Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 35
The shame of secrets


Notas iniciais do capítulo

Eu sei, faz um tempinho, mas agora estou aqui =)



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Capitulo 34

Eleazar P.O.V

02:27 a.m

Respirei o ar puro da noite, enquanto observava o céu. Era mundo enorme o que tinha lá fora e ainda assim cá estou preso em um divida.

Voltei meu olhar para a pasta em minhas mãos, eu estava encarregado de descobrir quem havia matado esse vampiro, obviamente já sabia quem era, nada real desafiador.

O problema era que essa assassina não deveria estar fazendo isso. Não me importava com ela, muito menos com a "vitima", mas por que esse vampiro? Havia algo subentendido ali, tinha que a ver...

—Ainda nisso? - Ouvi a voz de Kiara atrás de mim.

—Você não deveria entrar em meus aposentos. - Respondi rudemente.

—Então não deixe a porta aberta.

—Como se isso fosse para-la. - Torci a boca insatisfeito.

—Agora, estou magoada. - Zombou em tom baixo, ouvi seus passos pelo quarto, ela parou perto da lareira. - Descobriu quem matou Klaus?

—É complicado, já que Klaus tinha um lista grande de interessados em mata-lo. Ele tentou bater de frente até mesmo com Edward Cullen meses atrás.

—Por causa da noiva dele, não? Eu ouvi rumores sobre ela ser uma coisinha extraordinaria. Estou surpresa que os Volturis a deixem escapar para os Cullen tão facilmente.

—Isabella não é uma Volturi, ela é filha de um membro, existe uma diferença. - Comentei ainda observando o céu. - O que quer?

—Estou entediada. - Deu de ombros. - Nada mais foi o mesmo desde que minha querida protetora sumiu.

—Sasha sumiu ano passado, deve estar morta por agora inclusive, já devia ter superado.

—Eu não tenho nada a superar, apenas não é tão divertido sem ela para brincar.

—Você quer dizer tortura-la psicologicamente. - Rebati grosseiramente, Sasha era uma criatura cheia de vida, como se tivesse luz propria, mas Kiara sempre tentava coloca-la para baixo a criticando até o limite.

Me pergunto se Sasha defenderia Kiara se a mesma entivesse em perigo. Me irritava saber que a resposta era sim, a aquela garota era boa demais para o seu proprio bem e bonita também.

—Você tinha uma queda por ela, não? - Kiara zombou. - Sasha o fez esquecer sua amada Carmem? - Perguntou maliciosamente.

Travei a mandibula me contendo, ninguém nunca seria capaz de me fazer esquecer de Carmem. Eu venci o poder de Chelsea por Carmem no final de contas.

Porém, eu quase desejo que alguém fosse capaz de arrancar meus sentimentos por ela, na verdade. Na situação que me encontrou, seria mais facil esquecer o gosto da pele dela, ou o quão suave era seus cabelos castanhos, ou como os labios dela eram macios... Eu não precisaria me preocupar com a possibilidade de nunca mais ver seus olhos brilhando para mim, ou ouvir seu riso, ou ouvi-la dizer meu nome daquela forma tão calorosa e doce...

Sim, as coisas seriam mais faceis, menos dolorosas também, mas não abriria mão desse sentimento por nada no mundo, mesmo que cause tanto dor por estar separado dela... As lembranças com ela fazem tudo valer a pena.

—Hey? Está me ouvindo? - A voz irritada de Kiara me tirou bruscamente dos meus pensamentos.

—O que foi Kiara? - Finalmente me virei perdendo a paciência.

Ela abriu a boca para provavelmente me dar uma resposta venenosa, mas congelou ao ouvir o uivo que cortou a noite.

Edward P.O.V

Sai da escola e me encostei na escada completamente entediado, sinceramente, não tem absolutamente nada ali que eu já não tenha visto em algum outro lugar, ou na mente dos outros.

Olhei ao redor, não chovia (uma trégua, depois da manhã inteira). Nessie conversava com Jacob encostada no carro, a linguagem corporal dos dois era obvia, assim como os pensamentos.

Jacob pensava deveria parecer um idiota por estar falando de carros e Nessie se achava estupida por não saber nada do que ele falava. Ainda assim, Jacob mantinha a pose e Nessie ria maravilhada como se entendesse cada palavra.

Revirei os olhos, sentimentos no geral era bom de se sentir, estranho de se olhar de longe. Ah não ser que seja um ser do sexo feminino em um momento agua com açúcar.

—Hey, Edward. – Emily passou por mim com uma das outras bruxas, Pam, sorri para elas, as duas me olharam por momento antes se virarem.

Pam não conseguia segurar a língua, então quando estavam do outro lado do estacionamento ela cochichou que era bonito demais para o bem de sua saúde, Emily deu um risinho e concordou.

As duas olharam sobre o ombro e eu disfarcei olhando ao redor como se nem soubesse da existência delas.

—Você não vai mesmo dizer o que ele pode fazer?

—Eu mantenho minhas promessas. —Emily disse.

—Sim, sabe-se lá o que vampiros fazem se quebrem promessa, certo? – Emily franziu o cenho para ela, parecendo não pensar nisso antes. — Deuses! Quem é aqueles?— Perguntou em tom urgente.

Virei minha visão para seus pensamentos, ela observava Marcus e Victoria perto do carro da segunda. Os dois conversavam em tom baixo o suficiente para nenhum vampiro ouvir, mas eu dei uma espiada e soube que conversavam sobre a nova situação dela.

Voltei meus pensamentos para Pam, que achava Marcus muito lindo (torci o nariz com essa) e se perguntava se tinha alguma chance perto da ruiva vampira.

Dei uma risada baixa, Pam parecia parti do principio que Victoria e Marcus eram envolvidos. Para mim, que conhece Marcus há anos, isso é simplesmente bizarro demais.

Apesar de que seria interessante, Marcus sempre foi muito frio, quem sabe Victoria consegue tira-lo um pouco do sério.

Isso certamente seria interessante, preciso falar com Alice sobre isso...

—É Victoria, ela virou vampira recentemente. – Emily respondeu em tom hesitante.

—Aquela é nova integrante dos Volturis? Isso significa que aquele ali ao lado dela...?

—Um Volturi? Não sei, ele parece muito...

—Bonito? – Pam sugeriu.

—Novo. – Emily olhou-a divertida.

—O que está fazendo aqui? – Bella apareceu na minha frente, me endireitei da minha posição apoiada na escada imediatamente e pigarreie.

Eu não esperava ela chegando assim tão de repente, senti como se tivesse sido pego com a boca na botija.

—Nada, só te esperando. – Sorri dando de ombros, ela me olhou de cima a baixo com os olhos estreitos.

—Que fofinho, eu poderia ter acreditado nisso, senhor. – Comentou passando por mim, a segui rapidamente.

—Eu estava fazendo isso. – Argumentei dando uma risada.

—Sim, Edward, você não tem nada melhor para fazer do que ficar me esperando feito um cachorrinho. – Revirou os olhos cética.

—Quando você coloca desse jeito me faz querer negar tudo. – Torci o nariz para ela. – Mas sim, eu estava esperando minha adorável namorada sair da aula de ginastica, o que me lembra. – Agarrei seu braço, ela tentou puxar, mas eu obviamente era mais forte.

Observei sua pele branca, para um olhar humano pareceria perfeitamente bem, mas eu podia ver o leve inchaço que sumia mais a cada segundo.

—Como sabe que quebrei o braço?

—Mike não tirou os olhos de você. – Revirei os olhos enojado. – Percebi sua careta, enquanto ele olhava para suas coxas. – Ela parou e me olhou. – O que?

—Tem coisas que eu prefiro não saber, ok? – Enroscou o braço praticamente curado no meu.

—De qualquer maneira, como ele está?

—Deplorável, eu provavelmente vou cair no berreiro quando entrarmos no carro. – Apoiou a cabeça no meu ombro. – Você por acaso não tem aquela musica "All by myself", tem? Combinaria perfeitamente com o meu estado de dor profunda. – Se armou com uma cara de coitada.

—Tudo bem, eu entendi, não me importo mais com você. – Abri a porta do carro, Jake conseguiu convencer Nessie a ir dar um passeio de moto.

—Isso é um terrível mentira. – Bella me olhou cética. – Hey, onde está Nessie? –Perguntou enquanto eu dava a volta no carro.

—Jacob está a levando para La Push, vão provavelmente ter um momento romântico na praia.

—Isso é seguro?

—La Push é a reserva dos transfiguradores. – Sorri para ela a tranquilizando, ela torceu a boca pensativa. – Que tal irmos ao hotel onde estou morando? – Esme tinha me ligado pedindo que eu passasse lá.

—Por que? Vai querer me fazer outra serenata? – Perguntou com um sorriso zombeteiro.

—Hey! Aquilo veio diretamente do meu coração para o seu, mostre respeito. – Franzi o cenho para ela, Bella colocou a mão na boca, seus olhos lagrimejaram tamanha foi a risada.

—Oh Deus! Isso foi tão romanticamente brega e não você. – Comentou antes de começar a rir baixinho, de alguma forma aquilo virou uma enorme risada.

Revirei os olhos controlando o sorriso, a risada dela era contagiante, fazer o que?

Mas espera ai.

—Por que você insisti dizer que eu não sou romântico? – Perguntei tirando o carro do estacionamento.

—Por que você não é?

—Então você não me conhece. – Rebati ofendido. – Eu sempre levei flores para a mulheres que eu cortejava, e joias, passeios românticos a luz da lua.

—A luz da lua? – Ela ergueu a sobrancelha. – O que fazia com as pobres senhoritas no meio da noite, Edward?

—Coisas muito românticas. – Olhei-a com um sorriso maroto. – O que nos leva ao meu ponto: eu sou romântico.

—Me dê um exemplo de algo romântico que você fez? Realmente romântico, ok?

—Sabe aquela musica que eu toquei no piano e você achou bonita? Bem, eu escrevi aquela musica de ninar para uma mulher. – Respondi impulsivamente, ela me olhou com os olhos arregalados. – Eu observava seu sono quando me veio inspiração. – Dei de ombros.

Ela ficou em silencio por alguns instantes, apenas piscando para mim.

—Então, essa sua mania assustadora de ficar olhando os outros dormi não é de hoje... – Comentou, dei um sorriso para ela.

Bella nem sequer imaginava que ela era a mulher que dormia quando me veio a melodia.

Ela foi minha musa inspiradora.

Victoria P.O.V

—Então Heidi vai ficar comigo? – Perguntei confusa. – Bree não é recém nascida?

—Ela tem um mês, já adquiriu controle o suficiente, por que?

—Não posso, sei lá, ficar sozinha em casa?

—Você vai acabar matando sua irmã. – Respondeu como se estivéssemos falando do tempo, não da morte da minha irmã.

—Ela não fica em casa, só aparece a noite, tem dias que nem nos falamos. – Argumentei, mas ele olhou para cima entediado. – Hey! Tire essa pose, eu estou falando da minha privacidade! – Rosnei para ele.

—É exatamente disso que estou falando, é arisca, se brigar com sua irmã, como disse gostam de fazer, irá mata-la.

—Eu não seria capaz, ela é minha irmã. – Franzi o cenho.

—Victoria, matar um ser humano é tão fácil, que chega a ser lamentável para a espécie deles, você tem que matar alguém para saber. – Olhou ao redor como se procurasse alguma presa.

—Eu não vou matar ninguém, ok? – Estreitei os olhos muito ofendida. – Não sou uma assassina.

—Você precisa de sangue para viver.

—Eu não preciso matar para beber sangue, nós dois sabemos disso. – Rebati vitoriosa.

—Por acaso tem auto controle o suficiente para beber sangue humano fresco e parar? – Parei de sorrir. – Foi o que pensei.

—Você é chato. – Suspirei dramaticamente. – E eu vou para a minha casa, não importa que você tenha vindo aqui para me obrigar a voltar para a mansão. – Empurrei-o para fora do meu caminho e abri a porta do carro.

—Você precisa aprender a obedecer. – Me virei com uma careta, ele tinha agarrado meu pulso e olha só, eu conseguia sentir meu pulso rachando.

—E você precisa aprender a respeitar as damas. – Rebati entre os dentes, eu ainda tinha orgulho próprio.

Não vai ser nenhum vampiro assustador mais velho que Jesus que me fará abaixar a cabeça. Eu prometi a mim mesma a muito tempo atrás e nada, nada mesmo, irá me fazer quebrar essa promessa em especial.

Os olhos dela... – Ouvi o sussurro da amiga de Emily, eu havia percebido o comentário dela, mas não liguei, agora...

—Estão vermelhos. – Marcus respondeu minha pergunta silenciosa e largou meu pulso. Pisquei rapidamente e me virei para entrar no carro. – Você precisa entender que a aquela casa não é mais o seu lar.

Congelei no lugar, uma dor fincou dentro mim, eu sempre tive problemas com a palavra "lar" e ele simplesmente me diz algo.

—E onde seria isso?- Perguntei bruscamente.

—Comigo. – Não fiz questão de me virar, pelo o amor de Deus! Aquilo era uma mentira enorme.

—Por toda a minha existência, certo? – perguntei ironicamente.

—Por toda a sua existência. – Concordou. - Você não é mais humana, Victoria, não pode se dar ao luxo de viver como uma. – E com isso foi embora, pisquei entrando no carro rapidamente.

A primeira coisa que fiz foi colocar minhas lentes de contato. Me olhei no espelho... Marcus me deixou deprimida, vampiro filho da puta! Agora eu não poderia tirar esse pensamento da minha cabeça.

De que eu vivia uma mentira, de que não havia humanidade dentro de mim.

Eu nunca quis isso, droga! Viver para sempre parece legal a primeira visa, mas o preço a pagar me parece alto demais.

Eu não quero me afastar da minha vida humana, eu adoro meus amigos, amo minha irmã, quero ir para a maldita faculdade, por que é pra ser o momento da minha vida.

Que merda! Até ter filhos eu planejei ter, em um futuro bem longe, é claro, mas ainda assim...

