Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 25
Quando se é uma questão de artimanhas


Notas iniciais do capítulo

Hey! Olha o segundo capitulo de hoje!



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Capitulo 25

Bella P.O.V

-Bella! – Acordei em um sobressalto.

O que está acontecendo? Olhei ao redor, mas tudo o que vi foi meio embaçado, então me dei conta de que era apenas Edward. Gemi me virando para afundar a cabeça no travesseiro.

-Bella, preciso que fique acordada por um minuto. – Fiz um barulho em resposta a Edward. – Eu tenho que sair. – Ergui minha cabeça rapidamente.

-Como assim? Onde vai? - Me sentei o olhando curiosa, estreitei os olhos para ele.

-Isso é apenas da minha conta. – Respondeu evasivo.

-Então por que me acordou? – Perguntei mal humorada.

-Por que estava falando com Carlisle agora pouco e vão seqüestra Thomas Louvain.

-Finalmente! – Exclamei me jogando na cama. – Que criatura difícil de ser pega.

-Sim, toda uma operação está sendo montada, fingirão que estão atrás de mim e iram pegar Louvain. Outros grupos que indicam minha direção também estão sendo montados, entre esses grupos o que os lobisomens atacarem é o do traidor.

-E se forem atrás de você?

-Não irão, o grupo que irá atrás de mim é de extrema confiança.

-E você estará lá por quê...?

-Por que sou útil. – Deu de ombros. – E eu vou sair agora, por isso te acordei.

-Espera! Eu tenho que ficar aqui quieta e você pode sair?

-Sei me cuidar, você tem tendência a suicídio. – Abri a boca indignada, enquanto ele se levantava da cama. – Se lembre que estou apenas a mantendo segura.

Soltei um gruindo e revirei os olhos, então me levantei.

-Só pode estar de brincadeira. – Parei na frente dele. – Acha que estarei segura aqui? Sozinha?

-Como você disse antes, aqui é onde se esconde suas mercadorias, não vem aqui a quase um ano, não existe cheiro seu por aqui. Apenas o cheiro de tintas, pólvora, dinheiro e um leve cheiro de orquídeas. – Edward respondeu com um sorriso.

-Algum conselho se algo der errado? – Ele me olhou cético. – Como você não voltar. – Acrescentei, ele ergueu a sobrancelha e eu dei de ombros. – Tenho que me manter alerta para todas as possibilidades.

-Procure um prostíbulo, o cheiro de sexo é bem forte. – Estreitei os olhos para ele, e ia falar algo, mas... – Agora, me prometa que vai ficar aqui. – Segurou o meu rosto com as duas mãos, me obrigando a olhar para ele. – Prometa. – Exigiu.

-Lembra da ultima vez que prometi? Uma pista: Foi ontem. – Respondi irônica, mas por dentro tremia toda com a lembrança que me veio. Edward deu suspiro impaciente.

-Então, prometa que não irá se entregar para ninguém. – Ele parecia incrivelmente sério.

Ficamos nos encarando por vários segundos, ninguém recuou, nem piscou.

-Ok... – Falei em voz baixa. – Eu prometo cuidar mim mesma. – Acrescentei obstinadamente.

-Ótimo... – Então ele me deu um beijo na testa e puf! Sumiu da minha vista antes que eu pudesse abrir a boca. Bufei e olhei ao redor do quarto de meu apartamento médio.

Era ali que guardava os quadros, as jóias e etc... Parei de roubar a um ano, logo o apartamento já não era mais utilizado. Ele só estava sem meu cheiro por que Nessie foi ali seis meses atrás e ela gostava de manter a janela aberta. Daí vinha o leve rastro de orquídeas que Edward comentou.

-Olá tédio. – Cumprimentei resignadamente.

Jane P.O.V

-Justamente com quem eu queria falar. – Me virei ao ouvir a voz de meu irmão.

Antes que eu pudesse abrir a boca fui empurrada com força para uma das celas.

-O que há Alec? – Perguntei asperamente.

-Não seja assim. – Ergueu as sobrancelhas para mim, suspirei impaciente. – Fui informado do que aconteceu com tal lobisomem.

-E? – Ele me olhou com um carranca.

-Como "e"? Sou seu irmão mais velho.

-Não seja cínico. – O olhei mal humorada, ele não era meu irmão e nem nunca seria, ambos sabíamos disso.

-Jane... – Me olhou em advertência, suspirei.

-Tudo bem... Eu só não quero que saibam toda a armação, estaríamos mortos por ajudar uma vampira que expôs a espécie.

-Ela está morta. – Alec comentou. – Não teria...

-Os Romenos queriam a cabeça dela, então simulamos o seu envelhecimento, modificamos sua sentença e a sua morte. – O cortei me sentando na cama. – Somos cúmplices em sua fuga.

-E mesmo assim ela morreu anos depois.

-Nosso pior crime não foi esse, Alec. Os filhos dela deveriam morrer e ainda assim, nós o ajudamos. – Olhei para ele. – Ela nos deu uma chance nos entregando para os Volturis e Caius nos aceitou sabe-se lá o motivo. Mas, tudo isso é a chance perfeita para os Romenos abrirem uma guerra com os Volturis e isso definitivamente não é o que precisamos agora.

-Acha que não sei disso, Jane? Achei que isso tudo seria enterrado com a noticia da morte dela... – Se sentou em uma cadeira. – Ao menos estamos aqui, juntos. – Nem me dei o trabalho de ergue os olhos para o infeliz.

Alec e eu nos conhecemos no castelo do Príncipe da Transilvânia: István Báthory, depois que ele morreu a condessa, pediu para ele a servi-la.

O que importa é que em algum momento naqueles anos, ele se apaixonou por mim, eu nunca cheguei a retribuí-lo romanticamente e o rejeitei. Aliais continuo fazendo isso até hoje, simplesmente não sinto nada desse gênero por ele.

Na verdade, eu não sinto nada além de uma sensação de divida, o que me fez defende-lo a anos atrás.

-Nicolas falou como meus olhos eram bonitos e... – Comentei cortando o breve silêncio, Alec ergueu os olhos para mim. – De como eles eram azuis... – O encarei séria.

-Isso não significa que lhe conheceu quando humana. – Me olhou secamente. -Você é loira Jane, ter olhos azuis é natural.

-E ele sabia que eu era o braço direito de Bathory. – Completei e Alec se deixou arregalar um pouco os olhos.

-Então mantenho-o afastado, se ele sabe demais deixaremos que se manifeste sobre o quer em troca.

-Não irei me afastar, Alec, gosto de manter qualquer inimigo em potencial por perto. - Dei um sorriso sarcástico para meu irmão.

-Sei que não posso controla-la, mas mantenha-se longe, Jane. - Havia aquela emoção em seu olho, eu nunca gostei ver aquilo. – Nunca se pode subestimar os seres vivos. – Ele se aproximou demais de mim... – Você sabe que eu me importo com você.

-Nem pense nisso. – Rosnei me virando rapidamente. Ele ia mesmo tentar me beijar de novo?

Bufei e sai da sala rapidamente sem olhar para trás. Eu tinha que voltar a cidade novamente e Nessie provavelmente iria querer ir, logo Nicolas acompanharia.

Tenho a nítida sensação que ele iria fazê-lo.

No fim, eu mataria dois problemas de uma vez.

...

-É um alivio sair daquela casa. – Nessie comentou alegremente ao meu lado. – Tem algumas coisas que preciso fazer.

-Só vamos para Forks. – Cortei o entusiasmo,

-Eu só preciso de um computador que não seja o meu, Jane. – Ela disse defensiva. – Vou comprar um quadro. – Sorriu divertida.

-Interessante. – Recrutei desinteressada.

-O que irá fazer lá? – Nicolas perguntou para mim lá atrás, acelerei um pouco o carro, a voz dele me lembrava o cheiro do carro. A pior parte era que para responder eu tinha que respirar aquele fedor.

Ao menos Jake não foi conosco, um cheiro a mais e eu matava alguém.

-Recolher informações. – Respondi curtamente, pois a ação implicava em respirar, coisa que eu não estava fazendo no momento.

-E aonde nós vamos? – Nessie perguntou.

-Ao bar, lanchonete, ou algo do gênero que tem em Forks.

-Lá deve ter um computador. – Nessie comentou pensativa.

-Não sabe? Pensei que já tinha vindo para cá antes. – Nicolas a olhou surpreso, confesso que também estava intrigada.

-Sempre fiquei em Port Angeles ou Seattle quando vinha para cá. – Nessie deu de ombros. – Agora preciso de um computador que não é meu, por que não confio no pessoal da casa, sem ofensas. – Acrescentou para mim.

-Não me sinto ofendida, não confio nem no meu irmão. – Recrutei dando de ombros.

O silêncio reinou no carro de repente, desviei meus olhos para Nessie, ela nunca parava de falar, o que estava acontecendo afinal? Ela estava me olhando surpresa, a boca pendia entre aberta dando a ela um ar estúpido.

Sua expressão demonstrava choque pela minha fala, sim, alguém como ela deve ficar surpresa pelo tamanho de minha desconfiança.

-Ninguém? Nem os três bamban's Volturis? – Dei uma risada baixa.

Eu ando por ai tempo o suficiente para aprender que em algum momento alguém irá mentir para você e apunhalá-lo nas costas.

-Seu conceito de confiança é diferente do meu, Nessie. – Estacionei o carro. – Não fique tão chocada. – Sai do carro e analisei o lugar com meus sentidos. Cheiros de humanos demais, como imaginei, estava perfeita camuflado. Mas eu podia sentir o cheiro de Riley pelas redondezas.

E uma dúzia de outros rastros vampiros. Haviam camuflado toda a cidade para podermos andar sem perceberem.

-É uma boa coisa que não esteja usando suas roupinhas de sempre. – Nessie comentou já ao meu lado. Continuei olhando ao redor, a ignorando. – Caso contrario, nunca que eu ia deixar alguém me ver perto de você.

-Não é sábio me ofender. – Comentei casualmente, enquanto começava a andar no ritmo irritante dos humanos.

-Jane, você é sobrenaturalmente bonita, se ficar com roupas estranhas, a cidade vai tentar queima-la em uma fogueira. – Nessie riu da própria piada e Nicolas a acompanhou.

-Eles faziam por menos, Nessie. – Recrutei distraidamente.

-Você viveu na época das caçadas, Jane? – Nicolas perguntou se fazendo de curioso.- Não pensava que fosse tão nova.

-Algo assim. – Respondi mandando um olhar mortal sobre o ombro. Ele não devia fazer piadas sobre meus séculos de vida.

Me aproximei da entrada e abri a porta um tanto bruscamente e olhei ao redor. Riley ergueu os olhos para mim e fez um movimento imperceptível para mim, uma ruiva sentava na frente dele e parecia confortavelmente alegre.

Me virei em direção ao balcão, iria pedir uma bebida para disfarça. Olhei para o barman adolescente que me olhava encantado, abri um sorriso conveniente.

-Duas porções de batata, uma de cebola, um x-bacon e uma coca. – Nicolas surgiu do nada com Nessie, que o olhou enojado. – Estou com fome. – Deu de ombros ao ver nossos olhares.

Lancei um olhar desconfiado para ele, eu presumi que lobisomens imortais não comessem.

-Água. – Pedi quando vi que o barman esperava meu pedido.

-É, o mesmo que ela. – Nessie disse imediatamente. – Onde fica a internet? – O barman apontou para o canto. – Arranjem uma mesa, volto logo. – E saiu saltitante para o canto asqueroso do boteco.

Boteco... Essa é uma boa palavra para qualificar o lugar.

Me sentei em silencio em uma mesa e Nicolas me seguiu olhando ao redor. Ignorei seus atos e continuei minha busca pelas conversas ao redor...

Chato, nojento, chato, nojento, malicioso, meretriz, bêbado, chato, nojento...

Humanos são um tédio.

-Hey, aquela não é a loira da festa?

-A ultima que falou com Tyler...

Revirei os olhos e Nicolas ergueu as sobrancelhas para mim.

-Andou matando os humanos?

-Um demônio o fez, o humano estava bêbado e falou comigo, então a... – Olhei para Nicolas e me calei.

-Continue. – Pediu me olhando com um brilho estranho nos olhos.

-Não. – Recrutei, ele estreitou os olhos para mim.

-Por que é assim?

-Por que, como disse antes, eu não confio.

-Você costumava confiar. – Ergueu as sobrancelhas.

-Pare de agir como se me conhecesse. – Recrutei estreitando os olhos.

-O que quer que eu faça? Esqueça tudo? – Tudo? Como assim...?

-... Tudo? – Ele me olhou por alguns instantes e abriu a boca para responder.

De repente ouvi um estralo atrás de mim e me inclinei para o lado rapidamente. Um liquido rosado caiu em cima da mesa e nós dois nos erguemos da mesa.

Humanos e suas nojeiras...

