Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 16
A primeira e ultima vitima de Jack


Notas iniciais do capítulo

Enjoy ;*



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Bella P.O.V

Antes que eu alcançasse a porta Edward segurou meu braço, no mesmo instante me lembrei da ultima vez que ele me puxou pelo braço... Ok, foco!

-Você é muito nova, não pode esconder tantos segredos. Se explique! – Ele exclamou, sorri em resposta.

– Sabe como me tornei isso? – Apontei para mim mesma

-Sei – Ele respondeu confuso

– Não, você não sabe. Eu passei por coisas para chegar aonde eu cheguei, para me aceitar como um quase demônio, para não me importa mais com isso. E você não sabe nada sobre isso, assim como eu não sei nada sobre você!

Ele soltou meu braço lentamente, assimilando o que eu dizia. Percebendo que eu também não sei nada sobre ele

-O que aconteceu com você? – Ele perguntou me olhando atento, desviei o olhar. Tinha medo de transparecer o quanto às lembranças podia me deixar vulnerável.

-Layla está vindo – Falei enquanto ouvia os sons do passos da garotinha

-Tia! – Ela veio correndo, a peguei no colo – Tia Rose falou que você foi comer! Eu vi – Ela disse animada

-Viu? – Fiquei meio sem reação, a garotinha tinha visto me alimentando. Perguntei-me quantas coisas ela já tinha visto, só tinha dois anos.

-É! Eu queru cume também, parece chocolate – Eu a olhei incrédula e me virei ara Edward que dava um sorrisinho de lado ao ver minha expressão.

-Eu já falei que não vai se alimentar de sangue – Ele disse e eu continuei incrédula – Ela vive suas visões aos olhos da pessoa, por isso associou a sua sensação ao comer com chocolate. - Acenei compreendendo

-Tio! Você devia ter batido no vampiro chato! – Peter disse saindo pela porta

-Pensei que não gostasse de violência – Edward disse levantando as sobrancelhas enquanto entravamos todos dentro da casa.

-Ele queria mata tia Bella – Layla disse agarrando meu pescoço

-Seria mais um na lista – Edward disse fazendo graça, Peter o olhou de cara fechada.

– Esse garoto detona no vídeo game! - Emmett disse saindo pela porta da cozinha – Eu quero revanche, viu?

Peter riu convencido

-Você não ganharia nem se esforçasse muito, não tem capacidade mental para tanto – Edward alfinetou.

-Muito engraçado – Emmett disse fechando a cara – Bella! Nem há vi ai! Layla é tão linda, que acabou lhe ofuscando – Ver um vampiro ser gentil com uma criança era estranho. Mas muito, muito bonitinho. Que bizarro!

-Então, Bella, foi difícil lidar com os Romenos? Soube que eles usaram o que tinha de mais forte - Jasper falou aparecendo ao nosso lado

-Vocês sabiam? – Perguntei, ele acenou em resposta - E por que deixaram chegar naquela situação?

-Sabíamos que você ia se sair bem – Jasper deu de ombros

-Então, Edward se acovardou e a deixou cuidar de todos eles sozinha? – Emmett perguntou, acenei em resposta e ia falar algo, mas ele me cortou – Que coisa feia, Edward! Uma mulher é algo frágil que precisa ser protegida, e não proteger algo.

-Tia Rose falou que protege em vez de ser protegida - Peter falou fazendo beicinho

-Rose nem sempre sabe... AI! – Ele exclamou quando Rose deu um tapa na cabeça dele

-Calado, Emmett. Daqui a pouco você consegue a proeza de me dar dor de cabeça, Agora, diabinhos da titia, está na hora de dormi – Ela disse enquanto pegava Peter no colo e logo em seguida tirava Layla do meu colo.

-Quando vocês vão casar? – Layla perguntou sonolenta e todos ergueram a sobrancelha para mim e Edward

-Ele sempre foi rápido, mas isso é... – Jasper comentou com Emmett

-Nós não... – Eu tentei falar, mas Edward cortou.

