Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 32
Let's party


Notas iniciais do capítulo

Ao que parece eu estourei o limite de tamanho dos capitulos do Nyah, então tenho que dividir em dois o capitulos *revira os olhos*



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Capitulo 32

Edward P.O.V

Me deitei na cama de Bella e me estiquei olhando para o teto. Tenho a impressão de que estou deixando algo passar, o que não é tão incomum. Ter uma memoria perfeita tem seus defeitos, cada detalhe borbulha no meu inconsciente e de vez em quando me atormenta.

Um gemido cortou minhas inquietações interiores, Bella se virou em minha direção e bateu no meu corpo. Ela abriu os olhos sonolenta...

-Edward?

-Volte a dormi. – Estiquei meu braço para ela deitar em cima, prontamente Bella se alinhou contra mim.

-O que aconteceu? Estorou alguma nova guerra? – Perguntou murmurando.

-Para Alice... – Respondi no mesmo tom. – Mas não é nada para se preocupar por agora, volte a dormi.

-Pare de me dizer para ir dormi. – Ela resmungou me socando, ri com o mal humor. – Agora me diga, se o mundo não está preste a acabar, o que faz aqui?

Agora fiquei ofendido, eu não poderia nem vir ao quarto dela durante a noite sem parecer suspeito?

-Eu simplesmente quis vir, tem algum problema com isso?

-Não... – Bocejou e encostou a cabeça em meu ombro. – É só que você não vem a dias.

-Sobre isso... – Murmurei um tanto desconfortável. Eu não gostei do fato de ter perdido o autocontrole daquela forma.

E o sangue dela era tão bom... Felizmente o cheiro dela disfarçava, então a tentação não existia, ao menos se não me lembrar do seu gosto verdadeiro.

-Hum? – Olhei para baixo, ela agora me olhava bem acordada com o queixo apoiado em meu ombro.

-Sinto muito por ter lhe mordido. – Disse sem pensar duas vezes, talvez fosse por isso que o comportamento dela estivesse estranho. Eu havia percebido que ela andava tensa comigo.

Então ela deu uma risadinha que acabou virando uma risada abafada.

-O que?

-Não está incomodada por eu ter lhe mordido?

-Incomodada? Não! – Ela se sentou na cama e me olhando sorrindo divertida. – Eu fico um tanto arrepiada quando lembro daquilo, na verdade.

-Sério?

-Sério. – Respondeu em tom obvio. – Você estava lá, não percebeu que eu estava tendo um tempo bem prazeroso?

-Bem...

-Por que iria ficar incomodada? – Franziu o cenho.

-Então por que anda agindo tão estranha?

-Estranha? – Ela se fez de desentendida.

-É, anda agindo estranha, mais fria...

-Oh! Tenho? – Ela exclamou e me olhou um tanto desconfortável. – Quando eu fiz isso? Por exemplo?

-Como no hospital, nem sequer chegou perto de mim.

-Mas é por que Emily estava lá, eu pensei... – Ela mordeu o lábio e me olhando hesitante.

Então me bateu que há quatro dias, eu tinha falado para ela sobre o que Carlisle poderia querer que eu fizesse com Emily. Bella deveria estar tão desconfortável quanto eu, quando vejo os pensamentos masculinos sobre ela.

O que me faz sentir como um idiota por não ter percebido. Bella é sangue frio, como o próprio Carlisle já falou, mas não de ferro.

-Não se preocupe sobre isso. – Segurei seu braço e a puxei para se deitar novamente. – Para Emily somos praticamente casados. Falando nela, sobre o que falaram no hospital?

-Você não sabe? – Me olhou perdida.

-Eu não posso ler a mente dela. – Bella se engasgou. – Eu sei, a família dela tem um feitiço de desilusão mental, é algo antigo que confunde poderes mentais como o meu ou o de Carlisle.

-Traduz... – Me olhou sem expressão alguma.

-Eu vejo um quadro negro. – Suspirei enquanto brincava com seus dedos, observei a aliança que um dia pertenceu minha mãe. – Você desviou o assunto, sobre o que vocês duas falaram?

-Pedi paz a líder do coven. – Isso facilitaria as coisas para todos nós, refleti, seria mais fácil manter minha promessa a Charlir de proteger Bella. – Eles me ignoram e eu faço a mesma coisa em retorno.

-É a sua família, você tem certeza? – Afinal Bella era tão jovem, lembro que quando minha mãe morreu fiquei desolado, a dor da perda foi pior como vampiro. Olhei para o anel na mão de Bella, passei o dedo na pedra.

Lembro-me de voltar ao quarto da pensão com algumas lagrimas teimosas no rosto, por mais que secasse elas voltavam instantes depois. Eu estava tão transtornado que matei todos que cruzaram meu caminho naquele dia.

Foi assim que Esme e Carlisle me encontraram, com lagrimas no rosto, sangue nas mãos e corpos ao redor. Ao contrario de pessoas normais, eles não gritaram e se desesperaram, ao invés disso os dois me consolaram. Naquele momento, quando me senti mais anormal ainda por ter que viver para sempre, por matar pessoas...

Os dois me botaram nos trilhos, como se fossem meus pais.

Os laços que nos unem se aprofundou um pouco mais naquele dia. Eu ainda não sabia naquela época, mas aquele foi o verdadeiro começo da família Cullen.

-Eles não são minha família, Edward, são a família da minha mãe. – Pude ouvir certa dor em sua voz, era quase imperceptível, mas ainda estava lá. Abracei-a um pouco mais forte e ela se aconchegou em mim. – Já sentiu inveja dos humanos? – Perguntou em sussurro.

Normalmente, minha resposta automática seria não. Eu sou eterno, rico, bonito e poderoso, por que sentiria inveja de frágeis humanos?

Mas eu sabia que aquilo era uma mentira.

Os humanos não tinham a eternidade, sua vida era rápida, então eles tinham que aproveitar cada segundo como se fosse o ultimo. De certa forma, tudo era mais fácil dessa maneira: ter certeza da morte. Eles viviam e não apenas existiam, por que simplesmente não tinha a eternidade. E mais importante de tudo, eles podiam procriar uma família com tranquilidade.

Certa vez, foi tudo o que quis na vida...

Apenas sentar em uma varanda depois do jantar, fumar um pouco, tomar um vinho com minha esposa e ouvir meus filhos lá dentro. Era exatamente isso que eu teria se fosse humano. Sempre foi tudo o que imaginei para mim quando era humano, nunca pensei em outra coisa.

Ainda assim, nunca me lamentei por ser vampiro. Não via ponto em ficar sofrendo por algo que sou, tinha que aceitar a realidade e seguir em frente, a vida era assim.

E é assim até hoje.

-Sim, as vezes senti inveja. – Disse silenciosamente para o quarto escuro. – Por quê?

-Só queria me sentir normal. – Sorri pela peculiar resposta.

Caímos em um silêncio calmo.

-Edward? – Perguntou silenciosamente.

-Hum? – Eu não a olhei, só encarei o teto na escuridão, mas seu silêncio deixou algo no ar. Como se ela estivesse dizendo algo que eu quase podia entender, mas me escapava. - Bella?

Ela suspirou negando com a cabeça.

-Nada. – Murmurou contra meu pescoço.

Victoria P.O.V

Oh Deus! Deus! Deus! O que eu vou fazer? Eu não posso ficar aqui pra sempre! Tudo bem, Victoria, vai ficar tudo bem...

CLARO QUE NÃO VAI FICAR! VOCÊ É UMA VAMPIRA!

Todos aqueles anos rindo dos filmes de vampiros, dizendo que seria chato ter presas e ter medo de alho e aqui estou, sentada em algum lugar dá floresta, chorando como se estivesse vendo Titanic depois de termina um namoro.

Eu fiz isso com um pote de sorvete... Derek terminou comigo por que eu não queria transar, tinha 14 anos... Sorri com a memoria, franzi o cenho. Tinha algo... James, sim, ele estava lá, por que minha irmã...

Espera ai! Eu tenho irmã!

Oh Deus! Deus! Deus! Deus!

O que eu vou fazer? Cjegar lá e dizer "Hey, mana, eu terminei com meu namorado Riley, por que ele é um vampiro e estava me usando. A proposito, eu sou uma vampira *presas*"

Pisquei tremula, isso não tinha me ocorrido, eu poderia machucar minha irmã! Eu não sei como esse negocio de beber funciona, na verdade, eu não me alimentei de nada até agora...

Então, uma parte da minha mente me lembrou da queimação em minha garganta. Pisquei tentando controlar as lagrimas, a dor da queimação me lembrava do que passei nos últimos dias...

Foi a pior coisa do mundo, nada poderia ser tão horrível como aquele fogo. Quando vi meu reflexo, quase cai dura no chão (exceto que eu não era mais capaz de desmaiar naturalmente), eu estava maravilhosa! Depois de tanta dor, eu esperava estar em carvão vivo, ou algo assim...

Mordi a unha pensativa, respirei fundo. Fiz uma careta quando meu dedo se viu espetado pela minha presa, que saiu do nada. Coloquei a mão sobre a boca em pânico, eu não queria minhas presas agora! Minha gengiva estava toda dolorida!

Grui batendo na terra, implorando para eles voltarem para... Bem, para onde quer que presas ficam.

Um som me fez congelar de repente. Olhei para cima lentamente, tentando entender o que era aquilo. Olhar para a floresta, me fez ficar paralisada.

Todo aquele tempo, eu estava em pânico, minha mente parecia ter captado tudo, mas eu ignorei, de alguma forma estranha. Afinal, minha pele tinha queimado quando sai daquela casa, e me enfiei nas arvores chorando até aquele momento.

Meu Deus... Era lindo.

Eu podia ver no escuro e tudo tinha mais cores, era simplesmente maravilhoso! Cada gota nas folhas, o silencioso do vento, as cores se misturando em uma estranha harmonia.

Suspirei e fiquei ainda mais maravilhada com o cheiro da natureza ao meu redor. Meus olhos se encheram de lagrimas enquanto eu sorria.