-Desculpe. – Uma loira falou com um sorriso falso. – Eu tropecei. – Ah sim, tropeçou, a mesma desculpa estúpida de sempre.

Ao menos a criatividade poderia ser usada, mas nem isso a humana consegue ter.

-Lauren é jogou milk shake nela!

Lauren foi o nome que a impostora citou, ah sim... Ela estava com raiva de mim por que achava que eu me aproveitei do defunto da festa: Tyler.

É realmente incrível o quanto eles estão sofrendo pelo colega morto. Quero dizer, cada um do pequeno grupo usa preto, mas falam como se fosse uma reunião qualquer.

-Está tudo bem. – Nicolas falou com um sorriso, a moça ficou um tanto desnorteada pelos olhos claros do moreno. Olhei ao redor procurando Nessie e ela estava enfurnada em um computador dos anos noventa, a ruiva olhou sobre o ombro para nós e depois voltou a digitar freneticamente.

-Eu realmente sinto muito. – Ela parecia com um tanto de raiva de mim. – Eu quero recompensa-los! Sentem-se com meus amigos e eu. – Apontou para um grupo de jovens vestidos de preto, o velório já tinha acontecido?

Nicolas e eu trocamos olhares e dei de ombros, ele se virou com um sorriso um tanto forçado.

-Ok.

-Ótimo, eu sou Lauren, aliais.

-Nicolas. – Nicolas cumprimentou. – Essa é Jane. – Apresentou enquanto eu seguia atrás deles.

-E vocês são primos, ou irmãos? – Olhei para o teto com a estupidez dela, nem sequer nos parecíamos.

-Não somos parentes, somos... – Nicolas respondeu se sentando a mesa. Nessie olhou sobre o ombro subitamente interessada em nós.

-Eu dei carona para ele na estrada. – Falei rapidamente, só me faltava eles acharem que Nicolas e eu estávamos envolvidos romanticamente. – Um amigo de meu pai mora aqui e vim passar as férias, encontrei Nicolas na estrada e resolvi dar uma carona.

-Sério? Não teve medo de que ele fosse um assassino ou algo assim?

-Me expressei mal. – Dei um sorrisinho. – Nos conhecemos antes. – Apontei para nós dois.

Todos ficaram me olhando em silêncio depois que respondi.

-E há quanto tempo estão aqui? – Um loiro na mesa perguntou interessado.

-Cinco dias. – Nicolas respondeu calmamente.

-Eu sei onde vi você! – Uma morena exclamou de repente. - Na festa de Ângela... – Todos ficaram em silêncio de repente, Lauren pela primeira vez engoliu a seco e pareceu realmente triste.

-Eu tenho que ir ao banheiro. – Ela se levantou rapidamente

-O que há com ela? – Nicolas perguntou franzido o cenho confuso.

-O garoto que morreu na festa era um pouco mais que amigo dela. – A morena respondeu sem graça. – Eu sou Jéssica. – Forçou um sorriso.

-Morreu um garoto? Como? – Nicolas perguntou.

-Ele foi esfaqueado e caiu do segundo andar para o térreo dentro a casa. – O loiro respondeu prontamente, ele não parecia muito afetado. Ele com certeza não era um demônio, podia sentir o cheiro do sangue humano, não de flores.

-Isso aconteceu na festa de sábado? – Perguntei arregalando os olhos dissimuladamente, acenaram com a cabeça. – Minhas condolências.

Um silencio pesado se fez depois disso.

-O que fazia lá? – O asiático perguntou de repente.

-Eu só fui atrás de um conhecido na festa, era o filho adotivo do amigo de meu pai. – Todos me olharam levemente confusos.

– Então, o que existe de bom nessa cidade? – Desviei o assunto para algo mais tedioso ainda: Atividades humanas.

Estranhamente os humanos pareciam se animar sobre o assunto.

Em minha opinião, a única coisa interessante por aqui é o numero de lobisomens para tortura.

-Chegamos do acampamento essa semana. A floresta estava sinistra, não é mesmo galera? – O loiro disse arregalando os olhos. – Ocorreram coisas aterrorizantes por lá!

-Tão aterrorizante que ele se borrou nas calças. – Um asiático exclamou fazendo todos rirem um pouco, bem, todos menos eu. Nicolas até me deu uma cotovelada, o olhei de lado. – Ao contrario de mim, eu sou homem mesmo... Gatinha. – Esse asiático fungou perto de mim?

Eu ia falar algo, ou melhor, faze-lo espumar pela boca de tanta dor que iria sentir quando a porta se abriu e o cheiro me bateu... Puxei o capuz da roupa rapidamente, estava irreconhecível, o cheiro de Nicolas cobria o meu, então...

Nessie olhou para a porta e depois para mim, apenas olhei para Riley e ele entendeu o recado. Aliais Riley estava se saindo melhor do esperado em arrancar informações da ruiva.

De qualquer maneira, era uma vampira de nosso clã, então relaxei um pouco.

A vampira entrou e ao redor interessada em todos, seus cabelos lisos caiam disciplinarmente sobre o ombro e seus olhos eram violeta por causa das lentes de contato. Puxei meu capuz e os olhos dela pararam em mim segundos depois, logo em seguida andou em direção a nossa mesa, e me sorriu falsamente divertida.

-Jane! Ainda bem que a encontrei. Preciso falar com você! – Gianna me olhou ansiosa. Me levantei da mesa e com um sorriso mecânico a acompanhei para o lado mais calmo do bar, boteco, lanchonete, não sei... – Eu não sei o que fazer, acho que sei quem está traindo a todos, mas... – Ela capturou minha atenção agora.

-O que?

Ela me olhou séria.

Edward P.O.V

-Desculpe o atraso. – Ela entrou murmurando para nós.

-Ao menos nos dá a honra de sua presença, Safira. – Tia alfinetou divertida.

A loira mascarada deu um riso sarcástico e resposta. Se aproximou de Selene e entregou uma pasta para a mesma. A morena rapidamente folheou tudo e depois olhou para ela, erguendo a sobrancelha.

-Dê uma olhada. – Selene pediu para Ariadne. Em um segundo ela estava olhando os papeis e saindo da sala, seguida por Selene.

Eu me encontrava isolado no momento, por isso não podia ler a mente de ninguém no recinto. Era uma medida de segurança que Selene tomou, ela não confiava em ninguém por completo, exceto Ariadne.

Safira se virou para a sala e ensaiou um sorriso sem dentes através da mascara podia se ver os olhos vermelhos com o mesmo brilho melancólico de sempre.

Há muitos anos atrás Safira havia sido atacada pelos lobisomens, uma bruxa estava do lado deles e de alguma forma fez com que os ferimentos não se cicatrizassem. A magia foi tão forte que o rosto da vampira é marcado até hoje, por isso ela usa uma mascara.

Sempre que a vejo, penso o quão triste deve ser viver tendo de esconder o próprio rosto de tudo e todos. Ao que parece a cicatriz é irreversível, existem coisas que nem a magia pode resolver...

-É importante que peguem Thomas. – Safira declarou andando ao redor da mesa com passos humanos. – Por isso nós faremos certa essa captura. – Olhou séria para todos.

-Por que é tão importante? – Liam perguntou interessado.

-Por que parte dessa guerra é sobre a vingança dos lobisomens contra os Swan's. Thomas é a chave para acabar com um dos motivos.

-Fim também é o começo, Safira. – Eleazar refletiu. – Não importa se resolvemos um dos motivos com um acordo, eles encontraram algo.

-Todos nós sabemos disso, mas ao menos isso ira causar certo desfoque para os demônios. E esses são nossos verdadeiros inimigos aqui.

-Então por que tudo isso? Não é muito estilo deles, serem esperto e fazer coisas por embaixo do pano.

-Estão nos distraindo, essa impostora, por exemplo, ela tentava proteger a Swan desviando a atenção para ela. A conseqüência disso foi que a atenção dos vampiros também foi desviada. Ao menos o clã recuperou o foco no traidor.

-Como assim protegendo a Swan? Se eu não soubesse diferenciar, poderia confundi-la com Bella, não acho que se passar por ela para nós seja uma forma de protegê-la...

-Ela protegia a Swan por motivos desconhecidos para mim, mas chegou ao meu conhecimento que ela se apresentou na Rússia como Isabella e confundiu os lobisomens por lá. É por isso que só atacaram os Cullen agora, Edward.

-Ainda não acho que ela protegia Bella. – Recrutei, todos se viraram para mim. – Ela protegia a si mesma, por que se arriscar em minha propriedade?

-Ele tem um ponto... – Eleazar comentou. – Por que ela atacaria os Cullen's?

-Estamos averiguando o assunto. – Safira respondeu curtamente. – Localiza se revelou tão difícil quanto achar Thomas.

-Obrigada por explicar algumas coisas, Safira. Mas temos pouco tempo, então vamos ao direto ao assunto. – Ouvi Selene aparecer na porta, Safira acenou com cabeça em sinal de respeito. A loira rapidamente se sentou e Selene assumiu a reunião. – O plano é...

...

-Edward. – Selene chamou assim que a maioria saiu da sala. – Gostaria de falar com você. – Me sentei novamente. – Vou ser direta... – Encarou meus olhos. – Fique Safira! – Exclamou quando a loira se virou para sair, Selene se virou para mim e perguntou: - Você tem algo com Bella Swan, certo?

-Somos noivos. – Respondi como se fosse algo obvio.

-Nossas fontes não sabiam disso até agora. – Selene ergueu a sobrancelha.

-Todos aqui tem suas próprias vidas, não vejo nada de relevante eu estar envolvido amorosamente com Bella. – Menti descaradamente.

-Sabe por que Safira usa a máscara? – Olhei para Safira, e a mesma olhava para Selene friamente, havia subitamente ficado ereta. – Ela nunca me disse o porquê, apenas disse que foi por causa de seu amor.

-Você não tem o direito de falar isso. – Safira interferiu calmamente.

-O que ela quer dizer? – Perguntei para a mascarada, Safira suspirou para mim.

-Eu amei, agora tenho que esconder meu rosto por causa disso.

-De qualquer maneira, ela se descuidou, agora tem que esconder o rosto e perdeu seu amor. Isso tudo por que se deixou ser distraída. – Finalmente entendi onde ela queria chegar.

-Está sugerindo que eu faça o que? – Perguntei já prevendo sua resposta.

-Termine com ela. – Ergui meus olhos para Selene rapidamente.

-O que? – Me levantei revoltado. – Você pensa que tem direito a opinar sobre esse assunto? – Em menos de um milésimo estava na frente dela. – Selene, você pode ter boas intenções, mas isso não significa que pode pedir algo assim. Eu irei me casar com Isabella Swan independente do que pensa sobre o assunto.

-Por quê? – Olhei para ela confuso. – Amor só trás mal, Edward. Ela irá deixa-lo tão vulnerável que até seus inimigos terão pena de você...

-Chega! – Cortei-a bruscamente e ela estreitou os olhos para mim.

-É a verdade, só estou o alertando que nem tudo são rosas. – Então ela sumiu da minha frente.

-Ela está errada, sabe... – Me virei e vi Safira de costas para mim, ela olhava para a porta. – O amor é exatamente como as rosas. É incrivelmente lindo, mas tem seus espinhos. – Se virou para mim. – Irá cancelar o casamento?

-Nunca. – Respondi firmemente, afinal não havia nada para ser cancelado.

Os olhos vermelhos cintilaram em minha direção.

-Então mantenha-se de olhos abertos, Cullen, Isabella Swan é um de seus pontos fracos... – Ela parou na porta. – E pelo o que ouvi, há várias pessoas que adorariam atingi-lo. – Me lançou um olhar sobre o ombro e depois se desapareceu com um sopro de ar.

...

Cheguei ao apartamento com o plano em mente, ainda era meio da tarde. Entrei no apartamento relativamente mobiliado dela, onde havia alguns quadros por ali e um espaço oco no chão. Enquanto Bella dormia, eu havia dado uma olhada ali, continha uma caixa cheia de jóias, duas maletas de dinheiro (uma em euro, outra em dólar) e um pen-drive.

-Bella? – Entrei fechei a porta e a procurei com meus sentidos.

-Como está o mundo lá fora? – Perguntou se aproximou, ela estava secando os cabelos.

-Bem, não teve nenhum desastre natural e nem uma guerra estourou, então acho que tudo está bem calmo.

-Sim, sim... – Comentou distraída. –Hey! O que sabe sobre a Jane?

-Me desculpe? – Me deitei no sofá e a olhei confuso.

-Nessie perguntou, por que ela sentiu algo estranho entre Jane e Nicolas, e ele deu a entender que a conhecia. – Ela se sentou ao lado da minha barriga.

-Você falou com Nessie? – Estreitei os olhos.

-Olhe ao redor, Edward. Somos ladras, é obvio que temos meios de manter comunicação. – Revirou os olhos.

