Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 36
Blood Ties


Notas iniciais do capítulo

Sinto muito a demora pessoal! Notebook faleceu e só agora meu pai me comprou um novo *-*



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Capitulo 35

Nessie P.O.V

-O que? – Ouvi Edward murmura, quando acordei.

-Eu vi isso, Edward, eles realmente vão fazer isso. – Abri os olhos franzido o cenho, me sentei no sofá (onde tinha dormido as ultimas as horas, muito desconfortável diga-se de passagem).

Estava escuro, a ultima vez que olhei no relógio era quase meia-noite, então devia ser de madrugada. Bocejei apoiando a cabeça no sofá e olhando para Edward que se virou parecendo percebe que acordei. O rosto sério dele sob a luz do abajur me deu certo medo, algo ruim estava acontecendo.

-Vão deixa-la ter comunicação e visitas, mas terá que permancer no subterrâneo. – Arregalei os olhos quando ouvi Alice no outro lado da linha.

-Nos falamos depois. – Edward desligou rapidamente, me ergui do sofá horrorizada, eles iam prender a Bella no subterraneo?

Edward segurou meus ombros.

-Se acalme, Nessie. – Pediu em tom sereno.

-Me acalmar? – Minha voz saiu fina pelo pânico. – O que vai acontecer com Bella?

-O pai dela decidiu mantê-la no subterrâneo da nossa propriedade, onde os Volturis estão.

-Eles a prenderão? – Suspirei me deixando cair no sofá, pânico me invadiu com uma facada.

-Ela ainda pode falar conosco através do celular e podemos a visitar, mas ela não pode sair de lá. Foi a saida que os Swan acharam para que ela fique segura e ao mesmo tempo aprenda a lição de esconder um fugitivo.

-Isso é minha culpa. – Fechei os olhos e escondi o rosto nas mãos. – Fui eu quem achou Thomas e o trouxe para cá.

-Verdade. – Olhei para Edward desolada. – Mas eu também poderia ter falado algo para impedir. – Suspirou se apoiando no sofá e olhando para o teto.

-Ele não pode tranca-la assim. – Murmurei para mim mesma.

-Charlie pode, ele tem o mesmo sangue que ela, pode vencer o escudo de Bella.

-Mas ela pode fortalecer o escudo e bloquear, ela já fez isso antes comigo. – Disse esperançosa, Edward virou a cabeça para mim.

-Eu não acho que ela sequer tentaria lutar contra ele, afinal o general ainda é o pai dela. – Ele falou em tom suave.

Nos olhamos entendendo a verdade nas entrelinhas. Bella já tinha perdido a mãe para sempre, ela não se atreveria a perde o pai.

-Mas você é o noivo dela.

-Ele é o pai e você pode ter conexão com ela, mas não tem direito a palavra por ser "adotada". – Olhei para minhas mãos, meus olhos queimavam, mas me recusei a chorar. A mão branca de Edward cobriu a minha e deu um leve aperto. – Ela está bem, Nessie, eles não a machucaram.

-Ela não está bem, Edward, ninguém ficaria quando está sendo forçado a ficar em um lugar longe do resto do mundo. – Lamentei para ele. – Ela vai ficar bem uma vez que sair de lá. – Ele me olhou por alguns instantes antes de suspirar e concorda com a cabeça.

-Você precisa ir dormi, irá para a escola amanhã.

-Você vai? – Perguntei me erguendo.

-Eu vou tentar falar com Carlisle para saber o que fazer sobre Bella. – Concordei com a cabeça, feliz por alguém ao menos tentar fazer algo. – Ela vai sair de lá em algum momento Nessie, isso eu posso te prometer.

-Ok. – Murmurei mordendo o lábio. Olhei para Edward, eu podia ver que ele também estava preocupado, então dei um passo e joguei meus braços ao redor dele.

Obrigada. Pensei enquanto o sentia retribuir o abraço um tanto desajeitado.

-Boa noite, Vanessa. – Suspirei ouvindo meu verdadeiro nome.

Me afastei dele com um sorriso pequeno, era legal ouvir meu nome de novo. Me dava uma saudade danada dos meus pais, mas era bom. Bella me chamava assim no começo quando ficava brava comigo, eu implorei para ela parar com aquilo por que machucava.

Agora, ouvindo Edward dizer, sentia uma pontada amarga, mas também me lembrava de minha familia. Por muito tempo eu quis enterrar esse nome junto com minha familia, porém, ao fazer isso, eu não esquecia só as coisas ruins, mas também as boas. Depois de percebe isso foi ficando mais se lembrar dos bons momentos, afinal eles eram maiores que os ruins.

-Boa noite, Edward. – Me despedi e me virei para a escada.

Não havia ninguém na casa, exceto Jane e Nicolas na cozinha, mas os dois eram bem silenciosos quando queriam. Por isso quando me deitei na cama e olhei para o teto me senti estranhamente sozinha.

Jake foi chamado para falar sobre o fato de que estava encobrindo um fugitivo, tanto Leah quanto Seth tiveram que acompanha-los.

É... Eu estava com saudade do lobinho.

Olhei para o teto alguns instantes. Era como se eu tivesse voltado a morar sozinha, longe de tudo e todos, apenas falando com Bella por telefone e fazendo ocasionais serviços para o Sr. Briston.

A diferença era que naquela época, eu queria estar sozinha, era confortável. Mas eu me acostumei com a presença dos outros, a dormi ouvindo o coração dos transfiguradores batendo... Ok, o coração do Jake batendo. Revirei os olhos, eu podia ser sincera comigo mesma ali no escuro da noite na cama de vovô (aquele traidor!).

Eu tinha sentimentos por Jake. Grande coisa! Eu tinha sentimentos por todo mundo! Por Bella, por Edward, pelo filho Andrew...

Sorri ao pensar em Andrew, ao menos ele estava seguro, Edward disse que ele estava com as crianças videntes e isso me tranquilizava. Ao que parece elas se encontravam com seu avô rico em algum lugar da Europa, então meu coração estava bem calmo quanto a ele.

Rolei na cama tentando dormi e sonhar com algo feliz. Talvez até me atrevesse a ter aquele sonho de novo, no qual Jake estava comigo e Andrew. Suspirei abanando a cabeça pegando o controle e ligando a TV em tom baixo.

Era assim que dormia quando morava sozinha e a solidão batia. O que, para minha vergonha, era toda noite.

Fechei os olhos tentando dormi.

Meu celular vibrou.

Abri os olhos e foquei meu celular na cômoda, o relogio dizia que eram 03:19 da manhã!

Rolei pela cama para alcançar o celular, devia ser o Sr. Briston (ele sempre estava em um fuso horário diferente) tentando me empurrar de novo aquela maldita missão de roubo.

Atendi o telefone bufando.

-O que?

-Eu não esperava que fosse estar tão mal humorada por ouvir minha voz. – Relaxei quando ouvi a voz de Jake.

-Eu já estava acordada, por que me ligou a essa hora da manhã? – Perguntei em tom mais calmo, me afundei nos travesseiros.

-Eu ia mandar deixar uma mensagem de voz, na verdade.

-E o que ia dizer nela? – Perguntei me ajeitando na cama.

-Dizendo que Bella está bem, só em mal lençóis. Diria que também estou bem, um pouco encrencado, mas bem.

-É tudo minha culpa, não? – Suspirei afundando ainda mais nos travesseiros.

-Claro que não, você só foi o primeiro dominó a cair.

-Dominó? - Ri fraquinho.

-Sim, o efeito dominó, sabe? - Falou como se eu fosse idiota por não saber o que era.

-É claro que sei do que você está falando, não tão estupida. – Revire os olhos e bocejei. – Como você está?

-Estou vivo, considero uma vitória. – Disse em tom divertido. – Por que está acorda?

-Eu não consigo dormi. – Suspirei baixinho.

-Ela está bem, Ness. – Ele disse em tom de consolo.

-Eu sei, mas tudo o que está acontecendo é minha culpa e isso está me matando.

-Você não é a única culpada, Nessie, todos somos, sabe disso, certo?

-Edward falou algo assim.

-E ele está certo, você deveria ouvir vampiros de duzentos anos, eles sabem uma ou duas coisas sobre a vida. – Ri de sua fala.

-Lembre-me de pedir o creme de beleza dele, é excelente. Ele parece ter algo em torno dos vinte anos. – Fechei os olhos e coloquei o celular no viva-voz, sua risada soou pelo quarto.

-Deveríamos ir dormi. – Comentou em tom mais baixo.

-Deveríamos. – Concordei com os olhos fechados. Ficamos em silêncio por alguns instantes. – Você vai vir amanhã para ir a escola comigo?

-Claro, nunca perderia a oportunidade de ser taxado de assassino com minha namorada. – Sorri sentindo entupor do sono. – Vou busca-la cedo.

-Ok. – Murmurei. – Boa noite, lobinho.

-Boa noite, meu amor.

Abri um pouco os olhos e encarei o celular ao meu lado por alguns instantes, ele já havia desligado de qualquer maneira.

Então, fechei os olhos sentindo um sorriso escorregar pelos meus lábios.

Bella P.O.V

Gemi cansada, jogando minha cabeça para trás.

-Não podem me trancar aqui! – Exclamei batendo os pés revoltada.

-Por uma questão de fato, sim, nós podemos. – Charlie respondeu do canto da sala. – Você nos traiu, Bella, sei que não foi sua intenção, mas temos que fazer algo sobre isso.

-Pelo o amor de Deus! Eu não trai ninguém! - Revirei os olhos bufando. - Eu o mantive na casa e fiz mais por ele do que vocês, se quer saber. - Acrescentei desdenhosa.

-Como é que é? – Minha tia fez cara de quem chupou limão.

-O que? Ele é possuído pelo pai, sabia? Não é dupla personalidade, por isso se transformou em lobo, sendo que tem uma maldição que o impede de se transforma. - Franzi o cenho para mim mesma, aquilo saiu confuso.

-Então, apenas o exorcizamos. - Um dos meus tios, o moreno.

-Não vai rolar, tio. – Sorriso falsamente. – Ele é conectado com o pai por sangue e alma. Magia antiga, entende? Hà duas maneiras de desfazer: o pai desiste, ou Thomas o "vence" mentalmente, e eu não vejo nenhum dos dois acontecendo.

-Como você sabe disso? Seu lado bruxo lhe disse? – Meu outro tio, o loiro, perguntou com um sorriso falso.

O sacarmo veio da familia de papai, bom saber.

-Foi exatamente isso! – Exclamei falsamente empolgada. – Agora que esclarecemos esse ponto, alguém pode me apresentar a minha família? – Olhei venenosamente para Charlie (forte concorrente para "pai do ano").

Os quatro se olharam, eu podia percebe a semelhança entre eles. Havia três homens (incluindo papai) e uma mulher que era loira junto com um dos homens. Todos provavam que os genes Swan eram otimos já que a aparecia não deixava nada a desejar, até papai, mas o mesmo perdia um pouco da boa aparência com o bigode (parecia um bicho na cara dele, mas ele se recusou a tirar quando pedi).

Mas tirando isso todos tinham personalidades nitidamente diferentes, meu tio loiro usava um terno carissimo sob a camisa azul e tinha um ar de desonestidade e em seu rosto fechado. Já minha tia usava um jeans azul-claro e uma camisa de botões vernlha sobre uma blusa branca fina e um rabo de cavalo alto, pareceria uma dona de casa, tinha um olhar sinistro de repreensão. O meu unico tio moreno, ao contrario dos irmãos, tinha barba por fazer, um colar com um pigente de garra no pescoço e parecia perfeitamente intrigado (eu tinha a sensação de que ele era otimo simulador de emoções).

-Seu pai, você conhece, é o mais velho. – Minha tia suspirou por fim olhando para o teto impaciente com a incopetencia de papai. – Depois dele vem o moreno, Arthur, o loiro aqui é Richard e eu sou Aurora. - Olhou para mim com o olhar levemente mais suave. – Prazer em conhece-la Isabella. - Ergueu a sobrancelha.

-Eu prefiro que me chamem de Bella, só pra deixar registrado. – Ergui a sobrancelha de volta e toda uma língua com as sobrancelhas pareceu ser desenvolvida em segundos.

-Será que podemos voltar ao ponto onde decidimos o que fazer com a Srta. Traição? – Richard perguntou impaciente.

-A sentença por traição nos Volturis é morte... - Começou meu pai.

-Mas eu não trai ninguém! E eu não sou uma Volturi. - Argumentei imediatamente, eu me recuso a morrer por prender um cara que mal conheço em minha casa!

-Pelo o que sei, você irá casar com Edward Cullen, certo? – Olhei para Arthur, o segundo mais velho, ele tinha um tom mais ameno. – Você é a moeda que fortalece a aliança entre os clãs, ou seja, você é uma Volturi.

-Aliais que historia é essa de casamento arranjado? – Titia perguntou franzido os lábios. – Isso é completamente medieval, Charlies! Você não vivia dizendo que iria fazer o máximo possível para deixar sua filha fora do nosso mundo? Não foi por isso que fingiu que não existíamos?

Ok, alguém mais está ressentida com papai além de mim, de repente eu me sinto melhor em percebe que não estou sozinha.

-Agora não Aurora. – Charlie rebateu automaticamente, ele parecia acostumado a falar isso para ela.

-Na verdade, eu concordo com nossa irmã, isso foi hipócrita da sua parte, ainda mais levando em consideração seu casamento com Renné. – Me mexi incomodada ao ouvir o nome de mamãe.

A sala em caiu em silêncio por um instante, olhei para o meu colo não querendo saber de mais nada. Respirei fundo e olhei para cima, papai tinha uma expressão séria, eu provavelmente tinha algo parecido com desconfortavel. Meus tios pareciam estar entre o constrangimento e o pesar.

O som da porta se abrindo nos acordou do silêncio, eu não pude olhar para trás, por que estava presa na porcaria da cadeira. Mas era alguém importante pela cara assustada e surpresa de todos. Fechei os olhos e respirei fundo absorvendo o cheiro do novo visitante sobrenatural...

Espera ai, é humano.

-O que significa tudo isso? – Perguntou uma voz de aço.

Abri os olhos de novo completamente confusa. Olhei sobre o ombro, mas não deu pra ver quem era, mas as correntes atrás de mim se soltaram de repente. Estiquei meus braços para frente trabalhando na circulação, enquanto a criatura rodeava e aparecia na minha frente.

Era um homem velho, de cabelos loiros e um tanto grisalhos, parecia em ótima forma apesar de ter indicadores da velhice.

