Percy Jackson e o Exército das Empousa escrita por Gabriela Marqueti


Capítulo 13
Pequenas revelações, grandes momentos


Notas iniciais do capítulo

Amores enfim postei o romance que vocês tanto queriam *--*. ME perdoem se estiver ruim pq já faz um tempo que nao escrevo esse gênero, então vejam com bons olhos:

Bjoo...



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PDV NATÁLIA

 

- Duplicando as empousai? - perguntei.

- Ahan, mas tem um lado bom, se matarmos uma empousai os clones também morrem. Com exceção dos monstros que continuam vivos. Só os clones que morrem são os das empousai. - respondeu Annabeth.

- E isso nos dá um total de... - disse Marcelo

- Cinco mil e quatrocentas empousai se não existirem mais clones - respondeu Ranielly

- Cinco mil e quatrocentas? - perguntou Gabi.

- Ou mais - disse Kaio.

- E o que nós vamos fazer? - perguntou Karina.

- Simples, a gente vai pro acampamento-meio-sangue agora e vamos avisar a todos por lá. - disse Percy.

- O Acampamento para semideuses? - perguntou Bianca.

- É. Lá nós vamos treinar e podemos ver se a Annabeth descobre como fazer o elixir para nós duplicarmos o número de semideuses também - disse Percy.

- Mas, Percy, duplicando o número de semideuses nós aumentamos o risco de muitos semideuses morrerem - disse Wellerson.

- É um risco que precisamos correr - disse Percy.

- Então o que a gente tá fazendo aqui? Vamos logo! - disse Érick.

- Bem, daqui até o Acampamento são cerca de quatro horas e nós só podemos ir de ônibus. - disse Annabeth.

- Então vamos, acho que a gente consegue né? - disse Karina

- É. Acho que sim - disse Kaio - Onde fica a rodoviária?

 

 

Na rodovíaria compramos bilhetes para o próximo ônibus que iria parar perto do acampamento e também iria parar em vários lugares, totalizando então 6 horas de viagem. Ficamos esperando por cerca de 10 minutos e percebemos que o ônibus estava lotado. Completamente lotado.

Meu banco era o número 5 e o de Karina era o número 6, portanto ela se sentou ao meu lado.

Nós conversamos por bastante tempo, debatendo a emoção que seria estar no Acampamento pela primeira vez, mesmo que por pouco tempo. Mas eu acho que estar no acampamento meio-sangue realmente seria legal.

 

 

PDV GABRIELA

 

 

Bem, vamos fazer as contas. As infelizes contas:Percy e Annabeth pegaram as últimas poltronas lá atrás e sentaram juntos (sortudos) Wellerson pegou a poltrona ao lado da de Marcelo (sortudos) Bianca pegou a poltrona ao lado de Ranielly (sortuda) Natália sentou ao lado de Karina e Kaio sentou na poltrona ao lado de Wellerson e Marcelo com um desconhecido ao lado.

Pra mim por azar puro sobrou o Érick. Eu não queria falar com ele depois da nossa briga de manhã então sentei na janela e fiquei olhando pra fora sem ver realmente, porque era impossível me concentrar na paisagem com ele olhando pra minha cara.

Percebi que ele abaixou a cabeça, pegou uma caneta e ficou clicando. No começo tudo bem, mas depois de um tempo isso começou a irritar. Virei pra ele e falei:

- Será que você pode parar por favor?

- Desculpa, não sabia que tava incomodando você.- ele guardou a caneta.

- Ah não imagina.

Ele olhou pra mim enquanto eu continuava a olhar pela janela:

- Por que você me odeia tanto? - ele perguntou.

- Porque você é filho de Zeus e eu de Poseidon, rivalidade de família. - respondi sem olhar pra ele.

- E o que isso tem a ver? Você vê a Naty e o Marcelo? Eles não brigam por nenhum segundo e ela é minha meia-irmã e ele é seu meio-irmão.

- Vai ver que eles tem alguma coisa em comum.

- E nós não podemos ter alguma coisa em comum?

- É meio impossível.

- Não é impossível pra eles.

Finalmente olhei pra ele, mas não nos olhos:

- Eles são eles, nós somos nós. Eu não quero ter algo em comum com você Érick só isso.

Eu voltei a fitar a janela mais uma vez me arrependido por ter dito aquelas últimas palavras. Com certeza elas causariam um efeito que eu não queria imaginar.

 

 

PDV ÉRICK

 

 

As últimas palavras delas foram como facadas em mim. Sei que ela ainda estava brava pelo que eu disse antes de ela contar sua história, mas precisava ficar assim por tanto tempo? Foi por isso que as palavras seguintes saíram arranhando minha garganta:

- Me desculpa.

- Pelo quê?

- Por ontem. Quando você foi contar sua história e eu fiquei caçoando de você.

- Relaxa. Já passou.

- Não. Não passou não. Ah, dá pra você olhar pra mim quando estou falando com você?

