com a fumaça, sem contar que estaríamos despreocupados por causa de Seattle, achando que tínhamos eliminado os que estavam ao nosso redor.

Foi então os demônios atacaram com tudo.

Tudo não passou de um plano.

A pergunta é: qual é o objetivo?

Olhei para a pessoa que me ajudaria a ter as respostas.

Veronika P.O.V

Minha mente me dizia que aquilo era um erro, não devíamos estar aqui, mas de alguma forma eu sentia que podia confiar em Alice, ao menos por agora.

Ainda mais quando algo apareceu na fogueira e Alice começou a falar em outra língua.

-Eu não entendo quem era? – Perguntei me aproximando da fogueira hesitante.

-Há coisas que não precisa saber. – Alice respondeu ainda encarando a fogueira. – O que interessa que o feitiço que vocês acabaram de recitar tranco-o no outro lado.

Olhei para Henry preocupada com aquilo, nós tínhamos ideia do que ela tinha nos feito fazer. Apenas recitamos o que ela ditou, a fogueira começou a queimar mais intensamente e Alice passou a falar em outro idioma.

-Nós terminamos? – Henry perguntou.

-Com o colega ali? Sim. Comigo? Não.

-O que quer que façamos agora? – Perguntei antes que Henry falasse algo rude, mexíamos com uma vampira, não com uma bruxa, ele tinha que tomar cuidado com a língua.

-Precisamos parar o movimento lá... – Alice se interrompeu, seu olhar se perdeu e ela se fixou no chão parecendo bem longe daqui.

Nos olhamos intrigados com sua reação, Alice piscou bruscamente, puxando o ar ruidosamente, como se tivesse acabado de submergi na agua desesperada por ar. Ela franziu o cenho e passou a andar de um lado para o ouro e murmura coisas impossíveis de se entender.

Ela parecia estar tentando decifrar alguma forma matemática complicadíssima.

-O que foi? – Henry perguntou não aguentando mais o suspense.

-Quando se mexe com o futuro cada detalhe tem que ser pensado, cada possibilidade que pode vir. Uma a pedrinha no meio da calçada é tudo que precisa atrapalhar um ciclista, o levando para a rua e causando um acidente realmente sério...

E nós estávamos tentando reescrever o futuro, eu podia entender quão complicado era para ela.

-Qual o problema? - Perguntei tentando ajudar.

-Tem coisas que tem que acontecer, não importa o quanto você tente mudar. – Ela suspirou e nos olhou. – Destino é uma cadela. – Nos olhou por alguns instantes e então sorriu, aquele sorriso de quem sabia de coisas. – Voltemos ao trabalho, tem coisas a fazer, uma pequena mudança me forçou a mudar o curso das coisas.

-O que é? – Henry perguntou, enquanto Alice se ajoelhava na areia.

-Bem, deixe-me explicar o que vão fazer. – Ela nos olhou sorrindo. – Chover.

Ergui as sobrancelhas.

-Uma verdadeira tempestade que cobrira toda a região, e precisaremos de raios e tudo o que uma tempestade tem direito. – Alice se inclinou na areia e começou a escrever algo. – E não é simples assim controlar a natureza, vocês sentiram poderosos e em um ponto estarão completamente perdidos. E é ai que vocês terão que soltar a tempestade e deixa-la livre de seu poder.

- O que?

-Para que a tempestade pare vocês terão que parar o feitiço e isso pode ser um pouco difícil dada a sensação viciante de poder que trará. – Alice nos olhou divertida. – Mas não se preocupem, os dois poderão carregar tudo muito bem, seu sangue é forte o suficiente.

Victoria P.O.V

-Qual é a verdadeira razão para você me transforma? – Perguntei tentando distrai-lo, e em parte querendo saber a verdade. – Tem que ter uma razão razoável.

-Eu precisava de alguém dentro, você pertencia a Riley, ele a assumiria e eu poderia manipula-la. – Alec olhou para Marcus. – Não contava com você a reclamado para si, fez minha cria rebelde.

-Você não pode mata-lo, ele não é normal. – Comentei olhando para a raiva que Alec se dirigia para Marcus, me perguntava o que raios o Volturi sem coração fez a ele.

-Eu sei, mas eu posso mata-la. – Se virou para mim.

-Então faça, por que a tortura? Por que eu suspostamente te trai? – Eu teria rido, mas doía. – Você o fez primeiro, quando me largou no meio do campo logo depois de me morde.

-Te matar o atingiria, querida, não percebe? – Ele riu apontando para o chefe Volturi, que o olho silenciosamente.

Ele não falou uma palavra desde que os gritos começaram, parecia muito concentrado em algo além dos meus gritos.

-Ele não se importa comigo, idiota. – Rebati ansiosa. – Então pode me matar. – Era tudo o que queria.

-Ele pode não se importa com você, Vicky, mas um Volturi tem honra e ele a tomou sob sua responsabilidade, ele falha consigo mesmo se você morrer.

-Essa é a coisa mais fodida que eu já ouvi. – Resolvi apelar. – Você é retardado? É realmente estupido o suficiente para pensar que Marcus se importa com uma coisa idiota como honra? – Falar e falar, isso na verdade me distraia da minha dor, as maravilhas do cerebro vampirico. – Apenas ande com isso, antes que perda a chance.

-Perda a chance? – Alec se aproximou estreitando os olhos. – Acha que pode escapar? Se pudesse se olhar agora Victoria, coberta de sangue, cheirando a carne queimada... – Olhou para os pinos que prendiam minhas mãos. – Você não tem saída. – Se inclinou em meu rosto completamente divertido.

Fechei os olhos controlando o impulso de pular nele, se o fizesse minhas mãos seriam arrancadas e eu ainda estaria presa na arvore com minhas tripas de fora, por que aquela corrente ou me prenderia ou me rasgaria se eu desse um impulso forte. Estava inclinada a achar que seria rasgada.

-Agora abra a boca. – Agarrou meu rosto e apertou até abri-la.

E um liquido escorreu pela minha boca me queimando inteira por dentro.

As lagrimas saltaram imediatamente, enquanto eu tentava com todas as minhas forças não me sacudi, minhas mãos iriam ser arrancadas se eu tentasse.

-Nada como uma boa soda caustica, não? – Ele riu sinistramente, enquanto ouvia meus gemidos sufocados.

Nessie P.O.V

Eu tinha matado o terceiro demônio guarda no terraço quando os uivos cortaram a noite. Olhei para o fim do terraço com assustada, era tipo quando você está no meio de um roubo e o alarme toca.

Você entra em pânico!

Uma mão cobriu minha boca e me puxou bruscamente para trás. Dei uma cotovelada, reagindo imediatamente...

Crack.

Meu grito foi abafado pela mão.

Eu literalmente quebrei o meu cotovelo no estomago do meu atacante! Mas que...

-Sou eu. – Edward falou em tom baixo me virando rapidamente, ele franziu o cenho ao ver meinha cara de dor e depois olhou para o meu braço.

Ele já estava empurrando o pulso na minha boca antes que eu pudesse piscar, eu mordi hesitante, não estava no meu auge de força de qualquer maneira.

Então sangue era bem vindo.

-Escute com atenção, não faço ideia do que os demônios estão pensando, não falo demônies. Pelo o que vi, Bella está com o pescoço quebrado junto com Jake e Leah.

O que está esperando para entrar? – Perguntei mentalmente.

-Cães infernais? Eu não faço ideia de onde exatamente eles estão, sendo que o lugar é no subterrâneo? – Ele ergueu as sobrancelhas impaciente e puxou o pulso. – Agora, faça o que eu dizer.

-Ok... – Murmurei preocupada com a situação inteira, enquanto ele me puxava para a beirada.

Aproveitei e olhei para ele.

Quer dizer, Edward parecia ter saído de um lixão com toda aquela sujeira e sangue, ou de uma daquelas épocas batalhas que víamos nos filmes. Exceto pelas roupas, aquilo ali faria Alice desmaiar (e vampiros não desmaiam) de horror.

-Mantenha-os juntos. – Ele me virou para a beirada, eu não vi nada, mas pude senti-los ali.

Cães infernais.

-Espera! O que?! – Olhei-o horrorizada.

-Desculpe por isso. – Ele me deu um sorriso pesaroso.

E me empurrou lá pra baixo.