-Por que exatamente estão a mantendo presa como se fosse uma qualquer? – Parecia furioso ao julgar o vermelho de sua pele. – É sua filha! – Aponto para Charlie que abaixou os olhos envergonhado (WTF?)

-Ela cometeu traição. – Richard apontou amuado.

-Ela ajudou na fuga do dito cujo? Tudo o que fez foi mantê-lo preso na casa. – Se virou para mim. – Você sabia que ele era fugitivo dos Volturis?

-Sim, pedi para Jane o manter na casa. - Todos erguerão as sobrancelhas para mim.

-Por quê? – Meu tio Arthur perguntou cruzando os braços.

-Por que ele poderia me ser útil, os lobos estão atrás de mim, no final de contas. – Tomei toda a minha habilidade de atuação para dar de ombros e parecer indiferente.

Eles picaram em silêncio, até que, de repente, o senhor começou a rir.

-Ela sem duvida tem a rebeldia do pai no sangue. – Olhei para ele franzido o cenho.

-Quem é você?

-Você é esperta, docinho, presumo que já saiba. – Estreitou os olhos para mim e se aproximou, olhos azuis profundos me encararam com intensidade.

-Meu avô. – Suspirei um tanto assustada com todas as coisas que papai me escondeu.

-Steve Swan. – Se apresentou apropriadamente, então pegou em meu queixo de leve. – Você é realmente parecida com sua avó.

-Ela...? – Perguntei gaguejando.

-Infelizmente, ela já se foi, muito anos atrás, minha querida Aurora tinha apenas seis na época. – Sorriu suavemente e os olhos adquiriram um brilho triste. – Tem os olhos de Diana, minha querida. – Acrescentou seus dedos roçaram meu rosto por um instante. – É um prazer finalmente conhece-la. – Pigarreou. – Sinto muito pelas correntes, meus filhos tem um código familiar rígido, receio que isso é minha culpa, nunca arranjei uma madrasta o que os fez se unirem de uma maneira que traição é inaceitável.

-Mas é inaceitável para você também, pai. – Richard pareceu indignado. - Você nos ensinou isso.

-Acontece que ela não traiu vocês, apenas os ilustríssimos senhores Volturis.

-Que acontece de ser do nosso sangue. - Richard rebateu logicamente, ele parecia gostar de discutir com vovô.

-Detalhes. – Abanou a mão revirando os olhos. – Vampiros podem ser exagerados, sabem disso, mas Marcus me garantiu que se dermos uma punição a Bella, tudo ficará bem.

-Punição? – Torci a cara.

-Sei que não gosta, abelhinha, mas não temos escolha. Veja bem, todos os meus filhos tem dons mentais esplendidos graças aos meus bons genes. – Quase sorri pelo seu tom orgulhoso. – Pode ser um "demônio", ou quase isso, mas não será mais forte do que todos nós juntos.

-Então vão fazer o que?

-Tranca-la. – Charlie disse, olhei-o sentindo um frio na barriga.

-Sim, seu poder vai ficar restrito a cela, assim poderá ter privacidade se quiser. – Vovô explicou. – Marcus também me falou que você já sabia sobre nossa conexão sanguínea, quem lhe contou? - Pareceu intrigado.

-Mamãe me deixou um livro de herança, foi graças a ele que soube de coisas que todos se "esquecerão" de me dizer. – Olhei para de sorrateiro para Charlie.

-Não pode me acusar de mantê-la no escuro, Bella, fez a mesma coisa comigo. – Estreitou os olhos para mim.

-Eu estou me relacionando com vampiros e sendo caçada por Deus e o mundo, tem coisas que eu devia saber. – Rebati exaspera. – Por exemplo, uma família inteira! – Exclamei apontando para todos. – Por que mamãe não citou vocês na carta? – Franzi o cenho percebendo esse detalhe.

-Quando ela me pediu para se afastar desse mundo, combinamos em manter minha família em segredo, era perigoso demais. – Charlie explicou com um suspiro.

-Sei que deve se sentir traída, Isabella, mas foi para o seu bem. – Vovô sorriu ternamente para mim.

-Não passe a mão na cabeça dela. – Arthur franziu o cenho para vovô, enquanto Richard revirava os olhos. – Ela nos meteu em bastante confusão. - Pareceu quase divertido, os olhos dele queimavam malicia.

-Não aja como se fosse santo, Arthur. – Aurora bufou entediada. – A garota teve seus motivos, estúpidos eu reconheço, mas ela é praticamente uma criança. - Ela ao menos era rapida em perdoar.

-Ela vai casar, não acho que possa ser considerada criança, mana. – Richard acrescentou erguendo as sobrancelhas.

-Parem! – Charlie se enfezou legal, olhei para vovô que piscou o olho bem humorado. – Posso saber o que o trás aqui pai? Estamos no meio de uma guerra contra os lobisomens...

-Isso mesmo, disse que ficaria cuidando de nossos filhos na Irlanda. – Richard franziu o cenho para o seu velho.

–Onde estão as crianças? - Aurora franziu o cenho preocupada.

-Felizes com suas férias prolongadas na Croacia. - Vovô respondeu com um sorriso.

Wow! Eu tenho primos, cara, qual é o tamanho da minha família paterna?

-Todos? – Arthur perguntou subtamente interessado.

-Menos sua bastarda. – Vovô respondeu puxando uma cadeira para se sentar. – Desculpe o termo, não quis ofende-la só expressar minha decepção com você por não tê-la assumido quando bebê, filho.

Out!

-Podemos voltar a parte que vocês me mantem presa? – Pigarreie um tanto impaciente.

-É simples, você fica presa, pagando por seu crime.

-Vocês não podem me trancar em sala e jogar a chave fora! – Exclamei revoltada.

-Sim, nós podemos. – Aurora ergueu as sobrancelhas, o mais assustador foi seu tom confiante me dizendo não tinha nada que eu pudesse fazer que impediria isso.

-E se não fizermos sofreremos consequências. – Vovô explicou. – Um de nós irá morrer.

-Isso é ridículo. – Olhei para eles chocada. – Vocês não estão dizendo que são os fodões com poderes mentais? Por que deixar os vampiros mandarem em vocês dessa forma?

-Por que eles são muito mais poderosos que nós, lidar com vampiros em geral é fácil, mas os Volturis não são qualquer vampiros, eles são os primeiros de uma raça. – Charlie explicou.

-Todos da família? – Perguntei franzido o cenho.

-Apenas os três lideres, a parti deles vieram todos os outros vampiros da raça dominante – Arthur respondeu. – Isso os faz serem muito mais forte que os outros vampiros. Além disso, temos o mesmo sangue, somos vulneráveis a eles e eles vulneráveis a nós, temos que trabalhar juntos para garantir sobrevivência.

-Então é isso? Eu vou ser trancada e pronto? – Perguntei desolada.

Eles me olharam.

Emmett P.O.V

Eu estava de excelente humor, tinha acabado de ter um momento muito romântico com Rose – estava realmente precisando disso.

Poderia assobiar, mas pegaria mal para alguém de minha reputação.

Parei no meio do caminho quando avistei Edward na varanda do corredor. Me aproximei curioso para seu motivo para estar ali tão cedo.

Quer dizer, o sol estava nascendo, mas em Forks não dá para ver esse espetáculo natural. Então, Edward estava apreciando a garoa fina e o inicio do transito.

O cenário no geral era... Deprimente.

-Guarde suas opiniões para si mesmo. – Edward revirou os olhos.

-Não seja rude, meu amigo. – Edward gemeu ao ouvir meu sotaque inglês. – Sua garota irá sair mais cedo ou mais tarde.

-A família disfuncional de Bella provavelmente fará com que seja mais tarde. – Meu irmão retrucou estreitando os olhos a paisagem.

-Isso é uma coisa horrível. – Disse me sentando ao seu lado. – Como a filhinha esta reagindo?

-Nessie está se culpando.

-Sério? – Ele acenou para mim. – Poxa, ela não me parece ser do tipo que se culpa por algo.

-Nessie é mais parecida com você do que parece Emmett.

-E o que isso quer dizer? – Franzi o cenho.

-Ela esconde o quanto se importa através do humor.

-É, eu sou culpado. – Dei de ombros.

-Pode parar com o sotaque? – Ele pediu.

-Por quê? Eu sou inglês, senhor.

-Você não pode estar tão feliz assim por causa de sexo, o que está escondendo?

-Eu estou feliz por causa do sexo. – Sorri maliciosamente para ele. – Mas eu quero te animar, estou compadecido por sua causa.

-Minha causa? – Ergueu as sobrancelhas.

-Sim, não pode mais fazer sexo com sua garota. – Dei umas palmadas em suas costas e me ergui. – Afinal ela deve ser muito boa se conseguiu transforma-lo em monógamo. Agora, melhore essa cara nossos convidados finalmente dormem.

Sempre era estranho pensar em vampiros dormindo, mas os Romenos eram especieis diferente, que poderiam comer e dormi, quase me dava inveja. As vezes tudo o que se precisava era uma boa noite de sono, mas isso era impossivel para minha especie.

Ao menos, o lado é que o tempo que usaria dormindo, eu uso com Rose e isso sim é um tempo de qualidade.

-Isso me lembra que temos alguns problemas. – Edward franziu o cenho. – Com Nicolas e Jane.

Olhei-o curioso.

Nicolas P.O.V

Eu a perdi duas vezes.

Na primeira, ela era humana.

Na segunda, ela era vampira e o destino foi mais cruel. Fizeram-na esquecer de minha existência e me disseram que estava morta.

Agora, eu a tenho de volta, ou mais ou menos.

Ela se lembra de tudo até o ponto que nos despedimos no meio daquela invasão aos Tulekahju.

Isso foi em 1716.

O mesmo ano que ela voltou a se encontrar com Caius.

Eu nunca havia entendido por que Jane era tratada como membro do clã sendo que foi transformada por Caius, teoricamente, ela era da família Volturi. Agora, ela finalmente me explicou que negou a "família" quando foi embora logo depois da transformação.

Foi quando ela se juntou aos Tulekahju e pouco tempo depois me reencontrou, mas na época, ela nunca chegou a me dizer uma palavra sobre quem a transformou. Depois do ataque final, com a memoria alterada ela voltou aos Volturis, Aro fez questão de faze-la pagar por negar a "família" a tratando apenas como um membro do clã e não da familia.

Acho que foi por isso que a ouviram quando intercedeu a traição de Alec anos atrás.

Falando em Alec, aquele desgraçado a seguiu desde quando era humana, apesar de não ter sido transformado por Caius (ele sumiu por algum tempo quando Jane era humana e quando voltou como um vampiro, ela já era casada comigo). No instante em que fui capturado naquela época, eu soube que foi Alec quem tinha planejado tudo.

Por isso ele ficou tão nervoso quando me reconheceu meses atrás. Obviamente, coloquei-o no lugar, era mais forte fisicamente, mas não esperava que ele tivesse poderes mentais tão potentes.

E com certeza, não contava com ele sendo aliado de bruxas, era por causa dele que eu não podia falar para Jane sobre nós.

Me irritou profundamente que Caius e Athenodora não fizeram nada sobre isso. Obviamente, eles se arrependeram quando descobriram que Alec era mais do que um vampiro ciumento cujo sentimentos não eram retribuído.

Ele era um traidor.

-Eu gosto de Jane. – Olhei para ela, estávamos em Seattle, tinha que verificar Sasha no final das contas. – Soa melhor que Joanne. – Refletiu em búlgaro.

-É uma variação, lembre-se de falar em inglês, querida.

-Certo. – Ela concordou com suspiro, era engraçado, Jane tinha de novo aquele brilho nos olhos.

Foi o que mais senti falta quando a vi pela primeira vez no Palazzo dei Priori há três meses atrás. Estava visitando a sessão de arte quando meus olhos bateram nela com Alec. Primeiro fiquei chocado, parecia que uma corrente de eletrica havia passado pelo meu corpo e pela primeira vez em muito tempo, eu me vi sentindo esperança.

Então veio a confusão e a dor, como ela estava viva? Por que ela não veio até mim antes? E naquele instante Jane olhou para mim, a indiferença que encontrei em seu olhar me fez entender que ela não havia me reconhecido.

A raiva veio logo em seguida, quando vi Alec sussurrar algo em seu ouvido, havia sido Alec o único a me contar que Jane havia morrido há trezentos anos atras.

-Você conseguiu se lembrar de algo novo? – Perguntei com um suspiro enquanto abria a porta do carro para ela, haviamos chegado ao apartamento de Bella.

-Nope. – Negou estralando os lábios. – A ultima coisa que me lembro é de estar na igreja, pouco depois que você saiu. – Olhou para o elevador com curiosidade, enquanto eu apontava para entrar. – Por que está agindo tão estranho comigo? – Perguntou entrando no elevador.

-Como assim? – Perguntei intrigado enquanto apertava o botão do andar.

-Não me tocou nenhuma vez, Niko. – Olhei-a surpreso. – Arranjou outra ao decorrer dos anos ou o que? – Seu tom era metade curiosidade, metade raiva, e sua postura indicava perigo.

-Não, não é isso. – Me apressei em dizer, ela ergueu as sobrancelhas. – Eu apenas aprendi a me conter ao seu lado, por causa da sua falta de memoria sobre nós.

-Bem, então trate de parar de se conter. – Me empurrou contra uma das paredes. – Eu tenho a impressão que não tenho nenhum toque de carinho há muito tempo.

Olhei-a divertido, eu havia me acostumado com a Jane mais velha, mais sarcástica, mais fria. Tinha me esquecido o quanto ela era maliciosa e fogosa.

Sua mão se arrastou pela minha camisa, indo para baixo e mais baixo e...

As coisas já não eram mais divertidas.

Eram perigosamente estimulantes.

Engoli a seco e agarrei sua mão antes que fosse longe demais, ela ergueu a sobrancelha.

-Estamos em publico, Jane.

-Não, não estamos. – Ela olhou para o elevador vazio.

-Creio que não expliquei sobre as câmeras de seguranças.

-O que são essas maquinas? E por que estamos falando nelas? – Perguntou enrugando o nariz.

-Elas permitem os humanos vigiarem os lugares, por exemplo, a câmera ali no canto. – Ela olhou sobre o ombro e viu a maquina. – Permite um humano ver o que esta acontecendo aqui dentro.

-Curioso. – Comentou se virando para mim. – E por que simplesmente não a arrancamos dali? – Me olhou intrigada, olhei-a sem palavras.

