Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 29
Betrayals


Notas iniciais do capítulo

Capa nova, capitulo novo...



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Capitulo 29

Emmett P.O.V

-ONDE ELA ESTÁ? – Edward rosnou colocando Alice contra a parede. – Pare com isso! Eu odeio Space girl! – Reclamou fazendo uma careta.

-Como eu disse: não sei. – Ela suspirou empurrando ele para o lado, Edward fez outro buraco na parede tamanha era a raiva.

Esse era o que? O trigésimo quarto buraco na ultima meia hora?

-Deixe-me ver se entendi... Bella foi embora, deixou Nessie ter como hospede um lobisomem inimigo e ainda te chantageou? – Perguntei só pra por lenha na fogueira.

-Tenho certeza que não esqueceu nada, Emmett. – Ele respondeu sarcástico.

Eu sou o fã numero 1 dela!

-Ah! Vai tomar no...

-Ok, não precisa ser rude. – Eu o cortei. – Por que eu estou aqui de qualquer maneira? Eu tenho um lobisomem para rastrear, sabe? – Cruzei os braços fazendo careta.

-Temos a eternidade, Emmett, e isso é bastante tempo. – Uma voz falou atrás de nós.

Estreitei os olhos, por que raios eu não a ouvi se aproximar?

Aliais quem é ela?

Analisei rapidamente, morena, alta, olhos perfeitamente vermelhos...

Edward? Queira fazer o que faz de melhor!

-O que faz aqui Ariadne? – Edward perguntou mais educado. Alice olhou para ela analítica, como se nunca tivesse a visto na vida.

Alice nunca a tinha visto, mas Edward a conhecia? Isso podia significar que essa vampira era parte dos negócios obscuros de Edward.

Todos nós tínhamos, mas Edward fazia coisas que nem mesmo Carlisle sabia.

Então se o ruivo quisesse nos trair estaríamos ferrados, coisa chata né? Mas isso é impossível, de qualquer maneira. Nos vemos como uma família, e família não se trai.

-Eu estava passando, decidi fazer uma visita. – Ela sorriu simpaticamente e analisou rapidamente Alice e eu. – Acredito que não nos conhecemos pessoalmente, apesar de ouvido bastante sobre vocês.

-Tudo mentira, tenho certeza. – Alice recrutou com um sorriso um tanto exagerado, obviamente tudo falso.

-Diga apenas por você. – Rebati cruzando os braços e mexendo as sobrancelhas.

-Então vocês não são os perseguidores do grupo? – Ela perguntou erguendo a cabeça. – Rastreamento de inimigos, infiltração e ataque, são esses seus principais talentos, certo?

Franzi o cenho para Edward, ele havia falado com ela sobre esse tipo de coisa?

-O que quer? – Edward perguntou mal humorado.

-Nada demais, só conversa. – Ela disse se apoiando na parede.

-Sobre?

-Sobre uma empresa, na qual quero investir, gostaria de saber se é uma boa escolha. – Ela olhou para Alice. – Vai ajudar?

-Por que faria isso? – Ariadne só olhou para Edward, havia algo sobre ela... Era muito calma, como se não temesse nada.

Quando um vampiro age assim perto de nós é por que não tem o que temer mesmo.

Afinal não ter medo de um telepata que pode te imobilizar, uma vidente que pode prever cada passo seu e de um vampiro que pode te estraçalhar muito mais rápido do que os outros é coisa grande.

Sim, eu tenho o dom da força. Sou fodão quando quero.

De qualquer maneira, se ela não tem medo de nós...

-Alice, só faça o que ela pediu. – Edward estava tenso, isso não é um bom sinal.

Ele só me olhou de lado, oh-oh, isso é um péssimo sinal.

-Qual é a...? – Alice começou a pergunta, mas Ariadne a cortou.

-Lico, uma das maiores empresas de segurança do mundo. – Alice deixou os olhos perderem foco e depois franziu o cenho.

-Eu não posso vê-los.

-Oh? – Ariadne erguendo as sobrancelhas não parecendo surpresa. – Que pena, então... Pergunta: o que podem me dizer sobre a família Karlec?

Olhei-a por alguns segundos, eu sinceramente consegui entender a jogada silenciosa dela.

Era só ler nas entrelinhas.

Ariadne nos deu uma informação sobre uma empresa de segurança que Alice não pode ver, o que significa que o destino da empresa está nas mãos de lobisomens.

Ao menos deve ser dos lobisomens, os transfiguradores também podem se esconder de Alice, mas apenas por que tem ligação com os lobisomens, eu não sei bem qual.

Eu devia pesquisar sobre isso... Er... Nah!

De qualquer maneira, agora ela pedia algo em troca, a informação sobre as bruxas.

-Seus bruxos querendo fechar um coven com uma bruxa na cidade.

-Bruxa?

-Alguém poderoso, mas você já sabe disso. – Edward cruzou os braços, Ariadne deu de ombros como se dissesse "O que posso fazer?". – Onde?

Ariadne apenas sorriu para ele, provavelmente dando a resposta mentalmente, Alice arregalou os olhos de repente.

-Foi um prazer conhecer vocês, Emmett e Alice. – Ela acenou para nós dois. – Edward. – Cumprimentou e então sumiu de nossas vistas.

-O que eu estou perdendo? – Perguntei curioso.

-Edward sabe onde Bella está. – Alice resmungou mal humorada. – Ela vai voltar logo, não precisa ir lá!

-Eu não a quero por ai, é perigoso demais para ela, será que consegue entender isso? – Edward recrutou mal humorado. – Quero que lide com a situação na casa dos Swan, não quero aquele lobisomem se transformando perto de Nessie. – Acrescentou para mim.

-Isso foi estranhamente paternal de sua parte. – Comentei. – Soa como se tivesse coração.

-Hilário. – Resmungou estreitando os olhos.

-Tudo bem, eu fico de olho na situação dos Swan, apenas por que é divertido Nessie dar patadas no Jake. – Comecei a rir. – Entenderam? Patadas?

Edward me olhou cético, mas eu vi um indicio de sorriso, então foi embora, era um pouco irritante o quão rápido ele poderia se mover quando queria.

-Se mata, Emmett. – Alice me olhou risonha.

-Já fizeram isso, fadinha. – Pisquei para ela. – E você vai comigo na casa dos Swan.

-Por quê? – Ela franziu o cenho, enquanto eu agarrava o braço dela.

-Eu tenho cara de babá? Preciso de uma parceira para torna as coisas divertidas, além do mais, tem lobisomens, vampiros e demônios, quer coisa melhor para quebrar o tédio?

Ela bufou e me acompanhou.

Nessie P.O.V

-Estou feliz por ter se recuperado. – Sorri entregando a caneca chá para Nicolas.

-Obrigado. – Sorriu sincero. – Então você o achou no estacionamento e se sentiu solidaria?

-Algo assim, mas eu não sabia que ele tinha feito isso com você. – Sorri pesarosa. - Eu pensei em bater nele, quebrar alguns ossos e tal, mas a maneira como ele pareceu perdido... Você acredita que de todas as criaturas ele se sente mais confortável com Jane? – Nicolas me olhou de repente.

Hum... Reação interessante.

-Jane? A vampira que gostar de causar dor? – Ergue as sobrancelhas cético, o analisei rapidamente, eu tenho certeza que tem algo entre Nicolas e Jane.

Mas o que?

-Ele a viu e a agarrou... – Tomei um gole de sangue de propósito, Nicolas olhou para sua caneca quieto, estreitei os olhos. -... Pela cintura. Thomas estava realmente assustado e se recusou a deixar ela se afastar, então, com uma carranca assustadora, ela o acompanhou até o quarto e está lá até agora.

-Sério? – Ele pareceu perturbado, sorri olhei para o teto, Jane estava ouvindo, certeza. – Como vai as coisas entre você e Jake? – Mudou de assunto rapidamente.

-Normal.

-Normal? – Ergueu a sobrancelha cético

-Ok, as coisas estão tensas. – Fiz beicinho. – É irritante! Quanto mais luto, mais sinto esse calor dentro de mim, essa necessidade... – Estremeci só de pensar. - Está ficando difícil para mim, tenho necessidades, sabe?

-Sei... – Ele me olhou analítico. – Por que você simplesmente não tenta?

-É complicado. – Desviei o olhar.

-Essa é a graça da vida, Nessie. – Ele retrucou, olhei para ele em duvida. – O prazer está em conquistar o final feliz, por isso existe algum conflito. É como esses conto de fadas que contam hoje em dia.

-Eu gostaria que isso fosse um conto de fadas. – Suspirei tomando um gole de sangue. – Ao menos eu poderia garantir o meu "feliz para sempre", exceto que não é pra sempre.

-Será? – Dei uma risada.

-Eu sei que o "para sempre" vale para vocês, criaturas imortais, mas eu não sou imortal.

-Jake é. – Arregalei os olhos.

-O que?

-Ele é transfigurador, Nessie, é humano, mas... – Ele colocou a caneca em cima do balcão. -... Bem, quando se sofre a impressão, normalmente ela é humana, depois de um tempo começa a envelhecer, então o transfigurador desiste de sua metamorfose e se torna completamente humano. Jake não vai envelhecer até escolher nunca mais se transforma.

-Por isso a aparência dele é...

-Sim, por isso ele não parece ter 17 anos, mas você também não parece, diria que tem 19 ou algo assim.

-É uma coisa de demônio, Bella parece ter vinte e pouco por exemplo. – Dei de ombros.

-Sei disso, Nessie. – Revirei os olhos para o sabichão.

-Muita fofoca para por em dia? – Jane perguntou aparecendo na porta e indo em direção a geladeira, olhei rapidamente para Nicolas, ele parecia indiferente.

Droga! Por que eu fui desviar o olhar? Aposto que ele deixou a mascara cair por dois segundos.

-É bom vê-la novamente Jane, soube que arranjou um filhote para cuidar. – Nicolas comentou casualmente.

Jane se virou com uma garrafa de sangue na mão.

-Thomas estava na prisão Volturi comigo, é curioso o modo como parece dependente de mim nesse momento. – Ela pegou um copo e o encheu. – Ainda mais sendo lobisomem.

-Vampiros e lobisomens não são inimigos naturais, mas você já sabe disso. – Ele estreitou os olhos para ela.

-Nesse momento nós somos. – Ela sorriu venenosamente, credo! – De qualquer maneira, eu soube que ele lhe tirou o controle do bando...

-Os lobos ficaram confusos sobre quem seguir, no fim eu ganhei, Thomas ficou furioso e me empurrou no morro, os lobos se espalharam depois disso.

-E você terminou extremamente ferido. – Ela acrescentou, Jane gosta de dor, fatão... – De qualquer maneira, o que está fazendo Nessie? – Perguntou olhando meu notebook aberto em cima do balcão.

-Estou olhando o leilão on-line, esperando que mamãe compre esse quadro. – Apontei na tela.

-Ele me lembra de quando era humana. – Olhei para Jane, ela parecia perdida em memórias, então ela franziu o cenho e se endireitou rapidamente, como se tivesse percebido algo.

-Sério, Jane? Sente saudades de quando era humana? – Ela ergueu os olhos para Nicolas, ele parecia um lobo agora.

Era algo no olhar dele, tinha algo arrepiante ali... Eu não sei explicar.

-Nunca parei para pensar o suficiente sobre minha vida humana para sentir saudades, é inútil para mim. – Ela respondeu acidamente. – Olá, Cullens. – Acrescentou quando a porta da cozinha se abriu.

Olhei sobre o ombro.

Alice e Emmett estavam lá.

-Cadê papi? – Perguntei desconfiada.

-Foi dar uma de perseguido com Bella. – Emmett deu de ombros.

-Ele nunca vai achá-la.

-Ele é um vampiro, ruiva, e lê mentes, Bella pode ser boa, mas não tão boa. – Emmett se sentou na mesa. – Jane, sangue aqui. – Estralou os dedos, ela o olhou sujo. – Por favor. – Sorriu galante, ela continuo o olhando ceticamente. – Tudo bem, eu pego. – Suspirou.

