Bloody Lips escrita por AppleOC


Capítulo 15
Quando se provoca dois clãs, você sofre


Notas iniciais do capítulo

Lembra que eu disse que era só por hoje?

Bem, hoje é o dia da mentira, galera!!!

E como eu já matei minha mãe de susto dizendo que estava gravida =D, agora venho aqui para mata-los do coração com esse capitulo ;*

Espero que gostem!!



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Capitulo 15

Bella P.O.V

Acordei me sentindo com uma preguiça enorme, o que é estranho já que normalmente estou bem disposta. A primeira coisa que consegui captar foi uma conversa, uma não, varias!

-Quem é o demoniozinho da titia? – Ouvi Rose falando com voz de bebê, estranho...

-Como assim você deixou minha filha ir lá e cuidar dos lobisomens sozinha? – Charlie disse exaspero

-Então, Bella tomou o sangue do Edward? – Emmett questionou – Deve ter sido ruim pra caralho! – Er...

-Ele é tão lindinho! –Alice exclamou

-Ela se ofereceu! Seja razoável Charlie, sua filha tem idade o suficiente para tomar suas decisões – Carlisle falou.

Gemi baixo e tudo ficou em silencio.

-Ela acordou! – Esme falou, no segundo seguinte percebi varias respirações perto de mim.

-Psiu! – Alguém me cutucou

-Pare com isso Emmett! – Ouvi Rose falar e logo em seguida ouvi o estralo de uma tapa

-Bella... – Edward chamou – Dá pra abrir os olhos? – Disse em tom grosseiro

-Que modos são esses, Edward? – Esme pareceu indignada

-Parem de falar... – Eu disse levando as mãos a cabeça, infelizmente não tinha força o suficiente para isolar os sons, minha cabeça estava latejando demais.

-Bella abra os olhos – Edward pediu em tom educado

"Por que?" Perguntei mentalmente

-Por que temos que saber seu estado de espírito – Ele respondeu

-Eu odeio tudo isso... – Murmurei abrindo os olhos

-Não deixe as crianças se aproximarem – Esme falou para Rose que saiu do quarto no mesmo instante, ao longe ouvi o barulho de um carro

-O que está acontecendo? – Charlie perguntou entrando no quarto

O cheiro dele me bateu na hora, me assustei pelo fato de querer atacá-lo. Arregalei os olhos e me segurei na cama

"TIRE ELE DAQUI!" gritei mentalmente.

Jasper segurou meus braços e Emmett retirou Charlie dali. Não consegui mais refrear meus instintos e rosnei furiosa. Eu só queria o sangue dele, eu precisava daquilo, mais do que oxigênio.

-Se acalme! – Jasper me falou tentando controlar minhas emoções

-Nem ouse! – Falei furiosa, por que eles não me soltam? Eu quero me alimentar!

-Bella, se concentre – Carlisle me disse em tom tranqüilizador.

-Olhe para mim! – Edward praticamente ordenou e eu o olhei raivosa – Ela não está se protegendo

Logo em seguida escutei a voz de Carlisle em minha cabeça

– Você vai se alimentar e tudo ficará bem, até lá você não vai se lembrar de nada. Agirá como uma humana, confiará em nós e só se lembrara de tudo quando se alimentar.

E tudo ficou escuro.

Edward P.O.V

Nunca havia visto um demônio descontrolado, normalmente eles ficam assim por causa da fome, logo eles estão fracos, e obviamente nunca enfrentei um demônio enfraquecido. O mais triste dá cena é os ver tentando escapar de nós quando isso é impossível.

Bella estava inconsciente a mais de quatro dias, ou seja totalmente esgotada e com fome. Seus olhos entregavam isso, estavam azuis bem claros, quase que totalmente branco. Mas eu só tive tempo de dizer para afastar as crianças, Charlie entrou seguindo todos nós e deu no que aconteceu.

O interessante foi que Bella abriu sua mente para mim para retirar Charlie de lá, e deixou aberta depois, talvez parte dela mantivesse o escudo desligado para manter Charlie seguro. No fim Carlisle controlou sua mente, assim que ela se alimentasse voltaria ao normal.

-Edward, vá caçar com ela – Ele disse entregando uma Bella desmaiada no meu colo – Foi você que a deixou destruir os lobisomens, então é sua culpa, logo você concerta o erro – Ele explicou ao ver meu olhar interrogativo.

-Tinha que sobrar para mim – Resmunguei enquanto a pegava no colo e saía do quarto em direção ao meu carro

Estava no meio do caminho para Port Angeles quando ela acordou, seus olhos continuavam naquele tom azul doentio.