—Então você agora gosta dos mais velhos? – Olhei para a janela assustada, era apenas Laurent.

—O que? – Abaixei minha janela.

—Quem era o cara estranho? – Apontou sobre o ombro.

—Procurava o Riley. – Inventei rapidamente. – Ele não sabe que nós dois terminamos.

—Vocês terminaram? – Acenei com a cabeça. – Finalmente! Aquele cara realmente me assustava, aliais, por onde você andou? Faz uma semana que não ouço de você.

—Fugi da minha irmã. – Revirei os olhos, um dos poderes sobrenaturais dos vampiros devia ser mentir. – Você sabe que eu tenho paciência nenhuma com as merdas dela.

—Sim, bem, vamos nos reunir no lugar de sempre lá pelas sete, você vai?

—Claro. – Sorri e ele acenou com cabeça e foi embora, então eu parei de sorrir.

Como raios eu ia comer no bar? Marcus me explicou que eu não sinto fome, nem sono mais.

Bem, comer não vai me matar, só não sinto vontade de comer, só isso.

Eu posso lidar com isso.

Jane P.O.V

Observei as fotos dos documentos passados pelo detetive, era tanto arquivo que eu ainda estava imprimindo, enquanto olhava as primeiras paginas.

Bem, eu era da Bulgária, meus pais vieram de outro lugar entretanto, talvez Ucrania, apesar de ser realmente longe...

Ou talvez eu fosse descendentes de vikings.

Bem, eu não poderia saber, não mantínhamos registro desse tipo de coisa. O que eu me lembro é que o castelo da condessa tinha registrado os empregados e lá estava a imagem do livro:

Joanne de Ludolf.

Ludof era o nome do meu pai? É realmente triste não me lembrar disso, minha família é uma memoria falha na minha cabeça.

Suspirei colocando o papel no montinho ali perto, percebi todos os papeis no chão. Eram imagens das pinturas do castelo e feito lá, a condessa fazia os pintores fazerem o trabalho nos outros para testa o seu talento.

Havia imagens das criadas, é claro.

Observei a mim mesma por um instante, eu usava um vestido longo e meus cabelos eram na altura da cintura, mas eu usava uma trança. Me sentei no chão e observei as outras imagens, eu quase podia ver aqueles momentos... Como um sonho.

Como...

Franzi o cenho quando vi uma coisa em uma das fotos dos documentos antigos do castelo.

Que porcaria era aquela?

Abri a boca indignada.

Fiquei dois segundos inteiros assim, completamente chocada.

Então fechei a boca sentindo uma grande onda de raiva me invadir. Ergui os olhos e expandi minha audição, eu reconheci o som do coração de Nicolas imediatamente.

Me levantei e segui o barulho em minha velocidade máxima, bati na porta do sótão, ele gostava de ficar lá por algum motivo estupido.

—O que foi? – Ele perguntou com um sorriso quando abriu a porta.

Rosnei e o empurrei escada abaixo, ele me olhou surpreso e se ergueu rapidamente. Infelizmente, foi rápido o suficiente para me segurar quando saltei as escadas em sua direção.

—Hey! – Ele exclamou abafadamente, mas eu atingi seus ombros com meus punhos e ele me soltou contra parede.

Apenas o olhei e ele ficou vermelho com a dor que lhe proporcionei. Estreitei os olhos ao percebe algo lutando de volta contra meu poder, mas eu estava com raiva, muita raiva. Lutei aumentei a potencia e ele caiu de joelhos.

Eu vou fazer Nicolas gritar perante mim.

Carmem P.O.V

Bati na porta.

—Pode entrar. – Ouvi a voz de Athenodora, ela tinha me chamado.

Já tinha me recuperado e voltado para a mansão Volturi. Estava tudo indo bem, eu observando e...

Bem, agora estou olhando para Athenodora e a sua nova criada Bree.

—Sim? – Olhei para ela hesitante.

—Gostaria de saber se está bem... – Athenodora me olhou com um sorriso

—Em perfeito estado. – Sorri para ela, acenou com a cabeça.

—Me diga, por que lutou contra elas? Você não tem chance, sabe disso... – Estreitou os olhos para mim.

—O que quer saber? – Perguntei tirando minha pose de submissa a madame Volturi. Bree me olhou quando ouviu meu tom, mas desviou rapidamente para baixo, ao menos essa menina tinha um pouco de bom senso.

—Por que atacaram Sulpicia?

—Aro não lhe disse? Ele provocou isso me fazendo de mensageira. – Perguntei sarcástica, ela me olhou por alguns instantes.

—Por que enfrentou as Fenix? Sulpicia não é de seu clã.

—Vocês são aliados aos Cullen, cabe a qualquer Cullen ajudar um Volturi, ainda mais uma líder...

—Mulher de um líder. – Ela me corrigiu secamente.

Ninguém realmente sabe o motivo, mas Athenodora não gosta de Sulpicia.

—Me parece o certo, desde que eu estou representando todos os Cullen aqui dentro.

—Você pode morrer, ou pior, seu marido. – Athenodora comentou. – O que faria se algo acontecesse ao seu marido?

—Ex-marido e por que quer saber?

—Por que houve um ataque aos Romenos. – Athenodora respirou fundo, congelei no lugar. – Os Cullen vão saber a qualquer instante, provavelmente já sabem, mas preferi dar a noticia eu mesma.

Cai na cama chocada, Bree rapidamente me entregou um copo de sangue, contive o impulso dos meus olhos de encherem de lagrimas da melhor forma que pude.

—E qual é o resultado?

—Não descobriram nenhum sobrevivente ainda. Não sabem se foram lobisomens, ou demônios, talvez os dois.

—E o que você sabe? – Olhei para ela.

—Sei que não foram elas, foi sutil, sangue envenenado e então tacaram fogo. Antes houve uma luta, por isso não é confirmado que não há sobreviventes. Mas tem chances, boas chances, de haverem sobreviventes, minha querida.

—Oh Dios mio... – Murmurei piscando, eu não ia quebrar não agora, iria guarda isso para mais tarde.

—Sinto muito. – Bree disse em tom baixo, olhei para a garota, uma recém nascida, ainda conseguia sentir o cheiro de humanidade nela.

—Não diga isso, minha jovem, ainda não sabemos de nada. – Athenodora repreendeu a criada.

—Você não acha que elas poderiam...? – Olhei para Athenodora.

—Se vingaria de você? Duvido que seja por isso, muito drástico atacar um clã inteiro, não foram elas, lhe garanto isso.

—Como está a situação?

—Muito ruim para você, Selene está furiosa e Ariadne... – Ela fez uma pausa. – Bem, é melhor não falarmos sobre isso.

—Tudo bem, obrigada por avisar. – Respirei fundo e me ergui. – Agora, eu devo ir se isso é tudo.

—Oh sim, sim, sim... – Fez um gesto me dispensando. – Carmem... – Me chamou quando eu estava na porta. – Obrigada por tentar ajudar Sulpicia, prova sua lealdade aos Cullen e aliança com os Volturis apesar de tudo.

Acenei com a cabeça e sai do cômodo me sentindo entorpecida.

Bella P.O.V

Eu estava olhando meus e-mails, enquanto esperava Edward fazer alguma coisa em algum canto do hotel.

Tinha trazido meu notebook, então estava tudo bem.

O detetive tinha me mandando alguns documentos sobre o quadro dois dias atrás e só agora eu verificava, revirei os olhos com minha desatenção.

Ali estava a lista de pessoas que encomendaram o quadro, me inclinei entediada, não é como se eu conhecesse qualquer uma delas...

Mas Edward disse que conheceu o pintor, talvez ele...

Estreitei os olhos quando li um nome na lista.

Tony Masen.

Me lembrei imediatamente de quando Edward me disse que seu nome era Edward Anthony Giovanni Cabrini.

Tony podia vir de Anthony, e o Masen era o sobrenome da mãe dele...

Tinha que ser Edward.

Olhei para a lista novamente, qual quadro ele encomendou...?

Minha boca se abriu surpresa.

Tumulo sob a neve havia sido encomendado por Tony Masen, mas nunca foi entregue.

Olhei para a porta do quarto de Edward, eu tinha que acha-lo e era agora!

Iria tira satisfações com aquele... Argh!

Sem mais mentiras, ele disse.

Fechei o notebook com força, o que eu ia fazer?

Thomas P.O.V

Suspirei contra varanda, as bruxas tinham me dado liberdade de certa forma. Esfreguei distraidamente minha nova tatuagem, que me faria ser capaz de sair da casa, mas não me afastar.

Meu pai tinha pegado meu corpo, me escondido todo um lado da família e me colocado nessa confusão.

Como nós dois nos tornamos isso? Éramos supostos a ser uma família, ele deveria estar lá para me ajudar sempre!

Não possuindo meu corpo.

Definitivamente não possuindo meu corpo.

—Muito ocupado sentindo pena de si mesmo? – Olhei sobreo ombro, Leah me olhava entediada.

—Eu não entendo alguém que é suposto a me amar, pode me trair desse jeito... – Desabafei, e ando fazendo muito disso ultimamente.

É de se pensar que eu deveria estar na defensiva, cheio de cuspe e palavras feias, mas... Eu não sou assim, não sou manipulador ou malvadão.

Só um pouco tarado, só isso, mas eu sou homem, então não podem me criticar.

—Então somos dois. – Leah se sentou ao meu lado. – De verdade, não entendo por que Seth insiste em ver os malditos filmes dos heróis da DC Comics, ele sabe que eu sou fã Marvel. – Olhei-a incrédulo.

—O que raios você sabe sobe editoras de quadrinhos? Você é tipo uma super espiã que vira lobo, certo? Onde teve tempo para ler HQ?

—Internet, o fato de viajar para vários lugares do mundo... – Leah deu de ombros. – É bom ler sobre eles, as vezes me dá a impressão que eu posso estar sendo uma heroína, isso faz as coisas serem mais fáceis, eu suponho.

—Bem, HQ's não vão me conforta agora.

—Eu sei que vou me arrepende de dizer isso... – Leah suspirou. – Thomas, seu pai é nosso inimigo, apesar disso eu não acho que o que ele fez foi para te atingir. Veja bem, você não pode se transforma em um lobo, isso com certeza seria um enorme presente para mim.

—Seu ponto?

—Seu pai poderia ter quebrado a maldição, se for uma maldição.

—Você acha que ele fez eu ter isso de proposito, por que?

—Por que você não teria que se transforma em um lobo, não teria que ser líder, matar e viver olhando sobre o ombro. Eu acho que no fim, seu pai te deu a liberdade e agora se arrepende por tê-lo deixado despreparado e por isso...

—Assumiu meu lugar. – Respirei fundo, ela não deveria estar falando mal dele? – Por que está me falando isso? Posso acabar ficando do lado do meu pai.

—Você não está no lado de ninguém, imbecil, você é um prisioneiro. – Ergueu as sobrancelhas divertidamente. – Mas se quer saber, todos nós fomos criados com valores de lealdade e verdade uns com os outros. Em La Push somos uma comunidade um tanto fechada, que pode contar uns com os outros, mesmo que aja desavenças entre nós...

—Tipo, você com sua prima? – Perguntei, ela congelou no lugar, acho que toquei em um ponto delicado. – O que aconteceu? Ela rasgou suas HQ's? – Perguntei cético.

Engasguei no ar quando senti uma mão se apossar do meu pescoço, então minha cabeça doeu com a força que atingi o chão. Leah havia me empurrado com uma força sinistra e tinha um aperto de ferro em minha garganta.

—Nunca mais zombe de mim, você não tem ideia do que aconteceu, me entendeu? – Acenei sufocadamente. Olhei para seus olhos, eles tinha um brilho amarelado que sumiu lentamente, foi só ai que ela me largou.

—Seus olhos, tinham um brilho dourado... – Observei engasgado.

—Era apenas minha forma de lobo querendo sair, não precisa se mijar nas calças.

—Jacob não faz isso.

—Jacob não tem uma mãe bruxa. – Ela revirou os olhos.

O som de algo quebrando deixou-a tensa de repente. Leah se ergueu e me deixou ali, não sou besta, então a segui rapidamente.

A casa voltou ao silencio estranho, Seth estava na porta da cozinha com o cenho franzido também. Leah pegou uma das facas e o irmão seguiu seu exemplo agarrando um cutelo, eu olhei ao redor e agarrei a frigideira.

Isso foi um movimento triste meu, eu admito. Mas eu não sabia manejar coisas afiadas, então iriamos com as panelas.

Seth apontou para o ouvido e depois para a porta do porão. Leah fez um sinal completamente desconhecido por mim provavelmente usaria como forma de xingamento, mas deveria ser um código dos lobos, por Seth seguiu em frente e rodeou a porta. Leah me deixou atrás dela e ficou parecendo ouvir algo na porta.

Me inclinei tentando ouvir algo, mas nada me veio. Leah esticou a mão lentamente...

—Sim? – Jane abriu a porta bruscamente e os dois esconderam suas armas imediatamente, eu apenas abaixei minha frigideira envergonhado. – O que estão fazendo?

—Ouvimos algo. – Seth respondeu corajosamente.

—Você esperavam que não fizéssemos nenhum barulho? – Jane os olhou cética, nós três nos olhamos.

Foi uma questão de somar sons, Jane e Nicolas lá embaixo, de repente, me senti mais constrangido ainda.

—Nós deveríamos ver filmes. – Sugeri sem graça, os dois me olharam.

—Cadê Nicolas? – Leah perguntou desconfiada, sério, ela não entendeu?

Jane e Nicolas, no sótão fazendo coisas sujas...

—Ele não está exatamente em condições de responder. – Jane sorriu sem dentes. – Se eu fosse você, aumentaria a TV no volume alto e ficaria lá em cima. – Seu rosto não se modificou, o que deixou o sorriso sinistro, assim como os olhos negros.

Um arrepio correu pela minha espinha.

Ela fechou a porta sem deixar Leah tagarelar mais.