-Não tem data – Franzi o cenho enquanto Rose levava as crianças para o andar de cima

-Como é que é? Não vamos nos casar, por que mentiu para ela? – Perguntei incrédula

-Por que os Volturis vão vir em breve e Alice previu que vamos fingir um noivado

-Por que eu faria isso? – Perguntei franzido o cenho

-Por que é minha filha, e os Volturis se interessam muito por reputação dentro do clã. Os vampiros acreditam piamente que ao se casar com você, terão passe livre comigo. – Papai disse descendo as escadas

-Então, os vampiros Volturis querem compromisso comigo por interesse? – Por que isso não me surpreende?

-E por que você é linda e poderosa. E depois do que aconteceu com os Romenos você ficará conhecida em nosso mundo – Edward complementou

-Por isso você vai fingir ser noiva de Edward – Charlie disse em tom autoritário

-Mas ele não está procurando compromisso? – Perguntei me lembrando de Alice e Rose comentando

-Não quero alguém dos Volturis, já conheço todas lá e não são muito inteligentes. – Edward falou cruzando os braços

-Vampiras burras? Isso é possível? – Perguntei, afinal eles sempre falavam que o cérebro de um vampiro é bem mais avançado do que um humano e bla,bla,bla

-Não burras nesse sentido, veja minha ex-noiva, Tanya, ela não entende o significado da frase "Eu não quero mais me casar com você" – Edward respondeu arqueando as sobrancelhas.

-E cá entre nós, não é muito inteligente trair alguém que lê mente – Emmett comentou dando um riso.

-Acho que entendi – Falei acenando com a cabeça

-Não tem que entender, tem que acatar as minhas ordens e... Ela disse que entende? – Charlie interrompeu o sermão confuso

-Sim, não precisa me dar sermão. – Respondi sorrindo, em resposta ele me deu abraço de lado e desajeitado, demonstração de emoção nunca foi nosso forte.

-Como está se sentindo? – Meu pai perguntou me olhando preocupado

-Você me viu em um estado deprimente, se ainda me aceita como filha, então está tudo muito bem – Eu respondi poxa! Eu tive a intenção de mata-lo por alguns segundos.

-Querida, eu tenho que viajar – Essa não era resposta que eu esperava.

-O que?

-Tenho que ir atrás do filho do lobisomem – Ele disse

-Mas e eu? – Nossa! Agora eu pareço deprimente

-Os Cullen vão ficar com você. – Eu olhei para todos de lado

-Tem certeza?

-Temos um trato de paz e os lobisomens querem atingir o clã deles, então não há muito com o que se preocupar. – Ele disse. – Irei daqui a quatro dias. Os preparativos são meio complicados.

-Ok – Acenei com a cabeça, um pouco antes de alcançar a porta papai se virou.

– E obrigado por ter me protegido nos últimos dias

-Como? – Perguntei confusa

-De alguma forma seu escudo mental protegeu Charlie nos últimos quatro dias - Carlisle falou descendo – Assim como as duas crianças

-Por isso só soubemos dos problemas de Layla quando ela falou. Alice esclareceu tudo para nós, mas agora eu posso ouvir os pensamentos de todos – Edward comentou mais para se mesmo do que para alguém na sala.

Charlie se virou sem olhar pra trás, só ouvi o carro sendo ligado depois de alguns minutos. Olhei ao redor percebendo que faltavam algumas vampiras

-Onde estão Alice e Esme? – Perguntei

-Foram jantar, não querem atacar as crianças, estão se apegando a eles. – Carlisle me respondeu - Acredito que esteja cansada, Bella.

Acenei em resposta e me virei para as escadas, sabia que aquilo era uma indireta para deixá-los conversa. Quando cheguei ao corredor encontrei Rose me esperando:

-Vamos conversa – Ela disse polidamente

-O que foi? – Assim que entrei no quarto de Edward, por que raios eles não me levam para dormi no quarto de Charlie? Ele não vai dormi aqui, pelo que parece.

-Temos privacidade? – Ela perguntou, imediatamente cobri o quarto com meu escudo e me deitei na cama.

