Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 38
Anything Goes


Notas iniciais do capítulo

Capitulo dedicado a Nicollyraquel, Aninha Masen Cullen, Wana mania, Máah e Lady Viper por deixarem uma review! I ♥ you all! ;*



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Capitulo 37

Dois dias depois. Casa dos Swan

Jake P.O.V

-Seth? – Perguntei olhando para o projeto de lobo intrigado com sua presença na cozinha. – Que cheiro delicioso é esse? – Olhei ao redor com agua na boca. – Isso é bacon?

-Eu fiz para mim... – Roubei o prato dele. – Hey!

-Eu sou o alfa, preciso comer mais que você, fedelho. – Ele estreitou os olhos.

-Prevendo sua gulodice, eu fiz mais. – Se sentou na mesa emburrado.

-E por que eu cheiro sangue? – Nessie entrou na cozinha apressada.

-Uma maneira de agradecer por ter me salvado dos demônios. – Seth pareceu sem jeito enquanto apontava para duas xicaras em cima do balcão. - Eu fique inconsciente ontem, mas hoje estou melhor, então...

-Oh Seth, isso é tão fofinho! BELLA! – Nessie berrou do nada.

-Eu posso te ouvir em tom normal, Nessie. – Bella apareceu colocando o casaco, se inclinou no balcão e pegou a xicara que sobrou.

Parei de mastiga momentaneamente vendo Bella virar a xicara de uma vez.

-Credo... – Nessie a olhou incrédula.

-Onde está Jane e Nicolas?

-Indo cuidar dos problemas de memoria. – Respondi ainda incredulo.

-Ah sim! Pena que não há muito que possa fazer por eles agora. – Ela suspirou. – Bem, eu tenho que ir, tenho que termina de escrever um trabalho de inglês na escola. – Bella revirou os olhos. – Oh Nessie, conseguiu algo mais sobre o quadro?

-Nope, só aquilo mesmo. – Nessie deu ombros e deu mais um gole.

-Ok, então, tchau gente! – Bella saiu correndo.

-Que quadro? – Perguntei confuso.

-Aquele que acham que nós roubamos, está conosco a algum tempo e eu ainda estou reunindo toda a informação que posso conseguir sobre ele. – Nessie respondeu. – Então, como está Seth? Espera! O que sequer faz aqui para inicio de conversa?

-Leah foi cuidar de alguns problemas e eu vim pedir para Jake me dispensar por hoje, minha mãe precisa de mim. – Seth me olhou cheio de expectativa.

-Então estou sem vocês dois por hoje? – Seth acenou hesitante. – Tudo bem, não é como se eu fosse morrer.

-Não enquanto tiver a mim. – Nessie mandou um beijinho para mim.

-Legal! Eu vou deixar vocês... – Seth sorria quase maniacamente de felicidade, antes de sair da cozinha.

-Ele já teve alguma folga? – Nessie perguntou olhando para o transfigurador divertida.

-Claro que sim, todos nós temos. – Me aproximei dela.

-Então, você poderia ter uma folga?- Me olhou sugestivamente. – Tipo, hoje?

-Bem, meu trabalho é proteger Bella e você, então tecnicamente...

-Sem tecnicamente, Black, me beija. – Rebateu antes de me puxar pela gola.

Rose P.O.V

Zafrina deixou as mãos caírem ao lado da cabeça de Jane. Todos a olhamos em expectativa para o veredicto.

-Pelo o que vi na cabeça dos dois... – Ela se sentou. – Hipnose nela e maldição nos dois, sendo que seu marido, cara Jane, tem dois feitiços sobre ele.

-E como quebramos a hipnose? – Jane perguntou curiosa.

-Bem, eu me afundei em sua mente, é mais fácil acessa-la do que a de Nicolas, talvez possa faze-la ver suas próprias memorias Jane, quem sabe descubra quem a hipnotizou, ok? – A loira acenou com a cabeça, Nicolas ficou tenso ao nosso lado.

-Não tente dizer algo, você poderá falar sobre o assunto se já soubermos o que é. – Ppedi gentilmente, era a maldição sobre Nicolas, ele me olhou com um careta.

Olhei para Emmett desconfiada com toda a situação. Edward me falou o que achava do papel de Athenodora nisso tudo, prometi ficar de olho para descobrir alguma pista. Carlisle infelizmente ainda estava fora da cidade, em algum lugar na Asia, segundo Esme.

Quando Edward falou sobre sua teoria que eu tinha hipnotizado Jane, dei uma enorme risada, era impossível. Mas então Edward começou a falar e a falar...

Agora me vejo em duvida e o jeito que Nicolas continua me olhando.

-Então?

-Nada, muito embaçado. – Jane suspirou e eu resolvi arriscar.

-Jane, olhe para mim. – Pedi convocando meu poder de persuasão.

-Rose, não há jeito de retirar a hipnose feita por outro. – Zafrina ralhou, mas eu ignorei.

Eu tinha um código que usava em todas as hipnotizes, algo que só eu poderia dizer e eles se lembrariam. Uma frase que eu nunca dizia em voz alta por ser intima demais, algo que meu pai costumava dizer.

Me inclinei em seu ouvido e sussurrei tão baixo que ninguém na sala pode ouvir.

-Jane, c´est fait, c´est fait.* – E eu pude sentir minha hipnoses rompendo dentro dela.

-Rose? – Jane murmurou. – Por que você me hipnotizou? – Ela perguntou baixinho.

-Eu não me lembro de hipnotiza-la. – Respondi no mesmo tom.

-E eu não me lembro de ser hipnotizada por você. – Ela rebateu.

-Desculpa.

-Está tudo bem. – Jane suspirou. – Nicolas? Não acredito nisso... – Ela resmungou quando eu afastei, pude ver algo que nunca vi: o lhar de dor de Jane Volturi.

-Jane. – Ela se ergueu bruscamente dando um passo para trás parecendo tremula.

-Eu preciso de um momento... – Gaguejou parecendo em choque. - É muita coisa. - Ela arregalou os olhos.

-Amor... – Emmett chegou perto de mim, eu também estava em choque.

-Eu não me lembro de fazer isso com ela. – Gaguejei assustada.

-Bem, isso é interessante. – Zafrina cruzou os braços no canto escuro da sala.

Jane murmuro algo em outro idioma e Nicolas respondeu tentando sorri, mas parecia uma careta, ela pareceu indignada.

-O que foi? – Perguntei intrigada.

-Problemas pessoais. – Nicolas respondeu enquanto Jane olhava para baixo parecendo estar em negação. – Vamos, Jane, você precisa de sangue.

-Todos nós precisamos. – Suspirei cansada. – Zafrina...

-Tudo bem, podem ir. – Ela acenou com a cabeça, ainda estava de luto pela irmã.

Saímos no corredor escuro, embaixo do hotel, onde ficava os vampiros que não poderiam andar ao sol.

Jane e Nicolas se despediram de nós rapidamente e eu fiquei no saguão do hotel vendo alguns de nossos afiliados circularem.

-Eu não lembro de fazer, Emmett, se Edward estiver certo, isso é obra de...

-Eu sei, ele falou comigo.

-Mas por que ele faria algo assim?

-Eu não sei, amor, mas ele não faz nada sem motivo. – Emmett respondeu colocando o braço sobre meus ombros. – Jasper já foi. – Murmurou em meu ouvido.

-Ao menos uma noticia boa. – Suspirei comigo mesmo.

Quando chegasse, Carlisle teria muito que a responder.

E se ele fosse inocente, ao menos poderia procurar em minha mente a pessoa responsável por meu esquecimento.

Neal P.O.V

-O que você acha?- Perguntei me sentando ao lado dela. – O sanduiche deles não é ruim.

-Eu não vou discutir sanduiches durante uma missão de vigilncia, Neal. – Leila revirou os olhos. – Como vão as coisas com Alexandra?

-Sue a pegou como ajudante como hoje. – Respondi quase sentindo pena, Sue podia ser rigorosa. – Os feridos de Seattle são muitos.

-Você não acha estranho que a Swan demo não tenha ido visitar os tios? – Ela perguntou em tom baixo, enquanto olhava para o estacionamento da escola, era hora do almoço e lugar estava cheio.

-Um pouco, mas não acho que eles sejam próximos, Isabella parece um tanto excluída. – Dei de ombros.

-Ok, agora me fale, o que você e Alex andam fazendo no ultimo mês, vocês sumiram um pouco.

-Eu lhe disse estamos na cidade agindo normalmente.

-É tão entediante quanto soa? – Ela perguntou erguendo as sobrancelhas.

Pensei na quantidade de coisas fizemos durante o ultimo mês ao lado de Victoria. A igreja foi o que mais se ressaltou em minha cabeça...

-Bem tediosa. – Concordei com um sorriso.

Ouvimos um grito e olhamos para frente, Nessie (ainda não entendi o nome dela) andava parecendo furiosa e Jake gritava atrás dela. Leila deu um passo hesitante tentando entender a situação, enquanto simplesmente relaxei, Nessie era um tanto cabeça quente mesmo.

-Aquilo na mão dela, é o que?

-Muito longe. – Dei de ombros, ela pegou a câmera e aumentou o zoom para ver. Seu olhar incrédulo me deixou curioso. – O que é?

-Uma ratazana aberta. – Ela franziu o nariz.

-O que? – Olhei-a incrédulo, e depois voltei a observa Nessie.

Ela andou em direção a um grupo de garotas e tacou o bicho no carro, elas gritaram assustadas. Puxei o braço de Leila e andamos até a confusão rapidamente.

-... NUNCA MAIS COLOCAR NO MEU ARMARIO! – Nessie terminou de berrar.

-Eu pensei que satânicos adorassem sacrificar animais. – Uma morena rebateu sarcasticamente. – Afinal o que é um animal quando já matou humanos?

-Eu estou de saco cheio de sua merda! – Nessie apontou o dedo na cara dela. – Eu estou lhe avisando pare antes que se arrependa. – Se virou para ir embora, Jake pareceu aliviado.

-Oooooh! O que ela vai fazer? Jogar outro animal sujo em meu carro? Ou vai contar para os seus pais...? Oh! Certo, eu esqueci, você não tem pais. Provavelmente os sacrificou em algum ritual bizarro.

Nessie parou de andar imediatamente, todos começaram a rir ao redor. Leila ficou completamente tensa ao meu lado, ambos podíamos sentir o perigo nela.

-Sua cadela desgraça, ordinária, puta nojenta! – Nessie se virou para Jessica, Jake tentou se mover para para-la, mas ela já estava em cima de Jessica com a mão no alto.

Eu prendi a respiração quando Bella agarrou o braço dela, parando no ar. Sem duvida o tapa que Nessie daria em Jessica teria força o suficiente para quebrar o pescoço da mesma.

-Pare. – Bella pediu em tom sério. – Você é melhor do que isso.

-Nós duas sabemos que isso não é verdade. – Nessie rebateu e puxou o braço. – Agora saia do meu caminho.

-Não. – Bella puxou o braço dela de novo.

Foi tão rápido quanto um piscar de olhos, tudo o que ouvi foi o estralo do tapa que Nessie deu em Bella. Olhei para aquilo chocado, de repente todo mundo estava quieto ao redor.

Nessie pareceu notar o que tinha feito, por alguns instantes seu olhar se arregalou em surpresa.

Então Bella bateu com as costas da mão na cara dela com força o suficiente para virar seu rosto. Nessie soltou um gruído e elas começaram a lutar. O pessoal ao redor começou a gritar apoiando, como os bons adolescentes idiotas que eram.

Tentei passar pelas pessoas enquanto via o quão violentamente elas se batiam. Bella literalmente agarrou o cabelo de Nessie e empurrou contra um carro. Enquanto a outra chutou Bella duro o suficiente para quebrar algumas costelas.

Olhei ao redor querendo saber onde Jake tinha se metido, afinal ele era namorado de uma das duas...

-Parem, agora! – Olhei e vi um cara segurando as duas uma de cada lado, pela palidez, era um vampiro.

-Sim, parem de serem crianças mimadas. – A garota que provocou Nessie mais cedo pois fogo na fogueira.

-Sua vadiazinha! – O vampiro começou a arrastar as duas, enquanto Nessie berrava.

-Só lembre disso, Jessica. – Bella forçou o homem parar e deu um olhar realmente sinistro para a morena, que visivelmente se encolheu. – Isso tem volta. – Lançou um olhar de nojo e o vampiro levou as duas para a escola.