—Vamos. – Seth agarrou o braço da irmã e a arrastou para a escada, os segui rapidamente, por que eu não tinha onde ficar e estava curioso.

Cheguei o no quarto de Seth e Leah escrevia algo no papel, Seth respondeu, os dois se olharam e Seth ligou a TV em volume alto enquanto Leah pegava o celular.

Peguei o bloco de notas curioso e li:

Algo está errado.

Devemos chamar o Jake? Ele poderá saber o que fazer, ele esta com Nessie de qualquer maneira.

Tudo bem, eu vou ligar a TV e você o chama, irá abafar o som.

Olhei para eles com o cenho franzido, eles não acreditavam em Jane.

E não podiam deixar que ela desconfiasse, por que se não...

Engoli a seco me lembrando de como ela tratou a outra vampira na cela.

Alice P.O.V

Pisquei abaixando minha xicara de sangue. Eu estava em uma outra lanchonete da cidade, um lugar bem mais calmo, na verdade, queria evitar que Edward visse minhas visões...

Agora, me pergunto o que fez Bella agir assim...

Isso não era o esperado, foi brusco da parte dela fazer algo assim. Mordi a ponta a unha olhando para o bloco de papel pensativa, eu desenhava uma lua nova no céu. Era assim que estaria a noite nesse dia, céu mais ou menos limpo, com estrelas brilhantes e uma lua cheia para fazer companhia.

Era tantas coisas acontecendo, mas eu sabia bem como administrar tudo. Como um jogo de xadrez, Jasper me ensinou a jogar. É irônico, na verdade, acho que ele soubesse em como essa pequena ação influenciaria meu futuro, nem sequer teria pensado duas vezes antes de jogar o tabuleiro no fogo.

Mas era minha decisão me colocar nesse situação e sei que apesar dele sofrer, iria sobreviver. Quanto a mim, bem, eu espero sobreviver.

Suspirei olhando de novo ao redor.

Havia também a pobre Carmem e seu marido espião nos Romenos, eu obviamente sabia do esquema de Edward e Carlisle, apesar deles não faziam ideia. Ainda bem que eu podia controlar meus pensamentos.

De qualquer forma, tudo parece tão horrível, eu só vejo dor e sangue. Apoie o queixo na mão. Como foi que Nana me dizia quando eu era humana?

Ah sim!

Da dor virá a vitória.

Na época eu não fazia ideia do que ela queria dizer com isso... Como poderia? Eu tinha apenas quinze anos.

Respirei fundo tentando esquecer por um instante o que estava acontecendo e o que iria acontecer.

Ver o futuro é uma maldição.

Edward P.O.V

Entrei no quarto rapidamente, parei nomeio do quarto procurando por Bella, tudo o que havia na cama era o laptop fechado dela.

—Oi. - Me virei ao ouvi-la atrás de mim.

Antes que eu pudesse abrir a boca, ela me puxou para um beijo. Eu não esperava por um beijo tão desesperado dela, na verdade, nem esperava alguma ação por agora...

—Da onde veio isso? – Perguntei enquanto sentia as mãos dela tirando minha jaqueta.

—Apenas cale a boca! – Disse antes de voltar a me beijar com brutalidade, não pude deixar de sorrir pela ferocidade da criatura.

Então, senti o gosto do meu próprio sangue em minha boca, me afastei surpreso.

Ela tinha me mordido?

Olhei para Bella e seus olhos azuis-claros e o animal dentro de mim acordou no mesmo instante, ela se aproximou com um sorriso malicioso, enquanto passava a língua pelos lábios.

—Eu não sei da onde veio isso, mas eu gosto. - Comentei olhando o modo predador que se aproximava.

O seu cheiro picante no ar, só me deixou mais excitado.

Não esperei ela vir até mim, empurrei até a parede no outro lado do quarto, arrancando sua blusa rapidamente. Afundei meu rosto em seu pescoço branco delicioso, sentindo o gosto de sua carne. Senti suas unhas afiadas nas minhas costas se arrastando quase dolorosamente, agarrei sua cintura e empurrei meu quadril contra seu ventre a deixando sentir minha rigidez, ela gemeu grudando o corpo ainda mais para mim.

Meus dentes rasparam em sua pele antes dela me puxar para outro beijo, dessa vez envolvendo seus braços em meu pescoço. Minhas mãos desceram de sua cintura para as nadegas, assim a erguendo para o meu colo, ela envolve as pernas na minha cintura institivamente, enquanto aprofundava o beijo ainda mais.

Andei até a cama e nos deitei ali, enquanto tentava puxar a calça dela. Porém, fui bruscamente empurrado na cama. Fiquei agradavelmente surpreso ao vê-la em cima de mim arrebentando os botões de minha camisa ansiosamente.

Me impulsionei para frente sorrindo, enquanto sentia seus dedos por todo meu peito e abdômen. Inclinei-me para os seus lábios, enquanto a puxava mais para mim. Minhas mãos subiram por suas costas achando o fecho do sutiã, mordi seus lábios quanto liberei-a da peça, adorando o som que lascivo que ela produziu ao sentir meu toque.

Comecei o movimento para nos virar, mas Bella colocou suas pequenas mãos em meus ombros e me empurrou contra o colchão com toda a força que tinha. Eu poderia nos virar facilmente, mas fiquei curioso com o que ela faria.

Além do mais, a visão dela seminua em cima de mim era gloriosa.

—Vamos ver o quão bom ficou meu autocontrole depois dessas semanas. – Murmurou se inclinando em minha direção respondendo ao meu olhar questionador.

Senti sua mão se arrastando para o cos de minha calça.

Engoli a seco completamente ansioso pelo o que vinha seguir.

Nessie P.O.V

Empurrei a porta da lanchonete rindo do idiota do Jacob.

—Você pode achar engraçado o quanto quiser, mas não vai mais dirigir minha moto. – Me olhou carrancudo.

—Não poderia, não acho que sobrou algo para contar a historia. – Dei uma gargalhada, ele me olhou revoltado.

Ele praticamente tinha chorado quando a moto voou para frente e eu fiquei para trás.

—Pare Nessie. – Me alertou

—Ok, deixe-me recompensa-lo, vou te pagar alguma coisa para comer. – Disse me sentando no balcão.

—Vamos pedir pra viajem. – Ele disse em tom baixo, olhei-o intrigado. Jake apontou com a cabeça para cima do ombro e eu vi o que ele apontava.

Eram os nossos coleguinhas de classe que acham que nós éramos um casal de assassinos.

Verdadeiro bafafá.

Revire os olhos, para o lobinho.

—Eu quebrei...

—Destruiu. – Me corrigiu, lhe dei um sorriso sarcastico.

—... Destruí sua moto, não vamos sair daqui por causa de um bando de fedelhos cujo objetivo na vida é transar.

—Não é um objetivo ruim. – Ele comentou pensativo.

—Agora você soou como Bella no período de fertilidade. – Brinquei dando um soco em seu braço.

A garçonete chegou e Jake fez seu pedido, olhei-o incrédula, enquanto ele ditava cinco itens da lista com exigências!

—E você, mocinha? – Ela me olhou divertida.

—Nós vamos dividir. – Sorri amarelo, ela acenou entendo tudo, coitada, também ficou assustada. – Você quer me levar a falência? – Perguntei erguendo a sobrancelha quando a garçonete se afastou.

—Amor, eu nem pedi a sobremesa ainda. – Estreitei os olhos para ele, ouvimos um pigarreio e nos viramos.

Era a Glinda! Quer dizer, a Emily, bruxa-poderosa-loira-virgem-e-boa, ao lado dela tinha uma das primas de Bella.

Nome... Hã... Veronika! (com K, chique não?) Sim, ela era a única das primas de Bella que tinha cabelos e olhos castanhos também, como a própria Bella. Edward disse que Veronika foi a mais amigável deles, ela tinha não tinha tanto ressentimento com Bella quanto os outros, algo sobre não ser tão influenciável...

—Olá. – Emily sorriu timidamente.

—Hey, loira! – Sorri simpaticamente, eu não quero ser inimiga de bruxas, ainda mais a Glinda! Eu vi o que as pestes podem fazer, Sue demonstrou muito bem o seu poder com Thomas (pobre Thomas). – Querem se sentar?

—Não queremos atrapalhar o encontro. – Veronika disse apressadamente olhando de Jacob para mim.

—Oh! Isso não é encontro, eu bati a moto dele e estou pagando de volta. – Jacob me olhou, chutei-o debaixo da mesa. Tínhamos quer ser amigáveis, eu não estou afim de bruxas se juntando ao novo movimento adolescente da cidade. Enviei mentalmente.

Insistimos. – Jacob apontou para as cadeiras, as duas se olharam e Emily deu de ombro se sentando.

—Então como vão as coisas com a bruxaria? – Perguntei as duas me olharam. – Quer dizer, eu não acreditava em bruxas tipo o Harry Potter, eu achava que era mais algo sobre religião.

—Esses são os Wiccas. – Veronika respondeu suavemente, sua gentileza era falsa ou sincera? – Elas não nasceram com o dom da natureza tão forte quanto nós, mas ainda podem sentir e fazer rituais para atrair coisas, nada tão direto quanto nossa magia, entretanto.

—Vocês são apegadas a fé como elas?

—De certa forma, mas não do jeito que pensam, temos nossos rituais como qualquer outra religião.

—Em outras palavras: festas. – Retruquei traduzindo o que elas falavam. – Isso ficou interessante. – Sorri divertida, as duas riram. – Hey, tem algo parecido com ritual de fertilidade? Eu li em algum livro de historia certa vez...

Ambas me olharam erguendo as sobrancelhas.

—O que sabe sobre isso, V? – Emily perguntou se virando para a amiga.

—Bem, é um pergunta diferente... – Ela me olhou estranho.

—É que eu estava falando com Jake sobre fertilidade. – As duas me olharam e eu percebi como soava. – Não que eu queira ter um filho com ele. – Ele me olhou ofendido. – Quer dizer... Fazer processo com você é sem duvida atrativo, hã... – Franzi o cenho perdida, que merda eu estou dizendo? – Eu disse que ele parecia com Bella na fertilidade, só isso. A coitada ficava subindo pelas paredes e Jake aqui...

—Eu não estou subindo pelas paredes. – Jacob negou com a cabeça solene.

—Bem, sobre o ritual da fertilidade: bruxas e bruxos tem certo problemas com isso, a magia influencia mais do que o normal e, bem, nós escolhemos parceiros dessa forma.

—O que? – Franzi o cenho incrédula, já Jake não parecia nem um pouco surpreso com isso.

—Pode ser qualquer tipo de criatura, desde humano até vampiro, é como a impressão dos transfiguradores, só que ocorre em uma época mais... – Ela ficou vermelha que nem um pimentão. – Luxuriosa. – Pigarreou constrangida.

—Noooossa. – Abri a boca divertida. – E eu achando que bruxas tinha a coisa da pureza do corpo e virgindade.

As duas me olharam de lado, Jacob me chutou em baixo da mesa dessa vez e a garçonete trouxe a comida.

—Vão querer algo mais?

—Ah sim. – Veronika fez o pedido e Emily também.

A garçonete olhou para a comida na mesa enquanto anotava os pedidos normais das garotas e depois me olhou, sorri amarelo e dei de ombros.

—Voltando, o que vocês fazem com os adolescentes nessa época do ano?

—Esse ritual não é feito a séculos, é algo simbólico hoje em dia, bruxos devem tomar uma poção especial para restringir o efeito hormonal. – Veronika parecia em algum lugar entre diversão e vergonha. – Caso contrario, vão sair procurando o parceiro institivamente.

—E se o parceiro estiver na China? – Perguntei divertida.

—Houve um caso assim. – Veronika comentou pensativa, Emily a olhou erguendo as sobrancelhas. – Ele era casado, mas não tinha filhos, aliais isso só funciona quando se não tem filhos, de qualquer maneira. Ele fingiu que era uma viagem de negócios e nove meses depois teve um filho inglês.

—E que caso é esse?

—Muito tempo atrás, nos contam para aterrorizar e nos fazerem tomar a parti dos doze anos.

—De repente, algumas fazem sentido. – Emily comentou para Veronika que sorriu.

—Então, não havia outra de vocês? – Jacob perguntou mudando de assunto.

—Sim, a Pam, ela foi me buscar na escola hoje. – Emily comentou. – Nós tínhamos um encontro com o coven, agora, estamos esperando ela aparecer.

—Já você, eu não vi na escola. – Comentei apontando para Veronika. – Desculpe, mas eu pensei que você ainda fazia escola.

—Eu ainda curso a escola, só não fui hoje.

—Engraçado, Pam, não está na escola e foi lá hoje, enquanto você deveria estar, mas não estava. – Jacob brincou.

—Vida é engraçada. – Veronika deu de ombros sorrindo sem graça, tinha coisa ai, eu podia farejar no ar.

—Sim, a vida é engraçada, sobre o que estamos falando? – Uma ruiva se sentou ao nosso lado do nada. – Pam, prazer em conhece-los, sejam lá quem for. – Mal nos olhou.

—Eles são Jacob Black e Rennes... – Emily parou franzido o cenho, quase revirei os olhos. – Todos a chamam de Nessie. – Acrescentou timidamente, a ruiva me olhou e vi o brilho de reconhecimento em seus olhos.

—Você é a cria de Bella. – Disse tão secamente que quase soou como uma ofensa.

—Minha mãe é um tópico que eu não vou discutir com vocês, primas bruxas dela. – Sorri falsamente.

—Mãe? – Pam ergueu as sobrancelhas. – O que sua verdadeira mãe pensa sobre isso?

Congelei no lugar com a menção a minha mãe, senti a mão de Jacob serpentear até o meu joelho e me dá um aperto.

—Pam, controle sua língua. – Veronika a ralhou. – Ela está nos tratando amigavelmente, mas não se esqueça...

—Que eu poderia te matar antes que piscasse. – Olhei-a séria, Pam engoliu a seco.

—É mesmo? – Sorri sem humor para ela, ao menos coragem a ruiva tem.

