Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 24
Jano ou Judas?


Notas iniciais do capítulo

É um? Nãããão!

É dois capitulo!



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Capitulo 24

Carmem P.O.V

Eu estava parada no canto da sala de reuniões me sentido completamente desconfortável.

-Não iremos adiar o funeral de Renné! – Madeleine, a avó de Bella, exclamou batendo na mesa.

-Sim, nós iremos, Madeleine. – General Swan respondeu com fria calma, ele não a olhava, na verdade, não parecia nem se importa com ela.

-Rituais bruxas devem ser realizados...

-Renné renunciou aos poderes. – General a cortou erguendo os olhos.

Ele estava nos passando ordens quando Madeleine invadiu a sala e começou a discutir sobre o fato de adiarem o funeral de Renné. Sam, Riley e Alec se olharam levemente desconfortáveis com a situação.

-Está no sangue dela! Renné pode ter renunciado seus poderes, mas ela seguia a grande mãe! Ela terá um funeral bruxo!

-Não, ela não terá. – Charlie se levantou da mesa. – A filha dela não está aqui, Madeleine. Segundo a sua tradição, os filhos são quem escolhe o tipo de funeral. Então a decisão de como será o enterro de Renné é exclusivamente de Bella.

-Apenas quem é dá família pode fazer isso, uma outra neta minha irá substituir aquela bastarda. – Madeleine recrutou tão fria quanto General Swan.

Charlie circulou a mesa e parou na frente de Madeleine.

-Respeito... – Falou em tom baixo. - Querendo ou não, ela ainda é sua neta. – Acrescentou ameaçadoramente.

-Ela matou Renné! É uma maldita bastarda sim! – Madeleine se virou enfurecida, mas congelou na porta quando uma adaga acerto a madeira faltando pouco centímetros para sua cabeça.

Riley deu um sorriso pequeno, Sam olhou para o teto, e Alec expirou divertido.

-Ela não matou Renné. – Charlie disse casualmente, como se jogar adagas na ex-sogra fosse a coisa mais comum do mundo.

-Se não fosse por ela, Renné jamais teria desistido dos poderes. Se não fosse pela maldita bastarda, aquele maldito demônio nunca teria a matado! – Madeleine recrutou friamente, seus olhos queimavam ódio.

-Renné renunciou dos poderes por conta própria, não pode por a culpa dos atos dela na filha, que na época era um bebê. – Charlie se aproximou e retirou a adaga da porta. – O velório está sendo adiado por que Bella não pode comparecer.

-Onde ela está afinal?

Todos ficaram tenso com a indagação raivosa dela, Madeleine percebeu e estreitou os olhos para nós. Então os gritos começaram, todos viraram a cabeça para a porta e Charlie a abriu rapidamente.

-Parece que Edward começou o interrogatório. – Alec comentou tranquilamente.

-Edward Cullen? Pensei que quem cuidasse do interrogatório era Rosalie. – Madeleine falou nos olhando desconfiada.

-É uma prisioneira especial. – Respondi cortesmente.

-Mas esses gritos são de uma mulher, Edward é conhecido por seu cavalheirismo, o que ela fez? – Franziu o cenho para nós.

Fiquei ereta quando ouvi o pedido de ajuda de Edward, troquei um olhar com Riley e íamos seguir o som, quando Carlisle nos ordenou ficar onde estava. Madeleine se virou para a porta quando meu líder passou rapidamente com a esposa.

-O que está acontecendo afinal? – Madeleine parecia levemente perturbada com o silencio que se fez.

Minha mente acompanhava o desenrolar da conversa.

- Ela encontrou o fim dá floresta em um penhasco. – Ouvi Edward falar, franzi o cenho confusa, do que ele falava?

Um silêncio se fez na sala por alguns segundos.

Então eu ouvi alguém se aproximar em uma velocidade extrema até para minha espécie, Edward passou pela sala e saiu em direção a saída.

-Edward! – Carlisle exclamou o seguindo, sendo seguido por Esme e Nessie apareceu em nossa porta.

Nessie respirou fundo na porta e seguiu em direção a Charlie e agarrou a mão dele. Os olhos dele perderam o foco no mesmo instante.

-O que significa isso? – Madeleine se virou para nós.

-Ela é sua bisneta. – Informei sem saber o que dizer, nos deram ordens expressas para não falar que Bella forá seqüestrada. Todos ouviriam, é verdade, mas estamos tentando manter as coisas dentro do controle com Athenodora e Carlisle controlando as memórias.

O traidor pode ouvir e falar aos outros inimigos que ela está lá fora, na mão de outros lobisomens. O caos estaria instalado se fizesse isso.

-Me desculpe? – Ergueu as sobrancelhas cética.

-Ela filha de Isabella Swan. – Sam acrescentou depois de um pigarreio, ele também não queria ficar ali parado. – Também é a impressão de Jacob Black. – Madeleine olhou surpresa para Nessie, a ruiva tinha influencia de poucos e nem sequer sabia.

Os Black eram os lideres originais dos quileutes, Sam se transformou em lider, por que a transformação de Jake demorou tanto que até pensaram que ele não iria receber o chamado. Então, quando Jacob virou lobo, ficou claro que suas emoções estavam desequilibradas demais, ele não poderia assumir o posto de lider.

Hoje em dia, eles estão divididos em dois grupos, Jacob está para assumir a liderança forçadamente por conta da guerra. Ou seja, Nessie tem influencia sobre um dos futuros lideres do clã Volturi, a realeza vampira. E de quebra tem contato direto com a próxima na linha sucessória para ser General.

Isso sem contar o tanto de informações que ela sabe só por estar aqui.

-Quero Sam e Alec em La Push. – Charlie ordenou depois de piscar atordoado. – Riley preciso que faça o serviço na cidade, e cuida da humana. Carmem olhos abertos pela propriedade, dispensados. – Ele se virou para Madeleine. – Até segunda ordem o corpo de Renné não terá funeral. Queira se retirar agora, Madeleine. – Charlie apontou a porta para Madeleine.

Estrondo forte cortou o breve segundo de silencio e todos nos viramos para a porta, quando eu olhei para a soleira tive que me inclinar para trás para desviar do corpo de um dos transfiguradores.

Mas que diabos...?

Sai para o meio do corredor e encarei a impostora, ela tinha um sorrisinho um tanto irritante no rosto. Rapidamente Riley a atacou, ela desviou dos dois primeiros murros e agarrou o pulso dele, o virando no ar rapidamente. Ergueu a cabeça para ver Sam, que ia em sua direção com velocidade, e em um movimento rápido ela o segurou pelo pescoço.

Em movimento rápido Sam foi jogado contra Riley, ainda no chão. Alec apenas ficou parado a olhando, Bella deixou a cabeça pender para o lado enquanto o observava.

-Não vai nem tentar? – Perguntou sarcástica, Alec a encarou surpreso. Ele nunca teve alguém que fosse imune ao seu dom, e não havia tentado em Bella até agora. Então... Bem, acabamos de descobrir que Bella é imune ao dom dele.

Bella rapidamente o segurou por trás e segurou a cabeça com as mãos. Era minha hora de fazer um movimento...

-Nem ouse! – Rosnou para mim. – Se alguém se aproximar, o Volturi aqui é decapitado.

Eu ouvi um assobio no ar e uma adaga passou por mim, Bella a pegou no ar com extrema facilidade, o que é meio surpreendente, já que nem eu consegui (Charlie era rápido quando podia, ainda mais com suas vantagens)! Ela esfaqueou a lateral do corpo de Alec e depois a lançou em direção a Riley, que havia se levantado para ataca-la por trás.

Impressionante como uma adaga envenenada de Charlie poderia ser tão mortal.

-Não irá escapar daqui, impostora. – Charlie a olhou tranqüilo, ele nunca demonstrava medo, na verdade, acho que ele realmente não temia nada.

Bem... Imagino que se alguém tivesse passado metade da conturbada infância do General, também aprenderia a não temer nada, nem mesmo a morte.

-Meu nome é Bella, papai. – Ela recrutou com um sorriso, parecia se deliciar com a situação toda. – Um general Volturi não deveria ser um vampiro? Confesso que quando soube fiquei curiosa, o famoso General Impávido é humano!

Tentei entrar na sala, mas levei um choque e fui jogada contra a parede.

-Por que exatamente está na minha sala? – Perguntou com certo divertimento, Charlie sempre gostou de ser subestimado.

-Diversão, prazer, necessidade... Escolha o que quiser, não é como se eu me importasse. – Bella deu passo para frente e parou no lugar. – Sabe, você me fez pensar, um simples humano não pode atingir um nível tão alto nos Volturis... Não sem ter algo ao seu favor. – Olhei pela sala, Madeleine olhava para Bella sem acreditar no que via e Charlie mantinha a expressão séria.

-Tem razão, não são humanos comuns que fazem parte dos Volturis, tem que ter algo para chegar aqui. – Charlie recrutou calmamente. – Mas você já sabe disso. – A impostora soltou um risinho.

-Nem mesmo sua filha sabe disso, não? – Charlie não respondeu. – Um segredo tão bem guardado que apenas um Cullen conhece o fato.

-Você não vai sair viva daqui. – Charlie desviou a encarando duramente.

-Você não vê o futuro, pai. – Deu um riso debochado e, de repente, atacou Madeleine. A impostora segurou Madeleine por trás e envolveu um dos braços no pescoço da senhora. – Mas não se preocupe, isso nunca afetou seu trabalho.

-Charlie, a bastarda de Renné é nossa inimiga? É por isso...

-Cale a boca, sua velha desprezível! – Bella rosnou para Madeleine. – Ninguém lhe deu o direito de falar. Perdeu esse direito quando negou aqueles de seu próprio sangue. – Percebi que Madeleine ficou mortificada por alguns instantes.

-Solte-a. – Charlie disse com as mãos no bolso.