Parece bobo chorar de emoção, mas os outros me explicaram isso. Minhas emoções eram intensificadas, por que eu era vampira...

Oh Deus! Deus! Deus!

Levei as mãos a cabeça e tentei respirar, de repente me sentia mentalmente sufocada.

O que raios vou fazer agora? Eu não posso ficar...

Um estralo chamou minha atenção, prestei atenção ao meu lado esquerdo. Tinha algo batendo em um ritmo constante.

Um coração, minha mente respondeu.

Ele parecia grande e molhado e...

O fogo em minha garganta exigiu minha atenção.

Parte de mim percebeu que entrava em uma posição de caça, que meus lábios se enrolavam e deixavam a mostra minhas presas – que pareciam formiga com o pensamento de abater algo. Meus pés se mexeram para aquela direção rapidamente, corri sem esforço, sem respirar. Vi tudo passar perfeitamente, até conseguia ouvir o som das corujas piando e dos morcegos caçando.

Então vi minha presa, que tinha um cheiro estranho para meu nariz, mas seu coração parecia tentador o suficiente para mim.

Obviamente, ele me viu também, ou sentiu (não me interessa), e começou a correr.

Eu era bem mais rápida.

Segundos depois estava em cima dele, quebrando sua coluna e puxando seu pescoço. Parte da minha mente se assustou com o meu movimento, eu nunca poderia ter feito aquela acrobacia como humana.

Então, eu afundei meus dentes em sua veia e suguei.

Foi rápido, eu estava com muita sede. Quando terminei, joguei a carcaça do alce para o lado. Não era tão gostoso assim, mas me satisfez. Como se eu estivesse comendo tomates, quando estão com sal eles ficam bem suculentos, porém, sem o tempero... Bem, os tomates alimentam, mas não é a mesma coisa.

Eu acho que aquilo era bom. Olhei para o bicho hesitante, aquilo significa que eu não sou uma assassina, ainda sou um monstro com presas e tudo mais, porém, eu não preciso matar ninguém.

Quem eu quero enganar?

Eles me disseram o quão tentador é sangue humano quente e pulsante, se eu fiquei daquele jeito por um animal, imagina quando eu ficar de frente a minha irmã?

Um estralo soou ao longe, rapidamente me escondi em uma arvore. Vi o vulto se aproximando e dei o bote por trás.

Fui empurrada para o outro lado da clareira e me ergui em menos de um segundo, rosnando. Oh Deus! Eu estou rosnando mesmo? Credo!

-Calma, calma... – Ela falou, então minha memoria voltou quando vi seu rosto.

Abri a boca surpresa.

-Você? – Murmurei assustada

Ela sorriu e percebi que havia uma fileira de dentes brilhantes e levemente pontiagudos. Seus olhos se clarearam em um tom azul quase braço, dando um destaque assustador a sua pupila preta.

-Temos algumas coisas para discutir, Victoria.

Alice P.O.V

Eu estava tããão feliz! Estava tudo indo como esperado no futuro, os demônios estavam ferrados!

Porém, como sempre, eu tinha que encaixar cada peça do tabuleiro para ver o plano no futuro, mas pelo o que anda aparecendo, esta indo tudo bem.

Dancei pela porta da frente dos Swan's, que ultimamente está sempre covenientemente aberta. Eu tinha que confirma mais duas pessoas para o meu plano, infelizmente isso faria o futuro desaparecer, mas eu sempre poderia olhar ao redor dele.

Era por isso que convocaria Jane, ela teria certeza de que tudo ficaria bem. Eu não confio muito nela, mas Jane está trabalhando a favor de Bella, e ela sempre cumpre a palavra dela. Além do mais, Jane e Nicolas estavam marcados como casal para Victoria, que deve ter falado isso para os estudantes.

-Olá, pessoas... – Cantarolei olhando ao redor.

Bella e Edward já estavam no colégio, felizmente, eles voltaram ao modo casal feliz. Jacob estava na sede dos Volturis (minha amada casa), Seth estava roncando e Leah fazia algo no notebook (pelo barulho das teclas) do lado de fora da porta de Bryan/Thomas.

Ouvi os cumprimentos em tom baixo. Andei pelo corredor e entrei na cozinha, lá estavam meus alvos. Abri meu sorriso diplomático para o casalzinho.

Nicolas estavam fazendo chá, ou café (a essa altura da minha vida, eu nem mais sei a diferença), e Jane olhava uma pasta com papeis atentamente.

-O homem de Rose deu resultado, não? – Perguntei me sentando no balcão.

-Oh não, isso é minha própria pesquisa. – Jane respondeu olhando para o papel pensativa, sem tentar esconder o conteúdo, ela sabia que não adiantava tentar me fazer ficar por fora, eu vejo o futuro no final das contas.

-Sim, sim... – Murmurei revirando os olhos. – A internet é um excelente fonte.

Nicolas casualmente se inclinou sobre o ombro de Jane e olhou para os papeis dela curioso, segurei o sorriso. Jane olhou para ele estreitando os olhos desafiadoramente, Nicolas ignorou tomando um gole de... Er... Algo que humanos bebem, talvez chá, talvez café, provavelmente chocolate quente.

-Então? – Jane escorreu sarcasmo nessa.

-Interessante pesquisa. – Sorriu tomando mais um gole e Jane bufou inconformada com algo.

-Então, quando vocês vão assumir? – Perguntei de supetão, enquanto entrelaçava os dedos e apoiava o queixo neles. Os dois congelaram no lugar e me olharam em uma sincronia adorável.

-Assumir o que? – Jane perguntou em tom baixo.

-O caso tórrido de amor de vocês, obviamente. – Revirei os olhos, enquanto apontava para os dois.

-O que? – Essa foi uma das poucas vezes que vi Jane chocada.

-Espera, espera, espera... – Nicolas colocou a caneca lentamente no balcão e me olhou intrigado. – Por que acha que nós...? É algo que fizéssemos ou que? – A boca de Jane se fechou e ela o olhou indignada.

-Como assim algo que fizéssemos? – Ela cuspiu impaciente.

-Bem, além da tensão sexual obvia. – Os dois ergueram as sobrancelhas de modo engraçado. – Jane, de repente, sumiu de todas as minhas visões.

-Eu vivo em uma casa com transfiguradores!

-Mas eu conseguia vê-la ao redor dos buracos que eles são em minhas visões. – Apontei para o teto. – Agora, você sumiu mesmo, estranhamente, quando ele não está por perto. Então, eu somei 1+1=2 e juntei tudo! – Sorri convencida, mexendo as sobrancelhas sugestivamente.

-Isso é... – Jane me olhou incrédula. –... Ridículo. – Nicolas cruzou os braços e a olhou.

-Jane, ela não vai contar a ninguém. – Jane olhou para Nicolas, que por sua vez virou o olhar para mim. – Certo?

-Claro. – Sorri acenando com a cabeça, Jane fez uma careta para ele (como se disse "tem mesmo que ser assim?") antes de se virar para mim.

-Então, o que quer? Por que está aqui, além de exibir seus maravilhosos dotes de dedução?

-Ah sim, vocês estão oficialmente intimados a aparecerem no baile da escola. – Tirei dois convites da bolsa. – Ingressos pagos.

-Me desculpe? – Nicolas perguntou incrédulo, Jane me olhou divertidamente.

-Faz tudo parte do meu plano. – Sussurrei tão baixo que só eles puderam ouvir. – É do interesse de todos estarem lá ajudando. – Joguei os ingressos para Nicolas, que os olhou com uma expressão indecifrável. – Vocês iram?

-Não. – Jane respondeu bruscamente.

-Sim. – Nicolas sorriu se apoiando no balcão. – Nós vamos.

-Perfeito! – Bati palmas empolgada.

-Ninguém me ouviu dizendo não? – Jane perguntou mal humorada.

-Vamos lá, Jane. – Nicolas colocou o braço sobre o ombro dela e a puxou para si, a careta dela foi hilária. – Vai ser divertido, terá demônios e dança!

Ótimo! Agora próximo alvo: Bella.

Bella P.O.V

Jane e Nicolas cuidaram de Sasha, que agora é Kara e também loira. Não foi realmente difícil convence-la a pintar o cabelo e corta na altura do ombro, aparentemente ela era loira e o tal Santiago mandou pintar por puro fetiche.

Bom, o que interessa é que agora ela está bem e segura em meu apartamento em Seattle. Eu tinha decidido não contar a Edward sobre ela, Jane e Nicolas concordaram, algo sobre politica.

Ao que parece Kara (Sasha) era importante, se um Cullen estivesse ajudando a esconde-la de um Volturi... Bem, seria o mesmo que jogar merda em um ventilador.

-Então... – De repente o braço de Edward surgiu em meus ombros. – Você não vai ao baile? – Olhei-o intrigada.

Quer dizer, ele não deveria estar com raiva de mim? Eu meio que estou mantendo a mente de Jane e Nicolas sobre meu escudo e ele não pode ouvi-los mais. Edward quase nem falou comigo depois que eu anunciei isso hoje de manhã.

-Por que iria?

-Por que não iria? – Rebateu me olhando, franzi o cenho.

-Eu não gosto de festas. – Parei no meu armário.

-Eu tive uma impressão diferente. – Revirei os olhos, enquanto Edward dava um tapa em minha mão e rodava minha senha do cadeado. Parte de mim se preocupou um pouco com o fato dele saber mina senha, mas Edward era vampiro e linha mente, então não era realmente surpreendente.

-As festas que vou são diferentes, são mais... – Olhei ao redor e diminui o tom. –... Sofisticadas. E eu preciso ir, tenho que checar minha mercadoria. Além do mais, eu odeio dançar, está praticamente careca de saber disso.

-Bella, você não foi a um baile de escola desde que chegou aqui. – Edward revirou os olhos. – E não tem desculpas, agora você tem um par, muito bonito diga-se de passagem. – Sorriu arrogantemente.

-Não estou interessada. – Cantarolei enquanto procurava meu livro de inglês.