—O que você sabe sobre mim além do fato de ser a "cria" de sua prima? – Ela abriu a boca, mas não saiu nada de lá. – Foi o que eu pensei, agora, me expliquem, vocês podem ver fantasmas? – Era fácil mudar de assunto e sorrir para as elas, e era possível graças ao fato de que demônios tem uma habilidade útil de ignorar as emoções.

—Esses seriam os médiuns. – Veronika respondeu prontamente, ela era a enciclopédia bruxa, fatão. – Nós podemos nos comunicar com espíritos presos a terra, entretanto, mas só através de sonhos podemos vê-los.

—Mediuns são raros, não? – Jacob comentou.

—Quase tão raros quanto clarividentes. – Pam respondeu erguendo a mão para chamar a garçonete. – Sabe, a lei da evolução de Darwin se aplica mais ou menos aqui. Existe uma variação genética no individuo que é transmitida pela família, porém, não tem nenhuma luta entre os "descendentes".

—Então, Mediuns são seres humanos mais desenvolvidos? – Emily perguntou.

—Bem, sim, a mente deles funciona de um jeito diferente, assim como os vampiros, apesar dos últimos serem mil vezes mais desenvolvidos. – Veronika explicou. – Dizem que a memoria é perfeita e não se esquecem de mais nada a parti do momento que passou a transformação.

—E vocês, bruxas? – Perguntei intrigada.

—Nosso dom é ligado ao sangue e alma, podemos transmitir poder uma para os outros antes de morrer, ao contrario dos médiuns e clarividentes, entende? – Veronika respondeu sem respirar. Edward tem razão, ela é a mais amigável.

—Acho que sim. – Disse distraidamente levando uma batata a boca, parei ao ver que estava fazendo, joguei a batata de volta ao prato.

A garçonete chegou e anotou o pedido de Pam e me olhou de novo, sorri de novo e peguei a batata frita de novo.

Uma agitação no fundo da lanchonete chamou a nossa atenção, Victoria tinha chegado e era nitidamente alvo dos olhares, afinal ficou super bonita, quer dizer, ela era bonita antes...

Mas não sobrenaturalmente bonita.

Acho que ela nem se ligou para isso, já que parecia um tanto afobada, era engraçado ver uma vampira tão humana. Acho que eles aprendem a fazerem caras pálidas congeladas com o passar dos anos.

Ela ia se aproximando da mesa e se eu ouvia os comentários invejosos das garotas, Victoria também. Era tão divertido vê-la tentar manter a aparência.

Quer dizer, estão dizendo que ela foi para uma clinica de beleza clandestina na Europa, outras consideram aliens como explicação. As seguidoras de Jessica são bestas mesmo.

Se não me engano foram elas que colocaram o rato morto dentro do meu armário hoje de manhã. Eu não gritei quando vi o bicho lá dentro, primeiro era um cadáver fedido e segundo, pega mal uma demonia gritar por um rato morto.

Então, eu joguei o rato no lixo e deixei quieto.

Esperaria até elas baixarem a guarda, e quando isso acontecesse... Bem, eu ainda tenho que formula meu plano, mas ele será maligno, eu juro!

—Você que tem contatos com os vampiros, pode me explicar qual é a da ruiva? – Pam me cutucou ansiosa, de repente, a garota era uma fofoqueira super ansiosa.

—Victoria?

—Já me disseram o nome dela e que ela era humana até semana passada, poderia nos dizer o que aconteceu? – Jake apertou minha perna em sinal de alerta, coloquei minha na dele para acalmá-lo antes que quebrasse meu joelho.

—Sua... Hã... Avó? Não contou para vocês? Ela não deveria contar esse tipo de coisas?

—Que tipo de coisas?

—Vocês sabem da situação da cidade? – Franzi o cenho, Emily me olhou tensa e negou algo com a cabeça.

—Que a cidade anda sob ataque dos demônios? Sim. Mas queremos saber por que ela virou vampira? – Veronika apontou para a mesa dos popularzinhos da escola, onde se encontrava Victoria tomando coca.

Espera ai... Ela está tomando coca-cola?

—Ai meu deuses, o outro veio também! – Pam disse empolgada para as outras garotas.

—Ele pode ouvir você. – Jacob cortou o barato dela imediatamente, franzi o cenho ainda observando Victoria engolir comida humana como se não fosse nada.

—O que tem a garota pirar um pouco com Riley? – Perguntei confusa com o tom brusco dele.

—Não é o Riley. – Jake olhando para trás de mim, segui seu olhar e visualizei...

... Marcus Volturi.

Entalei na batata que fingia comer.

Ele olhou para mim por um instante e acenou em cumprimento, ergui a mão e acenei ainda surpresa.

O que é isso? Ele cortou o cabelo e ficou social? Cadê a trupe Volturi falando nisso? O líder poderia andar desacompanhado assim?

Estou tããão confusa agora.

—Qual é nome dele? – Pam sussurrou ansiosa, enquanto Marcus se sentava e a garçonete aparecia ao seu lado se ajeitando toda.

—É o que? – Jacob e eu a olhamos estranho.

—O que foi? Ele é bonito! – Nos olhou na defensiva.

Cobri o rosto com as mãos tentando não surta com a bizarrice da frase. Jacob gaguejou um palavrão surpreso.

—Você chocou a comunidade, Pam, parabéns. – Veronika riu sarcasticamente para a prima.

—Mas quem seria ele afinal? Nós o vimos com Victoria, ele a transformou?

—Mintam. — Ouvimos a voz de Marcus do outro lado da lanchonete. O tom de ordem não dava margem para sequer pensar em não seguir o ordenado.

—Sim, ele a transformou, também é um dos nômades dos Volturis, ele foi convocado aqui por conta da situação. – Jacob pigarreou.

—E por que vocês parecem surpresos por Pam estar pirando por ele? – Emily perguntou curiosa.

—Quando conheci-o, bem, a criatura é um cubo de gelo ambulante, tão frio que a beleza obvia acaba não importando. Também há... – Mordi o lábio hesitante, bem, eu não poderia perde a cabeça por falar a verdade, certo?- Há um vazio nele, eu não sei explicar, só sei que é arrepiante.

—Ele também tinha um cabelo grande. – Jake comentou vermelho, quebrando o clima do meu comentário, suspirei agradecida.

—Então, ele tem um trelêlê com a ruiva por isso a transformou? – Pam perguntou interessada.

—Como eu vou saber? A ultima vez que ouvi da vida amorosa de Victoria, ela tinha terminado com Riley e isso foi semana passada. – Dei de ombros.

—Quem é Riley? – Veronika perguntou confusa.

—Membro Volturi. – Jacob respondeu dando de ombros. Nós observávamos quando Marcus se levantou e foi até o banheiro da lanchonete.

O que raios um vampiro faz em um banheiro? Ainda mais um banheiro feminino? Não que eu tenha algo contra os gay, nem seria surpresa se um vampiro de três mil anos fosse do outro time, afinal três mil anos podem o faze-lo enjoar de mulheres...

Percebi a tensão de Jake ao meu lado, olhei para ele e o vi com o celular.

Victoria P.O.V

—O que está acontecendo? – Perguntei enjoada, saindo do sanitário, eu tinha vomitado, cara. Como isso era possível?

—Você comeu comida humana, o seu corpo está rejeitando. – Marcus respondeu com o habitual tom entediado. – Agora, concorda em ir para casa comigo?

—Minha casa é com minha irmã, não com você, ou sua família. – Olhei-o furiosa, eu sentia algo querendo explodir dentro de mim. – Eu estava me divertindo de boa com os meus amigos ali. – Apontei para a porta. – Por que você tinha que aparecer?

—Seus olhos estão vermelhos. – Ele observou apaticamente, me virei para o banheiro e rosnei frustrada, peguei minha bolsa e procurei um novo par de lentes de contato. – Isso não deveria durar mais tempo? Tipo, doze horas? Nós testamos!

—Suas lentes se dissolvem mais rápido por que está expelindo veneno, isso acontece quando fica com raiva. – Ele explicou, congelei no lugar.

Ok, a realidade estava batendo a minha porta.

Primeiro o vomito da comida humana, agora, meu veneno acabando com meu disfarce.

Oh droga! Eu vou chorar!

Apertei a pia com mais força, senti o toque de Marcus me afastei assustada. Era estranho, humanos são quentes, transfiguradores ainda mais, porém, vampiros são mornos.

—Você vai quebrar a pia assim... – Ele me olhou analítico. – Talvez seja melhor sairmos daqui.

—Não! Eu não vou com você, me recuso a perde minha liberdade! – Exclamei dando um passo para trás, me afastando dele, eu me sentia um animal cercado.

Oh credo!

—Eu te dei sua liberdade. – Ele rebateu se aproximando lentamente, não me admira estar me sentindo como um animal, Marcus age como se eu fosse um animal selvagem surtando.

—Você não me deu nada há não ser obrigações, agora, eu faço parte de uma família policial vampírica que tem um zilhões de inimigos! Tudo o que eu sempre quis foi uma vida simples, não era muito, sabe? Então, tudo explodiu e eu virei vampira!

—Isso não é minha culpa, eu não te transformei.

—Eu sei! – Me vire para a parede e tentei soca-la por puro impulso, mas ele segurou meu braço, me soltei bruscamente bufando para ele. – Ainda assim, eu fui livre para fazer o que bem quis até que você me mordeu e me obrigou a tomar seu sangue!

—Com isso salvei sua vida, não seja ingrata.

—Ingrata? Você me acorrentou na porra de uma arvore e me deixou queimar no sol, então tive que fugir com Athenodora por que nos atacaram na floresta. Isso com um dia fazendo parte da sua família! Agora, eu tenho que me manter em alerta a qualquer ataque de demônios. Graças a sua ajuda, eu tenho que olhar sobre o ombro pelo resto da vida e isso será um longo tempo, já que sou imortal.

—Victoria, preciso que se acalme, sua emoções estão em ebulição, não estava vendo as coisas com clare...

—Cale a boca! – Exclamei revoltada, isso ganhou um olhar cético dele. – Eu nunca pensei com tanta clareza, é um dos benefícios dessa nova maldita vida! Será que é difícil de entender que eu não quero ser parte da sua família?

—E o que você quer?

—Liberdade.

—Você tem isso. – Ele disse lentamente como se eu fosse burra.

—Não, eu não tenho. – Agarrei a corrente com o pingente que ele tinha me dado. – Eu sou dependente de você, seu grande estupido! Não posso nem ir para a minha própria casa, eu seria mantida na mansão se fosse por você.

—E seria o certo.

—Para quem? Olha, eu não sou Sulpicia, nem Athenodora, eu não vou aguentar essas merdas de ficar protegida e trancada.

—Elas entendem que é para a segurança delas.

—Não, ela amam os maridos delas e elas não querem que Caius e Aro fiquem do que jeito que você ficou depois de perda sua mulher! – Exclamei raivosa.

De repente, ele tampou minha boca com a mão, a outra circulo a minha cabeça e me forçando a não mexer a cabeça. Tentei me soltar furiosa com o seu gesto, arranhei sua mão com toda a minha força, senti seu sangue fluindo pelo meu queixo. Em resposta, ele apertou o dedos contra minha bochecha com tanta força que eu também comecei a sangrar, engasguei com a dor horrível na pele da minha bochecha e no meu queixo.

Um toque na porta foi se ouvido.

—Victoria?— Era Jessica.

—Estamos ocupados. – Marcus respondeu brandamente, arregalei os olhos e tentei me soltar. Pude ouvir o som do coração de Jessica acelerando, ela murmurou um "ok" e saiu andado rapidamente.

Marcus largou meu rosto bruscamente, me apoiei na pia e olhei para o meu rosto, assisti por alguns segundos o sangue escorrendo das minhas bochechas e as feridas se fechando. Suspirei chorosa, o sangue combinava com meu cabelo e meus novos olhos vermelhos brilhantes.

Era impressionante... Até chorando e suja de sangue, eu era bonita.

Marcus lavava as mãos como se nada tivesse acontecido, o sangue de vampiro não me despertava o apetite e isso eu agradecia. Me pergunto porque disso, quando ele me obrigou a tomar o sangue dele, eu me senti sob efeito de uma droga.

Fiquei me olhando não sei por quanto tempo, até que ele me estendeu um papel toalha húmido e eu o peguei para limpar meu rosto.

—Você tem liberdade, talvez mais liberdade que qualquer outro vampiro recém nascido deveria ter. – Marcus comentou, nem sequer o olhei. – Você está acima da lei por eu tê-la acolhido, Victoria. Além disso, eu não estou a impedindo de viajar pelo país, estou cuidando para que aprenda a se controlar para conviver humanos sem problemas.

Bufei sem ergue os olhos, eu sabia que ele tinha razão nesse ponto, ainda assim era tão mais fácil jogar culpa no vampiro milenar que não sente nada.

Quer dizer, ele é o vilão perfeito. Frio, apático, vampiro milenar

—Eu estou congelada no tempo... – Ergui os olhos para o espelho. – Minha irmã não, ela é a única família que conheci. Nos meus piores momentos ela esteve lá para cuidar de mim, então, eu sei, no fundo do meu ser, que não vou levantar um dedo contra ela. – Olhei-o determinada.

—Sangue tira o melhor de nós, é muito nova para entender... – Me virei para Marcus.

—Ou talvez, você seja tão velho que se esqueceu o que é amar alguém ao ponto de dar a vida por ela. – Ele me encarou novamente, dessa vez pareceu que eu o atingi em algum nivel.

—Alguém terá que vigia-la. – Retive a respiração, ele cedeu?

—Desde que não seja o meu vizinho vampiro estupido. – Dei de ombros, ele me olhou analítico. – Ninguém gosta dos ex-namorados.

— Acha mesmo que foi uma relação de verdade? – Ele perguntou, olhei-o sentindo um gelo preencher meu estomago.

—Você tem algo mais a dizer? – Travei a mandíbula de muito mal humor.

—Sim, você tem que se alimentar constantemente para aguentar conviver com sua irmã, venha temos que ir ao hospital. – Coloquei minhas lentes de contato e o segui.