-Não. – De repente Bella fechou os olhos e fez uma careta de dor.

-Solte a mulher. – Charlie pediu novamente em tom frio.

-Eu disse não. – Bella rosnou mais ainda e virou a cabeça para o lado, enquanto sua careta se aprofundava mais.

De repente o braço que segurava Madeleine começou a queimar, Bella a largou com um gruindo. Madeleine ergueu a mão e Bella foi presa a parede.

-Nos mostre sua forma! – Charlie se aproximou do corpo preso na parede.

-Uma impostora? – Madeleine perguntou encarando a mulher presa a parede. – É feitiço difícil de encontrar... – Bella os olhos nada feliz.

-Por que eu estragaria a graça de tudo? – Bella abriu um sorriso malicioso. – Perdoe-me, General! Mas não sou do tipo que facilita as coisas. Pode me matar agora ou depois, não faz diferença, não vai descobrir nada. – Charlie se aproximou do corpo na parede.

-Então faremos do jeito difícil. – General Swan enfiou a adaga envenenada no estomago dela, Bella arregalou os olhos e caiu no chão instantes depois. – Levem-na daqui. – Ordenou para Sam e Riley (que estava pálido por conta do veneno, era uma boa coisa vampiros não poderem morrer). – Voltem as tarefas que lhes foi designada. Quanto a você, Alec, irá treinar com Jasper, não saber lutar é uma desvatagem inaceitável.

-O que está acontecendo? – Madeleine perguntou nervosamente.

-Eu vou me retirar Madeleine, você deveria fazer o mesmo. – Charlie ergueu o braço para a porta, insatisfeita ela obedeceu.

-Isso não acabou por aqui. – Nos olhou mal humorada e se virou para ir embora.

Emmett P.O.V

-Vocês vão ficar bem. – Rose beijou a cabeça de cada uma das crianças.

Estávamos no quarto dando boa noite para as crianças, por que quem fazia aquilo normalmente era Bella. Eu sei! Isso soa muito estranho.

Bella não parece ser capaz de ter emoções tão maternais, não faz parte do sistema dela. Mas acho que isso é algo que toda mulher tem, minha Rose, por exemplo, toda sanguinária e ai está paparicando Layla e Peter.

-Por que tia Bella está presa em uma sala branca? – Peter perguntou para mim. Tinha que ser logo para mim?

-De uma resposta decente, animal! – Rose sussurrou para mim, é tanto amor...

-Bem, tia Bella tem... – Pensa Emmett! – Uma irmã gêmea do mal. – Rose me olhou de lado com os olhos levemente arregalados. – Foram separadas na maternidade.

-O que é gêmea? – Peter perguntou franzido o cenho.

-Significa que ela é idêntica a tia Bella. – Rose respondeu me olhando de lado.

-Tio Chalie num gota dela, o papai num devi ama a filha? – Layla perguntou inocentemente.

-Isso por que ela é uma vadia de marca maior, querida. – Respondi em tom compreensivo, Rose me olhou horrorizada.

-O que meu marido quer dizer é que ela magoou muito Charlie, e filhos não devem fazer isso, nem pais. – Rose acrescentou após um fulminante olhar para minha pessoa.

-Ninguém gosta dela. – Peter comentou. – Deve ser ruim ser odiada sem motivo.

-Como sem motivo? Ela fez coisas ruins. – Recrutei indignado.

-Mas ela acha que fez certu. – Layla fez biquinho.

-Elas sempre acham. – Murmurei para mim mesmo.

-Vocês sabem onde está a sua verdadeira tia Bella? – Rose perguntou estreitando os olhos.

-Com gente ruim. – Layla murmurou, Peter a olhou na mesma hora.

-Ela não está mais com eles! Não fique assim. – O irmão consolou. – Tio Edward a achou. – Deu um sorriso sem dentes para nós.

-Isso é uma boa noticia. – Rose abriu um sorriso aliviado, um problema a menos. – Agora, vão dormi, demoniozinhos lindos.

-Tia? – Rose se virou na porta. – Promete que vai devolver o amor de Hugo? – Peter pediu, ambos nos olhamos confusos.

-Hugo?

-O moço de olho claro. – Rose franziu o cenho para ele.

-Tudo bem, meu amor. – Ela acenou fingindo saber do que ele falava.

Nós dois saímos do quarto abraçados, era um dos momentos que podíamos ficar juntos. Mas não era por muito tempo, Alice e Jasper estavam de folga agora, depois que Bella foi capturada, Jasper resolveu ficar um pouco com a esposa.

Uma noite de folga para os dois, porque amanhã seria Rose e eu! E só de pensar me dava vontade de me matar, era só amanhã! Aja paciência!

-Rose! – Kate se aproximou de nós. – Precisamos de você na sala de interrogatório, James precisa nos dar informações sobre os cúmplices em Forks.

Rose me olhou de lado, ela não podia hipnotizá-lo, ele conseguia se desviar dela, era impressionante.

-Emmett, Carlisle está solicitando sua presença no escritorio. – Kate nos olhou apreensiva e saiu.

O que eu fiz agora?

...

CACETE!

-Não temos saída! – Carlisle acrescentou.

-Deixa ver se eu entendi... Edward não pode voltar. – Eu refleti. – Iremos executar o procedimento FD amanhã a tarde. Como Edward não dará noticias aos olhos de todos, entramos em alerta maximo.

-Ninguém sai até localizarmos meu braço direito. - Carlisle continuou. - Daremos uma série de pistas falsas, em cada setor.

– E a pista que os lobisomens seguirem reduz nosso traidor a apenas um setor. – Terminei. – Consegue isolar todos de uma vez? – Carlisle teria que corta qualquer contato entre os setores com a mente para que funcione e ninguém suspeite.

-Não é como se eu não tivesse feito algo assim antes, mas preciso que você organize as equipes de confiança lá fora.

-Edward se comunicou? – Perguntei olhando para Carlisle quando me levantei.

-Dá onde você acha que eu tirei a idéia para o plano? – Continuei o olhando curioso, aquela resposta abria duas vias. – Não, ele não se comunicou ainda. – Carlisle suspirou. – Celular fora de área. Eu não consegui falar com ele quando saiu daquele jeito. Apenas arregalou os olhos e saiu correndo, mas antes disse que era La Push que estavam. Ao menos consegui passar o plano via pensamento.

-O que será que Bella fez? – Perguntei pensativo.

-O que será que Bella tem para fazê-lo agir assim? – Carlisle e eu nos olhamos maliciosos.

-Sim, o que será Carlisle. – Recrutei divertido e me levantei.

Assim que abri a porta, Esme me empurrou novamente para dentro. Ela nos olhou com um sorriso convencido e fechou a porta para ninguém nos ouvir, portas a prova de som era algo essencial naquela casa.

-Achamos Thomas Louvain.

Edward P.O.V

Sai do mar e me agachei ali mesmo com o cadáver de Bella. Mesmo sabendo que ela iria acorda, eu ainda me sentia ansioso para a hora em que ouviria seu coração batendo. Passei a mão pelo seu rosto e o senti morno sobre minha pele, o que significava que a pele dela estava fria.

O que significava que se um medico estivesse ali, ele falaria que ela estava morta.

Ergui meus olhos e analisei tudo ao meu redor tentando me distrair da cor azulada de sua pele e dos lábios arroxeados. A equipe Volturi lutava contra os lobisomens ao sudeste, haviam chamado todo o grupo deles em peso. Por um momento pensei em me juntar a eles e tentar acabar com a raça de Boreas, mas não, a morte dele seria feita depois que todos os Cullens tivessem lhe proporcionado dor.

Voltei meus olhos para Bella, logo alguma criatura iria se afastar de lá e vir em nossa direção. Eu tinha que tira-la dali e tinha que ser agora. Segurei seu rosto e olhei para sua pele, estava menos azulada, porém a cura era muito lenta.

Me levantei e comecei a encaixar seu ossos quebrados para se curarem mais depressa. Perna, o braço deslocado, as costelas, ao menos a cabeça já estava curada.

Toquei seu rosto pensando na noite anterior, depois que Carlisle saiu de nosso quarto...

Ela começou a ter pesadelos, juntando isso ao fato de falar dormindo... Simplesmente foi impossível não conforta-la um pouco, e foi ai que eu lhe disse que tudo ficaria bem.

Mesmo em estado de semi-consciência, ela se lembrou disso durante a tortura... Franzi o cenho, por que ela se lembrou de algo tão insignificante?

Percebi que Bella não respirava quando a olhei novamente. Hum... Seu pulmão devia estar cheio de água.

Sem pensar muito, fechei meu punho e bati em seu peito com pouca força, não podia me arriscar quebrar seus ossos. Dei mais duas e na terceira, explodiu água pela sua boca, Bella se virou bruscamente e começou a vomitar a água.

Ela se virou e expeliu, provavelmente, cinco litros de água salgada. Bella ficou por um segundo quieta e ofegante, eu podia ouvir seu coração batento novamente, me inclinei para toca-la. Mas ela sentiu a aproximação e se assustou, já que se levantou e tentou fugir.

Com um simples movimento a segurei por trás, então ela começou a se debater.

-Bella! – Tentando conte-la, Bella estava fraca, porém, havia desespero em seus movimentos - Sou eu! Edward – A virei bruscaente e a obriguei a me olhar. – Está tudo bem. – Ela me encarou ofegante e com os olhos arregalados.

Eu olhei em seus olhos e percebi o quão profundos eles eram, o que era ridículo, passei meses os olhando tentando descobrir cada reação sua...

Por impulso me inclinei e bati meus lábios nos dela, Bella aparentemente teve a mesma idéia já que fez o mesmo movimento que o meu. A puxei para mais perto de mim, apertando meus lábios contra os seus com mais força e quando pensei em aprofundar o beijo, as pernas dela fraquejaram.