-Vocês ouviram? Ela me ameaçou! Se for encontrada morta, já sabem quem foi a assassina.

-Oh meu Deus, apenas cale a boca. – Leila murmurou ao meu lado, de repente Jessica se calou. – Vamos. – Me puxou.

Leila não era exatamente como nós, era uma bruxa órfã e sem clã. Aurora Swan resolveu treina-la, e hoje em dia, seu poder pode se dobrar através de sua ordem verbal. Ela realmente nunca quis tentar feitiços e essas coisas, o que faz as bruxas se ressentirem com ela.

Sue normalmente consegue acha-la útil como assistente, mas dessa vez pediu por Alex.

Me pergunto o por que disso...

Edward P.O.V

-Vim assim que ligou. – Falei entrando na sala de aula.

Bella estava quieta em um canto e Nessie vermelha em outro.

-Por que vocês duas cheiram a sangue?

-A direta de Bella é forte. – Nessie murmurou.

-Ela usa salto. – Bella rebateu olhando para a janela.

-Desculpe se eu sou mais feminina que você. - Nessie alfinetou maldosamente.

-Nunca foi sobre isso, Nessie, e me explique como você é feminina só usando tons escuros? Parece que vai a um velório.

-Sinceramente, Bella, você vive de jeans na escola, algumas pessoas acham que é sua segunda pele.

-E nós duas sabemos que isso é na escola, onde eu devo não chamo atenção, lembra o por que disso?

-Claro, pessoas correndo e tentando nos queimar vivas, eu vi os filmes de bruxas. – Nessie revirou os olhos.

-Então por que exatamente você jogou um rato no carro de Jessica e aprontou um escândalo?

-Hã... DÃR! Ela jogou um rato morto com as tripas de fora no meu armário! – Nessie a olhou indignada.

-Ela já jogou antes e você não ligou.

-É claro que liguei! Eu não tenho sangue de barata ao contrario de você! – Nessie cuspiu de volta. – Covarde.

-Retire o que disse! – Bella rosnou indo para cima de Nessie, mas Fred a parou rapidamente.

-Tem sido assim na ultima meia hora. – Ele me olhou perdido.

-Ok, pode ir, Fred, eu cuido disso. – Ele me olhou quase aliviado e sumiu o mais rápido que pode. – Sentem. – Sibilei entre os dentes, as duas me olharam e lentamente se sentaram.

Suspirei e analisei os pensamentos intensos de Nessie, ela parecia estar com raiva, triste, alegre e com mais raiva... Ok, eu acho que já entendi.

-O que foi? - Nessie me olhou na defensiva quando me aproximei dela.

-Com sua licença. – Puxei seu braço e mordi sua mão, ouvi seu grito de susto, e imediatamente segurei a sua outra mão de tentar me atingir. Tirei minha boca para longe de sua mão e analisei o gosto de seu sangue.

-Nem pense em me morde. – Bella me olhou na defensiva.

-Não é preciso. – Respondi casualmente. – Vocês duas tomaram pó de sereia.

-O que?

-Vem da cauda das sereias, intensifica todas as suas emoções, é considerado em nosso mundo uma droga perigosa, por que em alta dosagem, bem, as coisas ficam intensas demais e você enlouquece.

-Nós não tomamos drogas, não seja ridículo Edward.

-De algum forma você ingeriram veneno, por isso Nessie reagiu tão violentamente ao rato morto e você respondeu o ataque dela no estacionamento.

-Você acabou de tomar o sangue de Nessie, você está infectado. – Bella observou com os braços cruzados.

-Eu provavelmente serei um pouco afetado, mas nada demais, não é a primeira vez que experimento, queridas. Além do mais, estava bem diluído no sangue dela, então o efeito se perde um pouco. – Fiz pouco caso.

-E como sentiu o gosto? Eu não senti nada diferente. – Nessie disse, vi um pouco de sangue no canto da boca, ela tinha acabado de experimentar sei proprio sangue, eu suponho.

-Eu conheço o gosto, por isso fui capaz de identificar quando quis encontra-lo, além do mais meu paladar é superior ao seu Nessie, sinto gostos que você nem sequer sonha em ter com Jake.

As duas me olharam por alguns instantes quietas.

-Eu não faço ideia se te dou um tapa ou se te ignoro pela insinuação sexual. – Bella estreitou os olhos para mim.

-Ele quer dizer sangue, certo? Por favor, me diga que não é gozo... – Nessie escondeu a cara entre as mãos. Sorri satisfeito por ter distraído as duas da raiva que sentiam uma pela outra. – Espere! Cadê Jake? – Ela perguntou de repente, Bella ainda ergueu a sobrancelha para ela.

Escaneei a escola rapidamente em busca da jovem mente de Black, mas não encontrei nada. Expandi para o máximo que pude ao redor da escola e novamente não o encontrei.

-Onde viu Jake pela ultima vez?

-Ele estava me seguindo para o estacionamento, estava lá quando joguei o rato no carro de Jessica.

-Sim, ele estava lá quando eu a parei de quebrar o rosto de Jessica. – Bella concordou.

-Bem, ele não está na escola e nem ao redor. - Anunciei bruscamente antes que tivesse que parar uma outra briga.

-O que?- Nessie se ergueu de repente preocupada.

-Acalme-se Nessie. – Pedi a forçando sentar na cadeira.

-Eu não vou me acalmar! Eu tenho uma coisa chamada pó de sereia dentro de mim! Cadê meu namorado?!

-Ligue para Leah e descubra se ela sabe de algo, eles podem sentir quando o alfa está em perigo. – Pedi tranquilamente, mesmo sabendo que se ouvisse algo errado já teriam ligado para Nessie.

-Ela não atende! – Nessie exclamou raivosa.

-E Seth?- Bella perguntou ansiosa ao meu lado, Nessie discou.

-Direto na caixa postal. – Nessie negou e saiu em direção a janela. – Alguma outra ideia Edward?

-Sim, os humanos lá fora podem ter visto algo.

-Humanos?

-Guardas. – Respondi puxando as duas pelo braço, segui em direção a onde a mente de Fred estava. – Fred, venha cá. – Pedi quando estávamos em uma distancia onde ele poderia me ouvir. – Jacob Black sumiu, fique de olho aberto, ok? – Ele acenou com a cabeça. – Você lembra de tê-lo visto?

-Ele tentou se mover para parar a briga, mas eu me adiantei, um transfigurador pode com demônios, mas acho que as pessoas desconfiariam se ele estivesse curado no dia seguinte.

-Então? – Nessie perguntou puxando o braço do meu aperto, era soltar, ou ela ia arrancar o proprio braço fora.

-Eu não o vi mais. – Fred deu de ombros.

-Faça algo! – Ela se virou para mim. – Você é porra de um vampiro, faça algo!

-Diga isso mais alto, por favor. – Retruquei sarcasticamente, Bella estava estranhamente quieta ao meu lado, até podia se desconfiar.

-O que pode se fazer para passar o efeito? – Ela perguntou de repente.

-É como uma droga, o efeito é passageiro.

-Quanto tempo.

-Algumas horas.

-Horas?! – As duas me olharam com os olhos arregalados.

-Apenas se foquem... – Me parei imediatamente, as emoções das duas estavam uma mistura intensa, não havia jeito delas se concentrarem. – Tudo bem, eu vou...

-Você o caralho. Bella, onde esta Jake?

-Eu não protejo a mente dele.

-Por que não?

-Ele me pediu, algo sobre violar as regras do clã. – Bella deu ombros. – Além disso, não iria funcionar, eu sinto as mentes que protejo, mas não sei onde elas estão depois de alguns quilômetros, dois no máximo, na verdade, você é excessão, queridinha.

-Foda-se! Eu vou atrás de Sue!

-Os humanos sabem onde ela está. – Falei enquanto ela saia andando pelo corredor.

-Ótimo!

-Eles estão pra cá. – Apontei para o outro lado divertidamente, ela se virou bufando.

...

-Onde está Sue? – Nessie perguntou agarrando a gola de Neal, puxando-o para a janela.

-Com Alex. – Ele nos olhou surpreso.

-O que é isso? – A outra humana, Leila, perguntou em alerta.

-Cale-se. – Nessie rosnou. – Onde está Alex? – Perguntou perdendo a paciência.

Agarrei a mão dela e apertei até que soltasse, ela soltou um gemido fino de dor, mas foi só.

-Desculpe, pó de sereia.

-Isso é raro, onde ela conseguiu isso?

-Ninguém sabe, mas não importa agora, Jacob Black sumiu e ele faz parte do seu clã, isso sem contar que o resto da minúscula alcateia dele não atende o celular.

Vi Neal analisando a cena toda da briga das duas e como ele procurou Jake por um momento e não o encontrou. Ao menos faz sentido o fato dele não ter parado a briga das duas.

-Elas estão em La Push. – Respondeu rapidamente, ligando o carro.

-Eu vou com vocês! – Nessie exclamou abrindo a porta de trás rapidamente.

-Bella e eu iremos ver as coisas por aqui. – Eu disse antes que Bella abrisse a boca. – Procure manter foco em Jake, Nessie, assim não irá ser tão destrutiva. – Pisquei para ela, enquanto observava os pensamentos em alerta dos humanos.

-Nós deveríamos pergunta se alguém viu Jake. – Bella saiu andando pelo estacionamento.

-Espere, Bella. – Alcancei-a rapidamente. – Você está bem?

Ela estreitou os olhos perigosamente carrancuda.

-Obvio que estou bem, que tipo de pergunta estupida é essa? – Continuou a andar, dessa vez seus passos eram mais fortes.

-Você está sob efeito de uma substancia que lhe deixa ainda mais sensível as suas emoções... – Olhei-a erguendo as sobrancelhas. – Nessie estava focada em Jake e irá até o inferno bater no próprio diabo se possível para consegui-lo de volta, mas você...

-Eu estou perfeitamente bem. – Ela se virou bruscamente, seus olhos não puderam se manter nos meus por muito tempo, algo claramente a incomodava. – Vamos nos focar no agora, ok? – Olhei-a por um momento, ela considerou um sim e se virou em direção a escola.

Jane P.O.V

-Jane, você precisa se acalmar... - Nicolas pefiu enquanto eu dava de lá para cá.

-Não me diga para me acalmar! – Exclamei sentindo uma estranha falta de ar. – Oh Deus... – Soltei o ar pesadamente e levei as mãos a cabeça.

-Você tem alguma ideia de quem fez isso? - Ele se aproximou de mim e segurou meus ombros. - Jane? - Ele segurou meu rosto e me obrigou a olha-lo.

Meus olhos queimarão, sai de suas mãos virando de costas e sequei minhas lagrimas bruscamente, me recusei a olhar para ele.

-Sim. - Senti um nó na garganta, pude senti-lo se aproximar.

-Jane... – Ele segurou meu braço e me virou, tentei empurra-lo, mas ele resistiu. – Quem foi?

Olhei em seus olhos e quase não consegui responder.

-Fui eu. – Ele arregalou os olhos e eu solucei baixo. - Sinto muito... - Fechei os olhos.

-O que? – Nicolas soou como se tivesse levado um murro. – Mas Athenodora...

-Athenodora me ajudou, foi ela quem cuidou de tudo, mas fui eu quem pedi para esquece-lo.

-Por que você faria isso? – Ele perguntou em tom baixo me olhando ferido.

-Você tinha morrido, eu me lembro de ter implorado a Athenodora que apagasse minhas memorias quando voltei do ataque a igreja, mas ela se recusou, e por anos fiquei com voce na memoria trancando minhas emoções, então... – Parei sentindo um frio na barriga.

-Então? - Ele perguntou mais rispidamente.

-Eu flagrei a traição dela. – Respondi em tom baixo, ele me olhou de repente. – Eu vi Didyme em seu quarto. – Pisquei varias vezes me controlando. – Didyme Volturi, a suposta morta mulher de Marcus e irmã de Aro.

-Mas você esqueceu tudo que veio antes! – Ele exclamou. – Não foi só suas memorias comigo.

-Athenodora quem cuidou disso, ela provavelmente queria que eu esquecesse mais do que deveria. – Suspirei passando a mão pelo meu cabelo. – Só não entendo por que não me fez lembrar assim que soube que você... – Eu me parei bruscamente, Nicolas estava vermelho de raiva. – Há quanto tempo ela sabe que você está vivo?