-Vamos lá, meu amor. – Ele me virou. – Eu não quero ir sozinho. – Edward tinha uma excelente cara de cachorro molhado.

-Então, não vá. – Sugeri habilmente e desviei os olhos daquela cara triste.

-Alice exige que marquemos presença. – Ele soltou um muxoxo. – Até Emmett vai chegar do aeroporto e vir direto para cá com Nessie.

-Sério? – Ele envolveu os braços em minha cintura e me puxou para mais perto.

-Você vem, certo? – Perguntou em tom baixo, estava tão perto que seu nariz roçava no meu.

-Não tente me seduzir. – Empurrei seu peito. – E eu ainda não estou com a menor vontade de ir a um baile de escola furreco.

-Você o organizou. – Ergueu a sobrancelha.

-Eu sei. – Puxei meu livro e o enfiei na bolsa.

-Belinha, Emily vai estar lá. – Parei de meu movimento e me virei lentamente para Edward.

-Seu ponto? – Rebati sorrindo docemente, estava contendo minha vontade de estreitar os olhos. Eu não gosto de como aquilo soa, mas não ia entregar os pontos.

-Eu preciso de você para ficar perto de mim, me marcando como seu homem. – Ele fez uma expressão engraçada.

Ele queria que eu fosse para bancar a noiva malvadona para Emily e não por que queria que eu estivesse lá. Isso doeu, cara!

Droga de emoções estupidas!

-Sinto muito, Edward, vai ter que ficar com a família. – E sai andando escondendo todo o meu ressentimento besta, felizmente o sino bateu logo em seguida.

Jasper P.O.V

-Out! – Exclamei rindo enquanto colocava o braço sobre o ombro de meu irmão.

-Ai, Edward. – Ouvimos Rose no final do corredor.

Edward fez uma careta para mim e puxou o celular.

Little fairy (A.C) – 14:01

Incompetente!

Engasguei rindo da mensagem de minha esposa.

-Sai, Jasper! – Edward falou rispidamente, enquanto me empurrava.

-Se acalme, Edward. – Bufei esfregando o braço. – Se quer que ela vá com você, vai ter que fazer melhor do que joguinhos psicológicos.

-É, eu sei, mas não custava nada tentar. – Edward cruzou os braços. – Bem, eu vou convence-la a ir. – Pareceu determinado.

-Boa sorte. – Empurrei-o para o corredor.

Rose apareceu ao meu lado instantes depois.

-Meu carro que ele consegue. – Ela disse sorrindo confiante.

-Meu cofre em Verona, ela é muito cabeça dura. – Apostei de volta, eu sabia que perderia, ainda assim tinha que apostar.

-Eu amo minha família. – Ouvimos Edward ao longe.

Jane P.O.V

-Então? – Nicolas olhou para Sasha, que agora era Kara.

-Eu vou ficar bem aqui. – Ela acenou novamente. – Já fiz amizade com os vizinhos e todos acham que sou amiga de Bella.

Estávamos verificando Kara para ver como estava a sua adaptação ao mundo exterior. Ela parecia bem, um pouco nervosa, mas bem. Nós tínhamos ontem e hoje para ajuda-la, esse apartamento de Bella foi realmente útil, não poderíamos mante-la na casa em Forks.

-Tenha certeza de usar os incensos e essas roupas. – Coloquei a mala em cima da cama.

-Eu ando treinando. – Ela apontou para o saco de pancadas. – É um bom alivio.

-Sabe atirar?

-Não. – Ela mordeu o lábio. – Eu sempre usei meu corpo como arma.

-Bem, uma bala levanta menos suspeita, faz o crime parecer mais humano, caso você tenha que cometer um crime, é claro. – Revirei os olhos.

-Meu maior susto é meu cabelo. – Olhou para os cachos loiros-dourados. – Era minha cor natural antes do ritual quando era criança... – Parou olhando par ao chão. – Então pintaram de vermelho e aquele vampiro mandou pintarem de preto.

Santiago nunca a viu loira, então assumiria que iria volta para o vermelho, afinal era obvio demais que ela pintaria de loiro para desvia-lo.

-De qualquer maneira, não ande a noite, só em multidões e tente sair o menos possível. – Nicolas andou para a porta e eu o segui.

-Os números estão ali na agenda do celular, qualquer coisa ligue. – Apontei para o iphone em cima da mesa, ela acenou.

Nicolas abriu a porta e nos vimos comum humano preste a bater.

-Oh! – Exclamou. – Eu não sabia que tinha visitas, Kara. – Olho-a constrangida.

Nós dois olhamos para Kara que sorria timidamente para o vizinho na porta. Olhei para ele, era humano, sem duvida nenhuma e tinha acabado de tomar banho.

-Seu nome, senhor? – Perguntei intrigada.

-Joffrey. – Se apresentou rapidamente com um sorriso simpatico, típico de humanos. – Vocês seriam...?

-Minha irmã e namorado dela. – Kara respondeu rapidamente, quase levei minha mão a testa. Qual é dessas pessoas sempre supondo que tenho um caso com Nicolas? – Jane e Nicolas.

-Estamos de saída. – Nicolas sorriu para o humano e segurou meu braço, me puxando com um pouco de força.

Olhei sobre o ombro, vendo Joffrey entrando no apartamento de uma sorridente de Kara.

-Isso é seguro? – Perguntei entrando no elevador.

-Você sabe tão bem quanto eu que quando provocada, ela pode ser mortal. – Ele suspirou se apoiando na parede. – Então, estou surpreso por não estar reclamando por eu manter o que Alice disse sobre nós.

-Eu não sou estupida, se negasse levantaria suspeitas. – Dei de ombros. – Além disso, eu tenho a impressão de que ela não está tão longe assim da verdade.

-O que? – Ele me olhou arregalando os olhos.

-Eu sei que nos conhecemos antes, você não pode falar do mesmo jeito que nenhum de nós pode falar sobre Tulekahju. - O nome saiu com mais facilidade do que eu pensava, o que provava que Nicolas era membro também.

-E...? – Me olhou cheio de expectativa.

-E o que? – Ele ergueu as sobrancelhas para mim. – Eu já percebi que nós já fomos íntimos, ok? Pare de me olhar assim.

Para minha surpresa ele se calou e ficou sorrindo para a porta do elevador.

Aaaaaaaargh!

O elevador finalmente se abriu e eu comecei a andar rapidamente, meu horário estava apertado.

-Onde vocês vai? O carro é para lá. – Nicolas apontou.

-Eu tenho que achar um vestido. – Respondi rapidamente. – Vá na frente, eu vou sozinha.

-Eu não vou te deixar sozinha. – Ele me acompanhou franzido o cenho.

-Que doce de você pensar que eu não posso me virar. – Revirei os olhos.

-Eu sei que você pode se virar sozinha, mas não é invencível, Jane. – Ele colocou as mãos no bolso. – Para onde vamos?

Olhei-o pensando em retrucar, mas sinceramente, isso só me faria perde mais tempo. Então, simplesmente continuei andando para a loja mais próxima.

Nessie P.O.V

Andrew finalmente estava em segurança, vovô apareceu no aeroporto pessoalmente, confesso que fiquei assustada. Mas ao que parece, Sr. Charles Swan tem seu próprio avião e anda viajando muito nos últimos tempos. Ele até pediu para mandar beijos para Bella, por que ele não a via a cerca de três dias.

Confesso que me despedir de Andrew foi doloroso como sempre, as vezes simplesmente parte meu coração quando ele me abraça e diz que vai sentir saudade.

Suspirei tentando me concentrar em outra coisa... Como minha volta a Forks!

Aliais isso está demorando muuuuito. Parece que estamos nesse maldito avião há séculos! Olhei para a janela e vi as nuvens, mas nada de cidade!

-Relaxe, eu quero dormi. – Emmett murmurou, olhei para ele e sua estupida mascara de dormi.

-Você não pode dormi. – Rebati erguendo as sobrancelhas.

-Mas eu posso fingir, então shhh... – Olhei-o incrédula. – Pare de olhar, é assustador.

-Como...? – Resmunguei revoltada por ele estar vendado e saber meus movimentos, ser vampiro é foda! Me afundei na cadeira cruzando os braços, de repente uma garrafa apareceu na minha frente. – O que é isso?

-Um suquinho de tomate. – Só vi o sorriso perveso dele, dei de ombros e tomei o sangue. – Como vão as coisas com Jake?

-Eu não sei.

-Qual é o problema? – Emmett perguntou cruzando as mãos sobre o peito fingindo que dormia na posição que vampiros dormiam em caixões. Era meio irônico.

-É complicado. – Resmunguei olhando para minhas unhas.

-Vamos ver... – Emmett fez um bico pensativo. – Ele gosta de você?

-Gosta, talvez ame.

-Você também gosta, talvez ame, ele?

Parei por alguns segundos pensando e a resposta pareceu escorregar da minha boca antes que meu cérebro processasse.

-Sim. – Murmurei assustada.

-Então, o que é complicado? – Emmett tirou a mascara e me olhou intrigado. – Vocês se gostam, talvez amem, transem e sejam felizes.

Olhei para ele, Emmett era muito cara de pau mesmo.

-Não tem nada de complicado?

-Não, relacionamentos são fáceis.

-Me explica o que está acontecendo com você e Rose então. – Cruzei os braço.

-Golpe baixo. – Estreitou os olhos.

-Responda.

-Ok... Talvez eles sejam complicados.

-Responda. – Continuei irredutível.

-Ta legal. – Revirou os olhos. – Rose me escondeu algo.

-Todos temos segredos. – Ergui as sobrancelhas.

-Sim, é verdade, mas, veja bem, o segredo era algo que todos queriam saber: a localização de Boreas. Por mais que eu saiba que era com a melhor das intensões, ainda não consegui digerir isso.

-Primeiro: quem é Boreas?

-O lobisomem que torturou sua mãezinha. – Eu o olhei surpresa. – Ele tem um histórico com nós, Cullens, tentou matar minha mãe, Esme, e sequestrou Rose.