-Bem, eu não li nada na mente dela que indicasse que conhecesse Nicolas. – Dei de ombros.

-E Nicolas?

-Ele é um lobisomem imortal com séculos de vida, ele não consegue me bloquear o tempo todo, mas, ainda assim, não é sempre que consigo ouvir seus pensamentos. – Bella suspirou olhando para o teto.

-Vai me falar o que foi fazer?

-Quer que eu minta? – Recrutei.

-Não... – Me olhou estranho.

-Então, não, eu não vou falar o que fui fazer. – Abri um sorriso para ela, uma bela carranca apareceu em resposta. – Agora me fale, como foi que conseguiu falar com Nessie? – Me sentei ao seu lado.

-Quer que eu minta para você? – Perguntou erguendo as sobrancelhas e abrindo um sorriso provocador.

-Engraçadinha. – Suspirei. – Você tem que se preparar.

-Por quê? – Me olhou curiosa.

-Como eu disse mais cedo vão capturar Thomas, e se qualquer coisa der errado... Bem, nós somos o plano B. – Tanto para Carlisle, tanto para Selene. É realmente animador o quanto as pessoas contam comigo.

-Uhum... – Bella apoiou a cabeça no encosto do sofá e me olhou com os olhos estreitos. – E quando será a tal festa em seremos o plano B?

-É hoje. – Ela arregalou os olhos.

-Ok... É muito para tão poucas horas. – Ela me olhou espantada.

-Sou um vampiro, tempo nunca foi problema para nosso raciocínio. – Pisquei para ela.

-E qual é o plano afinal?

-Nós entramos armamos uma distração e o pegamos.

-Simples demais considerando a quantidade monstruosa de guardas que terá lá. – Bella olhou hesitante.

-Teremos ajuda de uns conhecidos meus. – Respondi evasivamente.

-Tanto faz, eu vou traçar meu próprio plano. – Franzi o cenho para a criatura.

-Está tudo preparado, ele vai estar em uma festa do hotel, cercado de humanos Bella. Não será complicado misturar o cheiro. – Argumentei enquanto ela andava pelo apartamento como um vulto.

Ela parou atrás do sofá e se inclinou sobre o meu ombro.

-Então eu posso me diverti um pouco com roubo? – Me olhou sorridente.

-Então é isso que você quer? – Ergui a sobrancelha enquanto segurava seus braços ao redor de meu pescoço.

-Eles guardam jóias tão bonitas nos cofres de hotel. – Bella fez beiço para mim. – E eu preciso arranjar um presente de aniversario para mim mesma. Então, enquanto você está ocupado com o Thomas, eu me divirto pelo hotel, ok?

A olhei hesitante, o hotel estaria cheio de lobisomens, não sabíamos com o que lidávamos exatamente. Puxei Bella por cima do sofá e ela caiu em cima de mim.

-Hey! – Ela exclamou.

-Não sabemos se é território dos lobisomens, apenas sabemos que estará lotado deles e de outras criaturas. – A olhei sério.

-Eu estarei em contato com você via mensagem, que tal? Um escudo pode segurar os lobisomens muito bem. – Me ofereceu um sorriso animado. – Eu posso eliminar toda a segurança, tanto humana quanto a dos lobisomens se você quiser, assim, não terá vigias nas câmeras de vídeos que devem ter instalado por lá.

Não era má idéia, mas...

-Não. – Respondi determinado. – Sem chance, Bella. – Ela abriu uma carranca assustadora. – Não me olhe assim e nem pense em fazer nada! Eu lhe compro jóias depois.

-Mas...

-Mas nada, mulher. – Exclamei franzido o cenho para a teimosia em pessoa. – Você não vai roubar o hotel, ponto final. – Ela bufou inconformada em meu colo. – Irá me acompanhar na festa por garantia, somos o plano B em caso de emergência. Não vou deixa-la estragar tudo armando uma de suas confusões. – Ela me olhou indignada e estreitou os olhos, eu sabia que isso não era bom sinal.

-Será muito obvio quando nos virem juntos, mesmo que não nos conheça. – Estreitei os olhos para ela. – O que? É a verdade.

-O obvio é o que ninguém espera, minha querida. Você vai estar lá e dentro do meu campo de visão, um movimento e mando a tirarem de lá, entendeu? – Nada poderia estragar o plano hoje a noite.

-Ok! Eu vou me arrumar. – Se erguendo de meu colo.

-Faltam quatro horas. – Ela me olhou com desdém por cima dos ombros.

Eu não sabia que Bella era o tipo de fêmea que demora tanto para se arrumar... Ela é sempre tão indiferente com o vestuário.

Dei de ombros e me deitei no sofá novamente...

-YEAH! MAIS FORTE! MAIS! MAIS!MAAAAAAAAAIS! – Incrível! Eu acho que vou ter um momento de paz e o vizinho liga o pornô para bater uma, enquanto pensa na amiga da namorada.

Por que ele simplesmente não transa a amiga logo? Já que sente tanta tesão pela a amiga da namorada, certamente não é a namorada por quem está interessado.

Humanos complicam tanto...

...

Nessie P.O.V

OMG!

Jane está transtornada! Ela pirou totalmente!

Cara... A vampira é FODA!

-Isso é normal? – Perguntei para Nicolas. Tipo, estamos em um dos pontos vazios de um beco em Forks, e Jane já arrancou fé a vampira parecer em uma sessão de exorcismo de tanto que a coitada se contorce no chão.

-Jane, minha queri... – Jane olhou sobre o ombro e Nicolas espremeu os lábios ficando vermelho. Eu acho que ela estava o torturando... – O que ela fez?

Jane se virou para a vampira que choramingava no chão. Não pude deixar de notar que Nicolas respirou aliviado no mesmo instante.

-Levantou em falso contra meu irmão.

-Mas eu vi os códigos! – Ela suspirou chorosa, não agüentei mais ver aquilo.

Me aproximei por trás e segurei o braço de Jane e a fiz visualizar um sonho meu que envolvia sapos sapateando em um palco com fundo arco íris, e a platéia toda dançando rap.

Sim, os sapos sapateavam ao som de rap.

-PARE! – Ouvi um rosnado, de repente fui jogada no chão.

Quando abri os olhos, Jane estava ao meu lado olhando para mim confusa, havia um moreno, bem gato, com o cenho franzido para nós e Nicolas segurava a vampira acabada pelo braço.

-Riley! – A vampira exclamou se jogando nos braços dele, ele pareceu surpreso. Nicolas esticou a mão para mim e Jane, eu aceitei e Jane ignorou.

-Por que fez isso? – Jane rosnou para mim.

-Por que você é sádica! – Exclamei de volta. Jane estreitou os olhos para mim e eu senti seu poder vindo em minha direção, levantei o braço e mandei bala nos sapinhos sapateando! Rá! Eu podia bloqueá-la com minhas visões, era só se manter focada...

-Riley? – Pisquei me distraindo com a outra voz que surgiu do nada.

Quem é a ruiva?

AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH!

-Ai papai. – Choraminguei mordendo os lábios com força, Jane me olhava maldosamente, e eu senti mil agulhas me furar.

MERDA!

Eu não posso gritar por que a ruiva humana vai me achar estranha.

-Pare com isso. – Ouvi o sussurrou raivoso de Nicolas.

-Você está bem? – A ruiva perguntou quando choraminguei e me inclinei.

-Cólica. – Falei sufocadamente, ela fez o barulho de quem entendeu.

Olhei para o lado, sentido meu rosto ficar vermelho de tanta dor, e vi Jane encarando Nicolas friamente. MINHA NOSSA! ISSO TA QUEIMANDO!

EU TO LEVANTO CHOQUE OU O QUE?

PORRA! PORRA! MIL VEZES P-O-R-R-A!

-Quem é essa? – Eu ouvi a ruiva perguntar.

-A namorada dele por quê? – Acho que a vampira disse, eu to cagando e andando para quem falou, essa é a verdade!

A dor diminuiu do nada e eu quase cai no chão, Nicolas me pego pela cintura e me endireitou. Toquei a mão dele.

Valeu!

Ele acenou e me largou.

-Sua o que? – A ruiva olhou para a vampira e depois para Riley. Opa! Sinto cheiro de conflito mexicano no ar!

-Esquece o que ela disse. – Jane cortou a vampira. – Gianna é a mulher que ele pegou durante uma noite muita louca, na qual nenhum de nós se lembra por sinal, né galera? – Desde quando Jane sabe falar que nem uma adolescente?

Estranhíssimo!

-Jane é uma amiga. – Riley largou Gianna, que o olhou ressentida. – Jane, essa é Victoria, a minha nova vizinha.

-Prazer. – Jane sorriu! AI MEU DEUS! Ela sorriu! E a ruiva nem caiu no chão aos berros.

Eu sorriria feliz para a cena, mas estou ressentida com o que ela fez comigo.

-E vocês são...?

-A garota com cólica... – Jane deu um sorrisinho quando falou isso, estreitei os olhos para ela. –... É Nessie e ele é o Nicolas.

-Vocês estão juntos? – Ela perguntou para mim e Nicolas.

-Não! – Exclamei indignada, por que tenho que estar com alguém?

-Ela é a namorada do meu primo, Jacob Black, conhece? – Victoria acenou com a cabeça. Eu olhei para o amigo da onça ao meu lado! Agora ele era primo do Jacob?

E EU ERA A NAMORADA DELE?

-Na verdade... – Dei um riso malvado. – Nicolas tem rolo com Jane. – Riley me olhou divertido, Victoria sorriu para o casal que eu acabei de forma. Os dois me olhavam de lado...

-AI! – Exclamei agarrando o braço de Nicolas. – Maldita cólica... – Soltei um sorrisinho amarelo ao ver a testa franzida de Victoria. Mas, poxa, Jane parecia ter acabado de enfiar uma faca nas minhas costelas, ainda bem que a dor passou logo depois que exclamei.

Nicolas então resolveu dar uma de macho alfa e tomar as rédeas da situação. Ele inventou uma desculpa e arrastou Gianna, Jane e eu para o carro, e nos levou embora.

-Eu encontrei isso no quarto de Alec. – Entregando um papel para Jane.

-O que você fazia lá? – Perguntei confusa, todos me olharam por alguns instantes. – Oh... – Soltei quando entendi o fator sexual envolvido.

-É...

-É sérvio, isso mesmo. – Gianna cortou a fala de Jane. – Fiquei desconfiada e resolvi investigar. Lembra quando a impostora invadiu a propriedade e Carmem sentiu o rastro de lobisomem?

-Concluímos que havia ligação entre os dois. – Jane falou exaspera.

-Acontece que o lobisomem veio de uma direção, e a impostora de outra, em nenhum momento o rastro se encontraram, apenas passam perto um do outro.

-É um truque.

-Eu achei isso, mas veja bem, existe um terceiro rastro e ele seguia em direção ao lugar onde Bella estava, esse rastro era o de James. Demetri e Felix reconheceram! Ou seja, o lobisomem e James estiveram lá, e a impostora atacou Bella no mesmo lugar.

-Qual é seu ponto? – Perguntei confusa.

-A impostora não pode estar com o lobisomem pelo simples fato de não ter capturado Bella. Dessa forma, resolvi investigar o lado que o lobisomem invadiu, nós tínhamos uma brecha naquele momento, era quando os guardas trocavam de posição, um minuto era o tempo. Para alguém saber tal exatidão teria que ser da segurança.

-Como chegou a Alec? – Nicolas perguntou.

-Os códigos informavam o horário exato. – Gianna suspirou. – E tem mais, na festa de noivado... Os estrangeiros que chegaram para reforça a guarda, bem, foi Alec quem ministro os nomes.

-E eu também. – Jane acrescentou.

-Você vai ser acusada. – Nicolas comentou sério. – Se entrega-lo pode evitar alguma acusação contra você, mas também pode acabar sendo suspeita de manipular as provas.

-Por isso vim falar contigo, Jane. Sei que não trairia os Volturis, caso contrario teria feito isso anos atrás, quando teve chance. – Gianna falou a olhando temerosa.

-Pare o carro. – Jane ordenou para mim, e freei bruscamente. É ruim que eu vou receber mais uma dose do dom dela!

Jane saiu em um piscar de olhos, ela analisava o papel em sua mão.

-Ela vai matar alguém? – Perguntei com medo por mim.

-Talvez Alec... – Nicolas refletiu a olhando pela janela do carro.

-Ela nunca faria isso! Alec só está vivo por que ela intercedeu a favor dele anos atrás, quando foi acusado de traição.

-O que ele fez? – Perguntei curiosa para Gianna.

-Poupou a vida de um demônio. Ele fugiu e abriu guerra contra os Volturis a duzentos anos atrás, depois disso toda a guerra contra os demônios se arrastou por décadas. Foi nessa época que surgiu o clã dos Cullen aliais. – Nicolas respondeu por Gianna.

-Precisamos de uma prova concreta. – Jane apareceu no carro. – Ele pode estar agindo sobre ordem de um dos senhores.