Athenodora P.O.V

Eu estava em meu quarto, escrevendo quando senti a presença. Ergui o olhar para o espelho e observei o reflexo do quarto atrás de mim, não havia nada, mas eu ainda podia sentir.

-Tanya? – Perguntei curiosa.

Ela apareceu, sua imagem me fez arregalar os olhos. Me virei imediatamente para ela para vê-la caindo no chão exausta. Rapidamente apoie-a e a levei para a cama.

-O que aconteceu? – Ela estava coberta de cicatrizes e sangue, suas roupas rasgadas, mas o que me chamou atenção era que ela estava a beira de lagrimas.

Tanya não chora. Esse era apenas o tipo de pessoa que ela se tornou.

Algo sério aconteceu.

-Ela o matou. – E o choro venceu Tanya, seu lamentou me deixou preocupada.

-Quem morreu?

-Se acalme, querida.

-Eleazar. – Ela soluçou. – Ariadne o matou.

Aquilo me gelou por dentro.

-Como isso aconteceu? – Perguntei me erguendo e pegando sangue na garrafa térmica, ela o tomou ansiosamente.

Sangue tinha quase o mesmo efeito na carga emocional vampírica, que álcool para os humanos.

-Eu fui visita-lo quando a batalha lá estourou, todos estão lutando aliais. – Eu acenei sabendo da situação, mas Caius jamais me deixaria em um campo de batalha e eu não fazia questão de sujar minhas mãos até que fosse necessário. – Edward e Rose o ajudarão a sair e eu os segui, nos separamos no lado de fora e Eleazar e eu fomos procurar Carmem. – Soluçou tentando recuperar o controle, mas começou a chorar de novo.

Dei uns tapinhas em sua costas a consolando, perde alguém que era como seu irmão deve ser difícil. Eleazar era a única família restante para Tanya, seu criador morreu pouco depois que a transformou e ela decidiu se ingressar nos Volturis, enquanto o irmão saia para viver com Carmem com os Cullen.

Foi ideal ela noivar com Edward.

Tanya não tinha sonhos de amor verdadeiro, eles foram destruído quando seu noivo morreu quando humana. A dor da perda apenas aumentou como vampira e Aro usou isso ao seu favor. Ninguém contava que ela se tornasse tão indiferente que traiu Edward com Demetri.

Se soubessem que foi minha culpa ela ter o traído...

-Continue, querida. – Pedi alisando seu cabelo como faria com minha filha se tivesse uma.

-Eu fiquei invisível, ele foi agarrado por dois demônios e o arrastaram, os segui mais de alguma forma eles eram mais rápidos. – Ela franziu o cenho e eu acenei com a cabeça preocupada com aquilo. – Os segui até um prédio, Ariadne estava lá, ela disse que ele sabia demais e que não podia se dar a esse luxo, então... – Ela voltou a chorar olhando para o chão.

Me deixava triste ver que mesmo tendo se entregado ao choro, ela não procurava consolo, ficou apenas sentada chorando. Eu não falei que ia ficar bem, apenas acariciei seu cabelo e a deixei chorar, sentindo meus olhos arderem de leve.

Não por Eleazar, eu pouco me importava com ele, muitos ainda irão morrer antes que tudo acabe. Era de Tanya que eu tinha pena, ela tinha um coração de pedra, mas não acho que sobrará algo depois disso.

Há muito tempo atrás, em uma das nossas primeiras centenas "conversa de travesseiro" (e elas são perigosas, pois nossa língua sempre parece mais solta depois de copular) Caius me contou a historia da família. Eles viviam separados por um tempo, depois da morte da irmã de Aro, que acontecia de ser esposa de Marcus. Caius me contou quão frustrante foi ficar do lado de Aro na briga dos dois, pois de fato ela tentou transforma-los em humanos.

Aro tentou mata-la cego de raiva, ela fugiu e no fim se suicidou, e Marcus culpou Aro por isso. Caius me disse que Marcus teria tentado se suicidar se isso fosse possível, mas eles eram os primeiros da raça e isso era impossível. Lembro de ficar confusa, afinal "Didyme não era uma das primeiras também?", lembro de pergunta e ele replicou que "Ela não foi criada de bruxaria como nós, ela foi transformada por Marcus, como você foi por mim, meu sol".

De qualquer modo, Aro e Caius perceberam o efeito da morte de Didyme em Marcus. O vampiro se transformou em uma pedra de gelo, completamente apático ao mundo. Ele fechou as emoções para não sentir dor...

Do mesmo jeito que vários outros vampiros fizeram ou farão (é um risco que você aceita quando se apaixona), como Tanya fez, o problema é que só por que ignorá seu coração não significa que deixou de tê-lo.

E eu vejo que Tanya está bem perto de deixar de ter. Suspeito que esse era o plano de Didyme o tempo todo, ela quer um vampiro sem nenhuma capacidade para sentir. Pois eles fazem as maiores atrocidades e conscientemente ao contrario de vampiros mergulhados na loucura do sangue.

Eu tinha que fazer Tanya ser do meu lado antes que Ariadne tentasse algo.

-Tanya, eu preciso que me escute. – Pedi docemente, ela ergueu a cabeça para mim. – Isso é culpa de Ariadne.

-O que?

-Não se afunde na dor, se foque em vinga-lo.

-Quem bem traria? – Tanya piscou, ela sempre foi o tipo de pessoa que não revidava, ela não se incomodava.

Eu precisava que ela se incomodasse.

-Nenhum, mas é o que ela merece. - Retruquei fervorasamente, pois eu verdadeiramente acreitava nisso. Didyme merecia depois de tudo o que fez.

-Não posso mata-la, ela não pode ser morta, uma bruxa se certificou disso. – Era isso que todo mundo acreditava, e por todo mundo, eu quero dizer as poucas pessoas que sabem a existência dela. Afinal acreditam piamente que Didyme foi transformada com Marcus, Aro e Caius, o que fazia dela o inicio de uma raça inteira de vampiros.

-Morte não é o que ela merece. – Falei seriamente. – E isso é o que você vai fazer...

Emmett P.O.V

Bati as duas cabeças dos demônios até que rachassem e cérebro fosse para todos os lados, rapidamente desmembrei os corpos e joguei no fogo da lareira da sala.

Olhei ao redor pronto para os próximos, eu podia sentir o cheiro de uma fogueira lá embaixo, pelo o que vi o centro do hall tinha uma fogueira de dois metros, cortesia de Esme, tenho certeza.

*Bipe*

Inesperadamente o som surgiu no ar, quebrando toda a minha concentração, puxei o celular do bolso incrédulo.

O sinal resolveu voltar.

Antes que eu pudesse discar, o celular começou a vibrar e era Rose.

Minha loira sempre mais rápida do que eu.

-Amor?

-Emmett! Eu consegui o sinal!

-Meio obvio, ursinha.

-Está tudo bem por ai?

-Só fazendo um churrasquinho, umas vadias estão fazendo striper também e alguém pegou o quarto para fazer orgia, você sabe, o de sempre. - Respondi bem humorado.

-Engraçadinho, eu preciso que você faça algo para mim.

-Meio difícil. – Respondi enganchando meu braço em um demônio que tentava me atacar, forcei até quebrar e meti o pé em perna a quebrando. A criatura ainda tentava me morde, ao menos demônios são divertidos de lutar.

-Faça seu melhor! Precisamos desligar a cidade.

-Tudo? Tipo a cidade? – Perguntei franzido o cenho, vi outro demônio vindo por trás e peguei o demônio que estava com o braço enroscado e o girei para atingir o demônio.

Os dois foram direto para a lareira, peguei uma cadeira e os mantive lá, forçando contra a luta dos dois para saírem.

-Eu sei que você consegue, te encontro lá! Boa sorte. – E desligo na minha cara.

Mulher autoritária eu fui arranjar!

Bem, eu vou pegar Esme e corta alguns fios, por que de jeito nenhum eu vou sair daqui sem Esme.

O que me lembra, eu vou chutar a bunda de Carlisle quando ele voltar.

Ele devia estar aqui para protege-la.

Eu ouvi o som de uma explosão lá embaixo.

Não que Esme precisa de proteção, ela pode soltar fogo nas pessoas.

Yeah...

Jacob P.O.V

-Pronta? – Perguntei me inclinando para o lado.