-Obrigada. – Ela nem sequer abriu os olhos apenas desmaiou em meus braços.

Eu espero que ela resolva agradecer novamente... Me peguei pensando enquanto a levantava da areia. Tínhamos que sair dali, não era seguro e eu não poderia voltar para casa, Carlisle me alertou de seu plano via pensamento.

Estávamos por nós mesmo agora.

Jane P.O.V

Eu olhava o treinamento de nossos membros entediada, luta não era meu setor. Sempre serei especialista em interrogatórios e estratégia. Mas me dava uma ponta de inveja os ver lutar no sol, algo que eu não poderia sequer sonhar em encostar. Fazia tanto tempo...

De repete alguém sentou ao meu lado. Virei meu olhar lentamente e me deparei com Nicolas me encarando, olhei ao redor rapidamente e não vi Nessie.

-Onde está Nessie? – Perguntei, estava interessada naquele drama totalmente clichê dela com Jake.

-Se escondendo do companheiro, o que é algo completamente estranho. – Franzido o cenho.

-Acha estranho não se apaixonar por alguém que se diz sua alma gêmea? – Recrutei sarcástica.

-Acho estranho ela recusar ser amada e amar. – Erguendo as sobrancelhas arrogantemente.

-Não é uma questão de amor. – Respondi voltando a observa o treinamento.

-Como pode dizer algo assim? É tão obvio que é sobre amor.

-Você tem quantos anos? – Perguntei o olhando de cima abaixo. Nicola abriu um sorriso.

-Eu nasci em 1160. – Respondeu observando os outros ao longe, o que me lembrou novamente que eu não poderia sair no sol. – E você?

Depois da quase fuga de Alec, Aro não confia nem em mim ou em meu irmão para ter liberdade do sol, por isso estava protegida dentro da casa com os vidros que impedem os raios ultra-violetas.

-Eu nasci em 1716. – Recrutei olhando para a janela.

-Por que não está lá fora? – Segurei o suspiro impaciente.

-Eu sou uma vampira, esqueceu?

-Mas é o braço direito de Caius. – Ergui a sobrancelha. – Você tem fama. Absolutamente todos temem conhecer o doce sorriso de Jane Volturi. – Não pude deixar o sorriso convencido preso, eu adorava aquela reputação.

-Eu não posso sair no sol, mesmo sendo braço direito de Caius. – Comentei erguendo as sobrancelhas indiferente. – Então, não se prenda por mim, pode ir lá fora. – Indiquei a porta com a cabeça, esperando que ele entendesse que eu queria ficar sozinha.

-Não sou fã do sol, a lua sempre foi meu astro preferido. – Recrutou se recostando na cadeira. Ótimo! – Então, Jane, por que não está tentando achar...

-Por que o general me tirou dessa função. – O cortei antes que falasse o nome de Bella. Havíamos manipulado todos que sabiam do ocorrido com a Swan. – Meu irmão foi no lugar.

-Devo estar te aborrecendo... – Ele deu um riso.

-Sim, você está. – Rebati imediatamente. – O seu cheiro não me é agradável.

-Te conterei um segredo... – O senti se aproximar de mim, controlei o rosnado. –... O seu me dá vontade de vomitar. Mas como me viu nu, acho que temos um grau de intimidade tão grande quanto o que tenho com Nessie.

-Você quer dizer, quando eu te vi completamente dilacerado pela surra que levou de um lobisomem? – O olhei sarcástica.

-Não seja cruel. – Ergui a sobrancelha e apenas o olhei de lado. – Não foi uma boa escolha de palavras.

-Se você quer conversa, Nicolas. – Me levantei e o encarei nada feliz. – Procure Nessie, ela é mais... – Procurei uma palavra. -... Entusiasmada.

Me virei e lá estava ele na minha frente impedindo a passagem, revirei os olhos e tentei ir embora na minha velocidade desumana, mas quando passei por ele, Nicolas segurou meu braço.

-Mas eu quero falar com você. – Puxei meu braço com força e me virei, continuando meu caminho. – Foi em 1586 que você nasceu. – Meus passos diminuíram, tudo bem, estou em surpresa. – Foi uma das empregadas de Erzsébet Báthory, inclusive, ela a transformou... – Me virei lentamente.

-Me desculpe? – Encarei-o nos olhos.

-Lembro que seus olhos eram de um azul safira indescritível. – Se aproximou de mim e segurou meu rosto, nossos narizes já se tocavam tamanha era a proximidade. – Mesmo sendo humana, era tão bonita. – Encarei seus olhos por alguns instante, perturbada. Ele estava se aproximando mais ainda...

Nicolas engasgou no ar e caiu de joelhos na minha frente, segurei seu rosto entre as minhas mãos e me aproximei, sussurrando:

– Minha beleza não passa de uma ilusão para esconder o que realmente há dentro de mim. – O larguei no chão e me virei. – Só para constar... Fui transformada por Caius Volturi. – Acrescentei sobre o ombro.

-Sim, quando quiser falar a verdade srta. dissimulada, eu estarei aqui. – Parei por alguns segundos, eu já tinha ouvido algo assim antes, tenho quase certeza...

Balancei a cabeça e ergui o queixo.

Assim que passei pela porta me apoiei na parede ao lado e engoli a seco, ele sabia sobre minha origem! Como ele sabia disso? Foi escondido a sete chaves! Apenas Edward sabia disso, nem mesmo Carlisle!

Nicolas não poderia ter estado lá, eu me lembraria... Ou talvez não, minhas memórias humanas eram poucas, mal me lembrava de Alec!

Droga! Terei que conversa com Caius, foi ele quem orquestrou tudo isso.

-Algum problema, Jane? – Me virei e abaixei a cabeça em sinal de respeito para Marcus.

-Não, senhor. – Respondi rapidamente, este continuou me encarando inexpressivo e eu me vi impelida a responder. – Nada realmente preocupante, ao menos por enquanto.

As narinas dele se inflara minimamente, ele havia percebido meu cheiro misturado com o do lobisomem.

-Percebo... – Comentou analítico. Eu era uma pessoa muito boa em controlar a emoções, mas quando fico perto de Marcus, percebo que ao menos sou capaz de sentir algo.

É como se a alma de Marcus tivesse sido destruída. Encarar os olhos dele é quase doloroso, não se vê nada ali! São completamente vazios...

-Deseja algo, senhor? – Perguntei olhando para baixo.

-Sim, venha comigo. – Acenou se virou e seguiu rapidamente.

Logo estávamos no quarto dele, e eu sabia que receberia uma missão séria.

-Minha cara, preciso que se aproxime da impressão de Jacob Black.

-O que exatamente espera?

-Nada, apenas cuide dela. – Pediu, o olhei curiosa. – Nessie é mais peculiar do que pensa, Jane. Quero que a teste sem que ela perceba, gostaria de saber a capacidade da jovem. – Acenei com cabeça, seria divertido testa-la sem ela saber. – Isso é confidencial, Jane.

O olhei intrigada e Marcus me dispensou com um aceno de mão.

Como os humanos diziam hoje em dia...

Bizarro...

Jasper P.O.V

-Eu espero que sejá código amarelo! – Exclamei assim que as porta do escritório se fecharam, nos deixando isolados.

-Sei que é sua folga, Jasper. – Esme disse, mas eu ergui a mão.

-Continuem logo.

-Se acalme Jasper, tem a eternidade com sua Alice. – Carlisle recrutou rapidamente, suspirei e me sentei.

Todos estavam na sala, exceto Edward...

-Edward não voltará. – Carlisle anunciou todos o olharam com os olhos arregalados. – Ele no traiu e fugiu para seqüestra Isabella Swan.

É O QUE?

Um silencio mórbido caiu sobre a sala.

Então Carlisle soltou uma risadinha junto com Emmett.

-Eu disse que eles acreditariam em qualquer coisa que dissesse, confiariam tudo a você. – Carlisle deu um de seus chaveiros para Emmett, ele havia mesmo acabado de perde um de seus carros em uma aposta.

-Estava brincando. – Se sentou em sua cadeira. – Edward será nossa arma para manipular nosso traidor. – Acrescentou sério.

-Você ainda se recusa a contar a nós quem é? – Esme perguntou o cortando, revirei os olhos acreditando que Carlisle havia nos escondido algo... De novo.

-Não revelarei nada sem provas, o que interessa é que preciso que todos me ajudem com o plano. Iremos capturar Thomas, precisamos de destreza e perfeição nisso.

-O que será feito de Edward?

-Ele foi atrás de Bella, a única pessoa sabe se ele teve sucesso nisso é nossa prisioneira e ela se recusa a falar.

-Que tal faze-la ingerir o soro da verdade? – Rose perguntou.

-Até a verdade pode ser manipulada. – Alice opinou com um muxoxo.

-Não se Nessie foi fazer as perguntas, ela conhece Bella com a palma da mão. – Rose recrutou.

Alice olhou para baixo distraída com alguma visão do futuro.

– Eu a vejo perguntando, mas a impostora não se decide se responde, ou não.

-Tem um ponto Alice, vamos tentar isso. – Carlisle falou. – Quais são os movimentos de Edward?

-Ele a levou para Seattle.

-Tão perto?

-Ele está traçando vários planos ao mesmo tempo. Viajar é uma das opções, mas ele não acha conveniente. – Alice respondeu olhando par ao nada.

-Se ele está tão perto, pode ser usado na emboscada de Thomas. – Carlisle refletiu. – Assim se algo der errado, o traidor não achará que estamos o manipulando.

-E a comunicação com ele? – Perguntei curioso.

-Ele entrará em contato pela linha dois. Como está as coisas com James?

-Consegui informações, mas ele foi esperto o suficiente para responde-las o mínimo possível. Os demônios estão tentando dominar a cidade, habitante por habitante.

-E o por que disso tudo?

