Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 34
Family


Notas iniciais do capítulo

Dedicado a LauritaBruxinha - Leitora que se empenhou em me fazer postar ;



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Capitulo 33

Athenodora P.O.V

Eu esperei tudo.

Menos aquilo.

Quem diria que uma recém-nascida uniria os três lideres Volturis?

Quer dizer, primeiro eles começaram a gritar um com outro (menos Marcus, ele estava focado em tirar Victoria das correntes).

Depois os dois seguiram Marcus para a floresta, enquanto discutiam entre si. Caius não estava mesmo em um bom dia, ou boa noite, ou madrugada... Tanto faz. Já Aro, bem, ele simplesmente não acreditava que Marcus tinha escolhido uma recém-nascida qualquer para fazer parte dos Volturis (ele e sua estupida arrogância, isso apenas me entedia).

Eu ajudei Marcus a prender Victoria contra a arvore em uma clareira e então é que as coisas mudaram.

Marcus os fez se calar e explicou que Bella pediu para ajudar a ruiva que berrava desesperada, Aro brando que isso não era justificativa, Victoria não tinha se provado honrada. E quanto ao meu querido Caius, esse resmungou algo sobre Aro também não ser honrado para fazer parte da família. Os dois obviamente começaram a discutir de novo, por que meu amor é um verdadeiro encrenqueiro e Aro pode ser um tanto temperamental.

Então, Volturi mais velho fez o que não faz há um milênio inteiro.

Ele gritou. Sim, Marcus fez isso, se tivessem me dito, eu não teria acreditado.

Caius se amuou chocado (pobre do meu amor) e Aro o olhou com completa descrença, até eu estava surpresa.

Como os mortais diziam, nós estávamos em nosso melhor momento "What the fuck?" (eu particularmente adoro essas expressões americanas)

Com toda a calma do mundo, Marcus explicou que Bella sabia sobre o fato dos Swan serem descendentes deles e que Victoria tinha algo de especial, afinal ela era uma recém-nascida que conseguiu despistar todos os Cullen. E argumentou com Caius que ele realmente não se importava com um novo membro da família, só queria brigar (o que era absolutamente verdade).

Por ultimo, ele os repreendeu por tratar a nova membro da família de modo tão rude (ambos os irmãos se encolheram levemente envergonhados, mas eles nunca irão admitir). Obviamente, eu concordei e cuspi algumas palavras a mais para acabar com a festa de Aro e Caius.

Com isso as coisas ficaram menos tensas e Aro ficou interessadíssimo na ruiva que gritava e esperneava algumas arvores atrás. Meu amado Caius começou a divagar que seria bom poder ensinar a alguém com tanta sede por sangue como um recém-nascido (Ele até veio com a estupida ideia de que devíamos criar uma, a qual desfiz rapidamente).

Agora, os três estavam sentados conversando normalmente, por que de alguma forma, falar da recém-nascida os fez lembrar do começo daquela existência. E nada como uma boa sessão de memorias felizes para juntar uma família, certo?

Por isso eu digo: viva a ruiva!

Pobre coitada, não sabe o que a espera quando acabar o ritual do sol.

Bella P.O.V

-Então, deixa-me ver se entendi... – Olhei para Jane e Nicolas. - Querem fazer um pacto de lealdade comigo?

-Sim, nos pediu uma garantia e aqui está. – Nicolas deu de ombros. – Não precisaremos fazer nada que você nos ordena, mas deveremos ser honesto com você e nunca trai-la.

-E como se faz isso? – Perguntei em tom de duvida.

-É só assinar isso. – Jane apontou para o papel a nossa frente. – E queimar, a tinta nos fará incapazes de trai-la.

-A tinta? – Ergui as sobrancelhas descrente.

-Sim, ela é feita a parti de uma planta chamada sangue de dragão, ela garante que o contrato prevaleça até que você nos liberte.

-Como assim liberta?

-Diga em voz alta e nós estamos livres, caso você não queira abrir mão de nós, simplesmente a forçaremos. – Deu de ombros.

-Eu realmente não quero saber o que você quer dizer com isso. – Suspirei pegando a pena que Nicolas me estendeu, afundei na tinta. Por que o modo medieval é mais fácil que colocar tinta em uma caneta. – Uma coisa: se isso for alguma armação, vocês dois estão mortos. – Olhei para eles. – Eu literalmente vou transforma-los em pó. – Disse em meu melhor tom ameaçador (aperfeiçoado dos tempos em que eu tinha afundado na coisa toda de ser um demônio e assassina de aluguel). Eu não estava brincando mesmo, então assinei no papel. – E agora?

-Queimamos. – Nicolas respondeu puxando um isqueiro. – Estamos juramentados a você, Swan, faça bom proveito.

Bateram na porta do escritório naquele instante, os dois se ergueram prontos para sair.

-Não tão rápido. - Indiquei erguendo o dedo. – Já vai! – Acrescentei para a porta. – Quem? – Apontei para o papel e eles ficaram me olhando inexpressivos. – Vocês não podem mesmo falar? – Suspirei e eles apenas se olharam.

-As ordens eram de cuidar, não de dar informação. – Nicolas pigarreou, espremi os lábios desgostosa. – Vamos Jane. – Disse agarrando o braço dela, ela rapidamente puxou o olhando de cima a baixo.

-Eu não sou um objeto para ser arrastada. – Resmungou indo para a porta e a abrindo.

Edward está lá nos olhando intrigado. Sorri disfarçando.

-Tenham um bom passeio. – Desejei de proposito, que eles ficassem fora do alcance de Edward caso eu não conseguisse manter o escudo.

Improvável, mas não impossível.

-O que é isso? – Edward perguntou fechando a porta.

-Ah, nada não, eles afirmaram lealdade a mim. – Apontei para o papel queimado sobre a cinzeira, me deixei cair na cadeira de couro de papai.

-Esta montando o próprio clã? – Parou no meio da sala surpreso.

-O que? Não! – Dei uma risada, aquilo sim era um absurdo. – Eu pedi uma prova de que posso confiar neles, com toda a coisa de Angela...

-Sobre isso... – Disse se sentando na mesa, estreitei os olhos para seu tom. – Os demônios não terão utilidade.

-Como assim?

-Eles meio que se autodestruíram. – Edward fez uma careta. – A boa noticia era que Alice já esperava aquilo, então ela não surtou.

-Isso não é ruim? Eles se autodestruírem, quero dizer?

-Não quando o plano dela era sobre limpeza, não recolher informação. Ela manteve tudo escondido até o ultimo instante.

-Até o fato de que eu seria sequestrada por Victoria? – Ele me olhou. – Meio obvio que ela sabia, mas eu a esfaqueei uma vez, então estamos quites. – Dei de ombros e estiquei as pernas para cima da mesa.

-Nessie e eu estamos te esperando no carro para uma alimentação descente.

-Descente? – Ergui a sobrancelha interessada.

-Kate arranjou humanos que não farão falta para vocês se alimentarem, Nessie se descontrolou ontem e quase matou Lauren.

-Lauren está morta, Jessica me ligou hoje de manhã chorando horrores. – Eu pensei que tinha sido um demônio que a tinha matado. Mas não Nessie, parece que eu subestime sua fome.

-Emmett terminou o serviço, aparentemente, agora temos um serial killer na cidade.

-Legal. – Me levantei.

-Tem outra coisa. – Ele me puxou para entre suas pernas, imediatamente fiquei desconfiada.

-O que você vai pedir? – Ele me olhou com um sorriso cheio de dentes, estreitei os olhos. Edward estava usando aquele tom.

-Emily irá pegar algumas aulas de magia. – Oh Deus... – Eu pensei que seria uma boa coisa que você também se juntasse a ela.

-O que? Por quê?

-Primeiro: você claramente é mais forte do que pensa, demônios são criaturas fortes, você viu Angela com Marcus.

-Irina. – Corrigi disfarçando o desconforto.

Eu não podia matar Angela, Irina tinha acertado em cheio em quem possuir. Angela não só era uma amiga querida (bem, quase isso), como também tinha um poder interessante.

Ela basicamente revertia qualquer ataque para o oponente.

-Irina. – Edward revirou os olhos. – Bem, Sue, mãe de Leah, é uma bruxa treinada e conheceu sua mãe, você pode confiar nela.

Não, eu não posso, mas não me atrevi a dizer em voz alta.

-Meu poder estar muito bem. – Revirei os olhos. – Eu treino todo dia.

-Sim, mas não sabe o que o poder da sua mãe acrescenta a você e o quanto pode te afetar.

-O que quer dizer?

-Lembra quando usou seu poder nos lobisomens na estrada? Você ficou quatro dias inconsciente.

-Eu sou mais forte agora, foi antes de Renné... – Mordi o lábio desconfortável.

-Mas você não sabe seu limite e o quanto você pode expandir, e também será bom entender o que o poder bruxo significa a parti de uma verdadeira bruxa.

-Eu tenho que fazer com Emily? - Gemi rangendo os dentes.

-Será bom ela entender que não se pode mexer com você. Assim se o covén dela pensar em tentar algo, rapidamente será descartado. Além disso saberá os limites dela e do que é capaz.

-Você penso nisso tudo só por que quer me proteger? – Perguntei cruzando os braços.

-Está entre meus interesses te proteger, paixão. - Ele pareceu todo ofendido.

-Ela saberá meu limite também.

-Não se não mostrar, você estará em seu controle não usando seu potencial total na frente dela, mas ela não hesitará em se mostrar um pouco a você. Afinal, ela quer se auto provar que é melhor que você, algo a ver comigo. – Suspirou se fazendo de desentendido.

-Não é que você é um manipulador de primeira? – Dei uma risada incrédula.

-Então, você aceita?

-Só se você ficar me devendo um favor. – Parei de sorrir e apontei o dedo para o rosto dele. – Eu posso te pedir qualquer coisa e você não poderá negar.

-Parece demais para algo que irá lhe ser útil.

-Eu tenho que ficar no mesmo lugar que Emily, o que estou pedindo é mais do que justo. – Ele suspirou dramático.

-Precisa ter tanto ciúme? – Abri a boca indignada e empurrei seu ombro.

-Não estou com ciúme, imbecil, eu só não gosto de pessoas que tentam me exorciza. – Me virei bruscamente e escapei de seus braços. – Então, vamos? – Perguntei desinteressada. – Eu estou me sentindo famin... Out! – Exclamei quando ele me empurrou contra a parede ao lado da porta.

-Feito, qual é o favor?

-Hum... – Olhei para cima pensativa. - Eu vou guarda para um momento em que precisar. – Ele acenou erguendo as sobrancelhas especulativamente.

-Você ainda não me cumprimentou adequadamente hoje. – Me olhou malicioso.

-E como seria isso? – Olhei-o me fazendo de desentendida, enquanto ele se inclinava.

-Bem, não temos realmente tempo. – Me deu um beijinho. – Mas... – Aprofundo o beijou.

Como raios eu não percebia que sentia borboletas no estomago quando ele vinha com aquele olhar e tom de voz?

Quer dizer, agora que eu vi a luz (que me cegou o suficiente para não percebe Victoria naquele corredor) tudo me parece tão claro. Os meus pensamentos sobre ele, a maneira como quero toca-lo, ou como quero que as mãos dele façam exatamente o que estão fazendo agora...

-Hey! – Ouvimos uma batida na porta. – Eu quero ir me alimentar, dá pra acabar a sessão de amassos? – Eu podia perfeitamente visualizar Nessie de braços cruzados, carrancuda e batendo o pé no outro lado da porta.

-Eu disse que não tínhamos muito tempo. – Edward murmurou com um muxoxo, enquanto subia as mãos para a minha cintura.

-Oieeee? – Nessie bateu na porta novamente, Edward abriu a porta bruscamente.

-Eu disse cinco minutos. – Ele estreitou os olhos, ela se apoiou no batente e ficou nos olhando. Eu ainda encostada na parede e Edward ainda inclinado sobre mim, nossas bocas provavelmente estavam inchadas.

-Eu lhe dei dez, seu mal agradecido! – Ela bateu as palmas. – Agora, andem logo! Eu preciso de sangue quente no meu organismo...

-Oh droga! – Ouvimos Jacob no final do corredor. – Tem coisas que eu não preciso saber, Nessie. Ainda não me recuperei do fato de você ter fritado comida humana.

-Se me lembro bem, você adorou antes que eu te dissesse o que era. – Nessie colocou as mãos na cintura. – Mas chega de papo! Vamos logo, minha gente! – Nos puxou para fora do escritório. – Para criaturas com velocidades sobrenaturais, vocês dois estão sendo bem lerdos.

Jasper P.O.V

-Meu querido... – Esme enganchou o braço no meu e começou a me arrastar para a saída do hotel. – Vamos conversa.

-Tudo bem. – Disse lentamente, ela sorriu para mim. Algo tinha acontecido, não que Esme não gostasse de nos arrastar para lá e pra cá tendo conversa maternais, mas o jeito que ela apertava o meu braço deixava as coisas claro.

