Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 30
Witchcraft


Notas iniciais do capítulo

Era para postar ontem, minha gente! Mas não consegui entrar, porém, estou compensando hoje!
Espero que gostem!



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Capitulo 30

Bella P.O.V

É tão bom chegar em casa e descobrir a confusão que aquilo virou. Quando cheguei, esperava ir para o quarto e relaxar.

Ês que Nessie agarra meu braço e começa a falar sobre como o lobisomem que ela encontrou nu no estacionamento (por que isso nem é um absurdo) é possuído pelo pai dele, que acontece de ser o tal Bryan que me quer morta. O olhar convencido na cara de Edward foi extremamente irritante.

Então, eu percebi que minha casa está mais lotada que prostibulo de Amsterdam

A sensação é maravilhosa!

E como se não bastasse isso, agora, estou no meio da minha cozinha, faltando meia hora para meu primeiro dia de aula e estou fritando ovos.

Para o cara que me quer morta.

Isso mesmo, eu estou cozinhando para o maldito Bryan Louvain.

Nada como uma amarga ironia para começar o dia...

-E então, belezinha... – Bryan havia tomado possuído o filho e Thomas não conseguia voltar ao controle. – Vai demorar?

Respirei pela boca silenciosamente pedindo paciência, então me virei para ele com seu prato de comida.

–Bom apetite. - Sorri falsamente enquanto colocava no prato a comida dele. – Eu tenho um nome, sabe?

-Não me interessa, você é linda e para mim é o suficiente, é uma pena que trabalhe para os vampiros, mas nada que não podemos reverte.

Essa era a parte divertida, ele não fazia ideia de quem eu era.

-Coma. – Pedi sorrindo docemente, enquanto cruzava os braços e me apoiava no balcão. – Está bom? – Perguntei falsamente entusiasmada.

-Delicioso. – Respondeu de boca cheia. – Você por acaso sabe como eles me impedem de sair da casa?

-Como? – Me fiz de desentendida.

-Existe um escudo na porta da cozinha. – Ele apontou, acenei com a cabeça. – E em todas as saídas da casa, na verdade.

-Sim, eu sei como fazem isso.

-Bruxaria não? É você, certo?

Pra que mentir? É melhor que ele ache que sou estupida.

-Não, não é bruxaria e sim, sou eu. - Ele apertou a faca em sua mão. – E eu não tentaria isso se fosse você. - Olhei para a faca cética.

Ele sorriu para mim e deu de ombros voltando a comer.

-Eu tenho mesmo que ir? – Ouvi Nessie resmungar no andar de cima.

-Sim, você tem, desça agora mesmo, Rê... – Usei meu melhor tom de comando, senão ela não obedeceria.

-O que? – Bryan/Thomas me olhou intrigado.

-Você é uma chata! – Nessie comentou se aproximando da porta toda de preto. Revirei os olhos, era o modo dela de dizer que estava de luto. Mas tudo o que ela conseguiu foi passar um ar de garota má.

O que ela era, cá entre nós. Eu conseguia perfeitamente imagina-la roubando dinheiro dos alunos mais novos e afundando a cabeça das garotas nos vasos sanitários.

-O que ele faz aqui? – Perguntou olhando o para Thomas/Bryan franzido o cenho.

-Ele pode andar pela casa, já que não pode sair, graças a mim. -Ergui as sobrancelhas arrogantemente. - Jane pode dar uma relaxada e fazer coisas que vampiros fazem. - Dei de ombros um tanto confusa com o que Jane poderia estar aprontando.

-Mas ele...

-É eu sei. – Cortei-a. – Ele irá voltar para seu quarto assim que termina de comer, Jane vai ter certeza disso.

-Ok, onde está pa...

-Ele está vindo com o carro. – Cortei-a novamente, Nessie me olhou raivosa. – E você vai ficar com Jake, são um casal, se lembra?

-Isso...

-Já é tarde, Nessie, Victoria conhece bastante pessoas, quando te vir na escola, não vai demorar muito para ela reconhece-la e a noticia se espalhar.

-Ele não vai nessa escola, né? - Ela me olhou de repente se lembrando disso. - Você disse para mim que ele tinha aulas na reserva.

-Bem, agora ele vai. – Dei de ombros, ela bufou revoltada.

-Por que estamos indo a escola de qualquer maneira?

-Por que a cidade inteira é suspeita para demônios, e todos nós sabemos que é mais fácil demônios se apossarem de adolescentes. Além do mais, esses jovens são aqueles que vão se reproduzir no futuro, sem eles não há próxima geração de comida, por isso o protegeremos. – Bryan/Thomas me olhou de repente.

-Como pode ser tão fria sobre isso? – Perguntou um tanto enojado.

-Que eu saiba você mata também. - Retruquei estreitando os olhos.

-Apenas em nossa forma sem controle na lua cheia. – Eu não gostei nem um pouco de seu olhar julgador, como se fosse melhor do que eu ou algo assim.

-E pelo o que vi nos arquivos, vocês podem matar em uma noite mais do que um vampiro em um mês. – Ergui as sobrancelhas.

-Você tem uma língua afiada, eu gosto disso. – Sorriu malicioso para mim, Nessie me olhou erguendo a sobrancelha, ela tocou meu braço.

Ele sabe quem é você, certo?

Sorri travessa e neguei com a cabeça, Nessie se virou para pia para poder rir baixinho.

De repente Edward entrou pela porta da frente e veio em nossa direção, ele passou por Bryan/Thomas com o cenho levemente franzido e me cumprimentou com um beijo.

-Por que está alimentando ele? – Perguntou curioso.

-Por que todos merecem uma boa refeição. – Dei de ombros, ele me olhou cético. – O que? Não posso fazer uma boa ação sem suspeitarem de mim? – Nessie negou com a cabeça em resposta, eu a olhei feio.

-Então, você é o bichinho de estimação de um vampiro, belezinha? – O lobisomem perguntou sarcástico atraindo nossa atenção.

Em um piscar de olhos Edward estava o segurando contra parede, isso foi bem másculo da parte dele. Nessie me olhou impressionada e eu revirei os olhos em resposta.

-Ela é minha noiva, portanto mostre respeito. - Bryan/Thomas o olhou surpreso. - E da próxima vez que a chama-la de "belezinha" eu irei arrancar cada um de seus dentes com minhas próprias mãos. – Rosnou o largando contra o chão. – Aproveite sua refeição. – Acrescentou ao olhar para o prato brevemente.

-Ponto para papai. – Nessie riu ao meu lado erguendo os antebraços.

-Eu não precisava de defesa. – Comentei um pouco secamente.

-Oh cale a boca e aceite! – Nessie reclamou para mim, Edward sorriu maldosamente para nós duas.

-Exatamente, querida, cale a boca e aceite. - Edward acrescentou diabolicamente, então seus olhos se focaram no prato de comida que eu dei a Bryan/Thomas. - Boa ação, não? – Ele perguntou ficando entre nós e envolvendo nós duas com os braços, como uma grande família feliz que somos. – Coma logo! – Acrescentou em tom de impaciente para Bryan/Thomas, que obedeceu mal humorado.

-Ok, eu estou pronto! – Jake apareceu ajeitando o casaco de coro, ele trombou no encosto da porta enquanto tentava arrumar a mochila. – Out!

-Que adorável. – Comentei irônica. – Pegue logo algo para comer, vamos acabar chegando atrasados.

Jake foi caçar algo no armário, mas parou ao ver o prato de Bryan/Thomas, olhou para o prato intrigado e deu uma fungada no ar.

-Quem foi o sem coração que deu essa comida a ele?

-Bella foi quem fez sua boa ação do ano. – Nessie deu de ombros indo o ajudar a achar comida.

-Boa ação? – Jake exclamou enojado. – Ela deu comida humana para ele.

-É isso que todos nós comemos. – Bryan/Thomas revirou os olhos comendo um dos bifes que fritei junto com os ovos.

-Ele quis dizer literalmente, lobinho. – Jane apareceu com cabelos molhados. – É carne humana. – Apontou para o prato.

Bryan/Thomas cuspiu a comida, enquanto as pessoas na cozinha davam risinhos.

-Você é doente! – Exclamou para mim. – Como pode dar carne da sua própria espécie para os outros comerem?

-Própria espécie? – Jane me olhou com as sobrancelhas erguidas. – Do que ele está falando, Bella? Até onde eu saiba você...

-Bella? – Bryan/Thomas se ergueu, finalmente entendo tudo. – Você é Isabella Swan, que está noiva de Edward Cullen. – Olhou para Edward. - E você é a parceira dela, quem capturamos... – Olhou para Nessie.

-Que é minha impressão, então nem pensei em encostar um fio de cabelo dela. – Jake acrescentou colocando o braço sobre o ombro de Nessie, que imediatamente empurrou irritada, ela ainda esta ressentida com todo o negocio de ir para a escola.

-Foi bom conhecer o homem que quer me matar. – Comentei casualmente. – Agora vamos para a escola. – Agarrei o braço de Nessie.

Nessie P.O.V

ARGH!

Eu sou uma ladra! Sou acostumada a fazer coisas ilegais, eu falsifico como ninguém quadros e assinaturas. Por tudo que a de mais sagrado! Nas horas vagas trabalho de assassina de aluguel.

COMO RAIOS EU FUI PARAR NA ESCOLA?

Isso aqui não é a porra de um filme! Eu não sou o agente teen!

-Nessie, menos, ok? – Edward pediu estacionando. –Você é minha irmã, portanto orgulhe o nosso sobrenome e não me faça passar vergonha. – Me deu aquele olhar assustador de vampiros.

-Esta bem. – Suspirei jogando minha cabeça no banco. – Mas eu não prometo nada, por que de alguma forma sempre pago mico.

-Isso é verdade. – Bella concordou enquanto mexia na mochila. – Você é aluna nova, é uma boa forma de verificar todo mundo, descubra quem é demônio ou não.

-Ou mandado de um. – Edward acrescentou.

-Mais algum conselho meus queridos pais? – Sorri falsamente.

Os dois se olharam pensativos.

-Cuidado com seu dom. – Bella advertiu.

-Não use esse sotaque inglês. – Edward destruiu todo o papel que eu tinha montado para mim.

-Sorria. – Olhei para Bella estreitando os olhos.

-Fique com Jacob...

-HEY! – Exclamei revoltada. – Eu sei como me comporta, ok? E eu tenho que ficar com Jacob? – Um buzina de moto chamou nossa atenção, Jacob acenava com a cabeça para mim solenemente. - Va te faire foutre, trouduc! – Rosnei, ele me olhou confuso.

-E tire notas boas, caso contrario, acabara sendo reprovada. – Edward sorriu zombeteiro.

-Muito hilário! – Dei uma risada completamente falsa. – Vocês dois quase soam como a porra de pais modelos! – Exclamei saltando do carro.

Parei ao focalizar a cena a minha frente.

Jacob estava todo sorrisos para uma garota da escola.

Como isso é possível? Tipo, três segundos atrás ele estava sozinho encostado na moto todo montado na pose de bad boy...

Ok, esquece que eu disse, é meio obvio a resposta.

Estreitei os olhos ao ver a garota se inclinando sobre ele enquanto dava uma risadinha asquerosa. Por que ela está passando mão no peito dele?

QUE PORRA É ESSA?

Comecei a andar duramente em direção aos dois, parei logo atrás dela, eu não estava nada feliz.

-Oi, amor. – Cumprimentei forçando um sorriso, Jacob sorriu para mim, a garota morena se virou. – Oi, hum... – Ela forçou um sorriso depois do choque.

-Jessica. – Estendeu a mão, apertei de volta, eu usava luvas bem estilosas caso meu dom se descontrolasse. – Então, vocês são um casal? – Perguntou enquanto nós nos abraçamos de lado.

-Namorada. – Apontei para mim mesma.

-Nunca a vi por aqui... –Comentou me olhando dos pés a cabeça.

-Me mudei nessas ferias, estou passando uma temporada com meu irmão biológico. – Respondi rispidamente.

-Nos conhecemos nas férias, Bella nos apresentou. – Jacob acrescentou me dando um beijo na têmpora, olhei para ele, o cachorro estava com o típico sorriso "meu dentista tem orgulho de mim".

Como raios ele conseguia ter dentes tão brancos? Isso é coisa de lobisomem?

Parando para pensar Nicolas e Thomas tinha uma arcada dentaria impecável mesmo...

-Então, você disse irmão...? – Jessica é a fofoqueira que mamãe me falou certa vez!

-Ah sim, Edward Cullen. – Apontei para trás dele, Edward e Bella estavam andando em direção ao resto dos Cullen de mãos dadas, que bonitinho!

-Edward Cullen é seu irmão? Mas...?

-É uma historia confusa, fomos separados no orfanato, mas Esme e Carlisle me acharam, como eu já era adotada simplesmente passo as férias com eles de vez em quando.

-Mas está aqui agora. – Ela me olhou curiosa.

-Sim, eu estou.

-E seus pais? – Respirei trêmula, não era difícil fingir essa parte.

-Eles sofreram um acidente. – Diminui o tom de voz, me lembrando dos corpos dele.

-Oh, sinto muito. – Ela mordeu o lábio hesitante. – Então, vocês dois tem exatamente a mesma cor de cabelo! – Exclamou apontando minha cabeça. – Dá pra percebe alguns traços em comum.

Cara, é incrível como uma mentira mexe com o psicológico das pessoas.

-Hey, Jessica. – Chegou uma loira perto de nós. – Quem é a nova aluna?

-Você é conhecido aqui. – Comentei para Jake ao percebe que só desconheciam minha pessoa.

-Ele é uma sensação em La Push. – Jessica respondeu rindo. – Quando tem algum churrasco lá, é na casa dos Black que é de frente para o mar.

-Eu sou Lauren. – Ela apontou para si mesma com um sorriso.

-Rennesme. – As duas me olharam arregalando os olhos e erguendo as sobrancelhas.- Eu prefiro que me chamem de Nessie.

-Ok... – Lauren me olhou um tanto chocada.

-Ela é irmã biológica de Edward. – Jessica acrescentou.

-Oh! – Então ela me olhou com novo interesse. – Então posso pergunta: o que está acontecendo entre ele e a Swan?

-Eles estão namorando. – Dei de ombros, elas arregalaram os olhos assustadas.

-Como nós. – Jacob acrescentou me apertando contra si.

-Como nós. – Enfatizei sorrindo contragosto.

-Sério? – Lauren nos olhou analítica.

-Claro. – Jacob respondeu sorridente e segurou meu queixo.

Antes que percebesse os lábios dele já estavam nos meus, oh droga! Eu não podia me deixar mostrar surpresa, ou raiva, ou empurra-lo.

Eu odeio a escola.

Ainda assim, eu retribui o beijo do Jacob quase que automaticamente (para minha vergonha e desgraça), agarrando a gola dele e o puxando ainda mais. Nos separamos segundos depois com um grande estalo fazendo o showzinho ficar bem verídico, Lauren e Jessica nos olhavam com certa inveja, ou era para mim?

Até que gostei disso.

Ser invejada pelas mocreias, posso ver por que Bella se divertiu horrores ao chegar nessa escola.

-Estão no chamando. – Jacob apontou para os Cullen, Edward ergueu o braço imediatamente, assim elas viraram e puderem o observa acenando para nós. Audição de vampiro é algo muito conveniente.

-Até mais, garotas. – Acenei com os dedos de uma forma bem fútil e elas acenaram de volta ainda mais futilmente. – Eu te odeio. – Murmurei ainda com o sorriso no rosto.

-Não finja que não gostou. – Olhei-o indignada internamente, por que por fora era toda sorrisos.

-Como é?

-Bem, nesse ritmo, quando você menos esperar, Nessie, estará com uma aliança em seu dedo. – Ele estava muito sorridente para o meu gosto.

-O inferno vai congelar antes. – Retruquei com uma risadinha.

-Vou guarda suas palavras. – Ele rebateu.

-Então? – Bella perguntou com um suspiro. – Conheceu Jessica e Lauren, como foi a experiência?

-Irritante e fofoqueira. – Dei de ombros.

-Não é emocionante voltar a escola Nessie? – Olhei para Jasper, foi então que eu me toque que meu ataque de ciúme foi por causa dele. Ele sorria divertido para mim, enquanto Alice saltava ao lado dele.