-Entendi e por que Rose escondeu a localização de Boreas? – Perguntei franzido o cenho.

-Por que ela sabia onde ele vai estar daqui a um mês, entende? Minha esposa não quis que eu me decepcionasse, caso ele não aparecesse.

-E você pode culpa-la por querer evitar que se frustre ainda mais? – Ele me olhou. – Eu posso não entender muito sobre amor e também não tenho anos de experiência, mas... Tudo o que quero é o melhor para as pessoas que amo, nem isso me machuque e signifique mentir.

-Não é... – Ele parou tentando retrucar.

-É sim e você sabe. – Suspirei relaxando na cadeira. – Rose errou? Claro que sim, ela devia ter ser honesta. Mas você não pode perdoa-la por fazer isso por amor a você?

-E você ainda se enrolou toda com Jake. – Emmett deu uma risada. – Bem, já que você me deu um conselho amoroso, devo retribuir o favor.

-Oh Deus... – Murmurei me afundando na cadeira ainda mais, Emmett pegou minha mão e me olhou solene.

-É assustador está apaixonado, o pensamento de alguém ser mais importante que sua própria vida parece realmente estupido e confiar em alguém por inteiro, uma idiotice. – Ergui as sobrancelhas para ele, que me sorriu malicioso. – Mas estranhamente, se apaixonar é uma das coisas mais maravilhosas do mundo e acredite, eu vivi o suficiente para saber disso.

-E com isso você quer dizer...?

-Mesmo que você termine em lagrimas no final, Nessie, viver seu amor vale a pena. – Largou minha mão e se espreguiçou na cadeira.

-Valeu pela dica. – Suspirei olhando para o teto.

-Cadê o meu suquinho? – Emmett olhou ao redor.

-Aqui. – Entreguei revirando os olhos, ele tomou no canudo feliz.

-E você pode querer se preparar, quando chegarmos estamos indo para a festa da escola. – Emmett disse casualmente.

-Me desculpe? – Olhei-o imediatamente, ele me olhou inocentemente enquanto sugava no maldito canudinho.

Bella P.O.V

Eu estava escrevendo meu relatório de historia tranquilamente quando a porta do meu quarto se abriu.

O cheiro me veio rapidamente, então nem me preocupei em me mover da cadeira. Era só Edward afinal de contas.

(Como se o crápula algum dia fosse ser um "só", pensei para mim mesma)

-Eu já disse que não tenho vontade ir. – Comentei escrevendo, senti-o atrás de mim, se inclinando sobre mim, na verdade.

Ele passou o dia pedindo para ir, levou não, é claro. Mas sinceramente, o "sim" tinha quase escorregado da minha língua no final da aula quando ele implorou com aqueles olhinhos de cachorro perdido...

-Você me daria a honra de ser minha acompanhante do baile? – Ele perguntou caprichando no tom de aveludado, meus olhos caíram sobre a caixa que ele colocou em cima da mesa, na minha frente.

Era um corsage de rosas brancas.

Droga, era lindo!

Olhei para Edward, que ainda estava inclinado sobre mim, muito perto de meu rosto. Ele tinha aquele olhar intenso, o "não" ficou preso na garganta.

-Você realmente quer que eu vá. – Comentei estreitando os olhos para disfarça.

-O que você acha? – Sorriu erguendo as sobrancelhas, suspirei derrotada.

-Eu realmente não sou fã de festa, todas que fui, foi por que eu tinha que ir. – Ergui as sobrancelhas para ele, Edward ficou me olhando paciente, por fim suspirei e larguei o lápis. – É melhor fazer a pena.

O sorriso dele ficou ainda maior, ele se inclinou e me deu um beijo rápido e estralado.

-Fantástico! Alice! – Olhei-o assustada, Alice entrou saltitante cheia de sacolas.

-Temos um milhão de coisas para fazer! – Alice parecia ter um sorriso ainda maior que o dele, ela estava batendo as mãos e pulando animadamente, no que fui me meter? – Sai Edward!

-Espera ai! – Exclamei aterrorizada com o sorriso de Alice.

-Fique linda, te vejo na festa. – Edward sorriu perverso e me deu um outro beijo sumindo da minha vista, rangi os dentes irritada.

-Nem tente escapar. – Alice falou antes que eu abrisse a boca. – Você não tem vestido, eu tenho. Por tanto quem manda aqui sou eu, agora vá para o banheiro. - Apontou autoritária, até amuei agora.

Jake P.O.V

Olhei ao redor, aquilo já estava lotado. Coloquei as mãos dentro do bolso da jaqueta e suspirei, não estava frio, fresco talvez. Ao menos, eu suponho isso pelas roupas dos estudantes. Por conta da minha temperatura naturalmente alta, eu não sentia frio facilmente.

Vi o vampiro Garrett se aproximar de mim cautelosamente. Franzi o cenho para ele, o vampiro era do lado dos Cullen, por que estava vindo falar comigo?

-Black. – Cumprimentou se aproximando.

-Sim?

-Os Cullen já estão lá? – Perguntou casualmente.

-Apenas Rose e Jasper. – Dei de ombros. – Por quê?

-Me mandaram ficar por aqui. – Ele pareceu mal humorado.

-E?

-A Swan está lá?

-Por quê?

-Por que o coven de bruxas da família dela está vindo também. – Respondeu, olhei-o curioso. – São adolescentes também, da mesma idade da bruxinha que agora é líder.

-E você está dizendo isso por que...? – Ele me olhou. – Eles não faram nada contra Bella.

-Sim, vieram aqui confirma um pacto de paz. –Olhei-o incrédulo.

-Nessa festa? Mas que...

-Eu sei. – Ele revirou os olhos. – Qualquer ataque de demônios, é capaz de jogarem a culpa em Bella, por isso fique de olho aberto, mas uma briga é a ultima coisa que precisamos nessa cidadezinha.

-Você vai entrar? –Perguntei de repente.

-Se Kate, minha amável esposa, conceder uma dança. – Ele olhou ao redor sugestivamente.

-Nem que a vaca tussa. – Kate apareceu desfilando para nós. – Eu não sou mais sua esposa. – Cuspiu agarrando o braço dele. – Infelizmente, eu tenho que garantir que você não faça nenhuma besteira.

-Ela me ama. – Sorriu para mim.

-Cale-se! – Exclamou indignada e depois sorriu para mim... Amavelmente. – Onde está Nessie, Jake?

-Chegando com Emmett, estou a esperando até agora. – Respondi suspirando.

-Ela chegara, se até Garrett se deu ao trabalho de vir, ela virá.

-Hey! – Ele a olhou revoltado. – Eu não são tão ruim assim.

-Veneza? Paris? Alemanha? – Ela o olhou erguendo as sobrancelhas.

-Eu tinha desculpas perfeitamente aceitáveis! – Ele argumentou, enquanto ela o arrastava para dentro. – E tem mais! Isso foi a setenta anos! Eu mudei.

Dei uma risada baixa para a situação deles.

-Do que está rindo? – Me virei ao ouvir a voz de Nicolas, abri a boca chocado.

Nicolas estava de braços dados com Jane, isso era tão surreal! Talvez eu devesse me beliscar para ver se estou sonhando, por que Jane está de vestido e ela parece realmente bonitona!

Tudo bem, ela é vampira, é obrigada a parecer bonita até com um saco de lixo, mas... Ela parecia angelical com aquele vestido!

-Então, qual é a graça? – Jane me olhou impaciente.

-Nada, só Kate e Garrett. – Pisquei confuso. – Por que estão aqui?

-Alice pediu. – Nicolas deu de ombros.

-Implorou. – Jane acrescentou. – De qualquer maneira, parece que algo vai acontecer com tantos adolescentes ao redor. Se me lembro bem, dá ultima vez morreu um humano.

-Acredito que se chamava Tyler. – Nicolas concordou franzido o cenho, meus olhos ainda estavam nos braços dados deles.

Isso é surreal!

-O que tanto olha? – Jane me olhou exaspera.

-Vocês. – Respondi com toda a honestidade de meu ser, os dois ergueram as sobrancelhas. – Estão juntos? Tipo, juntos juntos?

-É tão difícil de acreditar?

-EU SABIA! – Nos viramos para Nessie.

OH MERDA!

Ela estava... Estava... Estava...

-Pare de encarar, está ficando estranho. – Emmett apareceu ao lado dela, então passou por mim dando uns tapas fortes no ombro, out! – E sim, é estranho ver Jane com você, Nicolas, não é surpreendente, mas é estranho.

-Eu sempre soube que tinha coisa ai. – Nessie disse sorridente, ouvi Jane bufar. – E serio Jake, você não vai dizer o quão maravilhosa eu sou capaz de ficar usando apenas um pequeno estojo de maquiagem, lápis de olho e um o primeiro vestido que achei?

-Você tá... – Respirei fundo. -...

-Ok, eu o deixei sem palavras. – Ela revirou os olhos. - Isso serve. – De repente senti um empurrão, pisquei confuso.

-Acorda para a vida, lobinho. – Jane exclamou. – Estamos aqui para a seguran... – Ela se interrompeu com um engasgo.

Nos viramos para ela rapidamente, Emmett sumiu da nossa frente e Nicolas pegou Jane antes que ela caísse no chão. Imediatamente puxei Nessie (e seu maravilhoso vestido decotado roxo) para trás do colégio, em uma velocidade anormal Nicolas moveu Jane para perto de nós.

Eu não sabia que lobisomens faziam isso.

-Tira... – Jane disse roucamente com uma careta, ela parecia mais pálida que o normal. Nicolas a virou parecendo procurar algo, Nessie se ajoelhou.

-O que...? – De repente ele levantou os cabelos loiros de Jane e vimos um dardo em sua nuca. Nessie agarrou o negocio e puxou com força. O tamanho daquilo era arrepiante...

-Ela está bem? – Perguntei franzido o cenho, enquanto olhava para trás. – Alguém viu dá onde veio? – Perguntei sem esperar resposta, Jane rosnou estranho.