-O chefe mandou. – Rose respondeu dando de ombros. – Quando perguntei quem era, ele simplesmente falou que era aquela que estava sob o comando do mandante.

-Então existe dois chefes. Isso é comum com os demônios, temos que chegar ao fim disso. – Esme suspirou se apoiando na mesa.

-Temos que dominar a cidade. – Carlisle cortou o momentâneo silencio. - É a única maneira de conseguir o controle, virar os humanos ao nosso favor.

Todos haviam se virado para ele, estávamos um tanto chocados.

E confusos...

Uma explosão de surpresa aconteceu na sala quando entenderam.

-Está falando de... – Emmett franzia o cenho boquiaberto.

-De expor a verdade para eles... – Carlisle nos olhou calmo, ele estava tão calmo quanto uma lagoa... – A nossa verdade.

Aquilo só podia significar uma coisa...

Bella P.O.V

Eu me sentia estranha...

Depois de toda aquela dor tudo o que me restava era uma espécie de dormência e uma queimação na garganta. Me mexi e percebi que estava bem... Levando em consideração as ultimas hora, isso era realmente estranho. Senti algo tocando o meu rosto e as memórias voltaram com tudo para mim.

A dor era horrível!

Abri os olhos um tanto assustada com as lembranças nada agradáveis. Mas relaxei ao ver Edward ali, me olhando calmamente, ele traçava os dedos em minha mandíbula. O toque frio era estranhamente relaxante.

-Tem algo no meu rosto? – Perguntei roucamente, sensação desagradável essa.

-Não, a água do mar o limpou muito bem. – Respondeu com um sorriso torto.

-Como eu...? – Olhei ao redor confusa e me deparei com um fio saindo meu braço.

Mais que porra é essa?

Olhei para cima confusa e vi uma bolsa de sangue presa no canto da cama. Suspirei sonolenta e tentei me mexer, eu me sentia bem, só com o cansaço do sono.

-Bella... – Edward me chamou suavemente. Virei minha cabeça em sua direção. – Sei que foi torturada. – Me mexi desconfortável, um dos piores momento da minha vida. – Mas preciso que se prenda no agora.

-O que quer dizer?

-Não iremos voltar a minha casa. – Edward falou se sentando na cama, me ergui e encostei meu corpo na cabeceira.

-O que? Por quê? – Perguntei franzido o cenho, Edward segurou minha mão entre as suas, por que toda aquela gentileza?

-Precisamos mantê-la em segurança, se eles soubessem de seu lado demônio... Bem, você não estaria aqui Bella.

-Eles achavam que eu era humana... Espera! Como sabe disso? Estava lá? – Fiquei um tanto revoltada, ele estava lá parado enquanto eu sofria o inferno?

-Não estava, mas eu a resgatei lembra? Sei que se jogou no mar, nenhum lobisomem dali foi atrás de você por que achavam que foi sua morte.

-Se não podemos voltar... Isso inclui você.

-Sou seu noivo, não? – Me dirigiu um sorriso divertido.

-Mas... – Parei franzido o cenho. – O funeral de Renné. – Mordi o lábio meio desconcertada, olhei para baixo.

A verdade era que eu estava constrangida com o meu ataque naquela noite, e do quanto chorei durante o banho na manhã seguinte. Aquilo iria me atormenta até eu matar James, ou morrer, o que vier primeiro.

-Não irão fazer nada sem você lá, não se preocupe. – Ele parecia hesitante por um instante. – Como se sente? – Ergui os olhos para ele e depois os desviei.

-Sabe o que eu aprendi com tudo o que me aconteceu a dois anos atrás? – Perguntei com um sorriso forçado. – Não confie em ninguém. – Acariciei o rosto perfeito dele.

-É esperto...

-Salvou minha vida. – O cortei. – Eu sou nova, Edward, mas já enfrentei coisas que uma garota de dezessete anos não deveria enfrentar. Eu minto, e minto mais ainda, e quando você acha que estou falando a verdade, provavelmente estarei mentindo novamente.

-Mas você confia em mim. – Edward afirmou.

-Bingo. – Murmurei me sentindo vulnerável, ele sabia exatamente o que eu ia falar! – Isso não significa que não mentirei para você.

-O mesmo vale para mim.

-Qual parte? Que confia em mim, ou que irá mentir? – Perguntei curiosa.

-Os dois. – Respondeu então se encostou na cabeceira de madeira ao meu lado. – Segundo o ritual bruxo, você é a responsável pelo funeral, Charlie não irá prosseguir sem você. – Acenei com a cabeça e suspirei, eu precisava mudar de assunto.

Eu me sentia a ponto de chorar se continuasse falando de minha miserável vida.

-Onde estamos? – Perguntei com um suspiro.

-Em Seattle. – Respondeu olhando ao redor. – Deu um tanto de trabalho driblar nossos cheiros, mas nada que roupas de segunda mão não dê um jeito por algumas horas.

Olhei para mim mesma e vi que estava com roupas diferentes, na verdade, estava de short e uma regata.

-Diga que você não me viu nua enquanto eu estava inconsciente. – Pedi sarcástica. Porra! Eu tinha que estar é acorda nessa hora!

-Eu te vi semi nua, nada que eu não tenha visto antes. – Se inclinou em minha direção preguiçosamente. – Relaxe, não tirei sua lingerie, isso seria golpe baixo de minha parte. – Deu de ombros.

-E isso é para...? – Apontei para o fio preso em meu braço.

-Estava te alimentando sem que precisasse te acorda. Pode retirar se quiser, você parece bem melhor agora. – Me sorriu enquanto tocava meu queixo. – Apesar de ainda parecer com anemia.

-Suas palavras gentis me deixam lisonjeada. – Comentei sarcástica, enquanto arrancava aquele treco do meu braço. Edward riu da careta que fiz e pegou a bolsa de sangue ligada ao fio.

-Beba e então poderei elogiar sua beleza. – Arranquei a bolsa da mão dele e comecei a tomar o sangue avidamente, eu estava com sede. – Bella, vai com calma, vai acabar engasgando. – Pediu calmamente, e eu tratei de vira toda a bolsa de uma vez. Resultado? Engasguei! Parece praga. – Não disse?

-Estou com a garganta seca aqui, se não tomar sou capaz de ataca-lo. – Ele deu uma risadinha sarcástica.

-Acha que mesmo que conseguiria? – O olhei por alguns segundos e fechei meu escudo em sua cabeça, Edward sorriu torto e ergueu as sobrancelhas, estreitei os olhos e tentei força a porcaria do escudo.

Nada!

-O que...? – O olhei com estranheza.

-Bella, sou telepata, eu bloqueio poderes mentais como telecinese, por que não seu escudo?

-Mas não consegue passar pelo meu escudo.

-Posso repeli-lo de minha pessoa, não das outras. Por isso não posso entrar no banheiro quando você se tranca lá, ou penetra em seu escudo mental.

-Então, nos estamos empatados? Eu não posso usar meu dom com você, e você também não.

-Basicamente. – O sorriso dele cresceu ainda mais quando acrescentou:– Obviamente isso ocorreria se fosse vampira, ai sim, nós estaríamos de igual para igual.

-Eu não me importo de quebrar a mão na sua cara, Edward. – Estreitei os olhos para a criatura.

-Tudo bem, eu gosto de mulheres selvagens. – Bufei impaciente. – Não fique mal humorada Bella. Não posso fazer nada se a verdade é que você é mais fraca do que eu. – Acrescentou com um excelente bom humor.

Olhei para baixo, aquilo era verdade, outra verdade era que os lobisomens eram mais fortes também. Toquei em meu rosto para me assegurar que não havia marca nenhuma ali. Me arrepia só de lembrar quando ele chicoteou meu rosto.

-O que foi? – Ele segurou meu rosto, me obrigando a olha-lo. – Está segura, Bella, eles não iram nos achar.

-Eu sei, é só que... – Franzi o cenho. -... Eles me acharam antes.

-Falando nisso, por que se entregou? – Me pergunto, o bom humor de agora pouco havia desaparecido. – Você poderia estar morta agora. – Falou grosso.

-Sei disso, na verdade, eu esperava estar morta. – Suspirei um tanto envergonhada com minha admissão de derrota. –Lembro que olhei ao redor e pensar: "Eles iram dar a vida por alguém que não se importa em morrer". É meio estúpido, mas... Tem coisas pelas quais não valem a pena morrer, eu sou uma delas.

-Não sabia dessa sua tendência suicida. – Comentou acidamente, fiz questão de olha para frente, não queria ver o olhar acido dele.

-Não quero morrer, apenas sei que em algum momento isso irá acontecer. – Respondi duramente.

-Você pode não se importa, mas eu me importo com sua morte.

-Por quê? – Ergui meus olhos para ele imediatamente, senti um frio na barriga com a afirmação dele. Pareceu tão... Sincera.

-Por que sua morte significaria uma vitória para eles e a guerra se aprofundaria, e ninguém quer isso entre os lobisomens e vampiros. – Acenei com a cabeça um tanto decepcionada, não faço idéia do por que. – Além do mais, eu gosto de você. – Nem tentei segurar o sorriso quando ele acrescentou essa parte.

-Gosto de você também, Edward. – Ergui meus olhos para ele.

E tudo pareceu parar... Ridiculamente clichê não?

Nos olhamos por alguns instantes e de repente eu estava me inclinando na direção dele como se estivesse sendo atraída por algum tipo de magnetismo. Meus olhos ficaram entre abertos quando senti o hálito gelado bater em meu rosto, eu quase podia sentir seus lábios...

Então, se ouviu o trinco da porta estalar pelo quarto.

Obviamente tinha que ter algo para estragar a alegria alheia...

-Ops! – Uma bêbada entrou no quarto aos tropeços e deu uma risadinha para nós. – Foi mal ai... Hic! Ei... Tem espaço para mais uma ai? – Perguntou olhando toda se querendo para Edward, mas ele já estava a empurrando para fora do quarto de maneira nada educada.