Me arrependi amargamente de ter dito isso. Eu esperava aquele olhar matador que eu tanto temia e... Ah esquece, enfim, esperava esse olhar, mas ela olhou pra mim calmamente.

- Calma Érick, já era. Passou.

- Então por que você continua assim comigo?

- Assim como?

- Estranha. Você é... diferente.

- Em que sentido?

- Ah... sabe. Por eu ser filho de Zeus, a maioria de vocês que eu conheci esses dias vem me perguntar sobre o meu pai, ou fica me bajulando com medo de Zeus fazer alguma coisa. Você não tem medo, acho que você me mataria e não estaria nem aí.

Ela riu. Quer dizer, ela não riu, ela sorriu, mas isso já foi o suficiente.

- É, acho que eu mataria.

- Tipo assim... hoje de manhã?

- É. Tipo isso.

Ela voltou a olhar para a janela e eu percebi que nossa conversa tinha acabado por aí. Mas, só tinhamos conversado por meia hora. Ainda tínhamos cinco horas e meia.

 

 

PDV ANNABETH

 

 

Nós fizemos a primeira parada e as seis pessoas que estavam lá atrás desceram, deixando Percy e eu sozinhos. Olhei pra ele:

- Percy, você não sente medo?

- Pela profecia?

- É.

Ele pensou um pouco pra responder, mas a resposta veio diferente da que eu esperava:

- Sinceramente não. Sei que vou sofrer muito se perder algumas de vocês e sei que vocês irão sofrer muito sem mim - ele riu - Mas, eu vou ter que superar, ou vocês vão ter que superar. E isso é o que basta. As boas lembranças.

Pensei um pouco, ele tinha razão. E se eu sobrevivesse, tinha uma coisa da qual eu queria me lembrar:

- Percy, eu não me lembro da última vez que a gente se beijou.

- Engraçado, eu lembro.

- Será que você podia me ajudar a lembrar?

Ele pegou meus ombros e encostou minha cabeça contra o vidro gelado da janela calmamente. Seus lábios tocaram os meus por um breve segundo e ele se separou:

- Huum... Ainda não me lembro.

Ele riu e dessa vez me abraçou. Me confortou em seus braços e me beijou, dessa vez por mais tempo. Eu estava ficando impaciente, era como se ele... não me amasse mais.

Ele me soltou por um tempo e eu sussurrei:

- Percy está brincando comigo?

- Estou.

Eu fiquei aliviada, então era só uma brincadeira? Ele sorriu e me beijou denovo. Dessa vez com mais intensidade, eu podia sentir suas mãos passeando pelas minhas costas e as minhas nos cabelos dele.

Ele me apertou com muita força contra ele, e eu tive que me segurar para não gritar. Apenas separei nossos lábios brevemente para respirar e soltar o ar.

Percy recomeçou o beijo enquanto tinha uma das mãos na minha perna e eu na sua nuca. Ele me pegou pela cintura e me trouxe pra mais perto dele.

Sua boca passou para o meu pescoço me dando tempo para respirar. Aquele garoto tirava meu fôlego.

Ele me encostou novamente no vidro e me prensou com seu corpo lá, me beijando. Estava tudo tão perfeito: seus braços em minha cintura, seu corpo contra o meu, seus lábios nos meus e eu dei graças a Zeus pela cabine do motorista ser feita de vidro preto e ele não conseguir enxergar nada que estava acontecendo ma outra parte do ônibus.

Mas, o ônibus fez outra parada e nós fomos forçados a nos separar porque as pessoas que levantariam para desembarcar nos veriam. Ele me soltou e me manteve segura em seus braços em um abraço quente.

Eu me sentia tão segura com ele que acho que Gabi e Érick podiam explodir aquele ônibus que eu não me machucaria. Eu ri com a ideia:

- O que foi? - Percy me perguntou.

- Nada. Foi só uma ideia que me ocorreu.

Assim que o ônibus voltou a andar ele pegou novamente meus ombros e me beijou com força. Suas mãos passeavam pelas minhas costas e minha pernas, as minhas por seus cabelos e braços. Suas mãos subiram até minha cintura e ele me colocou em seu colo, entrelaçando minhas pernas em seus quadris.

Ele passou novamente para meu pescoço e fez uma trilha de beijos até o centro dele. Passou novamente para minha boca e nossas mãos mais uma vez passeavam frenéticamente pelo corpo do outro.

Percy me colocou novamente no banco e me abraçou mais uma vez, parando definitivamente o beijo. Sim, com certeza, se nós conseguíamos parar de nos beijar de repente, acho que seria possível até mesmo Érick e Gabi serem amigos.

 

 

PDV GABRIELA

 

Olhei no relógio. Estávamos viajando a uma hora, metade do ônibus já tinha descido e eu estava entediada:

- Érick, se eu dormisse você não me mataria não é?

- Tentador. Por que perder essa oportunidade? - ele brincou.

- É, tem razão. É melhor ficar acordada.

- Eu tô brincando, pode dormir aí.

- Não, não valeu. Eu não conseguiria, é só que... eu estou meio entediada.