-Acha possível? – Perguntei franzido o cenho.

-Não. – Jane nem me olhou. – Alec deverá saber onde Edward estará hoje. – Me olhou, os olhos negros me deixaram arrepiadas.

Rose P.O.V

-Isso não faz sentido. – Alice me olhou incrédula. – Nenhum Cullen nos traiu.

-Ela sabia meus movimentos, Alice! Ela conhecia meu método de luta!

-Eu vi os vídeos, e ela é realmente rápida em seus movimentos, quase como se soubesse o que iria acontecer, mas isso não prova nada. – Alice suspirou e sentou comigo. – Lembra dá primeira vez que ela apareceu? Nós estávamos na sala e eu recebi o telefonema de Bella...

-Sim, ela esfaqueou Edward.

-Eu vi aquilo acontecendo antes, mas por alguns segundos... Ela hesitou. – A olhei atentamente. – Ela o conhecia, Rose, talvez essa seja a conexão conosco. Ela não é uma Cullen, eu saberia se alguém estivesse nos traindo.

-Sim, você saberia... – A olhei estreitando os olhos. – Alice você lembra de todas as visões que teve com Bella. – Ela revirou os olhos, os vampiros tinham uma memória impecável. – Como sabe se é a verdadeira Bella? – Ela me olhou inexpressiva.

-Ah minha nossa! – Exclamou indignada. – Eu devo tê-la visto várias vezes e nem percebi!

-Ok, vamos traçar um perfil para ela. – Suspirei. – Ela tem certa idade já, seu corpo é relaxado e mantém os tiques humanos como piscar, e se mover constantemente.

-Isso dificulta as coisas, mas o modo de falar deve ser diferente também...

-Não é. – A cortei, Alice ergueu a sobrancelha para mim. – Eu vi os vídeos do interrogatório, usam praticamente o mesmo vocabulário.

-Qual seria a principal diferença entre as duas?

-A expressão. – Respondi pensativa. – A impostora tem um ar maligno e esperto, como o de um vampiro, já Bella tem certa diversão.

-Lembra da primeira vez que ela apareceu? – Alice me olhou intrigada.

-Sim, estávamos na sala, você não acreditava no que havia acontecido com você...

-A impostora estava nos distraindo sobre a fuga de Bella, por quê?

-Minhas queridas, deixemos as especulações de lado. – Esme se ergueu, ela se manteve em silencio esse tempo todo. – Eu irei a missão, irei encontrar o grupo com Edward. Rose, você tire sua folga com Emmett e Alice... – Esme a olhou com um suspiro. – Quero que interrogue James.

Olhei para Alice curiosa com sua reação surpresa.

-O que há? – Perguntei quebrando o silencio.

-Eu sei das suspeitas de Carlisle, tem certeza de que vai me deixar fazer isso?

-É uma maneira de termos certeza. – Esme suspirou. – Rose, achamos que o demônio que possuiu Alice é o mesmo que possui...

-... James. – Completei surpresa. – Por que Carlisle acha isso?

-Ele disse que anos atrás houve um padrão, e ele está se repetindo novamente. Não me perguntem o que é, naquela época eu não sabia de nada do que acontecia...

-Sim, estava ocupada entre beijos e tapas com Carlisle. – Alice alfinetou com um risinho, eu ri junto.

Ouvimos uma batida na porta e Esme deu permissão para entrar, Athenodora entrou e nos dirigiu um sorriso meigo típico dela.

-Esme, querida, podemos conversa? – Esme a olhou por alguns segundos.

-Rose, Alice, estão dispensadas para realizar suas funções. – Ordenou calmamente, eu e Alice nos olhamos e levantamos para sair.

-Irei interroga-lo. Mantenha Jasper longe. – Alice pediu séria para mim.

-Não pode esconder isso por muito tempo.

-Eu sei, mas não quero que Jasper o mate agora, preciso de algumas respostas. – Alice deu um sorriso forçado para minha pessoa e se virou, sumindo pelos corredores.

-Rose. – Me virei e vi Carmem se aproximando de mim. - As crianças já foram transferidas?

-Com Charlie, não? – A olhei curiosa, ela acenou com a cabeça. – Por que a pergunta? – Simulei meu tom de desinteresse.

-É que não estava programado elas saírem tão cedo.

-Não se preocupe, só estamos nos precavendo... – Então captei um rosnado em algum lugar ao sudeste.

-O que? – Franzi o cenho, Jacob Black estava transtornado por algum motivo, Carmem e eu seguimos direto para o sudeste.

-O que está acontecendo aqui? – Exclamei nada feliz, Jake olhava para Jane, Nessie estava atrás dele, enquanto Gianna e Nicolas atrás de Jane.

-Ela... – Jake ia começar a dar um ataque, então me aproximei dele rapidamente e o encarei deixando fluir minha hipnose.

-Você vai se transforma agora. – Ordenei o encarando nos olhos. – Não irá sair do estado humano agora, me entendeu?

-Sim, senhora. – Jake piscou me olhando confuso, ergui meu queixo.

-O que está havendo? – Jane ergueu sua sobrancelha mostrando o ar de arrogância que ela tem e disse:

-Estamos diante da traidora. – Ela olhava diretamente para Nessie, segurei meu impulso de arregalar os olhos.

-Você? – Olhei para Nessie sem expressão alguma, ela se moveu desconfortável sob meu olhar.

-Os lobisomens iam me matar... – Murmurou envergonhada, e, de repente, tudo fazia sentido, tudo começou logo depois de Nessie foi seqüestrada e salva por Bella.

Mas e as informações divulgadas antes de Nessie aparecer? Tem algo estranho nessa historia...

-Bella arriscou sua segurança aqui para salva-la dos lobisomens e é assim que agradece? – Perguntei com o rosto limpo de qualquer emoção, eu podia ver Jake se virando e a olhando incrédulo.

-Bella me matou, Rose, não é mais do que a obrigação dela me salvar. – Nessie recrutou tão calma que eu quase não a reconheci, definitivamente havia algo ali.

-Então... – A rodei enquanto a analisava levemente desconfiada. – Você entregou a festa, e os horários de segurança? Como?

-Eu roubei as chaves de Jake e mandei as mensagens via internet.

-O que? – Jake a olhou franzido o cenho. Nessie suspirou entediada e tocou seu braço, olhos dele cresceram pó um momento, então ele se afastou do toque dela e a olhou realmente decepcionado. –Gianna, leve-a para a cela. – Jake olhava para baixo, prendi a respiração tentando entender aquilo.

-Espere. – Pedi.

-Rose não é uma Volturi, me obedeça Gianna. – Jake a olhou de lado, quando Gianna parou para me olhar. Logo em seguida Nessie era levada para longe em velocidade desumana.

-Como descobriu? – Me virei para Jane, ela me olhou inexpressivamente.

-Eu suspeitei e a forcei, então ela confessou.

- Ela não nos traiu por estar a favor deles, simplesmente é fraca. – Jake olhou para nós, falando extremamente baixo.

-E ela é sua impressão. – Completei, Jake se mexeu desconfortável.

-Vamos andar um pouco, Jacob. – Nicolas o segurou pelo o ombro e o guiou para fora.

-Irei convocar uma reunião.

-Não pode ser agora, Jane. – Ela me olhou sobre o ombro. – Esme saiu na missão.

-Senhora, irmã... – Alec se aproximou de nós. – Jasper as espera na sala de vigilância, estamos indo monitorar a missão.

Desde que a tecnologia surgiu, nossas vidas tem sido tão mais fáceis.

Jacob P.O.V

-Tem noção do que está fazendo? – A segurei pelos ombros e sacudi de leve. – Não pode simplesmente falar algo assim por ai!

-Tudo o que fiz foi falar a verdade. – Nessie revirou os olhos, dei uma risada sem humor.

-Acha que sou estúpido? Você é incapaz de me enganar, Nessie.

-O quer dizer? – Franziu o cenho para mim. – Eu te mostrei minha traição.

-Oh sim! Por que lobisomens torturam com facas de prata, faz completo sentido, sendo que se eles tocarem a prata sua pele queima. – Ela abriu um sorriso travesso.

-Você percebeu, hã? – Cruzou os braços e se sentou na cama que havia no canto da parede.

-Por que fez isso? Sua cabeça poderia estar separada de seu corpo nesse exato momento se não fosse por estarem em uma missão importante nesse exato momento.

-Exatamente onde se encontra meu pai e minha mãe, é eu sei. – Me sentei ao seu lado e a olhei com o cenho franzido.

-Jake... – Murmurou divertida, então se inclinou... Será que ela...? Será...

Porra nenhuma!

Me senti muito decepcionado quando ela toca meu rosto e me conta a verdade sobre sua mentira. Quando terminou fiquei piscando confuso e WOW! Alec? Ele não aprendeu da ultima vez?

-Por que você foi fazer isso? – Suspirei apoiando minha cabeça na parede. Qual parte que eu não suportaria vê-la morta, que ela não entendeu?

Não vou morrer! Pare de fazer escândalo.

-Eu me importo com você, Ness. – Suspirei. - Nem adianta argumenta contra. – Acrescentei rapidamente, ela me olhou desconfortável.

De verdade, ficarei bem. Eu sempre tenho meus planos de emergências. E tem a Bella, que matará todo mundo se algum encostar um dedo em mim.

-Como pode ter tanta certeza? – Ergui a sobrancelha, Nessie sorriu convencida jogou os cabelos para o lado e pensou:

Por que eu faria a mesma coisa por ela. Além do mais, Bella tem essa culpa por ter me transformado. Mesmo que ela tenha me salvado ao fazer isso. Então ela retirou a mão rapidamente de meu rosto e encostou-se à parede também.

-Um dia vai me contar? – Perguntei olhando para frente.

-Eu não sei se sou tão corajosa. – Suspirou sem me encarar.

-Não soa estranho que eu tenha passado minha vida inteira aprendendo os mais variados tipos de luta, e ter Bella, que luta a muito pouco tempo, como tutora?

-É estranho, mas disseram que você não sabia controlar as emoções e Bella, bem, ela é mestre nisso. – Olhei para Nessie. – Nós aprendemos juntas, sabe? Você deve imaginar que com nossas línguas afiadas foi fácil aprender a ignorar as provocações.

-Eu não sou assim e esse é meu ponto fraco, quando perdi a luta para ela, meu pai achou que eu tinha o que aprender com ela e o mesmo valia para Bella. – Nessie finalmente me olhou.

-Por quê? – Perguntou me olhando. – Por que teve que treinar com ela? Não é como se ninguém tivesse te provocado durante as lutas, isso deve ser uma das primeiras lições, certo?

-Bella me provocou até o fim e chegou ao meu limite quando falou de minha mãe. – Suspirei. – Fiquei cego de raiva e isso a fez ganhar com uma facilidade preocupante.

-Sua mãe se foi a muito tempo? – Perguntou delicadamente.

-Cinco anos... – Engoli a seco, me lembrava um pouco dela e isso era assustador. - E você?

-Dois anos... – Fiquei surpreso por ela responder. – Mas você tem sorte, ainda tem seu pai e irmãs, pelo o que soube.

-Ambas estão distante desse mundo sobrenatural, uma estava grávida na Califórnia e a outra está estudando na Inglaterra. – Suspirei. – Elas são tão sortudas... – Nessie deu um riso baixo.

-Como diz mesmo... – Nessie olhou para o teto. – Ah sim! Nós nascemos pelados, banquelos e carecas, o que vier é lucro! – Sorri para ela. – Se bem que o que veio nem foi tão bom assim. Vem cá, vou ficar aqui toda a noite?

-Provavelmente até voltarem.

-E você poderia saber como está as coisas? Mamãe está lá. – Nessie pediu ansiosa.

Peguei meu celular e pedi um relatório via email... Então arregalei os olhos quando li as respostas.

-Sua mãe tem razão... – Olhei para a tela incrédulo.

-O que? Fala! – Exclamou exaspera.

-... Ela tem um puto azar. – Acrescentei.

Bella P.O.V

Olhei ao redor do hotel, estava dando uma checada nos locais onde eu poderia entrar. Era mais por diversão, já que Edward não me deixaria roubar nada, inclusive segurava minha mão com um aperto de ferro.

Ele parecia um tanto exaspero no telefone, enquanto falava em um idioma muito estranho.

-Quanto será que ele paga para ela? – Mas será possível que os humanos sempre acham que eu sou prostituta!

Ta certo! Meu vestido curto e tomara que caia azul marinho me dava um ar mesmo de vadia. Mas um homem como Edward não precisa pagar para ter uma mulher, então por que pagaria uma prostituta?

-Eles são um casal, idiota!Isso se vê de longe!

-Ele se apresentou o como Sr. Gerhard! Ela é namorada dele.