Sim – Ouvi a resposta dela mentalmente, depois de muito esforço, eu consegui estabelecer uma comunicação mental com Leah.

E eu acho que ouvi meu pai, quer dizer, eu mais o senti comigo, na verdade, então sumiu. Mas isso não interessa, Leah estava prestes a chutar Bella para colocar o pescoço dela no lugar.

Nós dois debatemos isso desde do instante que os demônios a trouxeram para dentro do circulo e a acorrentaram no tronco de madeira junto conosco. Eles riram quando perguntamos o que haviam feito com ela, e disseram que pescoço quebrado não a mataria.

Em dos treinamentos com Bella, eu perguntei sobre seus ferimentos e ela me explicou sobre sua cura.

Era assim que eu sabia que se colocássemos o osso de volta a regeneração seria instantânea. E se Bella acordasse, nós estaríamos basicamente salvos com seu escudo.

3...

2...

CRACK!

Leah a chutou com a mesma pericia que atirava, nós dois esperamos por alguns instantes ansiosamente.

Até que um gemido alto saiu da boca de Bella, fechei os olhos, agora era com ela.

A porta se escancarou rapidamente e os demônios entraram no quarto, eu podia ouvir vários sussurros.

Eles sabiam o perigo de ter Bella acordada e perto da gente, então correram para tira-la do circulo. O meu tênis atingiu o primeiro, eu ficava feliz de meu pai ter me obrigado a ter excelente pontaria.

Até mesmo com o meu pé, eu queria que Nessie me visse ago...

OUT!

Olhei para o meu estomago, quem foi que jogou uma faca em mim? Isso era covardia! Eu estava acorrentado! Olhei para cima e vi o demônio em cima de Bella, que o chutou institivamente para fora, o que acabou desmanchando o círculo de pó branco (provavelmente sal) ao nosso redor.

Ao menos isso, esse treco me assusto no instante que Seth começou a fazê-lo e a falar sobre um ritual para trazer o verdadeiro rei.

Ele também mencionou sacrifício e lua crescente.

De qualquer forma, o próximo demônio que tentou entrar foi bloqueado, ótimo! Bella tinha colocado o escudo.

-Eu não consigo me soltar. – Bella puxou as correntes que prendiam seus braços como os nossos.

-Você não pode modificar seu escudo para a forma delas e quebra-las, como fez com os cérebros?

-Não é exatamente fácil fazer isso e eu acabei de acorda de um pescoço quebrado. – Ouvi o estralo sinistro que fez seu pescoço.

-Então, nós fizemos tudo isso para nada? Ainda estamos presos? – Leah perguntou irradiando raiva.

-Por que não se transformam?

-Não podemos, as correntes nos impede de nos transforma, sem contar que é prata, então você está presa mesmo. – Respondi com um suspiro. – Ao menos podemos arma algo com seu escudo isolado.

-Não por muito tempo. – Bella comentou. – Os demônios foram atrás da bruxa, vão tentar algo e eu não tenho a menor ideia se vai funcionar ou não.

-Você ta curtindo com a minha cara?! – Leah perguntou assustada. – Diga que tem um plano B.

– Bem, Nessie está do lado de fora, então as coisas vão ficar confusas por aqui...

-Nessie? Você a deixou lá fora?! Sozinha?! – Eu perguntei aterrorizado. – Tem cães patrulhando! E Seth se transformando em um demônio transfigurador é assustador.

-Não acho que tem com o que se preocupar. – Bella respondeu calmamente olhando ao redor.

-Ha é? Por que? – Perguntei sarcástico.

-Por que eu posso sentir os cães a na nossa frente, acho que é um sentido de demônio. – Olhei ao redor tenso.

-Mas não há nada ao redor... – Leah tentou não soar assustada.

-E nós todos sabemos que eles são invisíveis. – Bella respondeu cautelosa. – Temos que ter um plano de ação.

-Precisamos sair daqui antes que Nesise entre, ela vai precisar de ajuda.

-Eu tenho a impressão que Nessie já entrou. – Leah falou sarcasticamente. – Ouçam vocês mesmo.

Era fraco e vinha de cima de nós, mas eu podia ouvir os rosnados, uivos e gritos. Isso me deixou preocupado.

Quão abaixo da terra estávamos?

Nessie P.O.V

Eu não me esborrachei no chão, é claro, mas ralei minhas mãos, não que tenha sequer saído sangue, o sangue de Edward endureceu minha pele.

E eu não estava preocupada com isso.

TINHA UM BANDO DE CÃES INVISIVEIS AO MEU REDOR.

Cães que são da porra do inferno!

Eu vou te matar! – Exclamei mentalmente para Edward, que riu de leve lá em cima.

-Eles não estão te atacando, bonequinha. – Ele comentou antes de se virar bruscamente e rosnar.

Pelo o som, demônios resolveram ataca-lo.

Olhei ao redor tensa, eu não via nada, mas podia senti-los me olhando silenciosos. Assustei quando senti uma língua em minha mão, bem onde deveria estar machucado.

Madame?

Me impedi de deixar o queixo cair.

O cão tinha falado comigo?

OK...

-Fiquem sentados. – Pedi tentando parecer durona, e eu ouvi o som de vários traseiros no chão.

Ao menos eles são obedientes.

-Ataquem ela. – Um demônio surgiu atrás.

Os cães resmungaram confusos.

-Ataquem ele. – Apontei de volta mal humorada.

-Você ousa tentar usar cães do inferno contra um demônio?

-Você ousa abrir a boca? – Perguntei sarcasticamente botando minha melhor pose de fodona (ou talvez fosse barraqueira).

Ele veio em minha direção, apenas para cair no chão. Olhei para cima e eu ainda podia ouvir os rosnados de Edward brigando.

Mas eu sabia muito bem que era ele fazendo aquilo com o demonio.

Rapidamente afundei os dentes na garganta dele e arranquei a cabeça do demônio. Então os cães uivaram todos ao meu redor ao mesmo tempo e começaram a choramingar. Olhei para cima e vi Jane andando até nós calmamente.

Vi os demônios correndo para fora, pude percebe que a concentração dela não podia ser quebrada, então os parei com minhas própria memorias.

Era a do acido caindo em minha garganta, sim, Bella e eu tínhamos que experimentar tudo. Não víamos muito valor em nossas vidas, então...

Corri em direção deles e dei um salto derrubando dois deles. Um terceiro veio para cima de mim, mas algo o agarrou no ar.

Nem me atrevi a olhar, só me foquei em manter as minhas memorias nos demônios e arrancar suas cabeças, por que a pele parecia dura demais para arrancar o coração.

-NESSIE! – Me virei ao ouvir o alerta de Edward, dois demônios me agarraram.

Uma terceira veio em minha direção pronta para arrancar a minha cabeça.

Eu não tenho tempo para essas merdas! Jake está lá embaixo!

Rosnei erguendo os dois pé e a chutando, o impulso foi o suficiente para afroxar um pouco o aperto dos demônios. Rolei meu braço esquerdo, agarrando o braço do demônio e o puxando com tudo em minha direção.

A força fez nos três caírem no chão. Eu vi a quarta vindo e mordi a orelha do que estava cima de mim o chutando para o lado. Gritei ao sentir os dentes do outro demônio no meu ombro, agarrei os cabelos do mesmo e puxei arrancando os tufos de cabelo. A quarta demônio agarrou meu pé e me puxou com um sorriso sinistro.

Me virei de bruços, apoiando minhas mãos no chão tentando chuta-la, ela começou a me arrastar, enquanto o outro demônio se levantava pronto para agarrar meus braços. Atirei meu poder nele para o deixar atordoado por alguns segundos. Minha unhas se quebraram no chão, enquanto eu empurrava meus pés com toda a força para a demonia, nocauteando-a momentaneamente.

Me ergui rapidamente para desviar de um outro demônio que saltou em minha direção, infelizmente ele agarrou meu braço e me puxou para o chão de novo. Dei uma cambalhota por cima dele e fiquei de pé puxando seu braço e enfiando o pé em seu ombro, quebrando seu osso.

Olhei ao redor, eu não podia perde tempo aqui. Porta.

Onde está a porta?!

Vi meu alvo e corri até lá. Um monte de demônios parecia sair de lá, ótimo!

Vou pelo teto, então.