-Sim, o que foi?

-Você não confia em nós – Ela disse se sentando

-Assim como vocês – Retruquei

-Mas os Volturis e nós temos um trato de confiança

-Mas eu não sou uma Volturi, percebe? – Então suspirei – Você acredita em mim?

-Como assim? – Perguntou calmamente

-Você acredita que eu possa mesmo não estar possuída por um demônio? E se eu estiver mentindo sobre não estar possuída? Não finja que isso não passa pela cabeça de todos nessa casa – Estreitei os olhos para ela

-Eu duvidava, mas sabe o que me convenceu? – Ela perguntou – Inclusive convenceu todos nós – Neguei com a cabeça – Você se sacrificar daquele jeito para proteger aquelas crianças que nunca viu na vida! Olha, nós somos criaturas sanguinárias, mas de certa forma temos coração.

-Menos com os inimigos e com o alimento – Acrescentei e ela deu sorriso de lado

-Acontece que os demônios não são assim e acho que Alice saberia se você não fosse confiável, não só pelo dom de ver o futuro, mas também por saber melhor do que ninguém quando há um demônio em alguém.

-Mas vocês não confiam em mim, não posso simplesmente dá algo sem receber.

-É por isso que eu falarei minha historia para você – Rose disse respirando resignada

-Não precisa fazer algo por que se sente obrigada – Não queria obriga-lá

-Não me sinto obrigada, só acho que tem que dar algo pra receber – Ela piscou para mim.

Rose P.O.V

- Eu nasci em 1867, Whitechapel em Londres. Essa aparência francesa que eu tenho puxei do meu pai. – Comecei com o olhar perdido – Eu era filha de um ladrão e uma mulher da vida. Minha mãe nunca se importou comigo, ela me abandonou. Já meu pai... – Suspirei – Eu pude contar com ele sempre, inclusive por causa dele que acabei não virando uma mulher da vida...

Deixei-me mergulha nas lembranças

1883, Whitechapel, Londres. Casa dos Willian's

-Mas papai! Tenho que lhe ajudar nas despesas de alguma forma – Falei para meu pai que olhava para janela nervoso

-Não! Rosalie, você tem 16 anos, não vou permiti que se desonre dessa forma. Você não vai ter o destino da sua mãe – Ele respondeu, seu sotaque francês ficava mais forte quando saia do seu usual estado de tranqüilidade.

-É a forma mais fácil, as pessoas me acham bonita e... – Tentei falar, mas fui calada com um tapa.

-Nunca se atreva a falar isso! Você vale muito mais que isso Rosalie, todos adoram você, não precisa virar uma concubina – Ele disse com um olhar resoluto – Você pode conseguir de varias forma o que quer.

-O que quer dizer?

-Roube, vire uma assassina e até garçonete de um prostíbulo, eu não me importo, mas nunca irá vender o que tem de mais precioso... Sua inocência – Ele disse com os olhos meios lagrimejantes – Eu, por exemplo... Eu roubo

-Você rouba? – Perguntei confusa, ele me deu um olhar de desculpa.

-Agora você sabe como temos comida na mesa

Ofeguei surpresa, me sentei lentamente assimilando aquilo.

-São tempos difíceis, mon lys* – Ele lamentou.

-Ai meu Deus – Sussurrei

-Fiquei horrorizada. Meu pai não passava de um ladrão! Naquela época eu podia ter pensamentos independentes, mas respeitava a sociedade machista que vivíamos por isso só fiquei mais e mais assustada – Expliquei – Me lembro que sai correndo de casa sem dar chance para meu pai explicar...

Andava pelas ruas sem rumo pensando e pensando, minha cabeça estava uma confusão enorme, foi então que eu ouvi os gritos. Fiquei temerosa, já era uma certa hora da noite onde não se devia circula na rua, me escondi nas sombras de uma pilha de lixo que havia ali e espiei.