-Nos conhecemos no século passado. - Abri a boca horrorizada. - Ela me reconheceu, mas nunca entendi por que, até tempos atrás.

-Ela... – Rosnei me sentindo incrivelmente frustrada. – Eu fui traída!

-Jane... - Ele me olhou com seus olhos profundos.

- É revoltante o que fizeram conosco! Como pode ficar ai parado? Por que não tentou fazer nada?!

-Por que... - Ele apertou a boca.

-É sua maldição, tem algo que você não pode falar. - Ele me olhou impotente. - Mas você ainda poderia ter feito alguma coisa!

-Eu quero viver em paz, não fugindo por ter armado um luta com os Volturis! - Ele exclamou de volta. - Jane, esses não são bons tempos para cobrar briga com Volturis.

-Volturis não. – Me virei para ele, agora sentado em um tronco. – Athenodora. - Ele suspirou recuperando a calma.

-Tenho impressão que ela tem seus próprios motivos, mesmo que Caius saiba soube sua amnesia, mas ele parece crer que era para o melhor.

-E sobre eles? Você ouvi algo sobre eles? – Eu olhei-o hesitante. – Eu achava que tinha acabado...

-Eu também, mas a vida é cheia de surpresas. – Sorriu de leve para mim, ri sem humor nenhum.

-Vida... – Murmurei desviando o olhar. – E a menina? Como Sasha está?

-Não se preocupe, Bella a checou ontem.

-Bella? Ela vive grudada com Edward! – Exclamei arregalando os olhos.

-Ele ficou ocupado ontem com toda as consequência da perda de uma das irmãs amazonas, por isso tivemos que ir hoje, em vez de ontem para ver suas memorias. – Suspirei e me sentei ao lado dele novamente. – Bella foi a checar e ninguém percebeu sua ausência, exceto Nessie, mas ela sempre acoberta tudo para Bella.

-O que vamos fazer com ela? – Perguntei com um longo suspiro. – Ela é perseguida pelos Volturis.

-Ninguém a reconhecerá por agora, Jane, ela se curou e mudou o cabelo, não parece muito com a prisioneira que chegou a nós. – Olhei para o chão pensando na confusão que estávamos. – Hey, vai ficar tudo bem.

-Como pode saber?

-Eu não sei, é só o jeito como a vida funciona: tudo fica bem eventualmente.

-Você me disse isso uma vez. - Suspirei com um meio-sorriso. - Depois que Alec tinha ido embora e eu havia perdido meu único amigo no castelo.

-E terminamos casados, viu como as coisas ficaram bem? – Dessa vez eu dei uma risada.

-Sim e então fomos separados por que atacaram a duquesa. – Ergui as sobrancelhas.

-Nos reencontramos.

-Tudo para ser separados de novo, condenados a achar que um tinha morrido.

-E aqui estamos novamente e dessa vez eu não vou deixar nos separarem. – Colocou o braço ao meu redor, apoiei minha cabeça em seu ombro fechando os olhos, senti seus labios em meu cabelo e fiquei quieta sentindo seu cheiro.

Ficamos assim por alguns segundos, então eu ouvi algo e ele ficou tenso.

-Eu sempre fui fã de romances, realmente odeio ter que interrompe-los. – Athenodora deu uma risada.

Abri os olhos e me ergui imediatamente, Nicolas me seguiu. Ambos sabíamos que se não tomássemos cuidados ficaríamos sem memorias para sempre.

-Não a necessidade de se preparar para uma luta, meus caros, nós todos sabemos que eu os derrotaria antes que pudessem piscar.

-Eu não seria tão arrogante se fosse você. – Estreitei os olhos.

-E eu não subestimaria minha capacidade de sentir dor, Jane, eu já passei por tudo que pode imaginar, queridinha. – Ela colocou uma mão a cintura e deixou a cabeça pender para o lado, como se tudo fosse incrivelmente divertido. – Mas você é da família, eu quero manter tudo na paz.

-Você apagou minha memoria.

-Você me implorou por muitos anos antes que eu fizesse e nem foi definitivo.

-Eu pedi para esquecer ele por que achava que estava morto! – Estreitei os olhos para ela. – Foi por isso que Alec tentou mata-la?

-Alec nunca tentou me matar, Jane, os demônios nunca quiseram minha morte, eles pensam que sou aliadas dele. – Ela revirou os olhos.

-O que? – Nicolas olhou-a incrédulo ao meu lado.

-Como isso sequer é possível? – Pisquei os olhos atordoada.

-Didyme acha que estou do lado dela, ela quer acabar com a nossa raça de vampiros, uma coisa leva a outra. – Ela deu de ombros. – Você saber sobre a existência dela era perigoso, ainda mais sendo você uma Tulekahju.

-O que isso tem a ver? – Athenodora negou a cabeça.

-Muito cedo para vocês saberem, meus queridos. – Sorriu maliciosa. – Você está certo, Nicolas, eu tenho meus próprios planos e vocês dois acabaram de me atrapalhar.

-Você não vai matar nenhum de nós. – Afirmei observando sua postura.

-Me conhece bem Jane. – Concordou. – Eu os deixei saber parte do que está acontecendo, mas é apenas o que vou dizer.

-Então, a esposa de Marcus quer destruir os vampiros e parar isso trabalha com os demônios? – Nicolas nos olhou. – E você, que é mulher de Caius, finge ajuda-la? Ela caiu nesse ato?

-Eu e Caius nunca fomos um casal calmo, como sabem.

Fiquei tensa, todos sabíamos os dois mantinham um relacionamento por vezes abusivo. Há historias de como Caius prendeu e torturou-a por tê-lo o traído e de como ela foi embora por dois século antes de fazerem as pazes (sendo que ela destrono-o do trono na época, ao que parece Caius foi um rei). Isso sem contar as inúmeras historias de traições entre os dois e os joguinhos que terminavam com a morte de algum vampiro estupido o suficiente para se apaixonar por um deles.

-Ela pensa que você ficou com Caius por que ele te transformou. – Comentei entendo, ela deu de ombros.

De repente um celular soou cortando nossa conversa.

-Esse é o meu celular. – Estreitei os olhos para Nicolas, que puxou o aparelho do bolso.

-Foi você quem não quis usa-lo. – Ele deu de ombros. – Edward? – Perguntando atendendo.

-Bom, você atendeu. Sei sobre Jane ter recuperado a memoria, parabéns, agora sem querer interromper, vocês fizeram um trato com Bella, correto?

Athenodora nos olhos erguendo as sobrancelhas, dei de ombros.

-O que houve? - Ele perguntando para nós duas.

-Bem, envenenaram Bella e Nessie com siena, o famoso pó de sereia, Jake sumiu e tem apenas algo estranho no ar. - Franzi o cenho, eu sabia o quão bom era o instinto vampírico. – Seria bom vocês virem até a escola.

-Ela está na escola sob efeito de pó de sereia? – Perguntei incrédula.

-Nem me fale, o negocio só a deixou mais teimosa. – Eu conseguia imaginar Edward revirando os olhos no outro lado da linha. – Venham logo. – E desligou.

Nos olhamos cautelosos.

-Bem, o que estão esperando? – Athenodora ergueu as sobrancelhas.

-Vai nos deixar ir assim?

-Eu tenho um alfabeto inteiro de planos, meus queridos, talvez você me sejam uteis depois de tudo. - Ela sorriu satisfeita.

Jake P.O.V

Pisquei sentindo minha cabeça rachando, mas que porra...?

Olhei ao redor confuso. Tentei me mover, mais meus braços estavam presos por correntes acima de mim, puxe-os com força, mas não cederam.

Droga!

Ok, qual é a ultima coisa que me lembro?

Nessie! E Bella! Elas estavam se surrando no meio do estacionamento, quando senti uma picada em meu pescoço e tudo ficou negro.

Puxei de novo as correntes.

-Nem tente, é inutil. – Arregalei os olhos.

-Leah? – Procurei ela ao redor, ouvi o som atrás de mim. Ela estava no outro lado da coluna de madeira que eu me encontrava preso. – Você viu quem...?

-Seth. – Me cortou.

-Oh sim! Cadê ele?

-Não, Seth quem nos colocou aqui! – Ela bufou exaspera.

-O que?! – Arregalei os olhos horrorizado.

-Foi possuido por um demônio... – Ela respondeu em tom baixo. – Aquele ritual de dois dias atrás foi por causa disso.

-Mas por que nos manter prisioneiros? – Perguntei para ela.

-Por que podemos desmascara-lo. – Ela respondeu como se fosse obvio. – Compartilhamos pensamentos.

-Não, Leah, ele poderia só nos matar. – Franzi o cenho para a parede.

-Então, descubra. – Leah retrucou. – Você é o alfa, Jake, ele tem que te obedecer, demônio ou não.

-Droga. – Fechei os olhos me tocando do que aconteceria. – Ele vai fazer o ritual conosco, por isso estamos vivos. – Ouvi o suspiro assustado de Leah.

-Jake, olhe ao redor.

Estávamos no meio de um circulo com velas ao redor, velas que não estavam acesas ainda.

Ainda.

-Porra. – Murmurei para mim mesmo.

Nessie P.O.V

-Então que lugar é esse? – Perguntei estralando meus dedos ansiosa.

-É a base de La Push, a área inteira tem tuneis subterrâneos. – Ele parou na frente de uma casa da praia. – E aqui está uma das entradas.

-Espere, de quem é essa casa é?

-Um dos mais respeitados membros do conselho Quileute. – Leila, a parceira de descendência oriental, de Neal.

-Um dos velhacos que tiraram o corpo quando Jake quis me defender? - Perguntei mal humorada.

-Bem... – Neal e Leila se olharam um tanto constrangidos, franzi o cenho.

A porta se abriu e um cara com um cabelão apareceu.

-Sr. Black. – Neal cumprimentou.

Espere.

Black? BLACK?

Ele era... Ele... Pai do Jake...

Eu acho que vou vomitar.

-O que foi? Aconteceu algo? – Ele perguntou intrigado, eu dei um passinho para o lado para me esconder ainda mais atrás de Neal. Talvez eu pudesse correr, eu sou rápida o suficiente...

-Bem, Jake sumiu da escola...

Porra Nessie! Se recomponha! Seu namorado sumiu, isso não é hora para se mijar nas calças por que conheceu o sogro.

Prioridades, ok? Prioridades!

-Oh! Entrem, não devemos discutir coisas assim aqui fora. – Eles entraram e consequentemente sairão da minha frente.

O olhar de Sr. Black (por que eu não faço ideia qual seja o nome dele) parou no meu. Pude ver o momento que ele me reconheceu (por algum motivo muito sinistro ele me reconheceu, por que tenho certeza de que nunca nos vimos), engoli o caroço na garganta e estralei os dedos de novo atrás das costas.

-Rennesme. – Porra! Ele até sabe o meu nome inteiro! Agora eu estou assustada!

-Sr. Black. – Dei um passo ansiosa e trêmula.

Ele me deu um sorriso tranquilizante.

-Vai ficar tudo bem, moça, não se preocupe com meu filho. E pode me chamar de Billy. – Ele colocou a mão em meu ombro todo compreensivo, oh Deus! – Esperava conhece-la em uma ocasião menos... Hã...

E eu esperava não te conhecer nunca, por que eu não acho que sou o que imaginava para ser sua nora...

-Pois é. – Ele meu deu com um olhar bondoso (O que?). – Como vamos achar Jake? – Perguntando mordendo os lábios.

– Já ligaram para os membros da alcateia?

-Leah e Seth não atendem o telefone.

-Sue nos ajudara, então. – Disse abrindo a porta do porão.

Descemos pelas escadas e ele parou na frente de uma estante. Eu ouvi um "zum" baixo enquanto Billy pressionava o dedo em algum lugar na parede, então a estante se moveu abrindo uma passagem secreta.

Wow!

...

-O que? – Sue exclamou do corredor. – Meus filhos! – Ela se virou e entrou na porta que tinha saído.

Nosso pequeno grupo a seguiu. Era uma enfermaria.

Parei quando Billy parou esperando Sue voltar. A cortina ao nosso alado chacoalhou e Alex surgiu por ela, a coitada nos olhou assustada.

-Neal, o que faz aqui? – Correção: olhou para Neal assustada.

-Jacob Black sumiu junto com seu bando. - Neal respondeu.