Deviei, esmurrei e devo ter dado alguns saltos acrobáticos dignos de ouro nas olimpiadas antes de alcançar os caixotes do canto e escalar em minha velocidade demoníaca.

Eu podia sentir eles na minha cola.

Uma mão agarrou meu braço e literalmente me girou no ar, até que senti meu pé batendo em algo. Quando meus pés estavam no chão, vi que era Edward que tinha a mão presa em meu braço firmemente. Vi dois demônios subindo atrás dele e instintivamente ele me puxou para chuta-los.

-Ok, pare de me usar como se fosse um taco. – Reclamei me agarrando a ele quando quase cai. – Onde está eles?

-Subterrâneo. – Ele me empurrou para o lado e agarrou o braço do demônio.

Em um movimento, no mínimo, gracioso, ele girou o demônio no ar fazendo o corpo cair lá embaixo. Algo cortou o ar de repente, Edward me puxou para trás de si em um movimento tão rápido quanto um piscar de olhos, mas algo explodiu a nossa frente, olhei sob seu braço e vi uma espécie de dardo no chão.

-Algo nos protegeu. - Ele observou intrigado.

-Bella? – Perguntei esperançosa.

Um trovão soou no céu, olhou para mim e sorriu.

-Alice. – Olhou para os demônios a nossa volta e os que escalavam. – Se segure em mim, Nessie.

Então ele socou o chão, e uma grande rachadura surgiu e não parou de crescer até que nós dois caímos para dentro do prédio desabando.

Victoria P.O.V

Eu não aguentava mais, só queria morrer. Respirar era doloroso, então parei, nem sequer mais ouvia o que Alec tagarelava triunfantemente para Marcus.

Uivos haviam cortado o ar, em algum lugar atrás de nós, eu me foquei nisso para não pensar na dor. Gritos, rosnados, uivos, choramingos...

Então ouve um trovão, o anuncio da chuva, e um crack enorme foi se ouvido, eu podia sentir o chão tremendo sob meus pés. Ergui a cabeça para cima e vi Alec olhando intrigado para algo atrás de mim.

-Algo errado? – Perguntei em um sussurro seco, ele me olhou. – Por que eu sinto derrota no ar. – Sua mão se enrolou em meu pescoço, batendo minha cabeça na arvore, pude ouvi-la racha-la contra meu crânio.

-Isso é o suficiente. – Marcus cortou qualquer que fosse a resposta de Alec, de repente o olhar esta em nós de uma forma mais concentrada e nada indiferente.

-É inútil tentar mandar em mim, Didyme pode ser minha criadora, mas não tenho o mínimo respeito por você.

-Deveria. – De repente Marcus estava atrás de Alec, o jogando para trás, no penhasco com uma facilidade assustadora.

Os pinos em minhas mãos foram tirados em menos de dois segundos e eu senti a corrente pontiaguda em minha cintura se afrouxando quando Alec surgiu no penhasco depois de um salto enorme.

Ouvi o objeto cortando o ar, minha mão ainda se curando agarrou o objeto que vinha em direção ao meu coração antes que meu cérebro (super rápido) pudesse registrar. Nunca agradeci por ter instinto de segurança. Minha mão tremula largou o objeto, aquilo tinha machucado pra caramba, mas era a dor ou a morte.

A corrente caiu e de repente eu estava no chão, incapaz de me sustentar. Marcus ainda estava atrás da arvore, eu acho... Pude sentir o poder de Alec em minha direção com o vento, não tinha como escapar disso, eu sabia imediatamente. Ele usou seu poder em mim em certo momento da tortura, mas pareceu perde a graça para ele.

Foi então que meus pensamentos foram cortados por sons de patas, ergui a cabeça a tempo de ver o vulto peludo em cima de Alec e um som parecido com um crack e algo se rasgando.

-Deixe-me ver. – Marcus estava ao meu lado de repente, a chuva começou a cair de repente, limpando minhas mãos ainda machucadas. – Ele usou algo envenenado, por isso sua regeneração está lenta, demorara mais alguns minutos.

Mas eu não liguei para o que ele falava, estava olhando para frente chocada. O enorme lobo a minha frente larhoua cabeça de Alec de qualquer jeito e soltou um uivo jogando a cabeça para trás.

Me pareceu um uivo de vitória.

-Vocês estão bem? – Jane apareceu do nada se ajoelhando ao nosso lado, ela seguiu nosso olhar e viu a cabeça de Alec.

Seu olhar foi difícil de decifrar, pelo o que eu sabia eles tinham uma historia, fingiram que eram irmãos e tal. E ao que parece, era culpa de Alec que Jane estava separada de Nicolas por tanto tempo.

-Como está a situação lá? – Marcus perguntou apontando para trás.

-Edward e Nessie são uma força imparável. Os cães sumiram, então eu não precisei mais atingi-los com meu dom, foi estranho. E tem demônios fugindo pela floresta. – Jane explicou rapidamente.

-Jane? – Ouvimos a voz de Nicolas.

-Um minuto. – Ela tirou uma calça do casaco e sumiu na escuridão.

Claro, Nicolas deveria esta nu, quer dizer, lobisomens não usam roupas quando estão em forma de lobo.

Faz sentindo.

-Você podia ter se soltado antes? – Perguntei para Marcus me sentindo chateada, eu fui tortura, caramba!

-Não, ao contrario do que pensa, eu não permitiria que você fosse torturada na minha frente.

-Você pareceu bem apático. – Ergui a sobrancelha, ele deu de ombros.

Nós dois tínhamos sérios problemas de relacionamento. Eu até podia ouvir a Dra. Merry dizendo que comunicação é a solução.

Mas parecia que cada vez que falávamos, mais complicado se tornava nossa situação. Quer dizer, não tem nem uma palavra para definir a coisa toda, por que Marcus definitivamente não é meu amigo, mas também não se encaixa em conhecido.

-Seus gritos puderam abafar o som de meus dedos quebrados. – Ergueu a mão em ótimo estado. – Foi complicado ter um timing para quebra-los e poder me soltar. – Refletiu quase parecendo divertido. – Um truque que irie lhe ensinar, não se preocupe.

Suspirei preferindo ignorar seu comentário tranquilo sobre me ensinar a quebrar os dedos para escapar de algemas de prata.

Emmett P.O.V

Demônios voavam para tudo que é lado, eu não tinha tempo para isso. Esme me seguia tentando lutar, mas sabendo que tinha que me seguir.

A chuva até ajudava a sumir com nosso cheiro, mas eles estavam na nossa cola, embora tenham ficado mais lentos. E as criaturas que voavam tinha sumido, pois a tempestade obviamente dificultava o vôo deles.

Então um carro voou pelas nossas cabeças.

Nos viramos surpresos.

Carlisle!

-Então, eu viajo e os portões do inferno se abrem na cidade? – Ele ergueu as sobrancelhas enquanto todos os demônios se viravam um para os outros e começavam a brigar entre si.

-Meu amor! – Esme exclama em italiano e corre para os braços dele.

-Ótimo, Carlisle cuide dela, eu tenho um trabalho para fazer. – E sai correndo antes que ele respondesse.

Dar um blackout na cidade não foi tão difícil e todos achariam que era por causa da tempestade que cai sobre nossas cabeças.

Afinal um raio tinha caído e rachado o chão da usina, não foi o meu pulso obviamente.

-Ursinha? – Olhei ao redor, quando ouvi sua voz.

-Ursão. – Respondeu alegremente, ela carregava algo no ombro. – Obrigada mesmo. – Jogou o rapaz no chão de qualquer jeito. – Agora, atire. – Pude ouvir seu tom de hipnose.

O rapaz andou para frente feito um zumbi e ergueu o braço. Então um raio partiu do céu como se respondesse o comando dele e bang na usina.

-Legal... – Comentei sentindo a chuva em nossas cabeça me relaxando, nada como uma boa luta. – Quem é ele?

-Nosso novo amigo.

Alice P.O.V

-Seu trabalho está terminado. – Sorri para eles. – Agora vamos fazer uma cena, não quero que saibam o que estão fazendo.

-Fazer uma cena? – Veronika perguntou confusa.

Chutei de a cara de Henry de leve(não queremos rachar o crânio dele), ele foi para trás com uma careta de dor.

-Espiritos! – Ela exclamou enquanto eu ia para os troncos e chutava a areia, desmanchando as marcas que desenhei.

A avó os encontraria agora.

