Fight escrita por Nyh_Cah


Capítulo 5
Capítulo 5




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Durante os meses seguintes, a Alice tinha ido fazer o tratamento. O tratamento estava a correr bem, pelo menos era o que me parecia. Havia dias que a Alice andava eléctrica e alegre como era mas havia outros em que ela estava extremamente cansada e que passava os dias a dormir, ou vomitava e mal conseguia levantar-se da cama. Também havia outros em que ela ficava deitada no sofá a ver televisão devido às dores que sentia nos ossos e nas articulações. Nós estávamos sempre lá para a ajudar. Tentava nunca faltar aos seus tratamentos. Ela odiava ir lá mas acho que ela percebia que precisava daquilo para ficar boa.

 

A escola de piano do Edward ia fazer um recital em que todos os alunos iam tocar o que quisessem. O Edward ia tocar. Ele tocava muito bem piano para a idade que tinha. Eu adorava ouvi-lo e a Alice também. Sempre que ele ia treinar a Alice sentava-se ao lado dele no banco e ficava a ouvi-lo.

 

O Emmet também ia ter um jogo de futebol do campeonato entre escolas. Ele estava tão entusiasmado!

 

Os dias foram-se passando e hoje era o dia do recital do Edward. O recital ia ser às três da tarde em Seatle. Eram duas da tarde, estávamos a sair de casa pois podíamos apanhar trânsito. Chegámos lá a um quarto para as três. O Edward entrou para os bastidores e eu e o resto da família fomos sentarmo-nos. O Edward ia ser dos últimos a tocar. A Alice estava maravilhada com a música. Ela sempre gostou muito de ouvir o Edward a tocar em casa mas agora estava a ouvir diferentes músicas e várias pessoas a tocar. Era por volta das quatro e meia da tarde quando chegou a vez do Edward. Ele entrou em palco e chegou-se ao microfone para falar.

 

- Queria dedicar esta música à minha irmã Alice. Fui eu que compus a música e dei o nome de “Alice”. Espero que gostem. – Começou tudo a bater palmas. Estava comovida.

 

- Mamã, o Edward vai tocar! – Disse a Alice alegremente.

 

- Pois vai, vamos fazer pouco barulho para ouvi-lo.

 

Ele começou a tocar a música.

 

(http://www.youtube.com/watch?v=Of2C3SiKJXY)

 

A música era linda! Simplesmente linda! A Alice estava vidrada na música. Era tão querida vê-la assim. A música transmitia a força que a Alice tinha, por vezes a felicidade dela. A música estava linda e transmitia exactamente as duas grandes qualidades da Alice. Tinha tanto orgulho no Edward. Quando ele acabou de tocar, ouviu-se muitas palmas. Todos tinham gostado da música dele. A Alice aplaudia com tanta força e entusiasmo. Quase que caia da cadeira. Depois do Edward ainda mais umas cinco crianças tocaram. Quando o espectáculo acabou, fomos ter com o Edward aos bastidores e depois fomos para casa. Em casa preparei o lanche e comemos. A Alice comeu muito pouco, ela tinha um ar cansado. Depois de lancharmos fui dar banho à Alice. Quando lhe despi a roupa ela tinha vários hematomas espalhados pelo corpo. Tinha um no centro das costas e mais dois nos ombros, depois tinha uns pequenos nas pernas. Fiquei preocupada com a quantidade de hematomas que ela tinha. Já tinha visto alguns no corpo dela mas não tantos de uma vez. Dei-lhe banho e depois fui vestir-lhe o pijama. Ela estava tão cansada. Levei-a lá para baixo e deitei-a no sofá. O Edward estava lá a ver televisão. Fui preparar o jantar. Estava a meio do jantar quando o Edward aparece-me assustado na cozinha.

 

- O que se passa, querido? – Perguntei preocupada.

 

- A Alice… - Disse ele assustado.

 

- O que tem? – Perguntei já alarmada.

 

- Está a sangrar muito do nariz. O pai já está com ela mas o sangue não pára. – Disse ele ainda assustado. Fomos os dois para a sala. A Alice estava a chorar no sofá com sangue a cair do nariz. O Carlisle estava com um ar preocupado a tentar estancar o sangue.

 

 - Esme, liga para o 112! – Disse o Carlisle. O Edward estava assustado.

 

O Emmet também parecia, ele tinha aparecido na sala por causa do barulho. Ele por fora parecia controlado mas sei que por dentro estava tão assustado com qualquer um de nós. Peguei no telemóvel e liguei para o 112. Expliquei o que tinha acontecido e a situação da Alice. Eles disseram que viriam o mais rápido possível. Em dez minutos eles estavam lá. A Alice já estava inconsciente. Eles meteram-na na ambulância. Pedi para ir na ambulância com ela. Eu tinha de estar com ela. Ela não podia estar a ir-se. Ela tinha de ficar. O Carlisle vinha ter connosco de carro com o Emmet e o Edward. Ela tinha de acordar. Ela tinha de acordar para mim mas ela continuava inconsciente. Ela simplesmente não acordava. Quando lá chegámos, eles levaram-na de urgência para uma sala que eu não pude entrar. Eu tinha que estar lá com ela! Mas eles não me deixaram entrar. Tive que ficar na sala de espera. Passado uns minutos, o resto da família chegou ao hospital. Cai em fraqueza. Comecei a chorar. Eu não conseguia conter mais. Eu estava com tanto medo. Estava com medo que ela me deixasse. O Carlisle veio consolar-me. Ficamos na sala de espera em silêncio durante algum tempo. Só se ouvia os meus soluços. Eu não sabia se tinha mais lágrimas, elas apenas continuavam a aparecer, vindas de não sei onde! Eu tinha chorado tanto. Passado um bom tempo a pediatra dela veio ter connosco.