Sinceramente, eu queria arrancar a câmera, empurra-la na parede e fazer ali mesmo. Mas não podia ceder ao impulso ainda, agora não era hora para isso.

Mas maldito seja! Eu mesmo não fazia coisas assim a algum tempo, Jane não estava ajudando se apoiando, roçando e friccionando seu corpo contra mim.

Respirei fundo buscando autocontrole (fiz um esforço extra ignorando seu cheiro de rosas e algo cítrico, que nunca pude identificar, algo particularmente excitante ).

-Jane, esse não é momento.

-Podemos apenas matar as saudades? Eu me sinto como se estivesse sem tomar sangue a séculos... – Me olhou com fogo nos olhos. -... Completamente em chamas, vou enlouquecer aqui. - Puxou minha gola...

Eu vou ceder a ela. Isso é um fato.

O elevador se abriu.

Eu não vou ceder a ela.

Ao menos não com uma mãe e alguns meninos nos olhando. Tínhamos chegado ao andar do apartamento. Afastei Jane e agarrei sua mão a arrastando do elevador, ignorando o olhar divertido da mãe e curiosos dos meninos.

-Olhe... – Me virei para ela, quando vi o elevador se fechando, ela me olhou amuada. -... Eu prometo que vamos lidar com essa situação depois daqui, ok?

-Promete? – Me olhou ansiosa, seus olhos se acenderam animados. Tudo bem, eu confesso que uma parte minha estava adorando seu desespero por mim.

-Prometo. – Sorri para ela e lhe dei um rápido beijo, por que eu não precisava mais me conter. Vê-la sorrindo para mim com a ação como se fosse a coisa mais comum do mundo me fez tão bem que poderia morrer nesse momento completamente feliz. – Agora, como eu lhe disse, foi nos ordenado que tomássemos conta dessa garota.

-Eu realmente pensei que aquele seria o fim dos Tulekahju. - Jane podia falar livremente comigo agora, por ter certeza de que eu sou membro da organização (antes ela ainda tinha duvidas que eu poderia estar a enganando).

Alec deu um jeito de me jogar aquela maldição, por isso não poderia dar uma palavra sobre quem era, ou quem Jane era.

Apenas se ela tivesse certeza.

-Eu também pensei até que Bella mostrou o símbolo deles na carta que veio com ela. – Apontei para a porta, enquanto apertava a campainha (Jane saltou quando ouviu o som).

-Bella, é a noiva de Edward, certo? Quem estava me fazendo lembrar quando foi capturada pelo pai, general Volturi. – Ditou em voz alta o que tinha aprendido.

-Essa mesmo. – Concordei sem necessidade alguma, Jane tinham memoria perfeita, só lhe hipnotizando para faze-la esquecer.

O que me lembra que depois daqui, vamos atrás de Rose.

Bem, não exatamente depois daqui, antes vamos ter alguns momentos para matar as saudades carnais...

-Oi, gente. – Sasha nos cumprimentou com um sorriso enorme, Jane a olhou de cima a baixo.

-Ela é realmente imune, não? – Revirei os olhos com o fato de que Jane estava testando seu poder na humana.

-Não confia mais em mim? – Perguntei a empurrando pela porta, Sasha nos olhou confusa. - Jane perdeu a memoria dos últimos trezentos anos, em compensação se lembra de tudo que veio antes, até a parte que tinha esquecido.

-Parte que tinha esquecido? – Sasha a olhou curiosa.

-Eu esqueci que sou casada com ele. – Jane olhou para mim com um sorriso. – Honestamente, tudo parece impossível, mas confio em Niko com todo o meu coração.

-Wow... – Sasha murmurou erguendo as sobrancelhas completamente boquiaberta, a reação da maioria das pessoas provavelmente. – Ela está tão...

-Tão o que? – Jane a olhou um tanto secamente.

-Apaixonada. – Sasha abriu um sorriso enorme. – Talvez possa me ajudar, como exatamente se sabe quando é amor? Que se está apaixonada? - Olhei para Sasha intrigado com aquela pergunta.

-São coisas diferentes, você sabe. – Jane gaguejou olhando para mim em busca de ajuda, eu dei de ombros. – Por que quer saber isso?

-Bem, tem esse cara...

Suspirei sentindo que aquilo ia acabar dando uma dor de cabeça sem fim.

Victoria P.O.V

Fechei meu armário e fui me encaminhando para o refeitório, estava abrindo a embalagem da barrinha de serial para disfarça quando quase trombei em alguém.

-Cuidado! – Disse equilibrando minha garrafa de sangue (obviamente, pensariam que era uma vitamina).

-Sinto muito. – Nessie suspirou para mim, olhei-a indo fazer algum comentário acido, mas parei ao ver seu rosto tristonho.

-Tudo isso por causa de Bella? – Ergui as sobrancelhas cética. – Quer dizer, não é como se fossem fazer algum mal a ela.

-Você esta curtindo com a minha cara? Eles a trancaram! – Nessie franziu o cenho para mim, ao menos não havia ninguém por perto para ouvi-la.

-Não venha pedir a mim para ter pena dela, Nessie, sério mesmo. – Passei por ela em direção ao refeitório.

-Ela salvou sua vida.

-Ela me devia isso pelo o que fez por James, agora eu nos considero quites. – Virei para Nessie.

-Por que age como se James fosse a vitima? Ele tentou estupra-la!

-Eu não acredito nisso. – Me aproximei dela em um piscar de olhos, Nessie me olhou surpresa.

-Victoria, você agora é uma vampira, então use seu cérebro super avançado e pense! – Nessie me olhou fervorosamente. – Bella vive nessa cidadezinha esquecida por Deus há dois anos, nunca tentou atacar nenhum habitante por que Forks é pequena, um desaparecimento ou assassinato seria noticia de primeira pagina!

-Pelo o amor...

-Eu não terminei. – Nessie me interrompeu bruscamente e enfiou o dedo na minha cara. – Charlie, o pai de Bella, é o xerife da cidade e general fodão Volturi. Ele só descobriu o que Bella era no começo desse ano! E tudo por que o colar dela foi encontrado na cena de uma crime em Port Angeles! Você acha que se esse tipo de coisa estivesse acontecendo aqui em Forks, ele não teria percebido quem era o culpado antes?

Cerrei os dentes com raiva, Nessie tinha um ponto no final das contas.

-Ok. – Cuspi para ela. – Digamos que esteja falando a verdade, o que importa se eu acredito ou não? Não vai tirar Bella de lá.

-Verdade, mas você conhece alguém que pode tirar. – Nessie sorriu angelicamente. – Seu pai, irmão e esposo: Marcus.

-Meu o que? – Não pude evitar a risada incrédula.

-Edward me deu uma explicada sobre o que sua relação com Marcus poderia ser. – Ela deu de ombros. – O que é basicamente todas as coisas que eu citei, então achei que facilitaria as coisas se eu listasse tudo de uma vez.

-Bem, deixe-me ser clara, não há nada de paternal, fraternal ou matrimonial entre mim e Marcus.

-Mas vocês...

-Olá, Angela. – Cortei-a quando reconheci os passos leves de Regan-demo* (vulgo Angela).

Nessie estreitou os olhos virando lentamente para a esquina do corredor, Angela apareceu rebolando com os cabelos loiros?

Franzi o cenho, loiro não era a cor dela, mas não ficava ruim, deve ser coisa de demônio.

-Ah olá para vocês também. – Angela sorriu toda simpática. – Vejo que estão indo muito bem.

-Por que não estaríamos? – Nessie perguntou carrancuda.

-Oras, a cidade esta cada vez mais violenta. – Ela disse dissimuladamente. – Temos um assassino em serie a solta, não ouviram no noticiário? - Arregalou os olhos falsamente e colocou a mão no peito.

-Sim, todo cuidado é pouco. – Sorri falsamente para ela, Angela ergueu as sobrancelhas ceticamente para minha ameaça nas entre linhas.

-Como anda James? Eu não o vejo a um tempinho. – Rebateu cruzando os braços.

-Oh por favor, você vai mesmo continuar com esses jogos de palavras? É enjoativo. – Nessie zombou.

-Não é enjoativo quando se sabe bem o significado de cada palavra. – Angela rebateu sem tirar os olhos de mim. - Além do mais, não há nada comparado com suas expressões faciais quando cito algum ponto fraco.

-Me diga, Angela, o que me impede de afundar meus dentes em sua garganta? – Perguntei sorrindo sarcasticamente.

-Deixe-me ver... – Fez um bico pensativo. – Eu não estou sozinha aqui na escola, qualquer ataque contra mim será revertido contra você, eu sou realmente bonita e... – Olhou para cima pensativa. -... Você só é vampira há uma semana.

-E? – Ergui as sobrancelhas.

-Você não matou nenhum humano ainda, não estou certa? – Nem me preocupei em responder. – Vê? Você ainda não trabalhou em seu instinto assassino, só o prendeu dentro de si, vampiros podem fazer isso assim como demônios, mas não vai durar muito, certo Nessie?

-Vicky, se você for pelo pescoço, eu prometo arrancar os braços dela fora. – Nessie disse sem qualquer sinal de sorriso.

-Vocês realmente não são divertidas. – Angela suspirou pesarosa. – É melhor eu ir para o refeitório, meu namorado me espera. – Ela parecia divertida com a palavra "namorado".

-Vai tarde. – Resmunguei quando ela passou por nós.

-E antes que eu me esqueça: como está Bella? – O sorriso singelo se transformou em um sardônico. – Espero que ela não tenha se prejudicado muito. – Disse em tom falso de pesar, agarrei o braço de Nessie antes que a mesma voasse para a loira oxigenada.

Fiquei pensando no comentário de Angela, como ela sabia que Bella...?

Foi então que me bateu, foi tudo armação de Angela, ela queria que Bella fosse presa, mas por quê?

-Vadia nojenta. – Nessie resmungou tentando se soltar do meu aperto, mas eu não a deixei ir.

-Você veio com alguém? – Perguntei em tom baixo, Nessie me olhou e concordou.

-Jake.

-Mande uma mensagem para ele nos encontrar no estacionamento. – Pedi a arrastando pelo corredor. – Nós vamos encontrar Marcus.

Bella P.O.V

A porta se abriu de novo, nem me importei de olhar, provavelmente era Fred, um dos guardas vampiros que me trazia as coisas. O dom dele era repelir pessoas ou algo assim, me deixou enjoada só de olhar para ele.

Obviamente perdi a paciência com a sensação de enjoo e dei um chega pra lá no poder dele que tinha penetrado meus sentidos físicos. A criatura me olhou sem mostrar o susto que sei que deve te tomado. Imagino que deve ser um choque para ele ter alguém repelindo seu poder de repelir pessoas.

Era de se pensar que ele seria feinho, mas vampiro é uma criatura perversa e feio era a ultima palavra que eu usaria para definir o guardinha. E ele ainda tem sotaque (o que me lembrou Nicolas), então sinceramente não faço ideia do que Fred fazia aqui em vez de estar ganhando dinheiro como modelo.

Mas Edward também poderia ganhar bastante dinheiro. Para ser franca, até os Volturis faturariam uma...

Aliais, por que eu não fui tentar a vida de modelo? Ah é! Minha altura e o fato que eu tinha um instinto assassino canibal.

-Bella? - Me ergui da cama imediatamente e olhei para Edward.

Era Edward!

-Edward! – Chorei praticamente pulando nele, era bom ver um rosto conhecido, então não dá pra me culpar por simplesmente abraça-lo como se o mundo fosse acabar. – O que faz aqui? Eu não sou prisioneira ou algo assim? – Olhei sobre seu ombro e vi Fred parado no lado de fora. Edward fechou a porta na cara dele, sem tirar os olhos de mim.

-Você está presa, mas não significa que não podemos vir te ver e eu sou seu noivo, ninguém pode me parar. – Ergueu a mão e mostrou o anel prateado.

-Nunca fiquei tão feliz por usar um anel. – Olhei-o divertida, então percebi que ainda estava abraçada a ele e me afastei um pouco.

Por que eu meio que tinha cortado a relação física com ele.

Mas o que importa? Eu ainda estou presa aqui sabe-se lá ate quando.

O que me lembra de isolar o lugar, não quero ninguém ouvindo minhas conversa com Edward. Principalmente o bizarro do Fred que tem poder de repudiar os outros quando é praticamente um deus grego.

-Então, você está bem? – Ele segurou meus braços me analisando de cima a baixo.

-Apenas psicologicamente perturbada. – Suspirei o olhando. – E como estão os outros lá fora?

-Ninguém está morto. – Ergueu as sobrancelhas.

-Isso é boa coisa. – Acenei para mim. – O que poderia ser pior que a morte? - Nos olhamos e rimos um pouco.

-Eu posso pensar em uma ou duas coisas. – Edward colocou o braço sobre meus ombros e nos sentou na cama. – Agora me diga, como vou lidar com Nessie? Ela esta se matando de culpa.

-Isso soa como Nessie. – Revirei os olhos. – As vezes ela é bem sentimental, por mais que tente esconder. Mas, ei! Veja isso como uma oportunidade de exerce seu papel de pai. – Olhei-o ironicamente, ele acenou com um sorriso.

-Esse lugar é deprimente. – Ele comentou torcendo o nariz para a cela.

-Nem me fale. – Bufei revirando os olhos.

-Espere, você tem um celular? – Ele apontou para a mesa. – Por que não me ligou?

-E o que dizer? "Hey, eu acabei de descobrir que meu pai tem um monte de irmãos e que eles vão me manter trancada no subterrâneo Cullen! A proposito meu avô é super gente boa." – Suspirei não olhando para ele. – Isso me lembra que você provavelmente sabia sobre isso. – Olhei-o venenosamente.

-Não era meu segredo para contar, Bella. – Deu de ombros, sempre gostei da sinceridade dele, agora só queria estrangulá-lo. - Devo confessar que quando vi as plantas da construção meses atrás, nunca pensei que seriam usadas para prender minha noiva. – Ele disse com o cenho franzido.

-Eu sou do tipo rebelde, fazer o que? – Encolhi os ombros.

-Mas o que eu vou fazer sem você lá fora? – Ele pareceu pesaroso, ótimo ator, é claro.

-Hey, você tem Emily para te distrair. – Pisquei para ele disfarçando a pontada de ciúme.

-Não seria mesma coisa e você sabe disso. – Ele zombou revirando os olhos.

-É, eu sei... – Forcei o sorriso, agora fiquei triste por estar trancada. – Estou aqui a apenas um dia e já esta se matando de saudade, será que irá sobreviver até o casamento? – Ele me olhou e eu dei uma risada da sua cara. – O que? Estou preocupada! – Coloquei a mão no peito teatralmente.

