Fight escrita por Nyh_Cah


Capítulo 19
Capítulo 19




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O cabelo começou a cair, à Alice. Ela estava tão desesperada. Ela decidiu que tinha que o cortar mas eu sabia que ela não queria. Ela ia cortá-lo amanhã. Ela hoje estava com um ar tão abatido. Ela passou por tanto, não sei quando é que o sofrimento ia acabar, ela já sofreu demais.

Ela estava a tentar adormecer mas não conseguia. Fui ter com ela, pois estava sentada no sofá do quarto onde ela estava instalada.

- O que se passa? – Perguntei-lhe.

- Não sei… dói-me a cabeça e sinto-me mal… - Respondeu ela.

Deitei-me ao lado dela e envolvi-a nos meus braços, ela aconchegou-se melhor e fechou os olhos para tentar adormecer. Passado um pouco, ela caiu no sono. Depois de ela cair no sono caí eu. Acordei no dia seguinte, era por volta das dez da manhã. A Alice ainda dormia. Levantei-me da cama com cuidado e fui tomar o pequeno-almoço. Fui à cantina do hospital e tomei o pequeno-almoço com o Carlisle.

- Bom dia! – Disse ele unindo os nossos lábios.

- Bom dia.

- Como é que está a Alice? - Perguntou-me ele docemente.

- Mais ou menos, ela está abatida por ter que cortar o cabelo.

- Eu sei… por isso é que lhe trouxe isto. – Ele deu-me um saco. Abri o saco e tirei de lá de dentro um lenço. – Quando ela ficar sem cabelo pode pôr isso. Vai custar menos. – Explicou o Carlisle.

- Ela vai ficar melhor com isto. Vens comigo? Vou ver da Alice e assim dás-lhe o lenço.

- Ok.

Levantamo-nos os dois e fomos em direcção ao quarto onde a Alice estava instalada. Quando lá entramos ela já estava acordada e já estava a comer.

- Bom dia, meu amor! – Disse dando-lhe um beijo na testa.

- Bom dia, mãe. Bom dia, pai. – Disse ela com um tom triste.

- Alice, tenho uma coisa para ti. – Informou o Carlisle à Alice.

- O quê, pai? – Perguntou a Alice curiosa. Ele deu-lhe o saco e ela abriu-o. Depois tirou o lenço mas pareceu que ficou um pouco confusa. – Quando cortares o cabelo, podes usa-lo. – Explicou o Carlisle. Ela quando percebeu deu-lhe um sorriso.

- Obrigada, pai! – Disse ela.

Quando chegou à hora do almoço, comemos os três no quarto onde ela estava instalada. À tarde ela foi cortar o cabelo. Ela chorou tanto. Ela estava tão mal por o ter cortado. Ela passou a tarde toda em silêncio, não quis falar com ninguém, nem sequer quis receber o Jasper. Eu expliquei ao Jasper porque é que ela não o queria ver e ele compreendeu.

- Querida, estás bem? – Perguntei-lhe. Ela não falava há tanto tempo.

- Sim… - Respondeu-me ela. Eu sei que não estava tudo bem. Eu conheci-a bem de mais. Deixei-a estar a pensar mais um pouco.

- Sabes querida, tu continuas linda. Não é preciso ficares assim.

- Mãe… eu estou feia, estou sem cabelo. Como é que o Jasper vai gostar de mim?

- Jasper? – Não estava a perceber a conversa. Será que ela gostava do Jasper?

- Mãe… eu apaixonei-me pelo Jasper. Ele é tão querido comigo, ele está sempre a tentar animar-me e a dizer que tudo vai correr bem. Sempre que eu estou com ele o meu coração bate mais depressa. Eu estou sempre desejosa de o ver. Custou-me tanto dizer que não o queria ver. Se ele me vir assim não vai querer nada comigo. – Disse ela tristemente.

- Querida, tenho a certeza que o Jasper não te vai deixar só por não teres cabelo. Ele adora-te, disso eu tenho a certeza. Ele vai aceitar como tu és agora, se não aceitar é porque não te merece.