Apenas quando sai e percebi os olhares da mesa dos meus amigos, que notei como soava a situação toda.

Laurent vai ser o primeiro a falar minha historia do estacionamento para Jessica, e a mesma vai criar um conto fantasioso sobre como eu estou tendo um caso com um homem mais velho. Acenei para eles e apontei a saída com cara de pesar.

Eu juro que ouvi um gemido do banheiro.— Torci o nariz ao ouvir isso.

Perfeito!

Bella P.O.V

Terminei de colocar minha blusa e ajeitei meu cabelo, Edward ia sair do banheiro a qualquer instante.

Eu tinha fingido cair no sono para que ele não me arrastasse para lá.

Me deu tempo para pensar no que ia fazer, e as coisas estavam bem claras.

Eu tinha que tomar atitudes drásticas e tinha desculpas perfeitas.

—Bella? – Me virei para Edward, ele me olhou intrigado e se encaminhou para seu guarda roupa.

Seja corajosa, mulher.

— Posso te pergunta uma coisa?

—Depois das ultimas horas, qualquer coisa. – Respondeu distraidamente, enquanto pegava algumas peças de roupas.

—Eu percebi uma coisa engraçada, você me pediu para ter confiança, mas nunca chegou a mencionar que confiava em mim. – Ele me olhou com o cenho franzido.

—Achei que estava subentendido. – Disse como se fosse obvio. – Por que a pergunta? – Ergueu a sobrancelha.

—Eu acho que você não confia em mim. – Cruzei os braços. - Mas está tudo bem, eu não me importo. – Mordi o lábio me fazendo de hesitante. Mentirosa.

Tenho que vender minha pose, foco Bella. Esqueça que Edward está... Está apenas com uma toalha cobrindo o presente de Deus entre as pernas... Argh!

—Aonde quer chegar com isso? – Se virou colocando a roupa, quase suspirei aliviada.

—Eu... – Torci as mãos nervosamente, eu era uma excelente atriz. – Eu não acho que deveríamos fazer isso de novo. – Disse em um único folego, torci os lábios e olhei para os lados de supetão.

—Isso? – Me olhou confuso.

—Sim... O sexo, sabe. – Olhei-o sem graça.

O que?— Se virou totalmente para mim. Ok, eu tenho a reação que queria.

—Eu não acho que seria saudável para nenhum de nós dois, ainda mais fingindo que somos noivos. – Torci o nariz trabalhando em todo o meu auto controle para não rir do olhar dele. – Além disso, meu autocontrole obviamente melhorou e eu acho que está na hora de testa-lo em outros.

Outros?— Tudo bem, não tem chance de ser queimada viva pelo o olhar de Edward, ele é parente de Esme, mas não tem o dom dela. Se acalme, Bella!

—Eu quero voltar como era antes, você sabe, continuamos amigos e com todo o disfarce, então não se preocupe, ok? – Peguei minha bolsa e me dirigi pela porta.

—Espera ai! – Ele apareceu do nada na minha frente. - Isso está muito mal explicado, você começou a falar de confiança e de repente não quer ter uma relação... – Olhei para ele erguendo as sobrancelhas. –... Física? – Sorri forçadamente, o que eu daria para esganar o idiota.

—É bem simples, meu amor, nossa relação física atrapalha nossa relação de confiança. Eu confio em você, mas não é reciproco.

—Quem disse isso? – Ele pareceu indignado.

Ah sim a cartada final. Ergui o queixo orgulhosamente e disse em meu melhor tom sarcástico:

—Você me disse que conheceu o pintor do quadro, o Sr. Caspar David Friedrich, mas esqueceu do detalhe que foi você quem encomendou o quadro Tumulo sob a neve, Tony Masen. – Eu não pude ler sua reação, mas acho que ele entrou em choque, sorri satisfeita. – E você sabe, eu não posso me casar com alguém que não confia em mim. – Brinquei fazendo beicinho, então passei por ele

Espere ai.— Coloquei o escudo no quarto o impedindo de sair.

Quando sai do hotel respirei bem fundo.

Bem, esse plano não tem como dar errado.

Por que por um lado eu acabei com algo que não teria futuro.

Mas por outro... Se Edward sentisse algo por mim (o que estou completamente confusa se tem ou não) acabei de dar um empurrão para ele percebe esse fato.

Além disso, uma coisa é nós dois termos uma relação puramente carnal, outra é eu por confiança nisso e ele não retribuir. Isso é inaceitável! Se fosse só o fato de que ele não me amasse, eu estaria na boa, o erro foi meu em cair de amores por ele, mas foi Edward quem começou toda a historia de confiança.

E agora eu iria termina-la.

Mesmo que eu não queira.

Pois é... Eu estou arriscando bastante coisa aqui... Mas já estava na hora de tomar alguma atitude. Suspirei me parabenizando com um tapinha mental pela minha coragem.

Meu celular vibrou cortando meus pensamentos.

Emmett P.O.V

—Todas as crianças estão seguras. – Falei para Esme entediado. – A tal Ariadne fez um trabalho bom as escondendo. – Comentei.

—Ariadne?

—Conhecida de Edward, nem me pergunte. – Espichei os pés sobre o sofá. – Como está a situação na Romênia?

—Os lobos tomaram o controle daquelas terras, nenhuma noticia sobre os romenos. – Ela respondeu pensativa. – Eu lamento por Carmem

—Você acha que ela já sabe?

—Athenodora se encarregou de avisar. – Esme suspirou. – E sobre Tanya?

—Você quer falar com Tanya? – Ergui as sobrancelhas.

—Ela e Eleazar foram transformados pelo mesmo vampiro.

—Filipe morreu a quase cem anos atrás. – Revirei os olhos. – Um pouco depois de criar Tanya, na verdade.

—A conexão entre os dois não se alterou por isso. – Esme disse obscuramente.

—Mas você acha que ela seria capaz de sentir a morte dele? – Ergui a sobrancelha.

—Não sei bem, mas Filipe era velho, seu sangue era forte. – Esme me olhou reflexivamente.

Então ouvimos o som de algo lá embaixo, uma comoção, trocamos um olhar antes de descermos.

Edward estava lá com Alice, ele não parecia feliz e Alice parecia cética.

Meus olhos caíram para os nossos convidados...

WOW!

Havia uma mulher, com cheiro estranho mesmo, Eleazar a ajudava segurar Stefan, enquanto Vladimir estava a frente do grupo.

—O que está acontecendo? – Esme perguntou tomando a frente.

—Pedimos que nos acolham. – Vladimir disse polidamente. – Queremos nos juntar a sua guerra contra os filhos da lua.

Poxa! Não faz nem uma hora que o sol se pôs, como eles chegaram tão rápido?

Jacob P.O.V

Paramos com a moto na frente da casa de Bella. Eu não acredito que roubei uma moto do estacionamento da lanchonete, mas a mensagem parecia urgente.

—Onde Bella está? – Perguntei para Nessie quando a mesma saltou da moto.

—Bem aqui. – Nos viramos, Bella estava na calçada nos olhando com os braços cruzados. – Então, por que a urgência? A casa me parece bem. – Olhou para a casa confusa.

Abri a boca para falar, mas olhei para a casa hesitante.

—Ela está nos isolando, lobinho. – Nessie me deu um tapa no braço. – Fale logo!

—Leah acha que Jane está fazendo algo estranho com Nicolas. – Falei de uma vez, Bella fez uma careta de descrença um tanto engraçada.

—Eu acho que ela esta fazendo algo, mas não é estranho. – Nessie acrescentou maliciosa.

—Não há sons na casa. – Bella seguiu para a porta. – Eu acho que eles já acabaram. – Disse dando uma risada.

—Por que está tão alegrinha? – Perguntei curioso.

—Jake, não é obvio que ela estava fazendo com Edward o que Jane estava fazendo com Nicolas? – Nessie revirou os olhos enquanto entravamos.

—Onde eles estão? – Bella perguntou parando no corredor, Leah estava na escada e apontou para a porta do porão, todos seguiram para lá.

Era estranho, estava tudo silencioso lá dentro, eu podia ouvir o coração de Nicolas se me esforçasse, mas ainda assim...

Bella bateu na porta e Jane abriu parecendo furiosa.

—O que? – Disse rispidamente.

—As pessoas estão assustadas com sua falta de barulho. – Jane olhou para nosso pequeno grupo se apertando no corredor.

—Eu acho que deixei claro que não faria som. – Assobiou entre os dentes, o pessoal deu uma encolhida cômica, até eu, vergonhosamente.

Mas em minha defesa: Jane é assustadora pra caralho!

—Aham... – Bella a olhou estreitando os olhos. – E onde está Nicolas?

—Ele não pode...

—Não venha com essa! Você disse isso da ultima vez! – Seth exclamou em um surto de coragem por estar atrás de Leah.

—Tem algo estranho no ar, eu posso sentir. – Leah estreitou os olhos para a vampira loira que se aplumou toda.

Fiquei na frente dos meus companheiros de bando, antes que morressem.

—Jane, apenas chame Nicolas e tudo se resolve. – Nessie bufou.

—Não. – Jane nos olhou irredutível.

—Saia da frente. – Bella disse, as duas se encararam. Arrepiante... – Eu vou entrar nesse cômodo, Jane, eles não.

As duas se encararam por longos e sinistros instantes, até que Jane se moveu para deixa-la entrar. Minha boca foi ao chão, eu nunca tinha ouvido alguém mandar em Jane assim.

Quer dizer, eu não conheço Jane a muito tempo, mas pela fama dela...

A porta se fechou em um estrondo e ficamos ali parados com caras de imbecis.

—Então, Thomas ainda é Thomas? – Nessie perguntou depois de alguns momentos em silêncio, o sótão ficou totalmente sem som agora, graças a Bella.

Eu não sabia se eu ficava decepcionado ou feliz por não poder ouvir o que irá rolar lá dentro.

—Sim. – Ele respondeu confuso.

—Então, nós deveríamos ver TV, eu vou preparar algo para vocês... – Ela disse marchando para a cozinha.

—Eu estou com fome mesmo. – Seth murmurou para nós.

Jane P.O.V

—Então...? – Bella olhou para Nicolas desmaiado no chão. – Se importa de explicar?

—Ele desmaiou alguns minutos atrás. – Dei de ombros.

—Você estava o torturando? – Ela perguntou, ergui as sobrancelhas. – Nessie tem razão, não é realmente tão diferente do que eu fiz com ele. — Bella murmurou para si mesma.

—Como? – Olhei-a intrigada.

—Algo estupido que Nessie comentou. – Bella sorriu e se sentou a mesa. – Então, você o torturou. Por quê?

—Ele... – Apertei os lábios. – Ele me conheceu antes. – Apontei para o estupido lobisomem. – Entretanto eu não me lembro, foi tirado da minha memoria e ele não pode falar sobre isso.

—É a mesma coisa sobre como você não pode falar quem enviou Sasha?

—Agora é Kara e sim, é algo assim.

—Mas porque você surtou e começou a tortura-lo?

—Bem, eu estou com raiva porque comecei a pesquisar meu passado, tentando descobrir por mim mesma...

—E?

—Eu achei uma pintura dele da época conhecido como: Nikolaos Ludolf.

—Isso não signifi...

—Eu era órfã quando me mudei para o castelo, logo não deveria ter sobrenome, mas sou identificada como Joanne de Ludolf. – A boca de Bella se abriu.

—Espera ai... – Ela olhou para mim com os olhos arregalados e depois para o lobisomem desmaiado. – Aquele ali é o seu...?

—Marido? – Completei morrendo de raiva.

—Puta merda! – Bella exclamou se erguendo, então começou a rir, ou melhor, a gargalhar. – Ai meu Deus! Isso é muito hilário. – Ela riu mais forte, se é que isso era possível, e se agachou ao lado de Nicolas.

—Não é engraçado, eu não me lembro dele! – Apontei para o lobisomem. – Por quê?

—Bem, deveríamos quebrar o que o impede de falar. – Ela deu uns tapinhas na cara de Nicolas. – Hey, lobinho acorda, a patroa ta puta da vida. – Estreitei os olhos para Bella. – Você passou a tarde torturando ele?

—E metade da manhã. – Acrescentei apoiando a mão na mesa.

—Ele é seu marido. – Me olhou descrente.

—Mais um motivo para continuar a tentar faze-lo gritar. – Rebati indiferente.

—Tentar? Ele não gritou? – Olhei para o lado me negando a responder. – Jane, você arranjou um verdadeiro macho alfa como marido. – Bella deu uma risadinha zombeteira.

— Pare de dizer isso! – Exclamei bufando escondendo o pânico que reinava dentro de mim.

Nicolas se mexeu no chão, revirei os olhos e olhei para minhas unhas. Bella fez um som de engasgo de repente, ergui os olhos e vi Nicolas apertando o pescoço dela. Me ergui automaticamente, mas Bella reagiu antes, agarrando o braço dele e o virando, ouvi o som do osso estralando.

Os dois rolaram no chão, surpreendente! Será que eu enlouqueci Nicolas?

Olhei-os temerosa, não poderia ter passado do ponto, poderia?

Agarrei a camisa dele e o puxei de cima da Bella, ele me olhou defensivo, mas parou. Olhei-o cautelosa, enquanto estendia a mão para Bella se levantar.

—Qual é o seu nome?

—Nikolaos, mas agora é Nicolas, uma variação para as pessoas não estranharem. – Ele franziu o cenho confuso.

—Ano que nasceu?

—1160.

—Seu sobrenome já foi Ludolf. – Não foi uma pergunta e sim uma afirmação, os olhos dele ganharam um brilho de entendimento.

—Anos atrás. – Concordou me olhando cauteloso.

—E quem somos nós?

—Bella Swan e Jane, ex-volturi. – Pigarreou quando me identificou.

—Ele está bem. – Comentei intrigada. – Achei que poderia ter o enlouquecido com a tortura. – Expliquei ao ver o cenho franzido de Bella. – Por que atacou ela?