-Até que fim acordou, achei que teria que dar o sangue na sua boca – Comentei enquanto acelerava mais o carro

-O que? – Ela disse sonolenta – Por que tudo andando rápido?

-Por que estamos em um carro, srta. Esperteza – Respondi rolando os olhos

-Quem é você? – Ela perguntou me encarando, a olhei incrédulo Carlisle a fez perde toda a memória?

-Seu marido – Respondi brincando

Ela pareceu pensativa, então se aproximou de mim.

– E quem sou eu?

-Você vai se alimentar e então vai lembrar. Não se preocupe – Respondi.

-Me alimentar? – Ela virou a cabeça curiosa

-É. De sangue, sabe? – Ergui minhas sobrancelhas ao ver sua careta

-Eu não gosto de sangue – Seu rosto demonstrava repulsa

-Claro que gosta, você se alimenta de sangue desde que foi mordida por um demônio.

-O que? – Ela parecia assustada. Eu tenho que trabalhar nesse negocio de dar noticias difíceis, senão ela tem um ataque cardíaco antes.

Suspirei olhando para o teto, ela resolveu ficar calada. Refletindo sobre o assunto, Carlisle a fez agir como humana. Então, Bella tinha nojo de sangue quando era humana... Isso é bem irônico

-Espera ai! Você disse que era meu marido? – Ela perguntou parecendo chocada. Eu tinha esquecido [?] que Carlisle a fez confiar cegamente em tudo que dissesse.

E agora? Aproveitar-me da situação? Ou não me aproveitar? Dilemas internos são tão complicados! É por isso que eu sempre escolho não faze-lo. E nessa situação não seria diferente, por isso se estou na chuva... É para me molhar.

-Não se lembrar de mim, meu bem? – Perguntei segurando o riso e colocando a mão na coxa dela, ela me olhou de cima a baixo me analisando.

-Eu sou meio nova para estar casada, mas se você diz... – Ela comentou. Eu devia me sentir culpado? Nããão. - Pelo menos tenho bom gosto.

-Eu concordo plenamente – Eu nunca disse que sou humilde – Como está se sentindo? – Estiquei o braço e toquei em seu rosto

- Fome. – Ela respondeu franzido o cenho – Estou com uma sede quase que incontrolável também!

Eu estacionei o carro e abri a porta para Bella, pelo seu olhar percebi ficou espantada com a minha rapidez, mas não falou nada.

-Eu percebi que você não gosta de sangue – Ela fez uma careta quando mencionei "sangue", isso era hilário – Mas você tem que se alimentar. – A encarei nos olhos e percebi que ela amoleceu. Carlisle devia ter feito essa Bella durar para sempre, se bem que a versão demoníaca é mais divertida...

-Ok – Ela disse depois de alguns instantes – O que eu tenho que fazer?

-Atacar um ser humano – Respondi como se falasse que horas eram

-O que? Eu não vou fazer isso! – Ela respondeu indignada com alguma coisa

-Você tem que fazer. Não é uma questão de querer, é necessidade – Retruquei exaspero, Bella era muito teimosa, isso não muda. – Vamos lá colabore, eu não mentiria para você – O fato de eu estar mentindo sobre nunca mentir para ela, é um detalhe insignificante.

Ela aparentemente se deixou levar pelo meu tom manso.

-Eu acho que nunca fiz isso – Ela disse em tom baixo tentando argumentar

-Já fez mais vezes do que posso dizer – Respondi colocando o braço em volta dela

-Eu não me lembro – Ela retrucou franzido o cenho

-Vai lembrar, é só se alimentar. Agora vá a caça! É puro instinto – Falei a empurrando de leve para a calçada, ela me olhou hesitante e foi andando acanhada.

É realmente curioso ver Bella tão... Humana. Balancei a cabeça e fui em outra direção, iria me alimentar também e depois iria atrás dela.

Bella P.O.V

E ele ainda fala que é meu marido! Não sei por que mais sinto que ele está falando a verdade e ao mesmo tempo está mentindo, argh! Isso é confuso demais!

Agora tem essa coisa de eu me alimentar com sangue. Deus! Eu odeio sangue, pelo menos eu acho que odeio, já que só de imaginar me estomago embrulha e eu sinto um bolo na garganta.

Eu estava divagando em paz quando sou puxada bruscamente. Ai meu Deus!

-Ai meu Deus! – Eu exclamo assustada ao ver um homem me encarando, ele dá uma risadinha nojenta. Eu não se choro ou se grito, ou se faço tudo o mesmo tempo.