-Não se mexa. – Nicolas a forçou no chão. – Está envenenado, ela precisa de sangue. – Olhou para mim, bufei e olhei ao redor.

Andei pelas arvores rapidamente, até chegar ao outro lado do estacionamento.

-Hey! – Exclamei sorridente, eu não acredito naquilo.

-O que foi, Jake? – Lauren perguntou, estavam ela, Jessica e Mike.

-Nessie precisa de uma ajudinha feminina, ou algo assim, algum das duas poderia...?

-Eu vou. – Lauren disse apressadamente. –Qualquer coisa para ficar longe do casalzinho aqui. – Agarrou meu braço e foi andando para o baile.

-Não. – Exclamei, seja lá quem tinha atirado estava por ali. – Ela está lá atrás, vamos corta caminho por aqui.

-Meio furreca esse caminho, hein? – Lauren me olhou de cara fechada. – Eu vou quebrar o salto assim!

-Venha, se apoie em mim. – Ela agarrou meu braço perto demais, mas deixei quieto.

Rapidamente chegamos lá, pobre Lauren...

-Então, qual é o problema Nessie? – Lauren perguntou assim que vimos Nessie apoiada na parede, ela nos olhou séria. – O que foi com ela? – Quando viu Jane no chão a olhando tremula.

Nicolas a pegou, tapando sua boca, Lauren começou a se sacudir, mas era em vão. Então, Lauren parou e olhou para Nicolas com um olhar estranho.

-Me deu seu braço. – Ele pediu e ela estendeu sem hesitar. Lauren não fez um barulho sequer enquanto ele cortava seu pulso.

Jane parecia um anjo com aquela palidez e vestido. Então, saiu as presas de sua boca, enquanto ele estendia o pulso sangrento para ela.

Desviei os olhos um tanto enojado por estar fascinado com a cena, nunca tinha visto um vampiro se alimentar, o pensamento dava náuseas, mas estranhamente Jane parecia tudo menos um monstro. Então me bateu...

Aquilo é o que os vampiros fazem. Eles nunca se parecem com um monstro, parecem um anjo, por trás de uma bela face se esconde o mal. Foi o que meu pai me disse certa vez.

Nessie fazia coisas daquele tipo, ela não era um vampiro, era um demônio entretanto. Era estranho pensar nela daquele jeito, como um anjo com um rosto mortalmente bonito.

-Pronto. – Ouvi Nicolas murmura, Lauren foi para trás e ficou quieta, Nicolas pegou o rosto de Jane e a olhou com cenho franzido.

-Eu não posso usar meu poder. – Jane murmurou.

-O que? – Perguntei assustado.

-Esse veneno vai demorar para sair do meu corpo, se eu usar meu poder vou sentir em mim. Estou neutralizada por algumas horas. – Ela respirou fundo, nos olhando furiosa, troquei um olhar com Nicolas.

Então ouvimos o grito de Lauren, nos viramos e vimos Nessie agarrada ao pescoço dela.

-NESSIE! – Exclamei me erguendo, então ela foi jogada contra mim, automaticamente a prendi em meus braços.

-Ok, se acalme filhote semi-demonia. – Emmett estendeu a mão em um sinal de pare, no outro braço, ele segurava Lauren, que tinha o pescoço todo arrebentado.

O som que saiu da boca de Nessie não foi humano.

-O que aconteceu? – Nicolas perguntou se levantando, Jane se aproximou de nós tentando parar Nessie.

-Ela atacou a humana? – Emmett ergueu a sobrancelha, Nicolas o olhou mal humorado. – Oh! Você fala sobre o atirador? Bem, ele fugiu, devia ser humano, seu cheiro sumiu rapidamente. – Seus olhos caíram sobre o dardo. – Isso deve ter doido. – Fez um careta.

-O que é isso? – Edward se aproximou, seus caíram sobre Nessie e sua boca cheia de sangue, ele suspirou. – Eu não esperava isso tão cedo.

-O que? – Perguntei confuso, Nessie bufou em meus braços.

-Não é tão cedo assim. – Nessie rebateu a ele. – Faz um tempo que não me alimento.

-Como assim? – Perguntei confuso. - EU vi você tomar sangue esses dias.

-Tem um motivo para Bellla e eu nos alimentarmos de humanos, em vez de ficar nas bolsas de sangue. – Nessie apoiou a cabeça em meu peito suspirando. – Mesmo alimentadas, temos uma ânsia por sangue quente e pulsante que conseguimos controlar se a satisfazermos de tempos em tempos.

Edward tirou um lenço e entregou a ela, resolvi larga-la.

-Ela está viva? – Perguntei olhando para Lauren, Emmett me olhou.

-Quase? – Ele analisou a garota em seus braços. – Matamos, Edward?

-Não tenho certeza, ela foi vista com Jake pela ultima vez.

-Podemos criar um serial killer na cidade, o namoradinho dela morreu assim. – Jane deu de ombros.

-Bem... – Edward começou mas um crack o interrompeu, nós olhamos para Emmett, ele tinha acabado de quebrar o pescoço de Lauren.

Respirei fundo buscando paciência, aquilo vai sobrar para mim! Eu fui a ultima pessoa que ela foi vista!

-O que? – Emmett nos olhou erguendo a sobrancelha. – Eu gostei da ideia de serial killer. – Comentou inocentemente.

-Bem, quem vai esconder o corpo? – Nicolas perguntou com um suspiro cansado.

-Eu acho que ninguém levou em consideração que eu fui a ultima pessoa vista com ela. – Cortei todo mundo carrancudo. – Eu sou suspeito agora!

-Bem, não vai ser se você também morrer. – Emmett deu um sorriso brilhante, olhei-o indignado.

-Muito engraçado. – Nessie o olhou na defensiva. – Ninguém vai tocar um fio de cabelo de Jake, entenderam?

-Se acalmem! Eu vou cuidar do corpo. – Edward nos olhou impaciente. – Jane, vá para dentro com Nicolas, fiquem juntos e dobro de atenção. – Eles acenaram e foram andando. – Emmett, acredito que Rose está lá dentro com Jasper. – Ele olhou para Emmett que parou de sorrir e sumiu de nossas vistas. – Agora, Nessie, não fiquei histérica, sua mãe está vindo.

-Sério mesmo? – Nessie perguntou surpresa, Edward deu de ombros e colocou as mãos no bolso casualmente.

-Eu a convencida. – Falou em tom humilde que escondia toda a arrogância da pessoa. – Mas antes que vá lá dentro... Deveríamos fazer algo sobre seu descontrole. – Apontou para Lauren.

-Bem, você sabe tudo, lê meus pensamentos. – Nessie cruzou os braços, ele acenou com a cabeça.

-Eu acho que deveria falar com Kate arranjar quatro humanos para as duas. – Edward disse pensativamente. – Será o suficiente, não?

-Dois para cada uma, sim, será o suficiente. – Nessie acenou com a cabeça. – Por causa do meu surto, eu posso ver sangue sem pirar de novo, mas não vai durar muito tempo.

-Eu vou providenciar para amanhã, há não ser que queira se aproveitar de algum efeito colateral da festa. – Ela acenou e eu engoli a seco. – Não sabemos quantos inimigos temos lá dentro, então não sai de perto de Jake. Agora, deixe-me cuidar dela, Alice tem um lugar para coloca-la, é claro. – Revirou os olhos.

-Cadê mamãe? – Nessie perguntou quando ele colocou o corpo de Lauren sobre o ombro.

-Ela está... – Ele parou nos olhou. – Digamos que sua mãe está sofrendo na mão de Alice. Ambas estarão aqui em breve. – E se foi com o vento.

-Deveríamos tirar o sangue do seu rosto. – Disse a puxando, ela me olhou com um suspiro.

-Eu não tinha a intenção de matar a Lauren. – Ela falou me olhando. – Eu não gosto de matar pessoas inocentes, por mais irritantes que elas sejam. – Me olhou timidamente.

-Eu sei que a coisas que não pode controlar. – Puxei em direção aos fundos do colégio. – Não é realmente sua culpa se ela morreu, Emmett fez isso.

-Sim, vamos jogar a culpa no Emmett. – Ela acenou com um sorriso pequeno. – Meu rosto está sujo de sangue, mas e meu vestido? – Parecia realmente preocupada.

Revirei os olhos, mulher era tudo igual mesmo.

Sempre vaidosas.

Edward P.O.V

Tomei o gole do ponche especial que Rose colocou na mesa, sabe-se lá como. Era sangue fresco, docinho como mel. Rose havia trazido com Jasper e feito os humanos ficarem longe dele.

Falando nos dois, Jasper estava fora de vista (pelo o que podia ver, estava com Kate e Garrett), e Rose estava conversando com Emmett. Era uma conversa dramaticamente emocional, que tinha algumas lagrimas, muitos desculpes e terminaria em um beijo de pazes.

Então os pensamentos de Mike Newton me chamaram a atenção. Francamente, ele era o típico adolescente cheio de hormônios e popularzinho de colégio, quando não pensava na Bella, ele era realmente hilário.

Por exemplo, agora estava completamente chocado com Emily e todo seus atributos (no qual ele usou palavras bem desapropriadas para descrever), ele fez questão de se concentrar em cada parte do corpo e praticamente babar. Quase poderia ter pena de seu par, Jessica, mas ela estava interessada em ser a rainha do baile e se perguntava quais seriam as chances de Lauren ganhar dela.

Mas, meu palpite era que Angela ganharia o titulo no final da noite. Bella nunca vinha a esses eventos, deixava bem claro, então nunca tentaram faze-la uma candidata.

Voltando aos pensamentos de Mike, ele não foi o único a percebe Emily na festa. Ela estava bonita, era verdade, parecia um anjo de bondade – mas eu sabia a verdade, me lembro muito bem de seus pensamentos nada bonitos. Porém, o que estava me chamando atenção não era ela e sim o par dela.

Estreitei os olhos para mim mesma ao reconhecer os pensamentos. Eu sabia quem ele era.