Esme esperou até estarmos bem afastados do hotel para começar a falar.

-Cadê Demetrio? – Perguntou em tom gentil, ergui a sobrancelha.

-Ele era suposto a ir relatar aos Volturis.

-Exato, o que significa que Carmem deveria estar aqui. – Me olhou erguendo as sobrancelhas. – Mas ela não apareceu. – Acrescentou séria.

-O que pensa em fazer sobre isso?

-Eu preciso de um parceiro para segui-la além de Emmett. – Esme sorriu para mim novamente. – Não é do feitio dela se atrasar, o que significa que está em outro lugar.

-Por que não pergunta para Alice? – Ergui a sobrancelha.

-Por que ela está sobrecarregada, tentando achar os demônios pela cidade. Aquela profecia que ela viu em uma de suas visões está a enlouquecendo aos poucos, como bem sabe. – Diminuiu o tom para mim, e eu acenei com a cabeça. – Rose está cuidando do clã, Carlisle fazendo o que um líder faz, Edward está garantido que as meninas se alimentam e Emmett...

-Está aqui. – Ele apareceu atrás de nós.

-Está vivo depois de ontem? – Perguntei erguendo a sobrancelha. – Ouvi as paredes se rachando no prédio vizinho. – Felizmente, o quarto em si havia sido enfeitiçado para isolar os sons.

As vezes, os contatos bruxos de Carlisles são tão uteis.

-Mamãe me mandou seguir a trilha. – Emmett respondeu. – Não está muito fresca, mas serve. Ao norte senhores. – Apontou fazendo uma reverencia.

...

-Norte? – Olhei para eles. – Isso aqui é o mar, perdemos o rastro.

-Você não consegue sentir nada? – Esme me perguntou.

-Sinto muito. – Neguei com a cabeça.

-Isso não é possível. – Emmett estreitou os olhos. – Carmem não saltou, olhe bem para a terra, é a mão de alguém escalando. – Comentou se agachando.

-Então, o que? Carmem veio e ajudou alguém a subir do precipício? – Esme olhou ao redor analítica.

-Eu sinto mais um cheiro. – Observei farejando o ar.

-Hey! Bem, aqui. – Emmett exclamou a nossa direita. – Houve uma luta aqui. – Apontou para o chão.

-Isso é sangue. – Disse tocando em uma das arvores no chão. – Alguém mordeu um vampiro. – Cheirei o sangue. – Mais precisamente a Carmem.

-Demônios podem nos morde, mas... – Esme disse olhando ao redor com o cenho franzido. –... Eu não sinto cheiro deles, apenas...

-Vampiros. – Emmett nos olhou erguendo as sobrancelhas. – Os Volturis não atacariam, eles estão lidando com Victoria, deve estar uma verdadeira bagunça lá.

-Esme? – Olhei para ela. – O que vamos fazer?

-Segui-los. – Esme respondeu. – Não vamos falar a ninguém ainda, pode ser apenas um problema interno.

Vampiros poderiam ser bem sensíveis, mesmo mantendo um clã sob mão de ferro, é impossível evitar que não aja brigas.

Carmem pode ter tomado partido por alguma e eles a atacaram.

-Acredita mesmo nisso? – Emmett perguntou erguendo a sobrancelha.

-O que você acha que é?

-Prefiro não pensar que podem estar se aproveitando da guerra para derrubar os dois clãs. – Emmett resmungou e Esme o olhou triste.

-É melhor o seguirmos, estamos a meio dia de distancia deles. – Me levantei e aumentei o animo de ambos.

Jacob P.O.V

Me apoie na pia ao lado de Leah e cruzei os braços, em um típica pose de "eu estou desconfiado". Ambos observávamos Thomas tomar um dos chás de Nicolas e comer as torradinhas.

Ele estava em uma vibe inglesa, ou algo assim.

A criatura parecia um tanto catatônica, Leah disse que tiveram uma longa conversa ontem e ela o obrigou a dormi. Agora, ele acorda assim, sério, desamparado...

Segundo Edward, é mesmo Thomas que está ali na cadeira e, sinceramente, eu sinto pena dele.

Quer dizer, o pai dele está possuindo o corpo dele, isso é bizarro, assustador e um tanto nojento.

-Vamos ficar nisso o dia todo? – Leah revirou os olhos impaciente.

-Como meu pai...? – Ele olhou para nós parecendo completamente desolado. – Quer dizer, ele está morto, ou...?

-Não temos a menor ideia. – Respondi dando de ombros. – Só sabemos que ele está na sua cabeça e é por isso que você pode se transforma, já que tem uma maldição que o impede de virar lobo.

-Nenhuma memoria veio? – Leah perguntou curiosa, Thomas negou.

-A ultima coisa que me lembro é de estar no quarto, então eu acordo com a discussão aqui embaixo.

-Discussão? – Ergui a sobrancelha.

-Emily veio aqui. – Leah explicou inexpressivamente, desviei os olhos e acenei solene.

Eu sabia que ela se referia a prima e não a bruxa loira que assumiu a liderança do coven da família de Bella. As duas eram boas amigas até que o namorado de Leah botou os olhos nela e teve uma impressão.

Emily não pode resistir a atração, então eles acabaram ficando juntos.

Era horrível ter que compartilha a mente com Sam e ao mesmo tempo com Leah.

Quer dizer, ela foi afastada de Emily e das outras garotas por que era uma transfiguradora e uma mulher ser transfiguradora era raro. Então, desde de criança, Leah foi criada junto a um bando de garotos, aprendendo a lutar, a falar outros idiomas, a controlar emoções, adquirir resistência a dor...

Bem, a educação Volturi que se dá aos transfiguradores são um pouco duras. Sam e ela começaram a namorar, todos os nossos instintos diziam que era justo, ele era o líder e ela a única fêmea da alcateia. Leah não viu assim, ela nunca chegou a congitar que seria atraente para nós, ou algo assim, era na verdade bem insegura sobre feminilidade.

Um golpe como o de Sam a trocar pela prima, mesmo que tenha sido por um sentido sobrenatural que o obrigou, deixou Leah ainda mais na defensiva.

Por isso Leah estava indo embora.

Mas Nessie se assumiu traidora, eu fiquei entre ela e vi meus companheiros me abandonarem. Sam nem tentou me mandar ficar fora do caminho, impressão era sagrada para nós. Eu só não pude lidar com o fato de que eles deviam ser meus irmãos e estarem ao meu lado, não importa que fosse loucura.

Eu era descendente da linhagem do líder, deveria assumir a alcateia, na verdade. Mas nunca quis isso, deixei para Sam, que havia sido o primeiro a transforma. Mas eu ainda era um Black e tinha direito a um próprio grupo para comandar, assim dois grupos era melhor que um. Assim a mais ou menos três meses atrás me pediram para forma um segundo grupo, a situação com os lobisomens havia se agravado, afinal.

Quase todos correram para o grupo de Sam quando ouviram sobre Nessie.

Seth foi o único que ficou comigo, ele era realmente leal a causa de irmãos e tudo mais. Leah estava indo embora na época e ela era a unica que eu não culparia por ir embora, mas contra tudo, ela decidiu ficar.

E agora somos só nós três aqui.

Nossos pensamentos ficavam sintonizados quando estamos em forma lobos, tanto que não podíamos esconder nada um do outro.

Mas isso piorou por sermos um grupo menor. Estávamos tão conectados que Leah sonhou que se pegava com Nessie (ela quase me matou por isso), eu tive pesadelos com palhaços (eu quase matei Seth) e Seth sonhou que sua impressão nunca existiu, que ele iria ficar sozinho para sempre, o coitado ficou aterrorizado.

Tanto Leah, quanto eu, ficamos envergonhados quando ele mostrou o sonho através dos pensamentos. O interessante é que ele surtou conosco e disse para paramos de nos lamentar, algo sobre não sermos emos e sim transfiguradores, ou seja, homem e mulher que viravam lobos.

Nós somos fodões demais para deixarmos isso nos derrubar. Foi as palavras exatas dele.

Thomas enfiou a cara nas mãos e soltou um gemido estrangulado. Leah se moveu desconfortável ao meu lado, ela não era uma pessoa muito emocional.

Eu puxei a cadeira e me sentei a mesa.

-Thomas? – Chamei cauteloso.

-Como eu faço para ele sair? – Me perguntou com um suspiro. – Eu quero meu corpo de volta, quero sair disso aqui vivo e fingir que alguma vez aconteceu.

-Nós estamos trabalhando nisso, na parte do corpo, quero dizer, o resto é com você. – Respondi prontamente. – Só que existe varias maneiras disso acontecer, ao que parece foi obras dos demônios com quem seu pai trabalha, mas não temos certeza.

-O que vão fazer comigo?

-Você é prisioneiro de Bella, ela vai decidir.

-Bella? – Franziu o cenho.

-Ela é amiga da garota que te encontrou no estacionamento. – Respondi, eu não podia dizer mãe, por que tecnicamente, Nessie não era filha de Bella. – Nessie.

– E Jane? Ela está por aqui?

-Ela está fora com Nicolas. – Leah respondeu dando de ombros.

-O outro lobisomem, certo? – Acenamos com a cabeça, ele fez uma expressão engraçada.

-Eles estão... – Falei fazendo uma expressão sugestiva e Leah revirou os olhos.

-Lobisomem com vampira? – Thomas perguntou confuso. - Não são inimigos?

-Você não sabe de nada mesmo... – Leah comentou divertida.

-Então, podem me explicar? – Thomas parece um tanto cauteloso. – Jane me explicou sobre vampiros, mas eu não sei nada sobre lobisomens.

-Eu vou fazer café. – Leah se ergueu. – Vai ser uma longa conversa.

Jane P.O.V

-Já terminaram? – Perguntei entediada.

-Tenha paciência. – Nicolas pediu.

-O que há de complicado em contas de banco? – Olhei para Sasha, ou melhor, Kara. Ela estava usando o cartão de Bella para pegar dinheiro no banco.

Ao que parece, ela nunca realmente viveu em um centro urbano, o que não é realmente surpreendente. As sacerdotisa que a transformou deveria mantê-la em seu povoado, longe das grandes cidades, ela basicamente tirou a vida social de Sasha e a transformou na defensora delas.

Em resumo, Sasha era um bicho do mato maravilhada com tudo ao redor.

-Ok, eu consegui! – Ela exclamou empolgada. – Uma vez que se entende, não é difícil manejar essa maquina.

Sorri falsamente para ela, enquanto Nicolas dava uma risada do orgulho dela.

-Acabamos? – Perguntei impaciente, ela me olhou com um suspiro.

-Você não gosta de mim mesmo. – Franzi o cenho.

-Por que acha isso?

-Ela está falando sério? – Kara olhou para Nicolas incrédula.

-Jane só não tem um dom para ser sociável. – Ele respondeu dando de ombros.

-Eu sei ser sociável. – Rebati acidamente. – Só não tenho paciência o suficiente para vê-la brigando com uma maquina.

-Ela é mais complicada do que parece. – Kara me olhou indignada.

-E ela supostamente deveria ser um ser humano superior. – Resmunguei para Nicolas, que olhou para lado disfarçando o sorriso.

-Isso não é justo! – Kara apontou o dedo para mim. – Eu vivi minha vida inteira nas florestas e depois fui trancada em uma cela, eu não tive tempo para aprender coisas aparentemente simples, como mexer em um caixa eletrônico. – Apontou para a maquina parecendo magoada. – Então, me dê um desconto.

Suspirei e revirei os olhos.

-Tudo bem, estou sendo injusta e bla,bla,bla. – Olhei para ela erguendo as sobrancelhas. – Satisfeita?

-Sim, muito obrigada. – Disse com um sorriso sincero. – Agora, vamos fazer compras! – Sorriu empolgada, enquanto agarrava meu braço. – Essa atividade é estranhamente divertida, tem tantos livros e dvd's! Sem contar as roupas e a comida que tem no shopping... – Suspirou sonhadora. – Será que posso comprar um shopping com esse pedacinho de plástico?

-Bem, considerando que os Swans são ricos e que Bella tem sua própria fortuna... – Nicolas meditou.

-É possível, o cartão é ilimitado. – Revirei os olhos os cortando.

-Sim, eu gostaria de entender isso, o que quer dizer com ilimitado? – Ela nos olhou curiosa.

-Significa que você pode comprar tudo o que quiser sem um limite, os cartões de créditos tem um limite para que o dono da conta não ultrapasse a quantidade de dinheiro que pode pagar.

-Isso significa que Bella tem dinheiro infinitamente?

-Significa que ela é algo perto de milionária, o que é muito dinheiro, muito mais do que poderá ser capaz de gastar. – Nicolas respondeu.

- Por quê ela está sendo tão boa assim comigo? – Ela parou na calçada hesitante. – Por que me oferecer algo assim? Ilimitado? - Nos olhou hesitante

Apesar de tudo, Sasha ainda tinha o ar um tanto inocente e inseguro, havia algo puro em seu olhar, que dava a impressão errada de que ela não era forte, ou mortal... De que ela não era uma criatura tão quebrada quanto qualquer um de nós.

