Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 31
Prelúdio


Notas iniciais do capítulo

Ontem a fic fez dois anos e era o meu aniversario, por isso o post duplo, aguardem que em breve vira o terceiro capitulo que prometi lá.



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Capitulo 31

Jacob P.O.V

-É chato, não? – Olhei para Leah, franzi o cenho.

-O que faz aqui? – Perguntei intrigado, estávamos ambos na escola. – Lembro que te dei folga, como pediu.

-Eu mereço depois de tanto trabalho.

-Você deveria pedir mais dias... – Comentei.

-Nunca. – Retrucou inexpressivamente. – Meu dever é com aquele que sirvo e esse é você.

-Isso soou muito não-você. – Ri olhando ao redor rapidamente.

Estávamos em um dos bancos do estacionamento, era cedo, então havia poucos seres humano estava por perto.

O silêncio era realmente bom.

-Você acha que tem como quebrar uma impressão?

-Impossível. – Respondi suspirando. - Acredite Leah, eu sei do que estou falando, estou sofrendo isso.

-Então impedi-la? – Olhei para ela.

-Por que faria isso?

-Quero ficar com alguém que eu escolha, não por causa de alguma magia...

-Leah, você entende o que é impressão?

-Acredita mesmo que é uma forma de apontar a alma gêmea? – Riu sarcástica. – Meses atrás dizia algo diferente.

-As coisas são diferentes agora, eu não sabia o que era. – Retruquei sombriamente. – Você sabe o coração batendo em meu peito? Ele não faz mais isso por minha causa, mas por que Nessie ainda está viva.

-Isso é ridículo.

-É o que ela me disse quando falei para ela. – Respondi tristemente.

-Sinto muito. – Leah disse em tom baixo.

Por um momento pensei em zombar dela, mas sabia o quão raro era Leah se dignar a pedir desculpas.

-Também sinto muito por você. – Ela respirou fundo, olhei para ela novamente. – Você está bem?

-Sam se descontrolou e atacou Emily. – Uma lagrima caiu pelo seu rosto, apesar disso o rosto de Leah não tinha emoção alguma.

-Ela...? – Deixei a frase no ar, estava em choque.

-Não, seu rosto apenas ficou ferido, mas irão fazer a cicatriz sumir. – Ela suspirou. – Você tinha que vê-lo Jake, a dor em seu rosto me assustou. Eu entendo que a impressão te aponta o amor, ou qualquer merda que você acredite, mas não quero sentir o desespero de Sam. – Secou a lagrima. – Como se tivessem me infligindo a pior das torturas.

-Você não pode evitar.

-Se eu desistir da forma de lobo e me torna uma humana, eu posso. – Dei uma risada irônica. – O que?

-Leah, você jamais faria isso, não só por que o lobo é parte de quem nós somos e só a impressão pode nos fazer superar essa perda, mas por que essa não é você. – Peguei sua mão. – Você não é egoísta o suficiente para desistir da forma de lobo, seu senso de dever diz que poderá salvar mais vidas assim.

-O que devo fazer? – Perguntou, sues olhos pediam ajuda, infelizmente não há nada a se fazer.

-Esperar. – Respondi resignado. – Eu sei que é difícil para uma pessoa impaciente como você, mas, por enquanto, você tem a eternidade a sua frente. Olhe meu pai, por exemplo, ele nasceu nos anos trinta e só agora parecesse ter quase cinquenta anos.

-Eu estou feliz em ter você como líder. – Olhei-a surpreso. – Irei negar até a morte que disse isso, mas é a verdade.

-Hum... – Murmurei sem saber o que falar, Leah revirou os olhos.

-E ele voltou a ser um bestão. – Franzi o cenho para ela.

-E você voltou a exalar o veneno habitual. – Retruquei acidamente, largamos as mãos e voltamos a olhar para frente.

-Sabe quais são as ordens deles? – Leah perguntou. – Procurar Thomas Louvain.

-Eu farei de tudo para proteger a vida de Nessie e você segue meu comando. Portanto, não, você não vai fazer o que está pensando.

-Eu ouvi dizer que está encantado por Jane. – Leah ergueu as sobrancelhas. – Nessie é uma fonte segura até onde eu saiba.

-Jane não demostra nenhuma emoção além de malicia e sarcasmo, com uma ocasional dose de sadismo.

-E sobre Nicolas? É difícil não obedecer ele ou respeita-lo, é uma verdadeira luta com meus instintos.

-Seth reclamou disso também, mas acho que é por que Nicolas é de uma espécie diferente. – Respondi olhando para leve garoa sobre as arvores. – Sabe que eu aprendi bastante com ele? Nicolas, sem duvida, tem muito conhecimento guardado dentro de sua mente.

-Para mim, ele é misterioso demais. – Leah estreitou os olhos e franziu o lábio. – Mas isso é com você, Black. Se confia nele, posso apenas abaixar a cabeça e criar confiança em Nicolas.

Eu ia retrucar algo, mas o som de carro me fez ficar quieto. Ambos olhamos para o estacionamento e vimos o carro de Bella estacionando.

Olhar para o carro dela me fez lembrar de toda a historia por trás dele...

Quando ela veio para a cidade Charlie arranjou uma lata velha para ela, algo sobre Bella ser muito desastrada. Misteriosamente a lata velha vermelha quebrou e eu me ofereci para arrumar, mas o dano era muito caro e como Charlie supostamente não era rico e tinha gastado o que pode na camionete...

Porém, uma semana depois Bella apareceu com um Toyota, segundo a mesma, usado e disse que tinha conseguiu por um preço bom. Charlie desconfiou, mas Bella disse que Renné estava pagando o carro como presente de natal.

Em um dos nossos treinamentos (quase dois anos depois), Bella finalmente revelou que comprou o carro zerado e foi graças a um de seus serviços. Na época, eu não fazia ideia de que ela era ladra, achava que ela tinha usado as suas habilidades para conseguir um emprego ou algo assim.

Mas o que interessa é que desde que começaram as aulas, Bella vem vindo com Edward no volvo dele. Na verdade, os dois estão quase sempre juntos, o que quase é uma tortura para mim, é difícil conter a inveja.

Você vê, Bella é como Nessie, e, ainda assim, a ruiva acha que não conseguiria amar alguém.

-Bom dia, Bella. – Leah cumprimentou quando ela se aproximou rapidamente.

Ela pareceu só nos ver naquele momento, sorriu um tanto afobada e colocou a mochila sobre o ombro. Como era normal, Bella estava ótima, parecia um tanto apressada, mas estava bonita. Era uma coisa dos demônios sempre parecerem bem, ao menos, se não olhasse com atenção. No caso de Bella, ela parecia um tanto desconfortável e levemente cansada.

-O que faz aqui tão cedo? – Perguntei curioso.

-Eu faço a mesma pergunta. – Bella rebateu nos olhando. – Mas se querem saber, eu tenho organizado esse estupido baile de sexta nos últimos três dias. – Bufou mal humorada. – Se eu soubesse da confusão que estaria metida agora, nem teria ouvido o pedido da professora.

-Ainda assim, você vir sozinha é algo inédito . – Ergui a sobrancelha. – Sempre está com Edward. – Bella me olhou por alguns instantes.

-Bem, eu não sou tão dependente assim. – Retrucou irônica. – O que está fazendo aqui tão cedo?

-Ele está carente, sua filha está o torturando. – Bella suspirou ao ouvir o tom de Leah.

-Não é como se eu pudesse fazer algo sobre isso. – Ela deu de ombros. – Nessie voltará antes do final de semana, se querem saber.

-E o filho dela? – Me obriguei a pergunta, ainda era estranho, mas o pestinha até que parecia legal de tanto que eu ouvi Nessie falar dele.

-Estará em segurança, meu pai e Emmett me garantiram isso. – Bella me olhou comparecida. – Bem, eu tenho coisas para fazer, vejo vocês depois. – E saiu andando sem esperar repostas.

-Você percebeu o movimento na cidade nos últimos dias? – Leah perguntou de repente, olhei-a confuso. – Pelo o amor de Deus, Jake!

-Me parece tudo normal. – Dei de ombros.

-Está tão cego assim? Isso não pode ser bom... – Leah suspirou revirando os olhos. – Olhe bem ao redor, verá que algumas pessoas entraram em férias, outras viajaram a negócios e algumas apenas sumiram.

-Onde quer chegar?

-Que a situação toda está prestes a entrar em ebulição.

-Está assim desde do inicio das férias, Leah. – Comentei esticando minhas pernas. – Mas se está reclamando por não estarmos ajudando na limpeza geral de demônios na cidade...

-Sim, eu estou.

-... Isso é ação dos Cullen, Alice não pode coordena a limpeza sem poder prever a situação. – Apontei para nós dois. – Além do mais, nossa prioridade acabou de entrar na escola.

Leah bufou e se levantou.

-Ao menos treine mais com Seth, ok? – Ela pediu ajeitando o casaco. – Eu vou ficar fora até de noite.

-Volte logo. – Pedi sarcasticamente, ela sorriu falsamente para mim.

...

Bella P.O.V

-Eu acho que é só isso. – Suspirei para Angela, que sorriu aliviada.

-Finalmente terminamos tudo, agora é só ajeitar tudo para sexta. – Angela sorriu se erguendo. – Você vai, certo? Que pergunta, é obvio que sim. – Revirou os olhos.

-Na verdade, eu vou ficar em casa, como fiquei nos últimos bailes. – Retruquei risonha, ela gemeu contrariada.

-Mentira! Você tem Edward! Não tem desculpa alguma para não ir. – Ela me olhou frustrada.

-Eu não sou fã de festa. – Sorri amarelo. – Só aceitei isso por que a professora me pediu e, agora, eu passo o controle a você.

-Eu me dei bem aqui, você já fez tudo. – Ela riu colocando todos os papeis na pasta. – Bem, é melhor irmos, já perdemos metade do almoço.

-Eu vou ficar mais um pouco, tenho que termina um dever. – Dei de ombros, ela acenou e saiu.

Me permiti suspirar cansada assim que ouvi seus passos se distanciarem.

Eu passei os últimos três dias organizando toda aquela festa, estava um prego.

Mas foi bom, me distraiu das minhas próprias emoções.

Antes de viajar, Nessie veio falar comigo, pedir conselho ou desabafar. Conversamos um pouco sobre Andrew e tudo mais, até que ela me veio com uma pergunta...

-Bella... – Ela mordeu o lábio hesitante. – Como se sabe que...? – Ela mexeu a cabeça sem termina.

-Que...? – Ela respirou fundo.

-Como é estar apaixonada?

Puta merda.

-Oh! – Exclamei repentinamente assustada, olhei pela janela, Edward havia saído minutos antes e eu ainda sentia a mordida que ele me deu horas atrás.- Pergunta difícil. – Fiquei um tanto constrangida.