-Não precisa se preocupar comigo e sim com você. – Ele olhou ao redor novamente.

-Por quê? Estou presa no subterrâneo de sua mansão cercada de vampiros, eu não acho que há lugar mais seguro do que aqui.

-Como pode estar tão tranquila sobre isso? – Estreitou os olhos para mim. – A Bella que conheço estaria querendo sair daqui.

-Eu quero sair, mas confinaram meu poder a esse cômodo. – Suspirei me lembrando das minhas tentativas mais cedo. – É como se tivesse um escudo parecido com o meu me prendendo aqui.

-Então você desistiu e cedeu?

-Você me conhece, sabe que não sou assim. – Suspirei apoiando a mão atrás mim. – Mas eu realmente não posso com todos eles e não importa que eu não seja humana, eles são cinco, sendo que eles tem ligação sanguiniea que torna as coisas piores para mim.., mas... - sorri enigmatica. - Nada é impossivel, talvez eu faça uma aparição surpresa, quem sabe? – Ele sorriu divertido.

-Isso certamente seria divertido. – Ergui as sobrancelhas.

-Não vai vir com o discurso de que poderia prejudicar a aliança Volturi&Cullen? – Zombei dele.

-Mudei de idéia no segundo que eles se acharam no direito de prender minha noiva e eu não ter uma palavra no assunto.

-Mas eu não sou sua noiva. – Lembrei-o suavemente.

-Para eles, você é. – Rebateu erguendo as sobrancelhas. – Prende-la assim é ofensivo para mim, Bella.

-E por que não está batendo pé lá em cima? Seria mais útil do que encher meus ouvidos de reclamações.

-Eles não estão animados comigo, já que você escondeu Thomas na sua casa e eu provavelmente deveria saber disso e foi Carlisle quem deu a sugestão de prendê-la há tempos atrás.

-Verdade. – Soltei enquanto me lembrava desse pequeno detalhe. – Ele deve estar feliz, não?

-Estranhamente não. – Edward franziu o cenho. – Algo sobre você ser útil, a mente dele é confusa, você sabe.

-Na verdade, eu não faço a menor ideia. – Dei de ombros. – Mas vou manter em mente que posso confiar em você. – Pisquei para ele.

-Sobre isso, gostaria de falar sobre o quadro.

-É mesmo? – Cruzei os braços.

-Eu não o encomendei. – Edward me olhou sério. – Te dou minha palavra que nunca encomendei aquele quadro.

-Os registros dizem...

-Eu sei o que os registros dizem, verifiquei isso mais cedo, realmente, estão em meu nome, mas eu não encomendei, entende?

-Ok, vamos deixar uma coisa clara, aquela é a sua assinatura, e eu conheço uma falsificação quando vejo uma. – Ergui as sobrancelhas.

-Sei disso. – Suspirou revoltado com a vida. – Você tem acreditar em mim, naquela época eu era amigo dele, provavelmente posso ter assinado algo, mas não encomendei o quadro, caso contrario saberíamos por que o quadro é tão importante.

Olhei para ele.

-Tudo bem, acredito em você. – Suspirei deixando aquilo de lado, Edward já teria confessado se tivesse sido pego na mentira, não faria sentido continuar insistindo por algo bobo. – E não.

-Não o que? – Me olhou desconfiado.

-Não vamos voltar a fazer sexo. – Neguei determinadamente.

-Eu não pedi isso.

-Eu sei, apenas deixei claro meu ponto, já que o fato de querer corta nossas relações carnais foi baseada isso nisso no começo.

-No começo?

-É... – Suspirei dramaticamente. – Preciso seguir em frente, Edward, não sou imortal como você. Além disso... – Parei imediatamente, já ia falar de meus sentimentos por ele sem percebe.

-Além disso o que?

-Hã... – Pigarreie. – É conveniente que eu tente com outros, para que possa ver como está meu autocontrole. Você sabe, controle sobre mim mesma para depois dominar meus próprios poderes. – Sorri singelamente, ele me olhou desconfiado.

-Entendo... – Meditou me olhando de cima a baixo. - Quem lhe disse isso?

-Um filme, não lembro qual era. – Respondi pensativa. – E era poder sobre a mente em vez de poderes sobrenaturais, mas é quase a mesma coisa em meu caso, certo?

Ele sorriu para mim.

-Tem mais uma outra coisa que precisamos conversa. – Edward pigarreou se inclinando contra a cabeceira da cama. – A coisa mais estranha aconteceu com Jane...

Minha cabeça pendeu para o lado curiosa.

Jasper P.O.V

-Então, como anda as coisas em NY? – Emmett perguntou casualmente, nem desviei os olhos do livro que lia.

-Não vou te contar nada, já te disse.

-Qual é Jasper...

-Ordens de Carlisle.

-Ninguém obedece Carlisle! Só seguimos seus conselhos de vez em quando, caso contrario Tanya seria da nossa família, Rose nunca teria sido sequestrada por Boreas e Bella nunca teria esfaqueado Alice.- Finalmente olhei para ele. – E isso só são alguns fatos.

-Eu não vou discutir esse assunto com você, Emmett, por que se me recordo bem, você me jogou no chão repetidamente da ultima vez que o nome Boreas foi tocado.

-Eu estava de mal humor, achando que tinha sido traído, perdi a cabeça, cara.

-Eu sinto suas emoções Emmett, sei que não lamenta ter me jogado contra o chão. – Fechei o livro e me levantei. – Na verdade, aposto que adorou.

-Pelo o que você me toma? - Perguntou ofendido.

-Eu te tomo como o Hulk, só que sem a pele verde. – Sorri zombador para ele. – Como Rose está se saindo com os Romenos?

-Ela sabe encantar os convidados. – Emmett revirou os olhos se fazendo de indiferente, mas ele incomodava eu podia ler em suas emoções.

-Você foi escolher uma mulher difícil de não se olhar, meu irmão. Até eu que era casado com Alice, fiquei mexido com a áurea de Rose quando a conheci. – Emmett me olhou sarcástico. – O que? Ela não é feia e tem o adicional do próprio poder.

-Se me lembro bem, você a atacou quando a mesma tentou interrogar Alice com a hipnose. Inclusive, fui eu quem o afastei dela...

Sorri com a memoria.

Alice estava felicíssima por poder voltar para a Inglaterra, disse que tínhamos um novo membro na família e Emmett já tinha chegado também. Então a família Cullen estaria toda reunida, o que havia acontecido pela ultima vez meses atrás.

Ela abriu a porta da carruagem rapidamente, sem se importa com o empregado que se machucou o nariz. Lembro-me vividamente de Alice dançando pela estrada de terra, com o vestido erguido até os calcanhares e os cabelos caindo em ondas até a cintura, totalmente longe do estilo das senhoras de respeito da época.

Rosalie não esperava ninguém para o dia, Alice e eu estávamos longe e Carlisle não sabia bem quando Alice teria a visão do telegrama que enviaria naquele mesmo dia. Por isso Rose ficou na defensiva com a alegria de Alice e tentou hipnotiza-la.

-Vampiros são atraentes, mas se pode sentir algo sedutor em Rose, então naturalmente fiquei desconfiado. – Dei de ombros. – Mas isso é um traço de minha personalidade, afinal fui um soldado vampírico. Os Romenos podem ter bilhões de anos se quiserem, mas não foram treinados para desconfiar de tudo e todos. Por isso os Volturis ganharam deles, imagino eu.

-Eleazar provavelmente os alertou sobre minha loira. – Emmett fez carranca, ele odiava traidores.

Todos nós sabíamos que Eleazar nos traiu anos atrás, mas nunca tivemos provas concretas. Tudo ficou obvio quando ele pediu para sair dos Cullen e foi para os Romenos largando tudo, inclusive Carmem, sua esposa. Depois disso, Carlisle começou a manipular a mente de nossos membros para que jamais nos traíssem, há não ser que fosse um caso de urgência (Esme havia insistido que os membros tivessem uma opção de escolha se julgassem uma emergência e todos concordamos).

-Não seja rancoroso. – Revirei os olhos, mas para a falar a verdade, nem eu tinha engolido a traição de Eleazar. – E como está Carmem nisso tudo?

-Ela pulou pela janela depois que Esme a dispensou, não quer ver o marido nem pintado de ouro.

-Isso é bom. – Comentei. – Ela pode não resistir a ele, nós amamos com a mesma potencia que odiamos. De qualquer maneira, o que está fazendo aqui? Não tem nada para fazer?

-Crianças estão ótimas, com toneladas de feitiços de proteção e quanto Nessie, eu não posso protegê-la tão na cara certo? E ela está em um colégio com demônios, mas também há transfiguradores e os humanos que protegem a mais nova vampira Volturi, isso sem contar as bruxas. Então, não acho que ela esteja exatamente desprotegida.

Suspirei e peguei meu celular que vibrou sobre a mesa.

-Alice pediu para que vá até Rose depois do por do sol.

-Ela vai estar com os Romenos e eles tem aqueles costumes estranhos. – Emmett gemeu se afundando na cadeira.

-Ela acrescentou que algo divertido para você vai acontecer.

-Obviamente não explicou o que era. – Revirei os olhos para o obvio, Alice adorava ser misteriosa. – Sua esposa pode ser uma verdadeira vadia as vezes.

-Você é um cavalheiro britânico, Emmett, aja como tal.

-Não tenho mais paciência para isso, me acostumei com o jeito dos americanos, fazem o que? Quase oitenta anos que viemos para a America?

-Sim, final dos anos vinte.

-Os anos vintes, tempos maravilhosos. – Olhei para ele entediado.

Nessie P.O.V

-Você marcou de se encontrar em uma igreja? – Perguntei incrédula para a vampira ruiva.

-Marcus escolheu o lugar. – Ela franziu o cenho de leve. – Você vai se queimar se entrar ou algo assim?

-Não, eu não sou um demônio para ser afetada por coisas sagradas. – Dei um tapinha no ar como se não fosse nada para uma semi-demonia, um transfigurador e uma vampira entrar em uma igreja.

Entramos na igreja como se fossemos seres humanos normais, ao menos Jake e eu o fizemos Victoria estava completamente na defensiva, esperando algo bizarro acontecer.

-Algum problema? – Neal perguntou atrás da gente.

Eu tinha conhecido os tals humanos com poderes que Bella tinha comentado, eles eram os guardas costas de Victoria ou algo assim.

-Nada. – Victoria respondeu disfarçando.

-Posso ajudar um grupo tão peculiar? – O padre se aproximou, um senhor de setenta anos ou algo assim, era um negro de sorriso realmente simpático.

-Padre Robert. - Jacob cumprimentou.

-Padre. - Alex e Neal falaram ao mesmo tempo.

-Oi. - Falei sem jeito.

-Essa é Nessie, minha impressão. - Jacob falou todo orgulhoso, quase o soquei.

-Uma bela jovem. - Comentou serenamente, sorri um tanto acanhada por esta sendo elogiada por um padre.

Isso é errado em tantos níveis.

-E a senhora deve ser Victoria. - Não pude deixar de reparar que ele referiu a ela como "senhora", quer dizer, ela claramente era jovem e não casada.

-Olá padre. - Victoria pareceu sem graça com o olhar do padre, como se ele soubesse de algo.

Marcus surgiu pela portinha que o padre tinha vindo ao lado do altar.

Algo me dizia que era culpa dele o tratamento do padre a Victoria.

-Quando me chamou aqui não percebi que traria companhia. - Comentou nos olhando com indiferença.

-Tanto faz. – Victoria se encaminhou em direção dele e agarrou o braço do líder Volturi. – Eu preciso falar em partícula com você. – Eles se olharam por um instante antes que Victoria o arrastasse em velocidade vampirica.

Ficamos em um silencio estranho, olhando para onde os dois sumiram. Nos olhamos provavelmente pensando que a ruiva ali arrastou um líder Volturi ultra poderoso. Ela não era humana uma semana atrás?

De qualquer maneira, eu não consegui ouvir nada de tão baixo que falaram.

Então suspirei e me virei sorrindo para o padre.

-Então você já conhece o Jacob a quanto tempo?

-Ele foi batizado aqui com alguns meses de vida. – Ergui as sobrancelhas. – Como anda seu padrinho?

-Charlie está bem.

-O que? Vovô é seu padrinho? – Perguntei incrédula.

Eu sou a impressão do afilhado do meu avô?

Puxa! Que família bizarra eu tenho!

-Vovô? – O padre ergueu as sobrancelhas brancas para Jacob.

-É adotivo. – Jacob respondeu rapidamente.

-Por veneno só com Bella, então com vovô é mesmo adotivo. – Concordei acenando com a cabeça.

-Veneno? – O padre levou a mão ao peito. – Você é a cria de Isabella?

-Senhor! – Neal exclamou segurando o padre que parecia que ia desmaiar.

-Eu não sou um demônio, padre, sério mesmo, por favor não tenha um ataque. – Disse estendo as mãos na direção dele ansiosa.

Eu não quero ser responsável pela morte do padre, Jesus cristinho!

Alexandra começou a abanar o coitado, enquanto Neal o sentava. O padre me olhou preocupado.

-Eu sei que não é um demônio, não entraria aqui caso fosse o contrario. - Padre falou. - Só me assustei com o fato da jovem Swan ter uma "cria". - Me olhou estranho.

-Foi acidental. - Respondi em tom de desculpas.

Ficamos em silêncio por um instante, mas foi o suficiente para ouvir um som estranho com sussurro exaspero da sala, onde se encontrava o Sr. Volturi e Victoria. Eu acho que eles estão quebrando o pau lá dentro.

Tudo o que eu queria era ir lá e descobrir o que acontecia.

Mas é o que dizem por ai: em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher. Mesmo que os dois não sejam casados ou algo assim, acho que tava valendo.

-E sua família, minha querida? – O padre perguntou curioso, enrijeci na hora, também pude sentir Jacob tenso ao meu lado.

-Estão com Deus. – Respondi forçando um sorriso, o olhos do padre adquiriram um brilho triste.

-Sinto muito.

-Está tudo bem. – Suspire olhando ao redor.

– É uma bela igreja essa aqui. – Neal pigarreou mudando de assunto, quase fechei os olhos aliviada.

Eu gostava de lembrar dos meus pais e minha irmã, mas não de suas mortes.

-Foi construída no meio do século XIX. – Padre respondeu. – Estou sendo rude com os visitantes! Gostariam de chá? Cultivo ervas no fundo da igreja.