-O que quer dizer? – Nós dois trocamos um olhar, era natural ela estar desconfiada, meses de tortura pode quebrar alguém com uma alma pura, ainda mais sendo que foi Santiago o torturador.

-Em toda a minha vida, todos sempre quiseram algo de mim. Minha pergunta é: o que você querem? – Nos olhou com cautelosa.

-Te proteger. – Nicolas respondeu prontamente, concordei com a cabeça quando ela me olhou.

-Por quê? - Nos olhou genuinamente confusa.

-Por que nos foi ordenado isso. – Respondi com um suspiro. – E não pergunte quem, é complicado até pra mim.

-E ela? Bella?

-Acredite se quiser, mas a Swan está fazendo isso por que quer. – Nicolas deu de ombros. – Acho que ela é feminista e pode estar querendo concerta algo que o pai fez.

-O pai dela não fez nada. – Kara respondeu olhando para as mãos.

Me aproximei dela e toquei em seu braço, ela ergueu os olhos para mim.

-O que foi?

-Por que apenas não dizer que as pessoas que tem bondade no coração, mesmo que elas não acreditem nisso?

-Ninguém merece viver com a expectativa de esperar sempre o melhor das pessoas, na maioria das vezes só se ganha decepção. - Estranhamente, ela me deu um sorriso um tanto triste, mas ainda assim, um sorriso.

-Bem... – Nicolas resolveu corta o silêncio. – Nós vamos ao shopping, ou não? – Sasha acenou com cabeça.

Nessie P.O.V

-Edward, você subiu na minha escala depois dessa. – Comentei enquanto descíamos as escadas, estava pra lá de satisfeita e os humanos eram cadáver frescos, então não tivemos gritos.

-Eu pensei que já estivesse no topo dela. – Rebateu atrás de nós, Bella revirou os olhos para mim, enquanto descia a minha frente.

-Nah! Você nunca chegara ao topo, cherrie. – Dei uma risada como se fosse obvio. – Veja bem, você estava acima da media quando te conheci, mas foi meio lentinho.

-Eu lembro disso. – Bella deu uma risada.

-Estava um pouco surpreso, por que alguém esqueceu de me contar que tinha uma filha adotiva. Eu não sabia disso quando te propus em casamento, o fato de eu ter continuado firme com o pedido é francamente um milagre. – Edward disse dramaticamente.

-Por favor, você não faz mais do que sua obrigação. – Impliquei olhando sobre o ombro. – Você esta deflorando minha mãe continuamente nos últimos meses. Se ela não fosse estéril, eu me preocuparia em ganhar um irmão.

-Espera, o que? – Nós duas paramos na escada e nos viramos para Edward, sua voz tinha até ressoado na escadaria.

Ele parecia em choque... Ué, por que isso?

-Você achou que eu apenas não ligasse para o fato de ficar prenha? – Bella ergueu as sobrancelhas.

-Achei que demônios não poderiam ter filhos.

-E o termo anticristo vem da onde? – Estreitei os olhos. – Nós duas pesquisamos, papi, biologicamente eu sou como um humano, só que mais evoluído, então, eu posso ter filhos. Já mami aqui, bem, ela nasceu com isso.

-Uma pequena piada da vida. – Bella deu de ombros, eu ainda lembrava de quando ela me contou que não poderia ter filhos.

Foi quando nós observávamos Andrew pela primeira vez, nossa! Aquilo parece ter sido a décadas e não apenas dois anos.

-Por que não me contou? – Edward franziu o cenho para ela.

-É irrelevante. – Bella deu de ombros e começou a descer, segui-a rapidamente. – Falar sobre isso não mudara nada.

Chegamos ao térreo do hotel.

Aquele lugar era enooooorme.

Girei olhando tudo, quem diria que Forks teria classe?

-Você encontra o inesperado onde menos espera. – Edward respondeu o meu pensamento, sorri para ele.

-Oh, tem um salão de festa e tudo! Estou chocada! – Corri para lá tão rápido quanto os meus saltos me deixavam.

-Nessie! Você já ficou nos melhores hotéis do mundo. – Bella gemeu atrás de mim.

-Sim, mas eu nunca esperei encontrar algo assim em Forks, isso é quase como ver a Atlântida ao vivo, ok?

-Atlântida? – Edward perguntou em tom baixo.

-Nem pergunte. – Ouvi Bella responder no mesmo tom. – Ela acredita que existe e que afundou e tudo mais.

-E existiu! – Me virei indignada. – Se existe demônios, é obvio que o resto todo existe, certo? – Olhei para Edward ansiosa.

-Hã... – Edward me olhou com o cenho franzido. – Eu não sou tão velho assim para saber, Nessie.

-Então, você não sabe? – Olhei para ele sem expressão.

-Não.

-Você lê pensamentos e não sabe? Qual é o problema de vocês? – Me virei para o salão bufando. – BELLA! – Exclamei animada. – Eles tem um piano! – Bati palmas de tão empolgada que fiquei (Alice anda me influenciando demais).

-Ela toca? – Edward olhou para Bella.

-Não, bem que queria, certo? – Bella deu uma risada para mim. – É uma das coisas que ela falou que ia fazer e nunca fez.

-Parem de falar como se eu não estivesse aqui. – Olhei-os com uma carranca. – Edward, seja útil, me ensine. – Estralei os dedos e apontei para o piano.

-Você acha que ele sabe tocar? – Bella me olhou divertida.

-É claro que eu sei. – Edward rebateu ofendido.

-Sério? – Nós duas perguntamos ao mesmo tempo, eu feliz e Bella incrédula.

-Meu amor, minha mãe era inglesa. – Edward apareceu ao meu lado e se sentou ao piano. – E antes de minha irmã nascer, ela simplesmente tinha que ensinar a alguém, e digamos que eu peguei o gosto. – Dedilhou algumas notas, me sentei ao lado dele.

-Ooooooh. – Olhei-o emocionada. – É tão bonito, toca algo! – Dei uma cotovelada nele.

-Tudo bem, o que? – Me olhou divertido, abri a boca e fiquei ali pensando.

-Não me vem nada a cabeça. – Franzi o cenho. – Bella, ajuda?

-Não, deixe-o nos deslumbrar com seu talento. – Ela disse se aproximando em velocidade humana, bem lentamente.

-Isso soa como um desafio. – Olhei para Edward sugestivamente, ele estava estreitando os olhos para Bella.

– Ela parece não acreditar em meu talento. – Edward observou.

-Bem, você vê, a única coisa remotamente romântica que vi foi esse anel em meu dedo. – Ergueu a mão e nos sorriu diabolicamente.

Eita!

-Eu entendi, você quer uma serenata. – Edward a olhou sorrindo, Bella ergueu as sobrancelhas e se virou de costas olhando redor fingindo que o espaço era interessantíssimo.

-Eu acho... – Chamei a atenção para mim. – Que ela só não acredita que você possa ser um cavalheiro e paquera-la. Pelo o que vi, meio que concordo. – Ele me olhou parecendo falsamente traído.

-Vocês duas não sabem nada... – Bella e eu nos olhamos matutando o que raios ele poderia fazer.

As primeiras notas surgiram no ar, ao menos ele toca...

-I've been so many places in my lifetime...* – Mon Dieu! Ele canta? E ainda por cima canta bem?

Minha boca se abriu em grito silencioso (que foi completamente histérico, diga-se de passagem) de revolta. Eu poderia cuspir nos vampiros por causa da sua perfeição.

-... But we're alone now and i'm singing this song for you. You taught me precious secrets. The truth with holding nothing, you came out front and I was hinding, but now I'm so much better. So if my words don't come together... – Ele deu um sorriso arrasador para Bella. -... Listen to the melody 'cause my love is in there hiding. I love you in a place where there's no space or time, I need in my life, you 're a friend of mine...

Olhei para Bella atordoada com a letra bonita, mas ela encarava Edward com uma emoção que eu não pude identificar. Nunca havia visto aquele olhar, na verdade, ela parecia quase sentir dor...

-And when my life is over, remember that we were together... – Pisquei, Edward dava um olhar para Bella que dava me dando frio no estomago. – We were alone and I was singing a song for you. Yes, we were alone and I was singing a song for you...

E quando ele acabou de tocar as ultimas notas, ficamos em silencio ainda ouvindo o eco da melodia.

-Eu acho que vou chorar... – Comentei espremendo os lábios, tentando conter minhas emoções de meninha quando vê filme agua com açúcar. Coloquei a mão no peito. – Eu te odeio por isso, é pior que a cena final de Diário de uma paixão. Você sabe qual é, né? Eles eram velhinhos e morriam juntos na cama... - Minha voz falho no final, droga! Aquele final mexia comigo.

Edward me olhou divertido e depois olhou para Bella, segui seu olhar, ela estava bem quieta olhando para ele mudinha da silva.

-Talvez eu tenha me apaixonado por você um pouco mais depois disso. – Ela suspirou parecendo chocada. Bella mordeu os lábios e virou de costas para nós, provavelmente disfarçando.

-Bem, eu avisei que vocês não sabiam do que falavam... – Edward comentou se achando a ultima colherada de nutella.

Ouvimos o som de algo vibrando e olhamos para Bella, que olhava algo no celular.

-Eu tenho que atender... – Olhou sobre o ombro e saiu andando rapidamente.

A sala ficou em silencio por alguns instantes depois da saída dramática dela, então me virei para Edward, que olhava para o caminho que Bella foi intrigado.

-Você tem que me ensinar a tocar assim, isso é um fato! – Exclamei empolgada.

-Bem, então vamos começar, não? – Edward sorriu para mim e eu me ajeitei no banco pronta para aprender a ser a próxima... Er...

-Alicia de Larrocha. – Edward falou.

-Hein?

-Você pode ser a próxima Alicia de Larrocha, uma das grandes pianistas do século XX. – Edward explicou. – Tocamos juntos em uma festa, ela estava bem empolgada com o meu conhecimento do instrumento.

Não fique se achando. Revirei os olhos.

-Mas essa é coisa: eu posso. – Ergueu as sobrancelhas arrogantemente.

Emmett P.O.V

-Alguém além de mim não gosta disso? – Perguntei para os dois.

-Como assim? Você ama uma luta. – Esme ergueu a sobrancelha para mim.

-Sim, mamãe, eu adoro uma boa luta com o inimigo, e ocasionalmente com meus familiares, mas não me parece que é uma luta com inimigo e sim com o aliado. – Bufei. – Houve um sequestro, não sabemos se Carmem faz parte, se ajudou... Eu odeio ser traído, sabe disso.

-Rose que o diga. – Jasper comentou. – Você quase a matou com seu sexo com ódio. – Olhei-o ofendido. – Isso é um elogio, irmão, não desperdice seus neurônios pensando sobre isso. – Estreitei os olhos para o loiro.

-Você quer levar porrada. – Comentei mal humorado. – É terceira vez na ultima meia hora.

-E por que não está voando para cima de mim? - Ele sabia muito bem que era por causa de seu dom, estreitei os olhos.

-Por que eu respeito Esme. – Cruzei os braços, Esme me olhou do lugar onde estava ajoelhada pesquisando o rastro no chão.

-Não por que eu estou controlando suas emoções, certo? – Jasper me olhou erguendo a sobrancelha.

-Vai tomar no cu. – Respondi inexpressivamente.

-Vai pra...

-Calem a maldita boca! – Esme exclamou. – Se não pararem eu vou queima-los de dentro para fora, entendido? – Olhou para o chão parecendo intrigada.

-O que? – Olhei-a erguendo as sobrancelhas.

-Pela contagem de passos, Carmem deveria estar andando com elas.

-Eu não acredito! - Bufei exaspero. - Eu vou matar aquela espanhola falsificada.

-Não se precipite, irmão, lembre-se que é da Carmem que estamos falando. - Jasper me tranqulizou. - Ela é uma das mais fieis criaturas do nosso clã.

-Vamos seguir e descobrir o que está acontecendo. - Esme suspirou se erguendo e sumiu das nossas vistas.

Só resta seguir a minha criadora.

Jane P.O.V

Observei Nicolas tomar um gole de champanhe parecendo de bem com a vida, como se tudo fosse unicórnios, arco íris e passarinhos azuis voando e cantando.

-O que? –Quando viu o meu olhar.

-Não devíamos estar aqui, estão procurando nessa área por agora, deveria dar um tempo antes de expô-la tão perto do clã. – Ralhei cruzando os braços.

-Jane... – Se inclinou em minha direção, estávamos cada um em um poltrona esperando a Miss Sunshine sair do provador e pedir nossa aprovação para outro vestido. -... Por que não vai provar alguma roupa?

Franzi o cenho descrente.

-Me desculpe?