Eu me enrolei tanto para responder aquela simples pergunta, poderia ter mentindo e falado meio dúzia de bobagem, mas estranhamente eu travei. Então Nessie começou a falar como se sentia, sobre suas emoções, como era estar com Jake...

Aquilo me assustou, eu meio que sentia algo parecido perto de Edward.

E eu não podia estar tendo esse tipo de sentimentos por Edward Cullen!

Fechei aqueles pensamentos e eu fiz de tudo para parecer normal com Edward. Então a professora veio pergunta sobre a organização do baile. Eu aproveitei aquilo e mergulhei de cabeça fazendo todo o trabalho de um mês, em questão de dias. Ser demônio tinha suas vantagens...

De qualquer forma, isso me distraiu de pensamentos ridículos e sentimentalista que envolviam Edward, inclusive o vi muito pouco nos últimos dias. Agora o trabalhado tinha acabado e eu estava tentando fingir que não tinha pensado sobre ter sentimentos por ele. Mas eu acho que apesar de sido um tanto fria nos últimos dias (e covarde), até que fiz um bom trabalho em tentar agir normal quando ele aparecia.

Mas não era só eu quem estava agindo estranho. Quero dizer, Edward ficava meio calado e um tanto tenso quando estávamos juntos. Me pergunto o que deu nele, Edward ficou estranho depois do episodio dos múltiplos orgasmos.

Não pude deixar de sorrir ao pensar naquilo, aquilo foi bom, na verdade, maravilhoso! Eu não sabia que ser mordida poderia ser tão gostoso!

A porta atrás de mim rangeu, me virei curiosa e arregalei os olhos.

-Bem, bem, bem... – Sorri maliciosa. – Eu não esperava vê-lo de novo Henry. – Cruzei os braços e me apoiei na mesa.

-Eu venho em paz. – Me olhou em alerta.

-Tanto faz. – Revirei os olhos divertida. - O que quer? Outro galo na cabeça? – Perguntei sarcasticamente, segurei o riso ao ver sua cara.

-Você mudou. – Observou o obvio. – Está sendo mais direta, é melhor do que a outra Bella, ela era muito tímida.

Conti o impulso de estreitar os olhos. Ele veio até a minha escola para ofender o meu velho eu? Ele perdeu a noção do perigo?

-O que quer? – Perguntei novamente, a ultima pessoa com quem gostaria de estar em uma sala trancada é o traste gostoso do meu primo.

-Um acordo de paz. – Dei uma risada.

-Somos do mesmo sangue e ainda assim você age como se fossemos inimigos. – Deixei minha cabeça pender levemente para o lado, curiosa para o que aquilo significa.

-Nós somos inimigos.

-Eu não os considero inimigos, Henry, e sabe por quê? Por que inimigos é algo para se preocupar e vocês não são algo que tiram o meu sono.

-Não seja egocêntrica! Meu coven...

-O coven da Emily, meu querido, não se esqueça. – Não sei por que senti necessidade de defender o posto da Emily. Talvez seja por que no fundo, eu tenho certa pena dela por estar na companhia deles.

-Queremos um acordo de paz com você, em tempos como esse, seria realmente ruim perdemos tempo com rivalidades de família.

-Vamos fazer assim. – Me ergui da mesa e andei até ele ameaçadoramente. – Eu irei pensar sobre o assunto e entrarei em contato. – Sorri falsamente. – Agora, sai.

-Eu não termine.

-Ande logo. – Revirei os olhos impaciente.

-Nós podemos te exorciza. – Olhei para ele por um instante. – Poderíamos lançar um feitiço e mantê-la a salvo de qualquer influência demoníaca pelo resto da sua vida. Poderia viver livre disso tudo para sempre, Bella, não precisaria mais matar para sobreviver...

Cortei-o com um rosnado, em segundos fiquei a centímetros de distancia de seu rosto o fulminando com o olhar.

-Acha que sou estupida? Eu sei exatamente o que quer fazer, Henry. Vão drenar cada grama do meu poder para seu pequeno coven, inclusive meu escudo!

Ele me olhou sem falar nada, provavelmente, surpreso por eu saber disso.

-Você não é tão ignorante, então...

-Saia da minha frente antes que eu desista de pensar sobre sua humilde oferta e leve em consideração que você me ofereceu uma sentença de morte.

-Você seria humana e seria feliz tendo uma vida normal. – Ele comentou na porta. – Teria tudo aquilo que sua mãe queria para você, o que esse demônio te tirou ao mordê-la.

Aquilo foi golpe baixo, mas eu me lembro o que minha mãe me disse na carta. Seja feliz, viva sua vida ao máximo, encontre alguém para compartilha-la.

Minha mãe sempre soube que eu não poderia viver uma vida normal, ela só me deu uma chance de viver isso por alguns anos. Caso contrario, ela teria deixado aquele livro para minha avó dar ao próxima líder do coven...

-Eu não nasci para ser caçada, e sim para ser a caçadora, priminho. – Henry parou por um instante ao me ouvir, pude ouvir seu coração acelerar com meu tom.

Ele saiu sem dizer nada.

Suspirei pensando no que tinha acabado de dizer. Era a verdade.

Eu era uma Swan no final das contas. Estava fadada ao lugar de Charlie, a ser um soldado dos vampiros, Renné deixou isso explicado no seu livro de bruxaria.

Ao que parece, os Swan são uma das famílias que servem os Volturis, dizem que a linhagem é extremamente antiga e já teve vários outros sobrenomes. Os humanos nasciam com habilidades especiais que os faziam completamente diferente de qualquer criatura sobrenatural.

Quando Renné se casou com Charlie causou desgosto por que estava misturando duas raças distintas, uma bruxa e um humano dotado de habilidades especiais.

Eu não poderia ser bruxa por que o sangue de Charlie desencadeou meu próprio poder. Se eu fosse bruxa, poderia coordena o poder, mas ele não seria realmente meu, seria da natureza. Por isso toda bruxa pode fazer o mesmo que a outra, mas um vampiro, por exemplo, tem um dom único. O livro de Renné veio realmente em boa hora, ele tinha alguns rituais e feitiços, mas explicava bastante coisa.

E, cara, havia tanta coisa que eu não sabia. Esse pessoal me deixou no escuro mesmo!

-Frase cheia de efeito. – Virei para dar de cara com Alice sentada na mesa em uma pose elegante. – A cara do seu primo foi maravilhosa! – Riu entusiasmada.

-Como você...? – Franzi o cenho confusa, eu nem sequer a ouvi se aproximar.

-Bella, eu sou uma vampira, por favor. – Revirou os olhos dando um tapinha no ar. – Você tinha que ver a surpresa de Edward quando viu nos pensamentos de Jacob que você já estava na escola, ele ia te buscar sabia?

-Bem, eu não o vi hoje, ou seja, ele não veio a escola de qualquer maneira. – Comentei cruzando os braços.

-Sim, sobre isso, andamos meio ocupados. – Fez uma careta, abri a boca para pergunta, mas ela me cortou. – Rose e Esme estão cuidando do clã, Emmett de Nessie, Carlisle está com Edward e meu Jasper está...

-Está? – Perguntei curiosa com sua pausa, ela franziu o cenho olhando para algum ponto no chão.

-Contando tudo para Victoria, ele está a mantendo calma, enquanto ele e Riley contam sobre James. – Alice inclinou a cabeça levemente para o lado, enquanto olhava para algum ponto no chão.

-Então, ela acordou. – Fiquei tensa de repente. – Eu tinha me esquecido disso.

-Ela está muito instável como é normal nos primeiros dias. – Balançou a cabeça. – De qualquer forma, quero falar com você sobre seu futuro.

-O que tem? Me viu morrendo? – Perguntei sem querer saber.

-Oh! Vi você escalando o Everest, roubando uma boate clandestina em Las Vegas com poucos trajes e vários humanos, vi você tomando vodca, matando um empresário... – Ela olhou para cima pensativa. – Também te vi fazendo compras, eu pessoalmente adorei o vestido que escolheu, também a vi comprando um peixe de estimação... – Franziu o cenho comicamente nesse ultimo.

-Espera, eu estou confusa, Alice, por que eu faria tudo isso? – Olhei-a com o cenho franzido.

-Eu estou confusa também, primeiro achei que alguém andava se disfarçando de Isabella Swan, mas ela usava esse amável colar. – Apontou para o meu colo, era o colar que meu pai me deu de aniversario, eu praticamente nunca tirava. – Então, achei que você só estava entediada e fazendo planos demais. – Ela se ergueu da mesa e saltitou até mim. – Até que eu te vi acabando com o acordo de fidelidade com Edward.

Fiquei tensa, a possibilidade passou pela minha cabeça, não posso mentir, mas pensei ser extrema demais.

-Vai acontecer algum dia. – Dei de ombros.

-Bella, eu tenho andado por ai ha séculos, não sou estupida, tem algo acontecendo com você. – Me olhou compreensiva? – Está tentando fugir de seus próprios pensamentos, por isso tantos planos vem sendo feitos e isso está me enlouquecendo. – Ergueu as mãos em um gesto totalmente dramático.

-Culpada? – Olhei-a erguendo a sobrancelha. – Eu vou ficar bem, de qualquer maneira.

-Como você sempre fica, não é mesmo? – Perguntou me olhando com certo interesse. – Bem, eu tenho que ir, vim aqui para bater aquele papo rápido com minha amiga demônio e intima-la a aparecer no baile. – Sorriu para mim. – E você deveria pensar sobre o que seu primo disse, uma paz temporária com o estupido coven deles seria bom. Bruxos podem realmente ser uma pedra no sapato quando querem.

Acenei com a cabeça e ela saiu da sala também, eu estava recebendo visitas demais naquela sala.

E tudo o que eu queria era ficar sozinha.

Revirei os olhos e ouvi o sino bater, hora de voltar para a aula.

Jasper P.O.V

Victoria olhava para baixo em choque, eu estava completamente em alerta com suas emoções a mantendo na linha, eu sabia que depois do choque viria uma onda de fúria.

-James é um demônio?

-Sim.

-Como? – Ai está a raiva.

-Bem, Isabella Swan o deixou para morrer, então alguém se aproveitou do seu estado e fez o ritual de possessão o curando quase por completo. – Heidi tinha mesmo que ser tão direta?

-Quase?

-Ele foi castrado por ela, então essa parte não pode ser concertada. – Respondi calmamente, ela acenou com a cabeça sem nos olhar.

-E tudo é culpa da Bella? – Neutralizei sua raiva novamente.

-Bem, James tentou estupra-la, então... – Revirei os olhos, pude sentir que ela não acreditava.