-Que sortuda! Olha o jeito que na para de segurar a mão dela, está tão apaixonado que não consegue se afastar dela. – Tentei fazer minha melhor cara de bunda, sobre os comentários.

Se eles soubessem que, na verdade, Edward estava se certificando de que eu não saísse para roubar o hotel...

Suspirei entediada, por que Edward simplesmente não largava minha mão? Sério, um braço pela cintura, ou pelos ombros é o suficiente para mim, minha mão está quase sendo quebrada aqui!

-Bella. – Ele desligou o telefone e se aproximou da minha orelha. – Você pode ir fazer sua diversão.

-Como? – Arregalei meus olhos, por essa eu não esperava!

-Pode fazer o que queria hoje de tarde. – Ele quer que eu roube o hotel?

Você quer que eu roube o hotel? Edward acenou com a cabeça, enquanto suspirava. O que aconteceu?

-A equipe foi atacada no caminho, Carlisle está muito furioso, Esme estava liderando o grupo, não sabemos como ela está. – Suspirou.

-Esme é dura na queda, eu duvido que tenham... – Nem me atrevi a completar a frase, vai que atrai? Edward acenou com a cabeça para mim, eu acho que ele ainda estava preocupado, o que me deixa preocupada também.

Afinal Esme é uma vampira que pode tacar fogo em todo mundo! Se os lobisomens podem com ela...

- Consegue criar a distração?

Quando se trata de improvisar eu sou a melhor. Além do mais, eu meio que tinha algo preparado. Edward estreitou os olhos para mim.

-É uma boa coisa que eu seja preparada. – Abri um sorriso amarelo e me levantei do sofá, arrancando as chaves do carro do bolso dele no processo. Eu literalmente tinha planejado roubar o hotel, enquanto fingia ir ao banheiro, por que até parece que eu ia perde a oportunidade. – Nos vemos daqui a pouco. – Eu vou deter a guarda nos furgões. Acrescentei em pensamento enquanto lhe dava um beijo rápido.

-Eu estarei na festa. – Ele disse antes de se virar.

Sai do hotel escondida no meio de alguns turistas e andei rapidamente para o carro a duas quadras dali, tirei a mochila lá de dentro e fui andando até o beco. Verifiquei a arma e coloquei o silenciador, era tudo o que eu precisava no momento.

Eu não ia roubar sem neutralizar os guardas que vigiavam Thomas, é claro que esperava que a equipe de vampiros os parasse, mas havia os de dentro. Então, melhor preveni do que remediar.

Usei minha velocidade e escudo para me aproximar do furgão sem ser percebida, coloquei a arma entre os joelhos para ajeitar a mochila em meu ombro e me preparei.

O show iria começar, e eu não poderia parar uma vez que começasse, seria alguns minutos antes de perceberem que não respondiam. Olhei ao redor para ver se havia testemunhas... Tudo limpo.

Era agora!

Bati na porta do furgão e esperei encostada na porta. Ouvi os movimentos e um homem abriu, ele nem abriu a boca, um tiro na cabeça o impediu. Entrei rapidamente e não parei de atirar até todos estarem com os olhos arregalados e mortos.

Fechei a porta e me virei para as telas de vigilância ali dentro, eles eram bem modernos, eu via Thomas conversando com alguns rapazes, pareciam apenas um grupo de jovens... Então ouvi uma batida no lado de fora do carro.

Estão curtindo com a minha cara?

Peguei minha arma e me aproximei da porta com meu escudo protegendo meus passos. Assim que toquei a maçaneta rosnei de dor, pois senti minha mão queimar. Logo em seguida a porta foi aberta bruscamente. Olhei para cima e vi Esme me olhando impaciente, ela entrou e fechou a porta e olhou ao redor.

Minha santa mãe! Ela estava completamente suja de sangue e lama!

-Bom trabalho, eu apaguei o resto ao redor da quadra. – Ela comentou se sentando na frente dos monitores. Ok, ela nem me humilhou agora. – Edward me avisou que irá roubar o hotel como distração.

-Basicamente.

-Ok, entre pela porta da frente, vá para a área vip da festa e entre nas escadas de lá, irá te levar para o primeiro andar, onde está o cofre e...

-Eu sei disso. – A cortei impaciente. – Pedi as plantas para um amigo. – Dei de ombros quando vi seu olhar sobre mim. Peguei meu celular e a faca que Alice me deu e me vire para sair, porém, Esme me chamou.

Ela se levantou e me estendeu uma adaga.

-Coloque em sua coxa. – Ergui a sobrancelha. – Algum problema?

-Não preciso, estou com a faca que Alice me deu. – Ela me olhou por alguns instantes.

-Tudo bem, me dê seu celular. – Estendi prontamente. – Estou nesse numero. Roube, soe o alarme e se misture na festa, de preferência com Edward. – Acenei com a cabeça e me virei. – E Bella... – A olhei sobre o ombro. – Boa sorte.

-Eu não sou uma pessoa de sorte, Esme. – Sorri para ela e pulei do furgão, ajeitei o salto e fui andando em passos firmes em direção ao hotel.

Ignorei a fofoca dos recepcionistas, passando direto por eles e indo em direção a festa.

A festa era de noivado, de quem, eu não faço idéia, mas era de gente rica, estava evidente pela quantidade de convidados. Andei até a área VIP e o segurança nem me parou, aprendi a muito tempo que quando se tem ar de confiança, ninguém lhe questiona.

Exceto Edward, ele me questiona, é um saco, se quer saber.

Falando na criatura, ele estava em um sofá com duas mulheres peitudas de cada lado, rodeado de fumaça e ria de algo que um dos almofadinhas falava. Nem olhei de novo, apenas ignorei, se ele quer ser feliz com as peitudas, que seja!

Fui para o bar, por que eu tinha que enrolar, afinal não poderia andar direto para as escadas, seria suspeito demais.

-A dama aceita uma bebida? – Ouvi uma voz masculina bem atrente atrás de mim, me virei com um sorriso e congelei quando vi quem estava na minha frente.

Thomas Louvain!

PUTA QUE PARIU! Ele sabe! Ele tem que saber quem eu sou!

-Então? – Ergueu as sobrancelhas de um jeito charmoso.

-Eu não bebo. – Dei um sorriso bobo, vou entrar no jogo dele e fingir que eu não sei que sei a verdade sobre ele saber de mim... Espera, o que? – Estou fugindo do meu ex, na verdade. – Dei de ombros fazendo minha expressão de sem graça.

-Oh sim, e onde ele está?

-Em algum lugar lá embaixo, subi para cá e ninguém me impediu de entrar, então... – Sorri timidamente.

-Como terminou com ele? – Ele perguntou se sentando ao meu lado.

-Ele terminou comigo, ou ao menos eu acho que ele fez isso quando o peguei na cama com duas mulheres e... Um homem. – Torci a boca sem graça, e Thomas engasgou na bebida, meu celular vibrou e eu olhei rapidamente.

Muito hilário. E.

Mordi o lábio escondendo o sorriso, Edward se encontrava com duas mulheres e um homem naquele momento...

Eu não posso fazer nada se a carapuça serviu... Pensei abrindo meu escudo rapidamente.

-É amiga de Mel? – Ah merda!

-Quem?

-A noiva? – Ergueu a sobrancelha, sabe de uma coisa, ele era bem gostoso, e no sentido humano da palavra.

-Eu não conheço a noiva. – Respondi, ele me olhou desconfiado. – Uma amiga me trouxe, só que ela e meu ex são amigos em comum de um dos noivos, eu não sabia e, bem, cá estou! – Acrescentei já um pouco ansiosa, eu tinha que fazer logo minha missão, os lobisomens são selvagens, mas não estúpidos.

-Sim, aqui está você. – Disse enquanto dava uma olhada maliciosa em meu corpo.

Assim não dá! Eu preciso efetuar um roubo aqui!

Mande uma de suas amigas dar em cima dele, Edward! Eu preciso subir pelas escadas!

Cinco longos minutos se passaram, e eu estava tentada a pedir para Thomas me levar para um lugar mais privado. Obviamente eu iria tirar uma casquinha (hey! Eu estou necessitada, e ele não é de se jogar fora) antes de deixá-lo inconsciente.

Então surgi minha salvadora morena com os peitos cheios de silicone! O poderoso batom vermelho dela era a prova que ela não iria se mover dali até que ele a acompanhasse. Acenei em aprovação para mim mesma, o pobre Thomas não pode contra o decote dela, os olhos grudaram dali e não saíram mais.

Até me senti um pouco mal pelos os meus seios não tão grandes assim, quero dizer, eles arrancavam certo respeito e tudo, mas não eram enormes. E meu vestido até que dava uma valorizada neles, mas nada era pário contra a morena e seu silicone. Os meus eram laranjas comparadas as melancias ali...

Enquanto refletia sobre o assunto, eu me esgueirava para o lado do bar como quem não quer nada. Relaxei por dois minutos, então entrei na porta para as escadas. Subi em minha velocidade máxima e com meu escudo em alerta, como eu sempre fazia quando ia assaltar.

Parei na porta do primeiro andar, tirei meus mortíferos saltos e analisei tudo com meu escudo mental. Deixe-me ver... Humano, humano... Ahá! Lobisomem! Tirei meus sapatos e fui andando pelo corredor e expandi meu escudo até os humanos.

Desmaiaram imediatamente com o impacto, foi ai que eu ouvi o rosnado atrás de mim. Nesse instante aprendi uma lição muito valiosa: lobisomens são realmente rápidos.

Me virei e o vi vindo em minha direção em forma humana, com um golpe certeiro, chutei sua barriga. Aproveitei a momentânea perda de ar dele, e lhe dei um swing. Respirei fundo e meus sentidos se afloraram, me virei rapidamente para o outro lobisomem atrás de mim, mas era tarde demais...

ELE ME SOCOU!

FILHO DA...

Rosnei raivosa, bloqueei o seu punho em minha direção, dei uma joelhada em suas bolas (sério, ele não vai mais poder ter filhos depois dessa) e por fim quebrei seu nariz e minha mão com um soco muito potente.

Eu não ia mais lutar, decidi, tinha que ser rápida. Por isso, quando virei o próximo corredor, empurrei meu escudo físico sobre os próximos guardas, a força foi o suficiente para eles desmaiarem. Um deles era lobisomem pude identificar, mas estava desmaiado e o nariz sangrava.

Tirei duas pinças, que estavam amarradas na minha coxa e abri a porta rapidamente. Eu sabia onde estava o cofre, mas queria o que tinha dentro, então pedi para Esme a senha via mensagem.

Assim que encontrei a falsa estante, eu peguei um pano na mesa e digitei a senha que Esme me enviou no painel escondido com a mão coberta. No instante que abriu pude ver que havia sensores de movimento, eles só desligariam se a pessoa certa colocasse os olhos em um outro painel no canto.

Vou te contar, o hotel recebe gente rica mesmo, só dali, identifiquei um monte de jóias interessantes. Esfreguei minhas mãos e respirei fundo, eu ia ter que tocar um deles e acionar o alarme, mas antes... Hum... Dinheiro ou jóias?

Bem, o meu aniversario era dali alguns meses, é verdade, mas eu ia fazer dezoito anos! Definitivamente, o dinheiro!

Eu ia me virar para as verdinhas quando algo me chamou atenção na prateleira... Era uma gargantilha de ônix! O metal se entrelaçava e terminava ao redor da pedra de uma maneira tão bonita...

Eu nem pensei, atravessei os sensores com a facilidade de sempre, e peguei o colar, ele era realmente lindo e me lembrava os olhos dos vampiros. Melhor ainda, me lembrava a cor dos olhos de Edward no escritório durante nossa falsa festa de noivado. Coloquei-o em meu decote e peguei alguns bolos de dinheiro, euros, precisamente.

Dessa vez não mantive o cuidado, simplesmente deixei o sensor me percebe segundos antes de escapulir. Olhei ao redor e coloquei as caixas dentro do saco de lixo, sai em direção ao corredor e coloquei no armário de limpeza que vi ali antes. Eu mandaria alguém pegar ali depois, fácil assim.

Acelerei meus passos e refiz meu caminho de forma desumana até a porta das escadas. Assim que sai procurei localizar Edward, mas eu não precisei.

Os lábios dele me encontraram primeiro!

Quando vi, eu tinha sido empurrada contra parede e tinha minha boca era invadida pela língua dele.

Já disse o quanto o gosto dele era delicioso?

Nem me preocupei muito com isso, na verdade, já estava com uma mão segurando os cabelos dele, enquanto a outra se tornava boba. Edward não fez por menos, suas mãos passearam por meu corpo me deixando muito necessitada.

Nossas línguas começaram uma verdadeira guerra, enquanto o beijo ficava cada vez mais violento. Eu literalmente me esqueci onde estava!

Mas tudo que é bom acaba... Ele mesmo quebrou o beijo, e encostou a testa na minha.

-Querida, vamos dançar. – Então me puxou para a saída,parte da minha mente percebeu alguns guardas passando por nós, porém...