-Ele só aumentou o que você tinha dentro de si. – Edward me advertiu.

-O que? – Emmett nos olhos curioso. – Falem!

-Nada. – Ele respondeu divertido.

-Ah não, fale logo! – Emmett parecia uma criança implorando para comprarem um doce.

-Tem algo em nós? Por que olham tanto? – Jacob perguntou franzido o cenho desconfortável, eu o olhei incrédula.

Ele era besta ou se fazia?

-Não sei, Jacob, eu nunca recebi esse tipo de atenção na escola. – Bella respondeu sarcástica. – Vamos achar seu armário. – Ela revirou os olhos agarrando o braço dele.

-E você não pegou seu horário. – Alice saltitou para mim. – Vamos!

-Boa sorte. – Emmett riu, enquanto caminhávamos para longe.

-Hey, onde está Rose? – Perguntei curiosa.

-Ela está verificando algo em Seattle, está fazendo pesquisas aos montes, coitada. – Alice respondeu. – Adorei o preto total! Um pouco deprimente, é verdade, mas com preto nunca se erra.

-Obrigada, eu acho. – Respondi um tanto confusa, enquanto entrava na secretaria. – Bom dia. – Cumprimente a senhora ruiva.

-Olá, querida, Alice. – Sorriu para a vidente.

-Olá Sra. Hapson. – Alice sorriu encantadoramente. – Essa é Nessie, é o mais próxima que eu tenho de prima, é a irmã biológica de Edward.

-Oh, sim. – Ela me olhou simpaticamente. – Seu nome completo querida?

-Rennesme Carlie Sprit. – Respondi meigamente, ela ergueu os olhos para mim. – Me chame de Nessie.

Ela me olhou com certa pena e acenou com a cabeça.

-Aqui está suas aulas e um mapa... – Alice arrancou o papel da mão dela.

-Não se preocupe, ela vai me ter como guia. – Alice me arrastou de lá. – Nós não vamos ter aulas juntas. – Soltou um muxoxo.

-Por que está tão excitada com a escola? Você tem quantos anos mesmo?

-Mais de dois séculos e sou muito orgulhosa disso. – Ela me olhou arrogantemente. – E nós não vamos a escola a muito, muito tempo mesmo.

-Como assim?

-Normalmente nós vamos a faculdade, mas Forks não tem isso, por isso resolvemos frequentar a escola, quebra o tedio e podemos nos diverti com os adolescentes.

-Sim, um monte de bolsas de sangue cheias de hormônios não existe sangue melhor. – Comentei um tanto irônica.

-Exato! – Ela entrelaçou nossos braços. – E tem o baile vindo, oh, isso vai ser doce! Eu vou escolher sua roupa, não ouse dizer nada contra. – Me olhou perigosamente.

-Eu não ia. – Ergui minha mão em sinal de rendição.

-Alice. – Nós duas nos viramos quando ouvimos o nome dela ser chamado em tom normal. Jasper estava parado em sua pose de macho perto do carro acenando com a cabeça. – Preciso falar com você.

-Vou ter que deixa-la sozinha. – Alice me olhou se desculpando.

-Tudo bem, eu vou sobreviver, já enfrentei coisas piores. – Ela saiu andando e eu olhei para a escola. – Eu acho.

Entrei no colégio e olhei para a papelada em minha mão, joguei o mapa da escola fora, por que já tinha memorizado, agora era achar meu armário. Argh!

-Olá... – Pisquei confusa, tinha uma criatura asiática invadindo o meu espaço pessoal.

-Hum... – Murmurei o olhando desconfiada.

-Obviamente você é nova, eu sou Eric. – Estendeu a mão.

-Rennesme. – Apertei a mão dele, ele olhava para minhas luvas legais curiosamente, mas ao ouvir meu nome ergueu a cabeça surpreso. – Prefiro que me chamem de Nessie.

-Oh sim, Nessie. – Sorriu galantemente para mim, ele até que não era feinho, mas era magrinho que iria se quebrar se desse um tapa em seu ombro. – Não se preocupe, eu irei lhe ajudar nesse primeiro dia de aula, já tem um lugar para sentar no almoço.

-Na verdade, eu já tenho um lugar para sentar. – Falei parando quando achei meu armário.

-Como assim? Já? – Ele praticamente pulou ao meu redor para conseguir me ver melhor.

-É... – Eu enrolei um pouco por que estava colocando as coisas em meu armário. – Eu sou nova na cidade, mas meu irmão já vivia aqui. – Ele me olhou amedrontado de repente.

-É mesmo? – Gaguejou, eu ficaria confusa, mas já havia sentindo o calor atrás de mim, ou seja Jacob estava atrás de mim, alguns metros atrás de mim na verdade.

-E meu namorado estuda aqui agora, então não estou tão perdida. – Eu senti o calor se aproximar ainda mais, Eric estava nervoso olhando sobre meu ombro.

-Seu namorado?

-É, eu acho que você conhece... – Sorri me fazendo de boba sobre Jake está vindo por trás, se eu fosse humana não saberia disso. - É Jacob Black.

-Black? – A voz dele afinou de uma maneira engraçada.

-Oi, linda. – Lá estava o cachorro! Ele deu um beijo em meu pescoço enquanto abraçava minha cintura por trás.

Aliais, ele anda meio folgado, deve estar amando todo esse disfarce, em pensar que Jane não tivesse falado nada todos estaríamos felizes sem fingir.

Forjei meu melhor sorriso para Eric (o que não foi muita coisa, já que estava morrendo de raiva) e inclinei a cabeça para trás para ver o maldito sorriso branco de Jake. Ele tinha um brilho raivoso que dirigia para Eric, por isso o bichinho estava com medo...

Na verdade, analisando todo o quadro, Jacob parecia ser o garoto malvadão da escola e eu sua parceira, usávamos coro, preto e ele tinha uma cara nada feliz.

-Cadê Bella? – Perguntei tentando parecer confortável com a proximidade de nossos corpos.

-Em algum lugar com Edward. – Ergui a sobrancelha.

-Bella? Bella Swan? – Eric perguntou deixando de lado o medo.

-Minha ma...

-Cunhada. – Jacob acrescentou bruscamente, nós dois rimos forçadamente para encobrir meu erro.

-É irmã dos Cullen? Eles adotaram outro? – Ele pareceu surpreso.

-Não, eu sou irmã biológica de Edward.

-Oh, vocês se parecem mesmo. – Apontou revirando os olhos. – Bem, qual é a primeira aula de vocês?

-Inglês. – Falamos ao mesmo tempo, agarrei seu braço e transmiti meus pensamentos através dos meus dedos (luva estilosa é cortada nos meus dedos, bla!)

Qual é? Sério? Esta me perseguindo?

-É a minha também, venham! Vou mostrar o caminho. – Ele nos guiou, fechei meu armário lançando um breve olhar irritado para Jacob e segui Eric.

-O que? – Jacob perguntou em tom baixo lá atrás e se pôs a nos seguir.

Jane P.O.V

-Eu estou entediada. –Comentei mudando os canais de tv.

-Se você parar em algum canal, talvez consiga algo para se entreter. – Nicolas retrucou sem levantar os olhos do livro que lia.

Olhei-o de meu lugar no sofá, onde eu estava deitada.

-O que você lê tanto?

-De tudo um pouco.

-E o que está lendo agora, Sr. Culto? – Perguntei olhando para o teto, Bryan estava inconsciente agora, eu o fiz desmaiar de dor depois que deu um ataque sobre comer carne humana.

-Romance trágico.

-Isso não é muito másculo.

-Ando por ai há muito tempo, não tenho duvida nenhuma de minha masculinidade. – Ele rebateu sem me olhar.

-É sobre o que? – Perguntei para quebrar o silêncio.

-Por quê? Quer ler?

-Nah! Eu estou realmente entediada, um pouco de tragédia irá me animar. – Comentei brincando com meus cabelos, diabos! Eu estou realmente entediada.

-Já tentou internet?

-Sério? – Ergui a sobrancelha para ele.

-É engraçado ler sobre coisas que aconteceram no passado, quando você estava lá e viu tudo.

-Falando sobre o passado. – Me levantei do sofá. – Eu estive pensando sobre o meu passado e tudo mais. – Ele voltou a ler o livro. – Nicolas?

-Continue...

-Eu tenho apagões de memorias em minha vida humana e algumas partes como vampira, mas sei quando fui transformada por que foi Caius quem o fez. – Ele abriu a boca, mas algo pareceu o impedir de falar. – Você não pode falar sobre isso, não é mesmo?

Ele abriu a boca novamente, mas nada saiu.

-Vou entender como um sim. – Soltei um muxoxo. – Como vou descobrir algo se nem sei por onde começar? – Ele pigarreou.

-Eu já disse isso.

Olhei-o por um instante e estreitei os olhos.

Ele sempre se refere a meu passado, sempre pergunta sobre isso.

-Qual é a sua historia? – Ele me deu um sorriso.

-Não te falaram?

-Apenas os lideres sabem, você contou a eles, certo?

-Edward contou um resumo rápido. – Ele se ajeitou. - Eu nasci na Servia, durante a fuga de meus pais da Alemanha. Fui para a Hungria quando tinha dezesseis anos, onde conheci uma gentil senhorita. – O sotaque dele ficou mais acentuado enquanto falava do passado. – Ela logo descobriu o que eu era, me encobriu e me ajudou nas noites de lua cheia. Em troca disso me pediu informações sobre o mundo sobrenatural, as quais dei sem dar importância.

-É proibido...

-Eu sei. – Me cortou. – Era jovem e órfão, pode me culpar?

-Qual era o nome dela?

- Alexia.– Estreitei os olhos. – O que você sabe sobre a família Bătrân?

-Família real, conexão com Vlad III, certo? – Perguntei erguendo a sobrancelha.

Vlad III, o famoso Conde Dracula (na verdade, ele era não conde e sim príncipe), foi mesmo um vampiro, o dom dele era ganhar poder através do medo. Por isso ele infernizou a vida dos humanos, os empalou e bla,bla,bla.

-Ela é descendente do homem que fundou a família Bătrân. Fiquei amigo dela, sempre viajava, mas voltava e os ajudava se precisassem de algo, era bom ter amigos.

-Um lobisomem amigo de uma família envolvida com vampiros? Quão irônico, não?

-Eles não tinham nada a ver com vampiros na época.

-Ainda assim, meu inimigo natural. – Dei uma risada sarcástica.

-Eu não sou inimigo de sua raça de vampiros, Jane, meus inimigos naturais seriam os Romenos. Sua espécie é inimiga natural dos demônios, por isso são mais fortes do qualquer outro tipo de vampiro.

-Isso eu já sei, como ficou imortal? – Perguntei erguendo a sobrancelha.

-Eu tinha vinte anos quando fiquei transformado por uma semana, como se fosse lua cheia, completamente descontrolado – Ele suspirou. – Alexia me prendeu e me alimentou com alguns cadáveres dos inimigos de seu marido. Não envelheci nenhum dia a mais depois disso.

-Hum... – Murmurei pensativa. - Continue sua historia. – Pedi quando ele ficou me encarando.

-Muitos anos depois eu era amigo de seu descendente, o príncipe Vlad III que foi transformado por Athenodora Volturi.

-Ela o fez para irritar Caius, essa historia é famosa, ela pegou o marido com outra vampira e foi embora. Ela foi recebida pelo príncipe da Valáquia, o Vlad, dizem que ela se encantou pela forma como ele torturava seus servos. – Comentei pensativa.

-Eu não estava lá na época, quando voltei das terras desconhecidas, como era chamada a America, me vi diante de um vampiro sanguinário que precisava do medo das pessoas tanto quanto precisava de sangue.

-O que fez?

-Resolvi cuidar dos outros membros da família, segui uma prima dele na Transilvânia e depois Polônia, nessa época a família já tinha outro sobrenome, mas ainda era da realeza.

Olhei um tanto tensa, Barthory era da realeza da Hungria, fazendo parte da nobreza da Transilvânia, Polônia, Eslováquia, onde eu conheci a Condessa...

O próprio Vlad tinha uma conexão sanguínea com a Condessa, acho que consigo entender onde Nicolas entra na minha historia.

-Então eu voltei a ouvir sobre Vlad, ele havia se libertado de Athenodora há muito tempo e andava infernizando a vida de uma descente sua. O que descobri é que ele a queria como companheira, ele a transformou, em troca...

-Ela o matou. – Eu completei chocada. – A descente era a Condessa Erzsébet Báthory, a quem eu servi ... Por isso Caius me ajudou, ele devia um favor a Condessa.

Nicolas me olhou atento.

– Era culpa dele Vlad ser um vampiro e acabado com a vida da condessa. – Concordou.

-Mas... – Parei tentando me controlar. – Continue a historia...

-Eu a ajudei mata-lo. – Ele continuou. – Quando terminou ela chorou para mim, ela era uma vampira, era tudo o que não desejava ser. Ela tinha essa ideia de que a morte a libertaria de tudo aquilo que foi condenada pelo seu sangue, seria livre do marido, das obrigações, etc...

-Mas ela não era assim, era pervesa, adorava sua condição... – Franzi o cenho. – Você disse que ela foi transformada por Vlad? Ela não agia como minha espécie de vampiro, ela podia dormi e comer, ela teve filhos depois disso! – Exclamei.

-Ela se desespero por esse motivo também, ela não poderia mais ter filhos, eu resolvi ajuda-la. Ela jamais poderia ser humana novamente, mais poderíamos fazer seu corpo menos vampírico. O ritual envolvia sacrifícios, sua aparência não mudaria mais se mumificaria sem sangue, por isso ela tomava banho de sangue...

-Eu sei sobre essa parte. – Cortei-o. – Você me conheceu ai? - Ele abriu a boca para responder mais nada saiu. – Você não pode falar nada que se refira a mim. – Franzi o cenho. – Por quê?

-Tudo o que posso dizer é que você deveria ir fazer uma pesquisa sobre seu passado. – Ele bufou frustrado. - Eu tenho que sair. – Ele se levantou.

-O que? Para onde? – Perguntei intrigada.

-Você tem que ficar, eu não. – Ele se encaminhou para a porta.

-Espera! – Exclamei me erguendo, ele me olhou sobre o ombro. – Pode ao menos me dizer por que não me lembro de você?

Pela primeira vez eu vi um rápido brilho de dor nos olhos dele, ele me pareceu tão perdido naquele instante...

Então Nicolas saiu pela porta.

Me afundei no sofá fazendo uma careta, por que aquele olhar está me afetando?

Será que eu tive sentimentos por esse lobisomem? Bem, obviamente, ele teve por mim, ou ainda tem.

Suspirei olhando pela janela.

Minha única companhia na casa inteira era os roncos de Bryan.

Eu precisava fazer algo sobre isso.

Esme P.O.V

-Me desculpe? – Olhei para Kate e Garrett.

-Eu preciso que arranje algo para ele fazer. – Kate me olhou implorando.

-Ela não confiaria em alguém assim. – Garrett revirou os olhos para a esposa, ex-esposa, na verdade.

-Claro que não. – Concordei. – Você vai investigar as bruxas da família de Karlec presentes na cidade.

-Mas... – Ele me olhou confuso.

Me levantei e andei até os dois, Kate me olhou cautelosa, pois bem sabia do que eu era capaz.

-Vamos deixar as coisas claras, você não é um Cullen, quem melhor para investigar? – Ele acenou com a cabeça. – Porém... – Agarrei seu pescoço e o arrastei pela sala até o prender bruscamente contra a mesa, o cheiro de carne queimada invadiu o cômodo. – Se ao menos pensar em nos trair, você morre. Não importa de quem é marido, quem é seu criador, ou que tipo de informação tem. Aqui, nos Cullen, a punição de traição é uma dolorosa morte, fui clara?

-Foi. – Respondeu com a mandíbula travada, segurando os gruindo de dor.

-Que bom. – Largue-o e sorri para Kate que me olhou divertida. – Como vai as coisas, minha querida?

Kate suspirou e se aproximou com sua pasta cheia de papeis, suspirei.

-Temos... – Ela parou olhando Garrett ainda sentado em minha mesa.

-O que está esperando? – Perguntei erguendo a sobrancelha. – VAI! – Rosnei e ele desapareceu de nossas vistas. – Então? – Olhei sorridente.