-O que faz aqui? – Perguntei curiosa, ela me olhou ainda surpresa, pude ouvir seu coração acelerar.

-Cuidando dos feridos de Seattle. – Franzi o cenho.

-Isso não significa nada para mim.

-Bella não te contou? – Billy me olhou intrigado. – Oras! O pai dela...

-Não... – Alexandra o interrompeu com um pigarreio um tanto sem graça, ele olhou para ela confuso e eu intrigada.

-O que tem vovô? – Perguntei desconfiada.

-Bella não sabe. – Alex me ignorou falando com Billy.

-Isso é bobagem.

-É decisão dele.

-O que foi com vovô?! – Perguntei exaspera.

-Não é com o seu avô, quer dizer, Charlie. – Billy se corrigiu.

-Então o que foi? – Perguntei completamente impaciente.

Os dois se olharam.

-Argh! – Exclamei perdendo a paciência, respirei fundo e senti o cheiro das pessoas, Charlie tinha um cheiro difícil de reconhecer por ser parecido com tudo ao redor, mas eu dormi no quarto dele, era intima do cheiro de dele.

Oh Deus! Isso soou nojento e incestuoso!

De qualquer maneira, segui direto para onde o cheiro me levou e olha só ! Era atrás de Alexandra, empurrei a semi loira para o lado e puxei a cortina.

Eu esperava encontrar Charlie e então viraria gritando "AHÁ!" na cara dos outros, mas ali na cama havia um cara pálido que eu nunca tinha visto na vida, embora fosse familiar.

-Quem é esse?

-Arthur, como vai? – Billy perguntou casualmente, como se o cara não parecesse preste a morrer.

-Envenenado, e você? – Perguntou roucamente.

-Desaparecimento do meu filho e a alcateia dele.

-Dia difícil para todos.

-Sim, minha nora aqui ainda está sobre efeito de pó de sereia.

-Querem me explicar quem é ele? – Perguntei exaspera.

-Arthur Swan, moça. – Ele me olhou febril. –Cadê Alex? Eu acho que vou vomitar. – Ele empalideceu ainda mais.

-Ele é, tipo, tio da Bella? – Perguntei intrigada, enquanto Alexandra se aproximava rapidamente e ele vomitava no balde que ela segurava.

Credo! Por que ela estava fazendo isso por ele? Só o deixasse no banheiro como fizemos com Alice. Ela achou o azulejo gelado da parede me confortável durante suas tonteiras, ao menos foi o que ela me disse.

-Sim, ele é o tio de Bella.

-Se ele está assim, como exatamente está o pai dela? - Perguntei engolindo a seco.

-Braço quebrado e ombro deslocado. – Billy respondeu tranquilamente.

-O desgraçado namora a bruxa e por isso conseguiu a cura mais rápido. – O irmão de Charlie resmungou voltando a se deitar na cama.

-Espera ai... – Eu precisei de um momento para digerir. – O que? Que namorada? – E não era só eu quer parecia surpresa, Alex tinha arregalado os olhos, enquanto Neal e Leila suspiraram e murmuram sob a respiração.

Só Billy estava perfeitamente bem.

Mas pelo o que vi, ele está sempre de bem com tudo.

Meu filho sumiu? Está tudo bem, vamos acha-lo não há motivo para não ficar relaxado, não é como se estivéssemos no meio de uma guerra com demônios. Charlie tem namorada? Pff, não é como se isso fosse tão difícil de acreditar quanto Jack morrendo afogado no final, ou que Bruce Willians estava na verdade morto (sério nunca vou superar O sexto sentido e Titanic)

-Oh... – Ele murmurou abrindo um dos olhos para nos encarar. – Era um segredo?

-Descanse bem, Arthur. – Billy fechou a cortina rapidamente.

-O que?! – Exclamei de novo para a cortina fechada.

-Billy, eu não consigo acha-los, algo está bloqueando! – Sue surgiu nos olhando preocupada.

-Quem está cuidando dos doentes?! – Perguntei de repente.

-Eu, por que? – Me olhou confusa por um instante.

-Oh mon Dieu! – Levei a mão a boca. – Você é a namorada do Charlie! Meu Deus! O queeeee... ?– Eu podia ver o que Edward quis dizer com tudo intensificado, eu sinto como se fosse ter ataque cardíaco. – Minha cabeça acabou de explodir. – Acrescentei sem palavras.

É... Não foi bonito.

-Querida, você precisa se acalmar, lembre-se que Jake... – Nem deixei sogrão termina, soltei um gemido me lembrando do desaparecimento de Jake.

-Eu sou a pior namorada do mundo! Quem importa se meu avô adotivo namora a mãe dos únicos membros do bando do meu namorado?! – Olhei para Billy e ele colocou a mãos em meus ombro, me consolando.

-O que está acontecendo? – Olhei para Alexandra saindo das cortinas completamente confusa.

-Nessie está apenas tendo um ataque de pânico exagerado por causa do pó de sereia.

-Eu odeio sereias. – Concordei com Neal com careta angustiada.

-Esse não é ponto! Eu preciso achar meus filhos. – Sue nos interrompeu, sua palidez momentânea (surgiu depois que eu gritei histericamente sobre seu namoro secreto) havia desaparecido.

-Use meu sangue. – Billy ofereceu como se fosse a coisa mais simples do mundo.

-Não consigo achar Jake nem com o sangue dele, Billy. – Sue nos olhou preocupada. – Talvez você possa acha-lo.

-Faz muito tempo. – Billy a olhou franzido o cenho.

-O que? – Perguntei com os olhos arregalados.

-Transfiguradores podem se comunicar mentalmente e Jacob é o meu filho depois de tudo. – Um alivio surgiu em meu peito . – Mas... – Ele me olhou preocupado, não sei por que. Não é como se minhas esperanças tivessem sido esmagadas por três malditas letras. -... Faz mais de vinte anos que desisti da minha forma de transfigurador.

-Seus poderes somem assim? – Olhei-o boquiaberta.

-Bem, não exatamente, mas ao desistir pude finamente envelhecer.

Espera, o que?

-Você tem o sangue de um transfigurador, Billy, eu posso ampliar isso. – Sue falou.

-As chances são muito pequenas de funcionar! Você é uma bruxa, como não pode achar seus próprios filhos? – Billy a olhou na defensiva.

-Acha que eu já não estou tentando tudo o que posso? – Sue rebateu rispidamente.

-Então, falemos com Sam, ele é o único que pode ter algum contato com Jake.

-Isso vai demorar anos! Apenas façam a porcaria do feitiço! – Exclamei rudemente.

Os dois me olharam por um momento pude ver a cautela nos olhos de Sue, minhas respiração estava acelerada e eu estava abrindo e fechando meus punhos tamanha era minha impaciência. Billy só me olhou perfeitamente na boa, por que esse era o tipo de pessoa que ele era.

-Quanto de siena você tomou?

-Siena?

-É o nome do pó de sereia. – Alex respondeu atrás de mim, fiquei tensa ao percebe o quão perto ela estava.

-Se alguém tentar me atacar vai ficar as próximas horas enroscado no chão chorando rodeado por escuridão e um profundo sentimento de desespero. – Rosnei para os humanos. – Agora parem de brigar e achem seus filhos!

Bella P.O.V

Eu estava sentada na mesa do professor mordendo meus dedos compulsivamente, Edward se recusou a me deixar perto dos outros estudantes. Tudo por que quando ouvi Jessica ofendendo Nessie, ele teve que me segurar para não estripa-la com meus dentes no meio do corredor.

Agora, aqui estava eu, matando aula pela milionésima vez esse ano. Não que eu me importe, se não passar de ano, posso arranjar um diploma falso para a faculdade.

Eu já fiz antes de qualquer maneira.

Olhei para Fred na mesa do professor, olhando para o celular em profunda reflexão, mas eu não me enganei, ele estava me vigiando. E poderia chamar Edward rapidamente se eu tentasse sair, mas não havia motivo, felizmente para ele.

Meu celular vibrou e eu o puxei rapidamente, louca para me livrar do tédio.

O coelho está atrasado, a rainha de Copas não ficará feliz.

Oh Deus! Isso é curtição com a minha cara?

Disquei o numero dele impaciente.

-Alo?

-Sr. Briston, por favor, é a Srta. Preston. – Falei entre os dentes, enquanto expandia meu escudo. Fred estava na sala no final das contas.

-Anna, estávamos tentando falar com você. – Ouvi a voz do meu antigo chefe.

-Eu estou aposentada, por que exatamente está me procurando?

-Por que eu estou de frente há um trabalho particularmente especial e você é a única que pode faze-lo justamente por está fora do mercado.

-O que? Está curtindo com a minha cara? Eu tenho uma parceira, ligue para ela.

-Ela desligou os contatos. – Franzi o cenho, Nessie não tinha me falado isso. – Preciso que use seu rostinho bonito que ninguém conhece e me faça o trabalho.

-Não posso, estou ocupada.

-Eu sugiro que se desocupe, você me deve, Preston, ou já se esqueceu que eu sei exatamente quem é e ainda mais, quem é sua parceira.

-Eu poderia te matar em um piscar de olhos.

-E tudo seria divulgado, Swan.

-Não use esse nome. – Rosnei mal humorada.

-Vergonha do nome que carrega?

-O que quer dizer? Espera... – Um frio estranho se bateu em meu estomago. – O que sabe sobre minha família?

-O suficiente. – Ele rebateu. – Sobre o trabalho...

-Me mande os arquivos. – Soltei um gruído impaciente.

-Não. – Isso me chamou atenção. – É pessoal, preciso te encontrar.

Mas que porra, homem!

Não posso sair de Forks.

E Sr. Briston definitivamente não virá para Forks.

Então, eu tive uma ideia.

-Eu não posso me desocupar, Sr. Briston. – Falei impulsivamente. – Não se preocupe, eu tenho a pessoa para seu trabalho.

-Eu não quero...

-Mas você vai querer, não é Re... Pam. – Quase escorreguei com o nome de Nessie. – Ela não é conhecida por ninguém, o que a torna melhor do que eu.

Uma longa pausa.

-Tudo bem, qual é o nome dela?

Wow! Ele deve estar realmente desesperado, isso me deixou curiosa, na verdade.

-O nome dela é Kara.

...

Depois de fazer outra ligação, estava tudo feito.

Sasha tinha uma ocupação agora. Ela havia me dito o quão horrível era ficar naquele apartamento e tudo mais, havia revirado minhas coisas e sentindo inveja do quão animada minha vida criminal parecia ser.

Agora, ela iria ajudar Sr. Briston a conseguir alguém importante para ele de volta.

Espero que dê tudo certo.

-Noticias de Jake? – Me virei para Fred.

-Não, só o banco enchendo o saco. – Dei de ombros, ele me olhou analítico.

Ouvimos um estrondo lá fora e ele se ergueu indo para a porta rapidamente, eu estava bem atrás dele quando o mesmo abriu a porta.

-O que é? – Perguntei curiosa.

-Algo no ar. – Ele saiu da sala e eu o segui.

Havia mesmo algo no ar, até eu podia sentir, uma presença estranha ou algo assim. Outro estrondo veio atrás de nós e nos viramos, era os armários abrindo e se fechando.

Ok...

Então ouvimos o alarme de incêndio, pude ouvir as pessoas entrarem em pânico imediatamente. Fred andou rapidamente para a janela e eu o segui quando vi os corredores se enchendo de alunos.

-A secretaria está pegando fogo. – Fred informou sobre o ombro e eu me inclinei surpresa para ver.

-O que? – Alguém perguntou atrás de nós. – A secretaria está pegando fogo? – E de repente um monte de gente estava inclinada em nossa direção.

Fred agiu como um bom guarda costas e me tirou de lá antes que fossemos esmagados pelas pessoas (metaforicamente). Um braço rodeou meu pescoço de repente, agarrei-o surpresa pela força.

-Nem tente. – Ouvi Angela rosnando para Fred. – Agora, me siga.

Ela me puxou pelo corredor e ninguém pareceu notar que eu estava sendo arrastada por Irina feito uma prisioneira.

Assim que viramos a esquina eu a empurrei contra a parede. Consegui me liberta de seu aperto com outro empurrão.

Mas no segundo que me afastei, senti meus cabelos sendo puxados e logo em seguida minha cara estava contra a parede.

-Eu sou forte, Bella, não seja estupida. – Ela riu desdenhosa. – Agora, me expliquem exatamente o que estão fazendo? – Rosnou para nós.