-Desculpe, meus queridos, mas precisamos fazer parecer real, vieram por orientação do espirito do finado avô e eu acabei por resolver seus problemas, mas não sem um preço. – Apontei para cima, para a chuva. – Por que no fim, eu sou uma vampira, ou seja, indignada de confiança, manipuladora e perigosa. – Eles me olharam enquanto eu ria divertida, devo soar como uma psicopata.

-Por que isso? – Henry perguntou tocando na boca e percebendo que sangrava. Ele me olhou hesitante, por favor, humanos achavam que vampiros tinham tão pouco autocontrole?

-Por que é o que sua avó irá querer ouvir em vez de que me ajudaram sem eu ter que força-los. Além disso, vocês não podem contar nada a ela, fazendo parecer que os ameacei fará com que ela não os force a falar. – Caminhei em direção a eles. – E nada de falar que sou a vidente, caso contrario... – Meus olhos foram para negros e deixei minhas presas saírem, o céu brilhou acima de nós, dando uma imagem realmente sinistra a eles. – Por que eu posso ser educada e simpática, mas também posso ser exatamente como acabei de me descrever.

-Não vamos falar nada, manteremos tudo o que aconteceu em segredo, tem minha palavra. – Veronika jurou, sempre a sensata.

-Ótimo. – Sorri encantadoramente deixando meu rosto de humana aparecer. – Agora vão, senão pegaram um resfriado. – Aconselhei simpaticamente.

-Obrigada. – Veronika disse ficando de pé.

-Que isso! Eu fiz um favor e vocês fizeram outro, acho que isso é o começo de uma bela aliança. – Estendi a mão e ela a apertou hesitante.

Henry acenou para mim sério, ele era cauteloso e isso era excelente. Bruxos arrogantes morriam rapidamente.

Os dois saíram e me deixaram sobre a chuva.

Observei os dois bruxos.

Os desertores do coven. Se eles soubessem que o futuro os aguarda.

Suspirei para mim mesma, tanta coisa estava por vir.

Jacob P.O.V

WOW!

Nessie matou a bruxa.

Em um instante Bella estava nos protegendo dos ataques da bruxa e no outro a bruaca estava caída no chão desmaiada, então um vulto estava em cima e Nessie arrancava o coração dela sem dó nem piedade.

-Edward? – Ouvi Bella murmura do meu lado, enquanto Edward quebrava as correntes com um machado. – Você parece...

Ele a interrompeu a puxando para cima bruscamente e a beijando, desviei os olhos sentindo que invadia o momento intimo deles.

Então as mãos de Nessie estavam sobre mim, verificando tudo.

-Eu estou bem. – Resmunguei. – Só me solte.

-Você tem uma faca... - Começou histericamente.

-Aoenas tire, vou me curar.

O fato de ela estar coberta de poeira e cheirar a cimento me deixou nervoso, o estrondo em cima de nós, assustou a todos na sala. Me perguntou o que eles tinham feito afinal...

Oh Deus! O que eu faria...? Eu não posso per... Amo ele.

Olhei para as mãos de Nessie, mãos descobertas que verificavam se eu não tinha mais nenhuma ferida e transmitindo seus pensamentos involuntariamente.

-Eu também te amo. – Murmurei sorrindo estupidamente.

Ela me olhou congelada e abre a boca indignada, a cena é completamente cômica.

Não! NÃO! NOPE!

-Eu NÃO te disse isso primeiro. – Ela me olhou horrorizada, abri a boca para consola-la, mas fui cortado...

-O que você estava pensando?! – Edward rosnou furioso, olhei para o lado incrédulo. – Nunca mais faça isso! Não fuja do meu quarto para ir atrás de demônios sozinha.

-Tecnicamente Nessie estava comigo a parti de um certo ponto, então...

-Não me venha com tecnicamente! – Ele exclamou furioso. – Como pode ser tão inconsequente? – Bella olhou-o indignada. – Você é um alvo, Bella! Não só por ser uma Swan, mas por ser a mulher que amo!

Todo mundo ficou em silêncio desconfortável, quer dizer, eles não faziam esse tipo de coisa em publico. Rolava farpas e comentários sarcásticos? Claro, mas nunca brigavam em publico.

Ou nesse caso, Edward dava uma bronca em Bella. Sinceramente, eu estava surpreso por ele não estapeá-la até agora tamanha era o tom de sua raiva.

-Então, na próxima vez, me chame!

-Ok... – Bella respondeu com uma voz levemente afinada.

-Agora que vocês terminaram DR, podem me desamarrar? – Leah perguntou sarcástica. – E talvez me dizer onde está meu irmão possuído?

-Acorrentado no corredor. – Nessie respondeu enquanto Edward dava uma machadada nas correntes de Leah e depois nas minhas.

-O que aconteceu afinal? Ouvimos um barulhão. – Leah se levantou limpando as calças.

-Edward rachou o prédio. – Nessie respondeu parecendo ainda incrédula. – Ele socou o chão do terraço então tudo começou a rachar e depois disso, nós caímos e ele só foi quebrando o chão com o pé até cairmos no térreo. Sério, papito, você é mais rápido do que pensei, por que eu não conseguiria entrar aqui sem todo o prédio desmoronar em cima de mim.

Eu sabia que vampiros eram fortes, mas aquilo me deixou impressionado.

-Então temos os destroços de um predio em cima de nós?

-Não é tão grande, apenas três andares. – Nessie rebateu dando de ombros.

-Tem outra saída subterrânea, não se preocupem. – Edward falou, não pude deixar de notar que ele não largou Bella até agora. Falando nela, ela parecia estranhamente quieta, como se seu modo sarcástico tivesse sido desligado e ela não conseguisse falar.

Por que nove de dez coisas que saem da boca dela é sarcasmo.

Edward me olhou com um sorriso pequeno e acenou concordando.

-Vamos. – Ele apagou o sorriso do rosto rapidamente e puxou a noiva de lá nos liderando.

Jane P.O.V

Empurrei-o contra a arvore impaciente, jogando os cabelos ensopados na minha cara para trás.

-Eu vou me curar.

-Deixe-me ver. – Rebati observando seus ferimentos, ele se curava é claro, mas demônios tinham veneno como vampiros. Desacelerava a regeneração da pele e não é como se Nicolas pudesse tomar sangue e se curar.

-Isso me lembra os velhos tempos. – Ele comentou comum sorrisinho.

-Não é engraçado. – Olhei-o mal humorada.

-Mas foi assim que tivemos nossa primeira conversa, lembra-se? Você era humana, eu estava ferido e você cuidou de mim.

Eu me lembro disso também, foi lua cheia naquela noite e o acharão na estrada. Trouxeram para o castelo para o medico cuidar dele, mas a Condessa o conhecia, então pediu a mim para ficar de olho.

Ela matou os homens que o trouxeram, não queria que ninguém soubesse que Nicolas estava ali. Inimigos haviam feito aquilo com ele, ela tinha que pensar na segurança de todos.

"-Sacrifícios devem ser feitos, Joanne, a vida desses homens em troca dos da vila e do castelo."

Fiquei encarregada de cuidar de Nicolas, estava lá quando ele acordou pedindo por agua. Devo admitir que me assustou um pouco ele se recuperar em dois dias inteiros, embora pelo o que saiba ele deveria estar bem na manhã seguinte.

O que me leva a suspeitar que ele gostava de mim cuidando dele.

-Tanto tempo... – Murmurei com um suspiro e entreguei a camisa dele, ao menos ele teve o cuidado de se despir para virar lobo. Eu não iria querer pegar uma das camisas sujas de sangue dos cadáveres de demônios.

Ele sorriu para mim, me inclinei e lhe dei um beijo. Não era como se tivéssemos tido tempo para sermos românticos durante todo o dia, eu sentia falta de seu calor. Suspirei sentindo o gosto e sua língua, e ele me puxou para seu colo bruscamente. Não era um beijo forte e desesperado, era um lento e saudoso.

Quebramos o beijo e ficamos ali sentados no chão com as testa encostadas, trancados em nosso mundo. Me lembrava (incrível como uma palavra pode ter um gosto tão doce) das noites de casados, onde ficávamos abraçados nus, apenas sentindo a lareira do quarto e os cobertores que nos cobriam.