Minha. Nossa!

Eu estava tão desnorteada com o ataque do beijo que nem questionei nada. Ele poderia ter falado para irmos escalar o Monte Everest com aquelas roupas que eu nem ligaria.

Mas, vamos combinar, por um beijo desses, eu bem que ia escalar. Se ele sabe fazer isso, imagina o que pode fazer na cama? Quase tropecei nos meus pés com esse pensamento.

Foi só então quando chegamos ao salão de festas, onde a musica rolava a solta e ele me puxava naquela direção, que eu consegui assimilar as coisas.

PUTA MERDA! EU NÃO VOU DANÇAR!

-Hey! – Tentei parar, mas ele é um vampiro, ou seja, tem mais força do que eu. – Sério! Eu não vou lá! – Ele me puxou pela cintura, ui...

-Não vamos dançar, Bella. – Ele murmurou em meu ouvido. – Só vamos atravessar por lá, agora pare de frescura!

Ele atravessou a pista imponentemente, e eu fui jogada pra lá e pra cá, mas chegamos ao outro lado! Edward continuou me puxando para um corredor e entramos em um armário de limpeza, nos isolei imediatamente.

-Thomas não faz idéia de quem é. – Ele suspirou, eu não esperava que ele quisesse conversa agora, mas... Espera ai, o que?

-O que? Como assim? Isso é possível?

-O pai é ausente, Thomas é lobisomem de nascença, mas nunca se transformou.

-De novo, isso é possível?

-É raro, mas é possível, ele deve estar amaldiçoado, ou algo assim, por isso seus poderes estão selados. Isso faz com que ele seja mais vigiado que o normal.

-Mas e o nome falso?

-Ele pensa que o pai é dá máfia e, de certa forma, ele é. – Edward deu de ombros. – O plano mudou, a guarda dele já está a caminho para retira-lo do local. Nosso traidor entrou em ação, por isso a retirei de lá. As agentes ali darão um jeito nos guardas e a que eu enviei para ficar com Thomas está o distraindo.

-Elas são agentes de quem?

-Dos conhecidos que lhe disse. – Edward ergueu a sobrancelha para mim. – O roubo alertou o pessoal do hotel, todos serão distraídos procurando o ladrão. Preciso que você chegue a sala de segurança e desative tudo, todo o hotel deve perde a luz por alguns instantes. – Acenei em resposta. – Manterei contato com o celular, espere alguns minutos antes de sair. – Então ele saiu, poxa... Nem um beijinho de boa sorte?

Estou deprimentemente carente, só pode...

Ok, eu ia voltar para o primeiro andar, que saco!

Suspirei e sai do armário, franzi o cenho para a musica que tocava, era... Clássica? Mas desde quando um noivado toca musica do século XVII? Me aproximei do salão e vi uma coisa muito bizarra. Todos dançavam de maneira estranha, como nos filmes de época...

Qual era o nome daquele filme? Ah! Orgulho e preconceito! Era igualzinho aquele filme, exceto que... Bem, as pessoas estavam usando roupas modernas. Pendi minha cabeça para o lado e olhei ao redor, um tanto confusa.

-Não é maravilhoso estarem fortalecendo os laços das famílias através do matrimônio? – Franzi o cenho para a jovem mulher que proferiu isso.

Ok... Essa fala pareceu ter saído de um livro antigo...

Continuei caminhando pelo o hotel, as pessoas andavam diferente ou é impressão minha? E por que os homens mantinham certa distancia das mulheres como se tivesse algo no caminho?

Onde está Edward quando preciso?

Foi então que eu senti algo me atingir, franzi o cenho, algo forçava meu escudo mental e para deixar tudo mais assustador...

Meu escudo estava cedendo!

Me apoiei na grade que me separava do chão do salão a poucos metros abaixo. Respirei fundo tentando mantê-lo, mas ele saiu! PUTA MERDA! Estou me sentido pelada!

Abri os olhos e me vi confusa com a imagem que me deparei, por que eu usava luvas nas mãos?

Franzi o cenho e olhei para mim mesma, eu usava um vestido azul marinho longo e o colar que roubei enfeitava meu pescoço. Ergui a cabeça e olhei para o salão e minha boca se abriu ao ver todos com roupas semelhantes.

De repente parecia que fui sugada para um filme de época. Me virei olhando ao redor confusa e me deparei com um espelho. Boquiaberta, eu me aproximei tocando o meu rosto, minha maquiagem era diferente. Eu estava com os lábios pintados de vermelho, e meus olhos não carregavam a sombra pesada de antes.

E me cabelo estava preso e completamente enrolado. Eu nunca conseguiria prende-lo daquele jeito, então de duas uma: Ou eu pirei, ou algo mágico está acontecendo.

Eu acho que é a segunda opção, já que antes eu vi todos agirem de maneira estranha. Antes de tirarem meu escudo mental.

Meu escudo!

Tentei localiza-lo em minha mesma e, para a minha surpresa, eu senti o elástico mental bater de volta em minha mente. Até pisquei um tanto atordoada, olhei ao redor novamente e eu usava minhas roupas de antes e o colar estava escondido.

Merda...

Eu tinha que encontrar Edward.

Antes que eu pudesse sair fazer meu próximo movimento, alguém agarrou minha mão, e algo perfurou meu braço. Olhei para meu braço confusa e vi uma agulha, que por sua vez se conectava em uma injeção, que era segurada por uma mão...

E essa mão pertencia a um cara de quase dois metros de altura.

Lobisomem... Minha mente cantou, antes de tudo ficar escuro.

...

Eu não me atrevi a abrir os olhos. Apenas fiquei ali, escutando os passos ao meu redor.

-O feitiço manipulou a todos, o Cullen não foi localizado, mas com certeza pensa que está em outra época, nem deve se lembrar da noiva.

Mas que bruxa filha da mãe!

-Thomas já foi removido? – Ele, seja lá quem for, perguntou.

-Ele deve estar perdido com uma das rameiras da festa. – A mulher deu uma risada. – Agora me deixe com essa espécie rara que é a Swan. – Senti-a afagar meu cabelo. – Não pode comigo, não é mesmo? Besteira minha pensar que sua mãe poderia deixar seus poderes para você, ela a queria livre... Que estúpida você era Renné.

Essa vadia tocou no meu ponto sensível!

Agarrei seu pulso e o quebrei rapidamente, ela caiu com um grito, enquanto eu abria os olhos e expandia meu escudo físico para os guardas da sala. O choque eles foi o suficiente para todos desmaiarem.

Segurei a vadiazinha pelo pescoço e a puxei para perto de mim.

-Você não chegou nem perto, querida. – Rosnei para ela, satisfeita com o pavor que surgiu no rosto dela. – Desfaça o que aprontou.

-Para me matar logo em seguida? – Ela respondeu irônica, estreitei os olhos e fechei meu escudo nela. Ela arregalou os olhos e começou a gritar, a deixei cair no chão se contorcendo toda como a cobra que ela é.

-Vai desfazer? – Perguntei parando a tortura.

-Você não irá me matar, enquanto o feitiço sobreviver. – Revirei os olhos e dei um choque nela e comecei a tortura com meu escudo.

Fui andando pelo quarto tentando achar algo para parar o feitiço sobre o local. Qualquer coisa! Olhei para os livros, para os objetos estranhos, tudo! Até embaixo da cama, mas foi uma olhada discreta, por que eu estava desconfiada que ela podia estar curtindo com a minha cara.

Expandi meu escudo novamente e a olhei, ela me olhou zonza.

-Eu não tenho medo de matá-la, bruxa! – Exclamei me sentando na cama e cruzando as pernas. – Eu mencionei que a dor que lhe proporciona, é meu escudo esmagando partes de seu corpo? Mais especificamente seu cérebro. Então, basicamente, eu estou a matando lentamente. – Abri um sorriso singelo. – Ah não ser que você prefira uma dor na perna, por exemplo? – Apertei meu escudo com força e um estralo se ouviu seguido do grito dela.

-Eu sou leal a minha causa! – Recrutou ofegante.

-Ah me poupe! – Revirei os olhos. – Quer saber, perdi a paciência. – Me aproximei dela, ela me olhou cansada. – Você é uma vadia, mas admiro sua lealdade. – Suspirei e quebrei o pescoço no mesmo instante.

Dei uma espiada lá fora e sai correndo para as escadas, porra! Eu estava no quinto andar, cheguei praticamente deslizando no hall. Quando parei na porta do salão xinguei baixo, afinal todos continuavam naquele mesmo transe bizarro do século XVII!

Respirei fundo e tirei a porcaria dos saltos que não tinham utilidade nenhuma. Mandei os ombros para trás e ergui o queixo, eu tinha que andar que nem eles para ninguém me notar.

Eu achei que se matasse a bruxa a magia acabava, e agora? Foi então que eu lembrei de uma invenção maravilhosa do homem!

O celular!

Como se desfaz um feitiço? Mandei para o numero de Esme. Meu celular começou a vibrar, entrei em uma das varandas que dava para a piscina e me escondi nas sombras.

-Que tipo de feitiço? – Esme perguntou antes que eu abrisse a boca. – Edward não me disse nada!

-Eu não entendi também, até que me pegaram e me entregaram para uma bruxa. Aparentemente todos acham que estão vivendo no século XVII ou XVIII. – Suspirei ao telefone.

-Onde a bruxa está?

-Morta. – Respondi prontamente.

-Bem, o feitiço deve depender de outra coisa que não ela... Século XVIII, você disse?

-Sim...

-Eles sabem de Edward?

-Edward, Thomas ocupado em algum lugar do prédio, até de mim sabiam!

-Tudo bem, Bella. Você precisa encontrar o catalisador do feitiço deve estar no quarto dela, destrua tudo lá, algo irá quebrar o feitiço. – Fiquei aliviada por saber o que fazer. – Eu iria ai, mas o feitiço irá me atingir e algum lobisomem pode me encontrar antes.

-Tudo bem, posso lidar com isso.

-Depois que quebrar o feitiço me mande uma mensagem para mim. Aproveite e encontre Edward, ele corre perigo... – Acenei para mim mesma. – Depois continue com o plano que Edward lhe passou.

-Sim, causar o apagão.

-Isso mesmo e, Bella...

-Sim?

-Se encontrar outra bruxa, não a mate. – Senti o tom pesado da bronca e me encolhi de leve, Esme pode ser assustadora, viu? A próxima coisa que ouvi foi o som do fim da ligação.

Ok... Encontrar Edward! Olhei ao redor, todos continuavam naquela situação bizarra... Deixe-me ver, disseram que não haviam encontrado o Cullen, o que um Edward do século XVIII faria em uma festa?

Transar.

Com toda a certeza! É a cara dele.

Respirei fundo e olhei ao redor, desatei a andar o mais rápido possível, ainda bem que havia tirado minha sandália. Parei na grade que me separava do chão do salão, olhei ao redor desesperada.

Ele podia estar dançando com alguma dama para leva-la algum corredor escuro e levantar as saias... Bufei raivosa, eu aqui procurando ele e o imbecil provavelmente comendo alguma vadia da festa!

Ô mundo injusto!

Fechei meus olhos e me concentrei em todos os barulhos, fiz uma careta quando abri meus sentidos. Eram sons demais para uma única mente, respirei fundo e procurei me focar na voz de Edward.

Por que voz dele se destacaria na multidão, pode ter certeza.

-Espere... – Fiquei em alerta quando captei a voz dele. – O que...? – Me arrepiei com o som de osso quebrado que veio logo em seguida.

Abri meus olhos e corri para a direção da voz em minha velocidade máxima, sem me importa se alguém visse algo. Parei na frente de um corredor e captei o cheiro de sangue, o doce sangue de vampiro... Me virei de frente ao corredor e comecei a ouvir os corações, os barulhos e o lobisomem dando instrução para levarem Edward.

Quando cheguei na curva do corredor, o grupo se dividia, Edward era segurado por dois lobisomens e parecia estranho. Estava de cabeça baixa, e parecia ser praticamente carregado pelos brutamontes sarados...

A única conclusão que cheguei é que eu devia impedir aquilo, por isso, no auge da minha inteligência, eu fui peitar os lobisomens.

-Hey, seus cachorros sarnentos, não sabem que ele não joga no mesmo time que vocês? – Falei em alto. – Acredite em mim, ele prefere morangos, ao invés de bananas. – Acrescentei no meu melhor tom humorado.

-PENGUE-NA. – O chefe berrou, estralei os dedos e puxei a santa adaga que estava em minha coxa. Olhei para Edward e estiquei meu escudo mental até ele, talvez isso pudesse fazer o efeito do feitiço passar. Afinal, comigo não funcionou até meu escudo sumir.

Desviei do primeiro soco e afundei a adaga na lateral do corpo dele. Assim que puxei de volta, tive que me agachar por que o punho dele vinha certinho em minha direção, mas ele conseguiu acerta meu ombro.