-Como assim? Vocês é quem estão fazendo isso. – Rebati furiosa. – O que fez com Jake?

-Jake? Você quer dizer o lobinho Black? – Ela perguntou. – Por que alguém ia querer algo com ele? Ele é inútil.

-Angela, que tal você desistir de ser uma suicida e larga minha mulher. – Ouvi a voz de Edward, ele não parecia nada feliz.

-Você não pode me atacar.

-Quer tentar? São dois contra uma. – Edward rebateu. – E você sabe o que eles dizem sobre a relação de vampiros com seus companheiros.

Senti o aperto de Irina e depois fui puxada bruscamente da parede.

-Agora, me digam que ideia estupida é essa? – Angela disse entre os dentes.

-Não tenho interesse em queimar a escola, é estupidez.

Irina me soltou no chão bruscamente, senti o sapato em minhas costas, rosnei raivosa, ela me empurrou com força. Irina era desgraçadamente mais forte do que eu esperava, provavelmente mais forte do eu.

-Se não é nenhum de nós dois, então quem está fazendo? – Irina perguntou sarcasticamente.

-Como eu poderia saber? – Edward rebateu. – Pensava que era mais um plano brilhante dos demônios.

-Você lê mentes. – Irina rebateu acidamente. – Acha que sou estupida? Leia a porcaria das mentes ao redor e descubra quem está fazendo isso.

-Muitas pessoas em pânico para eu conseguir procurar. – Edward respondeu em tom casual. – Solte Bella.

-Não, eu estou perfeitamente bem em deixa-la no chão sob meu salto.

Fiz uma careta quando senti o salto ser forçado em minhas costas.

-Sua cadelinha desgraçada... – Xinguei entre os dentes. – Eu juro que vou começar a exorciza-la nesse instante se não me soltar.

-Você sabe exorciza? – Ela deu uma risada. – Existe rituais específicos, queridinha, esse tipo de coisa depende de como o ritual do demônio foi feito, então fique quieta.

-Você é esperta, Angela, sabe muito bem que a situação não vai ficar boa para você. – Edward ameaçou.

-Há! Eu sei? – Ela perguntou inocentemente.

-Caramba! Dá pra deixar de agir feito uma idiota! São dois vampiros e eu ainda sou um semi-demonio, sinceramente, você acha que pode nos parar ao mesmo tempo.

-Não me subestime.

-Eu lutei com você antes, estupida, e ganhei. – Dei uma risada. – Sendo que eu era uma humana desleixada. – Suspirei conformada com o chão. – Infelizmente, isso acabou destruindo minha vida.

-Não estamos depressivas hoje?- Angela deu uma risada. – Por que ela está sendo tão dramática? A Bella que eu conheço é mais centrada.

-Ela está sob efeito de siena.

-Siena? – Perguntei confusa.

-Você não sabe o que é siena? Que tipo de bruxa você é? - Angela me puxou pelo braço.

-Eu não sou uma bruxa. – Rebati acidamente. – Você se certificou, se lembra? Quando me mordeu. – Olhei-a do chão sarcásticamente.

-E você me matou, não seja rancorosa, siga meu exemplo: supera e siga em frente.

-Você não parece ter superado, mas eu também não teria no seu lugar. – Sorri sardonicamente. – Afinal, você foi enganada por uma humana, distraída com sexo e morreu com uma bela faca, isso me envergonharia também.

Ela tentou me dar um tapa, mas eu segurei seu pulso antes que atingisse minha cara. Me levantei encarando seus olhos com raiva, eu via o rosto de minha doce colega Angela, mas os olhos dela eram de outra pessoa.

Eram da criatura que me fez assim.

Uma...

Algo me atingiu com força.

Out!

-Ai... – Murmurei sentindo os braços de Edward me erguendo.

Irina e eu tínhamos sido empurradas na direção dos dois vampiros. Fred provavelmente teria prendido Irina por trás se não fosse o fato de que um vento forte batia em nossa direção distraindo todos nós.

-Agora que é o cupcake? – Irina perguntou erguendo as sobrancelhas.

Olhei para a direção de onde vinha o vento.

-Will. – Murmurei boquiaberta, o que meu primo estava fazendo com aquele olhar assustador?

-Pare! – De repente Emily pulou nele, franzi o cenho confusa, olhei para Edward.

Ele lia mentes afinal de contas.

-Eu acho que algo o possuiu. – Edward estreitou os olhos e fez uma careta, como se fosse doloroso ouvir. – Definitivamente algo o possuiu. – Torceu a cabeça como se estivesse mesmo ouvindo um chiado horrível.

Will e Emily estava rolando no chão quando meu primo ergueu a mão em nossa direção.

Santa mãezinha do céu!

Gritei ao sentir meus ossos quebrando, você acha que eu estaria acostumada com a dor de ser exorcizada a essa altura.

Só que não.

Definitivamente nunca vou me acostumar.

Ao menos, uma parte da minha mente detectou que Irina gritava ao meu lado, então ela devia estar sofrendo também. Como era? Tipo especifico de ritual, bleh!

-NÃO! – Logo depois do grito feminino, ouvi um estrondo tudo isso por baixo dos nossos gritos.

Tentei empurrar meu escudo desesperadamente, mas não conseguia me concentrar o suficiente para mantê-lo.

De repente tudo se foi, fiquei respirando trêmula no chão. Tudo doía, essa era a pior parte, eu suponho, quando tínhamos que nos curar de nossas feridas.

Estiquei meu braço e estralei minha mão com um gemido doloroso. Rolei no chão e olhei em direção a movimentação.

Edward, meu eterno herói (sério que ideia estupida era essa de larga-lo?), estava com a boca cheia de sangue e Will estava desmaiado aos pés dele. Eu devo assumir que ele o drenou até desmaiar, por que o bruxinho ainda respirava.

Emily estava ao lado de Will parecendo em pânico.

-Ele não está morto, ela irá te ajudar. – Edward falou insensivelmente enquanto andava em minha direção.

Eu, por algum motivo, estava em lagrimas.

-Sério? Você vai mesmo começar a chorar? – Irina me olhou indignada. – Como raios eu fui ser morta por você, manteiga derretida?

-É a porcaria do pó de sereia. – Resmunguei escondendo meu rosto em minhas mãos, eu não conseguia parar de chorar.

-Bella... – Senti Edward ao meu lado, eu acho que ele quer me consolar.

-Nem tente! – Rosnei repugnada com minhas emoções. – Eu vou matar a criatura que me deu o maldito pó de sereia.

-Siena. – Irina corrigiu.

-Tanto faz. – Revirei os olhos fungando.

-Ele vai ficar bem ouvi? – Ouvi Emily perguntando preocupada, olhei para cima.

Mas que merda!

Minha ilustríssima avó estava aqui.

-O que ela estava fazendo aqui? – Perguntei com a voz mais controlada, tive a impressão de ouvido um suspiro de alivio de Edward (mas vou ignorar).

-Algo se apossou do coven da família dela, ela está preocupada com os netos. – Edward respondeu.

Ouvi o som suave de Irina sumindo rapidamente e Fred digitando algo no celular, provavelmente chamando alguém para controlar a situação "escola pegando fogo".

-Isso é irônico. – Comentei me erguendo e indo em direção a eles. – Poderia esclarecer o que é isso tudo? – Perguntei para a velha.

Ela me olhou com todo o seu ar majestoso de autoridade.

-Acredito que não lhe interessa.

-Meus primos estão andando por ai atacando todo mundo e não se lembrando disso, eu acho que é da minha conta. – Cruzei os braços.

-O que possuiu Veronika, possuiu Will, quando eu percebi liguei para ela. – Emily respondeu rapidamente.

-Ele tentou me exorciza.

-Podia tê-lo deixado termina. – Madeleine olhou para Edward. – Talvez fosse para o melhor, eu mesma já teria o feito.

-Inacreditável. – Murmurei sentindo completamente magoada.

-Precisamos leva-lo para casa. – Ela olhou para Edward me ignorando. – Poderia...?

-Sim, quando antes forem curados melhor. – Edward pegou o corpo de meu primo com facilidade imensa.

Emily se ergueu rapidamente.

-Vamos leva-lo para o meu carro. – Ela saiu pelo corredor e ele a seguiu, me olhando em questionamento, comecei a segui-lo.

Estávamos do lado de fora quando minhas emoções ganharam minha batalha interna. Me vire para minha avó que me seguia, ela parou ao ver o meu olhar.

-O que quer? - Perguntou naquele tom frio.

-Por que está aqui?

-Por que Emily ligou. – Ergueu as sobrancelhas elegantemente.

-Mas por que veio? – Insisti, ela me olhou desconfiada.

-Para ajuda-la.

-E por que iria ajuda-la?

-Ela é a líder do coven, mas é jovem, precisa de ajuda.

-Mas ela não é nada sua.

-Acontece que aquele garoto, Isabella, é o meu neto e eu valorizo minha família ao contrario do que pensa.

-Eu sou do seu sangue. – Falei olhando para os meus sapatos. – Eu sou filha da sua filha. – Engolia seco. – Como pode me repudiar assim enquanto ajuda outros que mal conhece por sua família?

Por que em algum ponto, eu estava em uma situação parecida com o de meus primos, estava sendo assombrada por um demônio. E se minha avó estivesse lá, tivesse feito minha mãe me contar a verdade, talvez as coisas não terminassem do jeito que terminaram. Mas ela se recusou a aceitar minha mãe, a fez sentir envergonha, humilho-a e no fim não esteve lá para fazer Renné me contar a verdade.

-Você nasceu...

-Não me venha com essa! – Exclamei revoltada, me aproximei dela sentindo uma fúria crescer dentro de mim. – Não é minha culpa ter nascido! Ter esses poderes, ou ter sido mordida por um demônio! Ainda assim você me faz sentir como se fosse. – Minha voz quebrou, mas não ligava, eu queria que ela entendesse.

-Você não sabe do que está falando...

-Minha primeira memoria sua é você expulsando mamãe e eu de uma festa em família. – Meus olhos ardiam em lagrimas, algumas já riscavam meus olhos. – Por quê? Por que age assim? Por que você me odeia? – Eu estava praticamente implorando para uma razão racional.

Ela não podia possivelmente me odiar por eu ter apenas nascido.

-Por que torna as coisas mais fáceis. – Ela me olhou duramente, pisquei. – Odiá-la fará mais fácil quando tivermos que te matar.

-O que? – Olhei-a entre surpresa e horror.

-Você é um erro da natureza, não deveria existir, tudo exige um equilíbrio e eventualmente a natureza fará seu chamado. – Ela deu um passo, me olhou com uma espécie de piedade nos olhos. - É por isso que estamos no meio de uma guerra, por que está tudo desiquilibrado e a culpa disso é sua.

E minha avó saiu andando me deixando ali no meio do estacionamento com um buraco no peito e lagrimas no rosto.

Jane P.O.V

Eu não costumo me sentir mal pelos outros, mas olhar o rosto de Bella estava partindo meu coração.

Apertei a mão de Nicolas olhando para a jovem Swan, na idade dela eu trabalhava em castelo como o braço direito da Condessa. Mas eu sabia que se não fosse cuidadosa poderia acabar como as outras empregadas. Devo também ter tido um pouco de sorte, eu suponho, Nicolas gostava de mim e a Condessa confiava nele.

Então, eu que sempre cuidava dela, passei a cuidar do ritual também. Confesso ter ficado enojado no começo, mas a Condessa tinha percebido algo que eu não.

Eu não ficava enojada por causa da morte em si, mas por que no fundo eu meio que gostava e para mim isso era vergonhoso. Nicolas havia percebido essa tendência de minha parte e me ajudou, afinal ele tinha uma besta dentro dele, uma criatura sanguinária.

Agora, Bella tinha quem?

Então vi Edward se aproximando dela hesitante, foi cômico na verdade. A semi-demonio se virou para ele, parecendo sentr a presença do vampiro, e no instante seguinte eles se encontravam abraçados.

Bem, acho que a resposta da minha pergunta era meio obvia agora.

Meu celular vibrou, era uma mensagem de Edward. Quase ri da habilidade dele, mas vampiros eram naturalmente assim.

-Isso é interessante. – Murmurei puxando Nicolas dali.

-O que? – Ergui meu celular. – Edward está dizendo que foi ele? - Ergueu as sobrancelhas.