-O que temos aqui? – Ele pergunta para si mesmo

-Uma idiota bonita, muito bonita por sinal. Hoje vamos nos diverti! – Eu estava errada havia outro cara, ele tinha acabado de sair da escuridão.

-Me deixem em paz! – Eu falei tentando escapar, mas o primeiro me empurra contra a parede. Eu esperava sentir dor, mas não foi isso que eu senti, era uma sensação familiar e estranha, ao mesmo tempo. Havia algo estranho nos meus olhos, eu não sei explicar, mas continuei olhando para baixo.

-Seja boazinha – O cara falou como se falasse com um bebê, comecei a salivar. Comecei a prestar atenção, eu ouvia um tum-tum ritmado, olhei para seu pescoço e de alguma forma percebi que era o coração dele pulsando.

Então, ele me arrancou dos pensamentos me espremendo na parede.

-Me larga! – Eu... Rosnei? Enquanto empurrava o estuprador.

-Opa! Temos uma tigresa adormecida aqui – O outro cara falou divertido. Eu realmente me senti furiosa com esses dois, ainda mais quando o idiota me deu um soco na cara.

Antes que eu pudesse reagir ele me chutou no estomago. O segundo homem segurou minha blusa e puxou para ele, dessa maneira ele me deu um abraço de urso por trás, espera como eu sei o que é um abraço de urso?

O outro rapaz andou em minha direção, eu sabia o que ele ia fazer: Arrancar as minhas roupas e me estuprar. Reagi na hora, me contorci na hora e acabei arranhando o rosto do homem que me segurava o mesmo me largou.

-Sua vadia! – Logo após o xingamento, ele me deu um tapa e foi tão forte que acabei caindo no chão.

O outro cara se aproximou do ferido e perguntou se ele tava bem, mas eu não me importei, apenas olhei para minha mão e que havia sangue ali. Eu me lembrei das palavras do meu marido naquele instante, e por impulso levei meus dedos a boca e suguei o pouco de sangue que havia ali.

-Essa cadela vai pagar pelo que fez – O homem disse se aproximando de mim. Mas eu apenas o encarei com um sorriso malicioso, quem diria que sangue tinha um gosto tão bom?

E quem falaria que eu queria mais? Muito mais

No segundo seguinte eu estava voando no pescoço daquele filho da puta! Aquela veia dele estava praticamente me convidando para jantar. Depois de arrancar a carne dele dali, rasguei sua camisa para abrir seu peito com meus dentinhos.

-Puta merda – O outro rapaz xingou baixo e começou a correr. Ele não ia escapar! Ninguém mexia comigo assim e saia impune!

Levantei meu escudo ao redor do beco em que estávamos e assisti com prazer ele se chocando com força com a parede invisível. Exalei o ar com um sorriso, o impacto o fez começar a sangrar. Mas eu o deixaria para sobremesa, agora cuidaria do quase cadáver em baixo de mim.

Ele começou gritando, depois berrou descontroladamente e por fim calou a boca, revirei os olhos. Eles sempre faziam as mesmas coisas. Admito que era divertido ver as vitimas virem todas se achando e no fim ficarem pior do que cachorro com o rabo entre as pernas.

Quando me levantei em direção a minha sobremesa, comecei a pensar mais racionalmente. E tudo me voltou, eu quase ataquei Charlie! E Edward me falou que era meu marido! Franzi o cenho, que idéia estranha, ele nem tentou nada. Não faz sentindo simplesmente curti com minha cara... Sem realmente curti com a minha cara[?]

Balancei a cabeça e dei de ombros, isso não era assunto para se pensar agora, o que eu iria pensar era na minha sobremesa maravilhosa. Ataquei sem pudor e sem o menor cuidado, resultado final estava totalmente suja de sangue, não que isso me incomodasse. Eu não sentia tanta fome assim desde...

-Olha o que temos aqui – Ouvi uma voz masculina falando, olhei para cima pronta para atacar, mas me refreei. Levantei lentamente encarando o grupo de homens a minha frente, vampiros. Suas peles brancas, beleza impressionante, sem barulho de coração e principalmente seu olhos vermelho, os entregava.

-Uma demoniazinha se alimentando, que bonitinho! – Um zombou, recuei meu escudo físico, não estava forte o suficiente para matar algum vampiro

-Eu não me conformo em como os demônios tem bom gosto quando escolhem humanos. Eles sempre chegam antes de nós – Um falou em tom inexpressivo, olhando para o meu corpo.

-Vamos ser legais com você – O primeiro vampiro – Você deixa nós nos divertimos e a deixamos viva.

-Sem chance – Eu falei com o rosto neutro

-Resposta errada – Ele disse se aproximando de mim, eu dei um passo para trás maquinando o que fazer.