 

- O estado da Alice piorou.

 

- Piorou?! – Exclamei eu desesperada.

 

- Sim. Ela precisa de um transplante. Ela está muito mal mesmo. Ela precisa de um transplante de medula óssea rapidamente. Temos que ver se algum dos senhores é compatível.

 

- Nós não somos os pais biológicos da Alice, ela é adoptada. – Informou o Carlisle.

 

- Isso dificulta as coisas mas sempre pudemos ver se temos a sorte de algum de vocês ser compatível. Eu já a pus na lista de transplantes, mas demora sempre tempo descobrirmos um dador que seja compatível com o paciente.

 

- Eu sei. – Disse o Carlisle. – Vamos fazer as análises.

 

Estava mais do que triste. Não existia palavras para qualificar o meu estado neste momento. Vários sentimentos se apoderaram de mim. Eu só queria que um de nós fosse compatível com a Alice. Mas isso era difícil de acontecer. Se nenhum de nós fosse compatível com ela, o que iríamos fazer? Esperar? Enquanto isso a minha bebé piorava, cada vez ficava pior! Tínhamos que arranjar outra solução. Fomos fazer as análises. Só saberíamos os resultados amanhã. Fomos para o quarto da Alice. O Emmet e o Edward já estavam lá. A Alice ainda estava a dormir. Quando entramos no quarto, estava o Emmet deitado de um dos lados da Alice e o Edward no outro. Estavam os três a dormir. Fui-me sentar no sofá que existia no quarto onde a Alice estava instalada. Ficamos mais de uma hora em silêncio. Os meus três filhos estavam a dormir e eu e o Carlisle estávamos sentados no sofá a olhar para aquele cenário. Nenhum deles queria que a Alice morresse. Eles amavam-na como uma irmã mais nova.

Passadas umas três horas, a Alice acordou mas estava muito fraca.

 

- Mamã… - Disse ela debilmente.

 

- Meu, amor! A mamã está aqui! – Disse-lhe. Ela deu-me um sorriso débil.

 

- Mamã, vou morrer? – Fiquei espantada com a pergunta que ela me fez. Não ela não podia pensar assim. Ela tinha que pensar que ia sobreviver. Ela não podia pensar que ia morrer. Ela não podia ser retirada de mim. Ela tinha de ficar comigo, ela tinha de lutar contra o cancro. Ela ia conseguir, ela é uma guerreira.

 

- Não, meu amor. Tu não vais morrer. Tu não vais deixar a mamã! Tu tens de lutar ok? Por mais que custe, promete à mãe que vais lutar. Tu não podes deixar a mamã, ok?

 

- Ok. Eu prometo que vou lutar mamã. Eu também não te quero deixar, nem o papá e os manos. Eu quero ficar com todos.

 

- Ok. – Disse-lhe dando um beijo na testa. Neste momento o Edward e o Emmet acordaram. A Alice deu-lhes um sorriso fraco. Ela estava tão cansada.

 

- Olá Alice! – Disse o Emmet.

 

- Olá…

 

- Alice, gostaste da minha música? – Perguntou o Edward. Ela afirmou com a cabeça com convicção. Ela tinha gostado tanto da música.

 

- Emmet, no jogo de futebol, podes marcar um golo e dedicar-me a mim?

– Perguntou a Alice num sussurro.

 

- Eu não vou jogar. Eu vou ficar aqui contigo! – Disse ele determinado.

 

- Querido, tens de ir jogar. Os teus colegas estão a contar contigo. – Disse-lhe.

 

- Pois Emmet, tu és o melhor. Tens de estar lá. – Disse a Alice.

 

- Ok… mas então não vão deixar a Alice sozinha, ok? Só o pai é que vai comigo! – Continuou ele determinado. Ele não queria ir porque tinha medo que a Alice ficasse aqui sozinha. Estava com medo de ser egoísta, por irem ver o jogo dele e depois a Alice ir ficar aqui sozinha.

 

- Ok. Só eu é que vou contigo! – Disse o Carlisle.

 

O Edward e o Emmet ficaram a brincar com a Alice. Entretanto a médica entra no quarto. Ela viu se está tudo bem com a Alice e depois foi-se embora. Se não nos disse nada era porque estava tudo bem, certo? Espero bem que sim. A Alice acabou por cair no sono outra vez. O Emmet e o Edward saíram de ao pé dela para a deixarem dormir e vieram ter connosco.

 

- Pai, a Alice vai ficar bem, não vai? – Perguntou o Edward.

 

- Sim, espero bem que sim. – Respondeu o Carlisle.  

 

O resto do dia passou-se bem dentro dos possíveis. O Carlisle ia com o Emmet e com o Edward para casa e eu ia ficar com a Alice, depois noutro dia alternávamos. Foi difícil convencer o Emmet e o Edward irem dormir a casa mas eles amanhã tinham que ir para a escola. Eles não tinham grande vontade de ir para a escola


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Notas finais do capítulo

Fique triste por pouca gente ter comentado ): Quero saber o qe vocês acham desta fic. Está pouca gente a comentar e se não gostarem delito a fic! Eu não gosto de fazer isso porque sempre digo que o que se começa, acaa-se mas eu sinto-me triste quando eu posto e vejo poucos comentários!
Fico à espera dos vossos comentários para saber a vossa opinião!
Bjs
S2