Era o infeliz primo de Bella, qual era o nome? Bella se referiu a ele como primo e Henry! Sim, Henry o primeiro cara a toca-la e ainda era bruxo.

Francamente, eu não tinha motivos para gostar dele e o idiota me dá mais um motivo vindo ao estupido baile como acompanhante de Emily?

Só volta ela se apaixonar por ele.

Mas até que isso seria bom, eu poderia ser aquele paixão platônica e ela nunca passaria dos limites comigo. Não que ela iria ousar fazer algo assim, não comigo tendo compromisso com Bella.

Tomei mais um gole de minha bebida doce e andei em direção ao casalzinho, ou melhor, a uma garota deslumbrante e um puxa-saco.

-Quem é ele? – Ouvi o bruxo pergunta em tom baixo, Emily sorriu para mim, então franziu o cenho para Henry.

-Você não sabe? – Ela provavelmente sabe do parentesco de Henry com ele.

-Emily bela como sempre. – Sorri para os dois. – Henry, confesso que não esperava encontra-lo.

-Me desculpe, eu te conheço? – Ele me olhou confuso, estendi a mão.

-Edward... – Ele ficou tenso quando apertou minha mão, provavelmente sentindo que eu era um vampiro, ou minha pele fria, talvez os dois. -... Cullen, acredito que seriamos algo perto de primos. – Soltei a mão dele.

O noivo de Bella. – Ele pensou. Qual dom dos Cullen ele tem? Controle de emoções, visão do futuro, controle de mentes, pirocinese, extrema força ou telepatia?

Resolvi não deixa-lo saber qual era o meu poder.

-Como vocês não se conhecem? Bella parece ser intima de você, Henry. – Emily perguntou, era sutil, mas eu podia ver sua jogada.

Era uma pena para ela, que eu tenha séculos de experiência para cair em algo assim.

-Bruxos não se misturam muito com vampiros, e todos explicamos como nossa relação com Bella anda tensa.

-Sim, quando vocês a forçaram participar de um ritual e quase sugaram todo o poder dela. – Falei acidamente.

-Ela seria humana.

-Seria vulnerável.

-Não é capaz de protegê-la? – Me olhou irônico.

-Minha adorável mulher é independente demais para seu próprio bem. - Retruquei divertido. – Mas se quer saber, sim, eu poderia protege-la. Apenas não acho justo vocês usufruírem do poder que Renné deixou para Bella.

-Onde está a tão comentada Bella? – Emily perguntou percebendo a tensão entre nós.

-Está vindo, resolvi aparecer primeiro. – Dei de ombros e tomei mais um gole do ponche, Henry olhou para o vidro carrancudo, ele tinha adivinhado o que tinha lá. – Me pergunto o que vocês dois fazem aqui, sem quere ofende-la Emily, mas sempre me pareceu que não vêm muito a festas.

-Precisava me distrair, são tantas coisas acontecendo. – Ela deu de ombros timidamente.

-E claro, Henry aqui a acompanhou para...? – Olhei-o curioso.

-Proteção, ela é a líder do coven, não pode andar por ai desprotegida. – Me olhou de cima a abaixo.

-Claro, nos dias de hoje todo cuidado é pouco. – Sorri mostrando todos os meus dentes para os dois, o coração de ambos aceleraram. Emily, ao julgar pelo seu olhar, era por estar deslumbrada, já Henry parecia nervoso, era o instinto humano dele apitando perigo.

Ouvi os pensamentos de Alice no estacionamento e olhei para a entrada impaciente, por que ela insistia em não me mostrar o resultado final da produção em Bella?

Vi Alice aparecer na entrada com um vestido claro com um decote que deixava a mostra um corpete preto de renda, que...

Mas que droga! Alice fica pensando tanto no maldito vestido dela, que agora eu estou começando a refletir sobre ele. Graças a maldita fada, eu sabia a cor de cada vestido da festa menos o da Bella.

Sinceramente, não me interessa se a Rose está de preto, se Jane usa bege, ou Kate laranja. Alice no s viu e torceu a boca, aprovando o vestido dourado e branco de Emily, quase revirei os olhos.

Então, franzi o cenho, Alice apareceu, mas nada de Bella. Cadê ela?

-Quando é o casamento? – Henry perguntou, olhei para ele.

-Não decidimos ainda, estamos em tempos difíceis, não? – Respondi dando de ombros e tomando mais um gole do sangue, que não estava mais tão doce. Onde está Bella? Ela não vai realmente furar comigo, certo? Alice nunca deixaria...

Me voltei para os pensamentos de Alice, mas ela estava focada na organização do seu plano. Alice fez questão de não me olhar...

Um pigarreio baixo me fez olhar para trás e lá estava ela...

Bella estava maravilhosa, nenhuma novidade, mas isso não me impede de apreciar a beleza dela. Ela não se parecia com um anjo, nem com um demônio, era algo místico que não era nem bom, nem ruim, apenas bonito.

O vestido dela era verde-claro (Alice mexeu com a minha cabeça depois de mapear todas as cores da festa). Tinha as alças ao redor dos ombros os deixando nus, o que fazia o conjunto todo do decote uma tentação. O vestido era pecaminoso demais para mim e minha imaginação fértil!

Fiz questão de ignorar cada pensamento ao redor, eu tinha certeza de que pescoços voariam se ouvisse algo. Bella se aproximou sorrindo para mim, olhei-a dos pés a cabeça de novo.

Alice tinha escolhido aquele vestido! De repente, ela não mais tão irritante e maldita assim.

Estendi a mão para ela e a forcei girar.

-Ok, Edward, pare de babar. – Emmett quebrou minha apreciação, Bella deu uma risada, que praticamente morreu ao ver com quem eu conversava.

Juro que a ouvi praguejar sobre a respiração.

-Vocês! – Ela exclamou forçando o sorriso.

-Veja quem encontrei, meu amor. – Comentei tardiamente, enquanto a puxava para mim, Henry estava a olhando demais.

-O que você faz aqui, priminho? Repetiu de ano e agora estuda no High Forks? – Perguntou venenosamente. Eu já disse que adoro Bella?

-Ele está me acompanhando. – Emily pigarreou desconfortável. – Pensei que não vinha em festas escolares.

-Eu a organizei, achei que deveria vir. – Bella deu de ombros. – Além do mais, eu não deixaria Edward por ai nas mãos das vadiazinhas do colégio. – Minha noiva olhou descaradamente para Emily, que se encolheu um pouco.

-Não seria o contrario, prima? – Então Henry tem algum veneno de família?

-Não é que você tem razão? – Bella riu falsamente. – Você acabaria com elas, não é amor? – Olhou-o para mim divertida.

-Eu já fiz isso. – Ergui as sobrancelhas sugestivamente, Bella me olhou carrancuda. – Mas passado é passado, não? Eu amo ela. – Falei par eles, abraçando Bella.

A cara deles era impagável! Quero dizer, estávamos na melhor forma de típico casal humano! Era tão bom que nem estávamos mais atuando. Por que eu sei que Bella tem ciúme de mim, nunca vai admitir, mas está lá!

Bella tossiu para disfarça a risada.

-Então, vocês estão juntos? – Bella perguntou curiosa.

-Não! – Emily exclamou ansiosa, Henry até ficou um pouco ofendido com a urgência dela de impor que eles não eram um casal. – Eles não querem que eu ande desprotegida.

-Ah sim... – Bella acenou com a cabeça. – Então, você falou com eles sobre o que conversamos?

-Sim e eles aceitam a bandeira da paz, ambos se ignoram. – Emily respondeu, Henry a olhou de lado.

Pude ler em seus pensamentos que a verdade era que eles tinham querido atrair Bella e sugar seus poderes. Ninguém esperava que ela fosse atrás de Emily, que é a líder do coven.

Aliais, Emily estava tendo dificuldade em ter respeito do coven por ser tão nova no assunto. Mas ninguém poderia negar que ela é forte, e nenhum membro se atreveria falar algo a ela na cara, afinal uma bruxa com raiva não precisa saber feitiços.

-Onde estão os outros membros do coven? – Perguntei curioso, os pensamentos de Henry nem chegavam perto dos outros membros.

Então, eu visualizei tudo.

Bella tinha feito um tremendo estrago em sua imagem quando provocou o acidente para pegar Henry. A tia dela estava inconsolável e a avó aproveitou para colocar todos contra Bella. Aparentemente, Isabella Swan não era mais um deles (como se tivesse sido algum dia), deixou de ser no instante que foi mordida, não tinha direito a nada da família.

Quase sorri com o fato de que o clã de bruxos procurava loucamente o livro de bruxaria de Renné. A mãe de Bella era poderosa, ter acesso aos feitiços pessoais seria uma precocidade, afinal só grandes bruxos ou um grupo poderia realizar alguns dos feitiços ali.

-Aqui também. – Bella olhou ao redor um tanto tensa. – Não perderíamos um festa, afinal de contas.

-E vão se juntar a escola, imagino. – Bella o olhou.

-Todos nós estudávamos em um colégio interno separados, como bem sabe, mas agora que juntamos o covén temos que ficar juntos. Então, sim, eles vão estudar aqui temporariamente.

-E você não, por que já se formou. – Bella acrescentou, ele acenou com cabeça sorrindo.

-Verônica também já se formou. – Deu de ombros.

-Como está eles? A ultima vez que os vi... Bem, vocês estavam bem concentrados.

-Como assim? – Emily a olhou confusa.

-Eu te disse que eles me fizeram líder para unir o coven, só não disse que fui forçada. – Emily olhou para Henry com o cenho franzido, este por sua vez olhava para Bella com a expressão dura.

– De qualquer maneira, são águas passadas e agora está tudo bem, não? – Falei sorrindo diplomaticamente, Bella concordou olhando para Henry séria.

-Eles estão bem. – Henry respondeu correspondendo o olhar dela. – O acidente que você causou não feriu ninguém seriamente.

-O que? – Emily nos olhou confusa.