-Na verdade foi à resposta certa – Uma outra voz não me virei, estava olhando o vampiro hostilmente. Mas sabia quem era, abaixei meu escudo deixando Edward se aproximar – Olá, Vladimir – Edward para atrás de mim e se dirigindo a um vampiro atrás do grupo. Ele tinha cabelos loiros, e parecia não ter mais de trinta anos, mas seus olhos demostravam o quão velho ele era.

-Edward – Vladimir cumprimenta polidamente.

-Cullen? – O primeiro vampiro falou

-Em carne e osso – Edward respondeu em tom frio, senti sua mão apertando minha cintura.

-Edward, meus vampiros viram o alimento primeiro, não seja egoísta – Vladimir falou em tom calmo e o vampiro 1 me sorriu malicioso. Me concentrei para não mostrar qualquer reação em meu rosto.

-Ela não é alimento, imagino que você não vai querer cobrar briga com dois clãs de uma vez – E todos os vampiros ergueram a sobrancelha, o mais assustador da cena? Foi perfeitamente sincronizado

-Dois clãs? – O primeiro vampiro verbalizou o que todos se perguntavam, eu também fiquei curiosa, mas fiquei quieta.

A mão de Edward em minha cintura acabou virando um tipo de abraço que colou nossos corpos.

-Com meu clã, naturalmente, já que estão mexendo com minha noiva – Todos me olharam dos pés a cabeça. Será que a ex do Edward era mais bonita do que eu? Espera ai! Do que eu to falando? Ele acabou de dizer que estamos envolvidos romanticamente! Eu disfarcei minha surpresa virando o olhar para ele – E com o clã Volturi, já que está é Isabella Swan

Por alguns motivos todos (exceto os que pareciam ser os lideres) os vampiros evitaram olhar para mim, menos o primeiro. Ele ainda me secava com um olhar cético.

-Quer me fazer acreditar que a filha do General é possuída por um demônio? – Ele perguntou e Vladimir virou a cabeça para ele.

Edward acenou a cabeça para outro vampiro e então olhou para o idiota (Vampiro)

-Klaus, você é um tanto atrevido, creio que tenham lhe explicado as regras.

-As regras me foram bem explicadas. É só que eu sou esperto o suficiente para não cair em uma mentira dessas – Klaus respondeu cruzando os braços

Só se ouvia três respirações no ar, a de Edward, Klaus e a minha. Os restos dos vampiros pareciam estar em alerta e tensos, estranhei. O que Edward podia fazer de tão ruim? Ele só lê mente, certo?

-Se é tão esperto então por que não se coloca no seu devido lugar, rapaz? – Edward perguntou

-Eu tenho direito de não acreditar – De repente senti algo tentar penetra em meu escudo, travei a mandíbula e encarei Klaus sem emoção. No segundo seguinte não sentia mais o braço de Edward em minha cintura, pois ele estava torcendo o braço de Klaus enquanto o forçava a se ajoelhar – Você realmente cometeu a estupidez de nos atacar?

-Você não pode fazer isso – Klaus falou com um sorrisinho, estreitei meus olhos.

-Seu criador não irá ajuda-lo! Na verdade, ele concordaria plenamente em eu arrancar sua cabeça – Edward deu um riso baixo e medonho – Você deveria ter deixado de ser mimado e ouvir os conselhos dos lacaios – Edward falou em tom baixo enquanto seus olhos se escureciam – Não mata-lo? Quem falou em matar? Eu jamais faria isso em seu lugar Vladimir – Edward respondeu olhando para o vampiro

-Perdoe-me por ele, é uma cria nova. Acha que pode enfrentar a todos só por que não perdeu para nenhum vampiro até agora.

-Eu vi isso. Você é um péssimo lutador, tudo o que você tem é telecinese e isso minha mente bloqueia facilmente, afinal sou telepata. – Edward falou soltando Klaus e andando em minha direção – E minha querida Bella é completamente imune ao seu dom e a qualquer um dos de vocês.

Imediatamente senti vários ataques em minha direção, o que é isso? Erguia a sobrancelha para o grupo de vampiros.

-Onde estão meus modos? – Vladimir disse andando em minha direção – Eu sou Vladimir e junto com meu irmão formamos o clã Romeno.

-Stefan, ao seu dispor – Um outro vampiro apareceu ao lado de Vladimir, esse pegou minha mão e deu um beijo.

E senti mais ataques mentais, controlei a vontade de rolar os olhos. Ataques mentais era o escudo que me protegia por vinte quatro horas, sem fazer esforço.