-Aqui está o que queria saber sobre o ritual que fizeram.

-Edward vai querer saber sobre isso. – Comentei pegando o papel. – Espero ter feito meu papel bem. – Ergui os olhos para Kate.

-Claro, Esme, muito obrigada por ter assustado Garrett, ele é um espirito livre demais, mas pode ser util.

Dei uma risada enquanto lia o papel.

Bella P.O.V

-Como eu supostamente irei saber quem é? – Perguntei exaspera para Edward. – Eu não sou uma profissional da magia, ok?

-Bem, pelo o que me disseram, você vai sente, é só prestar atenção.

-Você ta curtindo com a minha cara?- Perguntei incrédula. – Como assim eu vou sentir algo?

-Só tente Bella. – Edward revirou os olhos impaciente. – Ou você não quer o quadro?

Espremi os lábios contendo o rosnado, odeio isso!

-Tudo o que eu sinto... – Murmurei para mim mesma. – Eu estou meio enjoada, na verdade, minhas pernas estão estranhas também.

-Suas pernas?

-Eu não sei, acho que dormi de mal jeito. – Comentei abrindo os olhos dando de ombros. - Você sabe como eu durmo de mal jeito. - Fiz uma careta.

-Se concentre, Bella! – Exclamou rispidamente.

-Ok, credo... – Respirei fundo enquanto fechava os olhos. – Eu sinto... Hã... Frio no meu estomago, eu acho. – Abri os olhos, Edward estava inclinado em minha direção, eu podia sentir sua respiração gelada em meu rosto. – Acho que não está funcionando. – Acrescentei nervosa.

-Também tenho essa impressão. – Concordou estreitando os olhos.

Nós dois estávamos no pátio, escondidos, matando a ultima aula antes do almoço. Estávamos trabalhando na coisa de achar a bruxas, meu pai ainda não tinha vindo falar comigo sobre o sangue, o que era bom.

-Então, vai me dar o quadro? – Perguntei de supetão.

-Nope. – Olhei-o indignada.

-Eu tentei! - Exclamei indignada.

-Vai tentar mais.

-Você é mal. – Resmunguei torcendo a boca.

-E você fica uma graça com raiva. – Riu da minha cara, estreitei os olhos para ele.

-Cale a boca! - Rosnei impaciente.

-Isso só depende de você. - Disse divertido, enquanto me puxava para perto.

-Isso não é justo. – Soltei um muxoxo, Edward deu de ombros com um sorriso ainda maior.

-A vida não é justa, minha cara. – Respondeu em tom baixo, roçando o nariz no meu. Não pude deixar de sorrir com a canalhice da pessoa. - Mas não estamos aqui para uma escapadela. - Acrescentou se afastando, olhei-o chocada.

-Eu vou te da uns tapas! - Ameacei indignada, ele deu uma risada.

-Bella, você sabe o quanto eu adoro quando fica violenta, mas receio que agora não é o momento. - Ergui as sobrancelhas.

-Você me desse o maldito quadro, eu faria agora ser o momento perfeito. - Sorri falsamente maliciosa, ele revirou os olhos e segurou minha mão que estava subindo sorrateiramente pelo se peito.

-Fizemos um acordo.

-E eu faria minha parte se soubesse como fazer. - Rebati puxando minha mão e dando alguns passos para a frente reflexivamente. - Esse lance de bruxaria definitivamente não é a minha praia. - Suspirei mordendo os lábios, me virei para ele.

-Você vai conseguir. - Falou confiante.

-Tem fé demais em mim. - Olhei-o cética, ele deu de ombros não negando, nem afirmando. - Algum conselho? - Deixei meu olhar vagar ao redor, eu podia ouvir os pássaros, o leve som do vento nas folhas, as pessoas nas salas de aula...

-Por hora vamos esquecer o assunto. - Pisquei voltando minha atenção para Edward, franzi o cenho para ele. - Não vamos conseguir nada se ficar tão pressionada.

-Como Nessie está se saindo? - Perguntei de repente.

-Ela parece meio possessiva sobre Jacob. - Deu uma risada. - Estão se perguntando se eu sou tão ciumento quanto ela, acho que poderia ser conveniente se fizesse algo assim.

Comecei a rir.

-Deixe-me ver se entendi isso certo. - Dei um risinho. - Você quer bancar o namorado possessivo, é isso?

-É perfeitamente natural, Bella, se estivessemos namorando ou mesmo noivos, seriamos mais possessivos um com o outro.

-Faz sentido, mas eu não sou do tipo ciumenta, se fosse, Lauren já estaria morta a essa altura.

-Oh sim, eu ouvi o dialogo dela com Jessica. - Ele riu convencido, as duas cobras tinham feito questão de me lembrar que Edward já tinha mandado ver com Lauren e metade da população feminina da escola. - Eu percebi seus olhares irritados, querida, e acho que você faz o tipo ciumenta.

-Você bem que gostaria. - Rebati mordazmente. - Aposto que adorou toda a competição que elas fizeram para me fazer acreditar que você irá me larga em um estralar de dedos. - Lancei um olhar sarcástico.

-Se te consola, Bella, eu não vou te larga assim que deixarem uma calcinha no meu armário. - Ele disse sorrindo tortamente. - A peça é realmente encantadora, mas você anda fazendo um excelente trabalho sem elas.

-Edward, eu estou quase lhe dando uns tabefes. - Rosnei estreitando os olhos, ele reviro os olhos.

- Veja bem, Bella, você aguenta apenas o falatório, eu tenho que lidar com isso e os pensamentos sujos sobre você que circulam pelas mentes masculinas.

-Talvez eu devesse te isolar e acabar com seu sofrimento. - Coloquei as mãos na cintura, em um piscar de olhos ele estava na minha frente.

-Eu não preciso de seu escudo, meu bem, apenas me foco nos meus próprios pensamentos sujos sobre você e tudo fica bem. - Colocou as mão em meu rosto.

-Eu te falei que você é bom? - Estreitei os olhos.

-Pelos seus gritos de ontem a noite, eu posso dizer que não precisa falar. - Dei uma risada incrédula com a cara de pau.

-Você é um maldito arrogante e eu não estava gritando. - Rebati, ele riu e me deu um beijo rapido.

-O sino vai tocar. - Abri a boca para falar que não ia, mas...

... Ês que o maldito sino para o almoço bate.

-Podíamos ficar aqui... – Tentei sugeri, mas ele já estava negando com a cabeça.

-Você tem que "sentir" os alunos para saber quem é a bruxa, ou bruxo. – Me virou e começou a me empurrar pela cintura, revirei os olhos ao ver que voltamos ao assunto.

-Edward, quem garante que é aluno? – Gemi, não queria ir lá, enfrentar todos os alunos nos olhando em vez de ficar ali no patio fazendo o que a professora de inglês ia começar a fazer com o Mark na sala de aula.

-Seja lá quem for, acabou de fazer dezoito anos. – Ele respondeu me segurando por trás. – Agora, ou você vai andando, ou eu te carrego no ombro, tenho certeza que seria um ótimo show. – Comecei a andar imediatamente. – Você não gosta de chamar atenção mesmo, não?

-Não é que eu odeie, mas me incomoda um pouco. – Respondi me virando para ele e andando de costas. – Chamar atenção é necessário para matar algum milionário, mas é péssimo se você quer invadir um museu.

-E eu imagino que costumava invadir os lugares. – Disse colocando as mãos nos bolsos.

-Sim, mas eu já matei pessoas me passando por prostituta de luxo. – Ergui as sobrancelhas e me virei para andar de frente.

-Isso eu iria gostar de vê. – Ele brincou envolvendo meus ombros.

Entramos no corredor e fomos em direção ao refeitório.

-Onde está Nessie?

-Conversando com Victoria. – Olhei-o surpresa. – Ela conheceu Victoria graças a Riley, naquela confusão do estacionamento onde disseram que ela era namorada de Jake.

-Ah sim, o que Riley tem a ver?

-Ele foi mandado para descobrir mais sobre James, mas acabou se tornando um bom papel para vigiar a cidade. – Acenei com a cabeça.

-Basicamente, Riley é pago para pegar a ruiva. – Emmett pegou minha mão e a enroscou em seu braço. – Um prostituto.

Dei uma risada da definição.

-Ela está bem. – Edward falou suspirando.

-O que? – Emmett e eu perguntamos ao mesmo tempo, franzi o cenho para Emmett, Edward não havia respondido a pergunta dele, então...

-Para quem você respondeu isso? – Perguntei confusa.

-Jasper. – Apontou para o loiro dentro do refeitório, ele se sentava sozinho no canto, no melhor estilo emo da vida. – Alice recebeu um telefonema de Rose e saiu.

-Simples assim? – Perguntei incrédula.

-Alice é uma força da natureza, Bellinha, nada pode para-la. Lembre-se que foi ela quem deu suas roupas para os mendigos de Port Angeles. – Emmett disse em tom solene.

-Não me lembre disso. – Resmunguei pegando uma bandeja.

-Chérie! – Nessie exclamou furando a fila entre nós, o pessoal atrás a olhou mal humorado, mas ninguém se atreveu a falar algo. – Eu tive um dia horrível, as pessoas parecem gostar de mim e ainda mais do meu parentesco com você, Ed. Ainda me perguntaram se havia alguma chance de Bella te trair ou algo assim, pode?

-E o que você respondeu? – Emmett perguntou curioso.

-Que com essa comissão de trás que Deus deu a Edward, Bella nunca o trairia. – Ela respondeu animadamente.

Nós três a olhamos incredulos, então Emmett começou a gargalha escandolsamente, Edward sorriu convencido e colocou o braço ao redor dela, eu apenas olhei bem nas fuças da cadela da Nessie.

-Nunca?

-Você sabe o que é melhor para você. – Ela apontou para Edward como se ele fosse um produto. – E aqui está! Em carne, osso e dentes. – Sorri animadamente para mim.

Revirei os olhos bufando e me virei para ir acompanhar Jasper em seu momento emo.

-Só falta a franja. – Comentei me sentando a mesa.

-Hum? – Ele me olhou surpreso.

-Você parece que vai abrir um berreiro a qualquer instante... – Comentei delicadamente.

-Eu estou em abstinencia Bella e me encontro rodeado de adolescentes cheios de hormonios, como você quer que eu me sinta ?

-Sinto muito. – Fiz uma careta de pena. – Já passei por isso, Nessie ainda passa.

-Nessie passa pelo o que ? – Jacob perguntou se sentando desajeitado.

-Celibato forçado. – Jasper respondeu por mim.

Emmett, Edward e Nessie resolveram se sentar a mesa nesse momento, Nessie ficou vermelha quando ouviu o que Jasper disse.

-Sério? – Emmett a olhou chocado.

-Não é por opção. – Nessie murmurou fazendo uma careta hilaria.

-É sim, eu estou bem aqui. – Jacob comentou de boca cheia, ele comeria a comida de todos e provavelmente iria querer mais.

Nessie abriu a boca para soltar o verbo, suspirei...

Rose P.O.V

-Me desculpe ? – Ergui a sobrancelha para Nicolas.

O lobisomem havia me encontrado em Port Angeles, não sei como, mas agora ele estava me perguntando como poderia quebrar minha hipnose.

-Apenas responda.

-Não há maneira disso acontecer, me orgulho disso. – Cruzei os braços intrigada.

-Nem mesmo se você...

-Desfazer? – Completei, ele acenou e eu dei uma risada. – Impossível, há não ser que eu tenha dito que irá perde o efeito quando eu disser. – Parei por um instante franzido o cenho. – Por que eu estou dizendo isso? – Estreitei os olhos para o lobisomem.

-Sinto muito, mas eu preciso da verdade. – Deu de ombros.

-Você me forçou? Como o dom de Carlisle? – Franzi o cenho interessada.

-Tenho dons mentais, faz parte da minha espécie. – Ele cruzou os braços sem qualquer arrependimento. – E se você fizesse alguém esquecer ?

-Bem, eu lhe daria uma condição para poder se lembrar. Por exemplo: quando alguém cantar certa musica, você se lembrara de tudo, ou algo assim. – Dei de ombros.

-Senhorita? – Me virei para o homem. – Seu quadro. – Sorri para ele.

-Muito obrigada, Nicolas, leve-o para o meu carro, por favor. – Pedi ao lobisomem que me obdeceu imediatamente. – Até mais, senhor.- Sorri para o homem. – E quando te perguntarem, um advogado veio buscar o quadro, infelizmente, você não se lembra do nome. – Fiz beicinho pesaroso e ele acenou. – Tenha um bom dia. – Sorria animada e segui o caminho de Nicolas.

-Então, o que você diria para quebrar sua hipnose, caso tivesse que fazer alguém esqueçer ? – Ele perguntou casualmente.

-Dependeria da situação, se eu quero que o individuo se lembre ou não, a historia do mesmo, etc... – Revirei os olhos e entrei no elevador. – Por que me pergunta?

-Conheci um vampiro que pode hipnotizar as pessoas com a voz, apenas com a voz, ele fez alguém importante para mim esquecer seu passado.

-Interessante. – Comentei mordendo minha unha distraidamente. – Nome?

-Você não conhece.

-Tente. – Ergui a sobrancelha. – Eu posso te obrigar, você sabe.

-Ele morreu.

-Isso explica o por que das perguntas. – Suspirei. – Se fosse humano, com a tranformação em vampiro talvez se lembrasse. – Ele me olhou. – Estaria morto, as coisas acabam com a morte, mesmo que seja o tipo vampirico de morte.

-Eu não faria isso com meu amigo, eu não o transformaria em vampiro. –Ele retrucou.

-Então não há muito a fazer, tente uma bruxa, eu soube que a propria familia da Bella se envolve com esse tipo de feitiço, talvez seja por isso que ela tenha o escudo mental. – Dei de ombros, Nicolas me olhou de repente e sorriu pensativo, como se tivesse entendido algo. – O que ?

-Algo talvez faça sentido no que disse, Rose, fico agradecido pela ajuda. – Sorri arrogantemente.

-Faço que posso. – O elevador se abriu e nos revelou Alice com o celular na mão.

-Então?

-Nicolas foi gentil em me ajudar a levar o quadro. – Apontei para o pacote na mão dele.

-Otimo, temos pouco tempo até que Bella descubra quem é a bruxa/bruxo. – Alice falou se virando. – Vamos ao estudio que aluguei.

...

Alice suspirou pensativa, enquanto olhava para o quadro.

Eu estava no meu terceiro copo de sangue e Nicolas tomava um copo de úisque que comprei em um bar aqui perto. Alice e eu decidimos que ele poderia ir conosco, ele era mais velho, talvez até ajudasse saber o que tem no quadro.

-Não há nada demais nele. – Alice quebrou o silêncio. – Nem um bilhete, nenhum tipo de codigo escondido, ou uma imagem escondida na pintura.

Haviamos testado tudo para saber se havia algo no quadro, mas não descobrimos nada e acredite, duas vampiras sabem achar algo escondido em um quadro.

-Talvez não seja isso. – Nicolas falou olhando a janela reflexivamente.

-Como assim? – Perguntei, enquanto Alice se aproximava de mim e pegava meu copo para beber, olheia desgostosa, mas ela me ignorou.

-Talvez o quadro seja o que interessa.

-Você quer dizer a pintura em si? - Alice perguntou, ele acenou com a cabeça.

-Um tumulo em um cenario de neve. – Ele olhou para o quadro. – Quem está enterrado ali? Qual é a historia por trás disso?

-É uma boa coisa que esteja aqui. – Comentei com um sorriso, Alice concordou.

-Então, não precisamos da pintura. – Alice riu. - Apenas saber por que o autor pintou, onde ele pintou, a historia em si...

-Isso vai ser tedioso. – Exclamei me erguendo da poltrona. – Vamos levar isso para Forks, Esme deve estar esperando.

-Sim... – Alice parou de falar, me virei para ela.

Usando minha velocidade vampirica, me aproximei dela e me agachei pegando o copo antes que se estraçalhar no chão. Ergui minha cabeça e a encarei interrogativa, ela estava tendo outra visão.

-Então ? – Perguntei congelada no lugar.

-Para Forks. – Alice falou em tom urgente. – Ligue para Jacob ! – Exclamou pegando o quadro com um braço.