A cena que vi foi horrenda! Tinha três homens ali, uma garota não mais velha que eu estava de quatro no chão, ela cuspia sangue. Um dos homens rasgou o vestido dela por trás e a puxou pelo cabelo... Bom, acho que pode imaginar o que vi. Os gritos eram altos e dolorosos só de ouvir. Sabia que tinha que sair correndo, mas estava paralisada.

-Isso é o que acontece quando não cumpre o que deve sua rameira desgraçada! – Aquela altura o vestido dela estava em farrapos e havia dois homens dentro dela...

Eu fiquei ali, com os olhos cheios de lagrimas, até o fim. Aqueles homens não se contentaram em violentá-la, no fim o ultimo homem pegou uma faca e a esfaqueou. Dez facadas, se minhas contas estiverem certas.

Quando foram embora, me aproximei do beco em que jogaram o corpo. Nunca tinha visto alguém morto até aquele momento, estava tremendo quando virei o corpo, o rosto estava totalmente desfigurado. O que me chamou a atenção foi que ela usava uma jóia no pescoço sem pensar duas vezes arranquei o colar dali.

- Me virei e corri para a casa, precisava que meu pai me ajudasse. No final das contas fiquei com o colar, como um lembrete constante do mundo em que vivia – Falei friamente – Passei a roubar das pessoas, não era difícil, eu sempre fui bonita, conseguir dar pequenos golpes não era complicado para mim. Simplesmente deslumbrava um homem rico ou com dinheiro, o colocava para dormi e pegava o dinheiro.

Bella deu uma risadinha, nesse momento ouvi uma batida na porta e a cabeça de Alice apareceu.

-Eu quero contar minha historia! – Ela disse fazendo beicinho

-Eu devo contar a minha depois de vocês – Bella disse – Ficaria mal se vocês duas contassem e eu não.

Alice e eu trocamos um sorriso, tínhamos conseguido um pouco de confiança.

-Ótimo! Mas primeiro Rose termine a sua. Antes que eu me esqueça, Esme está com as crianças e os homens foram dar reforços para um ataque de lobisomens – Alice falou animada- Acho que conseguimos conter a matilha de uma vez.

-É uma ótima noticia – Bella falou sorridente – Uma preocupação a menos

-Sim, é verdade. Agora anda Rosalie – Alice me apressou

-Ah sim. Onde eu estava...? – Imediatamente meu sorriso se apagou agora vinha à parte dolorosa – Ficamos naquela rotina de roubo por alguns anos, foi quando eu tinha 21 anos que as coisas mudaram. Era 1888...

-Rose!Rose! – Molly berrou para mim, a garotinha sempre gostará de mim. Ainda mais quando dava comida há ela, os pais da mesma não tinham muito dinheiro e a comida sempre era pouca para ela e seus irmãos.

-O que houve? Por que o desespero, menina? – Perguntei franzido o cenho

-Seu pai! – Eu a olhei sem entender – Os homens o levaram – Fiquei paralisada e sai correndo para casa, parei antes que alcançasse. Os policiais ainda estavam ali, vi quando meu pai foi levado e quando um outro guarda entrou na casa provavelmente me esperando.

Dei meia volta e corri. Aquela foi a ultima vez que vi minha casa como humana. Dias se passaram e anunciaram que teria uma execução publica, me disfarcei e assisti o meu pai sendo... Punido. Fechei os olhos no ultimo segundo em que a guilhotina foi solta.

Bella agora parecia meio pálida e me olhava atentamente, Alice segurou minha mão. É tínhamos nossos momentos sentimentais...

-Me virei e não olhei pra trás. Fiquei vagando até a noite...

Lembro-me de que depois de algumas horas minha lagrimas secaram, apenas andava pela rua sem expressão. Foi quando fui surpreendida por trás, me viraram rapidamente e dei de cara com um homem.

-Onde arranjou esse colar? – Ele falou em tom ríspido, enquanto segurava meus braços com mais força.

-O que? – Falei em tom baixo, então me ele deu um tapa na cara.

-Fale logo! Onde conseguiu esse colar? – Era o colar daquela garota a qual eu havia presenciado o assassinato

-Me deram como pagamento – Eu respondi olhando nos olhos dele, tinha o talento de fazer as pessoas acreditar em mim quando fazia aquilo, na época eu não sabia, mas eu deslumbrava as pessoas.