-Bella – Respondi com um sorriso educado. Stefan estava me olhando demais para o meu gosto, aposto que era o irmão mulherengo. Continuou me encarando quando retirei minha mão, foi ai que percebi que ele também me mandava ataques.

Suspirei e olhei para Edward que olhava para todos meio ameaçador. Peguei sua mão e ele me olhou curioso, ao julgar seu olhar acho que compreendeu que eu estava sendo atacada.

-Vocês não deviam ataca-lá deliberadamente. Só por que Stefan o fez – Ele falou aos vampiros com um sorriso

-Me desculpe Edward, mas estou curioso – Stefan falou – Como ela pode ser imune?

-Ela é uma defensora – Um outro vampiro falou. Senti algo em meu escudo, não parecia querer entrar, parecia apenas toca-lo, o repeli no mesmo instante – É um escudo impenetrável. Um poder muito raro. – Seu tom de voz soava como um elogio

-Então, ela é apenas imune aos nossos poderes mentais – Klaus falou se levantando.

Um tipo de força veio em minha direção e bateu com meu escudo físico, ao contrario do que todos esperavam (inclusive eu) meu escudo absorveu a energia do ataque, senti meu escudo a flor dá pele, o sentia mais... Poderoso. Controlei minha expressão fácil antes que entregasse minha confusão.

-Quando ele dissesse que sou imune aos seus poderes, ele não acrescentou "mentais", logo se entende que se refere a todos os tipos de poderes – Falei em tom frio – Você realmente não sabe quando parar, não é? – Perguntei estreitando os olhos.

-Eu perdoei o atrevimento dele por respeitar seu clã – Edward falou – Mas eu não dou segunda chance.

-Deixe sua amada cuidar do assunto, Edward – Stefan falou com um sorriso malicioso – Como futura Cullen, ela deve saber lidar com essas situações.

Olhei para Edward me perguntando o que eu devia fazer. Vampiros eram muito espertos pela pouca experiência que tive com eles.

-Apenas não o mate – Edward me falou – Seria um presente

Olhei para Klaus pensando no que podia fazer. Lembro que quando descobri que tinha um escudo, eu procurei saber sobre o assunto. Aparentemente eu poderia moldá-lo de varias formas e projeta-lo aonde eu quiser.

Me concentrei no cérebro de Klaus, moldei meu escudo físico ao seu formato certo e aos poucos eu comecei a diminuir o escudo. Ele arregalou os olhos e franziu a o cenho com seu rosto virando uma mascará de dor, eu estava esmagando seu cérebro lentamente e estava muito curiosa dessa nova possibilidade do meu escudo.

Afinal isso era algo novo para mim, eu não sabia que era capaz de fazer algo assim. Resolvi brincar um pouco mais e dei um choque. Klaus caiu de joelhos no chão e levou as mãos à cabeça, ele nem consegui a respirar.

Apesar de estar concentrada em tortura o vampiro, não me impediu de me defender quando me enviaram ataques mentais. Levantei a cabeça e empurrei meu escudo mental contra eles.

Eu não sei o que estava acontecendo exatamente, simplesmente empurrei meu escudo, não o fiz parecer uma parede, ou elétrico, ou queimar. Aquela era a energia crua do que meu escudo e ela parecia absorve cada ataque deles. Isso me fez percebe que eu não conhecia meu escudo como pensava.

O grito de Klaus me tirou dos meus pensamentos, acho que se continuasse nesse ritmo Klaus deixaria de ter um cérebro. Parei de esmagar o cérebro dele, me sentia um pouco tonta, afinal não estava 100%.

-Eles entenderam o recado, ou terei que fazer um por um? – Perguntei a Edward, e tudo o que eu mais pedia era para ele dizer não.

-Não precisa – Vladimir respondeu me olhando analitico – Os lacaios de meu irmão entenderam o quão digna de respeito à senhora é. – Senhora? De qualquer maneira eu o ignorei e olhando para Edward, o mesmo acenou com a cabeça e andei até ele.

-O que o clã romeno faz aqui? – Edward perguntou enlaçando minha cintura novamente

-Estamos apenas de passagem, cuidado dos negócios. Desviamos o caminho para essa cidade, por causa do cheiro de lobisomem na cidade de Seattle.

-Estamos cientes dessa situação – Edward falou, e eu fiquei curiosa quanto tempo havia passado desde que eu desmaiei?

-De qualquer maneira estaremos de volta a Europa em breve, mande lembranças á Carlisle – Vladimir disse e no segundo seguinte não havia mais sombra de vampiro no beco e nem do meu alimento.