-Yep. - Concordei igualmente surpresa.

Seth Clearwater.

Leah P.O.V

-Jake? Sério, isso não é hora para dormi. – Revirei os olhos.

-Eu não estou dormindo, espertinha, estou tentando chamar Seth.

-Você tentou nas ultimas... – Parei percebendo que não fazia a menor ideia de quanto tempo estávamos lá.

-Yeah, é sua deixa para ficar quieta. – Ele rebateu, bufei inconformada.

-Isso não vai funcionar. – Suspirei. – É irritante ter um chamado do alfa, mas se ele não veio até agora, é por que não vai vir.

-E qual é a minha saída? Chamar Sam?

Ah certo! Esqueci que por ambos serem alfas, os dois conseguiam manter uma comunicação mental.

-Eu não quero ficar presa. – Murmurei me odiando.

Jake ficou em silencio atrás de mim.

-Tem certeza?

-Tenho que deixar o orgulho para trás, é meio obvio.

Jake não falou nada, mas eu sabia o que ele pensava. Ambos sabíamos que não era orgulho, era coração partido.

-Espera... – Jake disse de repente, olhei par ao teto esperando. – Isso é estranho.

-O que?

-Alguém... - Ele parou de falar.

-FALE HOMEM! – Berrei impaciente com sua longa pausa.

-É...

A porta se abriu, virei minha cabeça a esquerda. Meu irmãozinho irritante entrou sorrido simpaticamente.

Me lembro de quando acordei e o vi comendo na cozinha hoje de manhã, ontem o pobre tinha ficao no quarto dscansando.

Tudo bem até ai, então ele disse bom dia.

Seth é a criatura mais mal humorada de manhã, ele não fala de manhã comigo, só murmura algo e eu quase sempre suspeito que é uma ofensa. Parece que ele tira a primeira hora da manhã para descontar todo o mal humor possível e então passa o resto do dia feliz como um filhotinho de cachorro descobrindo o mundo.

Ataquei-o no segundo seguinte, mas para minha surpresa ser possuido por um demônio aparentemente te dá habilidade ninjas e aqui estou.

-Sentiram minha falta? - Perguntou alegremente.

Fiz som de vomito e Jake resmungou mal humorado, Seth-demo fez uma careta falsamente magoada, ele até colocou a mãozinha no peito ofendido.

-Eu trouxe comida, pessoal, sejam legais.

-Você está usando o corpo do meu irmão como se fosse uma roupa. - Rebati raivosamente.

-Aqui está uma curiosidade, irmã: isso é o que demônios fazem. – Ergueu as sobrancelhas.

-Eu não sou sua irmã.

-Eu estou possuindo o corpo do transfigurador, então sim, você é minha irmã biologicamente falando. – Ele sacudiu um pacote entusiasmado. – A bruxa que vai me ajudar vai se atrasar um pouco, então eu trouxe um lanchinho. Agora, quem vai ser legal comigo?

Eu ouvi o som estranho e olhei para o chão lado, Jacob tinha acabado de cuspir no chão. Tudo bem, eu já não tenho mais vergonha dele ser meu alfa.

O sorriso de Seth-demo sumiu e virou uma carranca.

-Isso não foi legal, cara. – Apontou se fazendo de chateado.

-Por que um transfigurador? – Perguntei de repente. – Demônios não possuem transfiguradores.

-Sim, a coisa de ligação mental meio que estraga o disfarce. – Ele concordou. – Mas nunca diga nunca. – Acrescentou com um sorriso divertido, o celular começou a tocar.

Ele fez sinal para nós esperarmos e casualmente leu a mensagem no celular.

-O que seus amigos estão aprontando tacando fogo na escola? Sério, nós todos saímos e tudo se torna mais divertido, parece algum maldição. – Ele riu.

-Maldição é ficar preso nesse lugar. – Comentei revirando os olhos. – Aliais, onde estamos?

-Não vou dizer. – Seth revirou os olhos. – Sério, vocês são estúpidos? Achavam mesmo que eu diria?

-Não custa tentar, já que você me parece estupido. – Rebati mordazmente, ele sorriu falsamente para mim.

-Você sabe, vão nos achar de qualquer maneira. – Jake disse de repente.

-Por favor, estpa sendo bloqueado agora, Sr. Black, todos nós estamos, eu não sou amador. – Ele cruzou os braços e se apoiou na mesa ali ao lado. – O que os Volturis estão ensinando a essas crianças hoje em dia?

-Que demônios são arrogantes demais e isso foi o que os destruíram.

-Primeira coisa: demônios não podem ser destruídos. Segundo: nós podemos nos permiti ser arrogante tanto quanto os vampiros que dão festas em meio de uma guerra declarada.

-Não é arrogância, idiota, é o conhecimento do fato que não tem a menor chance de você os derrotar. – Respondi sarcástica.

-Isso é arrogância, Leah. – Jake comentou.

-Obrigado! – Seth exclamou.

-De que lado você está? – Perguntei indignada.

-Não é um jogo, Leah, é a verdade. Somos arrogantes mesmo, mas a diferença é que temos razão para ser. – Bufei para Jake.

-Eu vejo por que ele é o alfa. – Abri a boca ofendida pelo comentario de Seth. – O que irmãzinha? Você é uma cabeça quente. – Ri sem humor algum. – Me pergunto o que fez quando descobriu do caso de Sam com Emily? Foi algo durante a compartilhação de pensamentos ou ele chegou a te contar?

Endureci no instante que ele me perguntou isso.

-Como raios você sabe disso? – Jake perguntou antes que eu tivesse qualquer reação.

-Eu tenho minhas fontes. – Seth respondeu. – Agora... Vamos no diverti?

Ergueu o pacote com um sorriso maldoso, senti um arrepio quando seus olhos se tornaram completamente negros.

Isso não era um bom sinal.

Neal P.O.V

Eu juro que estou a ponto de atirar um raio em Nessie. Eu entendo que a dor e desespero ampliando pela sua condição não-humana mais a coisa da siena a deixou desequilibrada.

Mas isso não significa que ela tem que cavar um buraco no chão de tanto andar em círculos e pergunta compulsivamente se já acharam Jake.

Confesso que toda a demora também está me deixando ansioso, mas...

Oh meu Deus! E se não o acharem?

Pisquei fazendo uma careta, o alto desiquilíbrio emocional estava desencadeando descontrole do próprio poder de Nessie. Basicamente os pensamentos dela nos batiam como verdadeiros socos mentais (?).

Alex se sentou ao meu lado, ela era outra que ia toda hora para trás da cortina cuidar do Sr. Swan. E eu não pude deixar de notar, que ele era o único paciente que ela estava cuidando. Tudo bem, que ele claramente precisava de assistência pessoal, além de ser um Swan e ter direito a exclusividade, mas Alex era um soldado não uma enfermeira.

-Então, tem algum motivo especifico para você está aqui? – Perguntei em tom baixo, enquanto víamos Nessie discutindo com Sue e Billy olhando para o mapa intrigado.

-General confia em mim, o irmão dele não pode se dar ao luxo de ter qualquer um cuidando dele.

-E o que faz pensar que você é ideal para o trabalho?

-Eu não sei, apenas estava disponivel, eu acho. – Ela deu de ombros.

O tempo todo, ela não me olhava nos olhos. Isso era sinal que escondia algo, estreitei os olhos intrigado.

O que poderia ser?

Um banque me arrancou de meus pensamentos. Nessie tinha socado a mesa em um ataque de fúria.

-Como não consegue acha-lo?! É isso! Billy faça sua magia telepática agora! – O Sr. Black a olhou hesitante.

-Eu não acho que seja capaz, faz muito tempo desde da ultima vez que usei algo do tipo.

-Por favor, ela já tentou tudo, nada está funcionando.

-Essa é a coisa, Nessie, eu já estou tentando entrar em contato com Jake nas ultimas horas, não consigo. – Billy olho-a preocupado, Nessie parecia que ia chorar a qualquer instante.

-Tem que ter um motivo. – Alex disse antes que Nessie começasse a chorar. – Por que eles? E por que não antes quando tiveram outras chances?

-Eles podem ter possuído eles a essa hora! – Nessie falou preocupadas.

-Demônios não possuem transfiguradores, são fáceis de serem detectados dessa forma. – Sue comentou, Billy a olhou de repente parecendo percebe algo.

-Bem, isso foi exatamente o que aconteceu. – De repente Jane apareceu na sala, o lobisomem Nicolas estava logo atrás dela.

-O que?

-Seth está possuído, Edward leu os pensamentos dos alunos e um deles viu Seth levando Jake.

-Poderia ser qualquer coisa.

-Exceto que Jake estava desmaiado. – Jane rebateu duramente a Sue. – E Seth não deu sangue para Bella e Nessie hoje? Foi assim que as duas ficaram sobre efeito de pó de sereia.

-Merda! – Nessie exclamou incrédula. – Agora fodeu tudo. – Ela arregalou os olhos e se virou para Billy envergonhada.

-Nisso eu tenho que concorda, pombinha. - Ele suspirou. - Eles pegaram todo o bando se vocês perceberem, eles poderiam muito bem... - Deixou a frase no ar.

Olhei para Nessie, vendo-a ficar vermelha.

Isso não ser nada bonito.

Alice P.O.V

Não me virei quando ouvi os passos, fique apenas ali olhando para a fogueira ali na areia. Já era final da tarde e o mundo tinha entrado em colapso fora do circulo de troncos ao meu redor. Mas eu tinha que ignorar isso por agora.

Se eu fosse enlouquecer toda vez que o mundo virasse uma confusão não estaria mais aqui. Ver o futuro era uma tarefa realmente difícil e por vezes bastante solitária, mesmo Edward que podia me entender em um nível maior que os outros não sabe como é.

E até dele escondo segredos, não que eu sinta remorso por isso.

A única pessoa no mundo que é capaz de me fazer sentir remorso por mentir é Jasper.

-Sra. Cullen. – Ouvi a jovem me cumprimentando timidamente.

-Seria Sra. Alice, sobrenomes são difíceis em uma familia grande. – E se fossem querer usar meu sobrenome teriam que me chamar de Sra. Whitlock, era o meu sobrenome de casada.

Eu tinha até certidão de casamento e era a única que existia. Já que ao contrario de Emmett e Rose, Jasper e eu não nos casavamos uma vez por década. Tinha mais graça em organizar o casamento dos outros do que para mim, tanto que eu sou dona de uma empresa bem sucedida que organiza festas.

As vezes, eu até pegava um projeto e outro.

-Mas deixemos as formalidades de lado, me chamem apenas de Alice. – Olhei para os dois jovens bruxos que se sentaram no tronco do meu lado esquerdo. – Agora, o que querem?

-Bem, acho que devíamos contar a historia do motivo de estarmos aqui. – Henry, primo de Bella, me olhou cauteloso.

-Hpa sim, eu já sei quase tudo.

-Sabe? – Veronika me olhou surpresa. – Então você...

-A vidente Cullen? Sim, mas vocês já sabiam disso, certo bruxinhos? – Dei uma risada. – Devo dizer que foi um golpe baixo usar magia para descobrir essa informação privilegiada, mas estou relevando pelo fato de não estarem procurando informações sobre os Cullen.

-Sim, era um pedido a natureza para nos guiar.

-Pelo o que vi, vocês mexeram com o outro mundo em buscas de respostas sobre o que estava acontecendo...

-Descobrimos a real situação da cidade. – Henry concordou, ele era o mais pronto em me atacar se eu fizesse algum movimento.

Crianças sempre me divertiam com sua falsa sensação de ser invencível.

Mas nada era invencível, o tempo me ensinou, nem mesmo os vampiros.

-Demônios na escola, lobisomens atacando, bruxos sendo possuídos, sim, eu vi isso. – Concordei simpaticamente. – Um tremendo choque, sinto muito, nós apenas tentamos proteger os mais novos dos horrores do mundo. Há coisas que eu mesma preferia não saber.

Os dois me olharam estranho, provavelmente notando o quão velha eu realmente era. Estava acostumada a ver esse olhar em gente jovem, o olhar de realização de que eu vivi séculos de vida.

Imagino que a mente deles daria uma volta inteira se algumas vez se encontrassem com um Volturi, exceto Victoria, ela era da idade deles.

-Mas você não esperavam o preço em troca da informação. – Acrescentei os olhando com quase pena.