-É muito para digerir. – Ela suspirou se erguendo. – Essa cidade é cheia de criaturas! Bella e Nessie são quase demônios, o Black de La Push é um lobisomem, Jane, todos os Cullen e até você, Riley, são vampiros! – Ela olhou Riley se sentindo traída, isso eu não parei, era até bom que ela sentisse isso por ele. Afinal ela ainda tinha que escolher que clã iria aderir.

-Você também é agora. – Riley a olhou cauteloso.

-Por que eu não consigo chorar? – Nos olhou assustada. – Eu sinto que quero, mas não consigo!

-Deixe-a se aliviar um pouco. – Riley pediu, revirei os olhos e os lábios de Victoria tremeram.

Então, ela começou a chorar como a vampira com emoções intensificadas que é.

-Ela vai continuar isso por muito tempo? – Heidi perguntou tomando um pouco de sangue. – Temos que saber para quem ela vai.

-Dê um tempo a ela, ainda não considerou a família, está confusa ainda. – Riley a olhou mal humorado, acalmei o animo de todos.

Ouvimos algo se aproximar em alta velocidade, questão de segundos depois Kate estava entrando na casa completamente molhada e parecendo furiosa.

-O que aconteceu com você? – Perguntei intrigado.

-Um mergulho no mar. – Sorriu sarcástica. – Odeio demônios, absolutamente odeio!

-O que exatamente aconteceu?

-Lya está morta, isso é o que aconteceu, aquela maldita bruxa mandou demônios para cima de nós. – Kate rosnou. – Esse é o primeiro lugar que achei alguém dos Cullen.

Me ergui e a puxei para fora da casa rapidamente, nos afastamos até que eles não podiam nos ouvir.

-Como assim sou o primeiro Cullen que encontra? Temos membros espalhados por toda a cidade.

-Estão mortos, Jasper, desmembrados e queimados. – Kate suspirou para mim. – O lado sul está completamente sem Cullen.

-Perdemos vinte membros em um dia? É isso que quer que eu acredite? – Olhei-a incrédula. – Como Alice não viu isso? – De repente um medo me invadiu e comecei a discar o numero de minha esposa.

-Eu não sei! –Alice exclamou histérica do outro lado. – Eu estava cuidando do norte agora pouco e sai por alguns instantes e tudo virou uma confusão nas minhas visões.

-Se acalme, querida. – Pedi pacientemente.

-ME ACALMA? EU NÃO PREVI ISSO! – Ela rosnou e eu ouvi coisas sendo quebradas.

-Eu estou indo ao seu encontro. – Desliguei sem esperar resposta. – Kate, você cuida da situação com...

O barulho alto de algo se quebrando cortou minha fala, nós dois corremos para a casa de Riley imediatamente.

Um furacão parecia ter passado por ali.

Heidi gemeu colocando o ombro deslocado no lugar, a pele de seu estomago se regenerava rapidamente (quando vampiros dão socos, um nos outros, fazem um belo estrago), Riley estava se erguendo com dificuldade de dentro da lareira e a porta da cozinha havia sido arrancada.

Victoria havia fugido.

Era um dia nublado e o sol já estava quase se pondo, ela sobreviveria, doeria bastante, mas estaria viva... Ou quase isso, já que tecnicamente vampiros são seres mortos.

-Kate, ajude os dois a acharem Victoria, e cuidado com os demônios. Não sabemos se estão por ai. – Me virei e sai da casa.

Alice deveria estar enlouquecendo agora.

Carmem P.O.V

Olhei ao redor tensamente, o que eu estava fazendo era quase uma declaração de guerra. Mas eu tinha ordens especificas, meu marido contava comigo.

Eu me encontrava no meio do escritório de segurança, o transfigurador e bruxo estavam desmaiados por minha causa. Soltar veneno no ar foi algo esperto, na verdade, cobriria meu cheiro. Rapidamente invadi o sistema e abri a cela que queria.

Corri para a entrada que eu previ que a prisioneira iria. Ninguém chegou a percebe que a segurança havia sido prejudicada.

Demorou uma hora para ela conseguir sair, eu soltei uma bomba no outro lado da propriedade e os deixei em alerta. Também prendi Athenodora em um cômodo bem abaixo do subsolo, isso os distrairia o suficiente.

Caius estaria louco procurando a esposa, e nem sequer fazia ideia de ela era parte disso.

A prisioneira finalmente chegou a entrada escondida na floresta, o cabelo longo e escuro dela estava completamente embaraçado. Ela era bem mais magra do que eu esperava, mas estava presa sabe se lá quanto tempo, então...

-Quem é você? – Me perguntou em russo, ela estava completamente tensa, ainda assim reconheci seu olhar quebrado, os Volturis tinham acabado com ela.

Não respondi, apenas joguei um pacote para ela. Sasha era o seu nome, era do tipo atlética e tinha olhos azuis puxado para um tom mais claro, e obviamente tinha a pele clara.

Que estava fedendo, se quer saber.

-Corra. – Sussurrei, ela me olhou desconfiada, então deixei minhas presas aparecerem, vi um breve brilho de temor em seus olhos. – Agora. - E passei por ela.

Sasha era algo raro de se encontrar nos dias de hoje.

Ela era a primeira de uma espécie, o pedido desesperado de ajuda das amazonas que viviam na Russia.

Exatamente como criaram os vampiros milênios atrás, eles a criaram com magia.

Ela era a protetora das amazonas.

Edward P.O.V

-Isso é tão estranho. – Emily tagarelou para cima de mim. – Eu nunca esperei que você fosse um vampiro.

-Não se preocupe, estamos do mesmo lado. - Por enquanto, pensei sorrindo para ela.

-Mas você anda no sol...

-Eu ainda tenho presas e me alimento de humanos. – Respondi divertido, ela me olhou um tanto nervosa, Carlisle rosnou para mim mentalmente. – É uma parte infeliz da minha maldição, as vezes sinto falta da comida humana. – Suspirei falsamente, eu não sentia saudade da comida humana.

-Deve ser difícil.

-Sim, viver eternamente tem realmente seu lado ruim. – Ela me olhou incrédula. – Você tem que ver todos os entes queridos morrer.

-Pode transforma-los.

-Eu nunca faria isso a alguém, não poderia viver comigo mesmo. – Foi uma boa tirada, me parabenizei mentalmente. – Felizmente tenho uma família para me aturar.

-Sobre isso, eles não são seus parentes mesmo?

-Biologicamente, não, nenhum deles. – Menti descaradamente, Esme era minha prima, mas ninguém precisa saber, muito menos uma bruxa. – Agora me diga sobre esse interessante fato de eu não poder ler sua mente.

Essa era a parte irritante dela.

A mãe de Emily havia lançado um feitiço ilusório sobre ambas para se proteger de todos. Quando Emily me viu ela teve um ataque do coração, foi divertido, então eu tive que vir com toda a minha pose de bom caráter.

E nem precisei me esforça muito para Emily voltar a se derreter por mim, ao menos é o que seu coração acelerado me diz toda vez que mostro meus dentes.

Agora, eu estava a visitando pela terceira vez nos últimos três dias e ela sentia que eu não faria mal algum. É interessante como podemos manipular as bruxas, elas sentem perigo o perigo em mim, mas como eu não quero fazer mal a Emily, ela não sente .

-Deve ser um alivio. – Ela comentou, enquanto caminhávamos para o quarto da mãe. – Sempre ouvir o que os outros pensam e agora nada vindo de mim.

-Você não é a primeira que conheço que pode fazer isso. – Havia outras bruxas, era verdade que nenhum feitiço foi tão obscuro quanto o que a mãe dela fez, mas eu ainda podia sentir a mente dela. – Bella também é imune.

Ao contrario de Bella, é apenas um grande vazio, como estar completamente sozinho, eu me sentia normal novamente. Era terrivelmente frustrante, mas ao mesmo tempo era um verdadeiro descanso.

Foi por causa dela que consegui passar pela dor que a bruxa Charlotte causou quando usou o sangue de Nesse. Me focar na mente de Bella, foi o mesmo que parar meu poder.

-Isabella Swan? – Ela perguntou, olhei-a curioso pelo seu tom nada feliz. – Ela tem um escudo, minha mãe me explicou.

-Bella é diferente, no entanto. – Expliquei a ela. – Eu não sinto sua mente, a sua ainda posso sentir, só que seus pensamentos estão obscurecidos. – Abri a porta do quarto, ela sorriu para mim.

Carlisle conversava com a bruxa, ele tinha feito vários estudos, e nessa cidadezinha ele resolveu encarna um medico.

As vezes, Carlisle é apenas irônico demais.

-É muita gentileza dos dois nos avisarem sobre o fato de minha filha ter sido escolhida como líder. – Sienna era o nome da mãe de Emily. – E por adiarem um pouco.

-Agradeça a Bella, foi ela quem nos contou. – Falei e ela sorriu calmamente para mim.

-Sim, graças a isso, os Volturis serão mais gentis conosco sobre termos feito parte dos Solari. – Ela respondeu cansada.

Ela sabia a situação que estavam, sabiam que se não fosse por Emily estariam mortas. Sienna se viu obrigada a confiar em nós de certa forma.

Um toque na porta interrompeu meus pensamentos.

-Entre. – Emily respondeu.

Naquele segundo que levou para a porta se abrir, eu analisei os pensamentos do lado de fora.

A questão era, eu não sabia que alguém estava vindo, isso só significava uma coisa.

Bella.

Sorri com certo alivio (admito) quando a vi passar pela porta lentamente como se estivesse relutante em entrar. A demônia congelou ao me ver ali e depois arregalou os olhos ao ver Carlisle vestido de medico.

Eu ainda ando meio receoso ao redor dela, não deveria ter perdido o controle a mordido daquele jeito, meus instintos simplesmente saíram do meu controle. Afinal era estupido querer marca-la como minha, primeiro por que ela ficaria puta da vida (era muito independente.) segundo por que Bella não era realmente minha.

O segundo me incomodava, por mais que eu não quisesse admitir. Olhei para as bochechas suas coradas e cabelos húmidos, que aumentavam seu cheiro.

Ela parecia ainda mais bonita com os cabelos úmidos, talvez eu só achasse isso por não tê-la visto durante o dia.

Mas, espera ai... O que ela esta fazendo aqui de qualquer maneira?

-O que faz aqui? – Emily perguntou um tanto rude.

-Vim fazer uma visita, é claro. – Bella recuperou a compostura e se aproximou me olhando dos pés a cabeça analítica, então sorriu um tanto falsa. – Saber se sua mãe estava melhor. – Olhou para a mãe dela. – E eu preciso falar com você. – Acrescentou para Emily, se virou sorridente para mim, mas havia algo estranho ali. – Oi, Edward.