-Nessie, que quadro é esse? – Alice perguntou se inclinando sobre o computador.

-Gostou? Bella vai comprá-lo para mim. – Sorri feliz.

– Não acredito. – Ela murmurou arregalando os olhos.

Rose P.O.V

-O que foi? – Perguntei quando Jasper entrou bruscamente na sala.

-Cadê Carlisle e Esme?

-Volturis. – Respondi dando ombros, me ergui ao percebe que ele estava nervoso. -O que foi?

-Alice me passou essa empresa para pesquisar.

-E?

-Pertence a Boreas. – Arregalei os olhos e senti algo gelado penetrar em minha espinha.

Boreas, o lobisomem imortal.

A criatura que seqüestrou Bella, mas antes disso fez algo bem pior...

Ele me seqüestrou, torturou e estuprou.

Emmett me salvou, foi depois disso que nós nos aproximamos e por fim iniciamos nosso relacionamento de verdade...

-Não conte a Emmett. – Jasper me olhou surpreso. – Precisamos saber onde exatamente está Boreas e então falaremos com meu marido, até lá é bom que ele se distraia.

-Tudo bem, Alice está cuidando disso. – Jasper se sentou a mesa. – O que descobriu?

-Eu estou atolada em pesquisas, tenho que verificar as bruxas da cidade, a impostora, Thomas, os Solari... – Bufei mal humorada. – É inacreditável, sabe?

-Não, eu não sei, explique-se.

-Minha ultima descoberta é a impostora. – Respondi. – Ela está por ai como Bella faz anos! Eu achei varias fotos dela em festas através das câmeras de segurança e só. Parece que ela trabalha com arte e conhece gente poderosa na Europa.

-Que tipo de gente?

-Humanos, nada a ver com o sobrenatural e isso me intriga. – Então peguei uma pasta. – Durante minha pesquisa eu acabei achando outras fotos e essas são da verdadeira Bella.

-O que ela fazia?

-Jasper, ela é uma ladra profissional.

-Eu já sabia disso. – Jasper revirou os olhos.

-Todos nós sabíamos, o que não sabíamos é a quantidade de roubo que elas fizeram. – Estendi uma lista de treze paginas. – Isso é o que se sabe que foi feito por elas, ainda tem os roubos que ninguém descobriu.

Jasper assobiou e de repente ergueu os olhos sobre um item na lista.

-Elas roubaram os asiáticos?

-Uma das duas quebrou o código de segurança projetado por um amigo meu, isso é realmente impressionante, lembro de Frank comentando isso em uma festa no ano passado. – Me inclinei na cadeira.

-Bem, ao menos nós sabemos que Bella e Nessie são ricas, milionárias na verdade. – Jasper se inclinou na cadeira. – Você está vasculhando o passado de qual das duas?

-Nessie, Edward me pediu para checar. – Suspirei. – Tem coisas chocantes aqui.

-Tipo?

-Nessie foi dada como morta depois que desapareceu de sua casa, onde estava os corpos de sua família mutilados. – Joguei a fotos do arquivo da policia na mesa. – Foi um humano e pelas marcas, eu diria Solari.

-E eles voltam a nos assombrar. – Jasper comentou. – Como pode ter certeza?

-O ritual envolve arrancar o coração das vitimas. – Apontei para as fotos, ele acenou com a cabeça. – As coisas não terminam por ai, Nessie é parente de Edward e Esme por parte da mãe.

-Nós já sabíamos disso – Ele revirou os olhos.

-Mas sabíamos disso aqui? – Apontei para um nome na arvore geológica.

-Dafne Campbell? – Jasper ergue as sobrancelhas. – E dai?

- Ela era filha de Robert Campbell e Sasha Stagoviks, que por sua vez pertenceu a realeza sobrenatural russa.

-A rainha amazona que estava com os Volturis... – Jasper murmurou pensativo.

-Exatamente, Jasper, não existe coincidências e eles a trouxeram em segredo. Os Volturis também fizeram sua pesquisa sobre Nessie.

-Então eles sabem sobre sua conexão sanguínea com Edward e Esme. – Neguei com a cabeça.

-Não, eles não sabem do verdadeiro sobrenome de Edward, além do mais a irmã dele recebeu outro sobrenome ao se casar, eu pude achar a conexão por que tenho conhecimento sobre esses fatos. – Apoiei a cabeça na mão. – Mas eles estão de olhou em Nessie.

-Acho que é natural dado a posição privilegiada que ela se encontrar como filha de Bella e impressão de Jacob.

-Sem contar que é através dela que os Volturis se mantém pacíficos em relação a Nicolas. – Dei uma risada. – Ela nem se deu conta da importância que tem.

-E o que você achou sobre a tal profecia?

-Nada, isso é o mais frustrante, os demônios podem se mover muito mais sutis que lobisomens! Eles se parecem como humanos e agem como tais, nós nem mesmo percebemos Bella embaixo de nossos narizes! Ao menos Carlisle resolveu tirar o encargo e fazer sua própria pesquisa.

Jasper se ergueu e em questão de segundos estava me estendo um copo de sangue.

-É fresco, acabaram de tirar da fonte. – Apontou para a porta, aceitei aliviada.

-E sobre James?

-Ainda sendo interrogado, demônios são difíceis, eles gostam da dor. – Jasper deu de ombros.

– Os Volturis o querem agora, por isso Carlisle e Esme...

O telefone começou a tocar de repente, eu atendi rapidamente.

-Rose? Você precisa vir aqui agora! – Alice exclamou parecendo indignada.

Olhei para Jasper com cenho franzido.

Carmem P.O.V

Parei no meio da floresta com Ariadne e Safira.

-Vá, não temos muito tempo. – Safira falou quando viu a hesitação de Ariadne.

Eu estava um pouco surpresa com a hesitação da vampira, nunca a vi assim. Nem mesmo a décadas atrás quando nos conhecemos, antes de eu achar que ela estava morta.

Agora, era Marcus quem iria revê-la.

Ariadne sumiu de nossas vistas e se encontrou no meio da clareira a dez metros de nós. Safira e eu nos viramos para dar privacidade para os dois.

Me pergunto como foi que Ariadne conheceu Marcus e como foi que eles se tornaram amantes...

-Você sabe...? – Perguntei para Safira apontando sobre o ombro, ela me olhou por trás da mascara.

-Tem coisas que você não sabe Carmem e é melhor deixar desse jeito. – Acenei com a cabeça e olhei sobre o ombro. Eu não podia ouvi-los, Safira havia cuidado disso, mas podia vê-los.

E eles estavam se beijando ardentemente.

Involuntariamente arregalei os olhos, nunca esperei ver Marcus Volturi sendo tão... Viril.

Ele nunca mais seria inexpressivo para mim.

Uma tristeza me invadiu, vê-los me lembrou de Eleazar, meu amado marido. Quando ele iria acabar com a missão? Espionava os Romenos há décadas agora...

-É quase um alivio não saber de tudo. – Suspirei me apoiando na arvore.

-Sim, você tem sorte nesse aspecto. – Respondeu olhando melancolicamente para algum ponto a sua frente. – Infelizmente, no campo amoroso nós duas nos encontramos na mesma pagina.

Olhei-a triste, não só por mim, mas por ela.

-Deve realmente difícil para você, quero dizer, mente para tudo e todos, como pode agüentar?

-É por que sei que um dia isso tudo vai acabar e eu poderei tirar essa mascara ouvir as pessoas me chamarem pelo meu verdadeiro nome e... – Ela olhou para frente resignada. -... Bem, simplesmente não precisarei mentir sobre mim.

-Então, você tem esperança?

-É como dizem: ela é a ultima que morre. – Sorriu mais para si mesma do que para mim. – Além do mais, isso tudo trás antigas memórias de volta, e isso é tudo que sempre desejei.

-Dá onde veio o nome Safira? – Perguntei de repente.

-Como?

-É apenas outro nome falso, mas você o manteve por bastante tempo, o suficiente para todos conhecerem... – Olhei-a curiosa.

-Todas nós temos nomes falsos, Carmem.

-Mas você é quem mais muda, Ariadne e Selene tem esses nomes nos últimos trezentos anos. Você, por outro lado, sempre mudou, mas sempre usou esse nome quando se trata de vampiros e agora o usa a pelo menos um século inteiro.

Ela me olhou por um segundo inteiro, como se refletisse se me contava ou não, por fim se decidiu.

-Eu escolhi esse nome, por que meu anel de noivado é de safira.

-Então, no fim, tudo se resume ao que ele te deu?

-Romântico e estúpido, eu sei, mas pode me culpar?

-Nem que eu quisesse. – Suspirei olhando para cima, a chuva havia dado uma trégua e tudo o que eu conseguia ver era nuvens escuras no topo das arvores...

Então eu ouvi algo a nossa frente, Safira e eu nos viramos para ver Selene, logo em seguida, algo cortou o ar extremamente rápido e ouvi um ofego ao meu lado.

Me virei para ver Ariadne com um punhal atravessando o peito de Safira, deixei minha boca se abrir surpresa.

-O que exatamente quer que eu faça com ela? – Marcus apareceu atrás de Ariadne.

Safira caiu no chão inconsciente.

-Apenas olhe. – Ariadne pediu a Marcus.

Os cabelos loiros de Safira lentamente mudaram de cor, ficando castanho-avermelhado, e sua pele adquiriu um tom azulado, exatamente como um cadáver humano. Selene se inclinou e puxou a mascara da vampira no chão, o rosto de Isabella Swan ficou a mostra.

-O que é isso? – Marcus exclamou. – Ela é a impostora?

-Não a chamaria assim, mas, sim, é ela quem foi capturada pelos Cullen na festa e que esfaqueou Edward.

-O que fez com ela? – Perguntei franzido o cenho.

-Ela não está morta, apenas estava se lembrando demais, isso poderia afetar as coisas. Por agora, meu amor, eu preciso que a esconda em algum lugar até que chegue a hora de acordá-la de novo.

Todos olhamos para Marcus que tinha uma mascara de frieza no rosto.

-Por que ela está se passando por Bella? – Marcus perguntou pegando o cadáver no chão.

-Eu acho que você sabe muito bem a resposta. – Ariadne estreitou os olhos com um sorriso.

-Lucy morreu a duzentos anos atrás. – Marcus retrucou.

-Ela ainda tem seus momentos. – Selene deu de ombros.

-Eu a esperava encontrar viva, Lyanna. – Marcus espremeu os lábios. – Aro iria adorar.

-Não cite aquele desgraçado na minha presença e meu nome agora é Selene. – Selene o olhou mortalmente, Marcus apenas suspirou. – Não temos muito tempo Ariadne, sem o escudo dela, nós estamos desprotegidas.

-Vamos, Carmem. – Marcus pediu.

-É claro. – Olhei para as duas, Selene estava impaciente e Ariadne olhava para Marcus triste.

-Eu o verei em breve. – Prometeu, o olhar dos dois me deixou ainda mais comovida.

Era algo tão bonito e triste, eles eram claramente apaixonados um pelo o outro e não poderiam viver esse sentimento. Agora, por que isso?

-Carmem. – Marcus pediu novamente indo para o oeste.

-Mais uma coisa. – Selene sussurrou agarrando meu braço. – Tente descobrir o que raios Aro anda fazendo com Sulpicia.

-Ela é a esposa dele.

-Amante. – Selene me corrigiu bruscamente, dei de ombros.

-Ciúmes? – Ariadne perguntou divertida. – Você sabe que Aro...

-Não o defenda, seu irmão não merece isso vindo de você. – Selene rosnou. – Traição é algo que repudio. Mas o motivo para eu querer saber onde está Sulpicia é simples... – Ela olhou para mim com um sorriso perverso. -... Vingança.

O rosto de Ariadne se escureceu de repente.

-Vá. – Ariadne pediu a mim enquanto agarrava o braço de Selene, ela tinha um brilho perigoso nos olhos.