Parte de mim desejava ter morrido como humana, ficar sem saber qual era a sensação de perde-lo, passar a eternidade com apenas aquelas memorias me parecia mais do que suficiente. Mas outra parte estava aliviada, mesmo com toda a dor que veio depois, nós ainda estávamos aqui juntos.

-Joanne... – Ele murmurou passando os dedos em meu rosto, minhas emoções estavam um pouquinho fora de controle, já que eu senti lagrimas em meu rosto.

Ele me olhou entendo meus sentimentos de alguma fora, era uma comunicação silenciosa que costumávamos fazer. Suspirei limpando a sujeira de seu rosto e de seu cabelo.

Agora que não estava mais focada nele, eu podia ouvir Marcus queimando o corpo de Alec na caverna com Victoria. No fim todos os que ele afetou estavam ali para presenciar seu funeral. Era quase irônico, pois éramos todos inimigos dele.

Me deixava um tanto triste, Alec havia gostado de mim em algum ponto no final das contas. Ele, na verdade, esteve todo esse tempo comigo, enquanto eu mantinha minhas emoções trancadas, sempre falando que eu deveria me deixar sentir de novo.

Ele provavelmente tinha esperanças que eu encontrasse amor com ele, mas tem coisas que simplesmente não são para acontecer. Apesar de tudo o que fez, Alec foi o mais próximo que tive de irmão (o que é incrivelmente triste).

Olhei para Nicolas, nem por um momento me ressentia por ele ter o matado. Sei que se ele não o tivesse, Marcus teria feito, Alec já tinha passado de todos os limites quando os atacou na igreja.

Um som quebrou meus pensamentos, franzi o cenho e me inclinei em direção ao som, que parecia vir do chão...

Me ergui tensa e então relaxei ao reconhecer as vozes, pisei no chão cautelosamente, enquanto Nicolas me perguntava o que era. Ignorei-o atenta a minha tarefa até que ouvi o som indicando a saída. Chutei a terra imediatamente, essa altura Nicolas já tinha ouvido e estava do meu lado, mas eles foram mais rápidos e arrobaram a abertura antes que pudéssemos fazer algo.

Pude ver Edward erguendo Bella, antes de estender a minha mão e ajuda-la sair do sair do buraco. Esse foi o processo com Nessie, Leah, Jake e um Seth desmaiado antes de Edward sair sozinho.

-Que bagunça... – Nessie suspirou limpando a terra do cabelo. – Ao menos as coisas se resolveram, certo? – Me olhou assustada com o pensamento de ainda estar no meio de uma batalha com demônios.

-Sim, Marcus e Victoria estão logo ali. – Apontei para a caverna. A chuva tinha diminuído consideravelmente, mas não dava para acender uma fogueira em madeira molhada, então a caverna ali perto foi a saida.

-Oh... – Edward murmurou lendo meus pensamentos. – Bem, vamos no juntar aos outros.

-Outros? – Bella perguntou.

-Marcus e Victoria.

-O que eles estão fazendo aqui? – Nessie perguntou curiosa.

-Alec tinha capturado Victoria. – Pigarreei e sai andando deixando essa ser a única explicação, ninguém precisava saber que Marcus se inclui ali também.

Nos aproximamos dos Volturis ao redor da fogueira e pude ouvir o suspirou de todos (menos Edward, mas ele sempre é a exceção). Victoria certamente dava pena de olhar, eu provavelmente não estava em melhor aparência por causa da luta com os demônios, mas todos poderiam reconhecer a aparência de alguém que foi torturado.

-Victoria, o que acon...? – Nessie se parou ao percebe o que queimava na fogueira.

-Alec aconteceu. – Victoria respondeu mesmo assim, sem desviar os olhos da fogueira.

-Podem explicar o que aconteceu lá? – Marcus perguntou polidamente desviando o assunto.

-Nós estávamos lutando quando a tempestade apareceu. – Edward apontou para fora.

– Quando Edward destruiu o prédio, então percebi que não havia mais cães infernais para bloquear e passei a lutar com os demônios restantes, que pareceram enfraquecer para a forma normal. - Completei para os outros.

-Isso me parece magia. – Marcus comentou.

-Sim, a bruxa dos Solari estava entre eles, sua morte acabou com o feitiço que havia realizado. – Edward explicou.

– Mas a tempestade também não é natural. – Marcus observou os encarando com indiferença. - É a causa para o feitiço enfraquecer.

-Não, é obra de minha irmã, Alice. – Edward respondeu abraçado a Bella. – Pude ouvi-la um momento antes de tudo acontecer. O sinal de celular também voltou, segundo Rose, seu irmão Caius está na cidade fazendo a limpeza dos demônios restantes.

-E o que os demônios queriam? Você lê mentes no final de contas.

-Não pude entender, era língua de demônio, pedi para os dois traduzirem algumas coisas que peguei. – Apontou para mim e Nicolas, Marcus se virou para nós.

-Então?

-Eles estavam sob comando da bruxa, mas seus pensamentos eram sobre uma profecia. – Nicolas pigarreou. – Acredito que saiba qual.

-Faz dois séculos desde da ultima vez que tentaram realiza-la. – Comentei preocupada. – O que é diferente agora?

-Me desculpe, mas do que estão falando? – Nessie nos olhou confusa.

-Da profecia que dita a volta dos lideres dos demônios, uma criatura mais poderosa demais para ser enfraquecida como o resto dos demônios. Nossa raça foi espelhada nele para derrotar o resto dos demônios.

-Você quer dizer o diabo?

-O diabo comanda o inferno, estamos falando do líder na terra, que manteve o controle sobre a raça humana muito tempo atrás. – Marcus suspirou, ele estava lá, tinha vivido o horror daquele tempo.

Algo tão macabro que ele junto com os outros Volturis aceitaram participar do ritual de uma bruxa para torna-los não-humanos. Algo que poderia derrotar os demônios.

Por isso somos criaturas mortas, eu suponho, nossas almas são nossas e não há forma dos demônios nos tocarem por causa disso.

-O que pensa em fazer? – Perguntei curiosa.

-Acredito que a batalha aqui foi ganha. – Marcus respondeu reflexivamente. – Eles deram tudo o que tinham pelo o que Alec falou.

-Quer dizer que... Acabou? – Nessie nos olhou hesitante.

-Talvez. – Edward disse enigmaticamente.

Nós, imortais, sabíamos bem que não estava acabado por completo, só tínhamos que saber se essa guerra tinha chegado ao fim. Porém, mesmo que tivesse, havia os lobisomens rebeldes e outros grupos se revoltando contra os vampiros ao redor do mundo.

-Bem, as coisas acabaram de mudar radicalmente. – Marcus olhou para o fogo. – Drasticamente, nós...

-Não. – Victoria o cortou, todos a olhamos imediatamente, ela ainda encarava o fogo. – Seja lá o que está prestes falar é perigoso.

-Como...? – Eu olhei para eles confusa.

-É o dom dela. – Ele a olhou. – O que quer dizer?

– Seja lá o quer ia sugerir ia nos ferrar, escolha outro plano de ação, eu estou cansada de ser torturada.

Sorri simpaticamente para a ruiva, ela provavelmente estaria dormindo agora se pudesse. No começo é estranho não poder dormi, nosso cérebro está acostumado com o descanso, para "carregar as baterias", não precisar é apenas estranho e faz falta.

-Infelizmente a cidade está sem luz, controle de danos e tudo mais, facilita a explicação a destruição massiva. – Edward explicou. – E seria melhor nos mantermos em La Push. – Ele olhou para a noiva e "filha".

-Eu levarei Seth para a base, mamãe vai exorciza-lo. – Leah disse olhando para o irmão.

-Alerte a outra matilha quando estiver lá, quanto menos demônios por ai melhor. – Marcus acenou em acordo.

Estranhei a atitude, pensei que ele se oporia a exorciza Seth rapidamente. Mas quem sou para questionar um Volturi?

-Todos deveriam ficar em La Push por agora, de qualquer maneira. – Comentei desviando meus pensamentos. – A cidade vai estar uma confusão agora. – Olhei para Victoria com pesar, ela suspirou silenciosamente para mim e concordou comigo.

-Leah, vamos levar Seth para minha casa, lá terá a passagem... – Jake jogou Seth sobre o ombro e saiu andando.

-Seu pai deve estar preocupado. – Nessie comentou os seguindo.