-Onde estávamos? – Edward se virou para mim com um sorriso, mas eu estava com os olhos grudados na porta, havia algo que... Não podia ser, ou podia?

Olhei para Edward com minha boca ainda entre aberta em choque e depois saltei da cama em direção a porta, Edward me parou quando abri o trinco. Apenas uma brecha estava aberta, mas era o suficiente para escutar os gemidos, os gritos e sentir o cheiro lá fora.

-Onde exatamente estamos em Seattle? – Perguntei, enquanto Edward fechava a porta e passava o trinco, ao mesmo tempo que me mantinha presa (esmagada, na verdade) contra seu peito.

Ele foi andando pelo quarto e eu fui obrigada a andar de costas, já que o cara não parecia se tocar que tinha que me soltar.

-Edward, eu senti o cheiro. – Ergui as sobrancelhas. – Eu sei bem reconhecer cheiro de gozo misturado com sangue. – Ele me empurrou na cama me fazendo ficar sentada.

-Estamos no Carpe diem. – Ele suspirou de pé na minha frente, era melhor eu manter o rosto levantando, se eu abaixar dou de cara com o...

Espera... O que?

-Onde? – Perguntei confusa.

-É uma espécie de restaurante para quem gosta de sangue. – Apontou para si mesmo. – E também um ótimo lugar para sexo a vontade.

-Estamos em um puteiro? – O olhei chocada e depois cai na gargalhada ao ver a cara dele. – Cacete! Estamos mesmo em um puteiro, de todos os lugares esse é o que eu menos esperava! – Respirei fundo e limpei a umidade de meus olhos.

-Acabou o ataque histérico? – Cruzou os braços.

-O que estamos fazendo aqui? – Recrutei curiosa, olhei ao redor. – Aqui também é um motel? – Ergui as sobrancelhas sugestiva, o quarto era todo vermelho com preto, tinha um toque bem sensual no lugar.

-Sexo é o melhor cheiro para disfarça o nosso. – Ele cortou meu barato. – Sexo e sangue é ainda melhor. Conheço a dona, somos amigos, pode-se dizer assim.

-Você paga para pegar as putas do lugar? – Mordi os lábios para não rir da expressão dele. – Tem algo de errado para ter que pagar? Por que eu não sabia que o produto estava danificado, senão não teria aceitado o casamento... – Não agüentei e me acabei de rir.

De repente minhas pernas foram puxadas, ele literalmente estava em cima de mim, grudado...

Puta merda! Engasguei no ar ao sentir a potencia do produto...

-Acha mesmo que meu produto é danificado? – Ele perguntou em tom baixo, o que me deixou toda arrepiada.

Isso Bella! Ofenda a honra do Junior, quem sabe ele resolva te provar o contrario?

-Não sei, vai que é broxa? – Perguntei de propósito, quem sabe eu finalmente acabe com o celibato?

Por favor! Por favor! Por favor! Por favor! Por favor! Por...

E lá estava os lábios frios dele me beijando furiosamente.

Isso! Comemorei mentalmente.

Afundei minha mão em seus cabelos e os agarrei com força, ele não ia para lugar algum!

Edward quebrou o beijando indo em direção ao meu pescoço, então suspirou ali, me deixando toda impaciente.

-Se ao menos tivéssemos tempo. – Ele murmurou levantando a cabeça, me olhando apenas a poucos centímetros de meu rosto. – Mas temos que sair daqui, não é seguro. – Acenei com a cabeça concordando.

No olhamos por alguns segundos e voltamos a nos beijar ferozmente.

-Por que precisamos ir? – Perguntei me afastando ofegante, fechei os olhos sentindo os beijos molhados na minha pele, era tão frio... Não devia me deixar com tanto calor!

-Nosso cheiro deixou um rastro que acaba aqui. Eu disfarcei, é verdade, mas não irá engana-los por muito tempo. – Respondeu enquanto beijava minha mandíbula, fechei os olhos aproveitando a sensação. De repente ele parou e ergueu a cabeça. – Exatamente como agora. – Arregalei os olhos.

-O que? – Ele me puxou em um único impulso para fora da cama. – Aqui? Agora? – minha voz afinou um pouco.

Esses lobisomens me odeiam mesmo!

-Estamos em um mundo injusto. – Ele parou e me olhou de lado. – E nem reclame por que se estivesse chegado ao meu estado de espírito no momento, já estaria tentando me atacar.

Engoli minha resposta depois dessa.

-O que fazemos agora? – Suspirei passando as mãos no rosto para tentar me concentrar.

-Estão lá embaixo. Isole-nos. – Acenei com a cabeça e ele segurou meu braço e começou a me puxar para a porta.

-Edward, não posso sair daqui assim. – Eu estava com uma regata e um short.

-Não vamos sair com essas roupas. – Olhou para o corredor e me puxou para fora.

Ali é mesmo um puteiro de primeira. O corredor era uma bagunça enorme! Era gente trepando em tudo que é lado, até engoli a seco. Edward me puxou para o fim do corredor, passamos por dois casais héteros e dois homossexuais até aquele momento... Esquece, dois casais passaram a se confraterniza ali, virou suruba!

É muita curtição com a minha cara! Ta certo, eu mato, roubo e o caralho a quatro, mas eu mereço mesmo ficar aqui na maior necessidade e o pessoal ficar se esfregando, penetrando, sugando e tudo mais na minha frente?

E depois falam que eu não sou azarada!

De qualquer maneira, o vampiro Cullen forçou o trinco da porta e me empurrou para dentro. Olha que surpresa! Havia mais um casal lá dentro... Transando!

A mulher se virou para mim e boca toda arreganhada, eu não sei o que é aquilo, mas humano não é!

-Não a mate! – Edward exclamou para mim, enquanto fechava a porta. A bichinha teve a ousadia de rosnar para mim e pular em minha direção.

E não é que asas brotam de trás dela só pra deixar a coisa mais bizarra?

Ela veio em minha direção toda corajosa e eu simplesmente agarrei suas garras no ar e joguei para Edward.

-Deixe-o desmaiado. – Edward pediu indicando o cara na cama, enquanto segurava a bruaca.

Dei de ombros e andei em direção ao homem na cama, dei uma checada no material dele... Pequeno, definitivamente pequeno.

-Mas o que...? – O homem com pau pequeno me olhou surpreso e eu simplesmente apertei seu pescoço até ele desmaiar. Me virei e vi a mulher presa na parede por Edward.

-Se alguém souber... – Edward estava com o rosto complemente transformado, nunca havia reparado de verdade nas presas dele. Puta merda! A imagem não era realmente muito bonita. Mas eu senti aquela quentura lá em baixo, com toda aquela pose ameaçadora...

PARA COM ISSO, BELLA! FOCO!

-Ok, já entendi. – Ela disse engasgadamente.- Minhas roupas estão ali. – Me olhou venenosamente. - As dele estão no chão, se quiser. – Não pude deixar de notar o tom de sedução dela, olhei sobre o ombro e percebi toda bizarrice da situação.

Edward estava parado no meio do quarto olhando ceticamente para baixo, onde se encontrava a mulher ajoelhada com a maior cara de puta. Um homem está desmaiado na cama, havia cheiro de cadáver no ar e eu estava indo me trocar de roupa ali mesmo.

Conclusão: Aquela mulher não é humana, o homem é vitima e tem pau pequeno, e Edward consegue se fazer de pedra de gelo muito bem, ainda bem que a calça dele disfarça.

Balancei a cabeça e peguei um sobretudo dela, hum... Que botas lindas!

Coloquei tudo rapidamente e a "mulher" me olhou como um bicho ferido.

-O que? – A olhei secamente, ela se recusou a me olha nos olhos, pude percebe os olhos de Edward entraram em alerta. Então a moça desmaiou no chão e Edward a colocou na cama rapidamente.

-Vamos logo. – Ele me olhou de cima a abaixo.

-Estão no andar. – Falei olhando em alerta para a porta, andei em direção a janela rapidamente, e ela já se encontrava aberta, quando ia pular Edward segurou meu braço.

-Um instante... – Franziu o cenho por alguns segundos. Se inclinou para a janela e depois me olhou impaciente. – Tem companhia lá embaixo, escale. – Ordenou.

Lá fui eu em minha velocidade demoníaca, graças ao escudo que isolo o som, ninguém lá embaixo percebeu. Quando cheguei ao topo Edward já estava lá, ok, isso foi foda!

Não sei bem, mas ele se transformou em um vulto em minha direção e depois tudo ao meu redor ficou confuso. Só sei que segundos depois Edward me colocava no chão no meio de um beco e me puxava em direção ao centro de Seattle.

Quem visse de fora veria apenas um casal com as mãos entrelaçadas andando pelo comércio.

-Tem alguma idéia da onde iremos?

-Estou refletindo... – Murmurou olhando ao redor.

Hesitei pensativa e respirei fundo tomando coragem para dar um voto de confiança a Edward.

-Eu tenho um lugar. – O puxei para atravessar a rua.

Eu não acredito que vou leva-lo para lá.

...

Nessie P.O.V

Ótimo! Estou presa em meu quarto por que Jake acha deveríamos conversa. Tudo bem, nós realmente precisamos conversa, mas...

- Eu tenho emoções, Nessie! Preciso saber exatamente o que está acontecendo aqui! Por que pelo o que parece, você não está tão avessa a mim.

-E não estou mesmo. – Me fiz de indiferente. – Você tem todo esse... – Olhei para o corpo da pessoa. – Preparo físico, é meio difícil ser "avessa". – Fiz aspas no ar.

-Mas não é por isso! Quer dizer, é por isso, mas não só isso! – Ele se aproximou de mim e agarrou minha mão entre as deles. – Você sente também.

-Sinto? Sinto nada! – Tem puxar minha mão de volta, mas lá estava a criatura me prendendo pela cintura e...