-É ridículo vê-lo simpatizando com assassinos, isso não é contra sua religião, padre?

Congelei ao ouvir a voz feminina, nos viramos para a porta da igreja. Era ela.

Era a bruxa!

-Você. – Soltei boquiaberta, ela sorriu vitoriosa.

-Olá, Vanessa. – Seu sorriso se tornou maligno e de repente a igreja tremeu.

-Alex tire o padre daqui. – Ouvi Neal murmura se posicionando na frente dela.

-O que é isso? – Ouvimos a voz cortantemente gelada de Marcus.

-Ah sim, meu alvo. – Bruxa sorriu se aproximando. – Marcus Volturi.

Estreitei os olhos, como ela sabia quem era o Volturi, até onde eu saiba o rosto deles não está estampado em folhetos por ai.

-Até parece que eu vou te deixar entrar aqui com essa pose barata de bruxa malvada. – Rosnei indo para frente, ela riu de mim.

-Saia da frente garotinha, tenho coisas mais importantes por agora. - Sorri falsamente para a vadizinha.

Victoria P.O.V

A bruxa gritou de repente, olhei para a cena intrigada com o que Nessie fazia. Então eu senti uma pontada estranha, era como a sensação que sentia quando estava em perigo, mas eu não me sentia em perigo.

Isso é confuso.

Então Nessie saiu voando para o outro lado da igreja e todos ao redor soltaram uma exclamação. Parecia que eles estavam cegos, Marcus deu um passo na minha frente, ele parecia estranhamente tenso.

-O que está acontecendo? – Perguntei em tom baixo agarrando o braço dele, nem parecia que estávamos brigando minutos atrás, éramos praticamente melhores amigos agora.

-Eles estão com os sentidos paralisados. – Ele murmurou para mim. – Apareça Alec! – Marcus brando com a voz ecoando pela igreja, a bruxa sorriu para nós.

-Que doce. – A bruxa riu de nós, eu ouvi passos rápidos na direção dela.

Um garoto não muito mais velho do que eu apareceu atrás dela, ele passaria por um estudante de faculdade bonitão se não fosse pelo olhos vermelhos escuros. Ele olhou para Marcus e depois seus olhos caíram em mim e eu voltei a sentir aquela pontada.

-Você roubou minha cria. – Ele disse mordazmente.

-Você a abandonou. – Marcus retrucou. – O que lhe faz pensar que tem direito a falar algo assim? – Alec pareceu achar graça por que deu um sorriso.

-Faça sua parte. – Alec pediu a bruxa, que deu um passo para trás e começou a fazer algo no chão.

-O que quer? – Marcus estreitou os olhos.

-Eu quero o que é meu: ela. – Apontou para mim, gelei no lugar.

-É o que? – Exclamei indignada. – Você me largou na lama com a pior dor do mundo e vem falar que sou sua?

-Você nem sequer a ensinou como respeitar os mais velhos. – Alec repreendeu Marcus. – Bem, não é nada que eu não possa resolver.

-Como é que é? – Rosnei dando um passo, o braço de Marcus me conteve imediatamente.

-A lealdade dela é minha. – Olhei de lado para Marcus, ele explicou isso para mim.

Um vampiro era leal ao seu criador, mas o laço era quebrado caso houvesse troca de sangue com outra criatura, e foi o que aconteceu entre mim e Marcus.

-Nada que não podemos resolver. – Alec sorriu quase falsamente.

As velas da igreja se acederão ao mesmo tempo que a bruxa começou a cantar alguma coisa em uma língua estranha. Senti uma ardência em minha gengiva, levei a mão a boca quando senti minhas presas saírem por vontade própria. Ah porra, aquilo doía!

Parecia que estavam puxando algo de mim, gemi quase caindo no chão, mas Marcus me segurou. Uma parte minúscula da minha mente captou a tensão em suas mãos indicando que ele também sentia aquilo.

Por fim senti meus joelhos baterem no chão junto com o Volturi. Algo sumiu a minha garganta e eu me vi engasgando rapidamente. O vomito saiu com a dor explodindo em meus dentes, olhei para baixo percebendo que era sangue.

Duas mãos agarraram meu braço suavemente e me puxou para cima, me senti sendo arrastada. Lutei contra o estranho aperto, não gostando da sensação que trazia o toque, cai no chão de quatro zonza com sangue escorrendo pela boca. Olhei para cima, Alec me sorriu e segurou meu rosto quase que carinhosamente (me deixando com uma sensação enjoativa). A dor havia ido embora de repente, apesar da bruxa ainda cantar.

-Você será livre, não se preocupe. – Olhei para ele assustada, então sobre o ombro dele enxerguei Marcus com sangue ao redor parecendo tão cego quanto os outros ao redor. – O laço de sangue só pode ser quebrado por outro sangue, mas sua ligação com Marcus é o que estamos usando, mas não se preocupe com isso. – Acrescentou ao ver meu olhar.

O que isso queria dizer?

Pisquei meio enjoada para Alec, meu criador. Para minha surpresa ele se inclinou e me deu um beijo na testa.

Arregalei os olhos para ele, Alec me beijou? Que porra é essa? Ele acha que é meu pai ou algo assim?

-Você está onde sempre pertenceu, entende? Do lado certo. – Acenei concordando com ele, altamente pertubada. – Sua lealdade é minha e agora você pode se vingar daqueles que mantem cativo seu James.

James? O nome parece acender algo na minha mente.

Meu melhor amigo, meu irmão. Eu quase tinha esquecido que os Volturis o tinham agora e o mantinham com um demônio dentro de si.

Marcus me disse que a troca de sangue era uma promessa de lealdade, que seria como se eu fosse a progênie dele... Por isso a sensação de perigo e ao mesmo tempo de estar segura, quem tinha estado em perigo era Marcus, não eu.

Mas agora, eu seria livre dos Volturis (aqueles que mantinham que James preso) dos milhões de inimigos que eles tem, eu podia andar por ai e fazer o que quisesse.

E Alec me criou, ele tinha me tirado a vida humana apenas para causar uma distração. Eu o odiava por isso, ele não tinha direito algum... Ainda assim, eu sentia que devia apoiá-lo.

O pensamento me assustou bastante.

-Agora, deixe-me cuidar do Volturi. – Ele puxou uma adaga. – Ele não deve ser morto ainda, mas podemos colocá-lo para dormi.

-Como? – Perguntei intrigada.

-O sangue dele está em você. – Alec respondeu indo em direção a Marcus. – A fraqueza está no sangue. – Soou como se citasse algo que haviam dito antes.

Me levantei o vendo se aproximar de Marcus, então ouvi um som abafado, veio de baixo de mim, de repente eu podia ouvir de leve os corações do padre e Alex. Todos naquela igreja iam morrer nas mãos de Alec, disso eu tinha certeza.

Pisquei atordoada com o fato de estar participando de um massacre e olhei para frente vendo Alec se aproximar quase que lentamente.

O que eu estava fazendo? Marcus não tinha feito nada além de me salvar, mesmo quando me deixou queimar no sol, foi para que eu pudesse andar durante o dia em paz. O minimo que eu devia era salva-lo quando eu tivesse a chance.

Olhei ao redor tentando pensar em algo, até que eu vi Nessie no chão, ela franziu o cenho para mim como se perguntasse o que eu estava fazendo e estreitei os olhos...

Ela não estava sendo afetada.

Meu primeiro impulso foi gritar para Alec, mas fechei os punhos e apertei os lábios pretendo a estranha vontade. Eu não ia aceitar as merdas de Alec.

Não mesmo.

Eu cuidaria de James. Eu era uma Volturi importante afinal de contas, cansaram de me dizer isso.

Foquei em Nessie e indiquei a bruxa atrás de mim com os olhos, Nessie concordou silenciosamente.

Aconteceu durante uma batida de coração.

A bruxa gritou, Alec se preparou para virar e eu ataquei.

Tomar a adaga da mão dele e corta a garganta dele era o meu plano inicial, mas Alec era tão rapido quanto eu. E tudo o que consegui foi tirar a adaga da mão dele com um tapa e levar um soco na cara. Ele me olho furioso e tentou me bater de novo, mas eu pude desviar do golpe e engachar o braço dele para trás, o prendendo temporariamente.

Então um alarme soou dentro de mim e empurrei o meu criador para frente, contra os bancos da igreja por puro impulso. Eu tê-lo o empurrado tão abruptamente deve ter atrapalhado sua concentração, já que a sensação do poder dele vindo em minha direção foi cortada.

Ainda assim, no momento que ele se levantou, o perigo que emanou dele foi assustador. Dei um passo para trás, tentando encontrar uma saida. Olhei para a adaga lá longe, eu sabia que para afetar um Volturi aquela adaga tinha que ser especial...

Corri naquela direção com tudo que pude (o que é precisamente 1/8 de milésimos de segundos, detalhe inutil que minha cabeça insisti em registrar), um rosnado cortou atrás de mim e me vi sendo empurrada para cima do altar da igreja por Alec. Nos virei rapidamente e enfiei as unhas nos olhos dele, a dor o distrairia o suficiente para não neutralizar os meus sentidos.

Eu não era burra, ele só tinha concentração para manter os outros presos e eu tenho a impressão que ele queria dar um jeito em mim sem poder nenhum.

Vampiros são sadicos, foi parte do que eramos quando humanos, sempre adoramos rir da dor alhei. Isso apenas se ampliou quando nos transformamos. - Foi o comentario de Sulpicia quando perguntei sobre como aguentava olhar torturas.

Alec me empurrou e rolei no chão cinco metros para frente, ao lado de Marcus. Olhei para ele por um instante, ainda estava sobre os efeitos do poder de Alec. Essa olhada foi o suficiente para Alec se recuperar, saltar, agarrar a gola do meu casaco e me esmurrar contra um dos pilares da igreja (até senti a estrutura rachar atrás de mim, apesar não ter doído quase nada).

-O que está fazendo? – Alec rosnou com sangue escorrendo no rosto e presas de fora.

-Escolhendo. - Rosnei de volta com minhas proprias presas a mostra.

-Você não sabe de nada, Victoria, eu sou o lado certo. Eu te dei a imortalidade, sua ingrata. - Os olhos agora estavam negros e ao redor da pupila era vermelho, o que o deixava super sinsitro parecia aquelas imagens de vampiros que aparecem quando se joga no google.

Uma pontada inesperadamente surgiu dentro de mim por o trair, franzi o cenho e os olhos dele brilharam sinistros.

Era a tal lealdade vampirica! Ele parece querer induzi-la em mim.

Respirei fundo e busquei forças dentro de mim, para o azar de Alec, eu era acostumada a fazer coisas contra a minha vontade.

-Essa é a coisa... – Afundei minhas unhas em suas mãos. - Você fez sem minha permissão!

-Nada que não posso resolver. – Ele pendeu a cabeça levemente se preparando para me morde.

Minha mão se atirou para frente, em direção ao seu pescoço, no mesmo instante, mas eu podia sentir minha força cedendo aos poucos. Imagens de Athenodora arrancando a cabeça do vampiro inimigo com as pernas penetraram meus pensamentos, me deixando com certo pânico. O terror aumentou quando o vi sendendo a minha força pouco a pouco.

Então o som de um raio o distraiu.

E o cheiro de sangue surgiu no ar, me distraindo.

Alec parou de se força para cima de mim e olhou para atrás de mim rapidamente, ele fez uma carranca com a cena ali atrás.

-Isso terá volta. – Murmurou para mim sinistramente, então sumiu da minha vista.

Me deixei cair contra o pilar, enquanto absorvia os sons ao meu redor. O xingamento de Nessieme fez entender que a bruxa tinha acabado de fugir com Alec. Suspirei e olhei para atrás do pilar onde esta encostada.

Jacob praguejava enquanto Nessie estava empurrando o pulso para boca dele e Neal puxava um pedaço de madeira de sua perna (eu ainda ouvi um crac que assumi ser o osso de Jacob quebrando). Um pigarreio baixo me fez olhar para a frente e ver Marcus com a mão estendida para mim parecendo totalmente recuperado (apenas levemente palido), peguei-a sem hesitação e me ergui do chão.

Pelo o que entendi, Alex havia ouvido o grito da bruxa enquanto eu atacava Alec e uma mini luta se seguiu entre ela, Nessie e a bruxa. Até que Neal (manipulado por Alex) soltou um raio na mulher e Alec decidiu recuar.

Jacob não pode fazer nada por que havia sido ferido quando Alec os cegou e a bruxa fez todos voarem para longe com um gesto de mão.

-Onde está o padre, Alex? – Neal perguntou.

-Na parte de baixo. – Nessie falou respondendo pela loira.

-Alexandra, leve Neal a curadeira para cuidar desse ferimento no braço – Marcus tomou controle da situação. – Jacob chame uma bruxa rastreadora, quem sabe ela consiga algo da magia recente. – E com isso ele me puxou para fora da igreja.

Me deixei ser arrastada sem nenhuma palavra, minha mente tinha processado tudo o que tinha acontecido, mas minhas emoções ainda não tinham se recuperado. Muitas coisas em tão pouco tempo, foi a bruxa, foi Alec, a luta mortal que acabei de enfrentar...

–Victoria?

-Hum? – Eu não tinha voz depois do que tinha acontecido, eu quase morri. Deus! Eu sinto falta de quando era humana e meu unico problema era que faculdade eu iria fazer.

-Obrigado. – Murmurou em tom baixo, pisquei para ele surpresa.

-Nós estamos juntos nisso, certo? Athenodora ama dizer isso para mim. - Brinquei fracamente, enquanto descia as escadas da igreja.

-Você tinha uma outra opção. – Parei franzido o cenho e me virei para ele, que ainda estava no topo da escadaria da igreja. – Podia ter ido para o lado de Alec, o laço sanguinio que formamos não tira seu livro arbítrio. – Pareceu intrigado. – Você nunca quis ser uma Volturi, havia conseguido o que queria. Por que escolher ficar do meu lado?

Dei de ombros.

-Eu gosto da ilustríssima família Volturi, todos são completamente birutas, estou incluindo você nisso. E além do mais Alec não merece minha lealdade, quer dizer, ele me deixou na lama, literalmente. – Torci o nariz .

Inesperadamente, Marcus sorriu para mim.

A merda!

O primeiríssimo sorriso dele! E era completamente diferente do que eu esperava! Não era frio ou/e amargo como eu esperava, era algo sincero.

Acho que acabei de aprendar o valor de um sorriso.

Eu sinto que isso poderia ser o começo de uma amizade.