Respirei fundo, eu precisava me alimentar mais, havia gastado muita energia.

-Eu preciso me alimentar – Disse a Edward e comecei a andar em direção ao final do beco

-Não está se esquecendo de nada? – Perguntou em tom tranqüilo

-Não, já me lembro de tudo. Agora só estou com fome – Falei por cima do ombro, deixei claro que sabia que ele mentirá para mim.

No mesmo instante senti meu braço sendo puxado e tudo o que eu senti logo em seguida foi os lábios de Edward.

Eu correspondi automaticamente (n/a: Eu só ouço desculpas e mais desculpas para atos óbvios). Minhas mãos agarraram a gola da camisa o puxando para mais perto, se é que isso era possível. Senti meu corpo voando e bati na parede violentamente com o corpo dele me escorando, doeu muito mesmo. Mas eu estava concentrada demais com o beijo para me importa.

Quando ele aprofundou o beijo senti o gosto de sangue na língua dele, perdi qualquer resquício de sanidade mental e e começei a chupar sua língua. Agarrei os cabelos dele e puxei mais forte, em resposta a mão dele entrou na minha blusa e acariciou a pele da minha cintura. O beijo era bom, muito bom e extremamente feroz.

Acho que o fato de estar carente á dois anos, sete meses e 3 dias (eu sou boa em matemática, não uma desesperada por... Esquece!) foi um dos fatores que me fez ficar tão empolgada e corresponde tão... Calorosamente, digamos assim.

Se passou alguns tempo até que ele quebrou o beijo e se afastou alguns centímetros e murmurou olhando para os meus lábios

-Acho que agora eles acreditam que somos noivos – Eu, que estava completamente ofegante, disse em tom um pouco fino

-Que?

-O espião que deixaram para a gente já foi.

-Ah sim – Eu falei como se soubesse do ele falava – Claro. O espião

-Você tem bom gosto para sangue – Ele comentou em tom baixo sem se afastar

-Obrigada– Disse meio sem graça, pelo menos eu não estou corando. – Será que você pode...? – Apontei para nós. Edward estava me prensando tão forte na parede que eu nem sentia meus pés tocarem o chão.

-Claro – Ele se afastou como se só percebesse como estávamos naquele instante. Pousei no chão (Por que Edward me levantou até a altura do rosto dele e digamos que eu não sou tão alta como ele) e me virei meio descomposta

-Eu realmente preciso de sangue – Falei engolindo a saliva e me virando para o beco. Essa tontura toda só podia ser culpa da minha falta de energia! Tinha que ser, não havia outro motivo para isso. Um beijo não faria isso comigo, me recuso a levar essa possibilidade em conta!

Edward P.O.V

-Você está bem? – Eu perguntei encarando suas costas.

-Aham – Ela respondeu o modo de andar dela era meio estranho, me aproximei por trás e segurei seus braços.

-Bella, você vai acabar caindo, não está em condições de ir atrás do próprio alimento – Eu avisei.

-Eu só preciso comer – Ela me respondeu enquanto massageava as têmporas.

-Oh que bonitinho! – Ouvimos e nos viramos

-O casalzinho está se divertindo? – Um bando de adolescentes depois de uma festa, era tudo o que precisávamos (não estou sendo irônico)

-Ainda não – Bella respondeu os encarando faminta – Mas eu garanto que vou mudar essa situação

No segundo seguinte ela estava atacando o adolescente sem dó, nem piedade, o resto deles saíram correndo. Só que tomaram um choque antes de chegar ao fim do beco. Virei minha cabeça estudando a cena, eu podia ler os pensamentos de fora do beco e ninguém ouvia nada, era apenas um beco escuro externamente.

-Será que poderia se servi? É desconfortável ter alguém me olhando – Bella falou meio irritada enquanto erguendo a cabeça. É... Era só de sangue que ela precisava mesmo, e eu precisava me focar em qualquer coisa que não fosse o colo dela cheio de sangue fresco.

Estúpido eu nunca fui, andei em direção ao grupo de quatro pessoas no chão. Estavam todos mortos, franzi o cenho.

-Os matou de propósito? – Perguntei nem fiz questão de olhar para Bella. Ela era bem mais apelativa coberta de sangue.

-O que? – Ela pareceu confusa, no segundo seguinte ela estava ao meu lado analisando os corpos – Meu escudo elétrico nunca matou ninguém, o maximo foi deixar inconsciente.

-Talvez seu escudo sugue o ataques para ficar mais resistente. – Comentei, mas me lembrei de Esme usando seu dom no escudo dela – Mas seu escudo não sugou os ataques de Esme, apenas agiu como um parede...