Droga! Perdi a linha de raciocínio! E meu ar também...

A sensação do toque dele pareceu ressuscitar minha perseguita.

-Então você não sente essa atração incontrolável? – Por que ele está se aproximando? Por que toda a tensão? Beija logo, porra! – Esse calor aqui dentro que sobe...

-Pode parar! – Exclamei me desvencilhando dele, puta merda! Estou arrepiada! E o tal calor surgiu mesmo! – Eu conheço esse tipo de papo, e eu estou fechada para balanceamento!

-Nessie, quero que entenda uma coisa, por mais que fale que irei encontrar uma mulher...

-E vai! – Exclamei sentindo uma pontada aqui no coração... Merda!

-... A verdade é que eu não vou encontrar. Uma vez que sofro impressão não há volta. Eu estou condenado a amar você para sempre.

-Você vai morrer um dia, Jacob, não precisa ser tão dramático. – Franzi o cenho, ele parecia mais sério do que jamais vi antes.

-Não, Nessie, quando falo para sempre quero realmente dizer isso. Como não vamos virar um casal, eu não vou desistir da minha forma de transfigurador e logo não irei envelhecer.

-Isso é injusto. – Falei enquanto me sentava na cama.

-O que? Eu ser imortal ou não poder amar outra pessoa?

-Os dois! Tem tanta sorte Jake... Eu daria tudo para ter o que tem, mesmo assim, aqui está você, reclamando sobre algo que só depende de... Você!

-Você realmente não acredita que possa ser minha alma gêmea ou algo assim? – Na verdade, eu sempre acreditei nesse tipo de coisa, mas me tornei cética em relação a mim mesma...

-Eu acredito que você crê piamente nisso, mas não é uma força maior que decide quem você ama, é você quem faz isso!

-Eu acreditava nisso também. – Me calei com o olhar dele. – Então eu te vi e, de repente...

-Para... – Tentei corta-lo, mas ele me ignorou.

-... Era você quem me mantinha aqui. – Meu coração bateu em falso quando ele completou a frase.

-Por favor... – Supliquei me afastando.

-Me de um motivo, apenas um motivo! – Jake segurou meus braços, meus olhos já estavam úmidos enquanto me lembrava daquilo tudo... Do meu motivo. – Nessie? – Ele franziu o cenho quando baixei a cabeça e uma lagrima caiu.

Me soltei rapidamente e me virei, secando a lagrima, aquilo era ridículo! Eu não irei chorar!

-Você quer um motivo? – Me virei para ele. – Eu perdi minha capacidade de amar, Jacob. Quer motivo melhor? – Perguntei sarcástica.

-Mas, Bella vai...

-Isso não tem haver com o que eu sou fisicamente. – Apontei para meu corpo. – E sim, com o que eu passei. Você sabe que idade eu tenho? Ao menos meu sobrenome? Meu primeiro beijo? Onde nasci? – Ele abriu a boca para recrutar, mas não deixei. – Não! A resposta é não! E sabe por quê? Por que você não me conhece! Como pode falar que me ama? – Ele me olhou por alguns instantes, bufei e revirei os olhos, então me virei para sair do quarto.

-Mexe os dedos quando está refletindo, quando sorri tortamente é por que está forçando o sorriso, tem uma ótima esquerda, talvez por que seja canhota. Antes de mentir você desvia os olhos por um segundo, seu humor é mórbido e jamais fala sobre si mesma. – Franzi o cenho e me virei para ele. – Tem razão, não sei nada sei de seu passado, ou quem você foi. Mas eu sei quem você é, e isso é tudo o que me importa.

Não é verdade...

-... Você não sabe do que está falando. – Recrutei fracamente, enquanto ele se aproximava.

-Sei sim. – Teimou segurando meus braços e sr aproximando de meu rosto. – E, mesmo que não acredite, eu vou provar que... – Parou me olhando nos olhos. -... Que eu te amo.

Ele iria diminuir a pouca distancia entre nós e me beijar, mas sua declaração me deixou completamente desorientada...

Eu não pude controlar meu dom. Os flash's simplesmente me vieram e foram diretamente para ele...

...

-HAAAAAAAA! – Gritei buscando todas as forças que podia.

...

-NÃO!- Exclamei virando o rosto, tentando empurra-lo.

...

-Vagabunda! – Um tapa ardeu em meu rosto imediatamente...

...

Olhei pela fresca da porta. Eu desejei jamais ter visto aquilo, minha mãe estava amarra em uma cadeira cuspindo sangue enquanto se inclinava para frente. Meu pai estava desmaiado no chão com um enorme ferimento na cabeça.

-Isso é por permiti que sua filha...

...

Eu via o teto desgasto por entre as lagrimas enquanto ouvia os berros descontrolados de uma mulher.

...

Abri os olhos minimamente, até aquilo era esforço demais, uma bota pisou perto de meu rosto... Não, por favor...

...

-Me larga! – Exclamei o empurrando.

-O que foi isso? – Ele me olhou assustado. – Nessie...

-Cala a boca! – Exclamei raivosamente. – Como eu disse antes: Você não me conhece, Jake. Por favor, me deixe em paz. - Me virei e sai na minha velocidade máxima.

Apenas parei quando estava na floresta do lado de fora da casa, eu sabia que estava longe o suficiente. Por isso me deixei cair no chão e me deixei chorar por um minuto inteiro.

Oh meu Deus! Ele quase descobriu! Tudo bem, Nessie, ele não viu a pior parte daquilo. Me obriguei a respirar fundo tentando parar de chorar, mas não pude agüentar e comecei a chorar novamente. Se eu ao menos pudesse falar para Jake, talvez ele me entendesse...

Não! Eu não posso fazer! É para a própria segurança dele, Nessie! Eu não choro assim a tanto tempo... Quase me faz sentir melhor, quase.

Respirei fundo, eu precisava fazer algo útil!

Limpei meu rosto e me apoiei na arvore me acalmando, não podia ficar chorando assim por ai...

-Nessie! – Me ergui rapidamente.

-Sim? – Olhei ao redor.

-Ah que bom que a encontrei. – Kate suspirou surgindo a minha esquerda. – Precisamos de alguém que conheça Bella, a impostora precisa falar algo.

...

Entrei na sala e a vi deitada na cama no canto, a essa hora da noite e eu tinha que agüentar a falsa Bella.

Eu mereço mesmo...

Carlisle me disse que o sangue que deram para ela se alimentar continha uma substancia que a obrigava dizer a verdade, mas a verdade podia ser manipulada. Então, ele achava que eu podia fazer as perguntas certas por conhecer Bella.

Me aproximei da dorminhoca e fiquei ali parada a olhando dormi.

-Choro não amolece meu coração Nessie, apenas me alerta de que está triste, ou com raiva. – Abriu os olhos tranquilamente para mim. – Então, você é a próxima da berlinda? Me pergunto como escolhem os interrogadores... – Eu estava gelada com a primeira frase que ela havia dito. Aquilo era exatamente o que Bella me disse certa vez!

...

-Hey! – Ergui minha cabeça para aquela garota estranha, ela se agachou até ficar na altura de meus olhos. – Olha, sei que é horrível pelo o que passou. Mas ficar chorando pelos cantos da casa não vai ajudar nada.

Funguei ressentida com a frieza dela.

-Você não sabe pelo o que passei. – Recrutei com os olhos cheios de lagrimas.

-Choro não amolece meu coração Nessie, apenas me alerta de que está triste, ou com raiva. – Recrutou se levantando e sumindo rapidamente da minha vista.

...

-Eu não estava chorando. – Não havia sinal algum de choro em meu rosto, tenho certeza.

-Nós duas sabemos a verdade. – Se sentou preguiçosamente e cruzou as pernas de um jeito super chique. – Por favor, fique a vontade, sente-se. – Deu um tapinha no colchão ao meu lado.

Suspirei e me sentei.

-Você sabe tudo que Bella sabe?

-Não tudo, apenas o que ela pensou a parti do momento que virei ela. – Deu de ombros, nossa! Eu devo ser boa, ela já deu informação. – E por acaso Bella cuidou de alguns emails que ela recebeu de Chicago. – Imediatamente compreendi que ela sabia meus segredos. – Você vai descobrir que eu sou boa com os segredos.

-Pare com isso. – Pedi fechando os olhos, ela repetia cada palavra de Bella, por um segundo, eu achava que era ela ali do meu lado.

...

-Por que não contou a alguém? – Perguntei incrédula com toda aquela historia do demônio.

-Quem iria acreditar?

-Eu não agüentaria ficar em silencio sobre algo assim.

-Você vai descobrir que eu sou boa com os segredos. – Me deu um sorriso pequeno que não chegava aos seus olhos.

...

-Está tudo bem com ele, sabe disso, não é? – Toquei sua mão.

Sei que ele está, mas eu...

-Sacrifícios devem ser feitos. – Ela recrutou melancólica.

-Como assim? O que pode saber de algo assim?

-Acho que todos sabem que não sou exatamente nova, ou seja, já vivi bastante coisa... – Ela escondia bem, mas estava triste com algo.

-Por que se passa por minha mãe?

-Eu sou sua mãe.

-Não, não é. – Recrutei suavemente. – Minha mãe foi capturada pelos lobisomens e agora deve estar com o noivo e algum lugar lá fora. Eles não voltaram ainda... - A olhei em busca de alguma resposta.

-Eles estão vivos, ficaram bem, mas terá que ser paciente sobre a volta deles. - Virou a cabeça em minha direção e sorriu tranqüila. – Agora faça o que veio fazer, Ness.

-Por que esfaqueou Edward?

-Por que ele mereceu. – Deu de ombros. – E não é como se fosse mata-lo.

-E na festa?

-Ele me capturou. Não tem o que comentar. – Percebi que ela falava a verdade, mas era cuidadosa em cada palavra.