Agarrei o braço de Nicolas que estava discando para Jacob.

-O que está acontecendo ? – Ele perguntou no carro.

-Nessie. – Alice respondeu agarrando o celular dele.

Nessie P.O.V

Liberdade!

Como isso é otimo!

Não tão otimo, já que eu fiquei na blibioteca até agora. Mandei Jacob vazar por que eu queria fazer meu trabalho, ele ia bater o pé e blab,bla,bla, mas Leah apareceu e o tirou de lá.

Confesso que fiquei curiosa, mas ignorei. Leah e Jake tinham uma relação de odio, ela só fazia parte do bando de Jake por que era isso, ou fazer parte do bando de Sam.

Sam é o ex-namorado dela que a largou pela prima, Emily, nessas horas eu penso no quanto esse negocio de impressão é um saco.

De qualquer maneira, eu já tinha feito toda a minha tarefa que passaram hoje (nada muito dificl, exceto matematica, ela foi agradavelmente sufocante) e agora eu me dirigiria para casa.

A pé, por que Bella e Edward haviam sumido também.

Observei o estacionamento sob a chuva, eu não me incomodava muito, na verdade. Estava a meio caminho da saida quando ouvi me chamarem.

Era Victoria.

-Hey, Nessie! – Ela exclamou sorridente. – Quer carona? Meu carro está bem ali.

-Claro. – Dei de ombros, eu não poderia negar uma carona no meio da chuva.

-Cadê Jake e os Cullen ? Quer dizer, você não deveria estar aqui sozinha. – Ela comentou me puxando para baixo do seu guarda-chuva.

-Jake já foi, eu pedi, e sobre minha nova familia... – Pensei como responder. – Bem, eu não sei, decidi ficar mais tarde para fazer esse trabalho sobre historia local, uma chatice. – Revirei os olhos.

-E por que não ligou? – Perguntou destravando o carro.

-Eu não quis incomodar. – Disse sem graça, era meio que verdade. – Além disso, eu iria para a casa da Bella. – Ela me olhou intrigada. – Meu irmão e ela namoram, então ele está lá agora, por isso me daria carona, se não, ela ao menos me daria abrigo.

-Legal sua relação com Bella. – Victoria comentou quando estavamos dentro do carro. – As vezes a irmã sente ciume do irmão e tudo mais.

-Eu não sou ciumenta. – Falei dando uma risada.

-Sério? Por que seu comportamento com Jacob hoje mostrou outra coisa. – Estreitei os olhos. – Quero dizer, você o viu com Jessica e praticamente correu para marca territorio, sério, seu olhar era assustador.

Merda! Por isso Jake ficou todo fogoso comigo hoje

-Eu me recuso a comentar isso. – Cruzei os braços e ela riu.

-Então, onde fica a casa dos Cullen ? – Perguntou enquanto ligava o carro.

-Você pode me deixar na casa dos Swan mesmo. – Respondi enquanto ela saia do estacionamento, Victoria me olhou intrigada. – É mais perto, a casa dos Cullen é bem longe da cidade.

-Já me disseram isso. – Ela comentou. – Eu ainda posso te levar, se quiser.

-Não, eu prefiro a casa dos Swan, esta otimo para mim. – Sorri.

-Ok. – Ela deu de ombros.

-E como vai as coisas com Riley?

-Eu acho que estamos namorando. – Ela estreitou os olhos meio confusa. – Minha irmã é contra, então nos encontrmos em segredo.

-Sério ? Sinto muito. – Ela deu deombros.

-É emocionante, mas ele é bem misterioso, sabe? – Victoria suspirou cansada, senti certo pena dela. – É legal no começo, bem atrativo e tudo mais, agora... Já perdeu a graça, não é saudavel saber tão pouco de uma pessoa, certo?

-Eu não diria isso, as vezes é bom saber pouco, a verdade pode ser assustadora. – Tipo quando Jacob me falou que tinha sofrido impressão comigo e que eramos alma gemeas.

-Só eu sinto que ele não confia em mim. – Ela mordeu os labios. – Eu tinha esse amigo, nós confiamos tudo um para o outro, o achava tão irritante, mas eu o amo... Ele é maior de idade e veio para a cidade, quando eu e minha irmã nos mudamos.

-E ele é só seu amigo?

-Ele era mulherengo, Nessie, teve uma época que eu gostei dele mais do que deveria, mas isso mudou e, hoje, ele é meu irmão mesmo sabendo que ele não presta.

-Qual é o nome dele?

-James. – Congelei quando ela respondeu, oh meu Deus!– Eu não o vejo desde do inicio das ferias de verão, agora vou começar meu ultimo ano e ele nem sequer mandou uma mensagem. – Victoria parecia triste. – Espero que não tenha feito merda nenhuma.

Eu abri a boca para falar algo, mas estava chocada demais, Bella me falou que James tentou estupra-la, que ele era a escoria dos homens, que...

...Que agora era um demônio.

De repente Victoria gritou, olhei para frente e vi um lobo gigante parado a nossa frente, ela virou o carro rapidamente e nós batemos.

Eu voei do banco e passei pelo vidro, no final, metade do meu corpo ficou para fora do para-brisa. Ah cara, eu acabei de passar por duas laminas de vidro, isso doeu pra caralho!

Por que eu nunca uso sinto de segurança?

Gemi mexendo os braços e erguendo meu tronco. Dei um impulso e sai completamente do para-brisa, quase escorregando pelo carro. Tirei alguns pedaços de vidro do meu corpo antes de ouvir:

-NESSIE! NESSIE! – Olhei para a criatura.

-QUE PORRA VOCÊ ESTÁ PENSADO JACOB? – Rosnei furiosa com o fato de que a forma de lobo dele pulou na frente do carro e nos fez bater.

-Cale a porra da sua boca! – Jacob exclamou me pegando no colo.

-MAS QUE MERD... ?

Outros rosnado cortaram meu escândalo, nós dois olhamos para frente e vimos Leah e Seth em sua forma de lobo atacando quatro demônios.

-Tarde demais. – Jacob murmurou sobre a respiração. – Aqui. – Ele me colocou no chão, ao lado do carro de Victoria e cortou o braço com um pedaço de vidro. – Tome meu sangue, vai curar mais rapido.

-Eu não vou parar. – Olhei-o assutada, ele simplesmente bateu o pulso contra minha boca.

OH MON DIEU!

Gemi de contentamento e puxei o braço dele para mim, o sangue dele era surpreendente delicioso. Senti meus dentes ficando mais afiado, eu estava prestes a afundar eles na carne macia quando Jacob puxou seu braço para ele. Rosnei para ele, sua mão veio a minha garganta e segurou contra o carro.

-Nessie, eu preciso que se foque! – Jacob pediu enquanto eu agarrava seu braço, rosnei revoltada com a força dele.

Mas eu tinha acabado de tomar sangue, então era mais forte.

Bati seu braço para o lado e tentei pular em cima dele, mas de alguma forma o idiota nos virou e ficou por cima de mim. Antes que eu pudesse me situar em baixo dele, senti seus labios batendo nos meus com urgencia.

Arregalei os olhos, enquanto ele afundou a lingua em minha boca. Apesar da surpresa, eu o retribui sentindo um calor subir dentro de mim, tentei tocar nele, mas ele segurava meus braços. Então tudo o que pude fazer foi retribuir o mais violentamente que pude. Eu precisava dele, eu tinha que tocar nele, eu...

Cedo demais ele se afastou de mim, o olhei completamente ofegante.

-Ok, saia daqui, fique com Jane. – Ele pediu se erguendo e me puxando. – Meu sangue te curou, agora vai. – Ele deu um passo para ir, mas se voltou para mim e pos as duas mãos em meu rosto e me beijou de novo.

Esse foi mais rapido, quase não pude retribuir.

-Isso é abuso. – Comentei tentando manter a cospostura.

-Não, isso é amor. – Ele sorriu alegre, meus olhos aumentaram ainda mais. – Agora vai!

Jacob se virou correndo e quando pulou era um lobo do tamanho de um cavalo atacando todos os demonios possiveis.

Ok... Respirei pela boca por um instante e me levantei, eu queria ir lá chutar traseiros alheios!

Mas Jake insistiu para eu ir embora, tinha coisa ruim ai.

Me ergui vendo a briga dos lobos um tanto cautelosa, um gemido quebrou minha atenção, Victoria estava viva e acordando.

Eu tinha que tira-la daqui.

Droga! Como iriamos explicar tudo?

Em segundos eu estava do lado do carro, arrancando a porta dela, puxei o cinto e...

Reconheci o barulho de arma imediatamente, me virei e agarrei o braço da garota atrás de mim, torci até ouvir o estralo do osso.

-Não tem nada de digno atirar pelas costas. – Comentei agarrando seu pescoço. – Quem é você? – A pressionei contra o carro deixando meu rosto entrar em moden demônio.

-Uma distração. – Ela sorriu, arregalei os olhos e me virei quando ouvi uma outra arma sendo disparada.

Ela veio...

...

Argh!

Abri os olhos sentindo uma dor de cabeça horrivel, toquei minha testa, tinham me acertado com o que? Franzi o cenho ao ver o sangue no ponto dolorido e me lembrei dos ultimos acontecimentos.

Merda! Me acertaram com uma maldita bala!

Eu não morri com uma bala na cabeça? Uau! Foi a unica coisa que nem eu, nem Bella tivemos coragem de testar.

Olhei ao redor, eu estava em um porão?

Victoria estava no canto com o olhar perdido e Jacob estava desmaiado perto dela.

-O que aconteceu? – Ela me olhou aterrorizada.

-O que é você? – Arregalei os olhos com sua pergunta. – Eu vi você levar um tiro na testa, você devia estar morta. – Me olhou aterrorizada.

-Bem, não explodiu minha cabeça, acho que é por isso que estou viva. – Resmunguei engatinhando para ela, Victoria tentou se mover mais fez uma careta. – Você quebrou a perna.

-Obrigada por me lembrar. – Ela fez uma careta.

Me lembrei do que Bella me disse sobre o que nosso sangue pode fazer. Sem pensar, eu deixei meus dentes se afiarem e mordi meu pulso, Victoria tinha os olhos arregalados quando eu empurrei meu sangue para sua boca.

Ela tentou se afastar, mas eu segurei sua cabeça contra meu pulso.

-Um gole não mata ninguém. – Revirei os olhos, ela tomou dois gole contra sua contade. – Vai te curar, ruiva. – Informei indo em direção a Jake.

-O que é você? - Perguntou novamente.

-Não tem pergunta mais original? – Eu revirei os olhos enquanto me agachava ao lado de Jake.– Jake. – Dei alguns tapinhas em seu rosto. – Acorda, lobinho.

Olhei para seu corpo prourando ferimentos, tinha um pouco de sangue aqui e ali, e ele usava apenas uma bermuda velha... Meu olhar parou em seu pulso, tinha sangue ali, mas estava curado.

Foi impossivel não engoli a seco e se lembrar do gosto de seu sanuge. Era inimaginavelmente quente e picante, quanto eu o tomei me senti no céu, um fogo me preencheu... Era incrivel.

Pisquei me concentrando na situação.

Foi então que eu percebi que tinham o vestido, por que, obviamente, ele não veio para cá sem lutar... Ao menos isso, eu não queria que Victoria visse as parte dele, aliais espero que quem tenha o vestido tenha sido um homem... Isso não soa bem... Talvez, eu seja mesmo ciumenta... Droga!

Jake se mexeu sob meu toque, oh droga! Ele pode ouvir meus pensamentos em sua cabeça.

-Nessie? – Ele me olhou um tanto emocionado, por que isso?

Arregalei os olhos, quando fui puxada para baixo, ele estava me abraçando um tanto desesperado. Wow! Aqui é tão quente...

-Eu achei que você... – Ele parou parecendo incapaz de falar.

-Tinha morrido? – Perguntei erguendo a sobrancelha, ele acenou com a cabeça um tanto palido (Isso é possivel? Ele é tão moreno.)

-Por que não fugiu como pedi? – Ele perguntou franzido o cenho.

Fui pegar Victoria e me acertaram na cabeça com uma bala.

-Foi por isso que achei que você tinha... – Eu vi um rapido flash de dor em seus olhos.

-Minha cabeça tem que explodir todinha Jake, meu corpo pode regenerar um mero ferimento de bala, mesmo na cabeça. – Sorri para ele.

-Você já sabia disso?

-Não fazia a menor ideia. – Dei de ombros. – Mas parando para pensar faz sentido.

-Quando eu a vi no chão, tive certeza de que estava morta. – Ele tocou no meu rosto espantado.

Finalmente percebi que mesmo não querendo, eu significava muito para Jacob, me lembro dele falando que agora a vida dele girava em torno de mim, que era eu quem o segurava na terra, não a gravidade.

Isso é assustador.

-Fomos dois. – Victoria cortou qualquer clima romantico entre nós com seu tom sarcastico. – Ela é alguma especie de monstro.

-Hey! Eu te dei meu sangue para curar seu corpo, mostre respeito. – Franzi o cenho para ela.

-É tão bom vê-la de bom humor. – Jacob sorriu se sentando.

-Ao menos não mentiram sobre ser um casal. – Victoria o cortou. – Aliais, minhas pernas estão melhor, obrigada. – Agradeceu um tanto secamente, sorri de volta.

-Alice avisou que atacariam você. – Jacob comentou. – Por isso aparecemos de surpresa na estrada.

-Espera, o lobo era você? – Victoria o olhou palida.

-Somos os mocinhos. – Jacob retrucou. – Quer dizer, estamos do seu lado, vamos dizer assim. – Me olhou com o cenho franzido.

-Não vamos matar você, é o suficiente por agora. – Acrescentei, Victoria me olhou fazendo uma careta.

-Não poderiamos, ela é do Riley. – Jake disse para mim.

-Riley? O que ele tem a ver com isso?

-Ele é um vampiro. – Dei de ombros.

-O QUE? – Ela berrou arregalando os olhos. – Eu sabia que tinha algo de diferente nele, mas isso? – Nos em choque.

-É bom ver que já acordaram. – Olhamos para cima quando ouvimos a voz de uma mulher.

-Quem é você? – Jake ficou na nossa frente protetoramente, eu pensei em ficar furiosa, mas a mulher disparou todos os meus sensores de perigo.

-Não te interessa, o que interessa é quem é você... – Apontou para mim. – Rennesme, não ? Ou devo dizer Vanessa ?

Arregalei os olhos e senti um frio subir pela minha espinha.

-Nessie. – Respondi entre os dentes.

-Você sabe que bruxaria é extremamente eficaz, não? Cada familia tem seu proprios feitiços e bla,bla,bla. Mas aqui nós somos uma comunidade, por isso descobrir tudo sobre você não foi dificil.

-O que quer de mim? – Perguntei grosseiramente.

-Vingança. – Ela deixou a voz se arrastar maldosamente pela palavar, como seu adorasse o gosto. – Você vê tudo começou quando os vampiros atacaram nossas estalações semanas atrás, então um vampiro matou meu pai. – Ela me olhou raivosa. – Acontece que você chama esse vampiro de pai.

-Edward?

-O que? – Victoria me olhou de boca aberta, ela vai ter um ataque cariadco em breve nesse ritmo.

-E tem a sua maldita criadora, a Swan, que foi a razão para ele invadir nosso clube. – Ela nos olhou desgostosa. – Você, minha querida Nessie, é o elo que afetará os dois em cheio.

-Você não vai...

-Shhh ! – Ela calou Jake divertida. – Ainda não acabei. Eu gostaria de saber por que aquela garota que salvou a vida da Swan era tão importante para os dois. Então, eu usei magia para desobrir tudo. – Me olhou. – Absolutamente tudo, e sabe Vanessa, você foi responsavel pela morte de um dos nossos membros mais promissores.

Meus punhos se fecharam e comecei a tremer, ela não iria falar sobre isso na frente deles, não na frente de Jake.

-Do que ela está falando?

- E ainda tem mais. – Ela sorriu maliciosa. – Eu descobri o motivo para Mark tê-la escolhido para punir... – Seus olhos brilharam maldade. – Andrew é um lindo nome.

Foi a gota d'agua.