Ficamos os seis se olhando, Edward olhava para Marcus com um olhar misterioso como se tivesse tentando entender o que se passava na mente de Marcus.

-Mande meus cumprimentos a família, Edward. – Marcus disse. – Bella, espero que nos visite com mais frequência. – Acenou com a cabeça. Ele puxou Victoria pelo braço com cuidado, as mãos dela ainda tinham leves manchas de sangue.

Bella nos olhou por um momento e então sorriu para mim.

-Vocês não tinham que estar aqui, não é mesmo?

-Nós temos um trato, Bella. – Ergui as sobrancelhas.

-Sim, proteção em troca de proteção. – Ela suspirou apoiando a cabeça no ombro de Edward. – Não precisam se preocupar sobre isso, eu farei tudo o que estiver em meu pode para manter minha promessa. – Pude entender o outro sentindo em suas palavras.

Sasha estava segura nas mãos de Bella.

-Não duvidem, eu não consigo ouvir mais nada de vocês, nem mesmo um sussurro. – Edward suspirou dramaticamente. – De qualquer maneira, nós vamos indo. – Ele olhou para a fogueira em sinal que estava nos dando privacidade com o morto.

-Sim, até mais. – Bella acrescentou suavemente antes de saírem.

Caímos em um silencio de leve olhando para a fogueira que começava a morrer. Senti seus dedos acariciando minha mão enquanto observava o fogo. Ficamos assim até ele quebrar o silencio.

-Está tudo bem se você chorar, Jane. – Ele comentou quietamente.

-Eu sei, mas eu não sinto vontade. – Suspirei tristemente. – Ele fez tanta coisa ruim para nós, te entendo por odiá-lo...

-Mas você não o odeia.

-Não. – Confirmei sem vergonha alguma. – Nós fomos amigos, Niko, salvamos a vida um do outro incontáveis vezes e eu o considerava a figura mais próxima de irmão. – Pude sentir seu aperto se fortificar. – Mas eu entendo que esse homem na fogueira era preenchido por ódio e ressentimento, ele matou aos poucos o Alec que alguma vez teve sentimentos por mim.

-Não é culpa sua ele ter se tornado assim.

-Em parte é, meu amor, mas foi decisão dele se torna assim e trair a todos. – Dei um passo próximo ao fogo. - Espero que ache paz na morte definitiva, Alec.

Esme P.O.V

Olhei para a confusão ao redor reflexivamente. Carros estavam virados, a calçada estava rachada em vários lugares, tinha paredes derrubadas em alguns lugares, sinceramente, nem quero ver como esta o hotel. Eu iniciei uma fogueira lá dentro no final de contas...

Ao menos tudo tinha acabado bem, os demônios foram quase todos destruídos (infelizmente isso não significa a morte dos demônios, eles possuem corpo). Agora, eram os bombeiros humanos fazendo seu trabalho, era bom ter parte da cidade sabendo da nossa existência. Eles eram extremamente uteis em cobrir a verdade sobre os acontecimentos dessa noite.

A situação da batalha mudou totalmente quando Caius entrou em cena com os Volturis. A carnificina foi mais bem súdita e então a chuva veio e pareceu lavar a força dos demônios, foi realmente estranho. E o sinal de celular voltou, assim tinha certeza que cada membro da família estava bem.

Até Jasper, mas ele estava fora da cidade e Alice não estaria aqui gritando ordens para Garrett (ex-marido de Kate) sobre o moveis.

Felizmente, nossas coisas não estavam no hotel, depois do que aconteceu na outra casa todos tínhamos lugares separados na cidade para nossos bens pessoais. O problema eram as roupas, mas sem duvida Alice esta radiante, afinal ela ama fazer compras.

-O que faz aqui? – Olhei para direção que veio a voz de Caius, meu marido estava do lado dele conversando, ao menos eram o que eles faziam antes de Athenodora aparecer.

-Eu vim ajudar uma amiga, meu amor, a batalha já acabou, não há necessidade de discursão. – Athenodora desfilou por eles com um sorriso divertido, dispensando o líder Volturi com um gesto de mão. - Sinto muito por tudo o que passou Esme, batalhas não são realmente meu forte. – Olhou ao redor curiosamente.

Eu sabia dessa característica dos Volturis, as esposas nunca lutavam. Os rumores dizem que eles eram aterrorizados com o pensamento de perde a mulher depois de ver o estado que Marcus ficou. Outros dizem que as mulheres eram as grandes estrategistas que simplesmente não se envolviam em guerra para deixar o ego dos maridos feliz. Uma filosofia medieval, mas ambas eram nasceram antes dessa época, então...

-Está tudo bem, uma pouco de adrenalina nunca fez mal. – Dei de ombros com um pigarreio, eu ainda era a matriarca Cullen tinha uma imagem a proteger. – E é sempre bom dar evasão eo meu poder.

-Eu posso ver pelo cheiro no ar. – Ela deu um sorriso travesso. – Eu espero que estejam todos bem foi tudo muito repentino... – Olhou ao redor estreitando os olhos pensativa.

-Sim, passaram pelas medidas de segurança de Alice graças a ajuda da bruxa Solari. – Ela me olhou. – Felizmente está morta.

-Eu sei. – Ela respondeu como se não fosse nada. – Alec também, mataram dois coelhos com uma caixa d'agua, ao que parece.

-Como está Victoria? Deve ter sido...

-Ela irá sobreviver. – Athenodora respondeu amavelmente chutando uma mão de demônio para o lado. – Qual é a extensão dos estragos?

Veronika P.O.V

-Por onde andou prima? - Will perguntou curioso. - Pam estava mais irritante do que o normal por causa da falta de sinal no celular.

-Idiota. - Pam murmurou no outro lado do quarto sentada na cadeira.

-Cuidando da nossa segurança.

-Sim, fale a ele que você e Henry, no auge de sua estupidez, foram atrás de um dos Cullen.

-Cullen?

-Sim, vovô nos disse que era a resposta. - Tive cuidado de não especificar se era mulher ou homem, eles não podiam saber, dei minha palavra para Alice. E eu sabia que se contasse, vó saberia em questão de minutos.

-Onde está ele de qualquer maneira?

-Emily está o curando. - Respondi timidamente. - Vampiros não são faceis de lidar.

-Estupidez... - Pam murmurou mal humorada.

Eu deveria sentir raiva dela, mas eu entendia que estava apenas preocupada, vi seu olhar quando viu o ferimento de Henry, ficou palida como leite.

-Veronika. - Ouvi a voz autoritaria de vovó na porta, olhei para Will que deu um aperto em minha mão em consolo. - Venha.

Segui minha avó pelas escadas, apesar de toda sua aurea assustadora, era nela que todos procuravam ajuda. Podia não ser a tipica avó que assava biscoitos, mas ela faria de tudo para nos proteger. Apesar de não concorda com o jeito que ela tratava Bella, sabia que havia algum motivo além da desculpa dela ser uma assassina com veneno de demonios nas veias.

Tinha que haver mais, caso contrario seria forçada a acreditar que minha avó era injusta e maldosa.

Entramos no pequeno escritorio, vi Henry (já curado) e Emily sentados no sofá.

-Então? - Ela nos olhou. - O que foram fazer?

Henry e eu nos olhamos, era hora de cumprir nosso papel, como Alice disse mais cedo.

Didyme P.O.V

Ouvi o som de passos e já sabia que Lyanna (nunca pensarei nela como Selene, apesar de ter que chama-la assim em voz alta).

-Eu suponho que as coisas mudaram de figura. – Lyanna comentou atrás de mim.

Não olhei para ela, meus olhos estavam focados na praia ao longe.

-Tudo está dentro do planejado.

-Mas ela está viva. – Lyanna apontou para a praia ao longe, eu sabia que eles não poderiam nos ouvir, enquanto nós poderíamos. – Alec não fez seu trabalho.

-Ele pagou com sua vida como era planejado. – Respondi friamente.

-Você não tem nenhuma consideração? – Lyanna zombou. – Ele era sua cria depois de tudo.

-Todos terão sua hora final, a minha e de minha família já passou há muito tempo. – Observei a ruiva se sentando ao lado do meu marido.

-Tem uma coisa que me deixou confusa... – Ouvi sua voz hesitante. – Ele mencionou-a a criadora e como ela contou coisas que só um Volturi saberia... Quem é Didyme?