Eu odiei ser possuída, posso imaginar o que eles estão passando.

-Sim, o espirito me possuiu. – Veronika pigarreou. – Então, decidimos usar magia e pedimos para um espirito que confiávamos: o nosso avô.

-Ele nos mostrou você e disse "a vidente".

Os dois me olharam esperando.

-Bem, para começar o que lhe deu a informação sobre o que está acontecendo era um espirito preso na terra, eles tendem a ser um tanto rancorosos. – Eles se olharam. – Vocês vão ter que descobrir quem é e resolver o problema dele.

-Ok... – Veronika me olhou franzido o cenho.

-Ele foi chamado aqui, não é coincidência vocês o acharem, mas eu não sei por quem, apenas que isso foi traçado antes. – Acrescentei enquanto me deixava ver o futuro. – E vocês terão sucesso apenas se fizerem exatamente o que eu disser.

Pude sentir a desconfiança dos dois.

-Não se preocupe, não pedirei nada demais, mas é claro eu tenho um preço pela minha ajuda. – Os dois e olharam em duvida. – Vamos lá, eu sou mais confiável que um espirito raivoso. Seu avô apontou para mim afinal de contas.

-Tudo bem. – Henry respondeu de olhar para Veronika longamente. – O que teremos que fazer?

-Fantástico! –Bati as mãos uma vez satisfeita. – Agora o que vamos fazer aqui é um trabalho delicado, bruxinhos, estamos indo desenhar o futuro do dia de amanhã.

Me ajoelhei na areia e comecei meu trabalho.

Estava indo exatamente como o previsto, esperemos que continue assim.

Bella P.O.V

Entrei no banheiro do colegio aos tropeços, ouvi Edward fechando a porta atrás de mim e passando a chave. Não liguei, eu estou basicamente destroçada por dentro.

-Bella, eu preciso que se foque em outra coisa. – Edward se aproximou de mim em tom urgente.

Por que minha avó tinha que ser tão cruel?

Como ela poderia ser capaz de me olhar nos olhos e dizer que me mataria um dia?

-Bella, olhe para mim... – Neguei com a cabeça sentindo lagrimas quentes caírem em meu rosto.

-O que ela quer dizer com aquilo? - Solucei desesperadamente me deixando escorregar contra a parede, Edward estranhamente não tentou me deixar de pé, apenas foi junto comigo para o chão.

Escondi meu rosto nas minhas mãos e chorei ainda mais.

Ela literalmente me culpava por tudo que estava acontecendo!

Não bastava minha mãe! Tinha que ser toda a guerra de demônios.

Oh Deus! A pior parte é que ela provavelmente tinha toda a razão.

-Não, ela não tem razão. Bella, Madeleine só está seguindo uma logica magica ultrapassada! – Edward segurou me segurou em seus braços, chorei ainda mais.

-Ela é a anciã, ela sabe muito bem do que fala. – Lamentei tirando o rosto das minhas mãos.

-Bella, olhe para mim, por favor... – As mãos deles seguraram meu rosto me obrigando a olha-lo. – Eu sou mais velho que ela, sei de coisas que ela sequer sonharia e estou lhe dizendo isso: o mundo está em uma eterna busca para um equilíbrio, se você fosse um problema, você já estaria morta.

-Mas eu sobrevivi a Irina, eu não deveria ter sobrevivido. – Solucei sentindo mais lagrimas escorrerem pelo meu rosto.

-Não querida, você sobreviveu por que você deveria ter sobrevivido. – Ele disse como se fosse a coisa mais obvia do mundo. – Você está deixando suas emoções atrapalharem seus pensamentos. Isabella Swan nunca deixa daria ouvidos a esse tipo de besteira.

-Oh Edward... – Gemi com os olhos se enchendo de lagrimas de novo. – Isabella Marie Swan é uma mentirosa.

Solucei completamente dilacerada por dentro, minha vida inteira foi uma mentira.

– Bella! Não! Você é mais do que isso, nós dois sabemos disso. – Desviei o olhar. – Bella, preciso que se acalme. - Suspirou, enquanto eu escondia o rosto em seu pescoço.

-Por quê?

-Por que vai enlouquecer de culpa.

-Isso não é bom. - Comentei soluçando não me importando.

-Bella, você sabe como o futuro pode ser mudado? - Ele perguntou de repente, acenei com a cabeça sem olha-lo. - Bem, exatamente como o futuro não é escrito em pedra, há coisas que são destinadas a acontecer.

-Isso não faz sentindo... - Olhei-o fungando o nariz.

-Amor, Bella, é disso que estou falando. Você nasceu por que seus pais se apaixonaram e não importa o que sua avó diga isso era para acontecer. Exatamente como o fato de que você sobreviveu a Irina. Você me disse como era quando humana, lembra? Desastrada, sempre indo para o hospital... - Ele acariciou meu cabelo com um sorriso tranquilo.

-Eu não posso... Eu sinto que vou explodir, tudo o que consigo pensar é...

-Eu sei que doi, sua familia te rejeitando, disposto a te matar por algo que não é sua culpa. - Olhei-o piscando as lagrimas. - E se eu consegui passar por isso, você também pode.

-Por quê?

-Por que você já passou por muito mais coisa do que eu na sua idade, Bella, e você ainda está aqui viva e lutando. - Ele passou a mão em meu rosto secando as lagrimas. - Essa é uma das coisas que preferidas em você: sua força.

Respirei fundo desviando os olhos, absorvendo tudo o que ele havia acabado de me dizer, ergui meus olhos novamente.

-Obrigada. - Murmurei realmente grata por aquele apoio.

-É o que normalmente as mulheres me dizem. - Deu de ombros com simplicidade fazendo um paralelo com a frase arrogante, isso me fez sorrir um pouco. - Você está mais calma agora? - Acenei com a cabeça. - Otimo! Por que eu não gosto ouvi-la se autodiminuir, me deixa com raiva e eu não sei lidar com mulheres chorando quando estou com raiva. – Encarei-o por alguns instantes. - Exceto é claro quando são mulheres especiais para mim. - Concertou sem parecer com um pingo de remorso.

Por que ele não podia simplesmente dizer que estava apaixonado por mim como eu estava por ele?

Eu só gostaria que meus sentimentos por ele fossem mútuos. Deus! Nunca pensei que pudesse querer algo assim, quase machuca.

Edward me encarou por um momento, por um momento eu vi um brilho em seus olhos, mas foi embora tão rápido quanto veio. Ele acariciou meu rosto, secando os ultimos resquicios das minhas lagrimas.

-Eu me sinto sufocada. – Fuguei miseravelmente.

– Venha, vamos te conseguir um pouco de sangue fresco, você fica comigo hoje. – Me puxou contra si, nem me dei ao trabalho de argumentar.

Tudo o que eu queria era ficar com ele agora.

Eleazar P.O.V

Parei tensamente no corredor, Rosalie Cullen havia acabado de dar instruções para um dos empregados da cozinha. Ela me olhou de cima a baixo indiferentemente por um instante, então se caminhou em minha direção.

Congelei imediatamente, Rosalie Cullen era particularmente perigosa por sua hipnose, ela poderia me fazer falar a verdade e eu nem sequer me lembraria.

-Como estão seus senhores essa noite? – Perguntou sem me cumprimentar.

-Estão bem até onde sei, senhora. – Ela me deu um sorriso falso.

-Até onde saiba? Não estava com eles? Há essa hora já devem estar bem acordados. – Me olhou desconfiada.

-Estava fora até agora.

-E posso saber onde?

-Com todo respeito, senhora, mas isso é privado.

-Oh! – Ela me olhou ameaçadoramente. – Você percebe que posso obriga-lo a me responder e se esquecer que sequer passou por esse corredor, certo?

-Mas não fará, senhora. – Respondi com toda a falsa confiança que tinha.

Muitos anos atrás Carlisle me disse que ele poderia manter a família Cullen sobre controle. Mas anos de reflexão me fazem pensar exatamente o contrario, ele não tinha completo controle sobre a família.

Cada membro tinha suas características e eu tinha que tomar cuidado com todos, até mesmo Edward que sabia do plano de Carlisle.

Ele lia mentes no final de contas, mas eu podia desviar me focando em outras coisas. Já Alice podia ver o futuro, podia até mesmo tentar controla-lo, entretanto um piscar de olhos e tudo poderia estar arruinado. E o marido dela, Jasper, que enganava qualquer um para pensar que era pacifico, mas Jasper Cullen foi um soldado da guerra de duzentos anos atrás antes de ser um Cullen.

Então tínhamos Esme e Emmett, dois membros com poderes físicos, e se pensaria que Esme era a mais poderosa por seu controle sobre o fogo, mas Emmett... Ele era um psicopata. Sempre fazendo graça de tudo, sempre de bom humor, seu poder era a força, ele podia suporta mentalmente e fisicamente mais que qualquer vampiro.

Isso o fazia um inimigo dedicado. Sinceramente, eu tinha pena de Boreas quando o mesmo se encontrasse cara a cara com Emmett.

E havia Rosalie, a esposa de Emmett.

O membro que tinha o poder mais parecido com Carlisle. A princesa Cullen, alguns a chamavam, sempre estava no canto sendo bonita e perfeita. Ninguém sabe exatamente da onde ela veio, apenas que podia dobrar qualquer um a sua vontade.

O que a fazia a mais perigosa dos Cullen para mim. Ela podia já saber toda a verdade e eu simplesmente não me lembrava.

-O que lhe faz ter tanta certeza? - Ela perguntou me analisando divertida.

-Se quisesse já teria feito.

-E quem lhe disse que eu já não fiz? – Olhei-a de lado, ela sorriu para mim e piscou um olho antes de se virar.

Como eu disse, a mais perigos dos Cullen para o meu disfarce.

Suspirei tensamente, ninguém poderia saber do dia de hoje. Todo o plano de Ariadne era complicado, mas eu tinha uma leve ideia. O incendio hoje tinha alguma ligação com ela, tinha completa certeza disso.

Seja lá o que ela estava planejando, o fim estava próximo.

Ela me disse isso, o que me deixou seriamente preocupado. Tinha que encontrar Carmen.

Jane P.O.V

Observei Nessie inconsciente, Sue finalmente havia perdido completa paciência e lançou um feitiço do sono em Nessie.

Fazia uma hora que Nessie estava dormindo como um bebê e Sue havia reunido bruxas para lutar contra seja lá o que estivesse bloqueando.

A desesperada adormecida se mexeu de repente chamando minha atenção, Nessie estava tão afundada nas emoções graças ao pó de sereia, que tinha pesadelos sobre isso.

Respirei fundo e me ergui da cadeira, ela virou a cabeça franzindo o cenho fortemente. Olhei para sua mão livre da luva, era só tocar e eu poderia ver o que a incomodava, estiquei a mão curiosa para...

-Jane? – Me virei para Nicolas de repente. – Algo errado?

-Não, ela está apenas tendo um pesadelo. – Dei de ombros, olhei para ele. – Você está agindo estranho, sabe?

-Estou? - Se fez de inocente, olhei-o repreendendo-o.

-Sim, está hesitante ao meu redor, como se eu fosse ataca-lo.

-Pode me culpar? - Fez uma careta.

-Não. – Franzi o cenho. – Eu entendo, você basicamente conheceu três versões de mim, o eu que lembrava de você, o que te esqueceu e a atual. – Apontei para mim. – Que se lembra dos dois. Você se apaixonou por uma, foi repudiado por outra e se sente acuado com a atual.

-Você não é mais educada como antes. – Ele sorriu dando de ombros. – Ou gentil, na verdade.

-Meu senso de boa educação quebrou bem antes de te esquecer pra falar a verdade. – Brinquei sem graça. – Eu ainda sou aquela garota humana, mas também sou a "torturadora Volturi".

-Eu sei disso, aprendi a aceitar seu excessivo sarcasmo. – Revirei os olhos.

– Quando se vive tanto tempo na escuridão e sozinho, você se torna amargo, perde a esperança e ganha ceticismo. – Ele me olhou triste, odie seu olhar. - Me diga uma pessoa que sobreviva séculos sem sarcasmo?

-Marcus.

O nome me trouxe memorias bruscamente ao ouvir o nome, como se minha mente me lembrasse quando acessasse as memorias, já que eu só tinha processado séculos de memorias perdidas.

E eu havia sido como Marcus em algum ponto do caminho, o vazio imenso dentro de mim, me afogando lentamente. Só de lembrar me fazia ficar desesperada.