Senti que as coisas iriam ficar feias entre as duas e segui em na direção que Marcus foi.

Me pergunto como seriam as coisas sem Safira.

Bella P.O.V

Olhei ao redor inquieta, tinha a sensação de que estava sendo vigiada. Eu realmente não tinha nada o que fazer, mas chegar ao ponto de vir a essa festa? Agora não consigo me livrar dessa maldita sensação.

Eu nem devia estar aqui, o maldito quadro que Nessie queria não havia sido leiloado.

-Pensei que as mulheres bonitas devessem ficar a vista. – Não me virei quando ouvi a voz perto do meu ouvido.

Em compensação o copo em minha mão quebrou tamanha foi a minha surpresa.

-Uma garota precisa de uma folga de vez em quando. – Respondi com um sorriso falso, larguei os restos do meu copo no chão.

-Imagino que metade das mulheres desse salão matariam para estar em seu lugar. – Respondeu em tom divertido, eu tinha certeza que aquilo é falsidade.

-Não acho. Esse vestido é alugado, os saltos estão me matando e não conheço ninguém aqui.

-Bem, e o homem que te deu esse anel? – Apontou para o anel do noivado falso.

-Eu meio que não devia estar usando esse anel, é da família dele, por algum motivo o idiota resolveu me deixar usar.

-Deve valer uma nota...

-Sim... Talvez eu devesse vender e pegar o dinheiro.

-Isso provavelmente deixaria o dono furioso.

-De repente, a ideia ficou mais tentadora. – Me virei rindo falsamente.

Obviamente Edward estava no alto do seu esplendor todo vestido a caráter com o irritante ar arrogante dele.

Em duas palavras: deus grego.

Filho da puta...

-Antony Masen. – Estendeu a mão com um sorriso torto como se estivesse flertando comigo.

-Marie... – Sorri apertando a mão dele. -... Marie Gamberini. – Edward me olhou intrigado por um instante, mas rapidamente encobriu.

-É prazer conhece-la. – Ao menos é divertido fingir que não nos conhecemos, o impede de ficar com raiva de mim em publico.

-Eu digo o mesmo. – Disse entre os dentes, ele havia apertado um pouco demais minha mão. Ele não está feliz, nadinha mesmo.

Eu acho que posso estar em problemas...

-Dança comigo? – Foi difícil segurar a carranca que quis se forma em meu rosto automaticamente.

-Na verdade...

-O que é uma dança, não? – Me puxou pela cintura de repente.

-O que...? – Ele me interrompeu, me empurrando para a pista de dança. – Edward! – Rosnei um tanto assustada com o fato de ter que dançar.

-Não fique irritada. – Me puxou para mais perto e nos girou bruscamente. - Viu? Você consegue dançar, meio dura, mas é passável. Então, o que conseguiu no leilão? – Perguntou com falso interesse.

-Nada, o quadro que queria não foi leiloado. – Respondi mal humorada, ele nos girou de novo me desequilibrei, mas ele me firmou rapidamente me puxando para ainda mais perto de si.

-Não é realmente um grande quadro, mas eu conheci o pintor, foi um amigo meu. – Olhei-o incrédula. – Relaxe, Bella, você não vai tropeçar e se pisar no meu pé, não vai doer. – Ele tinha um brilho no olhar...

Engoli tudo que queria fala, sobre o fato dele ter pego o quadro de mim. Isso não adiantaria agora, o vampiro já estava com raiva.

-Por que exatamente está me obrigando a dançar? Sabe que eu odeio isso! – Estreitei os olhos, nos girou novamente no ritmo da musica.

-Por que isso me deixa de bom humor e acredite... – Me apertou mais forte, dessa vez doeu, engoli a seco. -... Isso é exatamente do preciso agora. Sabe, Bella, nos conhecemos há meses, mas acho que você nunca notou o quanto eu odeio ser chantageado.

-Eu acabei de percebe. – Disse com a mandíbula trincada, ele afrouxou o aperto de ferro e eu pude respirar.

-Bom. – Sorriu mais sincero, olhei-o raivosa. – Sério, você está muito tensa, tem que relaxar e aproveitar. – Me girou para longe e depois me puxou com habilidade.

Maldito vampiro!

-Eu odeio dançar. – Comentei desconfortável, seguia os movimentos dele automaticamente, no entanto já havia pisado no pé dele algumas vezes e tropeçado, mas ele me segurava tão firme que era impossível cair.

-Por que isso afinal de contas? – Mr perguntou enquanto me girava mais suavemente.

-Eu sempre fui péssima dançarina, teve uma vez que quebrei o dedo do pé de meu parceiro. – Suspirei inconformada. – Desde então fiquei traumatizada, nesse exato momento me sinto ridícula, desconfortável e um pouco enjoada.

-Bem, supere seu trauma, por que agora você tem que dançar. – Suspirei enquanto rodávamos no ritmo da musica. – Então, você fugiu... – Ele começou em um tom sarcástico.

Olhei-o imediatamente com os lábios franzidos.

-Eu não fugi! Recebi uma carta do advogado de mamãe, tenho uma herança. – Apoiei minha testa em seu ombro e fechei os olhos, eu não quero olhar pra ninguém agora.

Edward diminui o ritmo da nossa dança, e chegamos ao ponto de só se balançar.

- Sabe que poderia ser uma armadilha?

-Não sou estúpida, eu verifiquei tudo, ontem peguei minha herança em Phoenix e agora estamos aqui em Londres. Como me achou? – Perguntei me inclinando para trás o olhando.

-Sou um vampiro, minha cara, não tente bancar a esperta comigo. – Sorriu torto, ele estava em excelente humor, ai tem... – Eu posso não ler sua mente, mas isso não a faz invencível.

-Nessie sabe controlar os pensamentos e Alice me deu a palavra dela. – Retruquei franzido o cenho, ele me girou bruscamente, eu escorreguei e ele me segurou inclinadamente.

-Sim, mas ela não pode prever que eu tenha certos conhecidos que por acaso são muito bons com rastreamento. – Me firmou novamente.

-Então, cadê a minha gêmea do mal com fetiche por facas? – Ergui as sobrancelhas.

-Morta. – Deu de ombros, arregalei os olhos surpresa. – Ela visitou sua casa na manha que se foi, prendeu Jane e deixou todos na casa inconsciente...

-É, eu sei, Nessie me mandou um email. – Edward me olhou. – Nessie adora escrever relatórios diários.

– De qualquer maneira, ela fugiu, como sempre. – Ele pareceu um tanto amargo. – E no fim, uma... – Ele fez uma pausa pensativa. -... Amiga a localizou e matou.

-Amiga?

-Sim, é meio irônico, por que Carlisle havia conseguido que sua avó a localiza-se...

-Eu não quero falar de Madeleine. – Cortei-o inexpressivamente. A musica finalmente acabou e eu me afastei o mais rápido possível dele, não havia chance de ir dançar de novo. – Não foi ruim dançar. – Comentei fazendo uma falsa cara de impressionada.

Mas eu falava a verdade, não foi tão ruim quanto pensei que fosse.

-É por que eu sei dançar e te praticamente carreguei. – Ele sorriu convencido.

-É... – Murmurei pensativa. - Não vamos fazer isso de novo. – Declarei e sai andando.

-Nós vamos fazer de novo, Bella, pode apostar. – Ele disse me alcançando facilmente.

-Aposta aceita. – Recrutei de volta, Edward passou o braço pela minha cintura. –Agora, o que você quer?

-Nada demais... – Sorriu para mim. - Sangue, sexo, vingança. – Me lançou um olhar sujo, enquanto me soltava. – O de sempre.

Sorri culpada, eu fiquei arrepiada com olhar dele, isso não era um bom sinal.

-Eu me referia ao quadro, mas por que tanto rancor? – Olhei ao redor rapidamente. – Tive que resolver algumas coisas. – Dei de ombros, ele ergueu as sobrancelhas e se aproximou da mesa para pegar uma bebida.

Franzi o cenho pelo ato, então percebi que ele só disfarçava, por que todo mundo bebia nessas festas.

-E por que não pediu para alguém fazê-lo, como seu pai? Não, você fugiu de Forks assim que eu sai de casa.

-Não foi bem assim. – Olhei-o com o cenho o franzido, ele me fez parecer um pouco covarde. – Estava planejando isso a dias.

-Então você me chantageou. – Continuou como se eu não tivesse falado nada.

-Foi um mal necessário, o lobisomem é filho do cara que me matar, tenho que manter algo assim por perto. – Ele continuou me olhando. – Tudo bem, eu podia não ter chantageado você, mas eu estava com...

Senti algo molhado espirrar em mim, olhei para frente incrédula e vi vinho em meu vestido.

-Oh meu Deus! Sinto muito. – Olhei para a mulher que claramente tinha feito de propósito.

Engoli o rosnado.

-Está tudo. – Meu decote inteiro estava manchado de roxo agora, ótimo dia para escolher um vestido azul claro para usar. Agarrei o braço de Edward que sorria divertido e passei pela vadiazinha pisando duro. – Você podia ter impedido isso. – Murmurei para Edward.

-Eu gosto de demonstrações publicas de inveja humana, se bem que essa nem foi muito criativa. – Olhei-o mal humorada. – Tem sorte, tinha um humano que queria colocar algo em sua bebida antes de eu aparecer.

-Sim, e me marca publicamente como sua. – Acrescentei acidamente, enquanto me encaminhava para o banheiro, ele me seguiu, obviamente.

-Por que tanta raiva? Temporariamente, você é minha. – Falou em meu ouvido, acelerei o meu andar para me afastar da voz sedutora dele. – O que foi, Bella? – Perguntou divertido.

-Argh! – Exclamei entrando no banheiro feminino, peguei o papel toalha e comecei a me secar. – Você vai me seguir no banheiro feminino agora? - Perguntei me virando enquanto passava o papel toalha bruscamente sobre meu vestido e colo.

-Você parece perturbada. – Comentou cinicamente.

-Eu achei que teria um pouco de paz aqui.

-Paz? Tem idéia de quão estúpido isso soa? – Olhei para ele imediatamente, Edward estava mostrando sua raiva. – Você está sendo caçada por demônios e lobisomens! Paz é algo que você só terá quando morrer e isso se tiver sorte de morrer. Sabe o quão irresponsável está sendo?

-Hum... – Ignorei-o, eu não sabia bem o que responder.

-Como pode ter tão pouco amor a própria vida? – Perguntou frustrado.

– Olha minha cara de quem se importa. – Bufei me virando para a pia. – Eu vou matar aquela vadia. – Murmurei entre os dentes, ele bufou atrás de mim.

-Não pensei que ficaria tão furiosa por causa de uma roupa. – Cruzou os braços olhando fixamente para frente, ele parecia estar mais calmo agora.

Vampiros conseguem controlar suas emoções tão bem que as vezes me parecem bipolares, bem, talvez Edward seja.

-Eu quero o quadro, Edward. – Pedi desviando do assunto.

-Estou consciente disso. – Retrucou secamente.

-Não é para mim, é para Nessie.

-Bella, por favor, eu estou lhe fazendo um favor. – Encarei-o estreitando os olhos.

- Como é que é?

– O detetive já havia visto o email, Nessie o apagou tarde demais. Obviamente, ele foi checar a informação e procurou saber sobre o tal quadro, quando viu que não foi roubado suspeitou de algo.

-E como isso me faria ser suspeita?

-Ele sabe que hackearam o email dele, isso é uma armadilha. – Olhei-o surpresa, amassei o papel toalha e joguei ao lado da pia. – Não é tão invencível quanto achou que fosse, não é mesmo? – Ergueu as sobrancelhas para mim, seu tom irônico me incomodou.

-Nunca achei que fosse. – Me sentei na pia, cruzei as pernas e bufei.

-Então, por que fugiu? – Voltou a pergunta.

-Eu não fugi! Fui pegar a herança que minha mãe me deixou. – Rosnei impaciente.

-Então por que estamos em Londres? Demorou cerca de 12 horas em Phoenix, por que não voltou para Forks e pediu para alguém representa-la aqui?