-Qual seu maior segredo?

-Meu maior segredo? – Refletiu por alguns instantes. – É difícil... Posso te dizer minha maior vergonha, que tal? – Franzi o cenho para a mami falsificada. – Eu deixei tudo ser destruído por ciúmes, aprenda uma coisa Nessie: Nem tudo é o que parece, antes de fazer qualquer movimento, pense bem.

-Quantos anos você tem? – Perguntei novamente.

-Isso é um questionário? – Me olhou divertida, dei de ombros. – Bem... Essa é uma pergunta difícil. – Franziu o cenho pensando, o que tinha de difícil em uma idade?

-Em que ano nasceu, então?

-1987. – Respondeu prontamente, agora eu entendi por que é complicado, ela era Bella também.

-Ok... – Pensei no que pergunta. – Você é nossa inimiga?

-Estou do lado de vocês, afinal querem me matar. – Pergunta errada, Bella estava marcada para morte a guerra.

-Sabe quem é o traidor?

-Sei que há um traidor. – Suspirou. – Mas não sei quem é. Você e o Black, hein? - A olhei surpresa com a mudança brusca de assunto. – Ele me parece um bom garoto, com a imaturidade natural da idade, assim como você.

-Eu sou madura. – Ela deu um riso.

-Uma pessoa madura não foge, querida, ela enfrenta. – Me encarou sabiamente.

-Não é você quem está fugindo? – Perguntei friamente, ela sorriu para mim.

-Eu não estou fugindo, estou parada aqui, quietinha. – Se apoiou na parede. – E quer saber? Estou entedia. – Fez uma careta. – Acho que já está na hora de ir embora... – Olhou para o teto pensativa.

-Você age como estivesse aqui por querer. – Comentei divertida, Bella me olhou por alguns instantes até eu entender que aquilo era verdade. Franzi o cenho para ela. – Então por que...? – A porta se abriu de repente e Carlisle nos olhou mal humorado.

-Já o suficiente, Nessie. – Ele disse cortesmente. – Ela é uma excelente manipuladora.

-Não adianta me elogiar, doutor. – Bella sorriu venenosa. Eu vi um flash nos olhos de Carlisle, então tudo ficou realmente confuso.

Eu vi vultos e depois um estrondo forte seguido da porta se fechando com força. Olhei para o lado e vi que Bella havia fugido e jogado Carlisle contra a mesa. No mesmo instante ele abriu a porta e tentou escapar, mas voou para trás, me agachei para não me atingir.

-Merda! – Eu nunca vi Carlisle xingar! Nunca!

SANTA MÃE! ELA FUGIU?

Me virei para porta para passar pelo escudo, ele não me afetava, já que Bella e eu... HAAAAAAAAAAAAAAAA!

PUTA QUE PARIU!

CACETE!

CA-RA-LHO!

Cai no chão totalmente chocada e eletrocutada. Eu levei um choque! Puta merda! Isso não é possível... Bem, aparentemente é.

-Você está bem? – Carlisle perguntou se agachando ao meu lado.

-Gah... – Foi tudo que eu consegui falar.

Rose P.O.V

Eu analisava as fichas de treinamento de alguns membros das famílias Swan, Ricci e Verdi. Todas essas famílias se ligavam diretamente com os Volturis, ou seja, eles serão seus membros humanos.

Mas os membros Volturis tinham que ter algo especial, e essas famílias tinham dons em seu sangue por algum motivo desconhecido para mim'.

De qualquer maneira, eles tinham que ser treinados desde pequenos para adquirirem uma resistência anormal para um humano comum. Eles eram rápidos, agüentavam torturas extremas, treinavam vario tipos de luta e resistência com todos os tipos de venenos.

-A queridinha do general está voltando da Turquia. – Heidi comentou comigo, ergui os olhos. – Bella terá uma vida movimentada quando voltar.

-Por que diz isso?

-Além do obvio. – Eu sabia que ela se referia a Tanya que perambulava por ai tentando descobrir o traidor. – Alexandra é basicamente uma filha para o general, ela se orgulha de ser a melhor...

-Mas?

-Não importa o que ela faça, Bella ainda é a filha dele e seu sangue deixa claro sua origem. Eu vi a futura Cullen lutando com Nessie, estou impressionada, ela é boa para quem não tem treinamento. – Heidi ergueu as sobrancelhas.

-Ela treinava com Jake. – Recrutei me encostando na cadeira.

-Pelo o que soube ela o treinava, o que sem duvida fez um bem danado para ele, já que está mais equilibrado. Ele é muito emotivo, um Black tem que se manter frio, afinal eles são destinados a serem lideres.

-Mas por que a vida de Bella seria turbulenta por ela ser boa em luta? – Perguntei curiosa.

-Alexandra pode ser a escolhida para tenente e até general um dia. – Heidi deu um sorrisinho. – Mas isso ocorreria por que a filha do general não sabia sobre nosso mundo e os Volturis são mais flexíveis com as mulheres. – Suspirou. – Contudo, as coisas mudaram radicalmente agora, e Bella é uma assassina que não tem remorso algum.

-E generais devem ser frios. – Completei entendo seu ponto.

-Alexandra é orgulhosa demais, ela não aceitará tudo docemente, o que eu acho que será divertido de ver.

-Bella será uma Cullen, como poderia assumir algo nos Volturis?

-Ela é um membro querendo ou não, é o sangue dela que fala por si só. Se Charlie morresse nesse instante, Bella teria que assumir o cargo de General, não importando de quem é noiva, ou se está preparada ou não.

-Vocês... – Um estrondo me cortou. Me levantei em alerta e abri a porta pronta para atacar, mas assim que fiz esse movimento, vi um vampiro vindo em minha direção.

Highway To Hell – AC/DC – Só escutem.

Desviei rapidamente e Demetri se esborrachou no outro lado da porta, mas eu não liguei muito, estava saindo para o corredor tentando identificar a ameaça. Então me deparo com nosso inimigo pulando sobre um vampiro e chutando a cara de um transfigurador (ou seria focinho?) ao mesmo tempo.

Demetri saiu da sala com Heidi logo atrás, mas eu fiquei parada analisando os movimentos de Bella falsa. Não me admira que ela tenha conseguido bater em Edward, a rapidez e precisão são perfeitas, ela demorou segundos para abater dois vampiros!

Um tiro cortou o ar ao meu lado, olhei para trás e vi nossos humanos em treinamento vindo. Bella ergueu a cabeça e se abaixou em uma perna, dessa maneira, dando uma rasteira e desviando da rede do metal que a seguraria (aquilo seguraria até um vampiro.)

Eu assisti, assombrada, ela agarrar o braço de Jane, girar a garota, arrancando o braço dela no processo, e usar o braço arrancado para bater em Carmem. Demetri tentou ataca-la por trás, mas ela se agachou e puxou o pé dele, o fazendo dar uma cambalhota no ar.

Definitivamente ela era uma vampira.

O som de gatilho sendo disparado chegou aos meus ouvidos e eu desviei as diversas laminas que os humanos lançaram em direção a prisioneira. Ela se ergueu rapidamente e desviou de tudo com movimentos extremamente fluidos.

Era hora de chamar reforços, ela era boa demais.

-Emmett! Venha para o lado norte! – Exclamei quando ele atendeu o telefone. – Uma fugitiva está aqui! – Entrei na sala e puxei uma scimitar da parede e sai para o corredor novamente.

A falsa Bella tinha acabado de morde o pescoço de Felix, se virou e saiu correndo em direção aos humanos, mas parou bruscamente quando minha lamina cortou o ar em direção a seu pescoço. Na verdade, ela não parou apenas se inclinou para trás e deslizou por baixo de minha espada.

Não perdi tempo em sair da sala e ataca-la, mas ela desviou lindamente de mim. Fez uma pirueta e desviou dos humanos, fazendo nós duas trocar de lugar.

-Você não vai sair daqui. – Rosnei expondo minhas presas, ela abriu um sorriso e pela primeira vez eu vi seu rosto se transforma na feição vampirica!

Olhos extremamente vermelhos, pele mais pálida e presas nem um pouco pequenas, exatamente como eu, com a única diferença que meus olhos estavam negros.

-Tenta me impedir. – Desafiou maldosamente.

Com um rosnado/grito de guerra a ataquei continuamente até nos tornamos apenas dois vultos aos olhos dos humanos. A cretina desviou de tudo com diversão, até deu uma cambalhota para trás e riu de mim. Foi então que entendi o jogo dela, ela me deixava cega de raiva, por isso meus movimentos eram contínuos e previsíveis.

Te peguei...

Desenhei um circulo ao meu redor, e apliquei em sua esquerda duas vezes, depois sobre a cabeça, esquerda, perna, cabeça, direita. Fazendo movimentos cada vez mais rápidos e imprevisíveis a consegui acerta três vezes. Em certo momento, ela desviou de um golpe em seu braço e envolveu meu cotovelo com o braço. Ela deu um impulso fazendo suas pernas circularem meu pescoço e, então, nos rodou no ar, fazendo nós duas cairmos no chão com força.

Quando percebi, ela havia pegado a espada de mim, mas eu chutei seu joelho, o fazendo entorta um pouco.

-Parada! – Rosnei em meu tom hipnótico, mas eu sabia que não funcionaria.

-Eu ainda sou a Bella. – Deu um sorriso para mim, enquanto eu a atacava novamente, nossos corpos se chocando causou um forte estrondo.

-Rose! – Ouvi Emmett exclamar, me distrai por um milésimo de segundo e ela agarrou meu braço entortou para minhas costa, basicamente, ela havia me prendido por trás.

Merda, Emmett!

E lá foi o rugido vindo de meu marido que correu em nossa direção, eu fui jogada de lado por Bella e só pude ver meu marido levar um chute no estomago e roda no ar. Ataquei Bella, ela levou um belo soco meu, em compensação ela mandou um chute em meu rosto, o qual só pude desviar a primeira perna, não a segunda.