Tudo o que eu queria era me entregar ao sol, mas Alec me parou naquele dia, me prendendo nas masmorras. Lembro de passar o dia chorando, até que Marcus apareceu.

Ele se sentou na minha frente e me observou indiferente, lembro de olha-lo por alguns instante e murmura:

-Eu não quero mais sentir isso. – Meu olhos piscavam lagrimas toda hora, então entendi um pequeno fato.

Se Marcus sentia mesma dor que eu, como era possível que ele não chorasse em desespero? Como ele aguentou tanto tempo? E foi o que perguntei para ele.

-Eu as tranco, não sinto absolutamente nada. Seria mais facil desistir, eu suponho, mas o fato de que isso a magoaria sejá lá onde estiver me mantém aqui. Então, eu as tranco. – Me lembro de olhar.

Como a primeira vista parecia velhos e frios, então eu realmente vi.

E foi assim que eu fiz o que ninguém tinha feito antes, eu entendi Marcus Volturi.

Ele foi a ultima pessoa que senti pena de verdade por anos.

Bem, isso até agora, quando voltei a ter memorias de Nicolas e descobrir como ele estava vivo... Me sentir inteira novamente.

Foi por isso que Athenodora quis apagar minhas memorias, por que ela sabia que eu contaria para Marcus. Eu sabia o que ele sentia e se houvesse uma maneira de fazer uma pessoa não sentir o buraco vazio... Eu faria, não importa se não era para mim.

Não desejava isso nem para o meu pior inimigo.

-Marcus é diferente. – Olhei para ele. – Ele desistiu de si mesmo a muito tempo atrás.

Por que depois que desliguei minhas emoções, eu não esperava sentir o desespero por elas. Eu não soube por muito tempo, mas meu inconsciente implorava para sentir algo, uma constante batalha mental dentro de mim.

E essa era a explicação para minha crueldade sem fim, pelo fato de eu não gostar, mas precisar fazer os outros sofrerem. Uma busca eterna por qualquer tipo de emoção temporária. Por que isso era melhor do que se deixar sentir emoções verdadeiras e se afogar na tristeza.

-De qualquer maneira, é assim que eu sou agora. – Me aproximei dele. – Mas isso não importa, o que importa é que eu ainda te amo. – Ergui as sobrancelhas.

Ele sorriu estupidamente, por que é isso que pessoas apaixonadas são.

Estupidas.

E eu provavelmente sorria da mesma forma para ele. Ele se inclinou para me dar um beijinho rápido, por que nós dois sabíamos que acabaríamos fazendo muito barulho se levassemos aquilo mais adiante.

-Gente. – Nos viramos para a cortina e Nicolas a puxou.

Nos aproximamos da mesa rapidamente quando vimos as bruxas ao redor de Billy que estava na cadeira de olhos fechados. Neal era quem tinha nos chamado, então nos aproximamos dele.

-O que foi? - Nicolas perguntou com braço em meus ombros.

-Eu acho que esta dando certo. – As bruxas cantavam algo baixinho e cada vez mais rápido. – Acho que Billy...

O Sr. Black abriu os olhos de repente, olhos amarelos de transfigurador. Mas ele não parecia estar olhando para algo partícula, apenas em um espécie de transe.

Então ele piscou e pareceu voltar a si.

-Eu pude rastreá-lo ao leste. – Ele anunciou respirando pesadamente. – Jake não sabe onde estão exatamente, Seth está mesmo sendo possuído por um demônio e os mantém aprisionados.

-Vamos acorda Nessie. – Pedi sabendo que deixa-la ali inconsciente só a faria mais furiosa quando acordasse. – Venha fazer sua bruxaria, Sue. – Ordenei sem piscar, Nicolas pigarreou de leve para mim, devolvi com um olhar de descanso.

Eu ainda tinha sido transformada por um Volturi, a bruxa Sue ainda tinha que me obedecer.

Sue abriu a cortina e soltou um grito.

Me aproximei em um piscar de olhos para ver o motivo do grito.

-Ela sumiu! – Sue exclamou.

E de fato, não havia sinal nenhum de Nessie.

Edward P.O.V

Olhei para a noite que começava a cair um tanto aliviado que o dia estava acabando. Bella tinha conseguido dormi depois de tomar sangue. Eu estou começando a achar que as aulas de autocontrole que eu lhe dei foram buraco a baixo depois de hoje. Tudo bem, que na época era mais para o sexo, porém ela pareceu aprender a controlar melhor seu próprio poder por causa delas.

E a avó não ajudou muito hoje. Eu provavelmente teria que ter uma conversinha com ela sobre Bella ser culpada de tudo.

Era ridículo.

Mas eu temia que pudesse fazer sentido.

Uma presença interrompeu meus pensamentos, olhei para frente atentamente. Eu estava na varanda do meu quarto que aconteci de ser no térreo. A varanda acontecia de ser de frente ao jardim da propriedade do hotel. Estreitei os olhos, quando consegui identificar os pensamentos.

-Eu posso ouvi-la, pare de se esconder. – Revirei os olhos.

Tanya apareceu na minha frente com seu habitual sorriso malicioso.

-O que faz aqui? – Perguntei impaciente.

-Não seja rude. – Isso não é da sua conta. – Além disso, pensei que lia mentes. – Colocou as mãos na cintura divertida.

-Está aqui para ver Eleazar. – Concordei com a cabeça. – Posso ver agora que pensou. – Olhei-a sarcástico.

-Posso ver que ainda esta amargo pelos acontecimentos de quase dez décadas atrás. – Ergueu as sobrancelha.

-Ao que parece traição corre pela sua família. – Alfinetei sem dó, ela me olhou perdendo o sorriso.

-Uma coisa é me ofender, outra completamente diferente é falar da minha família. – Olhou-me com um estranho desprezo no olhar. Especialmente, quando nós dois sabemos da verdade sobre Eleazar.

Espera, ela sabia?

Tanya voltou a sorrir maldosamente.

-Agora, se me dar licença, eu tenho que ir visitar meu irmão. – Se virou para ir embora.

-Por que agora, Tanya? – Perguntei curioso sobre um pequeno detalhe. – Teve mais de noventa anos para tentar algo comigo, por que agora?

-Eu lhe dei noventa anos para se acalmar, Edward, ambos sabíamos que eu era a única que poderia suporta virar sua esposa. – Se virou para mim. – Eu não me importo de não ser amada, queridinho. Só terminamos o noivado por causa do seu orgulho.

-Lhe dei minha palavra de fidelidade... - Olhei-a indignado. – Sinceramente, você realmente queria casar?

-Claro que sim, só achei que não se importaria. – Deu de ombros friamente.

-E ainda queria voltar a ter algo.

-Oh por favor! Esperei praticamente um século para acalma-lo, mas seu ego masculino atrapalhou tudo. Além do mais é tarde demais para mim, certo? Está noivo agora.

-E ela é completamente diferente de você. - Sorri maldosamente.

-Claro que é, você está apaixonado por ela. – Isso me pegou de surpresa. – Acha que pode me enganar para achar que é um truque de aliança politica? Nós fomos noivos, Ed, goste ou não, eu te conheço e esse brilho em seu olhar é sinal de perigo.

-Perigo? – Olhei-a cético, mas pude ver seus pensamentos a levavam.

Amar alguém era perigoso, significava um jeito de te atingir. Eu sei disso melhor do ninguém, havia usado esse truque antes, mais de uma vez na verdade.

-Sua arrogância um dia vai te matar. – Tanya riu ironicamente. – Isso ou a pessoa amada. – Nós dois ouvimos alguém se aproximar, quando olhei para ela, Tanya havia sumido.

Não vou mentir, a vadia me assustou por me ver tão claramente. Tudo bem, eu tinha sentimentos por Bella, eu já sabia disso há algum tempo. E hoje...

"Por que ele não podia simplesmente dizer que estava apaixonado por mim como eu estava por ele?"

O escudo de Bella falhou por um instante e o pensamento me bateu com tanta intensidade que me deixou paralizado por um segundo. O pior tinha acontecido, Bella tinha caido de amores por mim. Mas eu não consiguia me encontrar infeliz sobre isso, para falar a verdade, era quase um alivio.

Sorri para mim mesmo. Isabella Swan me amava, quem imaginaria? Afinal, ela podia ser apenas garota, mas vamos ser honestos, não importa quantos anos eu tenha, quando se trata de amor, a mulher é a criatura mais confusa possivel.

Bella era uma criatura teimosa que não caiu em meus encantos quando nos conhecemos no começo do ano, então eu pensei "Não há como acontecer agora". E era melhor assim, eu não teria um entorvo nas minhas mãos, afinal não há nada pior que fingir noivado com uma garota apaixonada por você. Exceto que os sentimentos são mútuos, fechei os olhos querendo me socar mentalmente.

Os sentimentos era mútuos!

Eu a amava.

E não assumi isso para mim mesmo, por que quando um vampiro ama... Bem, ele precisa ser retribuido e, hã, é algo para a vida inteira e a vida vampirica era bem longa. Mas eu sei que se Bella sequer ousou pensar nesse tipo de sentimento comigo, era por que algo verdadeiro e profundo. A cabeça dela não funcionava como uma adolescente, ela deixou de ser isso a muito tempo...

Ao menos, agora algumas coisas não eram tão estranhas. Ela achava que não era mútuo e naturalmente se afastou de mim achando que poderia esquecer seus sentimentos. Estava assustada, como qualquer um estaria, ainda mais ela sendo um alvo no meio de uma guerra, onde eu suspeitava que ela tinha certeza de que não sairia viva.

Rose finalmente apareceu atrás de mim, se perguntando com quem eu conversava segundos atrás.

-Ninguém especial. – Respondi a olhando de lado com sorriso, o mundo estava mais bonito de repente. – O que lhe trás aqui, minha querida Rose?

-Suas teorias de conspiração que basicamente esmagariam o coração de Esme, sua prima. – Ela ergueu a sobrancelha, parei de sorrir.

-Sim, eu sei, espero estar errado... – Olhei para ela finalmente captando seus pensamentos. – Então, eu não estava errado. - Agora, tinha isso para se preocupar.

-Eu não lembro de nada. – Suspirou se apoiando na varanda ao meu lado. – Talvez, você pudesse fazer algo? - Me olhou esperançosa.

-Não é minha especialidade, se foi controlada nem mesmo Zafrina pode acessar sua memoria.

-Por que?

-Por que ela te faria ver algo que sua mente sabe que está lá, mas com controle mental seu cerebro pensa que nunca aconteceu, então... – Cruzei as mãos sobre a grade da varanda. – É um pouco confuso, mas talvez devesse tentar.

Ele provavelmente teve um motivo fortíssimo para fazêr-lo.

-Sim, e essa parte é a que está me assustando. – Olhei para frente reflexivamente. – O que poderia ser tão ruim?

-Eu não tenho a menor ideia. – Ela olhou para frente. – Como está Bella? Eu não a vejo a dias.

Franzi o cenho com isso.

-Como assim? Você não acabou de passar por ela dormindo na cama?

-O que? – Ela franziu o cenho para mim.

Uma rápida leitura em sua mente me fez dispara para o meu quarto e olhar para a cama vazia.

-Ela estava aqui? – Rose me olhou confusa.

-Ela estava dormindo aqui!

A porta se abriu de repente.

Esme apareceu com as roupas levemente queimadas, sinal de que tinha usado seu poder...

Li sua mente que gritava para mim.

Merda...

-Os demônios estão aqui! Estão invadindo tudo!

*"C´est fait, c´est fait" - significa "O que está feito, está feito"


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Notas finais do capítulo

OMG! Eu estou com as mãos doloridas depois de corrigir tudo isso! aushausha' mas valeu a pena, certo? Quero dizer, Edward ama Bella, Bella ama Edward, todo mundo sabe disso e eles sabem!
Só falta falar um para o outro :B
Prometo que o proximo capitulo não vai demorar, eu estou trabalhando nele furiosamente!
Tenho até titulo: "The white dove"
Olhem a preview:
"-Eu conheço essas bandas! Estive morando aqui por anos!
-Não, você não conhece tudo, só a parte perto da sua casa. Nessie cruzou os braços.
Um galho se quebrou atrás de nós e nos viramos rosnando por puro instinto. Ficamos ali, em posição de ataque esperando tensamente alguém sair.
Nada veio."



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