Olhei-o sem resposta.

-Ok! – Exclamei irritada, me levantei da pia. – Eu fugi! Sou uma covarde que não aguenta o fato de que a família inteira da minha mãe me odeia. Não estou orgulhosa desse fato, mas é como as coisas são. – Cruzei os braços ressentida e o encarei ele. – Satisfeito?

Edward deu ombros completamente indiferente, seus olhos ainda eram negros.

Ele ainda tinha raiva de mim.

Ou estava com fome, ou queria transar comigo.

Talvez os três juntos...

-Não falou nada diferente do que eu já sabia. – Pude percebe que sua postura ainda esta tensa.

Me lembro dele dizendo que vampiros sentem tudo com mais intensidade...

-Vai me dar o quadro?

-Você ainda não me convenceu. – Cruzou os braços. – Agora, limpe-se. – Disse estendo folhas de papel toalha para mim.

-Está curtindo com a minha cara? – Perguntei indignada. – Eu sei que esta com raiva de mim, mas isso envolve Nessie também.

-Ter ou não o quadro não afetara a busca de vocês duas, na verdade, até ajudara se não o tivessem em sua posse. – Edward retrucou.

-Mas então vão achar que você é o ladrão.

-Nada como um pouco de diversão. – Deu de ombros.

-Edward, não é por mim, é por Nessie, sangue do seu sangue. – Olhei-o suplicante.

-Não. – Respondeu friamente.

Suspirei frustrada, desde que Edward me falou da minha conexão mental com minha gêmea do mal, agora morta (R.I.P), não consigo parar de pensar que ela era a fonte dos detetives.

O quadro era uma mensagem para mim e Nessie, por que ela sabia que mais cedo ou mais tarde iriamos ver o email.

Olhei para Edward.

Eu tinha que apelar.

Por impulso agarrei sua gola e bati meus lábios no seu. Ele ficou surpreso por um instante, mas correspondeu com certo entusiasmo, era para ser algo rápido e cheio de impacto. Mas, de alguma forma, eu estava em cima da pia, o terno dele estava no chão e sentia suas mãos por todo o meu corpo.

Deus! Eu preciso me controlar!

Quebrei nosso beijo com toda a força de vontade que tinha (que era pouca por motivos óbvios), foi algo bem estralado que me fez querer voltar a beija-lo. Não, eu tinha que me focar!

-Eu sinto muito por tê-lo chantageado. – Falei em um folego só de olhos fechados, como se realmente doesse falar isso.

Quando abri de novo, Edward me olhava malicioso.

-Foi tão difícil?

-Feriu meu orgulho. – Revirei os olhos, eu tinha adivinhado certo. – Vai me dar o quadro?

-Você está quase me convencendo. – Olhei-o frustrada.

-Tem que ter algo que você queira. – Disse em tom baixo.

-Na verdade tem. – Seus braços me puxaram para mais perto.

Se ele falar sexo, eu juro que chuto as bolas dele. Sério, eu tenho problemas com meus hormônios, mas, ainda assim, tenho meu orgulho.

E um quadro não vale isso.

No entanto fazer as pazes através da copulação me parece uma ideia muito interessante, ainda mais se eu o deixa no auge de sua fúria. Dá pra imaginar um vampiro furioso e um demônio tentando se alimentar dele fazendo sexo?

Deve pegar mais fogo do que no próprio inferno!

-Lembra-se do ritual que sua avó fez? Bem, ele foi realizado apenas pela metade, está incompleto. Eles basicamente rastreavam a bruxa que te substituirá como líder do novo coven. – Suspirei acenando com cabeça, a bruxa iria ficar no lugar onde mamãe ocupou. – A segunda parte consistia em arrancar essa informação do antigo líder: você.

-Eu nunca fui líder deles.

-Eles selaram o coven com você, Bella, e depois fizeram um ritual para invocar seu substituto, que chegou a maturidade dos poderes e provavelmente não tem consciência disso.

-Você disse que querem "arrancar" a informação de mim. – Estreitei os olhos. – Como?

-Seu sangue mostrara a localização, porém, você pode localiza-la sozinha. Chalie irá pedir seu sangue quando chegarmos para entregar a Madeleine.

-E você quer saber quem é a bruxa antes disso, certo? – Perguntei sarcasticamente enquanto brincava com os botões da sua camisa. – Vai me entregar o quadro em troca?

-Só irei emprestar, como disse antes, o pintor foi um amigo meu. – Torci a boca em desgosto.

-Não, eu quero o quadro.

-Já disse que irei emprestar. – Retrucou revirando os olhos. – Mas só quando me disser quem é a bruxa, ou bruxo.

-Não há fundamento nesse acordo! Você só pegou o quadro por minha causa! – Exclamei exaspera.

-Você não tem escolha.

-Deus! Você é rancoroso.

-Se eu fosse rancoroso, você já estaria presa em um porão de uma casa na Noruega. – Apertou os lados de meus braços. – Além do mais, você entende que se seu pai descobrir que está fora de Forks...

-Ele não sabe? – Perguntei surpresa.

-Claro que não, caso contrario iria seguir o conselho de Carlisle e mantê-la trancada sob segurança máxima no subterrâneo da propriedade dos Cullen.

-Então, se eu te ajudar você não me delata para Charlie e me "empresta" o quadro, é basicamente isso? – Perguntei irritada.

-É bom provar do seu próprio veneno, não? – Mordi a língua, ele estava me chantageando. – Além do mais, te emprestarei o quadro, acho que você ganha mais do que pensa.

-Isso é o que me intriga, o que você ganha com isso? A bruxa vai fazer parte do coven de Madeleine e vira uma mini-vadia.

-A satisfação de chantageá-la.

-Eu não acredito.

-E eu não me importo. – Respirei fundo.

-Ao menos dá sua palavra que irá "emprestar" o quadro? – Pulei da pia, ele segurou meu cotovelo automaticamente como se eu pudesse me desiquilibrar de um salto.

-Claro.

-Então temos um acordo. – Então me virei para sair do banheiro. – Agora, podemos ir embora? Meu vestido está arruinado.

-Ele não é alugado? – Perguntou curioso.

-É. – Respondi curtamente, enquanto abria a porta bruscamente.

Parei por um instante e olhei ao redor, vi a vadia que tinha me jogado vinho. Ergui o queixo e sai em direção a ela, peguei o copo de vinho na bandeja do garçom sem parar de andar. Eu sabia que estava fazendo uma cena com todo o meu desfile, estava fazendo de proposito quanto mais olhares melhor.

A loira (tinha que ser loira! Em pensar que eu já fui loira...) só teve tempo de desviar os olhos dos senhores com quem conversava, antes de eu jogar o copo de vinho nela. Ela fechou os olhos e abriu a boca chocada, os senhores se viraram para mim.

-Ops! – Exclamei falsamente, estava bem claro que eu fiz de proposito, joguei com tudo na cara dela oras! – Eu sinto muito. – Levei a mão até o peito para enfatizar minha atuação falsa, então sorri alegre e sai andando.

Ainda pude ouvir Edward falar com um sotaque italian, que me deixou arrepiada:

-Sinto muito pela minha noiva, ela está um tanto embriagada, por isso... Tropeçou. - Revirei os olhos ignorando a reação do meu corpo.

Fui em direção a saída e pedi meu casaco e bolsa, foi apenas nesse momento que vi Edward me encarando divertido.

-Você sabia que jogou vinho na filha do dono desse lugar?

-Você sabia que a vinho é como a vingança? Quanto mais tempo passa, mais saboroso fica. – Retruquei pegando meu sobretudo. – É uma vergonha que eu não tenha tanta paciência assim, ou tempo.

Esperei ele pegar o próprio casaco, não fazia frio em Londres, era verão no final das contas, mas estava chuviscando um pouco e a cidade não é exatamente quente.

-Onde deixou o quadro? – Perguntei quando saímos na rua, nenhum dos dois se incomodou de vir em um carro, então estávamos a pé.

-Não está mais na cidade, Bella, já o mandei para a America. – Olhei-o erguendo as sobrancelhas.

-Então não há muito o que fazer aqui. – Comentei suspirando.

-Iremos pegar suas coisas e depois voltaremos para EUA. Agora, a onde estão suas coisas? – Agarrei sua mão e o puxei para virar a rua.

-No meu apartamento, é claro.

-Você tem quantas casas? – Me olhou erguendo a sobrancelha.

-Varias. – Dei de ombros. – Quando comecei a ganhar dinheiro percebi as infinitas possibilidades a minha frente. – Olhei para ele com um sorriso. – E eu tinha que pensar em esconderijos, caso Nessie e eu precisássemos.

-Você sabia que a coisa do noivado é uma farsa e que estamos apenas namorando? – Sorri nenhum pouco surpresa.

-Ela é uma garota esperta. – Dei de ombros. – Falando nisso, por que insisti em me chamar de noiva?

-Como assim?

-Toda vez que vamos fingir que somos um casal, você imediatamente me chama de noiva em vez de namorada. – Dei uma risada enquanto enroscava meu braço no dele. – Sério, por que isso? Homens não costumam fugir de casamento que nem diabo foge da cruz?

-Eu nasci em uma época onde o casamento era uma obrigação Bella, quando me vi livre dela, eu aproveitei bastante. Mas faz dois séculos e eu vejo o amor que existe entre minha família, dá certa inveja... – Ele fez uma pausa pensativo. – Meses atrás decidi me casar... –Olhei-o surpresa. -... Quando o fiz Alice viu que teria êxito e que conheço minha noiva, só não sei quem é.

Um frio na barriga se apoderou de mim de repente.

-Então o que raios está fazendo? – Perguntei franzido o cenho ignorando minhas emoções, ele me olhou curioso. – Por que está fingindo ser meu noivo, enquanto está tão perto de achar a tal "escolhida"?

-Eu sou imortal, Bella, eu tenho todo o tempo do mundo.

-E se ela não tiver?

-Se ela não for vampira, você quer dizer? Então o que ela seria?

-Sei lá, bruxa, lobisomem, fada, transfiguradora... – Fiz uma pausa pensativa. – Você não deveria saber? Alice teve a tal visão de você casando, não?

-É algo distante por isso a imagem é muito borrada, então eu não faço a menor ideia de quem seja. Pelo o que sei a minha futura esposa poderia ser qualquer uma, até você, Bella. – Comecei a rir, totalmente espontâneo.

Foi quando eu percebi que minha reação não era por que era eu achei engraçado, que porra era essa eu fiquei aliviada e alegre, ou que?

-Oh meu Deus! – Exclamei entre as risadas agora mais forçadas. – Eu me casar? Isso nunca vai acontecer!

-Eu me sinto ofendido agora. – Olhei-o pedindo desculpas.

-Não fique, eu tenho problemas com casamento, já disse isso para você.

-Certo, Nessie não acreditaria então teríamos que fazer bem nosso papel, eu me lembro. – Acenei com a cabeça. – Como eu disse antes, ela acha que a coisa do casamento é mentira e que na verdade estamos só namorando.

-É alguma coisa, não? – Retruquei sorridente.

-Ainda assim, e se você se apaixonasse? – Ele perguntou enquanto eu o puxava para atravessar a rua.

Por que ele insisti em saber se eu me casaria?

-Bem... – Larguei sua mão e comecei a atravessar a rua. – Imagino que eu deveria realmente amar a pessoa para poder me casar. Mas não acredito que eu seja capaz desse tipo de amor, de qualquer maneira – Olhei sobre o ombro, ele me observava atento, então puxei-o para frente. – Vamos logo, para um vampiro, você está sendo bem lerdinho!

Alice P.O.V

Era o quadro que eu tinha visto na minha visão! A impostora o admirava um pouco antes de colocar na caixa.

Ele agora está em um leilão, onde Bella iria compra-lo, mas Edward resolveu interferi.

Ao menos eu vejo o quadro nas nossas mãos. Agora, como Nessie foi querer ele?