Em menos de um segundo eu estava com a mão em seu pescoço transmitindo cada memoria das torturas para ela, cada grama de agonia foi direto para o cerebro dela, obviamente ela começou a gritar. Sem dó, nem piedade, minha mão abriu caminho por sua barriga e eu quebrei alguns ossos pelo caminho até achar seu maldito coração.

Então uma dor horrivel atingiu meu cerebro, a larguei imediatamente e levei as mãos para minha cabeça gritando.

Cai no chão sentindo a dor diminuir, senti as mãos de Jacob em mim, olhei para cima e vi um homem a curando.

Estendi a mão com a vi~soa meio embaçada e transmiti um ultimo pensamento antes de desmaiar.

Eu vou te matar, nem que seja a ultima coisa que faça.

Bella P.O.V

Abri os olhos e observei as arvores por um instante...

Espera, arvores?

Me ergui franzido o cenho, eu estava na floresta. Que porra...?

Um choro cortou meu pensamento, corri rapidamente na direção que vinha.

Segui o som até parar na borda da floresta, estava atrás de um estabelecimento : o hospital de Forks...

Havia algo me chamando para dentro, porém, ouvi outro grito.

Me vire na direção dele imediatamente, eu tinha reconhecido esse, era de Nessie e vinha da floresta, corri em direção a ele o mais rapido que pude, mas eu tropecei. Fechei os olhos esperando o impacto...

Me sentei imediatamente, olhei ao redor em alerta, estava em meu quarto, olhei para minha cama levemente confusa.

Eu tinha ido embora mais cedo, Edward me deixou em casa e foi cuidar de alguma coisa. Lembro que resolvi dormi...

Agora estou aqui e tenho a sensação que sei onde encontrar a maldita bruxa.

Como eu sei que é bruxa, em vez de bruxo?

Por que o choro que vinha do hospital era feminino.

Sem hesitar, coloquei meu tenis e pulei a janela do meu quarto. Havia uma certa urgencia em ir para lá, meu instinto dizia algo sobre isso.

...

Entrei no hospital e passei pela recepção ignorando os chamados da senhora, até...

-Senhorita! – Ela agarrou meu braço. – Não pode entrar assim.

-Eu estou com pressa, tenho uma amiga aqui. – Agarrei seus braços e encarei bem no fundo de seus olhos. – Você não vai me impedir, não é mesmo ?

-Tudo bem. – Ela falou depois de um momento, me olhando um tanto vidrada.

-Obrigada. – E sai andando apressada, antes que ela se tocasse o que estava fazendo.

Entrei no corredor, tentando descobrir pra onde ir, então algo apitou e eu parei bruscamente. Senti que sabia exatamente onde encontra-la.

Dei três passos para trás e olhei para a porta a minha direita, havia dois corações ali dentro. Eu podia ouvir o som de uma respiração fraca e um choro baixo, estendi minha mão e bati na porta.

Enquanto eu esperava os passos se aproximarem da porta, senti que outra coisa estava errada. Franzi o cenho e olhei ao redor, refletindo por um momento.

Por que eu ouvi o grito de Nessie em meu sonho?

Fungaram na porta e eu me virei para a bruxa que ira me subtituir. Arregalei os olhos ao ver quem era.

-Bella? – Perguntou confusa.

Emily?

Emily Johnson?

-Santa mãe... – Murmurei chocada.

-O que foi? – Ela perguntou, o nariz dela estava esconrrendo bastante e os olhos estavam vermelhos.

-Eu que pergunto, o que foi? – Perguntei curiosa com seu estado, os olhos dela se encheram de lagrimas novamente.

-Minha mãe... – A olhei cautelosa. – Ela está morrendo. – Então, ela se jogou em cima de mim e me abraçou.

Desajeitadamente, eu retribui.

Merda...

-Sinto muito. – Sussurrei dando uns tapinhas desajeitados em seus costas.

-Ninguém mais sabe o que fazer. – Ela murmurou contra meu ombro.

Ok, a garota que acha que eu sou um demônio, e me odeia, é a bruxa que vai liderar o coven da familia da minha mãe, que por uma questão de fato, me odeia.

Que legal.

-Isabella Swan. – Me arrepiei ao ouvir meu nome sussurrado dentro do quarto. – Por que não me surpreende que tenha encontrado essa preocisadade. – Se engasgou no final.

-Com licença. – Afastei os braços de Emily, ela me olhou confusa.

Eu passei por ela e entrei no quarto, eu sabi que Emily era a bruxa, não sei como, mas sabia, ainda assim a mulher ali dentro falou meu nome. Emily exclamou e agarrou minha mão, enquanto eu olhava para a mulher acabada na cama de hospital.

-Você... – Eu olhei para Emily. – Você é um demônio mesmo! – Ela exclamou olhando para minha mão, ela tocou em mim e soube, é isso?

-Você não era cristã? – Perguntei inutilmente, estava chocada, ela não tem nada a ver com bruxas! Eu acharia mais fácil Emily coordena um grupo religioso para queimar as bruxas da cidade.

-Se afaste da minha mãe! Ela não precisa de outro demônio por perto. – Ela disse raivosa, a porta se fechou bruscamente atrás dela e as luzes piscaram ao meu redor.

-Super assustador. – Comentei a ignorando. – Você sabe o meu nome. – Olhei para a mulher na cama.

-É claro que sei, quem não saberia? É conhecida entre nós, Isabella.

-Eu sou conhecida entre as bruxas? – Perguntei confusa, ouvi algo cortando o ar, meu escudo se espandiu imediatamente, olhei sobre o ombro e vi uma cadeira estraçalhada atrás de mim. – Vai ter que fazer melhor, Emily. – Falei mal humorada, então eu me toquei do que ela disse. – Você tem um demonio dentro de si? – Olhei para mulher defiando na cama.

-Oh sim. Eu sou um demônio. – Sorriu maldosamente e olhou para algum ponto divertida. – Eu sabia que não demoraria para vir atrás dela, afinal a garota tem poder.

-Por que um demônio está internada em um hospital ? – Ergui as sobrancelhas.

-Por que você fala como se não fosse...

-Cale a boca! – Exclamei para Emily impaciente. – Eu estou tentando ajuda-la aqui. – Revirei os olhos. – E pare de me jogar coisas em mim, não conseguira me atingir.

-Já descobriu o livro de feitiços? – A mulher murmurou maliciosa. – Ele deve falar tudinho sobre o poder de sua mãe e como ele reagiria em você.

-Responda minha pergunta. – Me apoiei na cama.

-Essa mulher é um bruxa poderosa. – Olhou para si mesma. – Mas veja bem, não tem graça quando não tem controle sob o corpo.

-Algo como os Solaris comandam seus demônios? – Perguntei franzido.

-Acertou em cheio, a bruxa não quer esse destino por isso luta para me expulsar. E eu apenas quero minha liberdade, por isso estamos nesse adoravel estado. – Sorriu meigamente.

-Por que a bruxa lhe deixou entrar? Pelo o pouco que sei, bruxas conseguem se proteger de possessões. – Franzi o cenho.

-Eles a puniram, é claro. – Suspirou, ouvi o choro de Emily no canto. – A jovem viu, você sabe, estava escondida embaixo da escada, não foi agradavel para a bruxinha ai. Em minha opinião foi bem excitante. – Ela sorriu pervesamente, seu sorriso era completamente amarelo e parecia estranho no rosto magro.

-Você precisa de sangue. – Comentei olhando seu estado um tanto enojada.

-Não, obrigada, quanto mais fraca, mais perto da liberdade.

-Você está tentando matar a bruxa, obrigando a propria filha assistir. – Disse em tom inexpressivo, por dentro eu estava me perguntando como ela conseguia não atacar Emily, mas era um demônio de verdade ali, se quisesse morrer de fome, poderia faze-lo facilmente.

-Grande merda, a mãe queria que ela ficasse com os Solaris antes deles a punirem, agora até que mudou de ideia. - Deu uma risadinha.

-Eles estão aqui ? – Perguntei franzido o cenho. - Os Solaris?

-É claro que estão, desde que me fizeram esse favor. - Apontou para si mesma.

-Quanto tempo sua mãe...? – Me virei para Emily, ela ergueu os olhos para mim, Emily chorava de novo.

Deus! Minha mãe morreu e não chorei tanto assim.

-Por que quer saber? O que vai fazer, demônio?

-É uma longa historia, loira, não tenho tempo para explicar que eu não sou um demônio. – Ela me olhou assustada. - Quando me tocou, foi a a mesma sensação que sentiu com sua mãe? - Revirei os olhos.

-Não exatamente, mas...

– Acredite no que quiser, para mim tanto faz, agora me diga, quanto tempo? – Perguntei apontando para a mulher.

-Algumas semanas. – Ela fungou sem me encarar. – Eles vieram a nossa casa e tentaram a levar, mas ela desmaiou e ficou assim desde então.

-Você poderia me liberta. – Olhei sobre o ombro, a demônia me encarava com os olhos cintilando. – Assim a mãe dela sobreviveria e eu voltaria para o meu mundo.

-Por que eu libertaria um demonio? Ainda mais quando estão tentando me matar?

-Por que eu tenho uma informação em troca. – Ela me olhou sacana.

Eu não podia saber se ela dizia a verdade ou não, não poderia saber se demonios falam ou não a verdade, nunca. É por isso que eu e Nessie podemos mentir uma pra outra.

-Não me interessa. – Revirei os olhos. – Você tem um livro de feitiços, não? Deve haver algo sobre como matar um demonio.

-Eu não posso fazer isso. – Emily me olhou assustada. – Eles me disseram que não posso exorciza-la, irá me matar se tentar.

-Emily... – Me inclinei em direção dela, ela se inclinou para trás sentindo o perigo em meu tom. – Me dê o maldito livro de feitiços de sua familia e eu cuido disso.

Isso fez efeito nela, eu pude ver em seus olhos.

-Espera! – O demonio exclamou, quando Emily se ergueu e foi em direção a mochila. – Você tem certeza que não quer saber como usaram sua cria para se vingar de seu... – Ela engasgou no final da frase.

Não por causa do seu estado, mas por causa da minha mão em seu pescoço.

-O que disse? – Rosnei sentindo o formigamento em meus olhos, ainda ouvi o grito de Emily.

-VOCÊ É UM DEMÔNIO! – Ela exclamou.

-O que disse sobre Nessie? – Rosnei ignorando o surto de Emily.

-Vai fazer o que eu pedi?

-Te dou minha palavra de que se valer a pena a informação eu faço. – Ela me olhou por um instante.

-Muito bem, uma bruxa quer se vingar de você e de seu marido... – Quase revirei os olhos, estamos noivos ! E nem é de verdade. – Descobriram que Nessie é considerada filha dos dois, seu instinto deve estar gritando para salva-la, não é mesmo? – O pior é que estava, a urgência começava a entrar em meu sangue. – Eu não sei onde eles estão, mas sei que é na floresta dessa cidade e esta fortemente protegido por magia.

-Mais que droga. – Murmurei e arregalei os olhos, comecei a cuspir sangue.

Fechei os olhos sentindo um estralo no pescoço, eu não conseguia respirar...

Como na primeira vez que tentei... Tentei me matar enforcada.

Soltei um grito quando senti minhas pernas doerem, como se eu tivesse as quebrados de novo.

E gritei mais alto quando senti o impacto em meu estômago, olhei para o meu corpo, havia um enorme arrombo em meu estômoga, foi impossivel não me lembrar do tiro que levei por causa de Nessie.

Merda! Emily está me exorcizando com o mesmo metodo dos Solaris!

-PARE SUA VADIA! – Berrei sentindo meu ombro deslocar.

-Hey! Eu quero sair! – A demônia gritou revoltada. – Eu dei a informação da cria dela! Exijo que a deixe cumprir o acordo!

-Não, eu vou mata-la. – Emily falou enquanto apontava para mim, gritei sentindo meus dedos quebrando.

Então a dor parou, respirar doia tanto...

-Você está acordada? – Ouvi a voz da demônia.

-O que você fez ? – Gemi.

-Usei o poderes da bruxa, ela me deixou usar um pouco. – Ela gemeu de repente. – Eu preciso que você me deixe livre.

-Por que você me ajudou ? – Perguntei rolando no chão, Emily estava desmaiada.

-Por que não me teria serventia morta. – Ela riu fracamente. – Além do mais, sofreria bastante se eu a deixasse morrer, nosso chefe foi bem claro quando disse que a quer viva.

-Certo, demônios amam a dor.

-Praticamente a veneramos, mas a morte não tem graça alguma, essa ideia seria gentil demais para nós. – Se moveu na cama desconfortavel. – Agora, pegue o livro dela e me liberte.

-Eu não sei fazer isso.

-É só recitar, qualquer um pode fazer. – Revirou os olhos cansada.

Peguei o livro e procurei algo para exorciza-la, era o suficiente para mim, ela/ele poderia queimar no inferno e eu estaria feliz em manda-la para lá.

-Eu não acredito que um demônio quer ser exorcizado. – Os olhos dela ficaram azuis-claro.

-Essa é a unica coisa que a bruxa e eu concordamos, eu odeio ser controlado pelos bruxos e ela quer ser livre. – Deu de ombros sorrindo maldosamente.

Recitei o que estava escrito ali três vezes antes de ouvir os gritos dela, recitei mais duas vezes e ela desmaiou.

-Senhora? – Perguntei erguendo a sobrancelha, ela abriu os olhos confusa.

-O que...? – Ela se focou em mim. – Você me exorcizou. – Falou fracamente.

-Por que não pediu para sua filha fazer? – Perguntei estreitando os olhos.

-Por que ela morreria fazendo isso, o feitiço dos Solaris a impedem, mas você... Você não é uma bruxa. – Suspirou. – Eu sei sua historia, sei que tem a alma intacta e sei que sua filha corre perigo.

Mordi o pulso e coloquei em sua boca, ela bebeu meu sangue sem hesitar.

-Obrigada. – Sussurrou adquerindo mais cor.

-Onde eu posso acha-la? – Perguntei.

-Você dê seu sangue para minha filha e eu a ajudo.

-Ela vai tentar me exorciza.

-Não vai, seu poder, o que impediu o ataque da cadeira, ele é poderoso o suficiente para impedir o feitiço dela. – O tempo estava passando! Xinguei sobre a respiração e dei meu sangue para Emily, que acordou poucos instante depois.

-Você... – Ela me olhou furiosa, agarrei sua garganta e a arrastei até a mãe.

-Ai está : livre do demônio. – Apontei para sua mãe, que sorriu para ela. – Tente me exorcizade novo e eu te mato. – Eu senti uma pontada no escudo, sorri malignamente. – Você me pegou desprevinida uma vez, não vai acontecer de novo.

Suspirou me olhando com certo desespero e então olhou para a mãe.

-Mãe? – Ela murmurou para a mulher.

-Toque em mim e verá a verdade, minha filha. – Emily a tocou hesitante e depois começou a chorar de alivio, bufei impaciente e cruzei os braços.

-É tudo muito lindo, mas eu tenho uma filha para salvar e ter um momento igual a este, por isso anda logo! – A mulher suspirou e pegou seu livro.

-Me dê sua mão. – Segurei sua mão hesitante. Ela começou a murmura algo, franziu o cenho fortemente e por fim parou. – Pronto, o escudo que a mantinha oculto foi retirado.

-E? Como raios vou saber onde ela está ? Eu não sou um GPS ambulante. – Fiz carranca.

-Siga seu instinto, Isabella, é sua filha, você tem seus proprios poderes, já sabe onde ela está.

-Tudo isso para essa merda? – Ergui as sobrancelha raivosa.

-Sinta, como você fez com Emily. – Apontou para a filha que ainda chorava no seu ombro.

Parei por um momento inteiro sentindo o frio em minha barriga, sentido o meu corpo ainda dolorido...

Ah vai tomar no cu!

Eu tenho a porra do escudo a protegendo por um motivo! A mulher acabou de dizer que quebrou o escudo que protegia ela de ser localizada, que barrava o meu escudo protetor !

A localizei tão rapidamente que foi ridiculo!

Corri o maximo que pude na direção que meu escudo apontava, parei bruscamente no meio da floresta. Algo havia atingido meu escudo, estreitei os olhos e o fortaleci.

Algo se aproximou pela minha direita, antes que eu pudesse atirar meu escudo Edward estava na minha frente.