Deslocou, mas não era nada que não pudesse suporta.

Agarrei seu braço com toda a força que pude e mordi, fui jogada no chão quase imediatamente. Sorri enquanto cuspia a pele dele, a queda havia sido dolorida, eles são bem brutos. Ele veio para cima de mim e eu chutei suas bolas, o coitado se deixou cair de joelhos e eu chutei seu rosto, terminando o serviço.

Logo senti outro vindo por atrás de mim, então prendi a adaga em minha coxa, me inclinei para trás e me ergui sob minhas mãos. Deixei uma pequena careta escapar quando realizei uma pirueta invertida (meu ombro não estava totalmente novo em folha), no processo minha perna conseguiu acerta seu peito.

Me ergui rapidamente, agarrei minha adaga e a ergui em direção ao lobisomem. Ele segurou meu pulso e bateu em minha mão fazendo a adaga voar. Puxei meu pulso, o fazendo estralar no processo, e ia dar o próximo golpe quando senti dois braços me pegarem por trás, tentei chutar o lobisomem na minha frente, mas ele desviou facilmente.

-Você certamente é bem arisca. – O chefe deles comentou dando um sorriso para mim. – Sei que vou gostar bastante de você. – Ele deu uma bela encarada em meu corpo. Cuspi em seu rosto e senti satisfação quando seu sorriso sumiu.

Foi temporário, pois logo em seguida senti um tapa queimar em meu rosto.

Foi tão forte que meu rosto até estralou, senti o gosto de sangue na boca e tudo mais.

Mas eu parei de prestar atenção nisso quando ouvi um rosnado assustador ecoar pelo corredor. Olhei para cima e tudo o que vi foi vultos, o lobisomem que me segurava, me puxou com força e rapidez para longe daquilo. Eu devia usar a porra do meu escudo físico, em vez de ficar nesse lenga-lenga, mas eu estava nervosa demais para me concentrar.

Dois lobisomens vieram em minha direção, mas nem liguei, o braço do lobisomem havia se apertado mais, fazendo meus braços se achatarem ainda mais contra meus seios. Vi quando sua mão pegou a adaga no chão, a minha adaga.

Agora fudeu tudo para ele.

Ninguém vai me ameaçar com uma faca, ainda mais sendo essa a arma que me levou para essa vida de demônio! (na verdade foi Irina quem me trouxe para essa vida, porém, eu a matei com a faca...)

Senti em meus olhos o formigamento familiar de quando eles mudavam de cor, meus lábios se puxaram sobre meus dentes, e a adaga veio rapidamente em direção ao meu pescoço. Porém, meu escudo bloqueou seu movimento, me aproveitando de sua surpresa empurrei seu braço para o lado, agarrei o outro e o puxei por cima de mim, o fazendo cair em um forte estrondo.

Puxei minha adaga de sua mão e a fundei em seu pescoço sem hesitar. Um rosnado me tirou de meu momento vingativo e vi um lobisomem transforamado de dois metros vindo em minha direção. Me ergui com a adaga na mão e a lancei em direção a sua testa, atingiu bem no meio dos olhos.

Foi quando percebi que aquele lobisomem me distraiu e me deixou desarmada com um companheiro vindo em minha direção pelas costas.

Deu tempo de apenas se virar, eu não pude desviar ou sequer de piscar. No instante seguinte o peso dele caiu sobre mim e quebrou minha bacia novamente com o impacto. As lagrimas pinicaram meus olhos no segundo que tomei consciência da dor monstruosa que se apoderou do meu corpo. Naquele momento eu soube que estava temporariamente paraplégica.

Nem virar minha cabeça, eu pude, apenas senti suas garras afundarem em minhas pernas e seus dentes morderam meu ombro machucado que estava quase curado. De repente deixei de sentir meu corpo, sim, eu devo estar tetraplégica agora.

Então ele foi puxado violentamente de cima de mim, foi tão forte que ele arrancou parte da minha pele. Nem me dei ao trabalho de tentar prestar atenção, estava me sentindo tão estranha. Fechei meus olhos e prestei atenção em meus dons e pude sentir o movimento de Edward pelo meu escudo mental. Nunca fiquei tão aliviada por ter aquele escudo!

Merda! Não consigo me mexer, minha coluna está quebrada! Só pode.

O rosto de Edward apareceu na minha frente, ele parecia um tanto espantado comigo, e eu gritei mentalmente antes que ele abrisse a boca para falar asneiras do tipo "Bella, você está bem?":

Minha coluna está quebrada!

Ele acenou com a cabeça e eu acho que ele começou a passar as mãos em meu corpo, mas não tenho certeza, afinal não sentia porra alguma.

Sabe de uma coisa, eu sou invencível para transfiguradores quando estou na minha forma máxima, mas não para lobisomens e nem para vampiros. Isso me faz terceira na hierarquia de criaturas sobrenaturais, né?

Então arregalei os olhos e soltei um gritinho mental (da minha boca saiu um gruindo bem estranho) quando ouvi o estralo da minha coluna sendo colocada no lugar.

-Minha nossa... – Pisquei sentido as lágrimas descerem pelo rosto, dor e mais dor. Duas mãos frias secaram as lagrimas.

-Está tudo bem, já está no lugar. – Virei o pescoço de lado e estralei, ele tinha razão nesse ponto, a dor havia passado agora.

Irina era uma cadela ordinária dos infernos, mas ao menos o veneno dela fez algo que preste.

Edward me ergueu pela cintura, enquanto eu estralava os ossos da perna.

-Você me tirou do feitiço... – Edward me encarou um tanto desconfortável, afinal eu salvei a bunda branca dele. Agradecer não fazia o gênero dele.

-Estamos quites com a coisa do lobisomem. – Dei um sorriso amarelo, também não era meu gênero ficar me desmanchando em obrigadas. -Tenho que destruir o quarto da bruxa para o feitiço ser quebrado. – Murmurei para ele, o mesmo acenou em resposta e nos viramos para ir as escadas.

Eu ainda estava um pouco zonza com o ataque, mas estava quase completamente curada novamente.

Isso não me impediu de estacar no lugar e olhar chocada para o chão. Um rastro de sangue ia da onde estávamos até vários montes de pêlos no meio do corredor. Sim, montes de pêlos, por que dentro daquelas coisas não havia mais nada. Os órgãos estavam espalhados e... Aquilo perto do vaso é um rim?

Olhei para Edward um tanto boquiaberta e pude percebe o estado de sua roupa pela primeira vez.

Não havia rasgo algum, apenas sangue, muito sangue. Da cintura para cima Edward estava coberto de sangue... Mordi os lábios, o sangue de lobisomens não tinha cheiro ruim, na verdade...

-Vamos. – Edward me puxou para o lado para não pisarmos no sangue.

Ele sendo vampiro, perdeu a paciência segundos depois de darmos alguns passos, me pegou no colo e quatros segundos depois estávamos no quinto andar. Eu saltei do colo dele e andei até o quarto, a mulher ainda estava mortinha da silva no chão e eu pouco me importava.

-Dá próxima vez, não a mate, ok? – Edward se apoiou na porta e me olhou franzido o cenho, o encarei incrédula.

Ninguém me deu a porra do manual de instruções de como agir em situações de feitiços do tempo!

Respirei fundo e expandi pela vigésima vez na ultima hora o meu escudo físico. Destruí tudo dentro do quarto em segundos, o corpo da mulher até voou para a parede quando meu escudo bateu nela.

Disfarcei o sorrisinho maldoso que brotou em meus lábios quando vi o rosto deformado da bruxa.

-Funcionou? – Perguntei depois de alguns segundos apreciando minha obra prima.

-Não faço idéia, você está me isolando por causa do escudo. – Edward deu de ombros. – Eu vou checar. Já volto. – E sumiu.

Cara, ele era muito rápido!

Assim que terminei meu suspiro, ele já estava ao meu lado.

-Funcionou. Eu vou atrás de Thomas, faça o que eu lhe pedi antes. – Acenei com a cabeça, e Edward partiu novamente.

Olhei para mim mesma, eu estava coberta de sangue e algumas partes roxas, meu ombro mais precisamente,daqui a pouco ele voltava ao branco de sempre. Dei de ombros e fui para as escadas indo para o primeiro andar, coloquei a cabeça para fora e vi os guardas da policia, lhes dei um choque no mesmo instante.

Tudo limpo... Pensei comigo mesma. O feitiço deve ter atrasado o chamado dos policiais ao prédio, por isso não havia quase nenhum nesse lado do andar. Mas eu podia ouvir o movimento do outro lado.

Esperei o homem lá dentro destravar a porta antes de invadir a sala e deixa-lo inconsciente com um soco. Eu não quebrei nada em seu rosto, então ele que se dê por satisfeito.

Olhei para as câmeras e vi a festa rolando, os recepcionistas fofoqueiros, os corredores de segurança do cofre congelados na mesma tela (Praga é sempre tão competente!) e... Ergui a sobrancelha para a câmera do elevador, bem, está explicado por que o guarda não se tocou da tela congelada ali do lado.

Thomas Louvain estava fodendo de modo selvagem com a tal agente de Edward no elevador. Estreitei os olhos divertidamente para o homem inconsciente e depois peguei o cheiro de gozo no ar. Apertei o botão tirando do mute e fiquei um tanto arrepiada com os gemidos animalescos que soaram na mesma hora.

Minha nossa! Eles sabiam inspirar uma pessoa!

Soltei uma risadinha maliciosa, enquanto meu rosto corava um pouco por causa do calor que se fazia de repente. Tirei o celular do decote (o único lugar seguro) e liguei para Edward.

-O que é? – Ouvi o tom impaciente.

-Eu o achei. – Um silêncio se fez.

-Eu também o achei. – Mordi o lábio para controlar a risada.

-Eles estão fazendo o que já devíamos ter feito a bastante tempo. – Comecei a rir, ele rosnou do outro lado.

-Bella...

-Eu sei. – Eu mexi com quem estava quieto, coitado, Edward devia estar que nem eu. Bem, ao menos era o que eu achava, ainda tinha a minha teoria que ele tinha encontrado um rabo de saia pela festa. – Vou fazer agora.

-O que você vai fazer? – Ele perguntou rapidamente, controlei a risada que veio, ele provavelmente pensou em alguma besteira. Segurei a perna do homem no chão e o arrastei para fora, então expandi meu escudo para cima do equipamento e mandei eletricidade.

Tudo se apagou segundos depois. A sala de segurança tinha todo o controle do prédio, então foi fácil.

-Isso, amor. – Respondi ao telefone quando tudo ficou escuro.

-Saia do prédio agora. – Ele desligou na minha cara.

Mal educado!

Andei metade do andar e achei o armário de limpeza onde coloquei o dinheiro, eu iria aproveitar a oportunidade e levar meu roubo. Ouvi o movimento dos policiais e usei minha velocidade anormal para não me verem. Assim que me vi segura, entrei em uma das salas e sai pela janela.

Eu tinha coisas a fazer antes de ir para a cama...

Edward P.O.V

Parei ao lado de Esme, que estava mais suja de sangue do que eu, ela observava a policia entrar no prédio por causa do roubo de Bella. Carmem e Kate já haviam chegado com um novo grupo e resolvido toda a bagunça que eu fiz com os lobisomens.

-Aqui, roupas limpas. – Esme me estendeu as roupas. – Eu peguei de um dos empresários bêbados, que mais respiram fumaça do oxigênio. – Esme nunca gostou de fumantes, seu ex-noivo adorava charuto e esse era o principal motivo.

-Está tudo bem? – Perguntei observando o movimento lá embaixo, de repente Esme se virou e me abraçou.

Claro que não! Eu fui atacada! Você poderia estar morto se não fosse por Bella! E, para completar, não pode voltar para casa!

Suspirei e retribui o abraço, eu conhecia Esme desde de pequeno, era três anos mais velha do que eu, e sempre se achou responsável por mim. Não encara-la como mãe depois de tantos anos foi impossível, mesmo ela sendo minha prima.

-Vai ficar tudo bem? – Voltei a pergunta, Esme se afastou e deu um sorriso para mim.

-Eu sempre fico, Carlisle faz bem seu trabalho como marido. – Ela suspirou pesarosa.

-Sei que devia voltar depois disso tudo, mas o traidor não foi pego ainda e será melhor me manter longe com ela.

-Isso e você gosta de ficar sozinho com Isabella Swan. – Ela estreitou os olhos para mim.

-Não sei do que fala. – Dei um sorriso para ela, ergui a sobrancelha para Esme quando seus pensamentos sobre Bella se cruzaram com minha pessoa. – Como assim nós dois?

-Edward, por favor, tem coisas que estão nítidas, uma delas é o clima entre vocês dois. – Esme revirou os olhos. – Ela é uma mulher corajosa e se importa com você, Edward.

-O que quer dizer?