-Você é mulher, Jane, deve gostar de fazer compras como qualquer outra. – Estreitei os olhos. – Não estou te ofendendo, ok? Só estou tentando faze-la aproveitar o passeio. Como diz o ditado: "Se tem limões, faça uma limonada".

Bufei me deixando cair na cadeira enquanto revirava os olhos.

-Você é inacreditável.

-O que foi? Fazer compras não é difícil, ainda mais alguém com sua beleza, irá ficar bem até em um saco de lixo. – Comentou causalmente.

-Eu nunca usaria um saco de lixo.

-Uma pena, iria ficar escandalosamente bem em você. – Riu pra si mesmo. – Posso imagina-la usando só aquele pedaço de plástico...

-Por que estamos falando disso? – Perguntei descrente do rumo daquela conversa.

-Por que você se recusa a fazer compras. – Respondeu rapidamente. - Ainda mais quando você precisa, se não me engano, essas são roupas de Nessie.

-Isso é um pecado. – Olhamos para frente, Kara apareceu com vestido casual verde claro. – Aquelas botas lá na frente que encarou, foram feitas para você.

-Você acha? – Ergui a sobrancelha.

-Totalmente. – Acenou com a cabeça solene. - E a calça jeans ali do canto, e não vamos esquecer da seção de vestidos e blusas.

-Bem...

-Eu compro se você não comprar. – Nicolas falou de repente.

-O que? – Dei uma risada seca.

-E então te darei de presente. – Me olhou triunfante. – Logo terá que ser gentil comigo por isso.

-Isso! – Kara, ou Sasha, bateu palminhas e deu pulinhos empolgada.

-Isso não vai funcionar. – Olhei para os dois inconformada.

Bella P.O.V

Voltei para o salão recuperada do meu ataque melodramático. É melhor nem pensar que eu tive que fingir que alguém me ligava para sair da sala.

Um musica encheu meus ouvidos, me aproximei silenciosamente, não querendo atrapalha-los. Parei na porta, Edward tocava e Nessie observava maravilha, parecia uma criança de dia de natal, ou um drogado chapado.

Franzi o cenho para a musica, eu já tinha ouvido antes, mas não me lembrava onde e isso era estranho. Minha memoria era muito boa desde que eu virei demônio, talvez fosse algo que eu ouvi antes da transformação.

Tentei força minha mente a lembrar da musica, mas parecia que eu tinha ouvido em um sonho e isso soa estranho demais até na minha cabeça. A musica adquiriu um tom mais grave, como se quisesse chamar minha atenção, e eu ergui os olhos para eles, nenhum dos dois tinha me notado ainda.

Nessie estava de olhos fechado balançando suavemente o corpo e Edward olhava para o teclado enquanto tocava. Ele parecia tão concentrado que eu aposto que mesmo sem meu escudo me protegendo, ele não iria me ouvir chegando.

Então a musica foi diminuindo o ritmo, se suavizando até que acabou. Nessie suspirou apoiando a cabeça no ombro de Edward, enquanto o mesmo só olhava para o piano parecendo intrigado e satisfeito? Eu devo ser mesmo péssima em ler emoções nos rosto vampíricos, só pode.

-De quem é? – Perguntei os dois me olharam imediatamente tensos, mas virão que era só minha pessoa e relaxaram.

-O que? – Nessie perguntou confusa.

-É uma bela musica. – Comentei me aproximando. – De quem é? – Me inclinei contra o piano e cruzei as mãos.

Edward me olhou quieto por alguns instantes.

-Minha. – Olhei-o curiosa. – É uma musica de ninar. – Deslizou os dedos pelo teclado.

-Tenho que dar o braço a torce, é um bom trabalho. – Comentei com um sorriso, ele soltou uma risada de volta. – Eu odeio isso, mas não posso fazer nada sobre isso.

-É só dizer que eu sou incrível e estamos quites.

-Menos, bem menos. – Revirei os olhos.

-Quem era? – Nessie perguntou curiosa.

-Hã... – Abri um sorriso para ela. – Eu ando fazendo uma pesquisa e o detetive me ligou. – Dei de ombros, não era bem uma mentira, o detetive me ligu antes, não foi agora, mas ligou.

-Que pesquisa? - Edward perguntou com cenho levemente franzido.

-Sobre um certo quadro que você comprou em um leilão. – Sorri falsamente para ele.

-E o que ele disse? – Nessie perguntou.

-Nada demais, vai me mandar por email as informações. – Dei de ombros.

-Por que não pediu para Rose? Ela fez sua própria pesquisa. – Edward comentou brincando com algumas notas.

-Eu não sabia disso. – Olhei-o curiosa. – Por que ela pesquisou sobre o quadro?

-Impostora. – Deu de ombros vagamente. – Bem, deveríamos ir, certo? Já está quase na hora do por do sol.

-Demoramos uma tarde inteira aqui, quão doce é isso? – Nessie comentou se erguendo.

-Uma família feliz. – Respondi sarcasticamente, enquanto me afastava.

-É estranho, mas de certa forma somos família. – Virei e comecei a andar de costas, Nessie parecia ter descoberto o câncer.

Olhei para Edward que observava Nessie de trás dela, no começo eu não entendi seu olhar, mas então me bateu...

Eles eram família mesmo.

-Sim, Nessie, somos praticamente uma família. – Respondi para ela. – Você só conseguiu assimilar isso agora? Por que eu achei que o fato de ficar chamando Edward de pai queria dizer que tinha entendido o significado de casamento. – Acrescentei sarcasticamente.

-E depois fala que eu sou lerdo. – Edward acrescentou jogando o braço sobre o ombro dela.

-Calem a boca. – Olhou para nós desdenhosa. – Primeiro: você é lerdo, Edward. Segundo: Bella, nós três não somos exatamente uma família normal, é meio difícil ligar a palavra conosco.

-Justo. – Dei de ombros e envolvi o braço no de Edward.

-Hey! Precisamos passar no supermercado. – Nessie exclamou de repente. Nós dois a olhamos estranho.

Nenhum de nós comemos, então algo tão normal soa bizarro.

-Por quê? – Perguntei intrigada, de repente Edward deu uma risada ao meu lado, olhei-o questionadora.

-Cale a boca! – Nessie exclamou para Edward.

-Ela quer...

-Cale a boca! – Nessie tentou cala-lo pulando nele.

Bem, não funcionou, Edward era mais forte, mais rápido e lia pensamentos, sinceramente, não sei por que raios Nessie pensou que podia com ele.

-Ok, parem. – Afastei-a bruscamente com meu escudo, ela caiu contra a parede.

-Out! – Nessie fez beicinho e se ergueu. – Poxa, mama, cortou meu barato.

-E você pulou em Edward para não contar algo, desde quando você esconde coisas?

-Desde que você começou a manter segredos. – Arregalei os olhos.

-O que? - Exclamei enquanto a ajudava se levantar.

– Por favor, eu não sou estupida, mas está tudo bem, confio em você. – Limpou as calças e saiu andando claramente um pouco ressentida.

Eu pensei que fosse uma mentirosa melhor.

Senti a mão de Edward em meu ombro, olhei para ele, Edward nem precisava dizer nada, o gesto já falava "Sinto muito" por si só.

-Vamos. – Pedi e segui o caminho que Nessie foi.

Victoria P.O.V

Respirei fundo olhando ao redor me sentindo dormente, pisquei limpando as lagrimas que embaçavam minha visão.

-Está tudo bem, meu amor. – Olhei para cima, havia uma loira me olhando um tanto risonha? O que? – Eu vou te tirar, não se preocupe.

Foi então que percebi que estava presa, olhei para baixo e me vi rodeada de correntes. Soltei um ganido tentando me soltar imediatamente.

-Eu disse para se acalmar, minha querida. – Olhei para a loira assustada, quem diabos ela era?

-Quem é você? – Ela sorriu carinhosamente.

-Eu sou Athenodora.

Bem, Athenodora tinha um rosto de boneca, cabelos loiro-claro puxado para o dourado caiam em ondas ate um pouco abaixo dos ombros. Ela parecia uma mistura de modelo internacional com atriz de hollywood dos anos 30.

Ela provavelmente era uma das pessoas mais lindas que já vi, Rose a superava, mas Athenodora chegava bem perto de ganhar, quase empatando.

-Victoria. – Murmurei quando senti as correntes caindo, um segundo alivio se apossou do meu corpo. – O que é isso?

-Prata, a única coisa que pode prender um vampiro. – Ela respondeu, me deixei cair no chão. -Você passou por uma experiência muito dolorosa, amorzinho. – Acrescentou me entregando uma blusa, foi então que percebi que estava só de sutiã.

Então me lembrei de como fui parar naquela situação, fiquei tensa pensando onde Marcus estava.

-O que aconteceu? – Perguntei atordoada, enquanto colocava a blusa.

-Marcus não te explicou? – Ela pareceu realmente indignada. – Bem, você acabou de passar por um ritual que te permite andar no sol. Você basicamente ficou o dia inteiro queimando no sol, sinto muito querida, mas não havia outro jeito, tudo vem com um preço.

-Então, eu posso andar no sol agora...

-Sim, sem precisar nenhum talismã que te protege ou algo assim.

-Eu poderia usar um talismã? – Aquilo parecia bem menos doloroso.

-Sim, mas tem seu ponto fraco, podem tirar de você e assim queima-la. Por isso o feitiço definitivo, apesar de doloroso, é o mais aceitável.

-Hã... – Murmurei franzido o cenho, ainda me sinto perdida. – Onde estou?

-Na floresta. – Ela sorriu. – E não se preocupe com sua irmã. – Ergueu o meu celular. – Eu mandei uma mensagem dizendo que ia dormi na casa da Isabella Swan.

-Obrigada... Eu acho.

-Venha, minha querida, venha conhecer os outros. – Ela estendeu a mão.

-Outros? Quer dizer os Volturis? – Olhei-a curiosa, enquanto aceitava sua mão.

-Sim, você agora faz parte dos Volturis.

-Riley me explicou que eu tinha que escolher entre os clãs, não que tenha sido me dado uma escolha. – Athenodora (nome diferente, não?) deu uma risadinha que parecia sininhos tilintando aos meus ouvidos.

-Victoria, você não é um membro do clã Volturi. – Olhei-a confusa. – Você e Marcus compartilharam sangue.

-E o que isso significa? – Perguntei cautelosamente.

- Agora você faz parte da família Volturi, não do clã. – Me olhou com serenidade enquanto caminhávamos. – E família é a única coisa em que podemos confiar completamente, tenho certeza que sabe disso.

-Corte a ladainha, mulher. – Athenodora revirou os olhos quando ouvimos uma voz masculina falar, ela me puxou bruscamente.

-Meu marido é uma mula estupida que me mantem sempre vigiada, mas eu ainda o amo. – Sorriu para mim divertida.

E segundos depois tínhamos corrido o que provavelmente demoraria dez minutos de caminhada. Havia três homens e uma fogueira.

Eu apenas reconheci Marcus dali , mas o loiro e o outro moreno me eram desconhecidos.

Obviamente os três formavam um trio muito bonito. O loiro tinha cabelos na altura do ombro, enquanto o moreno tinha o cabelo penteado para trás e era curto, como o de Marcus.

-Não seja rude, Caius. – O de cabelos pretos comentou me olhando com um sorriso. – Não é que ela é uma coisinha linda quando não está gritando desesperadamente?

-Nisso eu concordo irmão, bom gosto Marcus. – O loiro comentou dando uma risada, franzi o cenho para os dois.

-Calem a boca! – Athenodora ralhou. – Esses dois deselegantes cavalheiro são Caius, meu marido. – Apontou para o loiro que me olhou satisfeito com alguma coisa. –E Aro, irmão de consideração dele. Marcus você já conhece. – Revirou os olhos apontando para o entediado vampiro. – Bem, os três são os lideres Volturis, a sua nova família.

Por que não me deixaram morrer?

Quer dizer, Caius parece estar maquinando algo enquanto me olhava acenando para si mesmo, Aro tem um sorriso malicioso que esta me irritando e Marcus...

Bem, não dá pra entender o que ele está pensando, enquanto olhava para as chamas.

-Tem mais algum ritual doloroso para passar? – Perguntei com um suspiro.

-Não, é só isso. – Athenodora respondeu.

-Talvez você passe por tortura, mas isso seria os nossos inimigos, não a gente então... – Caius deu de ombros.

-Inimigos? – Perguntei confusa, os quatro olharam para mim.

-Onde foi que você a arranjou, Marcus? – Caius, loiro aguado, perguntou desdenhoso.

-Ele não arranjou, Isabella Swan demandou para que ele a pegasse e como agora nós recebemos ordens de crianças. – Aro disse com um sorrisinho falso.

-Não é como se eu quisesse estar aqui, então, só me deixem ir e pronto. – Falei em meu melhor tom tranquilo.

-Você não quer fazer parte dos Volturis? – Athenodora perguntou surpresa.

-Por que eu ia querer fazer parte da policia vampírica? Eu tenho uma eternidade pela frente, não quero passar esse longo tempo sendo a babá dos vampiros. – Revirei os olhos, ate mesmo Marcus me olhou depois dessa.