-Bella?

-Pegaram Nessie. – Ele me olhou incrédulo.

-Como sabe disso? – Emmett parou ao nosso lado.

-A fofoca corre rapido por aqui. – Emmett comentou impressionado.

-O demônio que possuia a bruxa me contou.

-A bruxa? – Edward me olhou interessado.

-Não a nossa bruxa, ela é a mãe da bruxa que queremos, entende? – Edward me olhou erguendo as sobrancelhas, Emmett coçou a cabeça. – Isso não importa! – Rosnei perdendo a paciência.

-E você pretendia ir lá sozinha ? – Edward estreitou os olhos para mim.

-Bem, sim.

-Cara, isso é patético. – Emmett comentou me olhando desdenhoso, olhei raivosa. – O que? É verdade, quem vai atacar um monte de bruxas sozinha ? Nem um vampiro faria isso.

-Ele tem razão, Bella, tem que se acalmar, caso contrario iram mata-la. – Olhei para Edward sem saber o que fazer.

-Tenho vocês dois. – Retruquei. – E eu sei que vem mais gente, agora podemos ir?

-Por onde? – Edward perguntou.

-Oeste. – Apontei, antes que eu terminasse de responder, ele já tinha me colocado em suas costas e corriamos em uma velocidade muito maior que a minha.

Muito sinistro, eu via só borrões!

Era tão rapido que prendia respiração surpresa.

De repente, algo bateu em nós dois e fomos parar no chão.

-Out... – Murmurei me erguendo, olhei para cima, não parecia ter nada ali, mas Emmett se aproximou cauteloso do lugar e tocou, seu braço foi atirado para trás bruscamente, como se tivesse levado um choque.

-Tenho a impressão que não entraremos por força bruta. – Emmett comentou pensativo.

-O demônio falou que era protegido com magia. – Edward me olhou, ele já estava de pé ao lado de Emmett.

-Desde quando você fala com demônios de qualquer maneira?

-Eu fiz um acordo, ok? Ele estava preso no corpo dela sob o controle deles, então o exorcizei.

-Chegamos ao ponto em que ela não faz mais sentido. – Emmett comentou me olhando de sobrancelha erguida. – Bella, você tem toda a coisa da bruxaria agora, quebre a proteção deles.

Estralei o pescoço e mandei meu escudo para cima do escudo.

Me deu choque, mas eu não senti, meu escudo sentiu, o fiz dar choque de volta, mas só saiu flash's.

Então tentei puverizar, nadinha.

-É inutil! – Exclamei revoltada, me virei e comecei a andar em circulos.

-Tem que tentar mais. – Edward se aproximou de mim.

-Como? – Perguntei impaciente.

Ele parou por um momento pensando, uma arvore explodiu sobre nossa cabeça, olhamos para Emmett.

-O que? Estou tentando, ok? – Nos olhou desafiante. – O que fez com o escudo, ele parece mais forte... – Me olhou intrigado.

-Ele deve ter absorvido a força do meu. – Dei de ombros.

-É isso. – Edward me olhou. – Absorva o escudo.

-Como? – Olhei-o cetica.

-Lembra do nosso encontro com os Romenos? – Edward perguntou, prendi a respiração, entendo tudo.

-Hã... Pessoal? – Emmett chamou, nos viramos e vimos um grupo de pessoas vindo em nossa direção de dentro do escudo. O escudo começava na beira da floresta e protegia uma enorme clareira, onde tinha uma casa enorme de um só andar.

Mas eu não liguei muito para isso, estava focada naquele pequeno grupo.

Nessie estava ali e Jacob também.

-Alec. – Edward rosnou.

-O tal traidor? – Perguntei, ele acenou com a cabeça. – Qual deles?

-O que está com Victoria.

Foi então que eu vi Victoria. O que ela fazia ali?

Então a mulher que parecia ser a lider estendeu a mão e eu senti algo duro bater me mim. Gemi dolorida quando atingi o chão, me ergui nos cotovelos confusa.

-O que aconteceu?

-Ela isolou Edward. - Emmett apareceu ao meu lado e estendeu a mão.

-Por que? O que ela quer com ele? - Perguntei perdida. - Aliais, quem é ela?

-Seu nome é Charlotte, ela é a nova líder do que restou do Solari depois que os Volturis deram a ordem de exterminação total da irmandade. A bruxa é filha do lider da base daqui, o qual Edward matou.

-Edward matou? Eu pensei que os bruxos tinham fugido.

-E fugiram. - Emmett respondeu. - Ele matou quando foi atrás de você em Londres.

-E ele ainda me pede para confiar. - Revirei os olhos indignada. - Ela pensa que ele matou o líder por minha causa, certo?

-Correto. - Emmett sorriu. - O que não deixa de ser verdade. - Olhei para ele.

-Ele está preso lá. - Falei inutilmente e olhei para dentro do maldito escudo.

-Não se preocupe Bella, o pior que pode acontecer é ele morrer. - Olhei assustada para Emmett. - O que não é muito provavel.

-Ela tem Nessie. - Nos viramos e vimos Esme se aproximando.

Ela parecia tão fora do personagem de Sra. Cullen. Sempre com os cabelo enrolados e roupas elegantes, agora ela parecia não ser tão mais velha que Edward, com os cabelos todo esticado, jeans e uma blusa soltinha que nada tinha a ver com o clima frio de Forks.

-Ela não sabe sobre Nessie. - Emmett revirou os olhos.

-Me disseram que só a pegaram para atrair nossa atenção, de alguma forma, eles sabem que Nessie é importante para mim e para Edward. - Acrescentei, ela se aproximou de nós em um piscar de olhos.

Ela tinha perdido todo o ar jovial com os olhos vermelhos cintilando perigosamente para a reunião lá dentro. Eu mencionei que não podemos ouvi-los?

-Mas ela vai usar o sangue de Nessie para o seu escudo Bella. - Esme me olhou. - Tente derruba-lo. - Pediu abraçando a si mesma e olhando tensamente para Edward.

-Mãe, vai ficar tudo bem. - Emmett segurou seu ombro e a olhou tranquilo.

Olhei para os dois por um instante, eu sabia que os Cullen tinham uma relação tão profunda que eram realmente uma família. Mas eu nunca tinha reparado como era isso, Emmett de repente havia perdido toda a pose indiferente para consolar Esme e a mesma parecia uma mãe preocupada com o filho. Suspirei e me foquei em meu escudo, expandi-o para cima da barreira magic...

-ARGH! - Exclamei levando as mãos a cabeça, cai de joelhos tamanha foi a queimação.

-Isso não é bom. - Emmett resmungou, a dor diminuiu e eu pude respirar aliviada.

-O que fez? - Esme perguntou em tom urgente.

-Eu coloquei expandi meu escudo. - Respondi olhando para o grupo a nossa frente, sem conseguir entender nada do que falavam. Charlotte parecia furiosa com algo. - Foi apenas quando usei meu poder que queimou minha cabeça.

-Você parou de usar e o efeito passou. - Esme mais afirmou do que perguntou, então ela afundou a mão na terra.

AI PUTA QUE PARIU.

Abri a boca em grito silencioso, enquanto sentia o aperto de ferro que Esme me dava.

Dor, muita dor.

-Mãe. - Emmett tirou a mão dela de cima de mim e apertou na sua em sinal de apoio.

-Só quando usamos o poder o feitiço interfere. - Esme respirou fundo. - Edward não pode parar o poder dele. - Ela olhou para cima, segui seu olhar rapidamente e pude percebe os punhos fechados de Edward. - Ele tem uma Resistência enorme, mas não pode lutar assim.

-Ela não sabe que sobre o sangue de Nessie no momento, é a nossa vantagem. - Emmett falou pensativo.

-Pegue alguma bruxa, Emmett. - Esme ordenou e ele sumiu no ar. - Seu escudo mental deveria estar te queimando. - Me olhou intrigada.

-É parte de mim. - Dei de ombros, ela negou com a cabeça. -Olha, feitiços de bruxaria são realmente complicados e um detalhe faz toda a diferença.

-Como sabe tanto sobre isso?

-Sou filha de uma bruxa. - Suspirei olhando para eles. - Talvez, se eu... - Expandi meu escudo mental para Edward imediatamente, rosnei quando a dor voltou.

-Pare, Bella. - Esme murmurou passando o braço por cima de meus ombros, respirei rapidamente sentindo a dor diminuir. - Não force, mia cara. - Acrescentou suavemente.

-Mas, eles... - Apontei para o grupo frustrada, os demônios começavam a fazer um circulo em volta de Edward. - O que ela está fazendo? - Perguntei confusa.

-Eu... - Então atacaram Edward ao mesmo tempo, olhei boquiaberta para os acontecimentos.

Eu só conseguia ver borrões! Os demônios eram tão rápidos, quase tanto quanto Edward. Apertei a terra entre as minhas mãos tentam me conter, era frustrante demais só ver aquilo. Olhei para a bruxa tentando saber o que havia acontecido com Nessie e os outros. Congelei quando a bruxa sorriu para Nessie enquanto segurava seu cabelo e cortava sua garganta, quilo não a mataria, mas ainda assim... Era arrepiante de se ver, se arrancassem a cabeça de Nessie, ela não sobreviveria. Pisquei sentindo duas lagrimas caindo por vontade própria.

Apertei a terra em minhas mãos ainda mais.

De repente, Jacob explodiu em um lobo, derrubando os dois demônios de uma vez só e pulando sobre os que protegiam a bruxa Charlotte.

-O que está acontecendo? - Olhei para trás e vi Sue, a mãe de Leah e Seth.

-O escudo nos impede de entrar. - Percebi que Esme evitou falar sobre nossos poderes estarem limitados por causa do sangue de Nessie.

-Foi feito por magia negra, eu posso sentir. - Sue se aproximou e por trás dela pude percebe duas garotas, eu já havia as visto em La Push. - Talvez pudéssemos usar a terra.

-Então faça! Só derrube o maldito escudo! - Esme a olhou impaciente.

-Sinto muito! - Alice apareceu com Rose. - Ela foi mais rápida.

-Os outros estão ao redor. - Rose falou. - Oh! - Exclamou assustada, olhamos para dentro. Eu não consegui ver muita coisa, só borrões.

-O que aconteceu? - Perguntei confusa, então fogo surgiu no meio do campo. Foi ai que vi Edward lá dentro, minha boca se abriu ao vê-lo naquele estado...

Suas roupas estavam rasgadas, havia sangue por toda parte e os caninos dele pareciam assustadores. Ele parecia um animal selvagem, muito diferente do homem civilizado que apareceu naquele beco meses atrás e ficou me encarando.

-Ao menos se soubéssemos a forma como eles exorcizam seus demônios... – Um das garotas comentou enquanto faziam desenhos no chão.

Então me lembrei do demônio no hospital e de como eu o exorcizei. Eu tinha memoria fotográfica, podia repetir as palavras estranhas de novo.

Olhei para Edward, ele estava cercado por seis demônios, que pularam nele ao mesmo tempo.

Senti algo cair em meu estomago, não sei explicar bem o que eu sentia, mas estava me matando.

Então ele soltou um rosnado, um dos demônios tinham o atingido com algo por trás.

Não me importei com mais nada, apenas corri até eles e ataquei. Só quando arranquei o coração de um dos demônios percebi que tinha passado o escudo.

-Paixão, você demoro... – Olhei para Edward incrédula, ele estava com uma faca na mão, enfiada na garganta de um demônio e ainda sorria para mim. - Finalmente percebeu que demônios podem passar no escudo? Tive que me deixar ser esfaqueado, uma vergonha, mas a males que vem para o bem.

-Seu... – Nem consegui o xingar tamanha foi a raiva, respirei fundo, eu tinha que me focar.

-Disse que exorcizou o tal demônio deles, certo? Recite, eu te protegerei! – Pediu enquanto jogava um demônio para longe.

Abri a boca e comecei a murmura as palavras, Edward começou a me acompanhar quando repeti. Um demônio me agarrou por trás, ele era mais forte, então me vi presa em seus braços.

Grui frustrada, enquanto tentava puxar seu braço, comecei a ficar tensa, quando percebi que não conseguiria escapar das garras do demônio. Então, um borrão veio e eu fui jogada no chão.

Eu cai de joelhos, olhei par ao ado quando ouvi o som do corpo caindo no chão. O pescoço do demônio estava completamente rasgado fora e tinha um grande rombo em seu peito.

-Bella, o exorcismo. – Edward pediu impaciente.

Respirei fundo e continuei a recitar o mantra como se fosse estivesse orando. Olhei para cima, Edward arrancou o pescoço de outro demônio com os dentes.

Recitei três vezes até todos terem uma reação parecida com o demônio no hospital.

Os demônios começaram a gritar e tampar os ouvidos, o que me encorajou a recitar. A bruxa gritou em outra língua e os gritos cessaram, os demônios desmaiaram. O rosnado de Nessie chamou minha atenção, com certa surpresa, a vi correr em direção a bruxa.

Mas a mesma tocou em Alec e ambos sumiram.

-O que aconteceu? – Perguntei me erguendo.

-Você começou a exorciza-los... – Edward respondeu olhando ao redor pensativo. – Ela percebeu e mandou todos se retirarem, os demônios saíram do corpo dessas pessoas e a seguiram para algum lugar.

-Sabe onde? – Nessie perguntou ansiosa. Ela estava com o rosto todo manchado de sangue, uma imagem digna de filmes.

Uma pequena parte do meu cérebro percebeu que aquilo significava que Nessie estava atacando mais com os dentes do que com as mãos, mesmo que o gosto do sangue de demônio seja horrível para nós. Essa pequena parte se preocupou, pois sabia que aquilo significava que o desejo dela por carne fresca estava começando a aparecer novamente.

-Não. – Ela respirou fundo parecendo acabada.

-Bella, eu preciso ir para Chicago. – Ela me olhou desesperada. – Ele corre perigo. – Congelei no lugar.

-Você não pode ir sozinha. – Edward respondeu por mim. – Nunca chegaria a tempo. – Ela o olhou por um instante.

-Eu vou ligar para Clark então. – Ela respondeu duramente.

-O que? Isso é estupidez! - Exclamei para ela. - Ele não é confiável.

–Não me importa! Eu vou mandar ele sequestra meu filho. – Jake engasgou em sua forma de lobo e ela o olhou sombriamente.

As mulheres Cullen apareceram ao nosso lado de repente. Esme pulou em Edward parecendo terrivelmente aflita, Rose sorriu aliviada para ele que correspondeu sob o ombro de Esme. Já Alice começou a tagarelar...

-Eu tentei avisa-los, mas estava em Port Angeles. – Ela suspirou olhando ao redor. - Tentamos penetrar o escudo, mas nada funcionou.

-Ela tem o sangue de Nessie? – Edward perguntou acalmando Esme.

-Felizmente não, Nessie conseguiu tirar dela quando se libertou. – Alice respondeu com um suspiro. – Pode usar seu escudo em paz agora, Bellinha. – Sorriu forçadamente e olhou para Edward, claramente falando que o dom dele estava a ativa.

-Quem você exorcizou? – Edward me perguntou intrigado.

-Eu exorcizei a mãe de Emily. – Suspirei e ele me olhou ainda mais intrigado. – A bruxa é Emily Johnson. – Os dois me olharam.

-Não brinca! – Emmett apareceu observando os corpos ao redor. – A casa está pegando fogo. – Apontou para o imóvel onde eles se escondiam, olhei sobre o ombro.

-Falando em casa... Eu gostaria de ir para a minha. – Fechei os olhos cansada.

Três horas depois...

Jacob P.O.V

Nessie se virou na cama e bateu em mim, ela abriu os olhos confusa e me viu sentado ao lado dela. Eu ainda não sabia o que pensar, apenas fiquei aqui a olhando dormi para tentar ver uma luz...

-Por que está aqui?

-Por que não me contou? – Perguntei em voz baixa desviando a pergunta dela.

Ela ficou em silêncio, me encarando mais acordada. Se virou de barriga para cima e suspirou encarando o teto.

-Por que contaria? – Rebateu sem me olhar.

Pensei nisso por um momento, ela se recusava a ser minha namorada, recusava meu instinto mais primitivo que dizia que ela minha alma gêmea, e não parecia confiar em qualquer um.