Thomas P.O.V

Fui empurrado para o lado do carro por uma loira fenomenal cercada de outras vampiras quase tão maravilhosas.

Eu sinceramente queria ter morrido e ido para um céu com cem virgens, como os árabes gostam de acreditar, mas ultimamente o azar se apaixonou por mim.

Seqüestrado, possuído pelo pai, achado pelos vampiros do mal, isso sem contar ser mantido prisioneiro por semi demonios (Que eram legais, ao contrario dá crença popular), e não vamos esquecer, ser confinado em uma cela com duas vampiras.

O azar está totalmente afim, cara.

-Aqui está o lobo junior, onde está a bruxa? – Olhei para a adolescente que nos sorria maliciosamente com os olhos azuis claros, demonio, definitavamente.

-Os Volturis nem se deram ao trabalho de vir pessoalmente. – Ela riu revirando os olhos. – Muito bem, tragam a bruxa.

Trouxeram uma mulher praticamente arrastada, ela tinha cabelos grisalhos, olhos baixos e era magra demais para ser saudável. Olhos castanhos mortos e com olheiras pesadas nos olharam, a pele negra estava desbotada e havia sido toda esticado devido a magreza, dava para ver o formato do crânio.

Isso sem contar as marcas de mordida que tinha pelos braços descobertos e no pescoço.

A loira agarrou meu braço e me arrastou para frente. Pessoas atrás da adolescente loira me olharam com interesse estranho.

-Tome. – Fui empurrado para frente, um dos homens veio me ajudar, afinal eu estava acorrentado. – Agora, me dê a bruxa.

-Estou pensando... – A adolescente puxou a bruxa pelo braço. - O que me impede de matar a inútil agora?

Quando percebi a loira estava na frente da adolescente. A adolescente maliciosa era mais alta, mas a loira não tinha emoção nenhuma no rosto, quase uma estatua.

Uma bela e assustadora estatua de olhos vermelhos.

-Eu te enviaria direto para o inferno no segundo que o fizesse.

-Quanto tempo tem andado por ai? Cem anos? – A adolescente zombou. – Heidi, não? A caçadora dos Volturis, certo?

-Errado. – A loira sorriu falsamente e puxou o cabelo da loira em um movimento tão rápido que parecia que tinha piscado os olhos e perdido tudo. – Pelos seus olhos azuis-claros presumo que seja uma jovem demônio, tem menos de duzentos anos.

Olhei para a loira adolescente e vi seus olhos azuis claros e dentes expostos para a mulher vampira que a mantinha com a cabeça inclinada. Os dentes da loira vampira surgiram e os olhos pareceram ficar ainda mais vermelhos (Isso é possivel? Talvez seja minha imaginação).

-Qualquer ataque será impedido. - A demonia latiu com uma careta assustadora.

-Sim, docinho, será impedido para um vampiro normal, mas eu sou velha demais para aceitar se enquadrada na categoria de vampiro normal. Você é forte, mas para alguém como eu não passa de uma criança rebelde. – A loira empurrou a demônio bruscamente e escondeu as presas.

-Você é Athenodora Volturi, mulher do líder Caius. – A demonia suspirou olhando a vampira com cuidado. Todos ao redor pareceu ficar tensos.

-Eu não tenho paciência para suas merdas, demônio. Agora, me dê a bruxa. - A ordem foi em um tom tão escuro que me deixou arrepiado. – O demônio empurrou a tal bruxa e a pobre coitada foi se arrastando até Athenodora.

Athenodora mexeu os lábios, mas eu não ouvi nada, deve ter falado algo já que uma das vampiras (uma loira, vejam só) apareceu e levantou a bruxa no colo (cena bizarra, na verdade).

-Eu diria que seria um prazer fazer negócios, mas não seria verdade. – A demônio tentou sair por cima.

-Da próxima que vez nos encontrarmos terei certeza de que volte para casa. – Ela olhou para todos ao redor. – Vocês lobisomens, são bem vindos se quiserem mudar de lado, não faz sentindo travar essa guerra com os senhores. – Olhou para a demônio. – É com os demônios que temos um probleminha.

E com isso ela sumiu, como se estivesse evaporado no ar.

-Vamos senhor. – O homem falou para mim. – Sua família o aguarda.

...

Entrei na sala do luxuoso prédio que me levaram, havia vindo de helicóptero, dormindo no caminho e não fazia idéia de que cidade estávamos.

A primeira coisa que vi foi meu pai no alto dos quarentas anos atrás da mesa em sua cadeira de coro.

-Filho. – Me cumprimentou, estreitei os olhos para ele.

-Em fim livre. – Respondi ironicamente. – Quando ia me contar sobre os genes caninos?

-Não fale comigo como se eu fosse seu inimigo.

-Você possuiu meu corpo como se fosse uma roupa! – Exclamei incrédulo. – E está no meio de uma guerra com gente perigosa. No que está pensando? Hannah pode estar em perigo!

-Sua irmã está bem, no momento que foi seqüestrado a trouxe para ficar comigo vinte quatros horas por dia.

-E como isso é seguro? Você é louco! Está tentando matar uma semi-demonio esposa de um vampiro!

-Isabella Swan é o preço que o pai dela vai pagar por ter matado o meu pai, seu avô. – Ele ficou vermelho de raiva.

-Você ouviu a parte dos vampiros?

-Somos lobisomens.

-E o pai humano dela matou vovô, um lobisomem.

-CHEGA! – Meu pai se ergueu da cadeira. – Eu entendo que esteja com raiva de mim por possuí-lo, mas eu precisava saber o que acontecia, se você estava bem.

-Pare de fingir que se importa, se fosse assim teria desistido dessa vingança irracional.

-Irracional? Como se atreve...?

-Eu me atrevo sim! Pelo o que sei existem regras lá fora, lobisomens são perigosos na lua cheia e vovô fazia questão de ficar perto de vilas humanas para matá-las.

-Tudo o que seu avô queria era revelar ao mundo nossa existência, esse é o ideal que todos aqui tem.

-Isso é loucura! Irá começar a terceira guerra mundial!

-Já começamos. – Ele pareceu se acalmar. – Você é o meu herdeiro, tem que entender o que ocorre com essa família, tudo o que ouviu é mentira, me entende?

-Eu não quero ser parte disso. – Me virei para ir embora.

-Não pode negar seu sangue.

-Eu não sou um lobisomem.

-Ainda. – Olhei sobre o ombro. – Eles vão tirar sua maldição e então terá que honrar seu sangue. Pense em sua irmã, eu estou fazendo tudo isso por ela e por você.

-Está querendo acabar com sua sede de vingança, não nos proteger.

-Vampiros nos massacrarão por séculos, Thomas, está na hora de isso acabar e se for com demônios, então que seja. Eles são muito mais fáceis de combater que vampiros, apenas uma reza pode os exorcizá-los e eles voltaram para seja lá o que chamam de casa. Nos poderíamos comandar as criaturas sobrenaturais, controlá-las a não causar danos.

-Você honestamente acredita que eu vou entrar nisso tudo, por causa de poder?

-Não, você vai ficar e me ouvir por que sou sua família.

Respirei fundo e me virei para papai com raiva.

Ele tinha razão.

Família é família, não importa se está errado, é o meu sangue.

Nem Nessie poderia argumenta contra essa, foi ela quem disse isso.

-Você tem cinco minutos para me contar sua versão da historia. – Bufei para ele, enquanto me jogava do sofá.

Rose P.O.V

Isso é um desastre!

-Por que fez isso? – Exclamei exaspera para Jane.

A cretina havia me atacado com o seu dom, quando falei sobre estar abrigando os Romenos no predio para Nicolas. Se não fosse por Emmett e sua grande capacidade física de agüentar dores extremas, eu ainda estaria no chão cega de dor.

-Você ajuda aqueles que matariam Nicolas em um piscar de olho! – Jane exclamo de volta.

-E desde quando você se importa? - Bufei revoltada.

-Como assim? Ele é meu marido! – Ela me olhou ferozmente, congelei no lugar.

-Então, amor? Eu te atualizei sobre as ultimas noticias na casa dos Swan? Jane teve de volta suas memórias com Nicolas, que acontece de ser o marido dela. Porém, Bella meio que bagunçou tudo na cabecinha loira e agora ela não se lembra das coisas atuais, tipo nós. – Emmett falou rapidamente ao meu lado.

-Então, você não sabe que somos melhores amigas? – Perguntei estreitando os olhos.

Sorte que os Romenos não estavam comigo, tenho que agradecer Alice pelo recado.

-E aê, companheiro? – Emmett cumprimentou se sentando ao lado de Nicolas, enquanto Jane e eu nos encaravamos. –Quer dizer que sua patroa é Jane? Eu espero que ela nunca lhe pegue fazendo algo de errado, cara.

-Emmett! – Revirei os olhos, tinhamos coisas mais urgente no momento, como a falta de memoria de Jane.

-Somos amigas? – Jane perguntou para mim desconfiadissima.

-Claro que somos! – Botei as mãos na cintura. – Isso lhe parece tão improvel assim? - Olhei-a ofendida.

-Sim. - Jane respondeu dando de ombros, abri a boca ofendida.

-Por que vieram aqui? – Perguntei para Nicolas, preferindo ignorar aquilo. – Não avisaram que seu inimigo estava na cidade?

-Edward avisou, eu não esperava atitude tão protetora de Jane, ainda mais com você... – Torceu a boca.

-Por que vieram? – Bradei o cortando Nicolas olhou para Jane parecendo ter alguma dificuldade em falar.

Olhei para Jane (que resolveu ser civilizada e se sentar) e depois para ele, esperando. Então minha cabeça começou a trabalhar e finalmente entendi.

"-Me desculpe ? – Ergui a sobrancelha para Nicolas.

O lobisomem havia me encontrado em Port Angeles, não sei como, mas agora ele estava me perguntando como poderia quebrar minha hipnose.

-Apenas responda.

-Não há maneira disso acontecer, me orgulho disso. – Cruzei os braços intrigada."

-Ela foi hipnotizada? – Perguntei curiosa, ele me olhou aliviado, Nicolas devia estar sob maldição ou algo assim. – E então Bella fez algo e agora a hipnose se inverteu a fazendo esquecer tudo o que veio depois... Isso parece fazer sentido.

-Como assim, amor? – Emmett perguntou intrigado. – Bella não deveria supostamente retirar a tal hipnose e ponto?

-Hipnose não é um feitiço, Emmett, é o de poder manipular a mente humana a sua vontade, mas apenas isso. A hipnose guarda as memórias em canto escondido da mente, enquanto o controle mental pode tira-las permanentemente. Então quando Bella tentou retirar o lacre, vamos assim dizer, o alarme soou e a barreira mental criada na hipnose entrou na defensiva. Assim invertendo o propósito da hipnose, quando isso acontece, as conseqüências são imprevisíveis.

-Mas toda hipnose tem um modo de ser quebrada certo? – Jane perguntou ansiosa.

-Bella falou algo sobre a dor - Nicolas comentou.

-Sim, funcionaria, se o cérebro acreditasse que manter a hipnose o prejudicaria, ele poderia ser desfeito, mas Jane tem a dor como dom, não acho que funcionaria nela.

-Como assim? – Jane perguntou intrigada.

-Seu cérebro tem um contato intimo com a dor, logo não vê perigo nela, apenas uma forma nova de usar contra os outros, não é tão dificil pessoal. – Emmett explicou revirando os olhos, sorri para o meu maridinho.

-Então, o que vamos fazer? – Nicolas perguntou.

-Primeiro te levar a uma bruxa e tirar a maldição que te impede de falar, então iremos atrás de quem fez a hipnose. – Ele me olhou. – Não me diga que morreu?

-Não.- Continuou me olhando como se quisesse dizer algo, Emmett pigarreou e eu ergui as sobrancelhas para o Sr. Lobisomem de mil anos.

– Então? Vamos? Hey, onde está Alice? – Perguntei para Emmett quando os dois saíram, eu não tinha a visto desde de manhã.

-Só Deus sabe. – Deu de ombros.

Alice P.O.V

-Qual é seu interesse nisso tudo? – Steve Swan perguntou estreitando os olhos.

-Eu gosto de Bella, ela já é da família, vamos assim dizer, não quero que fique trancada, é injusto.

-Bem, ela tem que pagar pelos crimes, os Volturis não aceitarão...

-Eles aceitaram senhor, esse é o ponto. Vá até eles e faça a oferta, mas não diga que um dos motivos é o desgaste mental que Bella está causando a todos vocês.

-Então você sabe? – Ele me olhou um tanto desconfortável.

-Há poucas coisas que não sei. – Sorri para ele.

-Como o que?

-Não sei como sua esposa era, mas deve ter sido uma mulher maravilhosa, já que todos respeitam muito a memória dela, sem contar que o senhor ainda a ama.

-Quando minha neta era um bebê... – Olhei para ele intrigada. – Uma vampira veio e disse a mãe que deveriam tomar conta dela... Foi você?

-Charlie me reconheceria, se tivesse sido eu.

-Mas Charlie não a viu, quem viu foi Renné.

-Não fui eu, vejo o futuro, mas não tão longe a ponto de saber que Bella estaria aqui, existe uma serie de fatores que influencia tudo. O mais longe que posso enxerga são meses.

-Eu tinha esperanças que fosse. – Ele suspirou, eu sabia que Steve poderia detectar mentiras, um dom perigoso para um humano, mas o homem era esperto.

-Qual era o nome dela? Talvez eu a conheça e posso o levar até ela.

-Charlie e eu passamos anos a procurando. – Steve negou com a cabeça. – Seu nome é Ariadne.

O nome bateu os sinos na minha cabeça imediatamente.

"-Temos a eternidade, Emmett, e isso é bastante tempo. – Uma voz falou atrás de nós.

Olhei para a porta e vi uma vampira de cabelos castanhos escuros na porta.

-O que faz aqui Ariadne? – Edward perguntou, olhei-a com mais atenção.

Edward a conhecia, mas eu não.

Ou seja, ela era parte dos outros negócios de Edward, os realmente perigosos."

Poderiam ser a mesma pessoa?

Nessie P.O.V

Me joguei no sofá ao lado de Jacob.

-Dia longo. – Suspirei para mim mesma.

Fiquei lá com Jacob esperando as tais bruxas, que no fim conseguirão reabrir o porta que teletransportou Alec e a bruxa Charlotte, obviamente não levou a lugar nenhum. Mas nada está perdido, as bruxas estão trabalhando em um meio de localiza-la através da propria magia, como um GPS magico, espero que a bruxa não consiga manter o desvio de sinal por muito tempo.