E ficou ali parada parecendo deslocada, quase franzi o cenho ao percebe que nem sequer se aproximou de mim para me cumprimentar com um beijo como normalmente faria, afinal deveria agir como minha noiva.

Olhei-a intrigado pela frieza estranha e dei um passo me aproximando, essa era a melhor hora para ela ser minha noiva! Emily tinha que ver...

-Estou surpreso por ter vindo. – Carlisle falou antes que eu abrisse a boca. – Mas Sienna está bem graças ao seu sangue, apenas a mantiveram aqui por precaução.

-É, eu soube da situação das duas com os Volturis. – Bella respondeu acenando com a cabeça. – Você é medico, Carlisle? – Perguntou franzido o cenho.

Carlisle apenas sorriu dando de ombros.

-Um dos meus muitos talentos.

-Você disse que veio falar com minha filha? – Sienna perguntou curiosa.

-Oh sim, eu venho em paz. – Pareceu um tanto irônica com a fala. – Então, não tente me exorciza novamente. – Olhou para Emily sarcástica, como se achasse esse fato engraçado.

-Você tentou exorciza-la? – Perguntei franzido o cenho para a bruxa, eu sabia que só havia uma maneira de exorciza o corpo de Bella e não gostava de como aquilo soava.

-Eu... – Ela gaguejou para mim, Bella bufou.

-Não fique tão defensivo sobre mim, Edward. – Bella me olhou entediada. – Ela sempre achou que eu fosse um demônio, de qualquer maneira. – Deu de ombros, ainda assim, como eu não sabia daquilo? – E eu preciso falar a sós com você, Emily. – Olhou para nós.

Emily olhou para a mãe insegura, resolvi interferi.

-Está tudo bem, Emily, minha noiva não lhe fara mal. – Comentei puxando Bella para mim com um sorriso. – Certo, amor?

Carlisle me olhou incrédulo, ele sabia que não poderia esconder meu falso compromisso, mas esperava que eu não fosse tão direto sobre meu relacionamento com Bella. Na verdade, ele esperava não trazer Bella na conversa até que Emily tivesse sentindo algo platônico por mim.

-Noiva? – Emily nos olhou congelada, pude ver o alivio da mãe dela.

Eu seria tão mal partido assim?

-Eu sei, quem diria que vampiros possam querer agir a moda antiga? – Bella deu uma risada falsa, ela parecia tão surpresa quanto Emily.

Então me bateu.

Claro que Bella estava surpresa, ela pensava que eu estava seduzindo Emily e que não iria falar sobre ela.

Agora entendo sua distancia...

-Bem, parabéns. – Emily me olhou desconfortável, fingi não percebe. – Vamos ao corredor, então? – Suspirou resignada e foi andando.

Bella nos deu um ultimo sorriso e a seguiu, mal me olhou, isso não pode ser bom. Ela me deu um outro olhar antes de sair, por que Bella estava agindo tão estranho?

Seria uma copia de Bella, como Anna?

Nah! Uma falsificação não faria isso, era estupidez, ela agiria exatamente como Anna era perto de mim: perfeitamente confortável, como seu eu não fosse uma real ameaça. Então tinha que ser a verdadeira Bella.

Carlisle me olhou questionando sobre o que Bella poderia querer, mas eu dei ombros discretamente. Bella se isolou com Emily, então eu não pude ouvir nada.

-Eu não sabia que estava noivo da Swan. – A bruxas Sienna me olhou calmamente.

Sorri para ela.

-Eu esperei por alguém como ela por tanto tempo que parece estupido não oficializar as coisas de todos os modos que conheço.

-Casamento? – Acenei com a cabeça com um sorriso orgulhoso. – Seja feliz, Edward.

-Eu serei. – Prometi, enquanto me aproximava da cama dela. – Mas devo dizer que o clã das bruxas não é realmente mente aberta, eles iram mesmo tentar mudar a cabeça de Emily, mesmo que ela tenha sido escolhida para ser líder.

-Como você...? – Me olhou confusa, então abanou a cabeça parecendo entender o fato de que eu sou vampiro e minha audição é excelente, por isso ouvi a conversa dos dois. – Carlisle disse que Bella deveria ser a líder, mas não é realmente uma bruxa e o coven a recusou.

-Sim, ela é um caso a parte. – Carlisle acrescentou. – A anciã do grupo é a avó dela, mas elas não têm uma boa relação.

-Eu não quero ficar contra Bella, ela me fez um grande favor, lhe devo a minha vida.

Carlisle quase revirou os olhos e pensou que era mais uma sob a influência de Bella, olhei-o divertido. Nesse ritmo, daqui a pouco, a pequena Swan irá anunciar que esta criando o próprio clã.

-Não se preocupe, eu não acho que eles tentariam algo contra Bella. – Carlisle disse mentindo um pouco, ele achava que tinha essa possibilidade. – Emily ainda seria a líder deles, e não acho que uma jovem como ela iria apoiar algum ato violento.

-Tenho medo que minha filha iria. – Ela suspirou. – Emily é muito influenciável, isso é culpa do meu falecido marido. Ele era religioso demais, por isso tive que esconder nossos poderes. Confesso que fiquei surpresa ao saber que a garota que ela pensava ser demônio, tinha mesmo algo a ver com eles.

-Mas Bella não é um demônio, apenas aparenta ser um, então estamos todos bem. – Carlisle sorriu divertido e lançou um olhar para a porta.

Ele queria saber o que acontecia lá fora tanto quanto eu.

-Ninguém pode saber que já sabíamos das duas, os Volturis não vão encarar isso muito bem. – Sorri cortesmente.

-Sim, eu entendo, vampiros não costumam confiar em ninguém, ainda mais a autoridade.

-Espero que entenda que se algo vazar termos que ser forçados a atitudes extremas... – Carlisle sorriu simpaticamente, enquanto descaradamente a ameaçava.

-Perfeitamente. – Acenou entendendo muito bem.

A porta se abriu e uma Emily pensativa entrou no quarto, todos nos viramos, ela nos olhou sem reação alguma.

-Onde está Bella? – Perguntei ao vê-la fechar a porta.

-Ela foi embora. – Deu de ombros.

-Eu vou atrás dela. – Disse vendo minha deixa para finalmente sair daquele lugar. – Até mais ver. – Me despedi saindo.

Usei minha velocidade para chegar a entrada do hospital, mas Bella já tinha ido embora. Mas o que...

De repente eu ouvi um grito mental do outro lado da cidade.

Eu conhecia muito bem aquela voz, virei minha cabeça para o norte da cidade prestando atenção na bagunça que acontecia lá. Meu alcance mental era o suficiente para cobrir a cidade inteira e aos arredores, não chegava a ouvir Post Angeles, mas captava algo de La Push.

E sinceramente, eu estou quase sentindo dor de cabeça com os acontecimentos e os gritos de Alice.

Carlisle tocou meu ombro quebrando minha concentração e eu me virei, ele ergueu o celular, acenei em resposta. Era só o sul da cidade que foi atacado, o lado onde ficava a casa de Bella estava bem, todos estavam em alerta, não havia perigo para aquele lado.

-Vamos. – Carlisle falou desaparecendo da minha vista.

Parece que eu vou te que adiar a conversa que pretendia ter com Bella.

Jane P.O.V

Mordi a unha, enquanto refletia sobre tudo aquilo. Eu nunca tinha tido curiosidade em mandar alguém vasculhar meu passado. Sempre assumi que alguns apagões era um defeito humano e que a falta de algumas memorias vampiras era por que eu trabalhava para os Tulekahju.

Mas então aquele estupido lobisomem veio e age como se me conhece desde de humana. Era realmente frustrante... Mas ao menos, com aquele pequeno conto de sua vida, eu poderia ter uma ideia de como nos cruzamos. Agora era só esperar e ver se o nome que Rose me passou era competente o suficiente para a pesquisa que pedi.

Suspirei voltando minha mente para o leilão que estava participando.

O click da porta lá embaixo quebrou parte da minha concentração do e-bay. Essa pequena parte tentou reconhecer os passos da pessoa no andar de baixo, demoro um segundo e 1/15 de milésimo para a conclusão ser que eram desconhecidos. Olhei para a porta em alerta e, silenciosamente, parei na base da escada dois segundos depois.

-E quem seria você? – Perguntei quando vi a visitante, o cheiro era humano. A garota me olhou, então me atacou.

Desviei rapidamente um tanto surpresa com a ousadia dela, essa garota queria morrer?

Soltei meu poder nela, mas para minha surpresa ela apenas se ergueu. Os olhos azuis se tingiram de preto, ao redor dos olhos surgiu uma linha vermelha-sangue e a palidez assumiu seu rosto. Tudo bem, ela não era normal, terei que ir a moda antiga.

Usei meu braço para bloquear seu murro, como não ouvi o ruído do braço de se quebrando, posso presumir que ela não era fácil de se quebrar. Ótimo, deixava as coisas mais interessantes. Desviei o peito de sua mão que vinha em direção ao meu rosto e tentei agarrar seu pescoço, mas ela chutou meu estomago e bateu as costas da mão em meu rosto.

Ela me bateu?

Olhei chocada, então a fúria subiu contudo e foi a vez das costas da minha mão bate no rosto da vadiazinha. Sangue saiu com a força do meu golpe, mas eu não parei por ai, chutei sua coxa a fazendo cair de joelhos. Quando agarrei seus cabelos, ela atingiu os dois punhos nas minhas costelas, me fazendo ir para trás.

Tentei lhe dar um soco, mas ela conseguiu segurar meu cotovelo e dobrar meu braço, fazendo minha mão tocar meu ombro de forma quase dolorosa. Usei meu corpo para nos virar e joga-la sobre o sofá, ela rolou até quebrar a mesinha de centro. Dei impulso e pulei sobre o sofá para atingi-la com o pé.

A desgraçada rolou pelo chão desviando. Ela se ergueu e gritou indo em minha direção, suas mãos foram para o meu pescoço, aparentemente querendo arrancar mina cabeça. Com minhas duas mãos, eu, facilmente, bati suas garras para longe de mim. Fechei o punho e direcionei para seu rostinho, mas ela me bloqueou com o ante braço e soco a lateral do meu corpo e me empurrou para o sofá com um chute.

Estranhamente, eu me sentia dolorida. O que ela era?

-O que está acontecendo aqui? – Ouvi Seth pergunta chocado, nenhuma de nós prestou atenção. – Oh droga, Bryan! – Uma pequena parte do meu cérebro captou o barulho lá em cima.

Ela subiu em cima de mim, mas eu usei isso ao meu favor e a chutei para fora do sofá a fazendo bater na parede com força.

Parte do meu cérebro percebeu o som de coisas se quebrando lá em cima, junto dos passos de Seth correndo.