-Acho que tem a ver com o fato de que eu usei meu escudo mais... Cru, na hora de me proteger dos ataques - Ela respondeu e eu ergui uma sobrancelha – Tenho um quarto escudo que não utilizo, na hora em que me defendi dos vampiros não tinha força e nem rapidez suficiente para ergue um dos escudos que me defenderia melhor, então levantei meu escudo sabendo que ia me proteger, mas não sabia o efeito.

-O escudo que você usou tem uma energia diferente dos outros, uma energia própria que você nunca deu importância? – Perguntei entendendo

-Algo assim – Ela respondeu enquanto começava a chupar os dedos sujos de sangue. Ok, tentação demais. Me virei para um dos corpo e o peguei

-Vá comer, você precisa – Falei enquanto puxava a cabeça para o lado e mordia

Ficamos em silencio enquanto nos alimentávamos. Finalmente eu tive tempo para refletir. Acho que se existe alguém lá em cima, ele deve gostar de mim, eu não sei o que faria se Bella não tivesse acreditado na minha mentira sobre o tal espião. Foi uma mentira que vai me dar dor de cabeça, "Alice" é o nome dessa dor de cabeça.

Bella respondeu melhor do que eu imaginará. Talvez beijasse melhor do que pensava. Provavelmente não era certo se aproveitar dela não estava em sua melhor forma, mas ela estava coberta de sangue e praticamente rebolava na minha frente. Eu era um vampiro, não um anjo!

Algumas horas depois, nos encontrávamos no meu carro, todas as janelas estavam fechadas, pois o cheiro de Bella acabaria se espalharia e ficaria fácil para os lobisomens nos seguirem. A situação era horrível, por que o fato de não correr ar no carro, me fazia ter uma extrema consciência do sangue no corpo dela.

Estava com raiva de mim mesmo! Cadê a porra do meu autocontrole? Eu já havia tentando prender a respiração, mas não adianta por que o cheiro estava preso na minha memória. Estava realmente difícil conter meus pensamentos pecaminosos com ela, daqui a pouco iria acabar ficando evidente.

-Então, você poderia me explicar aquele papo de que você pode bloquear telecinese? – Ela me perguntou de repente

-Eu sou telepata – Respondi e ela ergueu a sobrancelha em resposta – A minha principal habilidade é ler mentes, e a sua era de projetar um escudo mental. Assim como seu dom, o meu evolui também.

-Acontece com todos? – Ela perguntou

-Todos que tem o devido treinamento

-E Carlisle dá esse tipo de treinamento, certo?

-Sim, ele é bom com os dons mentais e Esme é excelente com os dons físicos.

-E você? –Ela perguntou

-Aquele que tem o conhecimento sobre os dois. – Respondi forçando um sorriso convencido. Mentalizei os seios da professora Lurdes, aquilo desanimava qualquer um.

-Então terei que recorrer a você – Ela comentou e a olhei pelo canto do olho

-O que quer dizer?

-É que... Sabe aquilo que eu fiz com Klaus? – Ela perguntou em tom ansioso

-Sim, eu realmente não entendi como fez aquilo. Na verdade não entendi o que exatamente você fez, só ouvi a dor horrível que ele sentia.

-Digamos que... – Ela parou procurando as palavras- "Protegi" o corpo dele do cérebro.

-Você apertou o cérebro através do seu escudo – Reformulei sua explicação e ela acenou em resposta

-Eu não sabia que podia fazer isso

-Então, você arriscou algo naquela situação? – Perguntei indignado – Tem idéia do aconteceria se tivesse falhado? – Não a deixei termina responder - Uma guerra! Você não estava forte o suficiente para aguentar todos os ataques por muito tempo, não me admira que estava quase desmaiando quando eles foram embora

-Eu não fiquei daquele jeito por causa do meu esforço! – Ela exclamou indignada, aparentemente não gostava de ser julgada como fraca.

-Então foi por quê? Meu beijo? – Perguntei sarcasticamente em resposta veio o silencio, virei o rosto para ela. Bella estava com os braços cruzados na altura dos seios, valorizando aquela região, valorizando demais para o meu gosto. Desviei o olhar e falei – Assuma que não é tão forte assim, ainda mais depois de gastar toda a sua energia, ficar inconsciente por quatro dias e logo em seguida enfrentar vários ataques vampiricos.

-Quatro dias? O que disseram na escola? – Era quase infantil ela se preocupar com a escola, parecia um mundo bem distante.