Isso é mais irônico ainda! Ela foi acusada por uma fonte anônima de roubar esse quadro.

-De novo: você está querendo comprar esse quadro por que acusaram você de rouba-lo?

-Seja lá quem está passando informações sobre mim e Bella, nos acusou por algum motivo. Quero saber o que ela tem de tão importante, ter o quadro original é só uma forma de simbolizar isso, na verdade.

Jacob invadiu a cozinha pela porta dos fundos, ele havia acabado de colocar a roupa, pude percebe que Nessie desviou os olhos para checar o corpo do lobinho.

Sorri maliciosa por um instante.

-Onde estava? – Nessi perguntou voltando os olhos para o notebook. – Saiu de manhã e agora é noite.

-Preocupada? – Jacob perguntou se aproximando do balcão.

-Quanto mais gente para proteger a casa melhor. – Ela retrucou.

-Tudo bem, diga o que quiser, eu sei a verdade. – Ela o olhou indignada. – O que está assistindo Emmett?

-Noticiário. – Ele respondeu da sala. – Ao que parece anda tendo vários desparecimentos na área.

-Quem está causando isso? – Nessie perguntou curiosa, Jake ergueu a sobrancelha para ela.

-Sério? Você não tem nenhuma ideia?

-Me desculpe se tem tantas opções de assassinos por ai, podem ser nosso lado, o lado dos lobisomens, os demônios, assassinos em serie...

-Bem, é o lado inimigo e talvez assassinos em serie. – Respondi dando de ombros. – Nós temos a cidade como fornecedora.

-A cidade? Como assim?

-Os Cullen estão na cidade para cuidar dos humanos, o suplemento partícula deles. – Jake respondeu se sentando com um prato de comida em sua frente. – Nojento, eu sei, mas é um mal necessário.

-Não coma isso. – Nessie falou quando o alimento estava a caminho da boca dele, Jacob a olhou e rapidamente largou o garfo, como se estivesse o queimando.

-O que é isso? – Ele perguntou olhando cauteloso para a comida.

-Meu alimento. – Ela respondeu de supetão.

-Credo, Ness! Poderia deixa um bilhete nesse prato, ou algo assim? Ele parece comida humana... –Ele observou o prato com o nariz torcido.

-Bem, é humano. – Dei de ombros, Emmett deu uma risada lá da sala.

-Então, o que eu perdi? – Jacob perguntou cruzando os braços. – O lobisomem ainda está por aqui? – Perguntou com claro desgosto.

-Nem Nicolas está sendo tão rancoroso, Jake. – Nessie franziu o cenho.

-Isso é por que você viu o Thomas como veio ao mundo, Nessie! Jacob está com ciúme! - Emmett exclamou lá da sala enquanto dava sua típica gargalhada.

Os dois trocaram um olhar, Nessie um pouco interessada, mas cautelosa e Jake envergonhado.

-Não tenho ciúme, Thomas claramente está mais inclinado para Jane, por mais bizarro que isso seja. – Jacob foi o primeiro a se manifestar depois do curto silencio.

-Então vocês dois ainda não estão juntos? – Perguntei apoiando o queixo em minha mão. – Eu tinha esperança de organiza o casamento dos dois. – Suspirei.

-Tem o de Bella e Edward. – Jacob comentou.

-Como anda os preparativos falando nisso? – Nessie perguntou com um sorriso doce.

Eu olhei para Nessie, depois para Jake, depois para Nessie e então me toquei do que devia fazer.

-Oh, eu adoraria saber! – Exclamei revoltada dando um tapa forte na mesa, assustando os dois. – Como eu supostamente posso fazer um casamento sem a noiva para aprovar? Aliais uma noiva que não gosta muito de casamento...

-Isso parece com Bella. – Jacob deu uma risada. – Como Edward a fez aceitar o pedido afinal de contas?

-Quando o amor chega, Jacob, nada mais tem o mesmo valor que antes. – Suspirei. – Eu tive um passado violento e eu não acreditava mais nos homens, tinha raiva e horror a eles. Então Jasper me transformou, nós nos conectamos de tal forma... – Sorri com as lembranças. – Amor para vampiros é mais intenso, então o que começou com desejo entre nós, terminou em algo muito maior. Eu não conseguiria viver sem ele e ele sem mim.

-É difícil acreditar nesse tipo de amor... – Nessie sorriu tristemente.

-Não acredita no amor? – Jacob a olhou atento.

-Acredito sim, eu vi isso com meus pais, os biológicos, e agora vejo com os de coração. – Olhei para Nessie, ela realmente acreditava que Edward e Bella se amavam, curioso... – Mas isso pede confiança, isso é algo que eu sou incapaz de fazer, com exceção de Bella.

-Você me lembra Esme, sabia? - Sorri faceira, Nessie era parente de Esme e Edward, e de alguma forma os três se pareciam em vários aspectos, é tão engraçado... –Até mesmo Rose e eu mesma, você me lembra, sempre desconfiada. No começo, com Jasper, não foi exatamente um "mar de rosas", eu estava assustada, depois aliviada por ter me livrado... – Parei ao percebe que ia falar demais.

-Se livrado? – Emmett apareceu na porta da cozinha me olhou compreensivo quando Nessie perguntou.

-... Do demônio. – Os dois ofegaram, poucas pessoas sabiam a historia dos membros Cullen. - Eu fui possuída e me lembro de fazer coisas horríveis, então fui capturada pelos malditos padres, que me torturaram e quase estupraram...

-Quase?

-Eles tiveram que me soltar para poder me violarem, eu me aproveitei e fugi. – Flash's daquela noite vieram até mim...

Eu sou russa, costumava viver em um vila, os padres tentaram me sacrificar por que achavam que eu era uma bruxa, cortesia do meu dom que me fazia entrar em transe varias vezes. Fugi e me vi fazendo coisas horríveis sem poder para-las, por que o demônio estava no controle, então certa noite eles me encontraram e capturaram.

Quando o padre me colocou sobre a mesa para me violar, eu agarrei sua garganta, o demônio ainda estava dentro de mim, mas ele havia se desligado para não sofrer torturas religiosas.

Ele me deixou ficar em seu lugar, e apreciou cada grito meu.

Voltando ao padre, eu batia na cara dele o mais forte que pude e o chutei. Então eu corri, corri como se fugisse do próprio inferno.

Mal sabia que iria parar no meio da floresta com uma flecha atravessada no meio do estomago sangrando até a morte. Algum caçador deve ter me confundido com um animal, eu tropecei e desmaiei no chão.

A próxima coisa que me lembro é de um sussurro de reconhecimento, que mais tarde iria entender que era Jasper, e a pior dor do mundo.

- Jasper me encontrou e me transformou, não nos tornamos um casal imediatamente, mas no instante em que o vi eu sabia de uma coisa...

-O que? – Nessie perguntou totalmente vidrada na minha historia.

-Que nunca a deixaria ir. – Jasper completou sorrindo na porta, Rose estava logo atrás dele.

-Esses dois conseguem transforma qualquer historia de terror em um romance meloso. – Ela comentou entrando na cozinha.

-Mas como você foi possuída? – Nessie perguntou enquanto Jasper puxava a cadeira ao meu lado e me dava um beijo na testa, sorri me apoiando seu peito.

-Padres. – Respondi desgostosa. – É por isso que dedico a eles meu ódio eterno.

-Mais são eles que exorcizam... – Eu revirei os olhos.

-Eu não gosto deles, podem até serem bons, mas não me importo, só me mantenha longe de um e estamos bem.

-Ela massacrou todo o convento que foi capturada e então reuniu as mulheres que haviam sido possuídas e as exorcizou.

-Mas vovô disse...

-Elas foram capturadas por um motivo, eu era clarividente, elas também tinham seus próprios dons. – Sorri. – São as famosas amazonas.

-Sério? As das lendas gregas?

-Quase isso, uma delas era descendente e resolveu fundar um grupo entre aquelas mulheres. Elas ainda contariam com minha proteção se não tivessem resolvido arma uma guerra contra os vampiros.

-Que ingratidão. – Jacob retrucou.

-Alice ficou chocada. – Emmett comentou. – Lembro-me dela indo para a Ásia, Jasper não a viu por meses.

-Ele ficou tão deprimido. – Rose acrescentou.

-Não me façam sentir mal por isso. – Resmunguei.

-Está tudo bem, meu amor, você me recompensou. – Jasper apertou os braços ao meu redor e eu suspirei feliz.

-De qualquer forma, por que tanta urgência em nos chamar? – Rose perguntou se inclinando na mesa.

-Oh sim! – Exclamei. – Nessie achou o quadro.

-Está brincando? – Rose exclamou de volta.

-Eu sei! Agora, Bella ia comprar, mas Edward interferiu e pegou o quadro antes, daqui alguns dias o quadro estará aqui em Forks. – Dei um sorriso.

-Edward achou mamãe? – Nessie franziu o cenho. – Como?

-Ele tem essa amiga que nos visitou hoje mais cedo, ele pegou o jato e ralo peito. – Emmett respondeu. – Descobriram sobre a tal empresa que ela falou?

-Ainda procurando. – Rose respondeu rapidamente. – Não tive temos tempo, são muitas coisas para cuidar. Além disso, eu estava cuidando do disfarce de Nessie.

-Disfarce? – Ela franziu o cenho.

-Você vai para a escola, querida. – Rose respondeu com um sorriso.

-O que? Não! – Ela exclamou revoltada. – Eu passei os últimos dois anos sem ir naquele estabelecimento!

-É importante trabalhar a interação social, Nessie. – Jasper comentou divertido.

-Eu já fiz isso bastante nos últimos anos! – Nessie exclamou indignada. – Eu me passei por garçonete, vendedora, secretaria, desenhista de rua, até prostituta, eu fui! Deus! Eu dancei pole dance, impossível trabalhar mais minha interação social.

-Você o que? – Jacob se engasgou todo.

-Eu fiz balé quando era humana e Bella não gostava de dançar, então eu distrair o pessoal enquanto ela executava o roubo. – Nessie disse em uma voz pequena.

-Pole dance não conta como interação social. – Jacob pigarreou tomando um gole de sua bebida.

-Conta sim, eu estava abrindo minhas pernas para uma boate inteira, tem que estar muito a vontade para falar com as pessoas depois disso. – Nessie sorriu de lado. – Você não vai dar ataque, né? Essa coisa toda de impressão o faz ser ciumento pra caralho.

-Vocês podem me culpar? – Jacob perguntou para nós.

-Eles são novos, pessoal. – Comentei. – Levem isso em consideração.

-Eu não o culparia, ver Rose dançando para o pessoal do Moulin Rouge me deixou enfurecido e excitado. – Emmett comentou estreitando os olhos pensativo.

-Se você ama, você confia. – Rose deu de ombros.

-Ciúmes é prova que a pessoa ama, Rose. – Jasper revirou os olhos.

-Para mim é insegurança.

-Ursinha, você não tem direito de falar, é tão possessiva em relação a mim quanto eu a você.

-Mas vampiros não são imorais? – Nessie perguntou. – Vocês parecem nem sequer aceitar a ideia de uma suruba.

Todos torcemos o nariz.

-Como explicar isso... – Refleti em voz alta. -Nessie, vampiros são imorais sim, antes de encontrar nossa alma gêmea a ideia de uma orgia é realmente excitante. Vimos esse comportamento em Edward nos últimos dois séculos, muito sangue e varias mulheres.

-Papai era mulherengo? – Emmett acenou com a cabeça solene quando ela falou.

– O tempo máximo sem sexo foi duas semanas e isso foi no começo desse ano.

-De qualquer maneira, quando encontramos nosso companheiro, ou companheira. – Jasper sorriu para mim. -... Você fica preso a ela, você pode se excitar com outros, mas a paixão que sente pela escolhida é tão intensa que só a ideia de dividir nos enfurece.

-Mas e Garrett e Kate? – Jacob perguntou erguendo a sobrancelha.