-Nem me fale. – Jacob murmurou cansado. – Como você escapou do poder de Alec?

-Bella me protegia com o escudo. – Dei de ombros.

-Isso é impossível. – Jacob olhou para mim. – Edward me alertou que o escudo de Bella caiu, que estavam todos sem proteção.

-Então, eu bloqueei Alec? – Perguntei para mim mesma em voz alta. – Eu não posso fazer isso, eu mando pensamentos via toque, as vezes sem precisar tocar, não bloqueio poderes mentais super fodas de paralisação.

-Pense assim, você pode mandar pensamentos para fora, certo? Talvez consiga mandar ataques mentais de volta, como seus pensamentos.

-Talvez tenha razão. – Franzi o cenho intrigada.

-Uau! Você concordando comigo, que coisa estranha. – Ele comentou levemente divertido.

-Sem graça, eu não discordo de tudo com você. – Cruzei os braços.

- Nessie, você está discordando sobre isso. – Jacob revirou os olhos.

-Sim, por que eu não discordo de tudo que fala.

-Me diga uma outra vez que concordou comigo. – Fiquei abrindo e fechando a boca como a anta que sou. – Viu?

-Cale a boca. – Dei um soco em seu braço.

-Já é a segunda vez que você me machuca hoje. Primeiro foi lá na igreja, quebrando minha perna. – Jacob estreitou os olhos para mim.

-O osso tinha se curado ao redor da madeira, eu tinha que quebrar para poder remover. E o que isso importa? Você está perfeitamente bem e isso é o que importa. – Revirei os olhos com um suspiro.

Inesperadamente ele deu uma risada, uma bem falsa diga-se de passagem.

-Quem vê pensa que se importa comigo, Ness.

Congelei no lugar e o olhei rapidamente.

-Mas eu me importo com você.

-Não é verdade. – Jacob negou quase solene. – Não me machucaria da forma que faz se desse a mínima para mim.

-Do que você está falando? – Jacob me olhou, baixei os olhos entendo bem o que aquilo queria dizer.

-Quer saber? Finja o quanto quiser, eu sei a verdade. – Jacob se ergueu. – Infelizmente, isso nunca será o suficiente. – Ouvi-o murmura para si mesmo, provavelmente não imaginava que eu podia ouvir.

Fechei os olhos, me chutando mentalmente.

Era isso, eu devia evitá-lo para sempre, quem sabe esse negocia de impressão tinha segunda chance? Quem sabe ele encontrasse outra?

O problema é que eu não consigo suporta o pensamento de Jacob com outra.

Como foi que eu cheguei a esse ponto?

Abri os olhos, ouvi a fechadura da porta e quando vi estava com a mão na porta, impedindo Jake de sair.

-O que? – Nem sequer me olhou, eu podia ver por seu tom que ele não estava lá muito feliz.

-Nós... – Pigarreei, minha voz saiu surpreendente rouca. – Nós já tivemos essa conversa antes, naquela época você não sabia que eu tinha um filho e...

-Eu aceitei isso, Nessie. – Se virou para mim. – E irei aceitar seja lá o que mais me esconde e sabe por quê? Por que eu te amo! - Arregalei os olhos, aquilo foi direto. - Isso mesmo! Sei que pensa que é magia ou alguma merda do genêro, mas não é! Eu te amo e você vai ter que lidar com isso.

Prendi a respiração, meu coração acelerou e meus olhos (os traidores) se encherão de lagrima.

-Mas... - Gaguejei tentando ter alguma reação. Ele suspirou revirando os olhos e de repente engoliu minha boca em um beijo.

E dessa vez - de alguma forma - foi diferente.

Um arrepio subiu pela minha espinha quando comecei a beijá-lo de volta.

Apenas senti como estivesse exatamente onde deveria estar, um lugar onde eu pertenço.

Foi então que me veio.

Era tarde demais, eu já tinha me apaixonado.

Eu amo Jacob Black.

Athenodora P.O.V

-Eu sai por algumas horas e de repente, todos estão querendo nos atacar? – Perguntei a todos na sala incrédula.

-Nossa casa em Volterra foi definitivamente queimada. – Caius informou fechando o laptop. – E sim, meu amor, sinceramente não sei como não tentaram nada com você.

-Acredite ou não, eu sei impor minha autoridade, querido. – Revirei os olhos. – E Volterra? Eu guardava a minha coleção de jóias da coroa lá. – Soltei um muxoxo.

-Estamos pesarosos por suas bugigangas, Athenodora. – Sulpicia me olhou venenosamente.

-Fala isso por que não mora em Volterra.

A verdade obscura: nenhum Volturi morava de verdade na casa de Volterra (isso seria estupidez), nossos membros viviam lá se quisesse. Mas o castelo subterraneo em Volterra é basicamente um escritório, onde encontramos nossos aliados e amigos.

Apesar de ter sido nossa casa um dia, mas os tempos mudaram e muitas guerras depois nos deixaram cautelosos.

Minhas jóias entretanto, eu havia deixado lá por que houve uma recepção e não pude me decidir, então levei as jóias para escolher com a ajuda de Jane (excelente bom gosto tem a princesinha búlgara)

-Temos que chamar Demetri, precisamos acabar com Alec de uma vez por toda. – Marcus se manifestou cortando uma possível discussão entre mim e Sulpicia. – Ele tentou reclamar Victoria.

-Que audácia! – Sulpicia fez uma careta.

-Devo admitir, Alec não tem esperança nenhuma, morte é a única saída para ele. – Aro suspirou concordando.

-Considerou outra coisa irmão? – Caius o olhou mal humorado. – Tolerei a traição dele uma...

-... Por causa de sua querida Jane, se lembra?

-É claro, eu também me lembro de vê-lo ceder a ela quando o dom de Alec foi citado. – Caius retrucou em igual tom sarcástico há Aro.

Aro abriu a boca para rosnar algo de volta, mas a porta se abriu e nós nos viramos para ver Victoria nos olhando intrigada.

Pelo cheiro, ela havia tomado banho.

-Eu perdi alguma coisa? – Perguntou hesitante, vendo Aro e Caius de pé de frente um para o outro.

-Apenas uma saudável dose de política. – Sulpicia respondeu um tanto amarga.

-Ótimo, já estão falando desse assunto. – Victoria abriu a porta ainda mais e nos revelou um velho conhecido. – Trago visitas, encontrei-o no corredor.

-Sr. Steve Swan. – Sulpicia cumprimentou com um sorriso.

-É bom revê-lo, Sr. Steve. – Falei sorrindo para o homem.

O amor entre Steve e sua falecida esposa foi algo inspirador, e eu encontrei vários casos românticos ao decorrer dos séculos. Mas eu gostava do deles em particula, me fez lembrar o quanto o amor é simples. Não houve uma tragédia ou uma segunda pessoa para atrapalhar o caminho dos dois, exatamente como todo o resto do mundo. Tudo o que houve foi os dois se apaixonarem e demorarem para percebe que o outro correspondia o sentimento.

Eles se juntaram para me trazer de volta ao Caius, eu me encontrava um tanto desesperançosa na época, tínhamos saido de uma guerra e eu não conseguia evitar de pensar em como o mundo havia se tornado um lugar tão frio. Então os dois apareceram com seus olhares de sorrateiros e sorrisos escondidos, claramente apaixonados um pelo o outro, mas sem coragem de confessar.

A simplicidade ali, me lembrou por que amava Caius, eles me lembraram que amor é algo simples e irracional que me faz feliz da forma mais imperfeita. Depois de um dia com eles, eu decidi voltar ao meu marido, já que fazia um ano que estava longe.

Apesar de que aquele foi um ano divertido, dar a volta no mundo depois de algumas décadas sempre é interessante.

-Olá, Sulpicia e Athenodora.

-O que o trás velho amigo? – Aro perguntou em tom alegre, ele sempre foi um excelente diplomata.

Mas Aro não gostava de Steve Swan, por que o homem se recusou a ser vampiro. Aro não havia se conformado em perde tal poder mental como o dele, mas Steve quis apenas viver sua vida em paz e morrer para se juntar a sua amada.

Como disse antes, ele é uma verdadeira inspiração romântica.

-Um trato. – Suspirou para todos nós. - Sobre minha neta.

-Bella?

-Quero negociar o tempo que ela ficará.

-Como assim? Ela está dificultando? - Aro perguntou se encaminhando para sua mesa.

-Não, ela cedeu docemente. – Todos o olhamos fingindo acreditar naquilo, os Swan eram tudo menos dóceis de se lidar. – No começo tentou lutar contra nosso poder, confesso que é mais forte do que parece, mas pudemos conte-la.

-Então, por que não deixá-la até a guerra acabar? Seria seguro exilá-la, na verdade. – Aro cruzou os braços. – Não trará problema e estará segura, afinal ainda é um alvo.

Vi o olhar de Victoria para ele, felizmente Marcus agarrou o braço dela antes que a mesma falasse algo.

Todos nos acostumamos com Aro lidando com a situações publicamente, Marcus não se interessava, Caius queria punir, eu não me metia a não ser que fosse relevante para mim e Sulpicia discutia com o amante através do poder do mesmo. Obviamente, Aro nos consultava, mas era apenas para coisas grandes.

Bella Swan não era um dessas coisas.

Por mais que ela fosse noiva de Edward Cullen, ainda pertencia a nós, sendo uma Swan, a própria tinha consciência disso, pelo menos foi o que me falaram.

-Eu me oponho. – Steve falou em tom casual, ele não nos temia. – Bella não foi criada como uma Swan, ficará ressentida e fugirá em algum momento.

-Controle-a mentalmente, então.

-Não acho que possa entender a profundidade dos poderes da jovem, ela é... Promissora. – Estreitei os olhos para ele. – Ela seria mais útil aqui fora, do que confinada.

-Não podemos apenas solta-la depois um dia. – Aro ergueu as sobrancelhas.

-Não pensei em solta-la imediatamente, uma semana, como uma advertência, e depois ela ficará com um dos seus vampiros que está na guarda lá embaixo.

Nos olhamos por um instante.

-Saia por um momento para podermos decidir. – Aro pediu polidamente, e Steve saiu.

Caímos em silêncio por um instante e nos olhamos pensativos.

Bem, todos menos Victoria.

-Isso vai ser uma votação ou algo assim? Até onde entendi isso democracia, certo? – Ela ergueu uma sobrancelha para nós.

-Os homens são os lideres, Victoria, nós, mulheres, podemos opinar, mas a decisão final é deles. – Sulpicia respondeu.

Aquilo era verdade, no começo, eu abaixava a cabeça para decisões de Caius em relação a política. Quer dizer, na minha época, mulheres tinham que ser submissas para o próprio bem do orgulho do homem. O que eu queria e quem era não interessava, nasci em um seculo dificil, havia muitos conflitos na época. Eu era uma simples servente que não tinha noção de nada, meu senhor fez o que bem quis de mim e me deu aos nomades quando eles o atacarão.

Foi basicamente assim que Caius me encontrou: com um grupo de nomades servindo de cortezã e cozinheira. Ele me pegou para ser uma das humanas dele, a parti dali tivemos uma historia sangrenta e nada bonita que acabou nós dois apaixonados um pelo o outro.

De qualquer maneira, Caius me apresentou um novo mundo, mas eu fui criada para abaixar a cabeça e aceitar o que o homem diz (minha sobrevivencia literalmente dependeu disso). Seculos se passaram e eu era outra pessoa, havia aprendido a ter voz com os lideres Volturis, mas eles eram o lideres, eu era apenas mulher de um deles.

-Vocês devem ter odiado o feminismo. - Victoria riu.

-Perdão? - Sulpicia ergueu a sobrancelha, verdade seja dita, ela adorava o movimento feminista até participou.

-Nem me fale. - Caius resmungou para mim, ele por sua vez odiou o movimento.

– De qualquer maneira, eu voto para Bella ser livre. - Victoria rolou os olhos.

-E por que isso? - Aro a olhou curioso.

-Angela armou tudo isso para prende-la, ela quer conflitos entre os vampiros, certo? E Bella é noiva de Edward, não se prende a noiva alheia e fica por isso mesmo, sem contar Nessie que é a alma gemea de Jacob, que acontece de ser um transfigurador seu e isso...

-Entendemos seu raciocínio, Victoria. – Marcus a interrompeu, ela respirou fundo.

-Bem, Fred poderia ficar com ela. – Sugeri pensativa, o pobrezinho não merecia ficar lá embaixo isolado, onde Caius o pôs (por puro ciume de mim, imagine só), era muito mais útil aqui em cima.

– Ele seria um reforço na proteção de Jane. – Caius concordou, secretamente ele se importava com a cria. – E ficaria de olho em Bella.

-Fred nos reportaria sobre Bella, seria vantajoso. – Aro refletiu. – Acredito que temos uma decisão.

-Foi preciso todo mundo junto para decidir, sério mesmo? – Victoria olhou para todo mundo incrédula.

-Oh, não estamos aqui por causa de Bella, e sim por causa de uma certa bruxa chamada Wendy que eu trouxe da troca com os demonios, amorzinho. – Sorri para ela. – Aro acredito que poderia nos explicar o que fizeram com ela.

-Tentaram descobrir onde está seus filhos. – Aro informou. – Sem sucesso, é claro, mas ela está completamente destruida por dentro.

-Quem é essa bruxa? – Victoria nos olhou curiosa.

-A bruxa pertence a linhagem sanguínea que nos transformou em vampiros. - Marcus a explicou. - Uma linhagem antiga e muito poderosa, por isso procuram os filhos dela.

-Então, ela pode desfazer o feitiço que os tornou vampiros? – Victoria arregalou os olhos.

-Bem, não, mas nada é impossível quando se trata de magia, cabeça de fogo. – Caius respondeu. – Não se preocupe, vai descobrir isso no primeiro século de vida. De qualquer maneira, nós prometemos manter todos os descendentes dela a salvo em troca do vampirismo, uma promessa de sangue e magia.

-Como bruxas gostam de se reproduzir, podemos manter nossa palavra. – Sulpicia cruzou as pernas em cima da mesa. – De qualquer forma, onde estão os filhos dela?

-Como o pai de Wendy. - Aro pigarreou, todos o olhamos. - Eles estão perfeitamente seguros, é claro, mas nada é pra sempre e temos que parar esses demonios, eles estão perigosamente pertos de conseguir o que querem.

-E o que seria isso? - Victoria perguntou curiosa.