-Prostituta? – Ele mais afirmou do que perguntou, eu achei melhor ficar calada.

- Ela está morta – Falei em tom baixo – Eles a mataram por não fazer o que foi pedido

Ele ficou pálido naquele momento

-É sua culpa! Criaturas nojentas! Se não fosse por vocês fazendo por livre e espontânea vontade, nunca tentariam força-lá! – Ele exclamou muito nervoso, o encarei temerosa – Todas vocês merecem morrer!

Em um golpe rápido ele me esfaqueou, arregalei os olhos na hora, e antes mesmo que eu pudesse sentir dor por completo veio outra facada e mais outra e outra. Eu não sei quantas vezes fui esfaqueada, mas foram muitas, foi uma tortura.

Respirar estava se tornando algo difícil quando ele me largou no chão, vislumbrei o rosto dele mais uma vez, tinha um sorriso de prazer em seu rosto, aquilo desencadeou um ódio profundo em mim. Tudo o que eu queria era matá-lo

Um pouco antes de cair em inconsciente, eu vi o rosto de Carlisle,

-Me ajude – Murmurei o encarando nos olhos, senti algo estranho dentro de mim, mas achei que era a morte.

-A próxima coisa que senti foi à transformação – Falei – Essa é uma lembrança extremamente dolorosa. Nossa transformação dura três dias, e durante esse tempo parecia que seu corpo estava queimando intensamente. No começo eu era só gritos e mais gritos meus, no final eu conseguia ficar sem gritar, pois a transformação começava a acabar. Consegui ouvir coisas nesse meio tempo...

-Um membro da família? – Ouvi Edward pergunta surpreso

-Ela é como nós – Carlisle respondeu – Em todos os sentidos da palavra

Fez-se uma pausa de silencio enquanto eu conseguia ouvir tudo ao meu redor, não queria que parassem de falar, não queria me concentrar na queimação.

-Ah! – Edward exclamou – Entendo... Está perdida tanto quanto nós

-E queria viver mesmo assim – Carlisle completou – Ela mereceu depois de agüentar tantas facadas. Quero saber quem tentou mata-lá e o porquê.

-Farei o melhor possível, mas ela tem que acabar a transformação primeiro – Ele se aproximou do meu ouvido e sussurrou – Preste atenção nos pássaros, já vai acabar.

Nunca fiquei tão agradecida por um conselho de Edward, e eles costumam me irritar, consegui prestar atenção no som dos pássaros e de cada barulho mínimo lá fora. A dor foi diminuindo aos poucos, parecia que meu cérebro podia pensar na dor e nos pássaros, na verdade o cérebro vampirico é capaz de pensar em varias coisas ao mesmo tempo.

-Nessa época estava ocorrendo ataques de vampiros e vários lugares do mundo – Alice acrescentou – Por isso nem Jasper, Emmett ou eu estávamos com eles.

-Você foi a ultima a se juntar a família? – Bella perguntou curiosa

-Sou a caçula! – Exclamei meio alegre – Todos já tinham se juntado a família quando entrei. Edward é o mais velho depois de Carlisle, por isso ficou com ele e Esme junto com o resto do clã na época.

-Como assim "resto do clã"? – Bella perguntou franzido o cenho, Alice deu uma risadinha e respondeu.

-Nós somos o clã mais poderoso depois dos Volturis, como você já sabe, os Volturis tem mais de duzentos vampiros em seu clã, todos espalhados pelo mundo, e ainda tem que acrescentar o resto das criaturas místicas envolvidas no clã. O nosso, naturalmente, não tem um numero tão pequeno quanto o que parece. Somos a família de Carlisle, assim como os Volturis tem uma família no comando, seus três lideres.

-Então vocês têm lacaios? Como os Romenos? – Bella perguntou

-Isso mesmo, e nenhum foi transformado por nós, apenas se ofereceram para Carlisle, que aceitou contanto que prometa fidelidade há ele. – Eu acrescentei

-Quantos?