-Como eu disse, podemos sentir desejo com outros, mas nada será tão pleno quanto com a pessoa alvo de seu amor. – Jasper apertou minha cintura e eu lhe dei um beijo estralo. – Isso vale para os lobisomens também. – Ele acrescentou olhando para os dois.

Nessie olhou para Jake de lado.

-O que? É verdade! – Jacob respondeu ao olhar dela.

Ante que Nessie pudesse retrucar gritos invadiram a casa.

Jane P.O.V

-Então eu não vou morrer? – Thomas me perguntou em voz baixa.

-Não enquanto ainda é necessário. Os demônios o liberaram sua maldição por algum motivo. – Comentei dando de ombros. – Entre. – Disse quando ouvi os passos se aproximando.

-Como está o hospede: – Ergui a cabeça, era Nicolas.

-Pior que você, se serve de consolo. – Respondi me virando inteiramente para a porta. Ele estava totalmente recuperado agora.

-Quem é você? – Thomas perguntou tenso.

-Você sabe quem sou. – Nicolas se aproximou, olhei-o curiosa. – Só não se lembra.

-O que? – Thomas o olhou desorientado.

-Qual é a ultima coisa que se lembra de ontem a noite?

-Eu... – Ele fez uma pausa pensativo, Nicolas se aproximou da cama e ficou ao meu lado. -... Fui jogado no chão, tiraram o capuz da minha cabeça e tudo é meio embaçado depois, até que eu senti algo...

-Dor? – Nicolas perguntou.

-Não, é uma sensação de formigamento em meus pés, senti algo pesado sobre mim e depois disso eu acordei no estacionamento nu e perdido.

-Hum... – Nicolas murmurou pensativo e então me puxou para fora do quarto. – Ele não se transformou. – Sussurrou.

-O que? – Franzi o cenho. – Isso não faz sentido, eles viram...

-Eu preciso que induza a dor da transformação nele.

-E como é exatamente isso?

-Na primeira transformação seus ossos se moldam ao de um lobo, é o mais doloroso, faça-o pensar que seus ossos estão se quebrando, milhares de agulhas estão saindo de sua pele e de atenção a sua mandíbula, como se estivesse quebrando varias vezes seguidas.

-Não que eu esteja reclamando, mas por quê? – Agarrei o braço dele enquanto estreitava os olhos.

-Por que eu não acho que foi ele quem se transformou.

-Um monte de vampiros testemunhou sua a transformação. – Retruquei erguendo as sobrancelhas.

-Virão o corpo dele se transforma, não o Thomas. – Franzi o cenho. – Só faça o que eu digo, mulher! – E me puxou para dentro do quarto.

Thomas nos olhou ansioso.

-Eu não posso invadir a mente dele, ele tem a resistência natural de um lobisomem. – Comentei parando no meio do quarto de braços cruzados.

-Eu vou abrir sua mente, agora faça o que pedi. – Nicolas me olhou impaciente, bufei entediada.

Então foquei meu olhar em Thomas, ele parecia tão inocente me olhando confuso...

Por um breve instante me perguntei como ele deveria se sentir, afinal descobriu todo o lado escuro e sobrenatural da sua família em um estalar de dedos e agora era caçado por vampiros.

Eu sentia pena dele, torci a boca pensativa.

Os gritos de dor começaram a encher a sala, logo Thomas estava berrando e se sacudindo na cama desesperado.

-O que está acontecendo aqui? – Alice perguntou aparecendo no quarto. Rose, Emmett e Jasper estavam logo atrás dela.

-Ele não pode gritar menos? – Emmett perguntou se aproximando intrigado. Todos olharam para ele. – O que? Isso nos impede de ouvir as coisas lá fora.

-Eu ainda posso ver o futuro das ruas ao redor da casa, Emmett. – Alice revirou os olhos. – Não sou tão imprestável.

-Eu não quis te ofender, mana. – Ele colocou o braço sobre o ombro dela. – Você não é imprestável, apenas temporariamente inútil.

-Cale a boca! – Alice rosnou empurrando o braço dele, Jasper sorriu a abraçando. – Para que estão o torturando?

De repente Thomas ficou em silêncio, eu não tinha parado meu dom, então Nicolas deveria ter fechado a proteção mental dele.

-Quem é você? – Nicolas perguntou, olhei-o um tanto confusa.

-Por que eu diria? – Thomas rosnou seus olhos brilharam raivosamente para os vampiros da sala. – Está do lado desses sanguessugas.

-Olha quem fala, até onde eu me lembre fomos nós, sanguessugas, que fizemos a lei de que os lobisomens ficassem longe da população em noite de lua cheia para evitar banho de sangue. – Retruquei sarcasticamente.

-Não podemos impedir nossa verdadeira natureza, mas nós lutamos contra isso, vocês nunca fizeram isso.

-Eu adoraria saber como exatamente faríamos. – Rose murmurou sarcasticamente.

-Como vai sua mulher? – Nicolas perguntou desviando do assunto.

-Não tenho mulher.

-E seu filho?

-Do que está falando? – Thomas sorriu para Nicolas. – Você é esperto, Nicolas.

De repente eu entendi que não falávamos com Thomas e sim com outra pessoa, não uma outra personalidade dele.

Outra pessoa havia invadido seu corpo.

-Não foi difícil adivinhar que não é Thomas. – Thomas olhou para ele inexpressivo. – Afinal o garoto não pode se transforma em lobisomem, acredito que desfez a maldição dele, não?

-Eu não desfiz, cortesia dos demônios.

-Você é um demônio? – Ele me olhou enojado.

-O que ele vê em você? É asqueroso o modo como se sente seguro perto de você.

-É o que dizem: se não pode com eles, se junte a eles. – Sorri secamente. – Quem é você?

-Não vou dizer.

-Já basta a impostora. – Jasper exclamou impaciente. – Eu posso não ter influencia sobre ela, mas sobre você...

Em segundos Thomas se encontrava gritando novamente, eu já tinha ouvido dessa habilidade de Jasper. Ele podia nos fazer sentir emoções, mas não só uma por vez, e agora Thomas devia estar enlouquecendo com o sobrecarrego das emoções.

Deve ser uma sensação estranha senti saudade, alegria, tristeza, amor, solidão, esperança e tudo mais ao mesmo tempo.

Imagino o efeito torturante que isso deve ter em criaturas sobrenaturais, afinal sentimos tudo com mais intensidade.

-Alguém além de mim está achando isso esquisito? – Nessie perguntou.

-Eu estou com você nessa. – Jacob respondeu cruzando os braços, enquanto olhava para Thomas curioso. – Como ele...?

-Todas as emoções que Thomas já sentiu ao mesmo tempo, isso pode enlouquecer alguém. – Alice respondeu dando de ombros.

-Está muito fraco, Jasper, deixa de ser marica e o faça perde a cabeça. – Emmett riu estrondosamente.

De repente Thomas girou na cama e começou a berrar mais alto no chão.

-Faço-o sentir orgulho. – Nicolas pediu.

-O que? – Franzi o cenho para o lobisomem.

Thomas parou ofegante e começou a sorrir.

-Vocês nunca vencerão! – Sorriu vitorioso. – Eu estou a um passo de cada de vocês.

-Sério? – Olhei-o ironicamente.

-Sim, quem imaginaria que eu possuiria o corpo do meu próprio filho? – Um lento sorriso se formou em meu rosto.

Estávamos falando com Bryan Louvain.

-Isso foi fácil. – Rose comentou.

-Ele é o cara que está tentando matar minha mãe? – Nessie perguntou ficando tensa de repente. – Ah cara! Eu até tinha gostado de Thomas!

-Do Thomas ou das parte dele? – Emmett perguntou malicioso, Nessie o ignorou e Jake rosnou.

Dei um pequeno sorriso com a situação.

O sorriso foi embora quando Thomas pulou em mim, rosnei ao me ver presa no chão. Ele foi em direção ao meu pescoço com as presas começando a se forma, ele ia se transforma em cima de mim!

Nicolas agarrou o pescoço de Thomas, ou melhor, de Bryan Louvain, a centímetros do meu pescoço. Thomas, ou Bryan, arregalou os olhos enquanto sentia o aperto em seu pescoço. Nicolas tinha um olhar nada feliz em seu rosto, na verdade, seus olhos estavam borbulhando de raiva pela primeira vez desde que o conheci, ou reencontrei...

Isso soa tão estupido quando se pensa.

Me levantei rapidamente, meus olhos estavam negros, eu tinha certeza, como esse lobisomem ousa me atacar? Nicolas o jogou de volta na cama antes que eu pudesse fazer algo contra ele.

-Você está cego pela vingança. – Nicolas comentou estreitando os olhos. – Deveria ter vergonha de roubar o corpo do seu próprio filho.

-Por quê? Eu estou mais jovem e mais forte, sei exatamente o que fazer. – Então ele começou a se contorce de novo.

Deixei minha cabeça pender para o lado curiosa. Nicolas se afastou dele até ficar ao meu lado, pude percebe que ele não estava bem do meu lado, parecia estar me mantendo atrás dele.

Ok... Esse lobisomem quer me proteger? Sorri divertida e coloquei as mãos na cintura.

Eu tenho quatrocentos anos e nunca permiti ninguém me protegendo, ou lutando por mim.

-O que está acontecendo? – Nessie perguntou parecendo assustada, ela tinha se aproximado de Jake que também tinha assumido uma postura protetora.

Alice e Rose foram colocadas atrás dos vampiros também.

-Ele está se transformando. – Nicolas disse em tom baixo. – Ou algo assim...

-Como assim? – Perguntei me inclinando para ver Thomas melhor, parecia realmente doloroso.

-Ele já teria que ser um lobisomem nesse momento.

-Eu sei o que está acontecendo! – Alice exclamou. – Dois espíritos não podem ficar no mesmo corpo sem essas crises, Thomas está lutando para obter o controle.

-É melhor que as mulheres saiam. – Jasper disse empurrando Alice e Rose.

-O que? – Alice exclamou, Rose rosnou.

-Entendam, nós dois e os dois lobisomens são o suficiente. – Emmett pediu agarrando o braço de Rose.

-Nós não vamos sair. – Rose exclamou.

-Sim, vocês vão. – Emmett rosnou de volta. – O que estão esperando? – Perguntou mal humorado.

Jasper olhou para elas.

Entendi o que ocorria, Emmett as intimidava e Jasper aumentava o temor.

As duas olharam para os companheiros e saíram do quarto com um olhar mal humorado.

-Você também, Nessie. – Jake pediu olhando para o lobisomem que começava a rosnar e gritar novamente.

-O que...? – Ele não deu nem tempo para ela falar.

-Eu disse para sair. – Olhei para Jake surpresa com seu tom cortante, Nessie o olhou por um instante.

-E Jane?

-Quem tentar me expulsar irá sofrer as consequências, eu posso garantir isso. – Falei sem desviar os olhos de Thomas.

Os membros dele começavam a se alongar e as presas ficaram maiores, assim como as mãos se transformavam em grandes garras peludas.

-O que está esperando Nessie?- Jake gruindo, olhei para o lado brevemente.

Tudo para ser surpreendida, Jake agarrou a cintura de Nessie, colocou-a fora do quarto e fechou a porta na cara dela, então ele girou o trinco da chave.

-Olha quem está virando homem... – Emmett comentou ironicamente, enquanto se posicionava ao lado da cama e Jasper fazia o mesmo do outro.

-Jane, eu preciso que você o faça desmaiar de dor quando disser. – Nicolas pediu sobre o ombro.

-É para isso que estou aqui. – Sorri maliciosa. – Só fale quando.

Então o lobisomem completamente transformado pulou em cima de nós dois. Fiquei com Nicolas e o lobisomem em cima de mim, nada agradável.

Não doeu nada até senti as garras dele.

-Abra! – Rosnei quebrando a pata da criatura asquerosa, ele estava agarrando o focinho e eu pude ouvir o som da mandíbula de Bryan se quebrar.

O lobo saiu de cima de nós, graças a Emmett e Jasper que o seguraram pelos lados. Jake se aproximou de nós rapidamente.