Me ergui com um rosnado e me aproximei dela, desviei de um chute e bati em seu rosto. Agarrei a gola de sua blusa e a virei para joga-la no chão e acabar com alguns ossos, mas ela enfiou as unhas em meu rosto e tentou arrancar minha pele.

Gritei surpresa com seu ataque e senti seu pé no meu estomago, cai contra a mesa atrás do sofá. O meu choque foi o que deu vantagem a ela, que merda essa criatura era?

Como ela podia ferir um vampiro assim?

-Hey! – A criatura louca se virou e recebeu um vaso na cara.

Parei por um instante inteiro, surpresa por Bella ter feito aquilo, então eu fiz meu movimento e segurei os braços da criatura por trás.

Ela esperneou e chutou o rosto de Bella quando a mesma se aproximou, ela caiu contra a parede e um porta retrato caiu no chão, tamanho foi o impacto. De repente a perna dela veio parar no meu rosto, eu não esperava que a invasora tivesse tanta elasticidade.

Acabei soltando-a, Bella se aproveitou que a "garota" se virou para mim e agarrou os cabelos dela, a empurrando contra a parede com força. Ela gritou revoltada, enquanto Bella a forçava contra a parede. Eu ouvi um crack quando a invasora deu uma cabeçada em Bella, a mesma se afastou com uma careta e tomei minha deixa.

Segurei seu braço que vinha em direção ao meu pescoço e dei uma joelhada em seu estomago, ela me virou contra a parede. Bella tentou ataca-la por trás, mas a garota a chutou no estômago. Aproveitei a distração e virei seu braço, a prendendo por trás novamente.

-Ataca! – Rosnei e Bella chutou as costelas dela e lhe deu uma joelhada na boca do estomago.

Com isso, a invasora perdeu a força e pendeu para frente.

-Quem é você?- Rosnei apertando seus braços.

-Volturi. – Cuspiu para mim.

-Você é uma Volturi? – Ergui a sobrancelha, ela me olhou furiosa.

-Eu te conheço, você é a torturadora Volturi!– Olhei-a intrigada, ela me conhecia?

-O que? – Bella perguntou confusa e completamente ofegante. – Que idioma ela falou?

-Russo. – Olhamos para as escadas, Nicolas estava descendo, quando foi que ele chegou? – Seth está mantendo Bryan quieto lá em cima por agora.

-Ajuda. – Ela se sacudiu desesperadamente em meus braços.

-Eu não sou uma Volturi. – Empurrei-a para o sofá. – Fale em inglês. – Rosnei a intimidando.

-Me disseram que para ficar aqui, que é seguro. – Bella suspirou ao meu lado, a garota tinha um forte sotaque russo, mas a Swan pareceu entender.

-Quem disse isso? – Bella perguntou.

-A carta. – Ela acenou com a cabeça. – Eles estão atrás de mim. – Ela apontou para mim. – Querem que eu conte, nunca vou contar!

-Tudo bem, todos aqui temos segredos. – Nicolas disse calmamente. – E Jane não é mais uma Volturi.

-Pelo o estado dela, ela anda sendo interrogada. – Comentei indiferente. – Não estou certa?

Ela cuspiu para mim.

-Você disse carta? – Bella suspirou cansada. – Deixe-me ver.

-Não. – Bella franziu o cenho.

-Não foi um pedido. – Rebati impaciente. – Dê a maldita carta a ela.

-Não. – Bella estreitou os olhos.

-Por que não quer dar a carta? – Nicolas perguntou ficando entre nós, o seu tom era horrivelmente tranquilo.

Ele estava tentando ganhar confiança dela, revirei os olhos e caminhei até a lareira.

-Eu devo dar a carta para a dona da casa.

-Eu sou a dona da casa. – Bella falou ao mesmo tempo que Nicolas e eu dizíamos:

-Ela é a dona da casa.

-Você é? – Ela nos olhou desconfiada.

-Olha, são quase sete horas e eu não tive lá um bom dia... – Bella cruzou os braços. – Ou me dá a carta, ou eu te entrego para os Volturis.

Nicolas e eu a olhamos surpresos com sua ameaça.

Mas eu não me preocupei muito, ela estava claramente blefando. Bella era do tipo independente, não uma garota mimada que vai atrás do pai para resolver os problemas sobrenaturais.

Isso é uma das coisas que eu realmente gosto nela.

A garota a olhou pela primeira vez com certo medo, e lentamente pegou a carta escondida em seu decote. Falando nisso, a roupa dela era simplesmente deprimente, coberta de terra, usava uma regata e calças pretas.

-Então? – Olhei para Bella impaciente, ela me olhou um tanto perturbada.

-Não sei quem a mandou. – Jogou o papel no ar e ele virou pó.

Confesso que fiquei um tanto surpresa por aquilo, eu sabia que o escudo dela podia ser fatal, mas não aquele ponto.

-Como assim não sabe? – Nicolas perguntou intrigado.

-Eu não sei! – Bella exclamou de volta. – Tudo que fala é que ninguém pode saber que ela está aqui.

-Quem é ela? – Perguntei cruzando os braços.

-A carta diz que a chamam de protetora ou algo assim.

-O que? – Nicolas a olhou tenso, eu nem sequer consegui falar nada. – Isso é impossível, o ritual sumiu a séculos, foi queimado ou algo assim.

Olhei-o em choque.

-Como você sabe disso? – Perguntei incrédula.

-Então... – Bella ficou olhando de Nicolas para mim cautelosa. – Que tal nos focarmos nela. – Apontou para o sofá, a garota já nos olhava mais calma.

-Quanto tempo está com os Volturis? – Nicolas perguntou sem me olhar, estreitei os olhos.

-Eu não sei. – A garota disse em tom baixo, ela tocava repetidamente no braço.

Peguei o braço dela bruscamente e olhei as marcas.

-Está nos Volturis há oito meses. – Falei olhando suas cicatrizes.

-Como sabe disso?

-É um método dos Volturis. – Ergui o braço dela. – Nós tirávamos sangue duas vezes por mês. Vê como tem dezesseis... – Ela de repente me mostrou o outro braço. – Tudo bem, então você está com eles há um ano e oito meses.

-Você ainda era a torturadora deles nessa época. – Nicolas me olhou intrigado.

-Meu dom não funciona nela, devem ter percebido antes.

-Sim, meu escudo não fez efeito nela, por isso joguei um vaso em sua cabeça. – Bella comentou pensativa.

– Mas você não é inútil sem seu poder, ainda é a torturadora sem ele. – Nicolas me olhou curioso.

-Sou uma torturadora de campo, lobo, você estava trancada no subterrâneo, não é mesmo? – Ela acenou. - Quem ficou responsável por você? – Ela engoliu a seco, me inclinei em sua direção. – Quem?

- Ele disse se chamar Santiago. – Enrijeci ao ouvir o nome.

-O que foi? Por que esse olhar? – Bella me olhou curiosa.

-Santiago pega pesado, tortura de todas as formas possíveis, e com isso quero dizer, fisicamente, psicologicamente, sexualmente e tudo mais. Ele foi uma verdadeira sensação para os padres durante a caçada das bruxas. – Olhei para eles cautelosa.

-Ele não estava morto? – Nicolas perguntou intrigado.

-Não, apenas virou anti-social. Mas Santiago está em Forks? – Perguntei a ela.

-Sim, mas os humanos vêm a cela para ajuda-lo. – Ela respondeu inexpressivamente.

Puxei Bella para um canto com Nicolas.

-Eles a mantiveram viva por algum motivo. – Falei em tom baixo.

-E vocês tem alguma ideia do que poderia ser? – Bella olhou para nós dois.

-Talvez queiram saber como a criaram. – Nicolas sugeriu.

-Como assim "criaram"? – Bella nos olhou confusa.

-Ela era humana, Bella, ainda é, na verdade, só que todos os seus sentidos foram ampliados e é quase indestrutível. – Respondi hesitante. – Eles fazem um ritual e oferecem o escolhido como sacrifício, esse humano se torna protetor deles. É tão forte quanto um vampiro. E sua resistem é completamente anormal, ela pode sobreviver a todos os elementos e é imune a qualquer tipo de poder mental.

-Ela parece tão frágil. – Bella comentou a olhando. – Como é seu nome, protetora?

-Sasha.

-Eu sou Bella, a loira é Jane e ele é Nicolas. – Bella se aproximou dela.

-O que é você? – Sasha perguntou estreitando os olhos.

-Um demônio com alma. – Eu respondi por Bella, Sasha arregalou os olhos por um instante.

De repente um toque absolutamente ridículo de celular começou a tocar. Bella se moveu para a bolsa rapidamente.

-É Edward. – Bella me respondeu nos olhando um tanto hesitante. – Com licença. – E foi para a cozinha.

-Então... – Nicolas se aproximou dela com os braços cruzados. – Sasha, não?

Emmett P.O.V

Eu odeio esses momentos de culpa.

É apenas irritante.

-É aqui. – Nessie apontou para um prédio, ela não estava em seu melhor humor.

O sequestrador acabou a chantageando, aparentemente ele percebeu que o garoto valia alguma coisa e pediu três milhões.

Eu normalmente riria da situação, mas eu não estava no clima. Agora, eu me sentia culpado ao ver o jeito que Nessie parecia ansiosa ao meu lado.

Quer dizer, eu podia ter pegado o garoto no segundo que soubesse onde estava, mas resolvi jogar o joguinho do sequestrador. A verdade era que estava tentando me manter longe de Forks, eu ainda não tinha engolido o fato que Rose omitiu coisas de mim.

Agora, fico sinto certo remorso por ver a preocupação de Nessie com o garoto, eu totalmente não estou acostumado a esse tipo de sentimento. Poxa! Se Rosalie estivesse aqui, ela provavelmente já teria arrombado o lugar, feito um verdadeiro massacre e levado o pirralho para tomar sorvete. Minha adorável esposa tinha conservado o instinto maternal, na verdade, se pudéssemos ter filhos, nós teríamos um time de futebol se dependesse dela.

Nessie bateu a porta do carro com força e eu me lembrei do que devíamos fazer.

-Ok, pegamos seu fedelho e matamos o cara. – Falei saindo carro.

-Matar? Por quê?

-Ele meio que sequestrou seu pirralho, Nessie. – Ergui as sobrancelhas como se fosse obvio.

-E? – Ela me olhou indiferente. – Eu provavelmente faria a mesma coisa com ele. – Revirou os olhos e saiu andando em direção ao galpão, fiquei sem saber o que falar para a garota.

-Você está brincando? – Olhei-a indignado. – Se fosse eu...

-O ponto é: não é você. – Nessie me cortou. – Pare de dar palpite no que não te interessa, Emmett!

-Me interessa, ok? Quando mexem com sua família, devem morrer, regra básica. – Rosnei revoltado, Nessie era parte da minha família.