-Pelo o que me contou, Bella não hesitou em ajuda-lo com os lobisomens, sendo que quebrou a coluna no processo. – Esme segurou meu braço. – Não cometa a estupidez de deixá-la a solta. – Piscou para mim. – Agora, eu tenho que ir, direi a todos que manda felicitações. – Se inclinou e me deu um beijo no rosto, depois pulou a beirada do prédio, sumindo na noite.

Falando em Bella, eu tive uma visão muito estranha durante o feitiço. Eu a vi na festa, ela me chamava e ria o tempo todo como se fosse uma brincadeira, eu a segui sem hesitar por algum motivo. Mas não consigo me lembrar por que fiz isso, só sei que um momento depois ela parou de rir e sumiu, então o soco do lobisomem me acertou em cheio...

O que aquilo significava?

Afundei minha mão no bolso interno de meu terno ensangüentado, e apertei a adaga que Bella havia deixado lá.

Logo depois captei os pensamentos de Kate, me passando todas as informações. Havia morrido todos na equipe de Esme, dois agora, mas tirando isso, tínhamos tido sucesso na missão de levar Thomas.

-Obrigado Kate. – Falei para a noite, então me virei para me trocar e ir embora.

Bella não estava lá mais.

Bella P.O.V

Meia hora depois eu me encontrava no hall do meu prédio, ao lado da porta do elevador, esperando ele chegar. Eu achei que seria bom esperar por algo para variar, não estava mais com vontade de andar, apesar de não estar inteiramente cansada.

Suspirei e apoiei minha cabeça na parede, fechando meus olhos no processo. Comecei a sorrir quando senti o hálito gelado.

-Pensei que ia ficar por lá a noite toda. – Abri meus olhos dando de cara com a expressão sarcástica dele.

-Sabia que roubaram meio milhão de euros e um colar que custa 100 dólares? – Perguntou apoiando a mão ao lado da minha cabeça, seus olhos me vasculharam procurando minha mochila, que não estava comigo.

-Roubaram mesmo? – Ergui os olhos me fazendo de curiosa.

-Pode acreditar... – Se aproximou ainda mais de meu rosto. -... Dieb*.

Estreitei os olhos para o sorriso irritante dele.

-Eu já falei o quanto odeio quando faz essa coisa de me chamar em outro idioma? – Disse passando por baixo do braço dele e entrando no elevador.

-Por que acha que eu faço? – Recrutou, revirei os olhos e olhei para a porta do elevador.

Foi impossivel não lembrar da selvageria de Thomas no elevador com a agente.

-Aliais, que raios de agente é aquela que você arranjou? – Perguntei me apoiando na parede.

-Um succubos, elas adoram sexo. – Deu de ombros tranquilo.

-E eu aposto que sabe isso por experiencia própria. – Ergui as sobrancelhas secamente, o imbecil ficou todo sorrisos.

-Eu tenho que me entreter, não é mesmo? – O elevador parou no andar e eu sai rapidamente. Senti os braços dele me prenderem por trás no mesmo segundo. – Antes que eu esqueça... Você deixou algo seu lá. – Ergueu a adaga que Alice me deu na altura de meus olhos.

Eu sabia que tinha esquecido algo!

Suspirei e segurei o cabo.

-Muita gentileza sua, mas não é meu, apenas emprestado. – Fiz questão de corrigir, me virando para ficar de frente para ele.

-Por que não usou seu escudo para se proteger dos lobisomens? – Perguntou sem me larga.

-Eu não fui treinada para ativa-lo a toda hora, tudo o que pude fazer foi retirar o feitiço de você. – Dei de ombros, então sorri e segurei seus ombros. – Foi uma excelente manobra minha! Afinal, um vampiro naquele estado é algo, no minimo, embaraçoso.

-Eu pensava que era humano. – Recrutou na defensiva.

-Oh sim... – Fiz um gesto de descanço.

-Não seja sarcastica. – Estreitou os olhos para mim.

-O que vai fazer? Me morde? – Fiz uma falsa cara de assustada. – Se bem que não é tão má ideia ass... – Edward me beijo antes que eu pudesse completar minha frase.

Retribui depois de alguns segundos, senti uma mão boba descendo por minhas costas e agarrando minha bunda, de modo que ele me ergueu no mesmo instante. Em resposta, eu envolvi minha pernas ao redor dele e afundei meus dedos em seu cabelo, enquanto sentia minhas costas baterem na madeira da porta. Ele quebrou o beijo descendo para o meu pescoço.

É hoje!

Nem que eu tenha que agarrar o pau dele e enfiar em mim! Eu acabo com o celibato hoje!

-Vamos para o meu apartamente. – Pedi ofegante.

-É uma boa ideia, seu vizinho está nos espiando e está quase se tocando. – Murmurou, enquanto praticamente me empurrava para a mnha porta nofim do corredor. Ele mesmo pegou a chave (no meu bolso traseiro) e girou o trinco com tanta força que a quebrou.

-Você vai pagar isso. – Reclamei, enquanto tropeçava para dentro largando a adaga no chão. Edward agarrou minha cintura e voltamos a nos beijar desesperadamente.

Parece que eu não fui a unica a ficar na seca!

Eu minha opinião só pareceu se confirma pela forma violenta que ele arrancou minha blusa, ao mesmo tempo que nos beijavamos, o que tornou tudo uma confusão enorme de mãos. Obviamente, não fiz por menos, devo ter arrancando três botões da camisa dele no processo de joga-la no outro lado da sala.

Não sei bem como mas o sofá apareceu no caminho e eu cai para trás com minhas pernas apoiadas no encosto. Nem me preocupei, aprovetei a oportunidade e arranquei o cinto dele. Edward agarrou minhas coxas com força e me puxou para perto dele o suficiente para me segurar no colo.

Nunca fiquei tão feliz por ele ser vampiro e ter super velocidade, sabe?

Segundos depois, eu estava na minha cama tendo minha calça tirada com um pouco de dificuldade. Edward rosnou impacente e rasgou a calça.

Respira fundo, Bella. Porra! Eu devo ter ensarcado toda a minha calcinha! O cheiro no ar não melhorava meu estado, só me deixava mais sedenta, na verdade.

Eu sentia aquela sensação na minha barriga, era algo quente que subia pelo meu corpo, enquanto ele continuava seu caminho de beijos molhados em direção a meus seios. Tomei impulso e no virei bruscamente, bati minha boca na dele. A sensação apenas aumentava, eu precisava demais! Suguei sua lingua e comecei a trilhar beijos por seu queixo e fui descendo para o paraiso...

Minha lingua sentiu o gosto da pele dele, por um momento fechei os olhos apreciando o prato delicioso que ele era. Continuei descendo, e dando alguma mordidas, provando que sua pele era realmente resistente...

Hum... Nada com o que eu não poderia lidar, suspirei sentindo suas mãos em mim. Ergui a cabeça e sorri para expressão apreciativa dele, estava no ponto.

Mas quando ia morde-lo, duas mãos agarraram meus braços e eu fui trazida para cima bruscamente. Sua mão me prendeu na cama pelo pescoço, olhei para a expressão maliciosa dele.

-Não, Bella, eu não sou para comer... – Disse didaticamente, quem disse que eu ligava? Fechei os olhos aproveitando a sensação de seus dedo pelo meu corpo, ele desceu pelo vale de meus seios, roçando levemente sobre eles.

Era tão bom, mas eu queria senti-lo tocando minha pele mesmo, e não sobre o tecido. Senti seus labios descerem por meu colo e...

Mas eu não queria isso! Quer dizer, eu queria, mas também queria prova-lo, ele parecia ser tão delicioso! Senti meus labios repuxarem sobre meus dentes afiados, e eu tentei morde-lo, mas sua mão me segurou firmemente no lugar.

Revirei os olhos quando senti sua boca sobre o tecido de meu mamilo sugando com força. Gemi dividida no que fazer a seguir, aprovetiar aquela sensação, ou seder a sede em que me consumia...

Ele voltou para cima e me beijo de sofrego, tentei lutar, por que eu não queria beija-lo, queria come-lo! Me senti sendo erguida, e me rendi ao beijo, o retribuindo com a mesma força que ele. Uma parte de mim, percebeu que suas mãos subiam pelas minhas costas lentamente... Foi quando senti meu sutiã indo embora.

No instante que ele quebrou o beijo, senti todo o desejo vindo para mim com uma intensidade desesperadora. Meus olhos formigaram, eu senti meus dentes rasparem minha lingua, o empurrei com força na cama e fui direto para seu pescoço.

Antes que eu completasse meu movimento, me senti sendo virada e ele se enterrou dentro de mim um unico movimento potente. Engasguei no ar surpresa com, bem, com tudo!

O fato de eu já estar nua, ele ter me penetrado, de ser uma sensação maravilhosa, o tamanho...

Então ele se moveu dentro de mim e meus gemidos se misturaram com os gruindos animelesco que começaram a vir dele. Ele agarrou minhas mãos e as prendeu no alto de minha cabeça com as dele. Envolvi minhas pernas na cintura dele me abrindo ainda mais e comecei a me mover na mesma velocidade dele.

Porém Edward começou a acelerar os movimentos de tal forma que eu não pude acompanhar... Minha boca começou a se abrir por conta propria.

Oh... Minha...

Meus dedos se apertaram na cabeçeira enquanto eu sentia o orgasmo se construindo dentro de mim.

Eu acho que comecei a gritar seu nome, perdi completa noção das coisas por alguns minutos, enquanto o ritmo parecia aumentar ainda mais e a ficar ainda mais forte também.

mais e mais...

Então tudo explodiu dentro de mim, perdi todos os meus sentidos, se eu gritei ou o que ele disse naquela hora, eu não faço ideia. Apenas fiquei sentido aquela incrivel sensação, enquanto sentia algo gelado dentro de mim. Edward caiu ao meu lado com a cabeça apoiada em meu colo.

Não prestei atenção nas coisas ao meu redor. Eu estava ocupada agradecendo a entidade sagrada que cruzou meu caminho com Edward! Por que, porra, eu tive um orgasmo!

Minha contagem de quanto tempo eu não fazia sexo está oficialmente zerada!

Comecei a rir para o nada.

-Qual a graça? – Edward perguntou virando o rosto para mim, ele também tinha um sorriso bobo no rosto.

-Eu... – Olhei para cima, quando senti nossas mãos no alto da cabeceira. – Ou melhor, nós quebramos minha cabeceira. – Apontei para os destroços a cima de nossas cabeças.

-Poderia ter feito mais estrago. – Ele suspirou me olhando estralar meus dedos. Abaixei meus olhos para meu novo heroi e dei um sorriso cheio de segunda intenções.

-Quando é o segundo round? – Ele me abriu aquele sorriso torto totalmente arrepiante, enquanto vinha em minha direção feito um animal cercando sua presa.

Pelo o que posso sentir ali embaixo, vampiros são insaciveis!

Oh! Eu sabia que o univeso ia pagar a divida por me dar tanto azar!

*Ladrão em alemão.


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Notas finais do capítulo

Respire junto, meus leitores!

Não tenham um ataque do coração agora!

Sim, vocês leram certo! Ela conseguiu! Bella tirou o atraso!

E não foi só isso que aconteceu aqui! Alec é o traidor! Quem esperava por essa? NINGUÉM! CHUPEM ESSA MANGA! Por que o traidor não é ninguém importante. Mas olhem bem, tem bastante coisa com nesse mato. Aguardem o proximo capitulo.

Aliais Jane e Nciolas, ta ai um casal que saiu do nada na minha cabeça, pareceu tão natural... O que é ironico já que um é lobisomem e a outra é vampira (anjos da noite feelings)

Voltemos ao casal protagonista que se elevou a um novo estagio do relacionamento. A demonia é danada! Se meteu a ladra roubando meio milhões de euros, saiu matando, teve que se virar em um feitiço do tempo sem pé nem cabeça, levou porrada dos lobisomens e depois de tudo isso conseguiu relaxar e gozar! Ok, não foi bem nessa ordem, e ela tentou tanto comer Edward que no final foi a comida, mas...

Aliais, eu dei risada com Edward nesse capitulo. Me lembrei de um ano atrás, lá no começo da fic, quando ele disse que queria se casar. Hoje em dia, proclama pra quem quiser que vai casar e ninguém vai impedi-lo e nem sequer noivo de verdade o bichinho está. É tão triste que eu não consigo parar de rir.

Ainda nessa parte do capitulo eu citei mais sobre o trio maravilhoso: Selene (que quebrou a cara), Ariadne (citada por Charlie antes) e Safira (que usa mascara por causa de um amor, misteeeeerio), dessa ultima eu até soltei algumas coisas. Edward, obviamente, estaria envolvido com elas, por que ele não é o masoquista do livros. Ele não brilha no sol!

Bem, paremos por aqui.

Até!

Maça ;*

P.S: Deixem reviews, eu vou criar vergonha na cara e começar a responder os desse capitulo.