-Ela não te contou que causou um acidente de carro e por isso estávamos todos quase entrando em um briga.

-Que eu saiba vocês começaram quando a sequestraram no funeral da mãe dela em plena lua cheia com lobisomens a caçando. – Olhei-o raivoso, ele tinha mesmo a ousadia de culpa-la?

Emily parecia cada vez mais horrorizada com nossa conversa, começamos em um tom tão casual e agora...

-Meus pêsames por sua mãe, falando nisso. – Bella piscou para Emily com a expressão dura, apertei sua cintura.

-Obrigada. – Bella acenou com um tom inexpressível.

-A parti de agora, ninguém do covén lhe fará mal, estamos em paz. – Emily acrescentou quase timidamente.

-E como está sua mãe? – Perguntei quando vi que Bella não falaria nada.

-Muito bem, está em casa agora. – Emily brincou com as mãos nervosamente.

-Fico feliz. – Sorri para ela, Emily desviou o olhar rapidamente.

Pare com isso! – Olhei para cima disfarçando a surpresa, Nessie tinha me enviado o pensamento com um tiro. Eu não estava prestando atenção nos pensamentos ao redor, por isso ouvir algo me pegou de surpresa. Pare de deslumbrar a virgem loira e seja um bom acompanhante para Bella, seu idiota.

Por que raios ela está com tanta raiva?

-Por quê? – Sussurrei confuso, Bella me olhou de lado.

Hãã... Duh?

Revirei os olhos e soltei o braço da cintura de Bella, ela me olhou curiosa.

-Que tal um dança? – Sorri perversamente para ela, enquanto estendia minha mão. Se me lembro bem, ela prometeu que nunca mais dançaríamos, é o que vamos ver.

-Hã... – Bella alongou a fala enquanto olhava para minha mão e depois para mim.

-Se não aceitar vou convidar Emily. – Acrescentei provocantemente, Henry estreitou os olhos, Emily ficou corada e Bella bufou desanimada para mim, quase ergui a sobrancelha para sua reação.

Ela deveria estar se mordendo de ciúmes, por que aceitou minha mão.

-Nos vemos depois. – Acrescentei para o casal de bruxos.

-Eu te odeio com todo o meu coração. – Ela murmurou apaixonadamente para mim.

-Ah que isso, não seja tão dramática. – Revirei os olhos a puxando para a pista de dança.

Rose e Emmett tinham feito as pazes já que estavam em seu próprio mundo ali, ficariam assim até Alice dá um alerta provavelmente. Falando em Alice, ela nem parecia estar planejando um plano diabólico, estava dançando animadamente com Jasper.

Girei Bella alegremente, mas ela ainda me olhava carrancuda.

-Eu já te disse que odeio dançar?

-Eu já te disse que você está maravilhosa? – Ela revirou os olhos, mas eu sei que sua raiva diminui consideravelmente. – Sinceramente, eu acho que você dança bem, não sei por que tanto medo.

-Eu já te falei: tenho trauma.

-Mas você dança bem. – Ergui a sobrancelha insistindo. – Não vejo o ponto em não querer dançar.

-E eu não vejo ponto em ficar comigo dormindo na cama quando você não dorme. – Rebateu divertidamente.

-Hey! Quem tem que ouvir seus roncos sou eu. – Ela me olhou com os olhos arregalados, percebi meu erro imediatamente. Eu nunca comento sobre os roncos dela, mulher é muito sensível com isso, mesmo que eu ache até singelo o som dela.

Bem, eu acho singelo agora, por que no começo era um pouco irritante para ser franco.

-Eu não ronco! – Ela me olhou indignada.

-Claro que não. – Rebati irônico, enquanto rodávamos.

-E mesmo que eu ronque, é meio perturbado pensar em você acordado me observando.

-Eu não te observo, você só ronca alto. – Brinquei e ela pisou no meu pé, não doeu e me fez rir.

-Bem, podemos resolver esse problema, só não vá para a minha casa a noite. – Sorriu docemente.

-Você não aguentaria dois dias sem mim, minha querida. – Retruquei arrogantemente. – Depois de tanto tempo sem satisfazer seus desejos luxuriosos, seu organismo simplesmente necessita de mim.

-Bem, talvez seja verdade... E qual é a sua desculpa? – Ela riu para mim.

-Minha desculpa? – Ergui a sobrancelha.

-Ontem a noite não fizemos nada, se me lembro bem, você simplesmente se deitou comigo, todo preocupado com meu comportamento frio. – Me olhou vitoriosa.

-Oras, não é obvio? Eu me senti sozinho. – Ela riu da minha expressão de pobre coitado.

-Responda a verdade!

-Tudo bem, eu gosto de sua presença, é tranquilo e quente. – Bella abriu um enorme sorriso convencido. – Não fique se achando. – Acrescentei ao ver sua expressão. – Eu ainda tenho que aguentar seus roncos.

-Pare com isso! – Me golpeou no ombro, eu senti dor, mas nada insuportável.

Ouvimos suspiros e olhamos para a comoção do outro lado da pista, era Alice e Jasper dando um verdadeiro show.

-Exibidos. – Revirei os olhos, os dois dançavam como profissionais, direito a pernas para o alto e piruetas.

OH CALE A BOCA! – Ela berrou para mim.

Verde não lhe cai bem, Edward. – Jasper pensou alegremente.

-Bem, ao menos eles são bons. – Bella comentou olhando para eles. – Já Kate e Garrett parecem estar guerreando. – Riu para eles, Garrett deu um sorriso brilhante para nós e voltou a encarar determinadamente Kate, que ainda estava carrancuda.

-Já viu Jessica e Mike? – Olhei sobre seu ombro divertida, nos viramos para ela ter uma visão deles.

-Quantos movimentos. – Bella apertou os lábios tentando não rir. Jessica e Mike estavam chacoalhando os braços pra lá e pra cá, parecendo se diverti horrores. Seus olhos se mudaram pela multidão e ela suspirou de repente.

-O que foi? – Perguntei em tom baixo.

-Eu já vi meus primos por aqui. – Fechou os olhos por um instante. – É estranho ter que retribuir os olhares tortos para mim. De qualquer maneira, eu não quero falar sobre isso. – Sorriu para mim, eu a rodopiei e ela voltou para mim com uma careta. Segurei a risada ao vê-la se desequilibrar pela rapidez que a girei.

Então, começou a tocar uma musica lenta, aquilo era obra de Emmett, que molhou a mão da DJ para colocar uma musica romântica.

Bella suspirou aliviada e encaixou a cabeça na curva do meu pescoço. Ficamos em silencio, enquanto a musica rolava, olhei ao redor atento.

Eu não fazia de quem era humano e quem não era, era muito pensamentos para filtrar e demônios não seriam estúpidos o suficiente para pensar sobre seus planos por aqui. Isso sem contar os humanos que estavam a serviço dos demônios, afinal eles são facilmente manipulados.

Encostei meu queixo na cabeça e nos girei verificando todo mundo. Pareciam um bando de adolescentes cheios de hormônios planejando transar no final da noite em um motel barato. Também tinha os pensamentos mais femininos e românticos, algo sobre a musica que está tocando ser perfeita.

Eu realmente não estou prestando atenção na letra, mas parte do meu cérebro está captando cada palavra. É meio irritante, você sabe, que uso terá para mim um letra de musica romântica?

Sinto Bella se mexer e eu olho para baixo, ela não está olhando para mim. Na verdade, ela não está olhando para nada, parece profundamente perdida em algo ao julgar sua expressão. Observo curioso sua expressão mudar para compreensão e depois para terror absoluto, franzo o cenho para ela e a aperto contra mim.

Bella olha para mim como resposta.

-Tudo bem? – Perguntei curioso.

-Hã... É... – Ela está gaguejando? Bella respira fundo.

-Bella? – Ela fechou os olhos como se estivesse temendo algo. – Está me preocupando... – Olhei ao redor em alerta. – Me diga. – Olhei para ela.

-Eu... Eu acho que... Que... – Ela para abruptamente e sua boca se entre abre, meu instinto é olhar para os lábios rosados, mas me foco em seus olhos.

Paro de dançar quando percebo seu olhar. Procuro os pensamentos de Jasper, mas ele está focado nos outros, não em nós. Ergui as sobrancelhas para a semi-demonia e me inclinei.

-Você acha o que?

-Eu preciso ir ao banheiro. – Fala abruptamente e empurra meu peito para se afastar, deixo-a ir confuso.

-Banheiro? – Olhei-a estranho, Bella não tem por que usar banheiro, ela nãocome.

-Olhar a maquiagem. – Sorriu um tanto falsa e se afastou, segui-a rapidamente, mas ela usou sua velocidade para sumir entre as pessoas.

E eu basicamente fiquei no meio da pista ouvindo o final de It is you I have loved.

Que doce...

Bella P.O.V

Andei pelo corredor rapidamente.

Oh droga! Droga! Droga! Droga! Droga!

Isso não podia estar acontecendo!

Encostei nos armários e escondi o rosto nas mãos.

Eu não podia estar apaixonada por Edward Cullen.

Respirei fundo, sentindo o nó na minha garganta se acalmar um pouco, eu não podia dizer o mesmo do meu estomago, infelizmente. Tudo bem, tudo bem, Bella.

Apoiei a cabeça no armário e olhei para frente. Eu não estava apaixonada por Edward!

Era a musica! A maldita musica!

Eu me deixei levar por ela, estava ali agarradinha com Edward, tinha acabado de topar com meu primo, que foi meu primeiro amor e tirou minha virgindade. Obviamente, eu só me levei pelas coisas e imaginei em como seria se estivesse tendo esses sentimentos por Edward.

Acenei para mim mesma. A musica ecoou do salão para mim.

It is you I have loved

It is you I have loved all along

Gemi batendo a cabeça no armário.

Quem eu queria enganar? Eu andava e cagava para Henry, estive agarrada com Edward nas ultimas semanas e nem pensei em nada parecido e sobre a musica...

Bem, eu acho que a musica simplesmente me mostrou a verdade.