-Rose hipnotizou todos os professores para acharem que todos nós fomos – Respondi calmamente

-Fácil assim? – Perguntou-me com as sobrancelhas arqueadas

-Fácil assim. Aliais, parabéns pelo seu A+ em historia – Respondi com um sorriso cínico, ela me olhou confusa e depois pareceu entender.

-Peter e Layla? O que aconteceu com elas?

-As mulheres estão mimando elas. Rose sempre teve queda por crianças.

-Logo se entende por que ela é casada com Emmett - Não pude evitar de rir

-Esme é naturalmente maternal com elas - Ela ergueu a sobrancelha - Esme é nossa "mãe", não se surpreenda. E Alice as venera por terem a capacidade de ver o futuro de todas as criaturas possíveis

-Por isso elas viram a mãe... – Ela deixou a frase no ar, nenhum de nós dois era bom, mas tínhamos família e imaginar a idéia de vê-los morrer, era um tanto angustiante.

-Tem uma coisa que você precisa saber – Eu disse – Layla vai pedir seu colo quando chegarmos

-Como? – Ela perguntou franzido o cenho

-Layla e Peter podem ver o futuro, mas é diferente tipos de visões. Peter vê os acontecimentos externamente, já Layla... Ela vivencia suas visões, ela pode sentir tudo o que se passa.

-E o que isso tem a ver com ela me pedindo colo? – Ela perguntou arqueando a sobrancelha

-Você já ouviu falar de catalepsia? – Perguntei e ela negou com a cabeça – Bom, é o que muitos conhecem como viagem astral. Você sai do seu corpo, mas explicando cientificamente: Seu corpo tem um mecanismo que é acionado quando dorme, ele mantém seu corpo em estado dormente. A catalepsia consiste quando você acorda antes do cérebro desativar esse dispositivo. Ou seja, a pessoa acorda não consegue se mexer o corpo.

-Totalmente?

-Sim. O ponto é que Layla sofre crises de catalepsia. Alice sentia a mesma coisa quando era humana, ambas acabaram se dando bem por isso. Mas Alice não pode a conforta, por quê a mãe falou para confiar em você totalmente

-Como...? – Eu a cortei

-Me deixe termina, ok? – Estava cansado de ser interrompido – A mãe dela, Mary, sabia que ia morrer. E como você me mostrou, ela pediu a você para protegê-los. Bom, na primeira noite em que Layla teve a crise, ela foi para o meu quarto atrás de você. Nas ultimas noites você estava dormindo com ela abraçada ao seu corpo

-Todas as noites? – Ela perguntou fazendo uma careta assustada

-Não, só quando ela tem uma crise. Peter também vem, mas Layla é mais frágil que ele.

-Não consigo imaginar a sensação de não conseguir se mexer. Mas deve ser horrível – Ela falou olhando para baixo – Peter não tem isso?

-As visões dele são diferentes da irmã, a catalepsia acontece apenas com Layla, por que ela está dormindo e sua consciência acorda em choque, o corpo dela não teve tempo de "acorda" junto. Já Peter não sofre esse choque, por que não vivencia as emoções das visões.

-São apenas crianças, não deviam sofrer esse tipo de coisa. – Bella falou suspirando

-Alice também sofria disso. É um mal de clarividentes. – Respondi – Você daria uma boa mãe, sabe?

Ela arregalou os olhos e me olhou assustada, o que eu falei?

-O... O... O que eles viram? – Bella e seus segredos... Talvez eu consiga alguma informação...

-Coisas bem reveladoras. – Enrolei para poder descobrir algo

-Você está blefando! – Ela exclamou e a olhei incrédulo – Seus olhos te entregaram – Disse em tom de vitória, continuei a olhando incrédulo.

-Você é realmente boa em detectar mentiras – Elogiei – O que está escondendo Bella?

-O mesmo que você – Ela respondeu enquanto estacionávamos em frente a minha casa

Quando abri a porta do carro, Bella completou sua reposta.

-Uma vida inteira – E saiu andando para a porta.


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Notas finais do capítulo

Bella e seus misterios, o que será que ela quer dizer? Alguém chuta?

Bem, eu espero que mintam muito hoje (menos para mim, elogios são bem vindos se são de verdade), matem alguém de raiva por terem caido na sua historia e, bom, é só isso.

Hey! Alguém viu as fotos que vazara de amanhecer? Teve até um video do rala-rola que aparece as costas de Robert se movimentando em ritmo continuo (vocês me entenderam, não?). Basicamente, eu enloqueci legal aqui.

De qualquer maneira, ocorreu o beijo deles! Ninguém pode reclamar que o romance não está andando agora!

Espero que tenham gostado do capitulo, ao menos no geral.

Até a proxima!

Maçã ;*