-Eu diria no maximo noventa contando com a gente. – Bella arregalou os olhos

-O que foi? Temos uma boa fama e Carlisle não achou ruim ter criaturas ao seu dispor em caso de guerra, por exemplo, nesse momento um grupo de nosso clã está atacando os lobisomens com os rapazes – Alice falou indiferente.

-E por que não estão com vocês?

-Morando conosco, você quer dizer? – Ela confirmou com a cabeça – Bom, nós somos uma família, eles não foram transformados por Carlisle ou beberam seu sangue apenas prometeram fidelidade em troca de proteção quando precisar.

Bell acenou e voltou a me olhar curiosa

-Como acaba a sua historia? – Deu um sorriso de lado

-Assim que acordei Edward me fez repassar casa detalhe do "meu assassinato". No começo fiquei com raiva dele ler minha mente, até que um dia tive um surto de raiva.

-Quer parar! – Fale quando ele respondeu novamente uma pergunta mental minha sem me deixar falar.

Ele seu um risinho

-Não posso. Eu não controlo meu dom – Ele falou inocentemente

-Mentira! Se você quisesse não me escutaria, sei que é muito habilidoso em ignorar pensamentos – Falei com raiva, será possível que não sabia o quão irritante isso era?

-Eu sei o quão irritante é – Ele respondeu – Mas você é a única que não pode fazer nada, Carlisle resolveria travar uma batalha mental e Esme me colocaria fogo.

-Eu. Quero. Que. Você. Pare. De. Ler. Minha. Mente – Falei pausadamente, sentindo um tipo de corrente em meu corpo, não sei explicar. Só sei que no segundo seguinte Edward me olhava com os olhos arregalados

-O que você fez? – Ele perguntou se levantando em um salto e agarrando meus braços

-Hã? – Fiquei completamente confusa com a reação dele

-Eu não consigo ouvir seus pensamentos. Você... Você me hipnotizou – Ele constatou me soltando e em resposta o olhei sem palavras

-Foi assim que descobri meu poder, mas ele não era muito poderoso no começo Edward fez minha hipnose passar rapidamente, ser telepata o fazia ter essa capacidade. Carlisle passou a me treinar e cheguei ao nível de hoje, não preciso falar e nem encarar alguém para hipnotizar – Falei – Bom, se passaram meses nisso até Edward descobrir quem era meu assassino, ele me levou a uma festa para eu o rever...

-Sua irmã é a beleza reencarnada – Ouvi um duque falar há Edward, não me importava olhava ao redor ansiosa, eu tinha sede de vingança.

-Venha dançar – Edward ordenou me arrastando para a pista – Ele chegou, não se descontrole. É jovem demais para ter controle de seus impulsos – Ele acrescentou quando fiz menção de sair.

-Eu tenho um bom controle, estou aqui e não transformei isso em uma chacina.

-Ainda e isso só ocorre por que Carlisle controlou sua mente – Ele retrucou e depois olho para o lado direito – É ele, não?

Olhei e o vi, um rosnado saiu do meu peito.

-Hum... – Edward murmurou lendo a mente da minha futura vitima

-O que foi? – Sussurrei entre os dentes

-Sabe o tal assassino que anda saindo nos jornais?

Foi então que juntei as peças, assassino de prostitutas, à arma era uma faca. O fato de ter tanto sangue na cena do crime indicava que não era um vampiro, por isso Carlisle não se envolvido.

-Meu assassino é Jack, o estripador? – Perguntei meio incrédula

-É por sua culpa que ele escreve as cartas com sangue, ele quer que cada vitima seja encontrada e já que você não foi...

-Acho que escrevendo as cartas seria uma garantia – Completei

-Fomos embora imediatamente. Assim que cheguei em casa tinha um plano em mente, me vesti como prostituta e caminhei para a festa e esperei até ele sair...

-Olá, prostituta! – Ele me agarrou por trás, como o esperado.