—Você pode me culpar de estar um pouco na defensiva? – Me olhou mal humorado. – Você me torturou, por quê?

—Não finja que não sabe. – Cuspi irritada.

—Não, eu não sei, há vários motivos para você estar irritada comigo, Jane, não leio pensamentos, posso apenas controla-los. – Me olhou sarcástico.

—Bem, já que nenhum dos dois vai parar de se encarar com uma fúria infernal, deixe-me esclarecer as coisas. – Bella se intrometeu entre nós. – Ela sabe que é sua esposa. Cara, você está metido em tantos problemas agora, então coloque o rabo entre as pernas.

—Você sabe o que? – A voz de Nicolas falhou no final enquanto me olhava quase desamparado.

—Eu vi sua pintura e eu chequei os registros! Mesmo sobrenome! É isso que queria que descobrisse?

—Não. – Ele me olhou ansioso. – Quer dizer, sim, mas eu tinha esperanças que suas memorias voltassem...

—Tem mais? – Bella olhou surpresa.

—Eu não posso falar, não com ela... – Ele se descontrolou e bateu na mesa, pude percebe que a força vibrou pela madeira.

—Dor claramente vai demorar para acabar com o efeito. – Bella observou para mim.

—Fale com Bella então. – Ordenei exaspera, ele ergueu a cabeça e olhou para Bella.

—Não funciona assim... Mas você pode me ajudar. – Bella ergueu a sobrancelha para ele.

—Eu posso?

—Ela pode? – Olhamos para ele intrigadas.

—Sua família, sua mãe...

Bella o encarou por algum instante antes de parecer entender o que ele queria dizer.

—Oh, entendi...

—Você vê o que? – Perguntei impaciente.

—Talvez eu posso mesmo te ajudar. – Continuou me ignorando.

—Senhores? – Olhei-os completamente sem paciência, ambos me olharam.

—Eu preciso de uma coisa antes, Nicolas vem comigo, eu preciso do meu futuro apagado. – Bella gesticulou para o lobo. – Espere aqui, Jane.

Rose P.O.V

—Como exatamente você vai falar com os Volturis se nenhum deles está disponível? – Perguntei colocando as mãos na cintura.

—Não é possível que todos não estejam disponíveis. – Carlisle revirou os olhos.

—Carlisle, desista. – Jasper aconselhou tranquilamente.

—Eu preciso da informação. – Carlisle rebateu.

—Que informação de qualquer maneira? – Perguntei exaspera.

—Shhhh. – Me calou rispidamente, ele estava se concentrando, tentando encontrar a localização dos Volturis.

Jasper e eu nos olhamos, a habilidade dele era incrível, mas os Volturis não estavam protegidos pelo vampira cujo dom é desilusão?

Quer dizer, nem sempre ela estava "trabalhando", Edward chegou a ouvir os pensamentos de todos os Voltuis mais de uma vez, me perguntou o por que...

Carlisle abriu os olhos e ficou observando um ponto do chão.

—Então? – Jasper perguntou ansiosamente.

—Caius está gritando com alguns vampiros, Aro está de folga e Marcus... – Carlisle sorriu. – Ele está disponível.

—E você acha que ele vai magicamente dividir alguma informação com você?

—Por que não? Ele não se importa no fim das contas. – E Carlisle sumiu da nossa frente, Jasper e eu nos olhamos e seguimos o rastro de nosso líder rapidamente.

...

—Hospital? – Jasper perguntou incrédulo. – Marcus está em um hospital?

—Por causa de Victoria. – Carlisle respondeu, se encaminhando para a recepcionista.

—Dr. Cullen? Seu tur...

—Eu sei, Claude, não se preocupe, preciso pegar alguns papeis na minha sala, esses são meus filhos adotivos: Rosalie e Jasper Hale. – Apontou para nós.

—Oh... – Ela nos olhou boquiaberta, revirei os olhos. – Pode entrar. – Ela gaguejou ao percebe o seu estado deslumbrado.

Sorrimos e seguimos Carlisle pelos corredores. Meu nariz ardeu com o cheiro de sangue e remédio no ar, minha garganta queimou levemente como sempre que eu estava perto de sangue. Rosnados despertaram minha atenção ao sangue, Carlisle seguiu rapidamente até o fim do corredor e arrebentou o trinco da porta.

Ergui a sobrancelha ao ver Victoria com Angela presa na parede, a ruiva parecia com raiva de algo.

Olhei ao redor, mas não havia sinal de Marcus.

— Jasper, ache Marcus, por favor. – Carlisle murmurou sobre a respiração, Victoria nem sequer nos olhou.

Angela continuava a olhar com um sorriso atrevido, enquanto a vampira recém nascida ruiva a olhava com uma carranca que só um vampiro poderia fazer.

—O que está acontecendo? – Carlisle perguntou.

—Quem seria você? – Victoria perguntou rudemente. – Olá, Rose. – Acrescentou com olhos se movendo rapidamente para mim e voltando a se focar em Angela.

—Olá, Victoria. – Cumprimentei suavemente. – Esse seria Isaac Forbes. – O nome saiu da minha boca que eu percebesse, era Carlisle me manipulando. Como ele não fazia com frequência, não me preocupei em lutar contra seu poder.- Um dos vampiros de minha guarda.

As pessoas não conheciam os membros Cullen pelo seu rosto, apenas nome. Nós viemos para a cidade de Forks com a intenção de marca a área como nosso território, por isso Cullen foi o sobrenome usado pela família. Apesar de Jasper e eu usar sobrenomes diferentes e nos passarmos por irmãos, uma medida de precaução caso tenha algum engraçadinho mal informado.

—É um prazer te conhecer Isaac. – Victoria disse distraidamente.

—Eu pensei que o poder dela era inverte o ataque. – Ergui a sobrancelha.

—Mas Victoria não está a atacando. – Carlisle comentou.

—Não, eu não estou, apenas a segurando. – Victoria sorriu para Angela falsamente.

—Você não pode me matar. – Angela rebateu tranquilamente. – Sou filha da generosa família Webers de Forks, além do mais, vim conversa com vocês, sabe pacificamente. – Piscou para nós.

—Não tinha como saber que estávamos vindo. – Mexi minha boca novamente contra minha vontade, era Carlisle falando através de mim. Eu era a líder dele aqui.

—Alguém avisou sobre a ruiva. – Angela olhou para Victoria. – E um certo companheiro masculino, eu suponho que seja Marcus, não?

—O que quer? – Olhei sobre o ombro, Marcus estava atrás de mim, credo! Dá onde ele surgiu que eu não ouvi?

Angela lhe piscou um sorriso malicioso.

—Você tem algo nosso e nós temos algo seu, que tal uma troca?

—Como assim algo meu? – Marcus pisou para dentro.

—Lhe entregamos uma certa bruxa chamada Wendy, se nos der Thomas.

Oh merda!

—O que te faz achar que iriamos querer uma bruxa?

—Nós sabemos bem quem ela é, poupe o teatro. – Angela piscou um sorriso sem dentes. – Srta. Schlosinski e um de vocês tem uma historia, não?

Olhei para Marcus, ele parecia tenso.

—Não temos Thomas, ele fugiu, seu pai sabe disso.

—Oh por favor, me poupe! – É agora que as coisas vão se complicar. – Nós sabemos que ele está com a Swan, só não atacamos por que ela é uma verdadeira pedra no sapato com seu escudinho. – Angela pareceu bastante insatisfeita.

—Victoria largue-a. – Marcus ordenou depois de alguns instante de silêncio, seus olhos presos nos de Angela.

Victoria virou o rosto lentamente com uma carranca um tanto assustadora. Ela estava com raivosa demais, o que Angela disse?

Olhei para Marcus e depois para ela, era uma verdadeira guerra de olhar ali, acho que Victoria não se dá bem com receber ordens. Mas Marcus tem muitos anos de vida e experiência, então Victoria a largou bruscamente contra a parede.

A ruiva olhou para demonia com uma careta, enquanto andava para perto de Marcus, seu... Hã... Guardião? Temos muitas palavras para chamar, não tenho certeza se guardião se encaixaria bem na situação deles.

Bem, possuidor, mestre, senhor ou até mesmo dono poderiam ser usados também, mas como eu disse antes, há muitas palavras para definir o complicado relacionamento que os dois selaram (ou que segundo Alice, Marcus selou).

Ao menos, Victoria parece saber que seu lugar agora é ao lado de Marcus, apesar de não gostar de receber ordens.

—Diga a seus superiores que pensarei sobre sua proposta. – Marcus apontou a saída em sinal para ela ir embora. Angela lançou um ultimo olhar para Victoria e depois fez questão de sair andando em ritmo humano.

—Rose. – Angela cumprimentou e ignorou Carlisle.

Carlisle fechou a porta e todos ficamos ouvimos Angela ir embora. No instante em que ela cruzou a porta do elevador, e o mesmo se fechou, nós nos olhamos.

—Acredito que tenham que me explicar alguns pequenos detalhes. – Marcus tinha uma mascara de inexpressividade no rosto, mas seus olhos queimavam em nós.

—Então... Merda. – Murmurei com um sorriso sem graça. Carlisle tinha o controle da minha língua ainda.

Mas eu concordo com ele.

Merda!

Alice P.O.V

—Deixa-me ver se entendi bem... – Esme olhou para os romenos. – Um bando de lobisomens mataram a todos?

—Obviamente querem aumentar o nosso odiou pela raça deles e também envergonha os vampiros. – Vladimir disse em tom tranquilo, ele tinha um copo de whisky.

Nesse ponto, os romenos quase me davam inveja, eles poderiam comer e beber com seres humanos normais. Enquanto nós não precisávamos disso, nem sequer sentíamos fome. Nós até poderíamos comer, mas não tinha a satisfação de sentir o gosto de antes, o sangue era muito melhor.

—Eles querem a extermina de todos nós, vampiros, não importa as diferenças que temos um com o outro. – Edward foi direto e assustadoramente verdadeiro. – Como escaparam?

—A mulher que veio conosco é hibrida, como já deve saber Edward, lobisomem e bruxa. – Interessante, por isso seu cheiro era exoticamente floral... – Nós a achamos durante um ataque a sua vila e decidimos não mata-la, quando matou um de nossos vampiros com a força da mente.

—Vocês mataram os pais dela? – Ergui as sobrancelhas.

—Ela era muito nova. – Vladimir deu de ombros. – Nós a criamos para entender que lobisomens fazem banhos de sangue a toa, isso é verdade, minha querida.

—E nós fazemos por necessidade. – Esme revirou os olhos. – Eu vejo o que fez, então ela foi sua saída.

—Como sempre é. – Vladimir deu um gole de sua bebida. – Seriamos valiosos para vocês.

—Tem consciência que somos aliados com um Kruschev?

—Sim, eu ouvi isso. – Vladimir tinha olhos antigos de quem já tinha visto tanta coisa que não se surpreendia com nada, imagino se viverei o suficiente para sustentar um olha daqueles. – Estou disposto a entrar em um acordo de paz.

—Você acha que ele faria isso? – Perguntei descrente, quer dizer, os vampiros romenos caçaram todos da espécie de Nicolas.

—Cara Alice, os Kruschev foram extintos a muito tempo atrás, a sobrevivência desse é uma surpresa e eu o mataria, mas ambos temos inimigos em comum, certamente poderemos deixar de lado as desavenças por um tempo.

Oh vejo, Vladimir basicamente matará Nicolas assim que tudo acabar, ao menos ele vai tentar.

—Bem, manteremos ambos um longe do outro. – Esme falou em seu tom frio. – Não queremos mais conflitos. – Ergueu as sobrancelhas para Vladimir que sorriu polidamente.

—É claro.

—Como chegaram tão rápido? – Perguntei curiosa. – Estavam na Europa até essa madrugada, não podem andar no sol.

—Bem, Kiara sabe usar seu lafo bruxo habilidosamente, apenas não chegamos antes por que a cidade está completamente protegida com feitiços, então tivemos que entrar a pé no instante que escureceu.

Feitiços de proteção?

Isso não era obra minha, os Volturis avisariam se tivessem feito algo assim...

Sobrava as bruxas da cidade...

—Bem, eu tenho coisas a cuidar. – Me ergui da cadeira. – Aproveite as acomodações. – Sorri falsamente para Vladimir e sai da sala.

Eu tinha umas bruxinhas para lidar.

Nessie P.O.V

—Vai! VAI! – Gritei junto com Leah. – Mas não é possível uma coisa dessas! – Exclamei revoltada.

—Eu não sabia que você era fã de luta livre. – Jacob me olhava estranho.

—Não sou, mas vocês colocaram no canal, então... – Dei de ombros, sem tirar os olhos da tv. – Ele está curtindo com a minha cara? – Exclamei revoltada.

—Bela mulher você arranjou. – Seth murmurou divertido.

—Eu ouvi isso, imbecil. – Apontei para o garoto mal humorada. – Cuidado, não se esqueça que eu posso chutar seu traseiro até o Canada.

—Não, você não pode. – Seth me olhou zombeteiro.

—Tem razão, até a o Alasca então. – Dei de ombros, Leah deu uma risada ao meu lado.

—Leah! – Seth a olhou revoltado.

—Você tem que admitir Seth, ela pode fazer isso.

—Eu poderia bater nela.

—É, mas vocês não tem uma regra sobre impressão ser sagrada? – Olhei-o vitoriosa, ele pareceu se lembrar disso e soltou um muxoxo.

—Não fica assim, brow, você ainda pode vencer todos os lobos do bando de Sam.

—Eu já venci, treinei com Leah, lembra?

—O que isso quer dizer? – Leah estreitou os olhos.

—Que você é uma maquina assassina, oras. – Seth riu da irmã. – Um verdadeiro lobisomem. – Uma almofada voou na cara de Seth.

—Eu deveria estar ofendido? – Todos olhamos para Thomas.

—Não, Thomas, meu irmão só gosta de pontuar o ponto que eu sou anormal. – Leah revirou os olhos. – Mulheres não se transformam em lobos.

—Mas você sim e Seth também.