Todos pareciam estar em uma mistura de choque, estranheza e descrença.

-Nós somos a autoridade, os mais poderosos...

-E dai? Você mesmo disse que tem inimigos, quem quer viver assim? Sério, eu quero sair. – Disse cortando Athenodora.

-Você está brincando? Ela está brincando? – Aro olhou para Marcus erguendo as sobrancelhas.

-Por que eu sinto que já passamos isso antes? – Caius perguntou divertido. – Ah sim! Por que passamos, com os Cullen. – Olhou para mim cima a baixo secamente.

-Eu a quero para mim. – Aro falou de repente. – Tem um espirito rebelde maravilhoso.

-Não é rebeldia, cara, eu só quero viver minha vida. – Cuspi para ele.

-Você não pode. – Athenodora colocou a mão em meu ombro. – Quero dizer, sair, você não pode sair, viva sua vida ao máximo, isso eu apoio totalmente. – Tinha um olhar solene realmente engraçado.

-Eu não escolhi isso.

-Você não teria oportunidade de escolher, iria ser morta pelos Cullen naquele dia. – Olhei para Marcus tensa, era a primeira vez que ele falava. – Você atacou Isabella Swan, filha de um membro importante em nosso clã e noiva de Edward, ela simboliza uma fortificação de nossa aliança com os Cullen.

-Então, por que não me mata? Ela é sua aliada também. – Franzi o cenho.

-Ela me pediu para salva-la, para fazer isso tinha que faze-la ser importante Victoria, um membro da família Volturi era a opção mais rapida. – Marcus explicou.

-Se ele simplesmente a largasse por ai, Victoria, seria caçada e morta. – Athenodora acrescentou em tom adoçado.

-Então, não há maneira de voltar atrás?

- Não terá por que querer voltar atrás quando eu acabar com você. – Aro sorriu par mim, bufei impaciente com suas insinuações.

-Acabar comigo? – Ergui a sobrancelha furiosa, o sorriso idiota dele se intensificou. Athenodora pigarreou e olhou para o marido.

-Pare com isso, não vai funcionar. – Caius falou prontamente para Aro. – Marcus irá finalmente acabar com seu longo período de abstinência com ela, não queremos mais brigas que o necessário. – Essa ultima parte me pareceu mentira, ele queria briga.

Espera ai...

-É o que? – Entrei em pânico.

-Eu não a peguei como companheira, já lhes disse. – Marcus revirou os olhos, senti um alivio me invadindo. – Falando nisso, onde está ela?

-Ela? – Olhei para eles confusa.

-Sulpicia, a companheira de Aro. – Senti um certo veneno na fala de Athenodora ou foi impressão?

-Ela deveria estar aqui. – Aro respondeu pegando o celular.

-Quem está a escoltando? – Caius perguntou curioso.

Um arrepiou subiu pela coluna e meu estomago deu um nó, olhei ao redor rapidamente. Eu conhecia aquela sensação, eu sabia de alguma forma que o perigo nos rodeava.

-Eu não sei, ela muda sempre, mas falou que viria ao por do sol, isso faz meia hora. – Aro comentou enquanto colocava o celular na orelha.

Minhas mãos ficaram tremulas, então cravei-as no tronco, era como se eu tivesse acabado de ver um filme de terror e tinha ido dormi no escuro.

A sensação de que não estava sozinha, que a escuridão escondia perigo.

Eu estava com medo.

-O que foi? – Olhei para Marcus, ele me observava atentamente.

-Temos que sair daqui. – Disse rapidamente, nem tive tempo de refletir em minhas palavras. Os outros me olharam de repente.

-Por que diz isso? – Caius perguntou intrigado.

-Eu não sei. – Minha garganta estava seca. – Só sinto que estou em perigo. – Me ergui olhando ao redor tremula.

-Não fique aflita, minha querida, você está segura conosco. – Athenodora tocou em meu braço, tentando me acalmar, mas eu já estava negando com a cabeça.

-Está vindo. – Dei um passo para trás, olhando ao redor temerosa.

-Marcus? – Aro olhou para ele impaciente.

-Eu lhe disse que ela tem um dom, escapou dos Cullen de alguma forma...

-Que espécie de dom seria esse? – Athenodora perguntou intrigada.

Algo apitou em mim, me virei bruscamente para Athenodora e a empurrei no chão. Algo passou apitando na minha cabeça senti um arrepio passar pelo o meu corpo.

Nem tive tempo de respirar antes de ser puxada de cima de Athenodora.

-O que diabos foi isso? – Caius perguntou já ao lado de Athenodora, Aro estava olhando ao redor e Marcus (que tinha me puxado de cima de Athenodora) estava tirando da arvore a estaca prateada que não atingiu Athenodora.

-Quem foi? – Aro perguntou circulando ao redor em guarda, Athenodora e Caius pareciam escutar tudo ao redor também.

Enquanto a mim... Bem, eu estava em pirando, pois de alguma forma sabia que estava no meio de uma zona de guerra!

-Temos que nos esconder, eles tem algo que pode nos machucar. – Marcus comentou com a estaca na mão.

-O que? – Athenodora franziu o cenho e tomou a estaca prateada da mão dele. – Oh deuses! – Então ela falou algo em uma língua completamente estranha.

Eles responderam na mesma língua, então eu me perdi totalmente. Mas pareciam ainda mais cautelosos e ela assustada.

Legal, eu estou com um grupo de vampiros muito poderosos e eles estão com medo, o que será de mim?

Meu pensamento foi cortado quando a sensação apitou de novo e eu me agachei, de novo algo passou zunindo por cima da minha cabeça.

-Como você fez isso? – Aro olhou para mim intrigado. – Eu não vi essa vindo, e vocês?

-Victoria? – Athenodora me olhou curiosa.

-Eu não sei, instinto. – Dei de ombros em pânico crescente.

-Athenodora, vá com ela. – Marcus falou de repente.

-O que? – Caius o olhou todo defensivo.

-Se há alguém que pode escapar ileso é Victoria, Athenodora estará segura com ela, nos precisamos nos separar.

-Não precisamos nos separar assim! Ela uma recém-nascida! – Caius retrucou revoltado.

-Ele está certo Caius, as chances de Athenodora sobreviver são maiores com Victoria, além do mais ela sabe se cuidar– Aro rebateu.

-Mas...

-Vamos, Victoria. – Athenodora o cortou exaspera vindo em minha direção.

-Victoria? – Me virei quando ouvi a voz de Marcus. – Boa sorte. – Acenei perturbada e puxei Athenodora pelo caminho que achei seguro.

Aquilo é tão estranho, eu não devia saber qual é o seguro e...

Oh droga! Não é mais seguro.

Apertei ainda mais a mão de Athenodora e acelerei a corrida, estavam se aproximando...

Parei bruscamente e deixei um corpo passar por nós, prendi a respiração chocada.

Um vampiro se ergueu e rapidamente foi em nossa direção, mas Athenodora me empurrou para trás e bloqueou o ataque.

Oh meu Deus! Eu não acredito no que estou vendo.

Ela luta!

Athenodora, a diva do cinema, loira feito a barbie, toda delicada, luta pra caramba! Parece que estou vendo um daqueles filmes de ação que James me fez assistir, só que Athenodora usa mais golpes acrobáticos e é bem mais letal.

Mais um entrou na briga do nada, pensei em atacar, mas eu faria mais besteira do que outra coisa, meu negocio é fugir.

Minha boca se abriu quando eu a observei lidar com eles muito bem. Ela chutou a estaca prateada da mão de um dos vampiros e o empurrou contra uma arvore, então...

Oh meu Deus! Ela arrancou a cabeça de um vampiro com as pernas ou foi impressão minha?

O outro vampiro se ergueu e teve as presas dela afundadas no pescoço, um som de carne sendo dilacerada se ouviu enquanto ele rosnava tentando tira-la dali.

Ok, essa claramente é minha deixa, peguei a maldita estaca e corri em direção a eles, então afundei o treco nas costas dele. Athenodora tirou os dentes e puxou os cabelos dele arrancando o resto da cabeça.

-O corpo dele... – Murmurei olhando para o corpo apodrecido no chão.

-O vampiro fica desse jeito quando morre assim, mas muito raro ver um corpo nesse estado, normalmente vampiros são mortos por fogo.

-Como você...? Ele...? Então... – Gemi tentando organiza meus pensamentos.

-Caius gosta de me manter vigiada por que tem medo que ocorra um ataque em massa contra mim, mas isso não significa que eu não posso lidar com os vampiros por mim mesma.

-Quem é você? – Olhei-a incrédula.

-É difícil achar uma palavra, mas acho que sua nova irmã chega bem perto, vamos? - Empurrou cabelo para fora do rosto e sorriu para mim.

Jasper P.O.V

-O que você está fazendo? – Perguntei bufando.

-Olhando meu email. – Emmett respondeu sem desgrudar os olhos do celular.

-Fale sério. – Esme pediu impaciente.

-Google Earth. – Ergueu o celular mostrando a imagem via satélite. – Estamos aqui e eu acho que a trilha nos leva para essa área perto do mar, provavelmente tem uma caverna.

-Esperto, penso nisso sozinho?

-E eu estou mesmo olhando meu email, ok? – Emmett continuou me ignorando. - Rose me mandou uma lista de casas para escolher e Nessie me mandou uma mensagem perguntando se pode pegar meu dvd do clube da luta emprestado. – Ergueu o celular, nós olhamos para ele.

-Desliga essa coisa. – Esme ordenou.

-Espera ai. – Ele digitou algo em velocidade máxima. – Ok. – Ouvimos o vibrar do aparelho e ele guardou no bolso. – E agora? – Olhei para Esme.

Ela não respondeu apenas saiu correndo, seguido a trilha, e Emmett estava certo.

Era uma caverna, só que tínhamos que pular o precipício.

-Ouvem? – Esme sussurrou, acenamos com a cabeça.

Havia gritos e sons de golpes sendo dados, e xingamentos em outra língua que eu não entendi (o que elimina cinco possibilidades de língua).

Então, Esme pulou e a seguimos, ela pousou suavemente e nós um tanto mais bruscamente, por que não somos delicados.

O barulho deve ter alertado o pessoal lá dentro, já que um vampiro voou em nossa direção com os dentes arreganhados.

Esme lançou fogo nele e o coitado caiu no chão gritando.

-Jasper. – Esme pediu sem se mover e eu acalmei todo mundo lá dentro imediatamente.

Nós entramos e vimos todos os três vampiros nos recebendo com um sorriso educado, o mundo era realmente irônico.

Eu adorava meu poder.

-Hum... – Ouvimos gruídos abafadamente, Emmett seguiu para dentro da caverna e soltou uma exclamação surpresa.

-Gente! Vocês tem que ver isso! – Esme e eu compartilhamos um olhar.

Edward P.O.V

-... E por isso é mais fácil comprar os anéis de cebola. - Nessie terminou de explicar por que mudou de ideia e não quer ir mais ao supermercado e sim a lanchonete da cidade.

-Você vai ter um encontro com Jake? – Bella sorriu para Nessie.

-Não! Só estamos indo assistir clube da luta em privacidade. – Nessie a olhou na defensiva.

-E quem sabe se beijarem. – Completei divertido. – E talvez avancem para a próxima base.

-Então terminam tendo vários filhotinhos nove meses depois. – Bella acrescentou rindo, de repente Nessie avançou entre as cadeiras do carro e pulou em cima de Bella que gritou surpresa.

Perdi o controle do carro, já que a perna de Nessie empurrou meu braço.

-Hey! – Exclamei tentando recuperar o controle do carro. – Briga de garotas só vale fora do meu carro! – Acrescentei dando um tapa na coxa de Nessie, tentando empurra-la para trás.

-Me largue! – Bella exclamou a empurrando de uma vez para trás.

-Ele bateu na minha bunda? - Nessie pareceu indignada, ela ligou a ação a pais que batendo no traseiro dos filhos.

-É claro que não. – Revirei os olhos. – Mas você bem que merece, onde já se viu pular em alguém assim dentro um carro em movimento? – Olhei-a mal humorada.

-Desde quando você se importa? – Nessie cruzou os braços.

-Eu gosto desse carro, ok?

-Você se importa com o carro e não com o fato de que ela me atacou?

-Basicamente. – Dei de ombros, Bella abriu a boca. – O que? Ela não vai te matar, o meu carro pode bater e isso é irrecuperável.

Nessie inclinou entre os assentos e agora eu tinha duas testas franzidas para mim.

-O que há com você e o carro? – Nessie perguntou me olhando estranho, sua mente gritava "esquisito" para mim.

-É o meu carro favorito. – Respondi revirando os olhos. – Eu conheci o dono da empresa, na verdade, eu investi nela.

-E quando foi isso? – Bella perguntou erguendo a sobrancelha.

-1913.