Esme me transformou, ela é a única mãe que eu conheci nessa vida e Edward é como um irmão, Nessie ser descendente direta deles a faz ser conectada comigo de alguma forma. Felizmente não o suficiente para seu sangue me afetar, ainda assim...

De qualquer maneira, quando se mexe comigo, você sofre, mas quando mexe com minha família, se considere morto e enterrado (não necessariamente nessa ordem)

-O que você poderia saber sobre família de qualquer maneira? – Ela perguntou quando paramos na frente da porta, eu bati como o punho fechado.

-Eu sei muito mais do que você, ao que parece.

-Sério? Por que na despedida, pensei ter visto Rose no canto da sala sozinha e você saindo sem olhar para trás. – Olhei-a surpreso, ela parecia tão distraída tentando se desvencilhar de Jake... – Eu sei que você anda enrolando, poderia muito bem ter localizado e esmagado todos os vinte homens do prédio. – Me olhou com um ar de sabichona, tão Edward da vida...

Fiquei caladinho depois dessa.

-Quem é?

-Eu vim pagar pelo garoto, seu idiota, nos deixe entrar antes que eu perca a paciência. – Ela falou grosseiramente, o homem riu desdenhoso.

A porta se escancarou deixando dois homens apontando armas realmente grandes para nós, ergui a mala de dinheiro acima da cabeça e os deixei me revistar.

Eu já disse quanto odeio homens me revistando?

Pois é, eu odeio!

Acho que tem a ver com o triste episodio da minha transformação, eu passei por uma revista parecida com esta, antes de me deixarem para morrer. No fim, aqueles imbecis quebraram a cara e terminaram todos mortos por mim.

A lição que aprendi disso tudo é nunca deixar o inimigo para morrer.

Bella deve ter aprendido essa com James. Infelizmente, para ela houve consequências bem mais dolorosas do que para mim.

-Podem entrar. – O homem disse.

-Vejo que trouxe um peso-pesado para protege-la. – Um homem apareceu rindo, Nessie o olhou sem responder. – Bem, é inútil de qualquer maneira.

-Trouxe o dinheiro, cadê o garoto? – Nessie perguntou inquisitorialmente.

-Mostre. – Coloquei a maleta na mesa e abri mostrando as verdinhas para ele.

-Me dê o garoto. – Nessie exigiu, o homem riu de novo, quase revirei os olhos, ele era estupido para ficar só rindo?

-Eu tenho um novo acordo. – Ele se virou para nós e de repente todas as armas foram destravadas e apontadas para nós. Oh não! Que surpresa! Quase revirei os olhos pela situação obvia. – Você me diz o que o garoto tem de tão importante e eu fico com o dinheiro.

-Eu não iria por esse caminho. – Nessie o olhou carrancuda.

-Por quê? Não finja que tem a vantagem aqui, Pam. Tudo o que você tem é o grandalhão ali. – Ele apontou para mim e depois voltou a olha-la, só que congelou no lugar e me olhou novamente.

Meus olhos estavam vermelhos, é claro, e eu estava dando meu olhar mortal. A única pessoa no mundo inteiro que jamais tremeu sob esse olhar foi Esme, até Rose já o temeu, mas isso foi antes dela se apaixonar por mim.

Mas Esme, ela nunca teve medo de mim, quando eu a lancei meu olhar assustador para ela, tudo o que recebi foi um tapa na nuca e... Bem, eu, vergonhosamente, amuei, por que o tapa queimou minha pele.

-Diga ao seu guarda costas que lentes de contato não me assustam. – Ele disse disfarçando o desconforto, mas eu podia sentir o cheiro de medo nele.

Seria uma boa safra de sangue.

-Cadê o garoto? -Nessie voltou a pergunta, o homem estralou os dedos e os capangas se mexeram.

Quando trouxeram um garotinho de cabelos ruivos (quase revirei os olhos ao ver a cor do cabelo) pelo colo, o bandido teve a ousadia de apontar a arma para ele.

-Vai me dizer por que ele é tão importante? – Mas Nessie nem prestou atenção.

-Por que ele está com um roxo na cara? – Quase sorri com o tom gelado de Nessie, as coisas ficariam divertidas.

-Ele é uma coisinha realmente barulhenta. – Deu de ombros, ele está tãããão ferrado. – Então por que ele será tão importante para mim? – Destravou a arma, olhei para Nessie esperando a criatura fazer algo completamente impaciente.

-Eu vou te contar por que ele é importante. – Nessie suspirou parecendo se conter. – O garoto ali é o motivo pelo qual você vai morrer. – Deu de ombros.

Os homens riram é claro, então Nessie sumiu da vista deles. Eles apertaram a arma imediatamente assustados. O tal Clark olhou para mim deixando o medo aparecer em seus olhos, sorri simpaticamente para ele.

-Que porra é essa? – O cara exclamou para mim, dei de ombros.- Cadê ela?

Um rosnado cortou o ambiente e todos se viraram apontando as armas. Eu já tinha visto o movimento de Nessie e já sabia que ela pretendia afastar o garoto dali.

-Todos seus. –Eu a ouvi falar do lado de fora do galpão.

O guarda que segurava o filho dela jazia no chão com a garganta destroçada, Nessie havia enfiado as unhas ali e rasgado a traqueia para fora, enquanto pegava o filho no colo e o colocava em um lugar seguro.

Obviamente, apenas eu vi isso. Mas dava para deduzir isso ao ver o cadáver no chão.

Todos se viraram armados para mim.

-O que é você? – Um deles me perguntou assustado.

Olhei para todos mostrando meus olhos vermelhos, deixando o cheiro de medo destilar no ar. Era tão salgado... Dava agua na boca, ou melhor, veneno na boca.

-Eu vou te dar uma dica. – Então expus minhas presas com um rugido e toquei o terror.

Durou quase dois minutos, eram apenas dezenove homens. Deixei o vigésimo cair de joelhos na minha frente completamente horrorizado, era o bandido, o tal Clark.

-Eu me rendo. – Gaguejou praticamente se cagando nas calças.

-Claro que se rende, é um covardezinho de merda. – Falei agarrando sua camisa e o arrastando para fora do galpão, o humano foi se arrastando com o coração acelerado.

-O... O que aconteceu? Como? – Ele balbuciou para si mesmo.

O cenário era basicamente uma chacina sangrenta, ao menos eu me alimentei. Andei a passos humanos, queria que o medo do bunda mole aumentasse ainda mais.

Parei na frente do carro, Nessie sorria maternalmente para o filho com a mão suja de sangue para fora da janela. Ela me olhou curiosa e franziu o cenho para o humano no chão, ao meu lado suplicando pela vida miserável.

-Por que não o matou? – Ela me olhou confusa, abri a porta dela e peguei a criança que começou a chiar.

-Tia Nessie! – Ele exclamou olhei para o pimpolho surpreso por ele a conhece-la.

-Tia?

-Longa historia. – Ela me olhou com cenho ainda franzido. – Por que ele está aqui? – Apontou para Clark enquanto saltava do carro.

-Eu vou te ensinar uma lição sobre família. – Comentei colocando o garotinho sobre meu ombro, o filhotinho da semi-demonio começou a rir gostando. – Você defende sua família com tudo o que tem. – Ela me olhou silenciosamente. – Não fica indiferente quando alguém os pega de você, e ainda tem a ousadia de tocar neles.

-Qual é o seu ponto?

-Quebre o pescoço dele. – Apontei para o homem no chão.

-Eu não vou fazer isso na frente de Andrew. – Ela me olhou indignada.

-O garoto tem sangue forte, ele aguenta coisas piores. – Revirei os olhos. – Hey, Andrew, quer ver sua mãe matar alguém?

-Mãe? – Ele me olhou com os olhos arregalados.

-Eu quis dizer tia. – Sorri alegremente.

-O que Rose ia dizer sobre isso? – Nessie me olhou com as mãos na cintura.

Golpe baixo!

Ela sabe que Rosalie ia pirar e tentar arrancar minha pele com as unhas.

-Só mate ele! – Desviei rapidamente, ela colocou o pé sobre as costas do homem o impedindo de se rastejar para longe. – Tudo bem, eu vou dar a volta no carro com o filhotinho aqui, mate-o. – Falei me virando com o garoto no colo.

Eu ouvi o som de algo esmagando e espiei. Nessie tinha afundado o salto da bota na garganta do homem. Uhhhh... Cruel.

Me lembro quando Rose usou o colar de ouro para sufocar um duque. E depois ela serviu seu sangue aos Romenos, na época, ela estava flertando com um dos membros e eu estava apenas de olho nela, enquanto seduzia Anastácia, uma vampira holandesa.

Londres foi um bom lugar para todos nós morarmos...

Alice vivia para os vestidos e organização de bailes, Rose para os seus casos com os humanos casados (ela adorava acabar com um casamento) e Esme estava interessadíssima nos artistas da época. Edward sofreu um pouco, afinal as desculpas para os bailes com os artistas, amantes e vestidos era que ele supostamente procurava uma noiva inglesa.

Mas voltando a vida real...

-Então, pirralho, eu sou Emmett e você? – Perguntei o colocando na parte de trás do carro, enquanto Nessie levava o corpo lá para dentro.

-Andrew. – Respondeu meio acanhado.

-Tem quantos anos? – Ele ergueu a palma da mão e me mostrando os cinco dedos. – Cinco? Praticamente um homem feito! – Ele sorriu para mim deixando a mostra as janelinhas no sorriso.

Nessie colocou duas maletas no porta-malas, uma eu sabia que era o dinheiro dela, mas a outra não fazia ideia.

-Não o assuste. – Ela disse entrando na parte de trás do carro, eu revirei os olhos e subi no lado do motorista em minha velocidade sobre humana.

-Eu não o assustei. – Sorri brilhantemente para o garoto. – O que andou roubando?

-O que mais seria? Dinheiro. – Ela revirou os olhos. – Vamos logo, ainda temos que cuidar desse roxo. – Olhou preocupada para o filho.

Bella P.O.V

-E por isso quero que não saia de casa, ok? – Suspirei no telefone.

Era tanta coisa acontecendo em um espaço tão pequeno de tempo que chegava a ser ridículo!

-Tudo bem, se Victoria aparecer Jane dará um jeito nela e se os demônios resolverem arriscar ainda mais eu tenho o meu escudo. – Respondi brincando com a porta da geladeira.

Meu olhar parou nas bolsas de sangue. Torci a boca os observando, eu poderia viver com eles, é verdade, mas a ânsia para matar estava em mim.

E, sinceramente, ela estava começando a voltar. Eu teria me alimentar de algo fresco em breve, se não perderia o controle.

-Eu te vejo mais tarde. – Edward se despediu e eu desliguei sem responder nada.