-Não deixe-o atacar, Jane. – Nicolas falou antes de olhar para o lobisomem.

Emmett quebrou a bacia do lobo e ele caiu no chão.

-Nicolas? – Cantarolei impaciente.

-Agora.

Olhei para o lobisomem e ele começou a se contorce da melhor forma que pode, já que estava se regenerando. Jasper saiu do quarto, provavelmente indo checar se o lobo não chamou sua alcateia mentalmente.

Todos ficaram quietos, enquanto o lobo uivava cada vez mais alto, então ele foi atirado contra a parede, eu senti um prazer indescritível em empurrar aquilo para ele. Sorri quando ele começou a se engasgar de tanta dor, então o deixei cair no chão.

O lobisomem desmaiou na forma humana depois de alguns segundos, seu corpo ainda tremia, pois eu ainda induzia a dor, meu sorriso cresceu ao ver as lagrimas em seus olhos...

-Jane, pare... – Nicolas tocou em meu ombro.

Pisquei parando de sorrir bruscamente, eu tinha que controlar a intensidade da dor que produzia, era muito prazeroso para mim, mas era perigoso.

Certa vez induzi um humano ao coma e o mesmo teve morte cerebral. Tudo por que eu produzi tanta dor que o corpo não conseguiu se livrar da ilusão.

-Ao menos sabemos no que estamos nos metendo. – Emmett comentou colocando as mãos no bolso.

Jacob havia pegado Thomas e o colocado na cama.

-Que pai... – Jacob murmurou para si mesmo. – Acho que vou lá embaixo, provavelmente beber um pouco, ou vomitar.

Emmett desceu com ele, eu fiquei no quarto por alguns instantes.

-Por que quis me proteger? – Perguntei curiosa.

-Ele iria querer marca-la como dele, já que era a fêmea mais próxima, por isso pulou em você para inicio de conversa.

-E dai?

-Isso me incomoda. – Murmurou tão baixo que quase não ouvi, franzi o cenho pensativa, antes que eu pudesse fazer qualquer pergunta, Nicolas agarrou meu braço e me puxou para fora do quarto, dizendo: – Agora, vamos deixa-lo descansar.

Bella P.O.V

Edward esperava na sala, enquanto eu arrumava minhas coisas.

Parei quando abri minha mala e vi o pacote ali, lentamente o peguei.

Era o que minha mãe tinha deixado no banco.

Ela tinha me deixado um livro de bruxaria, era meio antigo e bem grosso. Meus olhos caíram no outro pacote.

Era uma caixa de joia, ali tinha um colar realmente lindo. Tinha um pingente azul e a corrente era prateada. Toquei no metal frio, havia uma carta dizendo que aquilo iria me proteger, que era passado pela família quando completavam dezoito anos.

E era meio irônico, já que ia fazer dezoito no próximo mês. Eu o usaria nesse dia, iria honrar Renné dessa forma.

A carta não falava apenas sobre o colar, ela se desculpava por ter escondido tudo isso de mim, que ela só quis para mim o melhor.

E fez um pedido.

Que eu encontrasse alguém e fosse feliz.

Sorri levemente ao percebe que Renné teve o cuidado de dizer que eu deveria encontrar alguém e não construir uma família. Ela sabia que não poderia fazer isso, nunca construiria uma família.

Eu omiti uma coisa para Edward, não era só por causa dos meus pais que eu era relutante em casar.

Eu não podia ter filhos, nasci assim, por isso nem mesmo o fato do meu corpo de demônio curar todos os meus ferimentos poderia me permiti ficar gravida.

O medico me garantiu isso em tom pesaroso.

Não que eu tenha interesse em ter, não depois que virei um demônio, mas fiquei curiosa sobre isso na época.

No fim, eu poderia ser considerada uma mãe. Nessie me deu o apelido e nunca mais parou de me chamar assim depois que descobri que era estéril.

-Você está pronta? – Ouvi Edward pergunta da sala, o frio na barriga me bateu novamente.

Fechei os olhos e deixei um longe suspiro sair pela minha boca. Então empacotei tudo de volta.

-Quase. – Respondi sobre o ombro.

-O que sua mãe lhe deixou? – Ele perguntou atrás de mim, me virei.

-Seus bens mais preciosos. – Dei de ombros, engolindo o bolo na garganta. – Então, como eu vou achar a tal bruxa?

-Eu não faço ideia, só sei que só você pode, ou seu sangue. – Olhei-o incrédula.

-Como pode ter tanta certeza?

-Madeleine não mentiria, seria sua morte. – Ergui as sobrancelhas e não falei nada. – Aqui é aconchegante. – Comentou olhando para o meu quarto.

-É... – Puxei minha mala para fora da cama. – É um bom lugar para se ignorar o mundo. – Retruquei. – Vamos?

Ele pegou minha mala e saímos.

-Que voo é o nosso? – Ele sorriu para mim.

-Bella, nós vamos de jato.

-Oh... – Murmurei e o segui dando uma risada baixa.

Ser rico tem suas vantagens.

Esme P.O.V

-Explique-se! – Carlisle rosnou.

-Ela não pode ser localizada, por que ela não existe. – Madeleine revirou os olhos. – Sua busca é inútil. –Sorriu para nós. - Boa noite. – Se virou e saiu.

-Como isso é possível? – Carlisle bufou. – Estamos perdendo algo, Esme.

Me aproximei dele e sentei em seu colo, ele suspirou e afundou o rosto em meu pescoço, pude sentir seu corpo inteiro relaxar ao sentir meu cheiro.

-Talvez devêssemos deixar isso para lá. – Carlisle me olhou incrédulo. – Vamos nos focar no que essa tal de Anna falou: Nessie e Jacob.

-Era só uma forma de nos confundir...

-Não acho, algo me diz que devemos verificar isso.

-É por que ela é sua descendente, não? – Carlislee suspirou acariciando minha cintura.

-Obviamente. – Respondi deitando minha cabeça em seu ombro. – Meus poderes se manifestaram quando ela me tocou, acha que possa ter alguma relação?

-Talvez, nunca ouvi nada parecido, mas não custa nada procurar. – Respondeu.

-Eu odeio o fato de estarmos lutando. – Comentei brincando com os botões sua camisa. – Me lembra a ultima vez.

-Nós mal tínhamos começado o clã, minha vida, Rose e Emmett nem sonhavam em nascer e Alice ainda era um demônio.

-Mas você se lembra de como Edward ficou? - Ele sabia ao que me referia.

-Acha que aquilo irá acontecer novamente?

-Eu vejo como ele age com Bella, Carlisle, a necessidade de protegê-la, o ciúme, até a maneira como fala dela... – Me afastei dele e lhe dei um sorriso fraco. – Eu acho que ele pode sim estar apaixonado.

-Você acha que ela...? – Dei uma risada baixa.

-Já parou para pensar como os dois agem quando estão juntos? Nenhuma atuação pode ser tão boa, nunca estão desconfortáveis em agirem romanticamente, mas a prova definitiva é o fato de que Edward não se interessou por nenhuma outra mulher.

-Como pode saber isso?

-Por que na festa em que capturamos Thomas, os succubos abusaram da boa vontade Edward, e não foram as únicas e sabe o que ele fez? – Carlisle ergueu a sobrancelha. – Agiu indiferente! Então Bella apareceu na sala VIP e ele a beijou de uma forma tão urgente, como se precisasse daquilo para se manter ali.

-Não está fantasiando coisas Esme?

-Não se atreva a me dizer algo assim! – Rosnei lhe dando um tapa no peito, ele revirou os olhos. – Preste bem atenção em como eles vão agir um com o outro quando os vir de novo.

-Até lá, meu amor... – Me deu beijo. – É uma hora da manhã e eu me sinto necessitado de amor... – Sorri divertida, enquanto ele agarrava meu rosto.

Ariadne/Didyme P.O.V

Pela primeira vez em muito tempo, meus olhos estavam cheios de lagrimas.

-Todo esse tempo... – Marcus murmurou para si mesmo amargamente. – Foram mais de três mil anos! E só agora você resolve me dizer que está viva?

No instante em que nos vimos na clareira, eu pedi para ele me ajudar com algo antes de falar qualquer coisa. Ele me ajudou e agora estávamos sozinhos em um lugar remoto da floresta em La Push.

-Você parecia bem contente, segundo Safira. – Comentei tentando manter a compostura.

-É claro que eu estava! – Ele se virou para mim. – Eu te amo, Didyme, consegue entender isso? Eu te amo e irei ama-la por toda a eternidade, descobrir que você realmente está viva é alivio. Mas agora, eu quero saber, por quê me infligiu tanta dor?

-É complicado, Marcus.

-Você não me ama? – Arregalei os olhos.

-O que? Não, eu te amo, Marcus, é por isso que eu fingi minha morte. – Ele me olhou por um instante, segurei sua mão. –Sinta... – Olhei para seu rosto, toda a emoção do amor que nos une voltou para mim. – Eu não estou mentindo.

-Aro a teria perdoado...

-Aro estava cego pelo poder, ele iria me matar. – Suspirei. – Meu próprio irmão já havia tentado me matar antes, simplesmente por que eu sou a chave para ele perde todo poder que tem.

-O que está dizendo?

-Eu sei o que está por vir, meu amor. Fingi minha morte para poder impedir a sua morte, Aro não iria parar. – Pisquei e senti algumas lagrimas saindo. – Duzentos anos atrás os demônios tentaram se reergue...

-Eles não conseguiram...

-E então surgiu os Cullen. – Ele me olhou intrigado. – Eu fiz algo terrível, Marcus, eu mexi com o tempo, mas você já sabe disso, certo?

-Lucy está morta.

-Foi morta a duzentos anos atrás. – Respondi. – Com o surgimento dos Cullen.

-O que os Cullen tem a ver com isso?

-Marcus, minha amor, estamos todas nessa pequena cidade chuvosa chamada Forks. – Segurei seu rosto. – Você acha que é coincidência?

Ele franziu o cenho por um instante, quando seu rosto se clareou, eu soube que ele havia se lembrado do passado.

Do nosso passado.

Edward P.O.V

Eu dei uma risada ao ouvir Bella rindo, era realmente contagiante. Estamos no avião partícula atravessando o oceano, ela tinha cabeça apoiada em minha perna com os longos cabelos espalhados pelo meu colo. Nós conversávamos sobre as mentiras que dissemos um paro o outro durante os meses que achamos que cada um era humano.

-Eu ainda não acredito que não mentiu sobre comer terra.

-Foi antes de toda essa confusão comigo começar, eu era apenas uma garota teimosa que não poderia ter o orgulho ferido. – Suspirou sorrindo, brinquei com o seu cabelo, eu estava pensando em contar seus fios de cabelo enquanto ela dormia.

Felizmente ela acordou.

-Certa vez você me perguntou qual era minha fruta favorita. – Comecei pensativo. – Foi estranho, me perguntou do nada no meio da aula, por quê?

-Eu estava entediada então te fiz uma pergunta aleatória para fazer alguma coisa com o que respondesse, eu acabei fazendo uma sobremesa para Charlie. – Deu de ombros. – Eu me lembro que respondeu morangos rápido demais para alguém que não come. – Me olhou intrigada.

-É por que eu estava sentindo cheiros de morangos na hora.

-Sério? Eu não me lembro disso.

-O cheiro vinha de você. – Sorri para seu cenho franzido.

-Eu pensei que cheirasse a flores para vocês vampiros.

-E cheira, seu cheiro me lembra morangos e existe flores no morangueiros. – Acariciei sua pele. – A pétala da flor é da mesma cor da sua pele, interessante não?

-Eu não sabia que existia flor de morango. – Comentou pensativa, seus lábios formaram um leve beiço. – De qualquer forma, qual era sua fruta favorita quando era humano?

-Não consegue adivinhar? – Ergui as sobrancelhas. - Io sono italiana, fragolina. – Ela revirou os olhos.

-Uva. – Acenei com a cabeça.