-As vezes eu esqueço o quão velho você é. – Bella franziu o cenho para mim. – Nessie, imagine como ele deve ficar quando atrapalham a visão para o jogo de futebol?

-Muito engraçado. – Olhei-as secamente.

-Então... Você esta com raiva? – Bella perguntou mal disfarçando o sorriso, apenas lhe lancei um olhar em resposta.

-Uuuh, olhar assassino. – Nessie comentou sorrindo.

-Quando foi que vocês duas fizeram as pazes?

-Em algum momento entre eu pular nela e você me estapear. – Nessie disse pensativa.

-Mulheres. – Revirei os olhos, estacionei o carro na lanchonete da cidade.

-Oh droga! – Bella exclamou de repente.

-O que? – Nessei a olhou curiosa.

-Lauren morreu, devem estar fazendo alguma reunião para ela.

-Acertou em cheio. – Disse ouvindo os pensamentos lá dentro, Jessica estava se acabando de chorar, enquanto Mike a apoiava um tanto traumatizado. – Vamos entrar, Angela está lá dentro.

-Mentira! – Nessie exclamou saindo enquanto Bella me olhava com os olhos arregalados, mandíbula travada e boca espremida.

Ou ela estava em choque, ou com raiva, talvez os dois...

Seguimos Nessie em direção a porta, trouxe Bella para junto de mim e coloquei minha expressão de seriedade e pesar.

Entramos no lugar e um lado inteiro ocupado com pessoas de preto, no outro lado, estavam as pessoas de sempre ignorando o choro deles (Jessica e suas amigas). Bella suspirou baixinho quando vu Angela segurando a mão de Jessica e fazendo cara de pesar, o namorado dela, Ben, estava ao seu lado com um rosto tão sério quanto eu.

Ele também estava possuído, poda ver apenas pela forma que me olhava, Angela controlava os pensamentos muito bem antes, assim como Ben, então eu não conseguia pegar algo importante deles.

Ambos os demônios tinham um controle mental muito mais avançando que um simples humano, então vinha mais facilmente para eles. Com James, foi a mesma a coisa, Bella é exceção e Nessie tem o dom de transmitir pensamentos, então ela sabe como corta um pensamento, apesar de não fazer isso muito.

-Por que estão olhando? – Bella perguntou intrigada com os olhares quando nos aproximamos.

Jessica olhou para nós quando chegamos e parou de chorar repentinamente. Li exatamente o que ela pensava, eu poderia ter parado sua ação, mas teria que entregar minha velocidade sobrenatural.

Por isso ela se ergueu e andou até Nessie determinada.

-É SUA CULPA! – Nesse arregalou os olhos. – LAUREN MORREU POR SUA CAUSA! – Nessie abriu a boca, mas levou um tapa na cara.

Jessca soltou um gruído e se virou, porém, Nessie agarrou seu braço e a puxou bruscamente.

-Quem você pensa que é para me bater? – Perguntou parecendo muito puta da vida, Bella tentou se mover, mas eu a segurei no lugar, ela me olhou com uma leve ruga na testa.

-Lauren se afastou para te ajudar por que Jake pediu! Aliais onde está seu namoradinho assassino?

-Jake não matou ninguém! Você é louca?

-Todos nós sabemos que o povinho de La Push tem suas tradições bizarras, primeiro foi o Tyler, agora Lauren, a namorada dele, coincidência não? – Olhou-a sarcástica. – Sem contar, que por uma questão de fato James também sumiu.

-E o que isso tem a ver comigo? – Nessie franziu o cenho.

-Todos sabem que James tinha uma queda por Bella, vocês Cullen são estranhos, é o mesmo DNA! – Olhei ao redor, vendo que todos concordavam com ela.

Não podia culpa-los, eles estavam tão invejosos pela beleza de nossa espécie que qualquer explicação os fariam se sentir melhor. Humanos podiam ser criaturinhas realmente mesquinhas.

Isso sem contar que Ben tinha um dom de expandir a influência de uma pessoa, fazendo as pessoas concordarem com tudo que falavam, parecido com o que Rose fazia, só que ele apenas influenciava, o demônio não podia plantar novas coisas ou mandar, como Rose ou Carlisle.

Ainda assim, ele aumentou a desconfiança das pessoas e de repente todos concordavam com ela, como se Jessica fosse o próprio Hitler cuspindo a pureza da raça.

-Espera ai, você está chamando meu namorado, meu irmão e eu de assassinos? Você está se ouvindo? – Nessie estreitou os olhos. Nenhum dos dois tentem se meter! Atirou o pensamento para mim e Bella, nós dois nos olhamos.

Ambos compartilhávamos desgosto pela situação.

-Sim, vocês devem ter montado algum tipo de seita bizarra! Os Cullen são muito estranhos, o pessoal de La Push é amigável, mas não chegam perto da cidade por algum motivo. Isso até que você apareceu, e adivinha? Você é uma Cullen!

-E quem me garanta que você não matou Lauren? Afinal ela estava trepando com o seu namorado, ops! – Nessie colocou a mão na boca falsamente arrependida. Prendi o riso ao ver o choque no rosto de Jessica. – Ele não é mesmo seu namorando, me desculpe, esqueci que Mike só está a usando como uma cadelinha de estimação.

Jessica soltou uma exclamação de revolta e ergueu a mão para bater em Nessie, só que desta vez ela segurou e usou mais força do que devia. Jessica perdeu a coragem, pude sentir o cheiro de seu medo penetrar o ar.

-Você me bateu uma vez, mas isso não vai acontecer de novo. – Nessie cuspiu em tom baixo. – Eu vim aqui para me juntar a vocês, por que eu sinto muito por Lauren, apesar de tudo. – Largou Jessica bruscamente. – Ao contrario do que você pensa, querida, não tenho motivo para matar Lauren. E Jake se mudou para a escola, por que nós dois somos apaixonados e queremos ficar perto um do outro, já que é isso que namorados gostam de fazer. Agora, se me dão licença. – E se virou indo em direção ao balcão para comprar os tais anéis de cebola.

Todos ficaram em silêncio, um tanto envergonhados, um tanto desconfiados. Vida não é simples, fazer o que?

-Então... – Bella pigarreou. – Ela meio que disse o porquê de estarmos aqui. – Tentou sorriu, era obviamente falso. – Meus pêsames, não era realmente amiga de Lauren, mas não desejava a morte dela. – Do jeito bem torto dela, Bella falava a verdade.

Eu também nunca senti pena de Lauren, me lembro que ela foi a primeira a ir para minha cama nessa cidadezinha. Eu nunca cheguei a morde nenhuma delas por aqui, só usei as colegiais para sexo, afinal não poderia sair mordendo todas as garotas da cidade. Não importa o quão divertido eu achasse que seria ver todas em pânico e ao mesmo tempo excitadas se achando especial como se fosse algum livro de romancezinho sobrenatural da moda estupido.

Bella afundou as unhas em minha mão.

-Meus pêsames. – Acenei com a cabeça bem friamente, eu não gostei dela ter levantado a mão para Nessie, mas a semidemônia sabia cuidar bem de si mesma e Jessica tinha um pouco de cuspe no rosto pela fúria que Nessie falou.

Então eu estava bem com isso.

Puxei Bella para sair, Nessie acenou do balcão nos dando um sinal para esperar lá fora. Angela se ergueu e nos seguiu, nos parando no meio da lanchonete de proposito.

-Sinto muito pela Jessica, ela está realmente triste. – Fez cara de pesar, Bella olhou ao redor, pessoas nos escutavam, ela não poderia falar livremente.

-Está tudo bem.

-Realmente não faço ideia da onde ela tirou aquela ideia de seita, como se uma cidadezinha como essa iria ter algo do tipo, certo? – Sorriu inocentemente. – Como está aquele seu amigo que me apresentou nas férias?

-Amigo? – Perguntei intrigado, Bella parecia estar tão confusa quanto eu. Então a imagem brilho na mente dela.

-Thomas, é claro, ele é tão parecido com meu amigo Bryan, sabe? Quase como se fossem uma única pessoa. – Angela me observou com um brilho no olhar. – Eu realmente adoraria saber como ele está.

-Eu acho que bem, ouvi dize que se acidentou. – Bella a olhou furiosa. – E sua prima Irina?

-Ótima, é claro, o bom gosto para homens melhora a cada dia. – Sorriu para mim. – É melhor eu voltar lá, Jessica precisa de mim. Até mais, irmã. – Sorriu reconfortantemente e seguiu em direção ao grupo.

Bella me puxou para fora quase que imediatamente e não parou até chegarmos no estacionamento, no meu carro mais precisamente.

-Isso foi bonito. – Bella comentou ao lado do carro.

-Nem me fale. – Enrolei meu braço em sua cintura e nos rodei até que eu estava encostado no carro e ela apoiada em mim. – E ainda não acabou. – Acrescentei sobre o ombro deixando Bella seguir meu olhar, ela enrijeceu quando viu o carro com seus primos se aproximando.

Eles obviamente tinham que para ao nosso lado, Bella saiu dos meus braços e cruzou os braços, olhando para eles, nem me preocupei em me mexer, estava bastante confortável em minha posição.

Olhares cheios de rejeição foram trocados.

-E olha quem está aqui. – Willian comentou. Oh maravilha! A maioria deles culpavam Bella pelos acontecimentos, pelo menos tinha sua exceções: uma das primas de Bella e Emily, é claro. – A Srta. Poderosa.

-Will, sempre com os apelidos inteligentes. – Bella cumprimentou no mesmo tom sarcástico. – Você tem muita sorte de ser bonito.

-Não é sorte, é magia. – Uma delas brincou, Pamela.

– Faz o que? Três anos, Bella? – Veronika, talvez a que mais amigável de todos, ofereceu um sorriso pequeno para Bella. Ela era que não acreditava que tudo era culpa de Bella.

Tanto Veronika quanto Emily não eram tão influenciáveis por Madeleine. Não tenho tanta certeza do por que disso, acho que a mãe dela e Renné eram apegadas uma a outra.

-Algo assim. – Concordou dando de ombros. – O que fazem aqui?

-Ainda somos humanos, sentimos pesar pelas mortes. – Henry tinha que se intrometer. – E vocês?

-Passávamos pela vizinhança e Nessie quis parar, quem diria que fariam uma reunião para Lauren? Sempre tive a impressão que ela não era muito apreciada. – Bella disse ironicamente.

-Hey, Bella, Edward falou com você sobre o arranjo de se juntar a nós nas aulas que Sue vai dar? - Emily perguntou ansiosamente.

-Nós? Como se incluísse todos do coven? – Bella perguntou curiosa, oh droga! Essa parte foi decidida depois, agora, como raios vou explicar isso para Bella?

-Sim, eles quiseram se juntar para me ajudar e tudo mais.

-É o que um coven faz, eles ficam juntos. – Veronika respondeu, ela é a segunda no comando, eu quase podia provar a bondade que vinha dela.

O coven deles era formado por cinco pessoas: Emily, Veronika, Henry, Willian, Pamela. A líder tinha como elemento a energia, algo complicado demais para descrever, mas a melhor maneira de dizer era que ela era o quinto elemento da natureza, o mais poderoso.

O resto era agua (Veronika), fogo (Henry), terra (Willian) e ar (Pamela).

Esse era o novo coven das famílias bruxas do sangue Karlec, é claro, havia outros bruxos mais novos que iriam forma outros covens.

-Maravilha. – Bella comentou sorridente (o que me assustava uma pouco), então finalmente percebeu os olhares deles para mim. – Oh! Hã... Esse é o meu noivo, Edward.

-Cullen. – Pamela (que prefere ser chamada de Pam) acrescentou parecendo estar vendo a coisa mais fascinante do mundo, enquanto me observava. Os Cullen mantinham uma reputação e tanto, e não eram muitos que tinham nos visto pessoalmente.

Além do mais, eles não estiveram no funeral (ocupados em arrumar o ritual de unificação), então eu era o primeiro vampiro que eles viam na vida.

Por isso as garotas pareciam um tanto assombradas por Emily está certa e eu não ser velho, nem aterrorizante. Veronika me achava parecido com um anjo, o que era irônico. E Pamela, por sua vez, só babava e pensava que se eu era assim, sendo um Cullen, provavelmente desmaiaria se visse um dos Volturis em pessoa.

-Sim, Cullen. – Sorri sem dentes, não queria assustar a bruxinha, talvez ela acabasse desmaiando.

-Desculpa pergunta, mas qual deles é você? – Pamela perguntou, Veronika deu um tapa no braço dela.

-Como assim? – Bella me olhou confusa, enquanto eu dava uma risada baixa.

-Ela quer saber qual dom eu tenho. - Sussurrei em tom baixo o suficiente para ela ouvir, mas eles não.

-Ela não o ligou pelo nome? – Bella perguntou ainda mais baixo, eles franziram o cenho vendo os lábios dela se mexerem, mas sem ouvirem um som vindo dela.