—Eu acho que ela deveria ter nascido homem só isso. – Outra almofada voou para a cara de Seth abafando as gargalhadas extravagantes.

—Como eu não percebi isso antes? – Perguntei intrigada. – Isso é...

—Estranho, eu sei. – Leah revirou os olhos.

—Foda. – Completei a olhando com um sorriso, ela franziu o cenho para mim.

—Como? Eu sou anormal, Nessie.

—E eu sou um demônio, quase isso, odiei no começo, mas tem suas vantagens.

—Que vantagens? Comer gente é vantagem? – Jacob deu um soco no ombro de Seth e Thomas pareceu prender o riso.

—Eu sou mais rápida que qualquer um aqui, não tão forte, mas ainda assim sou bem forte. Minha memoria é fotográfica, minha mente trabalha de uma forma completamente diferente, basicamente... – Olhei para todos convencida. – O infinito é meu limite.

—É nós sabemos o quão excitante é sua vida, Ness. – Jake revirou os olhos, dei língua para ele.

—Eu não. – Thomas nos olhou intrigado.

—Nessie e Bella são uma dupla de mestres assassinas e ladras. – Leah respondeu como se fosse pouca coisa.

—Bella de novo, vocês sempre voltam a falar nela... – Thomas nos olhou intrigado.

—Bem, ela é uma pessoa importante, já que é dona da casa, minha mãe-criadora e está te mantendo prisioneiro.

—Então, ela é a vilã aqui? – Ele nos olhou cauteloso.

—Isso é injusto, te dou um teto, uma cama e comida. – Nos viramos e vimos Bella nas escadas com Nicolas. – Tudo o que você tem que fazer é ficar na casa.

—Você estava no bar naquela festa. – Bella sorriu para ele.

—E você estava se pegando pesado com uma mulher no elevador. – Thomas a olhou chocado, o que está acontecendo? – Eu ouvi aquilo, você sabia que o segurança estava batendo uma?

—Bella, pelo o amor de Deus, estamos comendo. – Jake a olhou torcendo o nariz.

—De qualquer maneira, eu estou confuso. – Thomas nos olhou hesitante. – Como você pode ser uma semi demonia?

—Eu fui mordida por um demônio, eles tem veneno. O meu azar é minha sina. – Bella respondeu. – E eu também tenho veneno, por isso Nessie foi transformada. – Apontou para linda pessoa.

—E onde está o demônio? – Ele perguntou curioso.

—Atualmente? Possuindo o corpo de uma amiga de classe.

—Sobre isso... Sinto muito. – Leah olhou para Bella pesarosa.

—Tudo bem, vamos achar uma saída para isso. – Bella suspirou e Nicolas pigarreou. – Ah sim, eu tenho uma coisas para cuidar agora. Leah, você pode me dar o telefone da sua mãe? Eu não vou poder ir na tal aula de magia dela. – Bella estendeu o telefone.

—Oh sim claro.

—Que coisa feia mãe, matando aula. – Murmurei divertida.

—Por que você não cala a boca e volta a torce para os homens musculosos na TV? Eles certamente são atraentes. – Bella seguiu para o porão com Nicolas, estreitei os olhos para ela e quando me virei para a televisão estava olhado uma serie policial.

—Hey! – Exclamei para Jake que tinha o controle da TV.

—O que? Perdeu a graça. – Seth colocou a mãe na boca para abafar a risada.

—Quer saber, eu vou falar com mamãe pessoalmente. – Leah se ergueu de repente.

—Eu posso ir? – Exclamei me erguendo também, todos olharam para mim. – O que?

—O coven da família de Bella vai estar lá, por causa da aula que ela vai matar. – Leah ergueu a sobrancelha.

—Eu sei! Mas agora eu sou praticamente BFF das garotas charmed, exceto Pam, ela me parece uma vadizinha que odeia Bella. Mas Glinda virgem e a Nerd bruxa são legais comigo, talvez seja por que tenham medo de mim, não tenho certeza... – Divaguei olhando para o teto.

—Quem? – Seth franziu para mim. – Eu sou o único que se perdeu?

—Promete não começar nenhuma briga? – Leah suspirou para mim.

—Claro! Palavra de escoteira.

—Você foi escoteira? – Jake ergue a sobrancelha.

—Por dois meses e uma semana quando tinha nove anos. – Mexi a cabeça orgulhosa, me olharam descrentes. –Vocês não sabem nada sobre mim. – Sorri maliciosa. – Vamos?

—Vamos. – Leah acenou indo para o hall, acenei um "adeus" para os homens e a segui.

Victoria P.O.V

Eu estava na casa de Riley, quem diria que voltaria para cá?

Há! Eu também tinha dois guarda costas humanos, era super estranho, mas eles são ótimos para o trabalho.

Alexandra e Neal era seus nomes.

E eu também conheci o pai de Bella, xerife Swan, que eu descobri ser general Volturi.

Nessa horas me pergunto se Forks sempre foi sobrenatural. Quer dizer, ela tinha um potencial obscuro com toda a chuva e frio, mas minha irmã jurava de pé junto que era uma cidade mais calma que o normal quando nos mudamos, no começo do ano.

Bem, o fato de general Swan ser o xerife provavelmente explica esse fato.

E nesse preciso momento, ele estava levando bronca de Marcus. Ao que parece a filha escondeu um prisioneiro dos Volturis (Que horror, certo? Não a parte dela esconder, a parte que eles tem um prisioneiro!). Ambos estavam trancados na sala de cima, mas eu ouvia tudo perfeitamente, enquanto olhava para os dois humanos intrigada.

Minha mente simplesmente podia prestar atenção em tudo!

—Cuide disso.— Ouvi Marcus ordena e então os passos do xerife Swan soaram no andar de cima.

—Você é mesmo ruiva? – Olhei para Neal franzido o cenho. – Ou é pintado?

—Por que você quer saber disso? – Alexandra perguntou confusa.

—Sempre me perguntei se o cabelo dos vampiros também é congelado pelo tempo. – Deu de ombros.

—Não, eles crescem e meu cabelo é ruivo natural. – Olhei-o erguendo as sobrancelhas. – Estamos mortos e não podemos comer comida humana, mas o resto é praticamente o mesmo.

Exceto que meu coração não bate, então o sangue que eu tomo é o que corre nas minhas veias. Apesar de ser pálida como os vampiros, não é algo tão sobrenatural assim, agora que eu sou vampira percebo as diferenças da cor de pele mais do que quando era humana. Athenodora me explicou que como os vampiros não podem sair no sol (a maioria) eles tendem a ficar mais pálidos, afinal não é todos os vampiros que acham uma bruxa disposta a deixa-los andar no sol (seria um massacre).

É por isso que os Volturis tem os humanos super desenvolvidos, bruxas, transfiguradores e outras criaturas que podem andar no sol para protege-los durante o dia. O resto fica no subterrâneo ou na casa onde tem vidros que filtram os raios de sol ou algo assim.

Entre tanto a casa é dos Cullen. A parte estranha é que só a família vivia ali, então por que exatamente eles tinham vidros que filtravam o sol quando todos poderiam andar a vontade por ai sem virar churrasquinho.

Tudo é muito estranho.

Ouvi Marcus se aproximar, mas ignorei-o.

—De qualquer maneira, vocês estão juntos a quanto tempo? – Perguntei entediada, percebi a tensão que se formou no ar.

Então, eles não estão juntos, estreitei os olhos, eu sempre fui boa em detectar coisas... E o modo como os dois se comportam indica algo, talvez seja o olhar, ou a linguagem corporal que indica tesão sexual. Mas que tem algo, isso tem.

—Dois anos de parceria. – Alexandra respondeu se fazendo de desentendida.

—Ela não quis dizer desse jeito, Alex.

—O que quer dizer?

—Da maneira romântica. – Neal ergueu as sobrancelhas. – Ela acha que nós... – Alex riu incrédula e ele acompanhou também.

Aham, continuem disfarçando, meus amores. Vamos ver onde isso vai dar.

Sorri para eles, tomando o cuidado de não mostrar os dentes.

Os dois se calaram quando Marcus apareceu na cozinha, ele tinha resolvido tomar seu tempo e vir no passo humano, o por que disso, só Deus sabe.

Falando em Deus, será que Marcus acreditava em Deus? Ou seriam deuses?

—Vejo que se deram bem. – Marcus comentou se aproximando de mim.

—Estou tentando, vamos ficar juntos por algum tempo. – Me ergui da cadeira. – Podemos ir para a minha casa? – Perguntei ansiosa, Marcus estava indo me ajudar com as bolsas de sangue.

Na verdade, eu não preciso de ajuda, mas o Volturi estava me deixando ficar com minha irmã, então eu daria um desconto a ele.

—Claro. – Se virou para a saída. - Atakovatʹ, pozhaluĭsta— Pediu de repente, parei olhando para suas costas confusa.

— O que...? – Então algo apitou dentro de mim, me virei e parei o braço de Alexandra em minha direção, desviei o outro braço tomando cuidado para não tocar em sua mão.

Eu não sei por que, mas não podia tocar na mão dela, era perigoso.

Meu corpo se virou para a esquerda institivamente, colocando a humana como escudo do choque que veio em minha direção. Larguei os braços dela no momento que o raio a atingiu e só sei que no próximo segundo tinha Neal preso na bancada da cozinha pela garganta e estava prestes a ataca-lo quando...

—É suficiente. – A voz de Marcus quebrou minha concentração e eu percebi que estava indo morde Neal. Largue-o horrorizada e o coitado imediatamente foi acudir Alexandra.

—O que foi isso? – Olhei para Marcus incrédula, ele se aproximou agarrou meu braço e me arrastou dali. – Espera, eles...?

—Vão ficar bem, isso foi só um teste.

—Você os testou por que?

—Eu estava testando você. – Marcus explicou.

—O que?

—Tenho um palpite sobre seu estranho dom, me parece que seu instinto de autopreservação é bem ativo.

—Você acha que é isso? Meu instinto de autopreservação? – Franzi o cenho enquanto abria a porta de casa. – Tá brincando? Isso é o poder mais idiota do mundo!

—Te livrou de um dos clãs de vampiro mais poderosos do planeta: os Cullen.

—Não me salvou de você. – Sorri sarcástica, Marcus quase revirou os olhos. Eita! Uma quase-reação! Que progresso!— Espera, então eu posso fugir?

—Eu irei te encontrar, Victoria, e eu não significo perigo para você, não poderá se desviar.

—E por que mesmo que você não pode apenas me deixar em paz? – Perguntei abrindo a porta do porão e descendo as escadas em segundos. Tínhamos um velho freezer aqui embaixo, isso iria servi para esconder as bolsas de sangue.

—Acredito que Athenodora te explicou essa parte. – Marcus olhou ao redor sem qualquer expressão e com as mãos para trás, a postura dele era quase sempre a mesma.

Entediante.

Sério, eu devia fazer meu objetivo de vida faze-lo ter alguma reação! Provavelmente demoraria décadas até eu conseguir.

Mas valeria a pena, Athenodora me contou o que aconteceu com Marcus e bateu uma pena desgraçada do cara.

—Certo, família, promessa de sangue, bla, bla, bla. – Revirei os olhos e comecei a armazena as bolsas de sangue. – Ela repetiu zilhões de vezes. – Bufei pegando a próxima bolsa.

—E você parece não ter entendido.

—Hey! Eu deixei claro meu ponto de vista na lanchonete. – Apontei o dedo para ele estreitando os olhos. – Agora, você me explicar o por que de sair do seu estado indiferente e praticamente me arrastar daquele hospital? É realmente grande coisa que Bella esteja guardando um prisioneiro?

—É enorme, Victoria, mas eu não espero que entenda politica por agora. – Ele disse se sentando no sofá velho do porão.

—Eu não preciso entender nada, vocês são amigáveis com os Cullen...

—Nós. - Me cortou.

—O que?

—Se inclua nos Volturis, somos sua familia agora. – Ergui as sobrancelhas para ele e revirei os olhos.

Nós somos amigáveis com os Cullen, mas isso não significa que eles não são inimigos. Não é realmente dificil de entender.

—Desconfiança salvou nossas vidas ao decorrer dos séculos, Victoria, na verdade, é para isso que existe a troca de sangue. – Olhei sobre o ombro. – Para se haver confiança.

—Então por que não trocar sangue com o Sr. Cullen?

—Por que nunca se sabe quando um clã vira inimigo de outro, estamos sempre procurando nosso melhor caminho para sobrevivência e forma uma aliança de sangue pode atrapalhar. Agora, esse caminho trilha com os Cullen e com o casamento de Edward e Bella selaremos para sempre nossa aliança, mas caso não houvesse, bem, nunca se sabe o que acontecera daqui cinquenta ou cem anos.

—E por que isso? Bella é filha de um membro do clã, mas é um humana, irá morrer e coisa toda se desandará em algum ponto.

—Os Cullen podem não saber, mas selaram nossa união definitivamente. Veja bem, há quase cem anos atrás Edward quase se casou com uma vampira de nosso clã: Tanya. – Me virei curiosa. – Ela era cria de Filipe, amigo de Aro que faleceu. Aro resolveu então usa-la para unificar os clãs e assim Tanya e Edward acabaram noivando, porém, ela o traiu e tudo foi desfeito.

—Isso fragilizou a aliança entre os clãs?

—Mexeu um pouco, mas nada preocupante. Porém, agora as coisas mudaram, Bella não é só filha de um membro importante, ela é uma Swan.

—E qual é a grande coisa dos Swan? – Cruzei os braços.

—Eles são meus descendentes e os de Aro também.

—O que? – Olhei-o boquiaberta.

—Quando eu era humano me casei com a irmã de Aro, como bem sabe. – Vi algo em seus olhos pela primeira vez. – Nós tivemos filhos, é claro, e quando eu fui transformado... Quando todos nós fomos transformado, isso mexeu com nossa linhagem sanguínea, nossos filhos humanos se desenvolveram mais do que humanos comuns, tiveram poderes...

—Os humanos do clã. – As coisas fazem sentindo agora! – São mais desenvolvidos que o normal por causa disso.