- Mas eu gosto tanto dele…

- Já lhe disseste alguma coisa?

- Não. – Disse ela cabisbaixa.

- Tenho a certeza que ele te ama! – Disse-lhe.

- Como sabes?

- Todos sabemos disso. E eu já falei com ele. Podes ter a certeza que ele gosta de ti e tenho a certeza que ele vai deixar de gostar de ti só por não teres cabelo.

- Obrigada, mãe. – Disse ela um pouco melhor.

Passadas umas horas de estarmos a falar adormecemos as duas. No dia a seguir, por volta das quatro o Jasper veio cá, ver a Alice. A Alice estava nervosa. Ela estava com medo que o Jasper a desprezasse por ela não ter cabelo.

Quando ele chegou, eu sai do quarto para lhes dar privacidade. Fui dar uma volta pelos jardins do hospital. Durante o caminho o meu telemóvel tocou.

- Estou?

- Sim, mãe! É o Emmet. – Disse do outro lado da linha.

- Olá, querido. Tudo bem?

- Sim e por aí?

- Também, a Alice ontem cortou o cabelo e ficou um pouco mal mas já está melhor.

- Nós vamos para aí mais cedo. Vamos na quinta à noite pois sexta é feriado.

- Ok. Está tudo bem com a Rose e com o bebé?

- Sim, ele anda um pouco agitado mas está tudo bem.

- Ok. Ainda bem. Espero por vocês na quinta.

- Ok, mãe. Beijos, até quinta.

- Até quinta.

Desliguei o telemóvel e fui andando para o quarto. Estava a ficar frio cá fora e eu esqueci-me do casaco no quarto. Quando entrei no quarto vi a Alice e o Jasper aos beijos.

- Desculpem, não vos queria interromper. Vou ali e já venho. – Disse. Quando fechei a porta ouvi-os a rir. Fui outra vez para os jardins do hospital e fiquei lá a passar o tempo. Queria dar-lhes privacidade. Quando dei por mim, reparei que já eram oito da noite. Levantei-me do banco onde estava sentada e dirigi-me ao quarto. Quando entrei o Jasper já não estava lá.

- Ele já foi embora, mãe. – Disse ela percebendo no que eu estava a pensar.

- E então? Já namoram? – Perguntei-lhe. Via-se que ela estava mais feliz. Tinha outro brilho no olhar.

- Já, eu gosto tanto dele, mãe!

- Eu sei que gostas, meu amor. E nota-se que estás feliz. – Disse-lhe.

- Pois estou e também estou com fome.

Chamei a enfermeira para trazer a comida. Passados uns cinco minutos a Alice já estava a comer.

- O Emmet vem para cá quinta à tarde.

- Boa! Vem mais cedo! – Disse ela contente.

Ela continuou a comer e depois adormeceu. Chegou a quinta à noite num instante. A Alice estava exausta mas ela queria ver o Emmet e a Rose. Ela estava a resistir ao sono para os ver. Eles chegaram por volta das onze e meia. A Alice estava tão cansada.

- Boa noite! – Disseram eles ao entrar no quarto.

- Boa noite! – Disse.

- Boa noite… - Disse a Alice exausta.

- Maninha, estás uma brasa! – Disse o Emmet. Começamos todos a rir. A Alice não aguentava muito mais tempo acordada.

- Querida, é melhor dormires, estás exausta.

- Ok. Boa noite. – Disse ela fechando os olhos. Passado muito pouco tempo já estava a dormir profundamente.

- Então Rose, como vai a gravidez?

- Bem, ele é um pouco agitado. – Disse ela passando a mãe na barriga. Continuamos a conversar até eu e o Emmet repararmos que a Rose adormeceu no sofá. O Emmet foi acorda-la para a levar para casa. Eles foram os dois para casa. Acabei por adormecer no quarto de hospital.

Acordei, no dia a seguir por volta das onze e meia. Há muito que não dormia tanto. A Alice já estava acordada. Levantei-me, fui à casa de banho e depois fui para o pé da Alice.