Esperei a resposta dele impacientemente.

Minta, implorei internamente, não conte a ela.

-Minha esposa. – Ele respondeu olhando para a praia nublada.

Pela reação de Victoria, ela devia saber que era um assunto delicado, o que significava que Athenodora tinha dado uma breve explicação de que eu tinha morrido.

-Oh... – Ela olhou para frente boquiaberta, quase revirei os olhos para como ela era um livro aberto. – Então Alec...?

-Sim, você é uma Volturi por transformação no fim das contas. – Marcus respondeu em seu tom monótono.

-Sinto muito. – Ela falou de repente.

-Pelo o que?

-Por sua perda.

Vi seu rosto dar um rápido flash de tristeza, o que me deu um nó na garganta.

-Não há necessidade disso agora, foi a bastante tempo atrás. E você não a conheceu, Victoria.

-Eu sei o quão devastador é perde alguém que se ama. - Senti uma pontada de raiva por seu comentário, ela não tinha que tentar consola-lo sobre minha suposta morte. – E você ainda a ama.- Ela falou isso de uma forma tão simples como se comentasse o tempo.

- Pessoas assumem que não sou capaz de sentir.

-As pessoas estão sempre assumindo coisas e quase sempre elas estão erradas.

-É bem mais perspectiva do que alguns vampiros que conheço, Victoria.

-Levando em consideração que as vampiras que conhece tem séculos de vida, vou considerar isso um cenário realmente triste.

Eles caíram em silencio calmo, me deixando com meus próprios pensamentos tortuosos. Eu tinha a sensação de que Marcus sabia que eu estava ali, sua linguagem corporal não indicava, mas meus instintos gritavam.

-Ela se matou.- Senti a tensão se espalhar em meu corpo. – Quis culpar Aro, quis culpar todos e até a mim mesmo, mas no fim era culpa dela. – Se eu tinha alguma duvida, ela acabou de se extinguir.

-Ao menos ele vê a verdade. – Lyanna comentou do meu lado, não melhorando meu humor.

Victoria não respondeu nada a isso, apenas continuou abraçada aos joelhos observando o nascer do sol nublado e o escutando.

-E você está certa ainda a amo, mas não do mesmo jeito que costumava a ser, muito tempo se passou.

Muitas coisas aconteceram.

Eu entendi o que ele falava.

Era minha culpa o jeito que as coisas terminariam, eu não podia culpar Aro ou qualquer outra pessoa. O fato de estarmos separados hoje em dia, era tudo minha culpa.

E ele tinha escolhido o lado deles mesmo me amando.

Me virei, não aguentaria ouvi-lo falar de mim dessa forma, não conseguiria termina o que comecei desse jeito.

-E agora?Lyanna me seguiu, soando como se estivesse no modo Selene.

-Agora, eles acharam que a bagunça deixada pela guerra é a única coisa que foi deixada, então daremos golpe de misericórdia.

Edward P.O.V

Estávamos na casa dos Black, Bella dormia com a cabeça em meu colo no sofá enorme da sala. O resto da casa estava vazia, Billy cuidava das coisas na base com o general (que já havia me ligado para saber como estava a filha, enquanto a mesma dormia). Quanto a Nessie, ela estava com Jake e Leah indo exorciza Seth na casa dos Clearwater.

Olhei para Bella, fazia um tempo desde que a vi dormindo, ela ainda roncava baixo, mas isso não me irritava mais. Ela havia ficado em silencio o caminho inteiro, apenas agarrada a mim por algum motivo, não que eu tenha reclamado. Era bom, intimo...

Me pergunto se minha escapulida quando os resgatamos a deixou assustada, talvez eu tenha exagerado na minha reação, mas não se pode culpar um homem por não querer perde sua mulher.

Exceto que ela não era bem minha mulher.

Bella era apaixonada por mim e eu a amava. A historia deveria ser simples daqui por diante, mas eu não podia simplesmente abrir os braços e dizer que a amava. Ela se assustaria imediatamente, qualquer um se assustaria. Eu tinha que ir com calma com ela...

Não podia deixar que ela soubesse que eu tinha lido seus pensamentos sobre mim, eu queria que ela dissesse por vontade propria quando estivesse pronta.

Até lá, um empurrão não faria mal.

-Bom dia. – Olhei pra baixo, ela piscou sonolenta para mim. – É dia certo?

-Sim, você dormiu pouco considerando a noite que teve.

-Eu estava dormindo antes de tudo aquilo começar.

-Por que você estava emocionalmente esgotada. – Ela desviou os olhos de mim envergonhada.c- Volte a dormi, fragolina.

-Não... – Ela gemeu se virando e depois ficou me olhando.

-O que?

-Não quero soar melosa, mas você faz falta na cama. – Ergui as sobrancelhas, elas se sentou ao meu lado. – Não seja estupido! Eu quis dizer de uma forma mais romântica e sem nenhum duplo sentindo.

-Certo...

-Estou falando sério! Eu me acostumei em ouvi-lo murmura aquela canção de ninar. – Ela deu uma risada apoiando a cabeça no encosto do sofá. – Bobo, eu sei, devo estar semi-consciente para estar falando isso.

Sorri com ela, a canção era aquela que eu tinha composto para ela.

-Eu sinto falta dos seus roncos também. – Ela de uma risada baixa parecendo não percebe que eu estava sendo sincero. – E do que você fala durante o sono.

-Eu falei algo agora? – Ela me olhou levemente tensa, enquanto eu punha o braço no encosto para ela apoiar a cabeça.

-Nada demais, apenas gemeu o meu nome, pedindo por mais e disse que me amava. – Ela revirou os olhos, mas pude sentir a tensão em seu corpo, então acrescentei. – O mesmo de sempre.

-Você se lembra do que sonhou quando passou mal no outro dia? – Perguntou de repente me olhando com atenção.

-Estranhamente não, mas eu acho que tinha morangos envolvidos, ou talvez fosse o cheiro do seu travesseiro. – Dei de ombros acariciando seus cabelos, ela fechou os olhos com um suspiro e apoiou a cabeça no meu ombro. – Bella?

-Hum?

-Não tem ninguém nada casa.

-Certo... – Murmurou sem se importa.

-E eu vou fazer algo agora.

-E o que é? – Perguntou sem abrir os olhos.

Um instante depois, eu estava a beijando.


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Notas finais do capítulo

N/a: Voces podem sentir o cheiro de fim? Por que eu estou quase lá, meus queridos leitores, depois de todo esse tempo, estamos proximos do fim. Não vai ser no proximo capitulo ou algo assim, eu planejo mais cinco capitulos ou seis, não tenho muita certeza, talvez seja até menos. Só achei justo avisar a todos para irem se preparando.
Mas para animar vocês: Edward e Bella irão ser um casal oficial agora! Fazê-los admitar em voz alta, é uma outra historia, mas não pretendo separa-los mais.
Qualquer perguntas, por favor, sinta-se a vontade ;*
Até, meus amores.
Maça ;*
No proximo capitulo de Bloody Lips:
"-Rose?
-Sim?
-Eu não quero saber sobre os Quileutes, quero saber sobre os Swan. Ergui os olhos. Eu não sei se você notou, mas Bella não sabia nada sobre sua família e isso me fez pensar. Ninguém realmente sabe sobre as famílias do clã Volturi: Swan, Ricci e Verdi.
-Bem, segundo Jane, as famílias são ancestrais dos humanos que ajudaram os Volturis contra os demônios.
-E os poderes foram amplificados por bruxas, eles precisavam de humanos resistentes então os Volturis se sacrificaram sua humanidade para dar poder aos humanos. Complementou e concordei com a cabeça. Acontece que eu não acredito nisso, essa historia de bruxa fazer os Volturis vampiros pode ser verdade, mas por que não torna todos os humanos em vampiros?
-Bem, Alice, a bruxa não sabia se eles sobreviveriam... Era arriscado um ritual de magia negra dessa magnitude, se mexia com o equilibrio da natureza e tudo mais.
Foi assim que surgiu os Romenos e outras raças de vampiros.
- E como os humanos se ligam aos Volturis?
-Foi por eles que os Volturis se sacrificaram, Lice, não há nada de errado na historia. Dei de ombros. Por que se interessar por humanos estúpidos?
-A profecia que eu vi na minha visão, eu acho que eles estão ligados."