Percy Jackson e o Exército das Empousa escrita por Gabriela Marqueti


Capítulo 23
Ataque surpresa!


Notas iniciais do capítulo

Oiie, sorry acho que demorei. Agradeço a todos que mandaram reviews, agradeço mesmo e foi pensando em vcs que escrevi esse cap.
Espero que gostem...



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PDV NATÁLIA

Na manhã seguinte a da morte de Wellerson eu estava completamente exausta. As meninas dormiram no chalé de Zeus e os meninos no de Poseidon, com permissão de Quíron. Ele achava que nesses tempos dificeis precisávamos ficar juntos.

Passamos a noite toda fazendo a mortalha para queimarmos no almoço enquanto os meninos refaziam a estátua quebrada de Hermes. Enquanto trabalhavamos a tempestade não parou nem por um minuto. Sinal de que a guerra dos deuses estava longe de acabar.

Agora são 13:05 e estamos nos preparando para queimar a mortalha. Os garotos colocaram a estátua no lugar após uma longa noite de trabalho na chuva. Eles revezavam para dormir a propósito.

Bianca chorou bastante, mas logo se acostumou com a morte dele. Todos choramos, inclusive eu. Mas, logo tentamos nos recompor. Agora com a batalha próxima não podíamos nos preocupar muito com isso.

A mortalha de Wellerson era cinza com bordados em cobre e o desenho de um elmo dourado estava no meio. Era simples, mas acredite, deu um trabalho lascado. Após o almoço Eduardo pediu a todos nós que nos reuníssemos na campina.

E é onde estamos agora, alguns minutos antes da queima da mortalha na fogueira.

- Bom, - começou Eduardo - chamei vocês aqui porque não temos mais tempo. Perséfone está atacando o acampamento e suspeitamos de um ataque surpresa.

- Portanto, precisamos de algumas pessoas protegendo a entrada do acampamento e algumas na praia, porque o inimigo pode invadir qualquer um desses lugares. - disse Felipe

- Bem, sabemos também que alguns vão preferir queimar a mortalha e enquanto queimam, nós estaremos trabalhando na poção. - disse Renan

- E os que quiserem queimar a mortalha por favor se levantem - pediu Pedro.

Eu me levantei, assim como Érick, Marcelo e Bianca. Queria prestar as últimas homenagens a meu amigo.

- Ótimo. Agora os que sobraram pedimos para que sigam nossas ordens - voltou a falar Eduardo

- Rany e Karina por favor guardem a entrada do acampamento.

As duas assentiram.

- Percy e Annabeth - voltou a falar Felipe - vocês cuidam da praia.

- Com certeza - disse Percy - Aquele é o meu lugar!

- Peraí - disse Kaio - E nós? - perguntou apontando para Gabi e de volta para sí mesmo.

- Vocês vem conosco! - disse Pedro

- Pra onde? - perguntaram juntos.

- Enquanto preparamos a poção precisamos que alguém guarde a sala que fica em frente para ninguém entrar. - disse Renan

- E por que eles dois? - perguntou Rany.

- Porque precisamos de fogo e água para algo na poção. - respondeu Felipe

- Por que não chamam Karina que é irmã do Kaio e deixa ele vir comigo? - voltou a perguntar Rany

- Porque precisam de um garoto e de uma garota para prepararmos a poção - disse Eduardo já irritado

- Mas... - tornou a dizer Rany

- Rany - disse Annabeth sorrindo - Tá insistindo muito!

Ninguém conseguiu conter os risos, mesmo que baixos. Um trovão ecoou no céu e outra tempestade voltou a cair.

- Vamos logo antes que seja tarde - gritou Percy em meio aos trovões

E eu fui andando em direção a fogueira para dizer um último adeus à Wellerson.

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PDV KAIO

Antes que todos se afastassem segurei no pulso de Rany. Ela se virou:

- Tome cuidado! - eu disse

- Vou tomar. - respondi

Ela tentou se soltar, mas eu não deixei. Continuei segurando seu braço e olhando em seus olhos castanho-escuros. Lembrei deles na noite em que nos beijamos e logo em seguida deles no dia anterior quando a queimei na luta. Me perdi em pensamentos, mas continuei segurando seu pulso. E... caramba, eu sei lá porque eu ainda tava segurando ela.

- Kaio... Kaiooo. Eu tenho que ir.

- Me dá um abraço? - pedi

Hã? Como assim? Por que eu pedi um abraço pra ela? Você conseguiu Kaio, ficou louco de vez.

Ranielly estranhou, mas foi chegando mais perto e me deu um abraço meio tímido, meio... confuso. É claro que ela tava confusa, você beija ela, pede desculpa, queima a menina inteira e depois pede um abraço?