Estava tão ferrada!

Não podia sentir algo por Edward, primeiro: nosso relacionamento é falso, quer dizer, meio falso, hã... Nós não temos compromisso. Segundo: ele já tem alguém destinado, se fosse eu a pessoa, Alice veria meu rosto e ela não viu! Terceiro...

Bem, ele é porra de um vampiro!

Comecei a andar no corredor.

A terceira razão não era exatamente uma boa, na verdade, é mais uma vantagem. Quer dizer, ele é imortal, extremamente bonito, forte, rápido, rico, excelente na cama (tantos anos de experiência...)

Aaaaaaaaaargh!

Eu acho que vou chorar. Preciso mesmo ir ao banheiro, uma agua no rosto vai me fazer pensar mais claramente...

Virei o corredor, então uma mão tampou minha boca do nada.

Arregalei os olhos ao percebe que era Victoria quem estava na minha frente, pálida, imortal, linda de morrer (literalmente) e com perigosos olhos vermelhos.

Que cintilavam raiva em minha direção.

-Eu acho que precisamos trocar uma palavra ou duas. – Sussurrou amargamente e tudo ficou escuro.

Jane P.O.V

-Nós deveríamos dançar para disfarça, você sabe – Olhei para Nicolas. – Eu não mordo, você é quem faz isso. – Acrescentou divertido.

-Até onde sei, você também faz ocasionalmente. – Rebati aceitando a mão dele.

-É justo. – Concordou me segurando.

-Eu tenho uma pergunta. – Olhei para ele estreitando os olhos, Nicolas apenas sorriu esperando. – Eu tenho alguma marca de nascença?

Ele me olhou por alguns segundos, ergui as sobrancelhas. Tudo tinha uma brecha, se eu perguntasse certo, ele poderia falar. Afinal, Nicolas falou em como meus olhos eram azuis, mas não pode falar como me conheceu.

E como essa festa ainda está entediante...

Ele me puxou para mais perto e se inclinou sussurrando.

-No lado esquerdo do seu quadril. – Engoli meu veneno, ele não pode ter visto aquilo com as roupas que eu uso.

-Agora, eu sei o quão íntimos já chegamos. – Comentei me recusando a olhar para ele.

Uma coisa era dormi com alguém, outra diferente era conhecer o corpo da pessoa daquela forma. Meu sinal de nascença era pequeno, então ele teria mesmo que ter olhado bem.

-Continue perguntando. – Pediu de repente me girando para longe, quando me puxou de volta para si. – Quem sabe você chega a algum lugar?

Olhei para ele.

Nessie P.O.V

-Cale a boca! – Exclamei batendo em seu ombro. – Isso não é engraçado!

-É sim. – Ele suspirou dando mais uma risada. – Você, sinceramente, derrubou a garçonete em seu primeiro encontro?

-Eu tinha treze anos, estava nervosa, ok? – Olhei-o emburrada. – E com quantos anos você teve seu primeiro encontro? – perguntei tentando desviar o assunto.

Ele parou de rir e ficou olhando ao redor com cara de paisagem, estreitei os olhos.

-Bem... – Ele murmurou um pouco tenso.

-Ai meu Deus! – Exclamei. – Você nunca teve um encontro? – Comecei a rir.

-Cale a boca! – Exclamou defensivamente.

Rose P.O.V

-As coisas parecem estar indo bem. – Edward comentou quando me aproximei do ponche vampírico.

-Sim, é uma pena Alice ter nos interrompido. - Bufei um pouco contrariado, eu estava tendo um ótimo tempo com Emmett, quando a pequena rebocou ele de perto de mim.

-Sinceramente, me sinto aliviado. – Me deu seu estupido sorriso arrogante. – Seus pensamentos românticos são quase tão enjoativos quanto os de Alice e Jasper.

-Nem vem, você estava tendo um momento realmente doce com Bella, Tony. – Sorri provocantemente, ele me olhou com o cenho franzido.

-Não me chame assim. – Pediu tomando um gole do ponche, aproveitei e peguei um copo para mim, sorri para o guarda hipnotizado que não permitia ninguém tomar aquele em especial.

-Por quê? É por esse nome que a máfia italiana te conhece e todos os donos dos prostibulo e restaurantes de sangue. – Ergui a sobrancelha. – Tem uma boa fama por trás desse nome.

-Exatamente como Srta. Annelise. – Olhei-o mal humorada.

-Isso é golpe baixo.

-Sim, por que você pode falar sobre minha fama com a máfia, mas eu não posso falar sobre a sua fama de cafetina assassina francesa. – Me olhou erguendo as sobrancelhas ironicamente.

-Não é muito cavalheiresco de sua parte. – Resmunguei tomando um gole do sangue. – Isso está esfriando. – Acrescentei olhando para o sangue.

-O que esperava? Faz três horas que está ai.

-O que você está fazendo aqui, de qualquer maneira? Não tem Bella como acompanhante?

-Ela está perturbada com a quantidade de familiares que a odeia no mesmo lugar. – Deu de ombros.

-Falando deles... Como anda as coisas com a bruxinha? – Perguntei abaixando ainda mais o tom.

-Ela está deslumbrada por mim como qualquer humano.

-Perigoso para uma bruxa. – Meditei erguendo as sobrancelhas.

-Conveniente para nós. – Rebateu me olhando de lado.

-E o que Bella pensa disso? – Perguntei curiosa, Edward começou a sorrir malicioso.

-Morrendo de ciúme. – Dei uma risada de sua expressão convencida.

-E você está adorando, não? – Ele deu de ombros como se dissesse "o que posso fazer?". – Aposto que apreciaria ainda mais, se o primo dela não estivesse aqui. – Acrescentei mordazmente.

-Agora, o que você quer dizer com isso? – Me olhou defensivo, que bonitinho... Edward estreitou os olhos para mim.

-Não avancem um em cima do outro, por favor. – Alice se aproximou. – Temos coisas a fazer em vez de ficar brigando.

-Vai nos contar o que raios está aprontando? – Edward perguntou. – Honestamente, não sei por que tanto mistério, cada pensamento seu está sendo irritante para mim, sabe? O hino nacional em alemão é tedioso.

-Então, mantenha-se afastado dos meus pensamentos, quanto menos souberem melhor, o futuro não será alterado. – Suspirou. – Tem álcool por aqui? – Olhamos para ela ceticamente. – Festa do ensino médio, certo, obvio que não tem. Pessoas são tão tediosas hoje em dia, antigamente os bailes sempre tinham álcool. – Revirou os olhos.

-Para que álcool? Não é como se fizesse efeito em você. - Olhei-a ceticamente.

-Mais a sensação na boca é calmante, apesar do gosto não me atrair nem um pouco, você sabe bem do que falo.

-Admita, é apenas seu problema de alcoolismo de quando era humana falando mais alto. – Edward comentou, quase engasguei na bebida com a risada.

Alice só olhou para Edward de cima a baixo, espremi os lábios prendendo a risada e Edward só continuou ali sorrindo casualmente para frente. Ela deveria estar o xingando via pensamento pela maneira que Edward inclinou a cabeça um pouco para o meu lado, com o se Alice estivesse berrando em seu ouvido.

-O que devemos fazer? – Perguntei depois de um pigarreio.

-Dancem. – Alice pediu em tom baixo, apenas ouviríamos. – Os quero do lado esquerdo da pista, por agora, não tem utilidade nenhuma.

Edward sorriu maliciosamente para mim e estendeu a mão galantemente, olhei-o fazendo minha melhor cara de lisonjeada, levando a mão ao peito e abrindo a boca. Alice revirou os olhos com nosso teatrinho e depois riu baixinho.

-Deixe o celular ligado, meus amores. – Se virou praticamente dançando, enquanto eu aceitava a mão de Edward.

-Faz um tempo que não dançamos. – Olhei-o fazendo beicinho. – Quando foi a ultima vez? – Busquei na memoria rapidamente.

-Acampamento. – Falamos ao mesmo tempo sorrindo.

-Aquele dia foi divertido. – Edward comentou me fazendo girar.

-Verdade, foi uma noite hilária, os humanos estavam todos "Oh meu Deus! Oh meu Deus!" e nós imitávamos sons de animais. Emmett era um urso, você um leão da montanha e Esme... – Falei rindo.

-Imitou um crocodilo. - Ele terminou por mim dando uma risada. - Eles ficaram apavorados com ela.

-Nós não chegamos a mata-los. - Comentei pensativa. - A parte Volturi da região não iria querer um massacre na floresta, então fizemos parecer que se acidentaram. - Edward revirou os olhos.

-Chamaria atenção demais, Rose, as pessoas desaparecendo nessa cidadezinha iriam percebe a falta de vinte pessoas nas floresta.

-Esse é o lado ruim de cidade pequena. - Soltei um suspiro dramático.

-Se bem que só mesmo a mente depravada de Carlisle para ter a ideia de caçarmos durante a noite em uma floresta, nós não fazemos algo assim a muito tempo. – Edward revirou os olhos. – Acho que ele estava nostálgico, por isso resolveu reviver uma brincadeira de oito décadas atrás.

-De qualquer maneira, foi uma boa maneira de comemorar o aniversario dele. – De repente, Edward me virou me fazendo ficar de costas para ele, enquanto dançávamos.

-Está vendo o mesmo que eu? – Perguntou em tom baixo.

No começo não captei ao que ele se referia, mas então eu percebi. Os humanos, estavam dançando mais acalorados, vamos dizer. O cheiro de excitação estaria em breve no ar e não há melhor maneira de se disfarça do que assim.

Mas o que estava causando isso? Os demônios, ou nós?

-Jasper... – Edward falou me girando para ficarmos de frente um para o outro. -... Estava se divertindo muito naquele noite, foi ele quem trouxe o violão dos seus tempos de hippie. – Sorri divertida disfarçando, Edward tinha acabado de me responder que eramos nós.

Mas ele falou em código, o que significa uma coisa: estávamos entre inimigos.

Os jogos começaram.



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