-Nós não saímos divulgando quem tem tal dom, as pessoas sabem sobre os dons temos, mas não sabe quem especificamente, você é uma das poucas exceções com quem falamos diretamente. – Olhei para eles. – Confesso que estou surpreso por Emily não ter contato. – Olhei para Henry com um sorriso.

-Você sabe qual é o dom dele? – Willian perguntou olhando feio para Emily.

-Você pediu segredo, eu cumpro minhas promessas. – Emily sorriu singelamente para mim, correspondi gostando do fato que Emily ter certo código moral e manter sua palavra.

Significava que Bella estava segura contra aquele coven.

-Você vai responder? – Estreitei os olhos para a insistência de Henry.

-E aê? O que eu perdi? – Nessie apareceu ao lado deles, assustando ao coven. Bella e eu apenas a olhamos serenamente, não estávamos realmente surpresos pois ela não tinha aparecido do nada ao nosso ver, nós tínhamos a visto se aproximar em velocidade sobrenatural.

- Dá onde você surgiu? – Willian perguntou estressado, Nessie revirou os olhos com um sorriso brincando nos lábios.

-Por que estamos falando com humanos? – Perguntou arrogantemente, ignorando a todos ali. Estou entrando no moden vadia com esses bruxos de merda que tentaram macumbar Bella. Decidiu mentalmente.

Segurei a risada o melhor que pude.

-São os meus primos, menos a Emily. – A bruxa loira virgem, ela é o que? A nova versão da Glinda, a bruxa boa? – São todos bruxos, Nessie.

-São um tipo de diferente de humanos, ainda assim são humanos. Cheiram como um e você sabe o quanto eu aprecio um bom cheiro. – Olhou para eles diabolicamente divertida.

É normal ficar excitado com isso? Willian se perguntou mentalmente, Jake iria odiá-lo de primeira.

-Nessie, controle a lingua, estamos em trégua e eu não acho que seria bom irritar os bruxinhos. – Bella repreendeu em tom baixo. - Então, nós temos que ir. – Bella olhou para eles. – Eu acho que nos vemos na aulas com Sue. – Forçou um sorriso.

-Ah sim, até mais! – Emily acenou com um sorriso.

Me virei e abri a porta para elas, Bella parou com o pé dentro do carro e depois se virou para Henry.

-Sinto muito pelo acidente de carro, mas eu estava com raiva naquela hora e tinha alguém precisando de ajuda, ainda assim, eu sinto por Sansa e Diana. – E depois se virou para dentro do carro, ignorando tudo e todos.

Senti uma pontada de orgulho dela, precisa de coragem para ignorar toda a frieza e rejeição das pessoas, e ainda mais coragem para pedir desculpas.

Rose P.O.V

-... Sim. – Thomas respondeu sonhadoramente, me afastei e olhei para Jacob e Leah.

-Não acho que vá adiantar, mas ao menos ele vai lutar contra o pai quando o mesmo tentar possui-lo novamente. – Suspirei me sentando na mesa, Thomas piscou e me olhou assombrado, sorri para ele. – Sua mãe chegou. – Acrescentei para Leah.

Sue bateu na porta e Leah foi atender, a mãe dos transfiguradores vinha acompanhada de duas jovens, bruxas também.

Thomas suspirou ao meu lado, olhei para ele.

-Não se preocupe, tudo vai ficar bem. – Tranquilizei-o divertida.

-Como você pode saber?

-Por que um dia você vai morrer, não importa se será em breve ou daqui algumas décadas, apenas que quando acontecer vai encontrar paz.

-Isso é muito reconfortante. – Ele me olhou sarcástico.

-Isso é muito mais do que eu tenho, valorize sua humanidade, Thomas, ela é mais preciosa do que pensa. – Ele me olhou, apenas lhe dei meu usual sorriso falsamente meigo e me ergui da mesa. – Então? – Olhei para Sue e suas assistentes.

-O feitiço que os conecta é muito mais complicado do que pensei, não consegui quebra-lo. – Suspirou e se aproximou de Thomas.

-Eu gostaria de agradecer pela discrição. - Acrescentei a encarando séria. - Sei que corre riscos por não contar as Volturis a localização do fugitivo.

-Leah e Seth correriam perigo se eu contasse. - Disse um tanto secamente. – Iremos tentar mais algumas coisas, não se preocupe. – Segurou o braço de Thomas e o puxou lá pra fora, Leah os acompanhou, apenas Jacob ficou na cozinha.

-O que? – Ergui a sobrancelha, enquanto ele me olhava intrigado.

-Como é? – Sorri para ele esperando continuar a pergunta. – Como é viver tanto tempo?

-Isso depende. – Ele me olhou curioso, decidi satisfaze-lo um pouco. – Quando você acorda de toda aquela dor, é um novo mundo que te espera lá fora, literalmente... - Dei uma risada baixa lembrando dos primeiros segundos como vampira - Só a possibilidade de ter a eternidade inteira para explora-lo é maravilhosa, mas depois de algum tempo isso se torna uma maldição também.

-Não vejo como. – Jacob me olhou cético.

-Não vê? Que tal ver cada pessoa humana que me importa morrer? Não posso simplesmente transforma cada humano por qual me sinto bem, o preço a pagar é alto e muitos não tem força o suficiente para aguentar.

-Você fala da dor da transformação?

-Eu falo do fato de se torna um assassino, constantemente querendo sangue e nunca ficar completamente saciado. Se não tomar cuidado, sangue se torna o único motivo de viver e é precisamente ai que paramos de viver e passamos a apenas existir, e isso é a coisa mais triste do mundo.

-Você fala como se tivesse vivido isso... – Ele comentou me olhando intrigado.

-Oh não! Eu tive sorte, ou melhor, eu tenho Emmett. – Dei uma risada. – Mas eu conheci vampiros que viveram assim e ainda vivem, inclusive.

Meus pensamentos irremediavelmente se voltaram para Edward. Ele foi assim, não completamente, é claro, mas tinha seus momentos de recaída.

Quando isso aconteceu pela primeira vez, eu chorei por ele, não tinha conhecido Emmett ainda e Edward tinha se tornado um amigo por que havia me ajudado com minha vingança ao meu assassino...

Me lembro que vê-lo cercado de corpos, coberto de sangue apenas sentado no sofá sem fazer nenhum movimento me assustou pra caramba. Então, ele me olhou e o seu sorriso obscuro me deixou gelada por dentro.

Esme me explicou que Edward ficava assim naquela época por que foi quando sua mãe morreu. Eu prometi a mim mesma nunca chegar aquele ponto e que ajudaria Edward, foi assim que aprendi a tocar piano e a dançar valsa.

Nós dois formamos um dupla e tanto, teve uma vez que Edward me ajudou a roubar a rainha da Inglaterra, enquanto ele covenientemente a distrai em cômodo obscuro do palácio.

Era de se esperar que nos envolvêssemos romanticamente, mas Edward sempre foi como um irmão mais velho e irritante. E eu nunca vi chance de ter um relacionamento com alguém que lia meus pensamentos.

-Isso é horrível.

-Ser vampiro tem seu preço, como tudo nessa vida. – Comentei simpaticamente. – Por que a pergunta?

-Por que se Nessie não quiser nada comigo, eu não vou ter motivo para desistir da minha segunda forma.

-E seria imortal. – Sorri para ele. – Não fique assim, tudo se resolve, eu particularmente acredito em destino, então...

-Muito reconfortante. – Jacob me olhou sarcástico, enquanto cruzava os braços.

-Vocês lobisomens são muito amargos. – Retruquei revirando os olhos.

-Espero que não esteja falando no geral. – Nos viramos e vimos Nicolas e Jane entrando, ergui a sobrancelha para Jane que mexeu as sobrancelhas em desafio (era nossa linguagem partícula).

-Você e seus olhos verdes são a exceção da regra, Nicolas. – Ri para ele. – Compras? – Ergui a sobrancelha para os dois.

-Sim, ela precisa de algumas coisas ao que parece. – Ele respondeu indo em direção a cozinha.

-Então você foi embora com as roupas do corpo mesmo como andaram dizendo por ai? – Perguntei indo vasculhar as sacolas.

-Nessie me emprestou algumas roupas, até agora, então resolvi aproveitar... – Jane comentou, Nicolas riu sarcástico, olhamos para ele.

-Nada. – Ele tomou um gole de... Alguma coisa.

-Venha, me ajude a guarda isso. – Jane o olhou estreitando os olhos enquanto puxava as sacolas.

-Já brigaram? – Perguntei divertida.

-Cale a boca. – Jane me cortou, ri dela.

Emmett P.O.V

-A cadela fugiu. – Anunciei dramaticamente, enquanto entrava na caverna. Parei quando vi que os lideres Volturis, esposas e a nova integrante ruiva bem ali. – As noticias correram tão rápido assim?

-Estávamos por perto. – Caius respondeu olhando ao redor. – Você viu a tal "cadela"?

-Não, o cheiro dela sumiu no mar, ela seguiu pela floresta, mas depois foi direto para o mar, minha teoria é que ela procurava algo. – Olhei para os Volturis. – E desistiu.

-Faz sentido, se ela tinha o celular de Sulpicia, sabia bem que estávamos por perto. – Marcus comentou para os irmãos.

-Como sabemos que é ela? Uma vampira fêmea? – Athenodora perguntou. – Vocês a viram?

-Era ela. – Sulpicia disse em tom baixo. - A vampira deles viu-a também. – Olhou para fracamente para a Carmem desmaiada no canto.

-Então, temos cinco vampiros mortos e uma fugitiva. – Aro meditou.

-Sim, ela os congelou quando fugiu e os quebrou. – Jasper respondeu.

-Congelou? Interessante. – Athenodora comentou olhando para Aro e Sulpicia no chão, havia bastante sangue ao redor dela.

Caius estava ao redor tentando parecer calmo, mas a maneira que se encontrava perto de Athenodora e seu olhar entregava a tensão. Aro estava com os braços completamente sujos do sangue da esposa, que se encontrava em seu colo semi-consciente, devem ter batido bastante na cabeça dela, já que os cabelos estavam completamente empapados por sangue. Victoria estava apoiada na parede apenas olhando tudo parecendo tão calma quanto Marcus, que como sempre parecia entediado.

-Nós deveríamos ir. – Marcus falou. – Os vampiros na floresta também devem ter recuado junto com sua lider.

-Não acha que atacarão? – Esme perguntou intrigada.

-Isso foi só uma mensagem. – Aro respondeu pegando Sulpicia no colo.

Engraçado, eu não a via desde da festa de noiva do Edward e Bella, as más línguas dizem que ela fez uma viagem misteriosa e que tinha voltado a pouco tempo, enquanto outros só acreditam que ela seja antissocial mesmo.

Aro foi o primeiro a sair com sua esposa no colo, seguido de Caius e Athenodora. Victoria iria atrás deles, mas Jasper a parou, o que é isso?

-Precisamos conversa. – Ele se pronunciou, ela o olhou desconfiada, Marcus ficou logo atrás dela em sinal de proteção.

O que me lembra que agora ela era alguma coisa dele, só restava saber o que exatamente. Filha, irmã, esposa, protetora, você vê, trocar sangue com um vampiro é bem abrangente e complexo. Mas de uma coisa é certa, ele estabelece uma conexão poderosa entre os dois vampiros, criaturas que vivem de sangue.

-Sim? – Victoria trocou com Marcus, antes de se voltar para Jasper intrigada.

-Você é vampira agora, isso muda as coisas, por exemplo, por agora sua irmã pensa que está na casa de Bella e ainda tem a escola... – Marcus o cortou.

-Não se preocupe, ela vai voltar a rotina normal como se nunca tivesse se transformado. Não há motivo para criar alarde ou qualquer historia. – Esme se aproximou deles.

-Acredito que não nos conhecemos, minha jovem. – Victoria olhou para a mão estendida de Esme. – Eu sou Esme Cullen. – Victoria provavelmente reconheceu o nome e hesitantemente apertou a mão dela. - É um prazer conhecer o novo membro da família Volturi, apesar das tristes circunstancias. - Olhou ao redor da sala destruída e com bastante sangue ao redor.

-Ok. – Victoria respondeu a olhando sem saber o que fazer.

Eu também não saberia o que fazer, a coitada não deve nem ter tido tempo para respirar e foi manipulada por basicamente todo mundo. Primeiro quando era humana, por Riley, depois quando vampira, pelos demônios e agora...

Bem, ela talvez tenha aprendido algo, ou talvez esteja sendo manipulada por outros vampiros.

-Sempre que quiser, poderá contar conosco, afinal os Cullen são aliados dos Volturis. – Esme olhou para Marcus com um sorriso simpático.

-É claro. – Marcus retrucou, eu sinto que tem algo não dito entre os dois. Não foi difícil percebe que Esme estava se assegurando que o fato de que Victoria (membro da família líder dos Volturis) sequestrou Bella (noiva de Edward aos olhos de todo mundo) não iria interferi em nada na relação entre s dois clãs. – Temos que ir agora, muitas coisas devem ser providenciadas, Esme, Emmett, Jasper. – Cumprimentou e então puxou Victoria para a saída.