-Olá, caro Jack - Falei sorrindo e virei a cabeça o encarando. Jack me olhou... Assustado

-Um demônio! – Exclamou levantando a faca

-Não... – Respondi segurando o braço dele no ar – Uma criatura em busca de vingança - Olhei para o colar em meu pescoço e ele me olhou horrorizado

-Você! É impossiv...- Ele tentou falar mas eu o interrompi... Quebrado seu braço com meu aperto

-Me perdoe, o que disse? – Falei inocentemente, enquanto chutava sua genitalia, ele gritou angustiado. Suspirei deliciada com aquele som, falam que a vongança não é algo bom, acho que meu caso é exceção, mas pouco me importo, não sou humana para me importa com isso!

O segurei pela garganta e o ergui sem o menor o esforço, enquanto o encara duro, tirei a faca de dentro se sua casaca

-Que interessante. Você se lembra de quando enfiou isso em mim, apenas por que achava que eu era uma prostituta? - Perguntei o largando de qualquer jeito no chão, ele me olhava com medo, surpresa e cim incredulidade. - Você sabia que eu testemunhei a morte dela? E que não era uma prostituta?

Ele me olhava chocado, e quase caiu para atrás quando no segundo seguinte de três metros de distancia, eu estava á cinco centimetros de seu rosto, segurei seu queixo e afundei minhas unhas na sua pele. Sentia meus olhos ficando negros e meus dentes se espondo enquanto rosnava baixinho, ele mijou nas calças naquele instante. Afundei ainda mais as unhas, mas nunca chegou a sangrar. Pois, de repente, Jack voou de minha mão e foi parar na parede em nossa frente, estreitei os olhos ao ouvir os gritos dele. Me virei rapidamente e dei de cara com uma garota de cabelos loiros e olhos vermelhos

-És muito nova, não agüentará se ele começar a sangrar – Ela me disse, o tom era extremamente doce.

-Quem é você? –Perguntei a hipnotizando

-Jane Volturi – Ela respondeu prontamente e logo em seguida arregalou os olhos

- Foi assim que virei amiga de Jane, ela me ajudou com Jack... Digamos que no fim satisfiz meu desejo de vingança – Dei um sorriso malicioso

-Jack o estripador foi seu assassino? – Bella perguntou meio incrédula

-Sim, irônico eu ter sido sua primeira e ultima vitima – Então, tanto Alice como Bella se inclinaram curiosas.

-Qual é o nome dele? – Bella perguntou

-Eu jamais direi – Disse em tom alegre – Esse é um segredo que apenas Edward e eu sabemos, nem Carlisle sabe.

-Droga – Alice resmungou

-E essa Jane...? – Bella perguntou ignorando Alice

-É a torturadora dos Volturis, muito competente devo dizer.

-O que aconteceu com o colar?

Dei uma risada com a curiosidade

-Eu o usei até o dia que Emmett me pediu em casamento, hoje ele está guardado junto de varias lembranças pessoais – Respondi e depois dei uma risada pequena – O engraçado é que eu fiz questão de esconder tudo isso, e minha ligação com Jack, imagine minha surpresa quando Emmett citou ele para mim? Falando no ursão, quando eu o conheci foi muito interessante, sabe? Foi...

De repente Alice exclamou e se levantou em um salto

-Rápido! Vão para o escritório de Carlisle – Alice saiu correndo do quarto, Bella e eu trocamos olhares de preocupação.

-O que foi? – Esme perguntou aparecendo no corredor.

Alice saiu do escritório destravando uma arma. Todas nos olhamos, pelo cheiro, cor e aparência, aquilo era prata e isso só podia significar uma coisa.

-Lobisomens – Alice disse em tom sério

*Mon lys : Significa meu lirio em francês, para quem não sabe o nome do meio de Rose é Lilian, que significa lirio ;D


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Notas finais do capítulo

Amores, a historia de Rose tinha que ser A historia, não é mesmo?

Nos livros ela foi cruelmente violentada pelo noivo e amigos, nada mais justo do que ela matar o mais famoso assassino de mulheres dá historia, não?

Espero que tenham gostado do capitulo...