Queria soltá-la pra acabar com o meu constrangimento, mas algo nela me prendeu ali. Talvez fosse seu cabelo que tinha um cheiro agradável de limão, ou seu perfume doce, quem sabe as mãos dela nas minhas costas... enfim, eu não queria soltá-la.

- Kaio... Kaio... tá me sufocando.

Soltei-a bem rápido e senti meu rosto ficando meio quente. Passei a mão nos cabelos pra tirar minha frustração e cara... eu precisava lavar eles. Urgente. Tavam meio oleosos e acho que muito, muito, muito bagunçados. (N.a//: Kash, é assim que eu gosto do seu cabelo :P)

- KAIO VAMOS LOGO! - gritou Pedro.

- TÁ JÁ VOU. - gritei em resposta.

- Bom, - me virei pra ela - toma cuidado lá na frente.

- Tá - ela disse - Você também. Seja lá o que for fazer.

Ela sorriu e foi quando eu percebi. Eu amava o sorriso dela (N.a//: Mana, eu amo seu sorriso :P)

Bom, fomos nos afastando e eu saí correndo para não perdê-los de vista.

Fui parar ao lado de Gabi que olhava fixo para frente e segurava em seu colar, como se não estivesse realmente prestando atenção na onde ia.

- Gabi?

Ela piscou pra voltar ao normal e se voltou pra mim:

- Hã? Me chamou?

- Pensando no que?

Ela não respondeu imediatamente. Soltou o colar, colocou as mãos nos bolsos da calça jeans e ficou encarando seus All Stars vermelhos enquanto falava:

- Na batalha final! Em tudo que vai acontecer. Alguns de nós nunca voltarão e encontrar a pedra do tártaro parece cada vez mais impossível. E ainda tem a profecia que fala que Percy, Annie ou Rany irão morrer. E... eu acho que não vou conseguir dizer adeus à nenhum dos três.

Olhei para frente. Ela tinha razão. Um dos três morreria em breve. E se fosse Rany? E se ela morresse? Ah, meu Deus o que eu faria?

- Aproveite seu tempo com a Rany, okay? - ela me disse.

- O que quer dizer?

- Kaio, eu não sou burra. Sei que gosta dela. E sei que ela gosta de você.

- Não.. é.. isso...

- Ei, não precisa se explicar. Só vai piorar a situação. - ela sorriu

- Ah... tá. - decidi ficar quieto.

- O que eu quero dizer é que... se for ela a escolhida... quero que vocês aproveitem seu tempo juntos. Para terem boas lembranças depois.

- Vou lembrar do conselho.

Ela assentiu com a cabeça e voltou a olhar pro chão:

- E como vai o Érick?

Sua expressão mudou. Seu olhar ficou frio e seu rosto se contraiu levemente. Ela prendeu a franja atrás da orelha, deixando alguns fios sobre o rosto e passou a mão pelos cachos que estavam presos, bagunçando-os levemente. (N.a//: Sim, do jeito que alguém que eu conheço gosta :P)

- Ele é um idiota.

- Ahan... sei!

- O que quer dizer? - ela perguntou olhando pra mim.

- Nada! Apenas comentei.

Voltei a olhar pra frente e ela também:

- Por que odeia ele tanto?

- Questões familiares!

- Ah, corta essa. Não é porque seus pais se odeiam que vocês também precisam ser assim.

- Não esse tipo de questão familiar.

- O que então?

Ela pressionou os dois dedos indicadores na testa, que tinham as unhas pintadas de preto, como que pensando em um modo de me contar:

- Huuumn... Tá legal! Quando minha mãe fugiu e me deixou no orfanato com a carta dizendo que eu era um erro e tals. bem, um tempo depois ela me mandou outra carta e lá dizia que ela estava bem... ficando com Zeus. Eu fiquei com raiva porque na época achava que era uma traição a Poseidon e ofendi Zeus.

- Ofendeu de que modo? - perguntei

- Bem... - ela riu - pense em uma pessoa que te chinga de todos os nomes e te dá de presente um Tridente que explode quando você encosta nele.

- Não. Você não fez isso.

Ela olhou pra mim e apesar de seus olhos serem marcados com lápis preto, eles demonstravam diversão e ela se esforçava para não sorrir.

Mas fui eu que não aguentei. Imaginei Zeus explodindo de raiva, literalmente. Caí na gargalhada.

- E o que aconteceu?

- Bem, ele me procurou e tentou me matar. Mas, me deixou viva e disse que eu nunca poderia fazer amizade com um filho homem dele. Ou eu morreria.

- Uau. Nunca pensei que Zeus fosse assim.

- É isso aí. E eu odeio seus filhos desde então.

Bem, não tivemos tempo para conversar mais. Entramos em uma espécie de casa branca que eu nunca tinha visto no acampamento.