-Meu vizinho cultivava para produzir seu vinho. – Sorri mergulhado nas lembranças de tanto tempo atrás. – Eu costumava roubar um cacho de vez em quando e passar a tarde com alguma garota.

-Aposto que quebrou bastantes corações. – Ergueu as sobrancelhas para mim.

-Não tantos quanto eu gostaria. – Sorri perversamente e ganhei um tapa no peito, agarrei sua mão. – Não seja ciumenta, querida. – Acrescentei dando um beijo em seus dedos.

-Muito hilário. – Suspirou enquanto eu brincava com sua unha. – Eu falei a verdade quando disse que nunca amei. – Olhei-a. – Eu me apaixonei, todo mundo tem paixonites, foi assim que perdi minha virgindade, mas nada perto de amor.

-Você se apaixonou por seu primo? – Ergui a sobrancelha.

-Eu era jovem e ele não parecia tão idiota.

-Ele te embebedou, não? – Ela me olhou. – Por isso você ficou tão fria sobre sexo, não era para acontecer.

-Eu não estava tão bêbada, mas, sim, se não estivesse alcoolizada não teria feito, porém, não por que eu não estava prepara ou alguma merda do gênero, só não teria coragem.

-Isso é irônico, você é um das pessoas mais corajosas que conheço.

-Somente por que aprendi a enfrentar as coisas mesmo morrendo de medo, afinal eu não tinha outra alternativa. – Ela suspirou pensativa. – De qualquer maneira, esse papo de você se casar... – Ela se virou para me olhar novamente. –... Acabou me lembrando dessa conversa, onde você me perguntou como se sabe que está amando...

-Sim, eu lembro disso, e vaja só: Somos noivos agora. – Ergui minha mão direita mostrando minha falsa aliança prateada, ela sorriu de lado.

-Então, você disse que nunca tinha amado, apenas sentindo paixão... – Ela fez uma pausa. – Tem duzentos anos, como isso é possível?

-Você me vê com alguma companheira? – Perguntei retoricamente. – Nunca compartilhei com ninguém o tipo de amor que existe entre minha família.

-Isso deve te matar. – Comentou enquanto eu voltava a brincar com suas mexas de cabelo.

-Nada que duas ou três mulheres não resolva. – Dei de ombros, ela me olhou indignada.

-Mostre um pouco de respeito as mulheres, bastardo! – Me deu um tapa no ombro, dei uma risada com a atitude. – O que isso significa? – Ela se ergueu rapidamente do meu colo, fiquei um tanto surpreso pela brusca ação. – Você só consegue se acalmar com duas ou três mulheres?

-Normalmente. – Ela estreitou os olhos, finalmente eu entendi o porquê da reação dela. – Não, eu não tive outras além de você nos últimos tempos, obrigado pela confiança. – Acrescentei sarcasticamente.

-Por que eu deveria acreditar?

-Por que você saberia se eu estivesse mentindo e fale mais baixo. – Apontei para a cabine, onde se encontrava o piloto.

-Não, você é bom em mentir. – Torceu a boca me olhando atentamente. – Você parou de fazer seu tique da mentira.

-O que? – Soltei uma risada.

-Esse não é ponto! Você fez a porcaria do trato e está o quebrando.

-Não, eu não estou. – Perdi o sorriso, não gosto que duvidem da minha palavra. – Na verdade, é mais provável que você quebre o trato.

-Do que esta falando? Eu não posso transar com humanos. – Ela me olhou incrédula. – Como eu supostamente irei quebrar o nosso acordo?

-Você tem que admitir, seu autocontrole melhorou nas ultimas semanas. – Observei erguendo as sobrancelhas.

-Você acha? – Ela perguntou subitamente interessada.

-É normal, Bella, eu mesmo já fui um tanto descontrolado, é o que a fome faz, mas você está se acostumando e aprendendo a controlar. – Ela me olhou curiosa por um instante.

-Você está me distraindo. – Estreitou os olhos

-Se quisesse distrai-la, eu a possuiria aqui e agora. – Rebati imediatamente mexendo as sobrancelhas sugestivamente. – Isso com certeza a distrairia.

-De qualquer maneira. – Tentou se focar, Bella pode ser distraída a menor menção sexual, é tão divertido. – Quer que eu acredite que você, que só se "acalmava" com duas ou mais mulheres, e agora está aguentado na boa só comigo?

-O que posso dizer? Você tem fogo. – Dei de ombros sorridente. – E eu propus o trato, não irei quebra-lo. – Ela suspirou se virando para frente e sentando com os pés no chão. – O que foi? – Perguntei ao ver sua expressão.

-Isso me parece tão errado. – Suspirou, olhei-a interrogativamente. – Eu costumava ser tão romântica e agora estou no meio de uma bagunça, onde eu combino com um vampiro que seremos exclusivos.

-Isso é temporário, Bella. – Coloquei meu braço sobre seus ombros e a trouxe para junto de mim. – E você fez isso soar tão ruim.

-É ruim. – Ela rebateu me olhando. – Que tipo de pessoa faz um "acordo" sobre manter fidelidade sexual?

-Eu conheço duas. – Respondi zombeteiro. – Bella, você concordou com isso de livre e espontânea vontade, o que mudou?

-Por que acha que algo mudou?

-Por que você está diferente.

-Ela me deixou uma carta. – Suspirou olhando para a janela. – Tudo o que queria era que eu encontrasse alguém e fosse feliz, Renné não queria que eu ficasse sozinha.

-Você não está sozinha, Bella. – Ela me olhou. – Você tem Nessie, tem Charlie e você até pode contar comigo.

-Eu sei disso... – Ela suspirou e olhou para as mãos. – Eu não devia estar usando esse anel. – Comentou erguendo a mão. – Não sou sua noiva, você não me ama, seja lá quem for está lá fora e você devia estar a caçando com a mesma ferocidade que faz com os humanos.

-Eu lhe disse que tenho todo o tempo do mundo... – E era verdade, eu não tinha pressa agora, Bella estava desempenhando muito bem o papel de minha companheira, mesmo que seja tudo falso.

-Ainda assim, não é só isso, eu menti para Nessie, eu posso mentir para o mundo inteiro e não sentir uma grama de culpa, eu posso arrancar tripas de seres humanos com dentes e ri, mas não há jeito de mentir para ela sem isso me matar por dentro.

-O vinculo emocional entre vocês duas é admirável, o próprio Marcus Volturi pensa assim. – Ela me olhou confusa. – Esse é o dom dele, saber o vinculo emocional das pessoas.

-E ele não desconfiou sobre nós?

-Existe paixão entre nós, somos um casal jovem por isso é normal. – Dei de ombros. -Ou talvez estejamos apaixonados um pelo o outro, quem sabe? – Bella apenas me olhou. – O que? A ideia é tão impossível assim?

-Não, não é. – Ela franziu o cenho. – Apenas nunca parei para pensar nisso.

Ela nunca havia parado para pensar em nós dois dessa maneira, isso era esperado, ainda assim me senti desconfortável. Isso significava que ela não sentia nada por mim, eu não tinha que me preocupar sobre ela se caindo em amores por mim...

De repente, Bella sorriu si mesma, como se tivesse acabado de descobrir algo.

-O que foi agora? – Suspirei quase me sentindo cansado, toda hora havia algo, impressionante.

-Você está me distraindo da minha própria melancolia e me consolando de um modo estranho. – Ela olhou para mim com um sorriso realmente meigo. – Isso é realmente doce de sua parte, obrigada.

-É para isso que estamos aqui. – Dei de ombros.

-Ainda assim, estamos meio enrolados aqui. – Ela comentou. – Vivemos e agimos praticamente como um casal, mas esse fato é uma mentira, e isso não pode ser saudável...

Revirei os olhos por um momento, então em um movimento rápido segurei seu rosto entre minhas mãos e a beijei. Ela ainda teve a audácia de tentar se afastar, porém, durou apenas alguns segundos até Bella agarrar minha camisa e eu afundar minha mão em seus cabelos macios.

Aproveite seu doce gosto por alguns instante, ela realmente me lembrava morangos, e nos separei, ela me olhou surpresa.

-E dai se não é saudável? Se é errado? Ou se é loucura? Nós estamos aqui nos beijando e isso me parece muito bom, não concorda?

Ela abriu a boca para falar algo, mas eu calei com outro beijo.

-E deixemos tudo claro, ok? Isso, nós, pode ser um monte de coisa, mas não é uma mentira. – Revirei os olhos. – Eu não sei bem como definir nossa relação, mas definitivamente não é uma mentira. Eu me importo com você, Bella, e até onde sei, você também se importa comigo.

-E o que vamos fazer sobre isso, então? – Ela suspirou franzido o cenho, olhei para sua ruga de preocupação.

-Irei lhe propor um novo trato. – Bella me deu um olhar cansado que dizia "Está brincando comigo?" – Eu não irei manter segredos de você. – Ela arregalou os olhos levemente.

-Isso é arriscado... O que eu irei lhe dar em troca?

-Sua confiança, é tudo o que eu quero. – Ela me olhou cautelosa por um instante. – Então?

-Você basicamente me pediu para confiar em você e está me dando razões para isso.

-Não é assim que uma amizade funciona?

-Amizade?

-Você quer chamar isso de namoro? – Ergui a sobrancelha.

-Mas ai teríamos que ser monogâmicos. – Ela riu, então eu lhe olhei erguendo as sobrancelhas. – O que é exatamente que combinamos...

Desviamos o olhar um do outro.

-Eu não tinha parado para pensar que, pela primeira vez em quase cem anos, estou sendo monógamo. - Forcei uma risada.

– Nós somos amantes, temos um caso. – Olhei-a interessado quando ela cortou minha risada.

– Então, temos um trato?

-Temos uma relação. – Ela acenou com a cabeça enquanto dava um sorrisinho sacana. – Então, posso fazer qualquer pergunta?

-Eu arranquei as respostas de você, pode fazer o mesmo comigo. – Abri os braços. – Pode começar o massacre.

-Ok. – Deitou a cabeça em minhas pernas novamente e me encarou com grandes olhos inocentes, fiquei em alerta. – Como foi sua primeira vez?


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Notas finais do capítulo

Então... O que dizer, galera?
Foram tantas coisas em um só capitulo, certo?
Mas o principal mesmo foi eu ter revelado quem é a impostora:
Sim, é a Safira!
É claro que não entregarei o jogo assim tão facil, vocês sabem que é, mas não sabem mais nada além disso! Estou sendo má, eu sei!
Mas, hey, eu revelei a Safira e a mesma teve uma quase morte muito digna com a apunhalada nas costas, não? Edward aprovaria depois de tantas facadas, aposto!
Mas o capitulo não foi só isso , certo? Teve bastante a historia de Alice em mais detalhes, ela foi russa e já foi protetora das amazonas russas.
Que, por coincidência, tem conexão com Nessie!
O quadro finalmente vai ganhar espaço! Já dei a primeira peça do quebra cabela, meus amores!
Edward conhecia o pintor =P
Teorias de conspiração depois do POV de Ariadne/Dydime?
Mandem ver!
Até mais
Maça ;*
PS. Antes que eu me esqueça, fiz uma capa nova, espero que gostem!
No outro site, eu normalmente posto uma preview do próximo capitulo, muito leitor aqui pediu para fazer também, mas eu não quero copiar o que já coloquei lá, então colocarei outro trecho:
Preview do próximo capitulo:
"[...] -Falando sobre o passado. Me levantei do sofá. Eu estive pensando sobre o meu passado e tudo mais. Ele voltou a ler o livro. Nicolas?
-Continue...
-Eu tenho apagões de memorias em minha vida humana e algumas partes como vampira, mas sei quando fui transformada por que foi Caius quem o fez. Ele abriu a boca, mas algo pareceu o impedir de falar. Você não pode falar sobre isso, não é mesmo?
Ele abriu a boca novamente, mas nada saiu.
-Vou entender como um sim. Soltei um muxoxo. Como vou descobrir algo se nem sei por onde começar? Ele pigarreou.
-Eu já disse isso."