Emmett veio por trás, mas ela passou por baixo de meu braço, me agachou com força e deslizou por cima de mim, chutando o rosto de meu marido. Porra! Ela tinha uma força na perna!

Agarrei a perna da maldita e ela caiu no chão, quando eu achei que tinha acabado, ela me inventa de chutar as bolas de Emmett, que caiu de joelhos com os olhos arregalados. Quando me virei para ela uma lamina atravessou meu estomago, tossi surpresa pelo golpe tão rápido e suave. A encarei furiosa.

-Você vai pagar por isso!

-É a segunda Cullen que me diz isso, quem será o terceiro? – Perguntou virando a lamina a afundando mais ainda, aquilo doeu um pouco mais do que eu poderia suporta, devo admitir, até fecheis olhos para não rosnar. Ela puxou com força e enfiou no ombro de Emmett.

Logo em seguida ouvi os rosnados de outros membros da guarda que não se intrometeram enquanto eu brigava com ela. Eles nunca se intrometeriam conosco, me ergui rapidamente e arranquei a espada de Emmett, que parecia melhor. Com um ódio queimando na minha alma, eu a olhei lutar com o resto da guarda e lancei minha espada em direção ela.

Acertou em cheio levando em consideração a força que lancei. Ela parou olhando para baixo e me olhou por cima do ombro mostrando os dentes. Foi a chance de Kate pular nela, Felix e Carmem a segurarem no chão pela cabeça e Jane tirar a faca com veneno. Bella chutou a faca da mão de Jane com força, o que fez Demetri e Heidi segurar as pernas dela.

Ela estava totalmente imobilizada no chão, o que me fez sorrir, eu já tinha uma nova tarefa: Tortura a impostora. A espada havia atravessado as costas dela, graças a sua queda no chão, agora estava totalmente afundada, deixando visível a ponta, e aquilo me deu um prazer indescritível.

-Tem um motivo para ser tão fácil minha fuga daqui. – Ela teve coragem de falar com um sorriso esperto, eu não gostei nada daquilo.

Nesse instante ouvi vários gritos de dor vindo dos vampiros. Não entendi até sentir uma terrível dor na cabeça

OH MEU DEUS! ESSA PORRA ESTÁ DOENDO!

Cai de joelho no chão, levando as mãos a cabeça.

O que...?

AAAAAAAAAAI!

PORRA!

PUTA MERDA!

Então tudo parou, me deixei cair no chão respirando pesadamente.

-Você está bem? – Emmett perguntou ofegante. – Puta merda! Que dor desgraçada!

Olhei ao redor, e como eu pensava, a criatura que se passava por Bella não estava a vista.

Emmett P.O.V

Gelo nas bolas, foi o que eu fiz.

Agora estava em uma das cadeiras na mesa de reuniões, vendo duelo de titãs. Aro X Carlisle.

-Você a deixou escapar quando abriu a porta!

-Ninguém pode para-la Aro, nem seus melhores guardas. – Carlisle recrutou sarcástico.

-Bem, ela fugiu por que alguém abriu uma brecha para ela. – Aro o olhou carrancudo.

-Preste bem atenção: a impostora teve varias brechas, ela quis sair naquele momento.

-Quer que eu acredite que ela possa tanto? É só uma vampira com um feitiço estúpido, nem a verdadeira Bella teria tanto poder. Minha guarda não interferiu por que a sua guarda deveria detê-la por si só! Os Cullens costumavam ser mais fortes...

-Chega. – Marcus pediu com uma frieza arrepiante. – Aro, Carlisle, ninguém tem culpa. Carlisle está certo ela poderia ter fugido quando pode, e Aro, você tem razão, Carlisle abriu a porta e deu a brecha. Ambos estão certo, satisfeitos?

Silencio mortal.

-Não a nada que se possa fazer, ela fugiu depois de lutar com Rose...

-Antes que me ofendam... – Minha cachinhos dourados interrompeu Caius. -... Quero dizer que quatro vampiros a seguraram no chão e mesmo assim ela fugiu. E tudo por que ela tem o escudo de Bella a seu favor, o que eu não entendo é por que esperou tanto para fugir...

-Ela não esperou. – Charlie olhou para todos. – Tentou fugir mais cedo, mas eu a impedi junto com Madeleine. – Isso é novidade! A sogra de Charlie e ele trabalhando em conjunto? Sinistro... Mais sinistro do que aquela bruxa.

-E por que não fomos informados? – Aro não estava em seu melhor estado.

-Está no relatório de rotina dos senhores. – Charlie falou indiferente. Todos pegaram o relatório e leram rapidamente o acontecimento.

-Ela foi atingida por Madeleine e você... Isso não faz sentido, por que eles e não Jane? – Athenodora olhou ao redor questionando.

-Por que ambos têm o mesmo sangue que Bella. – Esme respondeu pensativa. – É tão obvio... Aqueles do mesmo sangue podem afeta-la.

-De novo, existe algo errado, Nessie tem o veneno de Bella e foi atingida pelo escudo. – Carlisle explicou pensativo.

-Ela não é um demônio, é um vampiro, logo seu veneno pode não correr pelas veias de Nessie? – Olhei para Rose que havia sugerido a confusa conclusão.

-Não faz sentido, um feitiço deve ter uma linha de raciocínio e Nessie é ligada a Bella. – Alice recrutou.

A porta se abriu em um banque e logo em seguida Jasper estava no meio da sala de reuniões. Uuuuh! O atrasadinho chegou!

-Estou surpreso pela sua aparição, Jasper. – Caius falou venenosamente.

-A execução do plano para achar Edward começou, todos estão trabalhando nisso. – Todos acenaram tranqüilos para Jasper, ninguém suspeitava da verdade. – Esme, suas subordinadas que localizaram Thomas, ambas estão em ação agora. – Esme sorriu satisfeita, eu aposto que Edward irá estar lá também, mas deixemos isso de lado. – Senhores, senhoras, se estima que até amanhã tenhamos Thomas trancado na cela.

-E quando a impostora? – Aro perguntou.

-Sem pistas, o rastro sumiu exatamente como da ultima vez.

Meia hora depois, e várias informações de nossos grupos trabalhando pelo continente, eu me sentia novo em folha e pronto para a ação com Rose. Aliais, minha loira estava muito pensativa desde que saímos da reunião.

-O que foi? – Perguntei curioso.

-Uma coisa me intriga sobre a falsa Bella... – Ela respondeu, esperei pelo seu complemento. – Ela quase não foi atingida por mim, você, ou qualquer outro guarda. Era como se ela já soubesse cada movimento meu.

-Ela era bem rápida.

-Mas você percebeu que ela era acima dos padrões, até para os nossos?

-Rose, você está sugerindo o que? Seja mais clara, por favor.

-Que ela conhece nosso modo de luta, Emmett. Nem mesmo a verdadeira Bella viu todos os meus movimentos. O que significa que... A impostora teve o mesmo treinamento que nós.

-Rose, para isso ela teria que ser... – Não completei minha fala, por que a expressão sombria de Rose revelava que ela achava que podia ser.

Mas era impossível!

Para ela conhecer os movimentos de Rose, a impostora teria que ter treinado conosco ou nos observado de perto (Bella nos viu treinando, mas não o suficiente, nós éramos rápidos e sua visão não era avançada).

E só quem tem acesso a isso são os membros mais exclusivos de nosso clã.

A impostora teria que ser uma Cullen...

Alice P.O.V

-Sei o motivo para eu ter que ficar. – Anunciei quando todos se retiraram da sala.

-Então? – Carlisle exigiu se virando para a janela.

-Ele está bem, com já disse, mas agora está se desviando de minhas visões com completas indecisões. Sei que está aprontando algo,mas não faço idéia do que seja... Eu não conheço essas pessoas... – Carlisle ergueu os olhos para mim de repente.

-Quem você vê Alice?

-Uma humana, é morena e tem cabelos um pouco abaixo do ombro, há também outra de cabelos negros e lisos, há uma negra que parece ser uma vampira. – Franzi o cenho. – Eu reconheço algumas das pessoas... Tia, Liam, Eleazar, Peter e... É um grupo grande. Edward está em uma espécie de reunião. Tem uma loira, cujo rosto não consigo ver... Está coberto. – Franzi o cenho tentando entender o que falavam, era tudo muito...

Duas mãos seguraram minha cabeça, olhei para Carlisle surpresa pela violência repentina.

-Você passou dos limites... – Suspirou insatisfeito. – De novo.

Então, ele...


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Notas finais do capítulo

Uma explicação sobre o titulo bizarro: Jano é o deus romano de duas faces (passado e futuro) e judas, bem, ele é o traidor que foi perdoado.

O que isso diz sobre o capitulo? O que vocÊs acham?

Agora, podem odiar a Bella-fake, podem cuspir quando falam sobre ela, mas ninguém pode negar: A criatura é fodona! Ninguém pode com ela, acho que isso di o quão perigosa a vampira pode ser, não é mesmo?

Nessie e seu passado será revelado bem em breve, inclusive, vou fazer uma one-shot sobre a vida dela e Bella. Tem mais um peça sobre o passado dela que ninguém sabe ainda, apenas as duas Bellas e a propria Nessie.

Eu acho que finalmente dei uma luz ao fato de um HUMANO ser o general dos Volturis, certo? E a vó da Bella, hein? Mulher mais mal-comida não existe!

Vou contar a vocês eu judiei da Bella nesse capitulo! A pessoa tá toda montada na necessidade, quase subindo pelas paredes e se vê no meio de um puteiro.

Finalmente, nesse capitulo vocês vêem tudo mudar e Nicolas ter uma conversa bem insinuante com Jane. O que vocês acham, hein?

Daqui a pouco sai o proximo capitulo!