A casa tinha dois cômodos. Uma sala branca completamente vazia e uma outra que não pudemos ver:

- Vocês quatro ficam aqui - disse Renan - Eu e Felipe começaremos a primeira etapa da poção e chamamos Pedro e Eduardo assim que precisarmos deles, assim como vocês.

- Enquanto isso vocês tomam conta de tudo, para que ninguém entre.

E desapareceram batendo a porta da sala.

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PDV GABRIELA

Acordei com o barulho de algo caindo na sala ao lado. Sim, acordei. A sala tinha uma parede inteira feita de vidro e era possível ver o acampamento através dela. O sol estava prestes a começar a se pôr. Olhei no relógio, estávamos ali a três horas. Os garotos já tinham revesado para preparar a poção várias vezes enquanto eu e Kaio tentávamos nos entreter jogando Verdade ou Desafio.

Teve uma hora que o tédio era tão grande que nos jogamos no chão e ficamos encostados na parede olhando o céu através da parede de vidro.

Só me lembro de encostar a cabeça em seu ombro e PUFF! Cair no sono.

Parecia que não éramos os únicos a dormir. Eduardo e Pedro que mais uma vez estavam conosco na sala despertaram rapidamente.

Fechei os olhos pra me acostumar com a claridade e tentei me ajeitar melhor. Devido a eu ter dormido de mal jeito, minhas costas estavam doendo muito e meu pescoço estava quase ficando pendente para a direita.

Eu nunca mais quero dormir no chão de novo.

Senti algo se mechendo atrás das minhas costas. Era Kaio também acordando e tirando o braço da minha cintura, onde tinha deixado antes de cairmos no sono.

Olha, pelo jeito que ele estralou o pescoço, os braços e as costas, acho que dormiu tão bem quanto eu.

- Boa tarde! - eu disse

- Boa tarde! - ele repetiu.

Kaio se endireitou e olhou para fora, piscando para afastar a claridade:

- Eles já estão terminando?

- Não faço a mínima ideia.

Me joguei de novo no chão, tentando afastar o sono. Mas, quando fechei os olhos de novo, Pedro e Eduardo começaram a discutir.

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PDV KAIO

Ah, mano, para. Agora não. Eu acabei de acordar, tô sentado no chão, dormi usando a cabeça da Gabi como travesseiro, acordei com o sol no meu rosto e esses dois começam a brigar logo agora? Eu já tô p... da vida por ficar todo dolorido e eles começam a discutir? Aaah não. Não mesmo.

- Bom, eu acho uma pena o Well ter morrido, mas eu não posso morrer porque eu sou filho de Afrodite. - disse Eduardo

- Haha, não me faça rir - disse Pedro - E eu sou filho de Zeus, não morreria nunca.

- Mas, eu sou lindo e minha beleza afasta a morte.

- E eu sou tão poderoso que a morte morre de medo de mim. (N.a//: A Morte morre de medo? Tenso.) - disse Pedro

- Beleza é tudo - disse Eduardo

- Poder é tudo - disse Pedro

Os dois pararam de pé a nossa frente, tampando a visão da janela.

- Fala... sério. - Gabi estava sentada apoiada com os braços atrás das costas com alguns raios de sol no rosto.

Nos levantamos. Fiquei em frente a Eduardo e ela em frente a Pedro:

- Eu sou lindo.

- Eu sou poderoso.

Eu e Gabi nos olhamos e voltamos a encarar os dois. Cutuquei o ombro de Eduardo e ela o de Pedro:

- Hey! - dissemos juntos.

Eles pararam de brigar e olharam para nós.

Foi aí que eu e Gabi levantamos o braço direito e metemos um tapa na cara de cada um. Quer dizer, Gabi deu um tapa em Pedro daqueles que você ouve o barulho a metros de distância e deixou os cinco dedos da mão estampados em seu rosto.

Bem, eu fui dar um tapa em Eduardo, mas me deu uma crise de amnésia e eu esqueci de abrir a mão. Bem, quanto ao nariz lindo dele... acho que nunca mais será o mesmo.

- CALA A BOCA! - gritamos Gabi e eu.

Nem tivemos tempo de ouvir os dois reclamarem de dor. A parede de vidro a nossa frente se estilhaçou e senti o peso de algo caindo sobre mim.

Afastei Eduardo para o lado que estava desmaiado. Gabi fazia o mesmo com Pedro. Os dois tinham vários cacos de vidro fincados nas costas e bateram a cabeça quando caíram.

Olhei para frente pra saber o que nos atingira. Deparei com uma empousai com os cabelos loiros pegando fogo, olhos vermelhos insaciáveis e a boca tinha os dentes a mostra. Só falei uma palavra:

- Karina!


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Notas finais do capítulo

Heey, fim do cap. Sinto muito, sei que parei em uma parte bem tensa, mas acho que vocÊs merecem ficar no suspense amores ;P
Beijos
SEMIDEUSES&SEMIDEUSAS



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