Suspirei mastigando meus lábios até sentir sangue na minha boca. Eu estava sendo um tanto fria com ele, não conseguia evitar!

Eu simplesmente odiei ver Emily com ele!

Não esperava a sensação que me veio ao ver os dois no quarto, precisei realmente me controlar para me manter calma. Nem cheguei perto de Edward, por que ele havia me dito que poderia estar vindo a usar os sentimentos de Emily por ele e eu não quis atrapalhar isso.

Mas eu não vou mentir para mim mesma, estou perfeitamente consciente que senti ciúmes. Quis bater em Emily até arrancar o estupido sorriso que ela tinha quando entrei, ao mesmo tempo em que quis gritar de raiva, até senti vontade chorar.

E essa definitivamente foi a pior parte.

O sentimento se aliviou quando Edward declarou nosso noivado para elas, o alivio durou alguns segundos antes de virar terror. Por que eu estava sentindo alivio! E isso não pode!

Sinceramente, pedir um acordo de paz com Emily ficou mais difícil depois disso. Ela pareceu genuinamente surpresa por Edward e eu temos uma relação, sugerindo que não achava que eu era capaz de ter emoções. Segurei minha onda, ela era a líder do coven e a ultima coisa que precisava era bruxas.

Mas Emily cometeu o erro de pensar que eu estava pedindo paz por que não era páreo para ela. Então, eu contei como eles me fizeram líder do coven antes de convocarem uma substituta, o que significava que era tão forte quanto ela e que um estralar de dedos era o tempo que duraria sua vida caso eu quisesse. Emily pareceu horrorizada e depois ficou furiosa, dizendo que eu era um monstro e bla, bla, bla.

Então cortei o barato dela dizendo que era noiva de Edward, um vampiro. Eu não tinha problema nenhum matar alguém, ainda mais uma bruxinha qualquer que me atrapalhasse. Pensei que minha cota de ameaças já tinha passado, por isso sugeri que um acordo de paz seria aconselhável, os bruxos do coven querem e um líder justo faz o certo para a sobrevivência de todos.

Eu acho que ela engoliu toda essa ladainha, mas não tenho certeza, apenas me virei e fui embora. No segundo que pisei fora do hospital, eu simplesmente corri de lá, como se estivesse fugindo do próprio diabo.

O que nos trás ao momento atual aqui em casa com Sasha.

Respirei fundo e me encaminhei para a sala, Jane estava sentada no sofá com as pernas cruzadas e Nicolas ao seu lado, porém, entre os dois havia um assento vago. Ai está a evidencia de que lobisomens e vampiros não são melhores amigos...

-Então? – Me sentei no encosto do sofá, onde estava Sasha.

-Antes que comecemos a falar como esconde-la. – Jane se manifestou. – Por que você está fazendo isso? O que tinha na carta?

-Eu já disse, estava escrito que devíamos esconde-la, pois era a protetora. – Dei de ombros.

-Ela é fugitiva dos Volturis, percebe no que está se metendo? – Jane perguntou estreitando os olhos. – Se protege-la, os Volturis não vão encarar isso como uma ação deles e sim uma ação dos Cullen. Santiago é um membro importante lá dentro, ainda mais que seu pai.

-Pai? – Sasha me olhou.

-General Swan. – Respondi com um sorriso amarelo, ela se ergueu assustada.

-Os humanos! Eles pintaram meu cabelo! – Cuspiu no chão, olhei-a assustada pelo gesto. – Eles me torturaram!

-O que? – Franzi o cenho.

-Ele disse que queria ensina-los e que eu deveria gritar bastante. – Os olhos dela se encheram de lagrimas de repente. – Você é parente de um deles? – Me olhou com certo ódio.

-Sou sim. – Respondi sentindo um nó no estomago. – Eu posso imaginar que você esteja pensando em matar para atingir meu pai. Bem... – Olhei-a de cima a abaixo. – Entre na fila.

-Sasha, essa é a única pessoa no mundo inteiro que pode te proteger. – Nicolas argumentou, enquanto Sasha e eu trocávamos olhares intensos. – Bella é imune a poderes físicos e mentais.

-Eu também sou.

-Não do jeito que Bella é, ao contrario de você, o poder dela é defensivo e ataque.

-Como assim? – Sasha nos olhou intrigada, eu quase não entendi o que ela falou por causa do sotaque.

-Eu tenho um escudo que acabou de ser ampliado pelos de poderes bruxos da minha mãe. – Ela me olhou.

-Isso só poderia acontecer se sua mãe... – Sasha piscou sacando tudo.

-De qualquer forma, tem que ter um motivo para você ir contra seu pai. – Jane interrompeu o silêncio.

-É só a maneira que foi assinada que me atingiu. – Suspirei olhando para minhas mãos, enquanto Sasha se sentava de novo no sofá. – Era o desenho de uma fênix com um T envolvido nas asas. – Respondi torcendo minhas mãos. Aquele desenho era parecido com o pingente que minha mãe tinha.

-Fenix com T? – Jane falou sob a respiração me olhando tão surpresa quanto Nicolas.

-É, por que?

-Ele diz seu nome? – Nicolas perguntou.

-Ele dizia exatamente: acolha a protetora e seja sua anfitriã. Também me chama de hospedeira. – Acenei para mim mesma me lembrando do que dizia. – E no final pedia para queimar isso no instante que lesse e não deixasse ninguém ler.

-Ele fala algo sobre os convidados da casa?

-Pede que eu os mantenha a protegendo. – Apontei para Sasha.

-São ordens. – Jane falou para si mesma, ela parecia estar em choque e um pouco assustada, mais bem pouco mesmo. – Eu pensei que havia acabado.

-Aparentemente não. – Nicolas cruzou os braços com o cenho franzido.

-E eu estou perdida, se importam de esclarecer? – Sorri para os dois sarcástica, os dois me olharam e depois trocaram olhares desconfiados.

-Eu não posso. – Os dois responderam ao mesmo tempo.

-Ok... – Sorri falsamente. – Muita cara de pau dos dois, eu estou dando meu teto para você Jane. E, Nicolas... – Eu percebi que não dava teto para ele. -... Eu não reclamo de você praticamente viver aqui. Portanto, se sabem algo sobre quem mandou a carta, falem! – Apontei para os dois.

Os dois ficaram me olhando em silencio, então Jane suspirou e abriu a boca...

E foi isso, ela ficou ali de boca aberta e cenho franzido como se tentasse falar, mas não pudesse...

-Nem adianta tentar. – Nicolas falou a ela.

-Como você...? – Ela parou a frase e o olhou parecendo descobrir a cura para o câncer.

-É algum feitiço que jogaram nos dois? – Nicolas me olhou impaciente. – Ok, você não pode falar. Bem, se for um feitiço, em teoria, eu poderia afasta-lo. – Os três me olharam. – Eu sou imune a magia, por que, pelo o que entendi, meu escudo teria uma base magica.

-Mas você não usa magia para cria-los.

-No meu escudo mental é verdade, mas, graças a minha mãe, eu tenho escudo físico, o qual utilizo a natureza, logo manipulo a magia.

-E se fosse supostamente hipnose o caso, o que você faria? – Nicolas perguntou interessado, Jane o olhou desconfiada e Sasha só nos observava sem expressão nenhuma.

-Bem, ai seria mais fácil, é só quebrar a hipnose. – Dei de ombros, agora até Jane me olhou curioso.

-Quebrar? Como assim? – Nicolas franzi o cenho para mim.

-Nunca ouvi ninguém conseguir sair da hipnose, ao menos não uma como a de Rose, por exemplo. – Jane me olhou intrigada.

-Hipnose é algo mental, sua mente pode muito bem lutar de volta caso se sinta ameaçada, achar uma brecha na persuasão é a chave.

-Como quebraria? – Sasha perguntou.

-Bem, há apenas uma única forma que consigo imaginar. – Sorri malignamente para os três. – Dor.

-Dor? – Jane me olhou erguendo a sobrancelha.

-Sim, seu inconsciente iria relacionar a dor ao fato de ter esquecido alguns fatos importantes, e logo para aliviar a dor...

-Terá que lembrar. – Nicolas terminou para mim, sorri para ele.

-Isso será fácil de quebrar para aqueles que não tem o dom a da tortura. – Jane sorriu um tanto amarga.

-Seu poder não adiantaria em você, teria que ser físico. – Sasha falou de repente.

-Nos devíamos do assunto. – Nicolas comentou. – Ainda precisamos saber o que será dela...

-Bem, primeiro mudaremos seu visual. – Me levantei. – Como se sente sobre ser loira?

Athenora P.O.V

-Estou perfeitamente bem, só me prenderam lá embaixo. – Disse pela enésima vez para Caius, que suspirou exaspero, eu espero que ele não quebre mais nada, a casa ainda era dos Cullen.

-Ainda não entendo como isso é possível? Não há nada nos pensamentos dela. – Caius se virou para Caius.

-Nada, irmão, já lhe disse varias vezes. – Aro respondeu de costas para nós.

-Vim assim que soube. – Me virei e vi Macus entrando no cômodo.

-Estou bem, Marcus. – Tranquilizei o vampiro. – Me pegaram por trás e quando acordei estava no subterrâneo.

-Como conseguiram move-la dentro da casa? – Marcus me olhou.

-Provavelmente temos outro asqueroso traidor. – Caius rosnou. – Quando por as mãos na maldita criatura tudo o que sobrara suas presas! – Brando revoltado, sorri por sua reação superprotetora, normalmente me irritava o quão possessivo ele era. Mas, de vez em quando, era sempre bom saber que haveria alguém olhando por você.

-Onde estava Marcus? – Nós três nos viramos para Aro, fiquei tensa com seu tom gelado.

-Por que a pergunta? – Olhei para o rosto inexpressível de Marcus.

-Responda. – Aro rosnou, me ergui da cadeira em alerta.

Aro era cortes, sempre foi, desde que conheci os três Volturis, cada um demostrou uma personalidade. Caius com sua impaciência, Marcus com sua frieza e Aro com sua simpatia. Cada um deles tinha seus motivos para serem assim e quando saiam desse personagem era definitivamente por causa de algo.

-Aro, irmão... – Caius deu um passo, Aro quebrou o copo em sua mão.

O som dos vidros caindo no chão foi tudo o que se ouvi durante aqueles segundos.

-Athenodora não foi a única a sumir. – Aro se virou para nós, seus olhos negros não me agradaram. – A protetora sumiu também.

-E porque quer saber onde eu estava?

-Por que você e o único entre nós que iria querer morrer. – Aro o olhou furioso. – Só ahá uma forma de se matar, Marcus e para isso teria que matar a todos nós!

-Estamos nessa terra por quase três mil anos, me conformei em apenas existir a muito tempo. – Marcus pareceu divertido, amargamente divertido. – Eu não seria tão egoísta, Aro. Não me confunda com você.