Me pergunto no que isso vai dar.

Nessie P.O.V

Assim que entrei em casa percebi os sons lá fora.

-O que está acontecendo? – Perguntei para Edward, enquanto colocava a bolsa em cima da mesinha da entrada.

-Tentando liberar o laço de sangue entre Thomas e Bryan. – Edward respondeu tirando o casaco, Bella seguiu pelo corredor curiosa.

Fui logo atrás dela querendo ver a bruxas trabalhando, estava realmente curiosa para saber como elas faziam. Encontrei Nicolas na cozinha lendo algum livro qualquer parecendo bem concentrado.

-Exorcismo é tão tedioso assim? – Perguntei divertida.

-No começo sim, quando ele começa a gritar e falar coisas em outra língua... – Ergueu os olhos do livro e sorriu para mim. -... As coisas ficam interessantes.

-Vocês demoraram. – Jake comentou entrando. – Hey, que cheiro é esse? – Sorri para ele e ergui o pacote de anéis de cebola. – Você trouxe para mim?

-Yep. – Estendi para ele a sacola, ele abriu maravilhado.

-Espera ai! – Ele exclamou parando de sorrir, olhei-o assustada. – O que você quer? - Abri a boca ofendida.

-Só queria te agradar, precisa levar tudo para o lado ruim? – Franzi o cenho para ele.

-E por que isso? – Nicolas perguntou erguendo as sobrancelhas se intrometendo onde não devia.

-Por que ele merece depois dos acontecimentos da festa. – Respondi passando pelos dois. – Mas não se acostume! – Apontei o dedo para Jake. – Isso é só por que você tem sido muito legal comigo, mais do que mereço e eu sei reconhecer isso.

-Ela levou um tapa na cara lá lanchonete e mesmo assim decidiu ficar e esperar pelas malditas cebolas, prova maior de amor não há... – Edward comentou passando por nós, abri a boca horrorizada, Nicolas deu uma risada baixo e Jacob abriu o olhos esperançosos de cachorrinho.

Me virei e segui Edward para o lado de fora, onde as bruxas praticavam algo ao redor de Thomas.

-Eu te odeio. – Chutei-o de leve, enquanto me sentava ao lado dele, Bella me olhou do outro lado de Edward. – Ele se mete onde não se deve! Você tem controlar a língua do seu homem. - Apontei o dedo para ela.

-Eu sei. – Ela gemeu teatralmente jogando a cabeça para trás. – Alice me avisou desde do começo que ele tinha um instinto de fofoqueira, eu devia tê-la ouvido. – Suspirou triste.

-Ok, pode ir parando... – Edward riu para ela. – Você não reclama da minha língua quando ela está na sua...

-Hey! – Interrompi bruscamente. – Informação demais! – Ergui as mãos horrorizada, os dois trocaram um sorriso cúmplice. – Então? O que está acontecendo ali? – Apontei para as três mulheres e Thomas no meio, sentado na terra.

-Vê o circulo no chão? – Edward apontou, nós duas acenamos. – É um ritual, elas querem descobrir em que grau ele está conectado ao pai.

-Como assim? – Bella o olhou confusa.

-Bem, existe a conexão de sangue, pelo veneno, como a de vocês, pela alma e a mental. Veneno é provavelmente a mais inofensiva.

-Sim, e sobre as outras? - Perguntei curiosa.

-A conexão mental pode guarda duas pessoas em um só corpo, isso é como a possessão demoníaca funciona. Mas eles não estão conectados só pela mente, caso contrario Thomas ainda não poderia se transforma por causa de sua maldição. Não haveria uma alteração física, apenas mental, entendem?

-E ai entra o sangue deles? – Bella perguntou.

-Sim, por eles serem parentes a conexão foi aprofundada, mas elas querem saber se chega a alma dele.

-É possível? Ser conectado pela alma? – Edward acenou com a cabeça para mim.

-Sim, os demônios fazem isso e... – Me olhou levemente hesitante. – Existe as chamadas almas gêmeas.

-Existe esse negocio de almas gêmeas? - Ergui as sobrancelhas os mais alto que pude.

-O que você acha que os casais da minha família são? A conexão causa o mais profundo sentimento, dizem que vence a tudo, inclusive a morte.

-Como assim? – Bella o olhou curiosa.

-Bem, dizem que almas gêmeas passam a eternidade voltando a terra, se reencontrando e vivendo seu amor.

-Isso me parece triste, sempre voltar. – Comentei pensativa.

-Nunca vi uma prova concentra de reencarnação, mas eu sou um vampiro, tudo merece o beneficio da duvida. – Ele deu de ombros.

-E sobre a conexão de sangue? – Bella perguntou, Edward a olhou, pude percebe algo não dito no ar, mas ignorei.

-Bem, há duas formas de acontecer, uma é quando são parentes, como no caso de Thomas. - Apontou para o lobo sentado no chão. - A outra é quando tomamos o sangue um do outro, assim formamos um laço poderoso, quase tão forte quando a conexão pela alma. Quando fazemos algo assim, nós assumimos aquela pessoa como família, é uma promessa, um juramento de lealdade. E assim como acontece com o veneno, pessoas conectadas com sangue podem sentir quando a outra está em perigo, quando morre, e com o feitiço certo... – Edward fez uma pausa. – Podemos sentir exatamente o que a outra sente.

-Espera ai... - Os dois me olharam imediatamente. - Humanos não sentem quando o outro morrem.

-É porque o cérebro humano não está tão avançado para percebe cada sensação, mas existe humanos que podem sentir quando algo do mesmo sangue está em perigo, já ouviu falar de sexto sentido materno? - Edward ergueu as sobrancelhas. - De qualquer maneira, é mil vezes mais poderoso quando se é vampiro, somos criaturas de sangue afinal de contas.

-Você fala como se tivesse feito... – Comentei observando seu rosto, ele parecia pensativo.

-Apenas as famílias lideres dos clãs o fazem. – Edward respondeu. – Os Cullen, os Volturis, Romenos e cada um de todos os clãs do mundo fizeram.

-Isso não perigoso? Não os fazem vulneráveis? – Perguntei franzido o cenho, Edward sorriu.

-Nessie, você acha que se isso fosse uma fraqueza, eu estaria contando a vocês duas sobre a conexão sanguínea em vez de mantê-la em absoluto segredo? – Olhou-me divertido.

-Vocês tem suas bruxas. – Bella disse revirando os olhos como se fosse estupido não ter percebido.

-Não contarei a vocês duas nossas proteções, só lhes direi que qualquer que tente fazer um movimento como esse é desesperado, ou tolo, provavelmente os dois. – Olhou para cima pensativo. – E morrerá antes de possa ter sucesso, ninguém mexe com minha família.

Senti um arrepio na minha espinha ao ouvir o tom serenamente gelado que ele usou.

Victoria P.O.V

Me encontrava de novo sentada na cama de Marcus, diferente da ultima vez, eu estava pensativa e não incomodada, as coisas mudaram tanto em vinte quatro horas...

Qual seria a reação da minha irmã quando me visse? Afinal eu estou mais bonita agora, era impossível não percebe. E sobre frequentar a escola? Quer dizer, os demônios entraram comigo lá, o cheiro deles cobriram qualquer tentação, e eu não me aproximei de nenhum ser humano até então...

Apenas sabia que o sangue humano era maravilhoso.

E além disso, tinha toda essa situação com os Volturis. Eu percebi que eles eram muito mais grandes do pensava quando vi a fúria de Sulpicia.

Ela pareceu tão indignada por terem ousado ataca-la, como se fosse um crime.

E de certo modo, era um crime. Uma sentença de morte, nas palavras dela. Eles começaram a discutir sobre a sequestradora que tem poderes de gelo quando Athenodora os interrompeu e disse que Sulpicia deveria descansar em vez de procurar vingança.

Sulpicia ficou ainda mais furiosa e disse que Athenodora não se importava por que não era com ela. A loira retrucou que era verdade, não se importava com Sulpicia, mas que atacar alguém assim do clã era grave, ainda mais alguém que fazia parte da família líder. Acrescentou que deveria ser tratado depois que a esposa de Aro se recuperar, então eles se reuniriam para falar sobre o assunto, estranhamente isso me incluía.

Odeio politica e lá estou eu metida até o pescoço.

Falando em pescoço, Marcus me deu uma corrente de prata com um pingente em forma de pingo, era um cristalzinho amarelado realmente bonito, que segundo Marcus me protegia.

Perguntei do que me protegia e ele respondeu "Feitiços, todos temos um, é uma safira laranja, muito rara".

Bruxas, demônios, vampiros, lobisomens... O que mais me aguardava? Anjos?

-Eu acredito que agora tem ideia do que está metida. – Olhei para Marcus.

-Eu não queria isso, não é justo.

-Vida não é justa. – Deu de ombros. – Agora vamos, tenho que lhe ensinar autocontrole, a maneira que se comportou com apenas um copo de sangue mostra que fará um massacre na primeira oportunidade que tiver.

-Vai ficar tudo bem? - Perguntei com um suspiro.

-Esperemos que sim. - Ao menos Marcus não era mentiroso.

Alice P.O.V

-Atacaram os Volturis? – Perguntei surpresa, estava focada demais em outras coisa para percebe o futuro dos Volturis.

-Você não pode se permiti ser pega de surpresa, Alice. – Carlisle me repreendeu de leve.

-Não é meu dever saber o futuro dos Volturis.

-E sobre essa Victoria? Viu algo sobre ela?

Obvio que visó não sei o que significa.

-Sua linha do futuro é muito delicada, ela pode morrer ou pode viver, não dá pra saber. – Pigarrei, aquilo era verdade. – Eu estive pensando sobre profecia deles...

-Sim?

sangue mais puro que existe é dos inocentes abençoados. receptáculo florescera no final do inverno e então, sob a lua cheia, na primavera, líder virá.

-Alguém vai fazer o ritual, uma bruxa, certo?

-Sim, foi o que aprisiono-os anos séculos atrás: magia.

-Bruxas passam poderes e feitiços pelas suas gerações é uma questão de DNA, não é realmente difícil localiza-la se tiver vivido naquela época. – Olhei-o sugestivamente.

-Eu sei o que devo fazer. – Carlisle suspirou entendo meu ponto.

-E tem a parte do sangue dos inocentes abençoados, é no plural, Carlisle e é puro.

-Você quer dizer que talvez estejam relacionados?

-Sim, agora, você lembra de quem os lobisomens estavam atrás antes Bella interferisse?

-As crianças com o dom da clarividência... – Carlisle me olhou captando tudo.

– Exato, e sobre o receptáculo... Ele floresce na lua cheia? Talvez se refira a um lobisomem, um que não tinha se transformado por causa de uma maldição.

-Thomas? – Carlisle me olhou assombrado.

-Não se esqueça que não foi ele quem se transformou, foi seu pai usando seu corpo, então tecnicamente, ele ainda está sob a maldição. – Expliquei rapidamente. -Os demônios sabem quais são suas peças, mas tem a possibilidade de que a bruxa ainda escape de seu conhecimento.

-E sabemos quem pode saber sobre a linhagem bruxa. – Carlisle me olhou, o telefone tocou de repente. - Sim? - Pude ouvir a voz de Esme o chamando para conversa com os lideres de outro clã da Russia. - Tenho que ir Alice, falarei com eles o mais rápido que puder. - E se foi com o vento.

-Os Volturis. – Completei para mim mesma.

Suspirei para mim mesma e me sentei, se tudo estiver indo do jeito que estou vendo...

Vai ficar tudo bem.

Respirei fundo engolindo o caroço, o que está indo acontecer nos próximos meses é horrível.

Eu sinto muito. – Fechei os olhos e escondi o rosto nas minhas mãos.

Sinto mesmo muito, Bella.


Musicas que Edward tocou:

1) A song for you (dêem uma olhada na letra, vão babar). Eu aconselho a ouvirem a versão da serie Smash para se desmancharem ainda mais.

2) Yiruma - River flows in you (se quiserem saber que pedaço de musica Bella ouviu, vai no youtube, clica na versão ao vivo, começa na marca 02:29)


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Notas finais do capítulo

Yeah! Eu postei! Pessoal, eu espero do fundo meu coração que vocês gostem!
Eu sei que demorei um pouco, mas aqui estou!
Obrigada mesmo por todos os reviews e paciência ;D
Vou deixar uma preview para deixa-los ansiosos pelo próximo capitulo: "The shame of secrets"
[...] onde se encontrava Victoria tomando coca.
Espera ai... Ela está tomando coca-cola?
-Ai meu deuses, o outro veio também! Pam disse empolgada para as outras garotas.
-Ele pode ouvir você. Jacob cortou o barato dela imediatamente, franzi o cenho.
-O que tem a garota pirar um pouco com Riley? Perguntei confusa.
-Não é o Riley. Jake olhando para trás de mim, segui seu olhar e visualizei...
... Marcus Volturi. [...]



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