-Escravizar os vampiros, é claro. - Respondi me fazendo de indiferente, aquilo meio que me assustava, não queria de ficar a merce de demonios. - É um grande negocio ao que parece, nossa raça foi feita para acabar com os demonios, mas da mesma forma que eles podem ser forçados a se dobrar as bruxas o mesmo acontece conosco
.

-Não assuste a jovem, Athenodora. - Sulpicia revirou os olhos. - Não podemos ser domesticados, Victoria, somos forte demais para podermos ser controlados. Os demonios foram assim um dia e cairam graças aos três aqui, Athenodora só se refere que os demonios teoricamente poderiam fazer o mesmo conosco: nos amaldiçoar e enfraquecer a raça inteira.

-Teoricamente?

-Bem, os demonios podem ser rancorosos e se encontrar uma bruxa disposta... - Aro parou por um segundo. - Bem, como Caius disse, nada é impossivel com magia.

Sim, nada era impossivel.

Essa situação deveria ser contida, mas existe a pergunta que está me incomodando desde que isso começou.

Por que os demonios estão fazendo isso agora e não duzentos anos atrás?

Edward P.O.V

Bella estava deitada, olhando para o teto e brincando com os cabelos, seus pés se encontravam confortavelmente em meu colo. Nós dois estávamos jogando um jogo que ouvi na mente de um psicólogo. Ela falava algo e eu retrucava com a primeira coisa que vinha em mente, então ela rebatia e assim por diante.

Parecia tolice (e era provavelmente) mas era até que divertido.

-Lar. – Respondi me lembrando de quando via o por do sol nos vinheiros com Beatrice, éramos apenas crianças na época.

-Amor. – Olhei para ela curioso, Bella também me olhava atentamente.

-Paris.

-Casablanca. – Ergui as sobrancelhas divertido.

-Sempre teremos Paris. – Citei e ela riu acenando coma cabeça. – Quem diria que você teria visto esse filme.

-Classico é classico, Edward e acredite ou não eu sou uma garota romântica. - Comentou desdenohsamente, então puxou os pés do meu colo e se sentou ao meu lado. - Por mais aliviada que esteja por não estar aqui sozinha, por que você ainda não foi embora? - Seus olhos chocolate pareciam querer ler minha mente. – Sei que tem outras coisas para fazer, então por que perde o tempo aqui? Quer dizer, você está aqui a três horas ou algo assim.

Quatro horas e treze minutos, na verdade. - Pensei comigo mesmo, decidi não corrigi-la em voz alta.

-Eu sou um vampiro, Bella, resolvo minhas coisas em uma hora e tenho 23 horas livres, é um tanto desanimador. – Algo nos olhos dela escureceu.

-Então, basicamente sou seu entretenimento?

-Não, você é aquela que acaba com minha solidão. – Revirei os olhos dramaticamente. – Sabe aquela frase: Já ficou em um lugar com mais de mil pessoas e se sentiu completamente sozinho? Tente ser um telepata e saberá a definição literal dessa palavra.

Ela me olhou pensativa.

-Como é que você tem amigos? – Ela perguntou de repente. – Quer dizer, ninguém pode esconder nada de você, principalmente as opiniões ruins.

-Eu tive tempo para me acostumar, no começo foi dificil, hipocrisia é estranhamente normal. Na verdade, demorei três anos para encontrar alguém que considerava um amigo fora Esme e Carlisle.

-Mas e sua família?

-Eles são minha família, eles não só pensam mal de mim como falam em voz alta.

-Então, o fato de não ler meus pensamentos deve te incomodar pra valer.

-Sim, mas eu gosto da experiência. – Ela me olhou. – Dá um certo alivio não saber tudo sobre você. É o que faz ser tão interessante ficar perto de você, na verdade.

-Sério?

-Sim, o fato de não ler seus pensamentos me instiga a querer te conhecer e isso é algo que não faço a muito tempo. Acho que fiquei acostumado demais a me sentar no canto e julgar as pessoas pelos pensamentos.

-Julgador e pretensioso, isso soa como você. – Ela concordou solene.

Olhei para seu sorriso provocador, meu primeiro impulso foi me inclinar e tirar aquele sorriso com um beijo, mas me segurei, não éramos mais envolvidos fisicamente. Isso era ruim, eu me acostumei a tocá-la, a ser intimo ao seu redor, Bella só dificultou a minha vida.

E ainda tinha aquela historia de tentar transar com outros.

Eu tinha que admitir parte de mim até gostava dessa historia de cela, ao menos a seguraria nesse sentido. Mas não seria para sempre, Alice disse que iria cuidar disso quando falei com ela pela ultima vez.

E então, quando ela saísse, eu teria que lidar com meus instintos mais animalescos, já que eu tinha a mordido e parte de mim (a mais vampirica e selvagem) a clamava como minha. Terei que conter meus próprios impulsos e arranjar uma distração, tinha me acostumado demais com Bella.

Espantei esses pensamentos para longe.

-Eu lembro que você me fez uma promessa de não guarda segredos de mim, por que ao que parece minha confiança é importante para você.

-Sim... - Olhei-a desconfiado.

-Mas você não pediu para que eu fizesse o mesmo em retorno...

-Eu queria sua confiança, Bella, não achei justo pedir nada em troca. - Dei de ombros.

-Isso não soa justo e me parece impossivel. - Ela me olhou serenamente. - Por isso eu te libero da promessa de sinceridade.

-Da onde veio isso? - Perguntei intrigado.

-Eu gosto de saber que temos um relação realistica basiada em mentiras, verdades e segredos. - Observei-a por um momento, ela parecia perfeitamente casual com a cabeça contra a parede. - Só estou nesse exilio por um dia e já estou mais sábia. - Ela murmurou erguendo as sobrancelhas para si mesma.

-Você acabou de me dizer que eu posso mentir e conspirar contra você o quanto quiser, isso não soa muito sábio. - Ergui as sobrancelhas para ela, Bella me olhou por um instante, então inesperadamente sorriu. - O que?

-Você tem mais duzentos anos e lê pensamentos... - Franzi o cenho. - E ainda assim não consegue entender uma coisa tão simples.

-Logica feminina não é simples, Bella. - Olhei-a na defensiva. - Agora que tal me esclarecer?

-Hum, nah... - Negou com a cabeça ainda sorrindo. - Um dia você vai entender.

Abri a boca para pressiona-la, mas alguém bateu na porta empolgadamente.

-Vocês estão pelados?! - Ouvimos Nessie através das batidas.

Bella se levantou revirando os olhos.

Emmett P.O.V

-Droga! - Praguejei me jogando sobre Rose e protegendo com meu corpo.

Isso não deveria acontecer, explosões não fazem de feitiços do silêncio! Eu tenho quase certeza disso, mas como explicar o caso de Nicolas?

As bruxas ao redor pareciam chocadas e assustadas, Jane já estava ao lado de Nicolas em panico. Caia cinzas no ar devido a explosão que acabou de acontecer.

Quando as senhoras bruxas tentaram quebrar o feitiço, um circulo de fogo subiu ao redor dele, as folhas começaram a rodar ao redor, o tempo fechou sinistramente e a terra rachou.

Meus instintos dispararam na hora e eu pulei em direção a minha amada loira.

-Que merda foi essa? - Exclamei revoltado para as bruxas.

Eram uma das nossas aliadas, Sue era excelente, mas era afiliada aos Volturis e esse assunto era estritamente dos Cullen, mesmo Jane sendo cria de Caius o problema não era com ela e sim com o maridinho lobisomem dela.

-Alisha? - Rose se ergueu ao meu lado com o cenho franzido.

A mulher mais velha pisou se aproximando de Jane e Nicolas, que estava inconsciente. O cenho franzido dela não me agradavel, ela tinha uma conexão psiquica excelente, que a fazia saber de coisas que as outras bruxas não faziam ideia.

-A vampira também está celada. - A bruxa falou cautelosa, Jane a olhou enquanto segurava Nicolas quase em desespero.

-Celada?

-O que bloqueia eles é algo além do meu poder. - Alisha suspirou para nós dois. - Honestamente, é além do poder da maioria dos bruxos, isso é magia antiga. - Ela olhou para Jane e Nicolas no chão como se não tivesse certeza se fossem reais.

-Diga o que sabe. - Rose mandou se aproximando do casal.

-Foi celado o silêncio com os quatros elelementos: fogo, agua, terra e ar. - Ela olhou para Nicolas e Jane. - Mas para ficar sobre esse feitiço, se deve concorda com o contrato.

-Então ele está assim por que quis? - Ergui as sobrancelhas.

-Basicamente. - Concordou solene.

-Você disse que Jane também está celada? - Rose a olhou erguendo a sobrancelha.

-Posso sentir sobre os dois, agora que se manifestou.

-Jane? - Nós dois nos viramos para Jane que abriu a boca, mas algo pareceu a impedir.

-E como se quebra isso?

-Um coven é necessario.

-Que otimo! - Exclamei sarcastico.

Covens não são tão comuns assim, só são feitos entre familias mais tradicionais, na verdade, como a familia de Bella: os Karlec.

-Você sabe quem causou isso? - Rose perguntou.

-Eles morreram a muito tempo atrás, o clã deles foram disimados, não fazia ideia de que havia sobreviventes. - Ela olhou interessada para o casal, Nicolas dava sinais de acorda. - Acredito que o nome era Tulekahju. Dizem que quatro bruxos e bruxas criaram o clã, o objetivo deles é desconhecido.

-Eles são um mito. - Rebati incredulo. - Não se tem provas da existencia deles, apenas rumores, e não eram um clã e sim uma organização secreta.

-Nessa altura do campeonato, nada é impossivel, Emmett. - Rose suspirou. - Eu não posso desfazer a hipnoze de Jane por que só quem fez pode desfazer, e não sabemos que é, ao contrario de Nicolas. - Suspirou se aproximando ainda mais do casal. - Parece que eu vou ter que chamar ajuda.

-Você quer dizer...?

-Sim, Emmett, eu quero dizer o clã vampirico das Amazonas. - Rose me cortou. - Zafrina, Senna e Kachiri.

Carme P.O.V

-O que você fez? - Suspirei olhando para a floresta ao redor, era muito perigoso se encontrar com Eleazar, mas ao que parece era urgente.

Obviamente, não era tão urgente.

Ele meio que descobriu o que eu fiz com Ariadne e Selene.

Que eu tinha as traido quando descobri que iam matar Sulpicia. Eu simplesmente não poderia deixar aquilo acontecer, ela não fez nada e elas passaram do limite.

Na verdade, as coisas já se decontrolaram completamente. As Fenix não são algo com que se brinca.

Eu entendo o por que de Eleazar estar nervoso, eu estou no livro vermelho delas.

-Elas são loucas, Eleazar. - Repliquei tentando faze-lo entender. - Você sabe o que Ariadne e Selene estão aprontando afinal de contas? Por que eu não faço a menor ideia.

-É para a nossa segurança, nossos pensamentos não são seguros.

-Isso é uma desculpa! Elas queriam matar Sulpicia, a mulher de Aro Volturi e para que? Que bem isso traria a não ser um Aro sem coração e indiferente, exatamente como Marcus?

-Você está se escutando? Aro é praticamente um ditador!

-Acontece que o mundo que vivemos em paz escondidos com bilhões de humanos só existe por causa dele, ou você acha que os vampiros existem há milênios e não dizimaram a humanidade por pura bondade? A resposta é não! Existem regras e elas só são repeitadas por causa dos Volturis, principalmente por causa de Aro que é o unico que realmente se importa com isso.

-Houve outros antes de Aro, Carmem, a dinastia Tulekahju fez certa vez...

-Os Volturis e o clã Tulekaliju tem diferentes tipos de poderes, um mantem sob controles as criaturas e o outro protegeu o mundo, bem, era assim até eles serem atacados seu amado clã Romeno.

-Carmem, as Fenix são forte o suficiente para derrubarem os Volturis.

-Não, elas não são. - Rebati rosnando. - Caso contrario estariam no controle e os Volturis estariam mortos.

-Não é tão simples assim Carmem.

-Mas...

-Carmem, você precisa prestar atenção no que está dizendo, elas te contaram tudo, certo? - Congelei por um instante. - Tudo o que elas estão fazendo é evitar que o pior aconteça.

-Eleazar...

-Isso é maior que nós dois, querida, vamos morrer se não tivermos cuidado. - Ele segurou meu rosto, olhando em meus olhos, pude ver certo desespero ali. - Você não poderia ter feito o que fez.

-Aquilo foi sobre vingaça, Eleazar. - Rosnei inconformada. - Aro me fez de mensageira a elas, ele sabe quem elas são. - Ele franziu o cenho. - Precisamos saber o que está acontecendo, Safira era a unica ali que tinha algum credito comigo, mas ela foi morta...

-O que?

-Bem, não exatamente um morte definitiva, elas tem uma adaga que anula o poder que nos mantem vivos e Safira foi levada por Marcus Volturi a pedido de Ariadne.

-Onde ele a pôs?

-Não sei, era para eu ir com ele, mas Marcus a tomou de mim e sumiu, não consegui rastrea-lo. - Suspirei me sentindo exausta, o que eu não daria por boa e longa noite de sono... - Tudo o que sei é que ela está por aqui em algum lugar.

-Por que eles neutralizariam Safira?

-Eu não sei! - Deixei meus ombros cairem. - Tudo o que eu sei é que tem algo seriamente errado nessa historia.

*Referência de Victoria ao filme O exorcista. O nome da garota possuida era Regan.


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Notas finais do capítulo

Pessoal!!!! Eu sinto muito pela enoooorme demora! Eu simplesmente não mereço todo o carinho de vocês, sério mesmo
Do fundo do meu coração: Obrigada!
Agora chega de melação, aqui está o preview:
"[...] - Eu sempre quis saber como é ter irmãos, mas desde Charlie... Renné não se envolveu com alguém de verdade.
-Ela casou, não? Perguntou intrigada.
-Sim, mas... Eu não sabia que ela tinha um namorado na época em que aconteceu tudo isso. Apontei para mi mesma para me referir a parte demoníaca da minha vida. Quando voltei meses depois ela era recém-casada.
Olhei para a minha mala refletindo o quão triste eu estava soando, era melhor parar, eu não queria a pena de minha tia só uma relação saudável entre tia e sobrinha.
-Como você...? Ela se parou, olhei-a curiosa. Charlie explicou a situação entre os Cullen, o falso noivado. Me senti tensa. Mas eu observei vocês essa semana, não há absolutamente nada de falso nos dois."



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