-Você iria me contar um dia?

-Não. – Ao menos ela é sincera.

-Bem, isso é ruim, já que agora eu sei sobre Andrew. – Ela suspirou ainda sem me olhar.

-Eu não sei o que te dizer sobre isso. – Murmurou dando uma risada incrédula sob a respiração.

-Que tal começar me contando a historia?

-Por que raios eu faria isso?

-Por que estou apaixonado por você, isso implica em me importa com o que você se importa e sempre estar lá pra ajuda-la. – Ela olhou para o teto reflexivamente.

-Você quer a verdade? – Ela perguntou em tom baixo como se tivesse medo da resposta.

Pensei sobre suas ações, tinha algo assustador ali, eu sabia disso há muito tempo. Tentei não força-la a contar nada, eu queria ganhar sua confiança...

-Sim. – Respondi com toda a honestidade.

-É uma longa historia começa com um namoro e termina comigo sendo transformada. – Murmurou brincando com a coxa.

Eu não respondi nada, só fiquei pensando em como aquilo poderia estar interligado...

-Eu tive Andrew com quatorze anos, seu pai e eu havíamos terminado há algum tempo. – Suspirou. – Ele teve que voltar para a Inglaterra com a família, por isso terminamos. Ele nunca soube que era pai e eu prefiro que nunca saiba. Eu...

-Nessie. – Interrompi-a sentindo um nó enorme na garganta. – Eu não quero saber como você foi ter um filho, ou como foi transformada, nunca me importei com isso. – Olhei para ela. – Quero que me conte sobre seu filho, como ele é, onde esta...?

Pela primeira vez ela me olhou.

-Andrew está em Chicago, os pais adotivos conseguiram ter um filho biológico e o devolveram para o orfanato. – Ela suspirou tremula. – Ele é a coisa mais linda que eu já vi no mundo, você não faz ideia de quantas vezes eu quis tira-lo de lá, mas... – Seus olhos se encheram de lagrimas -... Que vida eu daria a ele?

-Como ele é? – Perguntei tentando distrai-la da própria dor.

-Ele tem a cor do meus cabelos e olhos azuis. – Sorriu suspirando. – É canhoto, aprendeu a andar bem rápido, é um verdadeiro peste que dá trabalho a todo pessoal do orfanato. – Me olhou. – Eu fui voluntaria lá, Bella também me acompanhou para caso me descontrolasse ou algo assim.

-E ela não se descontrolaria? – Perguntei intrigado.

-Bella tem um bom controle, exceto no sexo, eu perdi a conta de quantos ela matou enquanto tentava ver estrelas. Mas ela foi quem ficou um mês se segurando, isso mexe com o controle de uma pessoa.

-É uma boa coisa que eu ser um vampiro e já está morto. – Ambos olhamos para a porta, Edward e Bella estava parados na porta.

-É bom saber que você fofoca sobre mim pelas minhas costas. – Bella sorriu entrando no quarto e se sentando na ponta da cama. – Como você está?

-Clark já sequestrou Andrew. – Nessie retrucou, Bella acenou com a cabeça.

-Quem é Clark de qualquer maneira? – Perguntei intrigado.

-Um dos conhecidos delas. – Edward respondeu. – E depois de sequestrar o garoto, o que você fará?

-Eu não faço ideia. – Nessie suspirou, Edward olhou a janela pensativo.

-Acho que posso dar um jeito. – Ele respondeu maquinando algo. – Mas ele não pode ficar aqui em Forks, é perigoso demais.

-Eu sei. – Nessie soltou um muxoxo. – Como está Victoria? – Perguntou hesitante. Percebi o breve olhar entre Bella e Edward, eles tinham ficado cuidando de toda a confusão, enquanto eu cuidava de Nessie.

Quando saímos do campo de luta, eu estava ferido, Nessie mancava, e se curava ao mesmo tempo, e Victoria gritava enlouquecidamente nos braços de Edward.

Alec havia mordido Victoria.

Victoria seria uma vampira dentro de três dias.

-Está na casa do Riley. – Bella respondeu dando um sorriso amarelo. – Os gritos dela são assustadores. – Comentou mordendo os lábios, Edward colocou a mão em seu ombro em sinal de apoio.

Eu fiquei um pouco surpreso pela reação tão calma de Edward, Jane me explicou o quão dolorosa é a transformação. Todo vampiro fica desconfortável só de pensar sobre ela, imagina ter que ouvir os pensamentos deles?

-Bem, nós devemos deixa-la descansar. – Bella suspirou concordando com Edward. – Jake cuidará de você, Nessie. - Surpreendentemente Nessie não protestou.

Depois que os dois sairam, caímos em silêncio por um momento.

-Andrew adora quebra cabeças, sabia? – Nessie falou de repente, eu olhei um tanto atordoado, ela não precisa continuar a falar, mas escolheu continuar. Quase sorri para ela, quase.

Edward P.O.V

-O que está pensando em fazer? – Bella perguntou quando entramos em seu quarto.

-Seu pai protegeria a criança, talvez ele pudesse manda-lo para o mesmo lugar que mandou Peter e Layla. –Ela me olhou séria de repente.

-Você sabe onde estão? – Neguei com a cabeça.

-Seria perigoso você saber. – Retruquei, ela estreito os olhos. – Isso é assunto de seu pai, não posso simplesmente contar algo assim e entregar um segredo dele.

-Tudo bem... – Suspirou e passou a mão pelos cabelos. – Eu estou um nojo. – Reclamou fazendo uma careta.

-Me parece muito bem. – Retruquei passando por ela.

-Ok... – Riu sarcástica. – Estou coberta de terra, sangue e suor e você acha que estou bem? – Andou em direção ao banheiro, ri em voz baixa com sua revolta.

-É a verdade. – Dei de ombros, ela me parecia selvagem daquele jeito, estava bem atraente para os meus instintos primitivos.

Ouvi um pigarreio atrás de mim, me virei, Bella estava parada na porta do banheiro me olhando engraçado.

-O que vai acontecer com Emily? – Perguntou hesitante. – A mãe é dos Solaris e tudo mais...

-A mãe de Emily te ajudou e está livre de demônios, acredito que Emily, como a escolhida para lidera o coven, irá ter uma vantagem com os Voltutis, já que o clã da sua avó é aliada deles.

-E o que você vai fazer? Você não queria a informação sem motivo e meu pai ainda não tem meu sangue para dar a Madeleine.

-Mas terá em breve, é sempre bom saber das coisas antes. – Dei de ombros.

– Que utilidade Emily teria para você de qualquer maneira?

-É sempre bom ter bruxas que gostam de você. – Dei de ombros, ela me olhou por um instante e então pareceu entender algo.

-Você quer seduzi-la? – Sorri para sua pergunta.

-Por que acha isso?

-É o único solteiro dos Cullen, automaticamente é o único em que ela estaria interessada, Emily é muito certinha para pensar no homem de outra. – Cruzou os braços.

-Eu sou seu homem nesse momento. - Rebati me fazendo de desentedio.

-Você não era nada meu há meses atrás, quando ela se interessou, e muito, por você. - Dei de ombros. – Então?

-Então o que? – Ergui a sobrancelha, ela me olhou irritada.

-É isso que pretende fazer com Emily?

-Eu não sei, Carlisle me dará as ordens depois, minha cara. – Sorri divertido para ela. – Por quê? Ciúmes? – Ergui as sobrancelhas.

-Eu não me incomodaria. – Retrucou venenosamente, parei a sua frente antes que ela pudesse bufar.

-Assim me sinto ofendido. – Comentei me inclinando.

-Sério? Sinto muito. – Respondeu falsamente pesarosa.

-Eu sei de uma maneira de me recompensar. – A puxei para mim e a beijei.

Eu aprofundei o beijo afundando uma de minhas mãos em seu cabelo enquanto a outra se arrastou pelas suas costas até chegar a sua cintura, onde pude penetrar sua blusa e sentir sua pele quente.

Nessas horas fico um tanto irritado por morar em uma cidade fria, que nos obriga a vestir varias camadas de roupas para se passar por humanos. Felizmente, eu consegui a livrar das camadas desnecessárias de blusas. Já Bella teve que aprender a tirar minhas roupas sem rasga-las, levou quase uma semana inteira, mas ela conseguiu.

Eu tinha feito minha missão ensina-la a ter autocontrole no sexo, dessa forma ela encontraria prazer maior.

Agarrei suas coxas e a ergui no colo, eu ainda usava calças e elas estavam se mostrando extremamente desconfortáveis nesse momento. Joguei-a na cama de qualquer jeito para tirar aquela maldita peça de roupa, mas parei por um instante para olhar seus maravilhosos seios nus e túmidos se mexendo rapidamente por causa da sua respiração ofegante.

Num ritmo de vai e vem...

-Pelo o amor de Deus! – Ela exclamou agarrando o meu cinto bruscamente, seus olhos já se encontravam no tom azul claro, os meus provavelmente estavam negros...

Ela puxou meu cinto violentamente e o jogou para o lado, a beijei novamente, enquanto nos arrastávamos sobre a cama. Minhas mãos subiram pelo seu corpo apreciando cada curva que tinha. Em uma palavra, Bella era perfeita, tudo parecia se encaixava em minhas mãos...

Desci para seu pescoço, sentindo o gosto de sua pele deixando meus dentes roçarem sua pele sensível, sorri ao ouvir seu gemido baixo.

Minha mão trabalhou em sua calça a invadindo rapidamente e indo para dentro de sua calcinha. Ela moveu o quadril em direção minha mão imediatamente enquanto jogava a cabeça para trás gemendo. Descobri que ela não me atacaria se eu estivesse lhe dando prazer, ela ficaria perdida em sua própria luxuria até que eu parasse e então...

Bem, era nesse momento em que ela perdia o controle.

Era delicioso.

Ela gemeu em protesto quando parei meus movimentos e tirei minha mão. O rosnado brotou de seu peito segundos depois, sorri ao me ver embaixo dela com seus dentes a poucos centímetros de minha garganta, a qual eu segurava com certa força. Senti sua umidade escorrendo sobre meu estomago e isso apenas me deixou mais dolorosamente consciente de que ela estava totalmente nua em cima de mim.

Me sentei e deixei-a escorregar até em cima do meu membro endurecido ainda dentro da maldita calça, eu ainda a segurava pela mandíbula e ela estava com os olhos fechados sentindo a sensação da fricção que fez o meu movimento. Ela rapidamente moveu o quadril sobre minha calça e eu fechei os olhos por um instante.

Eu precisava dela agora.

Em um movimento rápido, me ergui da cama e tirei as ultimas peças de roupas que eu precisava. Bella só teve tempo de se ergue nos cotovelos antes que eu me encaixasse entre suas cochas e a penetrasse.

Rosnei ao sentir o calor me envolvendo.

Senti suas unhas se cravando em minhas costas, elas causavam dor, mas não chegavam a penetrar minha pele - só faziam a sensação ficar ainda melhor - Desci minha boca para seus seios, enquanto ela mexia os quadris no mesmo ritmo lento que eu ditava.

Mordisquei a ponta de um seus mamilos, descendo a mão pela lateral de seu corpo até chegar a sua coxa e a puxa-la para cima de minha cintura. Ela pareceu entender, e envolveu as duas pernas ao meu redor, me fazendo enterrar mais fundo nela. Uma de suas mãos sumiu para meus cabelos me encorajando a continuar a minha pequena brincadeira em seu peito. Eu podia sentir ela se contraindo contra mim, Bella estava quase lá.

Aumentei o ritmo, ela arqueou as costas e jogou a cabeça para trás, meus olhos se focaram em seu pescoço exposto imediatamente. Ele parecia perfeitamente branco, macio e completamente tentador. Agarrei suas coxas e me afundei ainda mais nela, Bella gritou o meu nome e implorou por mais.

Sorri completamente satisfeito com sua reação. Eu estava lhe dando prazer e apenas eu podia fazer isso.

Ela era minha.

Bella agarrou meu pescoço e me puxou para um beijo bruto e rápido. Ela virou o rosto gemendo.

Uma parte de mim me lembrou que ela não era realmente minha. Isso fez minha parte irracional rugi raivoso. Eu estava lhe fazendo aquilo, ela clamava o meu nome. Era minha.

Tinha que marca-la, mostrar que estava certo... Meus olhos se focaram em pescoço, minhas presas saíram.

Bella atingiu o orgasmo naquele instante, eu não precisava mais me segurar.

Afundei meus dentes em sua carne macia e com cheiro de morangos. Parte de meu cérebro ouviu seu suspiro, percebeu que eu nunca tinha chegado a mordê-la de verda...

Gemi ao sentir o gosto de seu sangue. Acelerei meus movimentos para chegar ao meu próprio prazer. Bella engasgou, e novamente a sentir se contrair contra mim, percebi que ela estava prestes a vir novamente. Mantive o ritmo, adorando todo o calor que me envolvia, serrei o punho segurando meu próprio orgasmo.

Então, senti a tensão de suas pernas ao meu redor e eu ouvi meu nome novamente. Dei-lhe uma ultima estocada antes me liberar nela.

O prazer foi muito mais intenso que das outras vezes, seu sangue trouxe uma sensação de possessão além de trazer o prazer pelo sangue, que torna tudo muito maior.

Seu sangue era delicioso.

E eu não havia parado de toma-lo.

Me forcei a retrair minhas presas, fechei os olhos buscando o autocontrole de dois séculos. Me ergui em meus braços saindo de sua úmida entrada antes que voltasse a me excitar novamente, olhei para Bella e entendi por que não protestou quando não parei de drena-la.

Ela havia desmaiado com a falta de sangue.

Dá onde saiu a ideia de querer marca-la? Instinto animal estupido!

Nunca havia a mordido e sugado seu sangue, minhas mordidas anteriores não eram fortes o suficiente para entrar em sua pele, nem tinha minhas presas para fora...

Nunca sentirá seu sangue...

Fechei os olhos tentando me controlar ao pensar em seu gosto.

Demônios tem um cheiro floral, que mascara o verdadeiro cheiro de seu sangue, uma forma de se proteger de nós. Pois o gosto do sangue humano é aumentado em seu corpo.

Ou seja, se o sangue é bom quando humano, ele se torna uma verdadeira ambrosia quando o mesmo se torna um demônio.

Olhei para Bella, seu pescoço ainda machado com seu sangue, mas a marca da minha mordida já tinha desaparecido, senti uma leve raiva por não poder ver minha mordida nela.

Franzi o cenho e esfreguei meu rosto contra minhas mãos, tentando obter controle.

O gosto dela era divino... Eu quase não pude parar.

O que era isso?

Alice P.O.V

Pisquei abrindo um sorriso, tentei resistir, mas acabei gargalhando.

-O que foi? – Esme perguntou me olhando intrigada.

-Você estava certa, Esme.

-Eu sempre estou. – Retrucou olhando para o seu livro. – Mas sobre o que exatamente estou certa dessa vez?

-Edward mordeu Bella.

-É o que se costumava fazer durante... – Ela se interrompeu e ergueu as sobrancelhas. – Mordeu com presas e tudo, você quer dizer?

Tinha uma diferença entre morde com as presas e sem as presas para os vampiros. Quando se é sem presas, é uma mordida, apenas isso, algo para se excitar como os humanos fazem. Mas quando se morde com as presas ha varias coisas que podemos significar: como transforma alguém vampiro, se alimentar...

Mas em nosso mundo a marca da mordida também é uma forma de marca os humanos como nossos. É um instinto que os Volturis usaram para estabelecer a lei de que quando o humano é marcado, nenhum outro vampiro pode tocar.

Isso evita bastantes brigas.

-Ela até desmaiou por falta de sangue. – Esme pareceu ainda mais surpresa.

-E isso fica mais interessante... – Comentou pensativa. - Para ele morde-la assim...

-Tem algo mais? – Perguntei curiosa, ela abriu a boca para falar, mas...

O som de algo se quebrando interrompeu minha pergunta. Esme e eu olhamos para o som em alerta, algo havia sido jogado contra a parede em algum lugar do prédio.

Arregalei os olhos ao ouvir Emmett praguejando, Rose retrucando e o som de corpos se chocando.

Porra! Eles estão brigando?

Esme e eu corremos para a origem do som, descemos até o primeiro andar e paramos chocadas na porta.