Ele ficou quieto. Apenas olhou pra frente, deu de ombros e disse:

- Também estava pensando nisso. Temos mais 5 horas de viagem e não faremos nada?

- Bem, que tal um jogo?

- Qual?

- Verdade ou desafio.

- Eu topo. Quem começa?

- Huuum - pensei - Você.

- Tudo bem. Verdade ou desafio?

Pensei um pouco, acho que era cedo demais para escolher desafio:

- Verdade.

- Você se julga poderosa?

- Sinceramente? Não. Sei controlar meus poderes bem, mas não me considero poderosa. Nunca me considerei.

- Bem, sua vez.

- Verdade ou desafio Érick?

- Verdade.

- Você tem medo de se aproximar das pessoas?

- Sim, e não. Com a maioria das pessoas é fácil, por interesse, mas eu prefiro as relações que demoram muito para serem íntimas.

Desviei o olhar, com certeza minha relação com ele não era fácil. Será que ele gostava disso?

- Verdade ou desafio Gabi?

Levantei uma sombrancelha:

- Desculpa, Gabriela.

- Verdade.

- Descreva os meus poderes.

Pensei um pouco antes de responder.

- São fortes e temidos por todos. Tem a potência de fazer qualquer um ficar com medo só de pensar em levar um choque assim.

Ele ficou quieto, mas logo falou:

- Você se sente ameaçada por eles?

Desviei o olhar e precisei engolir meu orgulho para admitir:

- Sim.

Ele arregalou os olhos:

- Por que?

- Meus poderes não são paril para os seus. Água em contato com energia elétrica resulta em um choque enorme, e com certeza não é você que vai levar esse choque. - eu ri sem humor.

- Mas, seus poderes também são bons.

- Descreva-os.

- Isso é uma pergunta do jogo?

- Não. só... curiosidade.

Ele pensou para responder olhando para frente:

- Acho que você é a semideusa mais poderosa que eu conheci até agora.

Arregalei os olhos:

- O quê? Mas, por que? E a Karina?

- Bem, você conjurou a água hoje de manhã e não tinha água em lugar nenhum, e mesmo que tivesse você calculou o tempo certo para não me matar, e controlou a água pelo tempo que quis. Se fosse outra pessoa com certeza não conseguiria armazenar a água nas mãos. Você pode pensar que não, mas tem mais poderes do que imagina.

Fiquei repensando o "elogio". Não sei se Érick tinha razão e não sabia se assentia ou agradecia então olhei pra ele:

- Verdade ou desafio?

- Verdade.

- Descreva meus olhos.

 

 

PDV ÉRICK

 

 

Essa era a pergunta que eu temia. Como descrever aqueles olhos? Sei que os temia, mas tinha algo a mais. Os olhos dela escondiam mistérios que nenhuma pessoa conseguiria decifrar. Eles me deixavam...

- Misteriosos - respondi.

- Especifique.

- Bem... seus olhos são obscuros, você pode dizer qualquer coisa que é impossível dizer se está mentindo ou não. Apesar de serem castanhos seus olhos são como o mar, quando te atrai, te hipnotiza. E quando você mergulha, não quer mais voltar. E quando você cria confiança ele te puxa para o lugar mais obscuro e profundo de seu interior.

Tá legal, sei lá quando foi que eu virei poeta e eu nem ligava, eu precisava falar o que os olhos dela simbolizavam pra mim. Quando eu os fitava cinco sentimentos afloravam em mim de uma vez só: Medo, Loucura, Paixão, Felicidade e Desejo.

Sei que um sexto sentimento também aflorava, mas acho que não tem uma palavra para descrevê-lo. Pelo menos por enquanto.

Ela olhou para as mãos e eu quebrei o gelo:

- Verdade ou desafio, Gabriela?

- Pode me chamar de Gabi.

- O quê? Mas, eu pensei que fosse só para amigos. - eu disse surpreso.

- Se você não é um amigo ou está muito próximo, ou já passou disso.

Fitei o horizonte e acho que entendi o que ela quis dizer. Ou eu era um colega, ou eu era um...

- Verdade ou desafio Gabi?

- Desafio.

- Eu desafio você a beijar a pessoa que está ao seu lado.

Ela olhou pra mim com cara de assustada:

- No rosto tá? - justifiquei.

Ela revirou os olhos e sorriu.

Se inclinou pra frente para alcançar meu rosto, mas o ônibus deu uma freada e meu rosto virou acidentalmente, fazendo Gabi e eu nos beijarmos rapidamente.

Foi tão rápido que não pude sentir nada, mas ela ficou vermelha.

Desviou os olhos para a janela como se nada tivesse acontecido e disse baixinho:

- Próxima pergunta...

 

 


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Notas finais do capítulo

Ain me perdoem porque eu sei que as cenas romanticas de Percabeth ficaram uma merda total, mas queria deixar um rápido aviso. Estou lotada de provas e posso ficar um tempo sem postar, mas nunca vou parar completamente ok?
Bjo
SEMIDEUSES&SEMIDEUSAS