—Exatamente.

—Como você foi transformado? – Perguntei de repente. – Há rumores que vocês foram os primeiros vampiros da sua raça.

—Não são rumores, é a verdade. – Marcus me olhou.

Ok, quando eu pensei que os Volturis não poderiam ficar mais importantes...

—E como foi que isso aconteceu? – Perguntei me roendo de curiosidade.

—Falamos disso depois. – Marcus disse se erguendo. – Sua irmã chegou.

Foi então que ouvi o carro de Rachel, ok... Respirei fundo e fechei o freezer.

Eu posso fazer isso.

Edward P.O.V

As ficaram completamente bagunçadas em uma única hora!

Como Alice não viu isso, eu não faço ideia.

De qualquer maneira, Carlisle me mandou para a casa de Bella depois de explicar toda a situação do momento.

Volturis sabem de Thomas.

Romenos no hotel se juntando a nossa briga.

Bella simplesmente me chutando! Que palhaçada foi aquela, eu não faço ideia, mas não gostei nenhum pouco.

Eu tenho que saber o nome do detetive que ela contratou, por que eu sinceramente não fazia ideia do que ela estava falando, eu não encomendei nenhum quadro! Por que meu nome estava lá, me intrigava. Mas se fosse mentira e o detetive apenas resolveu colocar nomes do ciclo pessoal do artista para ganhar dinheiro...

Bem, o mundo tinha mais um doador de órgão.

Eu estava a uma quadra da casa de Bella quando meu celular começou a tocar, sorri ao ver o nome, era da casa de Bella.

—Já sentiu minha falta? – Perguntei diminuindo o passo.

Não exatamente. – Franzi o cenho ao ouvir a voz de Jake.

—Jake? – Perguntei tenso, algo tinha acontecido.

Bem...— Corri rapidamente para a casa de Bella. – Algo aconteceu. – Ouvi-o dentro da casa, abri a porta e entrei na sala, Jake me olhou surpreso.

—O que aconteceu? – Perguntei impaciente, a casa parecia intacta.

—O general veio, perguntou onde Bella estava e depois foi embora a carregando desmaiada no colo. – Jake suspirou. – Então, um outro grupo veio e levou Thomas.

Pude visualizar a cena inteira, Charlie entrou parecendo furioso, apontaram para o porão obedientemente e alguns minutos depois Charlie passou sem olhar para ninguém com Bella inconsciente nos braços.

—Onde está Nessie?

—Ela foi com Leah visitar a mãe, não contamos para ela ainda. – Seth deu de ombros, ok, isso era uma boa coisa.

—E onde está Jane e Nicolas? – Perguntei suspiro, não havia nada a fazer sobre Bella, ela tinha que lidar com sua família sozinha.

—No porão, ambos inconscientes. – Jake respondeu prontamente.

—O que? – Me virei para o porão e entrei.

Jane parecia ter sido abatida por trás, provavelmente veneno em seu sistema. Já Nicolas dormia pacificamente no sofá. Peguei Jane no colo rapidamente e a coloquei no outro sofá.

Então saquei meu celular.

As coisas tinham acabado de ficar pior.

O que Charlie vai fazer com Bella?

Tranca-la no subterrâneo ou o que?

Alice P.O.V

Sai da floresta e vi todo o novo coven reunido ao redor da fogueira com Sue, Leah e Nessie?

—Boa noite a todos. – Sorri simpaticamente para todos. – Que sorte é a minha em pegar todos reunidos.

—Quem é você? – Um dos garotos perguntou defensivamente, ergui as mãos em sinal de paz.

—Você são um tanto temperamentais, não? – Ergui a sobrancelha para Sue que apenas concordou calmamente.

—Até onde sabemos você é um ser sobrenatural vindo da floresta.- Uma ruiva falou, Pamela, se não me engano (e obviamente não estou enganada).

—Bem, eu sou uma vampira, docinho, e não qualquer uma: sou uma Cullen. – Sorri para todos eles.

—Oi Alice. – Nessie ergueu a mão e acenou para mim, sorri sinceramente para ela.

—Hey, Nessie, saiba que sua mãe está bem, é apenas negócios de família. – Ela franziu o cenho confusa, então o celular começou a vibrar. – Você deveria atender. – Apontei habilmente.

—Alice por que está aqui? – Sue perguntou tranquilamente.

—Eu gostaria de discutir sobre a proteção bruxa da cidade. – Sorri para os jovens bruxos. – Aparentemente tem algumas ao redor impedindo feitiços de transporte para dentro da cidade, eu gostaria de saber o que mais fizeram. – Me sentei em um dos troncos

—Não fizemos nada – Henry franziu o cenho para mim.

—Não minta para mim, eu tenho andado por ai tempo o suficiente para detectar uma mentira. – Ergui as sobrancelhas. – Não os incrimino, só quero saber o que exatamente fizeram.

—Puta merda! Como isso aconteceu? Quando? Desembucha, vampiro! – Nessie se desesperou no telefone para Edward, todos olharam para ela imediatamente, mas ela ignorou.

Engoli o suspiro, Angela tinha feito um movimento precipitado e eu não tinha previsto isso até depois que sai do hotel para visitar as bruxas.

Bella teria uma longa noite, eu não tenho completa certeza se sairá ilesa, mas viva ela estará no seu aniversario, então...

Eu acho que não preciso me preocupar com seu destino escuro agora, a visão mais a frente diz que ela vai estar lá no futuro.

—Então? – Pigarreie chamando a atenção dos bruxinhos.

Nicolas P.O.V

Abri os olhos confuso quando senti um toque frio em meu rosto. Era Jane inclinada sobe mim com o cenho franzido, quase como se estivesse preocupada comigo.

Bem, aquilo era um progresso!

—O que aconteceu? – Ela perguntou franzi do o cenho enquanto me sentava.

—Eu não sei, desmaiei depois de toda aquela dor que você me deu. – Ela me olhou tensa e horrorizada?

—O que? Por que eu faria isso? – Foi então que eu notei que não falávamos em inglês...

... Falávamos em búlgaro.

—O que foi, Nikolaos? – Um arrepio subiu pelas minhas costas quando ela falou meu nome na forma antiga.

—Jane? – Estiquei o braço para tocar em seu rosto, ela pareceu confusa com minha hesitação em toca-la.

Santos deuses...

—Quer parar com isso? O que está acontecendo afinal de contas? – Perguntou impaciente, como sempre.

Seria verdade?

Tinha uma maneira de saber

Me inclinei rapidamente e lhe beijei. Ela fez um som surpreso antes de corresponder sem hesitação.

Era real! Aquilo estava mesmo acontecendo.

Eu tinha a recuperado de novo.

Depois de um breve momento, ela se afastou me olhando divertida.

—Quer parar de me distrair?

—O que está acontecendo aqui? – Olhamos para o topo da escada imediatamente, Edward estava lá nos olhando suspeitosamente.

—Quem é você? – Jane perguntou defensivamente.

Acordei do meu breve entupor de felicidade percebendo que nem tudo eram rosas. Ela obviamente não se lembrava de algumas coisas.

Edward a mediu de cima a baixo e depois moveu os olhos para mim procurando resposta. Subitamente me lembrei que Bella ainda cobria nossos cérebros, ele não fazia ideia do que pensávamos.

—Estamos com problemas. – Dei de ombros sem saber bem como explicar a situação de minha esposa amada.

Carmem P.O.V

Suspirei voltando pelas ruas, eu tinha me aguentado o dia todo. Agora, só queria para um motel da cidade e chorar durante as próximas horas, meu marido provavelmente estava morto.

O que eu ia fazer agora?

É como se uma parte de mim tivesse sido rasgada, e a dor emocional era mil vezes mais dolorosa do que a física. Eu sabia que tinha que me acostumar, aquela dor iria me acompanhar até o fim da minha existência.

Não me admira Marcus ser daquele jeito. É como se parte da minha alma tivesse sido arrancada de mim. Como raios o líder Volturi aguentou viver os últimos três mil anos?

Eu só queria me jogar no sol e acabar com minha miséria. Na verdade, eu podia fazer isso, era só tirar esse anel que Edward me deu para poder me locomover pelo sol e...

Uma mão se apertou em minha boca e fui puxada para uma divisória entre duas lojas. Rosnei instintivamente, lutando cegamente para se soltar.

—Pare, pare! Sou eu, calma! – Prendi a respiração ao reconhecer a voz, eu não o via há semanas, mas parecia uma eternidade.

—Eleazar. – Sussurrei no mesmo tom que ele.

Ele não estava morto.

O nó em meu estomago se desfez e meus olhos queimaram com as lagrimas, enquanto eu tocava em seu rosto para ter certeza de que ele era real. Meu amor sorriu para mim carinhosamente antes que eu puxasse para um beijo.

Que se dane que nós supostamente não éramos mais amantes. Ele estava aqui e vivo, eu tinha uma razão de viver e finalmente poderia respirar.

—Eu te amo. – Ele murmurou em meus lábios.

Bella P.O.V

Fiz uma careta e estremeci quando senti algo gelado em meu rosto. Jogaram agua em mim?

Pisquei confusa, minha visão ainda estava rodando, tentei tocar em meus olhos, mas... Eu estava presa?

Prendi a respiração ao percebe que estava em uma cadeira, com os braços para trás acorrentada e como eu não podia me soltar... Eu adivinhava que era prata.

Então me lembrei dos últimos acontecimentos. Eu estava com Nicolas e Jane, tinha enganado a loira, ela achava que iriamos quebrar a hipnose de Nicolas. Na verdade, eu planejava testa minha teoria de afastar um feitiço dela, não sou uma bruxa, sei disso, então a coisa se complica. Procurei nela o feitiço, mas não havia nada, quando ia desistir, eu senti algo em seu cérebro.

Um bloqueio, algo mental, não magico. Trabalhei contra ele, era forte e eu realmente não fazia ideia do que estava fazendo, mas podia sentir algo acontecendo ali e...

... E foi nesse momento que eu algo queimou em minha cabeça e tudo ficou escuro, agora...

Olhei ao redor puxando as correntes Seja lá quem tinha jogado a agua estava atrás de mim.

—Mais que porra...? – Murmurei puxando as correntes, mas sabendo que era inútil lutar, parei quase que imediatamente.

—Ela certamente não tem modos. – Uma masculina voz soou na sala, nem me dignei a olhar para trás.

Meus sentidos estavam trabalhando ao máximo, havia quatro pessoas na sala, uma delas era o meu pai. Ouvi os passos se aproximando, os quatro apareceram ao meu redor.

Eu só reconheci meu pai, o resto era estranho para mim. Dois homens e uma mulher, todos pareciam estar na casa dos trinta e pouco. Um dos homens tinha cabelos e olhos castanhos, enquanto o outro era loiro dos olhos azuis, que nem a mulher.

—Quem são vocês? O que está acontecendo aqui? – Perguntei completamente confusa. – Pai?

—Por que exatamente você escondeu um fugitivo na sua casa? – Charlie me olhou realmente raivoso.

—Você ta curtindo com a minha cara? – Estreitei os olhos para ele.

—Olhe o respeito, garota, ele é seu pai. – A mulher disse severamente.

—Ele me prendeu em uma cadeira, aliais, quem é você para falar algo?

—Sou sua tia. – Congelei no lugar completamente chocada, minha boca se abriu surpresa.

—O que? – Exclamei cética. – Isso é impossível! Eu conheço todas as irmãs de mamãe.

Os três olharam para papai, encarei Charlie sentindo que sabia onde aquilo iria dar, mas não conseguia acreditar. Eles obviamente eram parecidos fisicamente...

—Bella, esses são os meus irmãos mais novos: seus tios. – Ele disse olhando para toda a sala menos para mim.

—Eu pensei que você não tinha irmãos, apenas primos distantes. – Olhei-o com os olhos arregalados completamente abismada.

—Bem, nosso irmão quis mantê-la fora do nosso mundo, então quanto menos soubesse de nós melhor. Mas visto que as coisas mudaram, você é uma traidora agora... – Olhei para o de cabelos e olhos castanhos, ele era mesmo parecido com Charlie! – Resolvemos reunir a família Swan e falar com a senhorita o verdadeiro significado de ter nosso sangue.

—Traidora? Do que vocês estão falando? – Senti um frio na barriga pela primeira vez.

Charlie tinha feito aquilo comigo mais cedo, ele tinha causado a dor em mim. A conexão de sangue o dava imunidade ao meu escudo, se eu não me esforçasse para me proteger. Eu não sabia bem qual era o dom de papai, eu sei que era mental e completamente letal, os irmãos deveriam ser a mesma coisa.

Então, não era de se admirar que eu me sentia acuada e meus instintos estivessem dizendo perigo no ar.

—Você não deveria ter escondido Thomas, Isabella. – Charlie me olhou carrancudo novamente. – Me vejo obrigado a tomar medidas drásticas sobre isso.

Eu tenho a impressão que estou ferrada.


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Notas finais do capítulo

AUHSAUHSAUHSA' Imagino a cara de vocês, leiores, vão querer me matar depois desse capitulo =B? Diz que não!
Me deixem saber o que acham, ok?
Preview para deixa-los na vontade:
"Cerrei os dentes com raiva, Nessie tinha um ponto no final das contas.
—Ok. Cuspi para ela. Digamos que esteja falando a verdade, o que importa se eu acredito ou não? Não vai tirar Bella de lá.
—Verdade, mas você conhece alguém que pode tirar. Nessie sorriu angelicamente. Seu pai, irmão e esposo: Marcus.
—Meu o que? Não pude evitar a risada incrédula.
—Edward me deu uma explicada sobre o que sua relação com Marcus poderia ser. Ela deu de ombros. O que é basicamente todas as coisas que eu falei, então achei que facilitaria as coisas se eu listasse tudo de uma vez.
—Bem, deixe-me ser clara, eu não há nada de paternal, fraternal ou matrimonial entre mim e Marcus.
—Mas vocês...
—Olá, Angela. Cortei-a (...)"



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