Jasper, meu Jasper, estava com o braço sangrando, Rose estava na frente dele olhando culpadamente para Emmett, que, bem, estava realmente descontrolado.

-Você! – Apontou para mim. – Você sabia disso? – Antes que pudesse reagir, ele exclamou. – Claro que sim! Você sempre sabe!

-O que está acontecendo aqui? – Carlisle perguntou atrás de nós, ele estava com o cenho franzido olhando para o cômodo arruinado.

-Esconderam de mim que sabiam onde Boreas estava! – Emmmett rosnou fazendo um buraco na parede com um único murro.

Um silêncio caiu na sala.

Boreas? Oh deuses! Me arrepiava só de pensar o que ele fez conosco.

Aquele lobisomem continuava voltando para nossas vidas, nos infernizando. Ele abusou e violentou de Rose e quase matou Esme.

Emmett era o que mais o odiava, simplesmente por que ele atingiu as duas mulheres de extremam importância na vida dele. Rose, o amor de sua vida, e Esme, sua criadora.

Ele nunca veio atrás de mim, pois sabia que era perigoso tentar algo comigo...

Quando ele pegou Bella, todos nós ficamos transtornados. Algo que percebi naquele dia é que todos considerávamos Bella da família, até Carlisle ficou chateado com a situação.

-Entrem. – Carlisle foi o primeiro a falar, empurrando Esme e eu para dentro delicadamente.

Ele fechou a porta atrás de nós enquanto eu me ajoelhava ao lado de Jasper, que já estava curado.

-Emmett... – Rose tentou falar.

-Calada, mulher! – Emmett exclamou de costas, eu podia dizer que ele se controlava para não voar nela.

Vampiros tinham esse instinto primitivo de usar a violência, nós todos éramos de uma época que era desonrado bater em uma mulher. Por isso não praticávamos isso muito...

Me lembro que a ultima vez que Emmett ficou furioso com Rose. Foi quando ela se recusou a falar sobre sua família. Uma semana depois eles fizeram as pazes.

Foi um breve e negro período na nossa casa durante aquele ano de 1923. O que poucos sabiam, ao menos até recentemente, é que Emmett descobriu a verdade sobre Rose através de Edward. Por isso o grandalhão se conformou e fez as pazes com a esposa.

Naquela briga houve sangue, moveis quebrados, muitas palavras de baixo calão em vários idiomas e só acabou quando Edward apartou, Carlisle e Esme estavam em algum lugar na Escócia fazendo a vigésima quarta lua de mel. Quando os dois fizeram as pazes, prometeram nunca mais fazer aquilo...

A promessa durou três anos.

Mas não ficou tão feio quanto em 1923, não até agora...

-Emmett, por que você atacou meu marido? – Perguntei estreitando os olhos.

-Ele sabe! – Emmett exclamou.

Ok, respirei fundo, Alice, ele tem uma boa razão.

-Jasper? – Carlisle perguntou inquisitivo, aquela informação sobre Boreas era novidade para ele?

-Rose pediu. – Meu marido disse. – Queria ver se levava a algum lugar a informação dele ser dono de uma empresa.

-E?

-Talvez ele apareça em um evento em Nova York mês que vem.

-Então você não sabe onde ele está? – Emmett o olhou revoltado. – Mas você disse a ela!

-Eu disse que sabia onde ele estaria, então você arrebentou a porta e os moveis voaram para cima de mim junto das suas presas. – Jasper o olhou carrancudo. – Agora se acalme! – Bufou e Emmett desfez a carranca imediatamente, meu marido controlou suas emoções, isso era obvio.

-Que bela bagunça. – Todos olharam para a varanda, Edward estava apoiado no encosto da porta da varanda.

Estava tão absorta que nem o vi se aproximando. Seu cabelo ainda estava todo desgrenhado e os olhos estavam vermelho sangue, sinal que estava bem satisfeito com o sangue de Bella.

Edward ergueu as sobrancelhas para todos nós.

-Eu pude ouvir os pensamentos da casa dos Swan. – Comentou entrando.

-Você devia ter me fala... – Emmett brando cruzando os braços.

-Chega! - Carlisle o cortou bruscamente. – Emmett quero que você vá ajudar Rennesme com o filho.

Todos olharam para ele.

-Como? – Emmett franziu o cenho para ele.

-Nessie tem conexão sanguínea com Esme e Edward, logo seu filho também, ambos correm perigo se a bruxa colocar as mãos na inocente criança.

-Mas Boreas... – Emmett começou.

-Pode estar em um evento em Nova York mês que vem, não há nada para você fazer sobre isso no momento. – Carlisle o cortou. – Emmett, todos queremos nossa parcela de vingança com aquele lobisomem. Ele é realmente um incomodo e abusou de nossa boa vontade, você não é o único ansioso para encontra-lo.

-Sei disso, o que me incomoda é o fato de minha própria mulher manter segredo! – Apontou para Rose.

-Eu não manteria para sempre! Emmett tente entender... – Rose suspirou, pude ver os olhos dela lagrimejarem de leve.

-Calados! Eu não terminei. – Carlisle interrompeu antes que Emmett abrisse a boca. – Eu estou redistribuindo as tarefas agora.

Todos o olhamos curiosos, até mesmo Emmett.

-Acabei de me encontrar com os Volturis. – Carlisle sorriu sarcástico. – Eles vão ficar com James.

-O que? – Esme exclamou. – Não conseguimos nada dele ainda, nem mesmo Edward conseguiu algo.

-Sim, mas o general o pediu, em troca eles nos deixam ficar com Nicolas.

-Nicolas não é refém e está com Bella. – Esme cruzou os braços.

-E é inimigo dos Romenos, apesar de Bella ser uma Swan e pertence ao clã deles, seu casamento com Edward a faz ser considerada uma de nós.

-A única maneira de reverte a situação é dizer que os dois não vão se casar e isso complicaria as coisas. - Suspirei pensativa.

-O que vê?

-Decida e eu saberei. – Respondi a Esme, me sentando no chão ao lado de meu Jasper.

-Eu me sinto cercado. – Jasper comentou e voz alta, olhamos para ele. – Eu não sei vocês, mas me sinto em perigo.

-Você não é o único. – Rose disse em tom baixo, ela estava bem longe de Emmett, que estava ao lado de Edward contra a porta fechada da varanda.

-Não estão errados. – Carlisle comentou colocando as mãos no bolso casualmente e caminhando pela sala quebrada chutando um vaso quebrado pelo chão. – Os Volturis estão tentando nos eliminar através dessa guerra.

Todos o olharam tenso.

-Não é realmente uma surpresa, poderíamos esmaga-los facilmente, não importa o quão velhos sejam. – Esme comentou com as mãos na cintura. – E temos a vantagem de sermos uma família que não trai um aos outros.

-Será que não deixamos claro que não queremos isso há séculos atrás? – Rose suspirou cansada.

-Muito aconteceu de lá pra cá, erramos só Edward, Esme e eu, agora temos a adição de vocês quatro. – Carlisle comentou pensativo.

-Bem, eles estão sendo realmente discreto. – Comentei. – Não vejo nada relacionado a isso.

-Você não pode ler o pensamento deles através das visões apenas ouvi-los, são pequenas coisas, Aro deve esperar que essa guerra acabe conosco. – Carlisle retrucou. – Nossos membros estão sendo mandados para as missões mais perigosas, caso não notarão.

-Mesmo que eu casasse com Bella, eles não parariam, não é mesmo? – Edward perguntou.

-Fortaleceria a aliança, eles ainda nos ajudariam, mas isso não significa que não tentariam facilitar o caminho para a nossa extinção.– Carlisle respondeu. – Por isso vamos mudar as coisas e nos proteger, ninguém pode saber sobre Nessie ser descendente direta de Esme e Edward. Por isso, Emmett ,você vai cuidar dela e do seu filho em Chicago, os levar para um lugar seguro, onde Charlie Swan ainda vai apontar.

-Confiamos tanto assim no Swan?

-Ainda temos a filha dele sob nossa guarda. – Carlisle deu de ombros. – Ele nos deve um favor, além do mais não sabe a conexão de Nessie com Edward e Esme.

-E sobre Boreas? – Emmett  perguntou mal humorado.

-Jasper cuidará isso, de todos nós, é ele quem não teve a mulher como vitima, ele será mais paciente... – Carlisle olhou para Jasper. – Saberá planejar um assassinato falso e cuidar para que ninguém venha o procurar durante seus próximos séculos de sofrimento.

-Tenho um mês, terei certeza de que ele esteja no evento em Nova York. – Jasper concordou.

-Edward, como lhe disse antes, quero que se aproxime da bruxa: Emily. – Todos olharam para Carlisle , Edward o olhou inexpressivo. – Você era o único solteiro quando chegaram naquela escola, ela provavelmente tem algum impulso feminino por você.

Não pude deixar de notar que Carlisle usou o tempo passado ao se referir ao estado civil de Edward.

-Sim, ela tem. – Edward concordou, me olhando de lado. – E odeia Bella, na verdade, ela sempre suspeitou que Bella era um demônio, agora como bruxa isso provavelmente ficou pouco pior.

-Bella nunca gostou dela. – Comentei estreitando os olhos. – E agora que Emily irá assumir o lugar que foi de Renné no coven...

-Bella é tão sangue frio quanto qualquer um aqui na sala, ela deixou isso bem claro quando assistiu a tortura que fizemos aos lobisomens. – Carlisle comentou com um sorriso. – Além do mais, um pouco de drama fará bem a Edward.

-O que te faz acreditar que Bella se importa? – Edward retrucou cruzando os braços.

-Oh por favor... – Esme revirou os olhos e Edward ergueu os olhos dela tensamente, seja lá o que ela pensou, o pegou desprevenido.

-O que pretende com  toda essa coisa de Emily gostar de Edward? – Rose perguntou.

-Se Emily se importa com Edward não fará nada contra ele, ao menos irá hesitar, além disso, ela será líder do coven, somente os bruxos mais poderosos são escolhidos para essa posição. – Então se virou para nós. - Rose, você cuidará de todas as missões que nossos membros estão fazendo junto com Esme, não quero mais perdas. – Carlisle suspirou. – Alice...

-Já sei. – Exclamei. – Olho no futuro.

-E limpe a cidade. – Ergui a sobrancelha nem um pouco surpresa com a tarefa. – Estamos na cidade, cercados de inimigos, não gosto dessa situação.

-Falando da nossa situação: ela não é boa. – Jasper bufou ao meu lado. – Ficaremos sem James para saber mais sobre os demônios. No instante que souber a verdade Victoria irá querer vingança e irá para os Volturis quando Riley falar a suposta verdade...

-Estamos longe dos Volturis e temos Carmem lá.– Edward rebateu.

-Assim como Demetrio aqui. – Jasper respondeu.

 –Somos mais fortes, podemos prever o futuro, ler pensamentos, controlar mentes ou hipnotizar ninguém pode tentar nos trair. Se nos atacar diretamente, ainda temos ou vão se queimados vivos, desmembrados ou simplesmente sentirem medo. – Edward nos olhou.  – E ainda temos uma vantagem sobre eles, e não vamos morrer tão fácil assim.

-Que vantagem? – Carlisle perguntou erguendo a sobrancelha. – Quer dizer, temos todos nossos dons, mas um plano elaborado feito por um mente com dois mil anos de experiência pode nos matar.

-Como Aro não lê nossas mentes? – Edward retrucou .

-Bella.

-Além do mais ainda Thomas está sendo mantido prisioneiro por Bella. – Esme falou. – Estamos em uma situação complicada, ainda assim, vamos passar por isso, sempre o fazemos.

-Eu admiro seu otimismo, mãe. – Emmett comentou sarcástico. – Ai! – Exclamou quando Esme o atingiu com um chicote de fogo.

-Respeito! – Rosnou para ele. – Nós somos uma família, não zombe.

-Então tudo se resume a Bella? – Jasper perguntou interrompendo Emmett antes que ele abrisse a boca e acabasse semi-tostado no carpete.

-Ela é neutra. – Retruquei a meu marido.

-Ainda é uma Swan.

-Mas...

-Ele tem razão sobre isso, Alice. – Carlisle me cortou. – Não podemos simplesmente contar com ela. Bella pode não pertencer ninguém em seu coração, mas seu sangue dita seu lado, além do mais, ela nunca se viraria contra a própria família.

-Ah não ser que a família fique de nosso lado. – Esme falou pensativa. – Charlie já fez isso, não é mesmo? Quando fez o acordo com Edward para fingir que é noivo de Bella.

-O que eu disse? Temos nossas cartas também. – Edward comentou convencido. – Além disso, temos algo em comum com Bella: Nessie. Ela não se viraria contra a família, em teoria também somos da família.

-Isso é complicado demais para minha cabeça. – Emmett suspirou levemente confuso. – Nessie vai acabar casando com Jake, um Volturi, lembram?

-Mas nós vamos proteger o filho dela, não é mesmo? – Esme o olhou estreitando os olhos, Emmett suspirando acenando com a cabeça.

-Bem, temos que virar o jogo e nos deixar em uma posição privilegiada. – Carlisle sorriu. – Acho que todos percebem o porquê de cada uma de suas tarefas, não?

 Boreas preso nos será uma fonte de divertimento e informação, Emily será uma bruxa incapaz de nos fazer mal sendo que o coven dela tem um acordo com os Volturis. Esme cuidará das missões com mãos de ferro, Rose treinará os membros com seu dom de hipnose e os fará mais forte ainda. Emmett protegerá nosso elo mais fraco com sua força e eu, a vidente, irei limpar a cidade dos demônios.

Eu podia ver que o principio básico de Carlisle era a proteção de sua família. Todos nós concordávamos que não queríamos destruir os Volturis e assumir seu lugar, por isso não faríamos nada contra a eles a não ser que fizessem algo diretamente contra nós.

O que não aconteceria, já que éramos aliados e se fossemos nos destruir seria discretamente sem um real movimento.

Ao menos é o que eu vejo nesse momento...

Carmem P.O.V

Me pergunto se James irá falar algo aos Volturis, ele é um demônio poderoso, quem o convocou realmente queria causar barulho.

Tanta coisa anda acontecendo nessa cidadezinha... Infelizmente não é só aqui, há ataques de lobisomens e demônios por todos os lugares do planeta.

Forks vai se torna o palco de uma chacina nesse ritmo, as coisas estão ficando fora de controle. Algumas criaturas estão felizes em se livra do controle dos Volturis, não se esconder quase soa como algo bom. Criaturas tolas... Não sabem que humanos destroem o que não conhecem? Ainda mais criaturas que poderiam mata-los tão facilmente?

Seria começar a terceira guerra mundial!

De qualquer maneira, eu estou absolutamente surpresa pelo fato da filha do antigo líder Solari estar viva. Depois de descobri o que andavam fazendo, Aro ordenou que exterminassem a organização e foi isso que aconteceu. Mas Carlisle me falou que Alec estava com ela, então ele deve tê-la enchido de ódio pelos Cullen... Essa parte era interessante, ela estava cheia de ódio pelos Cullen...

Será que Alec é realmente um traidor? E se no fim das contas... Fosse tudo armação de Aro? Isso é a cara dele.

Caminhei pelos corredores refletindo que em pouco tempo tudo iria mudar, eu não sei como, mas Ariadne e Selene me alertaram. Quando perguntei o por que elas disseram que não sabiam o que exatamente aconteceria, mas acho que é mentira.

Elas sabem, tem que saber, senão não estariam fazendo tudo isso!

Alex e Neal saíram do escritório do general de repente, passaram por mim com um rápido cumprimento sério. Olhei sobre o ombro estreitando os olhos, pensei por um rápido momento e comecei a segui-los.

Esses dois poderiam me ser uteis para adquirir mais informações.

Observei suas usuais roupas de cores escuras sumirem pelas escadas do subterrâneo.

Parei quatro andares acima dos dois, eles estavam em um nível do subterrâneo muito obscuro da propriedade Cullen, o que aprontavam...?

Os gritos cortaram meu pensamento.

Gritos de mulher.

O que os Volturis estão escondendo?

Tradução: Va te faire foutre, trouduc - Vai se danar, idiota!



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Notas finais do capítulo

O que acharam? Esse capitulo estava enorme, falara sério!
Maça ;*



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