Um silêncio se caiu entre nós e Caius se moveu para ficar entre os dois.

-Não sabe do que está falando. – De repente a raiva de Aro se dissipou.

-Você mandou mata-la! – Marcus brando. – Dydime sempre quis seu melhor e você, friamente, mandou mata-la! Sua própria irmã!

Aro avançou para Marcus, mas não o atacou. Eles simplesmente se olharam nos olhos por alguns segundos.

-Dydime era minha irmã, Marcus, você acha que não tive bons motivos pelas minhas ações?

-Poder, a única coisa para que você vive. – Marcus cuspiu, olhei para baixo não acreditando naquilo.

Senti um nó nos estomago, era o primeiro em séculos que eles tocavam nesse assunto. Um rosnado cortou o quarto, e dessa vez, nem Caius pode ser tão rápido.

-Ela queria nos transforma em humanos! Dydime encontrou o segredo e tentou usar em mim!

-Aro, por favor... – Tentei pedir, mas Aro se virou para mim.

-Calada! – Olhei-o assustada, Caius se moveu na minha frente. – Vocês não sabem nada! Dydime queria todos nós de volta a forma humana, ela nos traiu!

-Mas...

-Marcus, você perdeu sua esposa, mas eu perdi minha irmã. – Aro o olhou triste, Marcus estava com a mandíbula fechada. – Ela sabia das consequências em me transforma em vampiro. – Com isso Aro se virou e foi embora.

Marcus se foi entre o intervalo de minha respiração.

-Ele fala da minha antepassada, não? – Olhei para Caius. – A mulher que foi sacrificada quando você viraram vampiros.

-A primeira mulher de Aro. – Caius acrescentou suspirando.

-Pensei que ele amasse Sulpicia. – Olhei-o surpresa.

-Aro, todos temos uma segunda chance no amor, minha querida. Mas não acho que meu irmão ame sua atual esposa como chegou a amar Lyanna.

Rose P.O.V

-Eu vou matar todos eles! – Alice murmurou para si mesma. – Isso não é possível! Eles conseguiram usar os buracos das minhas visões! Como poderiam fazer isso?

-Se acalme, Alice, eu tenho que cuidar do seu machucado. – Esme disse limpando sangue da do ferimento no ombro de Alice.

Cinco demônios praticamente arrancaram o ombro dela fora, abriram seu estomago e teriam feito pior se eu não tivesse aparecido. A barriga se curou rapidamente, mas o ombro era outra historia, arrancaram a carne e racharam o osso dela. Isso demorava mais para se regenerar e Esme estava aceleram o processo com ervas bruxas.

-Alice... – Jasper invadiu a sala e parou a olhando. – QUE PORRA É ESSA? – Rosnou se aproximando dela em um piscar de olhos, quase empurrando Esme para o lado.

-Me agradeça por essa, irmão. – Rebati cruzando as pernas como aprendi a fazer anos atrás. – Se não fosse por mim, essa dai já estaria destroçada.

-Você parecia bem no telefone. – Ele estreitou os olhos para Alice.

-Isso foi antes daqueles bastardos me atacarem. – Ela respirou fundo. – Os estúpidos saíram dos corpos antes que Rose pudesse para-los.

-Carlisle está cuidando dos danos. – Edward declarou entrando na sala. – Ele precisa de você, Esme. – Ela acenou com a cabeça e deu o pano para Jasper.

Alice gemeu quando Jasper encostou o pano em sua carne, havia uma faixa mantendo braço preso ao corpo. Demoraria pelo menos uma hora, ou algo assim para cada ligamento se conectar, os músculos se regenerarem e a pele voltar ao normal.

-Bella? – Perguntei curiosa.

-Está bem, ninguém chegou perto dos Swan.

-Então, era contra gente. – Jasper concluiu.

-Sejamos sinceros, era contra a mim, é pessoal. – Alice rosnou. – Eu não só vejo o futuro, como também já escapei da possessão demoníaca, sem contar que exorcizei um grupo inteiro de mulheres.

Jasper endureceu a mandíbula e passo o pano mais delicadamente.

-Sim, seria uma boa ideia. – Edward respondeu se sentando ao meu lado, olhei para ele esperando. – Jasper acha que não deveríamos mais ficar sozinhos.

-Excelente. – Alice suspirou. – Me distraiam, isso está doendo! – Rosnou fechando os olhos.

-Bem, Edward conhecia o escritor. – Comentei o olhando.

-Ok. – Ele revirou os olhos ao ver todos o observando. – Eu o conheci após minha breve fase de rebeldia, era 1806 em Dresden, ele havia ganhado um premio no anterior ou algo assim. Sua mente me chamou atenção durante uma exposição, os quadros dele eram melancólicos e eu também era naquela época.

-Corta a merda e vá direto ao ponto! – Alice rosnou impaciente, Edward sorriu para ela.

-O que quer saber então?

-Sobre o quadro... – Respondi antes que Alice falasse algo.

-Bem, eu não cheguei a vê-lo pintando o quadro, mas ele sempre pintava as paisagens de Dresden, então imagino que seja em algum lugar aos redores. – Edward caminhou até a mesa e se serviu um pouco de sangue morno, a garrafa havia sido tirada do corpo apenas meia hora atrás.

-E sobre o que poderia ser o quadro?

-Ele era direto, Alice, o quadro é sobre o que o titulo fala.

-Sem enigmas?

-Esse é o enigma, não tem, as pessoas simplesmente vão ficar procurando por tudo, menos o obvio. – Edward respondeu degustando de seu copo.

-Então de quem seria o tumulo? – Eu me perguntei. – Seria algo pessoal? Ou encomendaram?

-Eu não sei, Rose, nunca havia visto esse quadro antes. Nunca realmente me interessei pela arte. – Edward respondeu indiferente. – Apesar de estar curioso sobre o que o quadro significa, vocês tem que levar em consideração que a impostora está morta. Não há ponto em perde tempo com algo assim.

-Rose acha que ela poderia ser uma Cullen. – Alice protestou.

-Eu devo lembra-la que leio mentes? – Edward estreitou os olhos para a baixinha.

-Uma Cullen não poderia nos trair, o poder de Carlisle os fazem serem completamente fieis. – Jasper opinou.

-Mas ela conhecia meus movimentos, ela se moveu rápido como se pudesse prever cada golpe meu, isso não acontece comigo. – Bufei cruzando os braços.

-Rose, ao menos tenha a dignidade de assumir que houve alguém tão bom quanto você. – Edward revirou os olhos, abri a boca ofendida.

-Não se atreva a ir por esse caminho. – Retruquei venenosamente. – Você tem uma oponente e não assumiu, só continua achando desculpas...

-Bella, não poderia me vencer em combate, eu não vivo só de meu dom mental, Rose. – Edward respondeu me dando um sorriso falso.

-Será? Ela é esperta o suficiente para enganar nos movimentos e conseguiu se defender de Esme.

-Se defender. – Edward frisou, Alice guinchou de repente.

-Não toque! – Rosnou para Jasper, o mesmo ergueu as mãos e se afastou alguns passos. – O enigma está me matando, Edward, essa sua fonte a matou, tem alguma chance de saber quem ela é?

-Minha fonte disse que isso é secreto e não me dirá. – Edward respondeu, todos olhamos para ele.

-Quem exatamente é sua fonte? – Jasper perguntou intrigado, Edward lê pensamento como ele bem disse antes.

-Alguém perigoso. – Edward respondeu tomando um gole do sangue. – Muito perigoso.

-Senhores? – Kate entrou no cômodo depois de bate.

-Oh, isso não é bom. – Edward comentou sem desviar os olhos da janela.

-Kate? – Olhei-a esperando as más noticias.

-Não podemos localizar Victoria, precisamos de uma pequena ajuda... – Kate olhou para Alice que suspirou e olhou para algum ponto no chão.

-Ela... – Alice franziu o cenho. – Eu posso vê-la, mas não faço ideia da onde esteja, está muito...

-Confuso. – Edward respondeu por ela, se virando para nós intrigado. - Ela está tentando decidir o que fazer, ao mesmo tempo que enlouquece com os novos sentidos e tenta se lembrar de quem é.

Fato conhecido, nas primeiras horas da transformação, todos nós sofremos um atordoamento na memoria, como se estivéssemos em off , porém, quando voltamos nossa memoria é perfeita. Eu me lembro de cada segundo que vivi desde do momento em que me transformei, ainda tenho minhas memorias de antes, mas elas são diferentes... Incompletas, faltam detalhes pequenos que não foram capturados por minha percepção humana.

-O que pode dizer? – Jasper perguntou, me inclinei fascinada com isso. Victoria era tão nova e podia usar os buracos da visão de Alice? Ela deveria um dom e tanto.

-Tem verde ao redor, está na floresta. Mas tudo que vejo é ela parada pensando em mil possibilidades, o futuro dela está escuro até que faça uma decisão.

-Mande um grupo de oito, deve ser o suficiente. – Jasper falou. – Se separem em duplas, não quero ninguém sozinho naquela floresta.

Kate acenou e sumiu com o click da porta.

-Agora, podemos falar em como raios você não previu nada? – Edward perguntou casualmente, Alice cerrou os dentes e os olhos mudaram para negros imediatamente.

Ela finalmente se acalma e Edward reacende o fogo da raiva! Muito obrigada Edward...

-Foi a bruxa que mandou demônios atacarem os Volturis, me preocupei com isso o suficiente para eles encontrarem uma brecha. Eles atacaram via humanos, vampiros não viriam perigo em meros mortais, certo? Então, os malditos humanos distraíram e os demônios atacaram em massa, foi nesse instante que me atacaram.

-Não se preocupe, meu amor, isso não acontecera de novo. – Jasper tentou acalma-la.

Alice se levantou da mesa rosnando baixinho e segurando o braço.

-Claro que não vai acontecer. – Ela olhou para nós. – Eu tenho algo planejado também. – Oh! Alice tinha aquele olhar...

-Não subestimem a força da natureza que é uma mulher ressentida. – Edward comentou erguendo o copo em sinal de brinde.

-O que vai fazer? - Perguntei me inclinando curiosa, Jasper apenas estreitou os olhos para a esposa.

-Eu não posso dizer, por que temos ouvidos em todos os lugares, mas posso prometer uma coisa a você, Rose... – Alice me olhou com um ar realmente ameaçador. – Vai ser bom.

-Quão bom? – Perguntei querendo sorrir para o brilho diabólico nos olhos dela. Nós teriamo diversão, finalmente!

-Vamos dizer que o baile de sexta-feira vai chover sangue.


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Notas finais do capítulo

Review, galera, reviews!!!
Beijo queijo, até mais!
Maça ;)



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