- Dormiste bem? – Perguntei-lhe dando-lhe um beijo na testa.

- Dormi. – Disse ela.

O Emmet e a Rose entraram neste momento no quarto.

- Bom dia! – Disseram eles.

- Bom dia! – Dissemos nós as duas.

- Rose, já decidiste que nome que vais pôr ao bebé? – Perguntou a Alice.

- Estamos indecisos entre dois. – Disse a Rose.

- Quais? – Perguntou a Alice entusiasmada.

- Ray e Eric. Mas ainda não chegámos a nenhum acordo.

- Acho Ray, fofinho mas Eric é mais giro. – Disse a Alice pensativa.

- Também gosto mais de Eric. – Disse dando a minha opinião.

Ao longo do dia foi-se notando que a Alice ficava mais exausta. Eram quatro da tarde e ela já não aguentava os olhos abertos. Ela estava cada vez mais fraca. Tinha de falar com o médico. A Alice teimava que não queria dormir mas o Jasper convenceu-a.

O Edward e a Bella chegaram hoje por volta das cinco e meia. A Alice ainda dormia mas com o barulho que eles fizeram ao chegar ao quarto ela acabou por acordar. Ainda notava-se que ela estava exausta e fraca. Enquanto estávamos a falar o médico entra no quarto.

- Boa tarde. – Disse o médico educadamente.

- Boa tarde. – Dissemos nós.

- Preciso de falar com a Esme e o Carlisle, no meu gabinete. – Disse o médico num tom sério.

- Ok. Vamos falar consigo agora. – Respondeu o Carlisle. Eu e o Carlisle saímos do quarto e fomos com o médico para o gabinete dele. Chegámos lá ele mandou-nos sentar e de seguida sentou-se ele.

- Bem, fizemos exames à Alice para ver como é que vai a doença. Recebemos os resultados agora e chegámos à conclusão que os tratamentos não estão a resultar. A Alice precisa de um transplante.

- Outra vez? – Disse eu desesperada. Porque é que os tratamentos nunca faziam efeito? Porque é que tinha de ser sempre assim? As coisas nunca se podiam resolver? Ela tinha que sofrer sempre um pouco mais? Não sei o que iria fazer. Não sabia se o pai biológico dela queria doar a medula outra vez, eu nem sabia onde o encontrar!

- Sim. Ela já está na lista de transplantes, agora só podemos aguardar. – Disse o médico em tom profissional. – Sinto muito. – Continuou ele sinceramente.

Saímos do consultório. Mal saí do consultório só consegui chorar. Não consegui fazer mais nada. Carlisle abraçou-me para me reconfortar. Ele estava tão mal como eu. Eu sabia disso mas ele estava lá sempre para me reconfortar.

- Porque é que ela tem sempre de sofrer? – Perguntei-lhe no meio de soluços.

- Não sei… - Respondeu ele com um tom de voz triste.

- Ela sofre sempre tanto, porquê? – Continuava eu. Não me cabia na cabeça a ideia de ela ir sofrer. Ela era sempre tão alegre, tão querida. Era uma boa rapariga, porque é que ela tinha sempre de sofrer?

- Vais ver que ela vai conseguir ultrapassar isto outra vez. – Encorajou-me o Carlisle.

- E se o pai biológico dela não quiser doar medula óssea, outra vez? – Perguntei-lhe.

- Não sei o que faremos mas em primeiro lugar temos de o encontrar para lhe perguntar. Temos de ir aos sítios onde ele morava e trabalhava para ver se ele continua aí.

- Ok, mas temos de ir contar aos outros principalmente à Alice. Ela vai ficar de rastos.

- Pois vai.

Fomos em direcção ao quarto onde a Alice estava instalada. Eles estavam todos tão divertidos. Eu não queria estragar o momento mas eu tinha de lhe dizer. Ela reparou que algo se passava comigo.

- Mãe, passa-se alguma coisa? – Perguntou ela preocupada.

- Sim, querida. Passa-se algo. – Disse eu tristemente. A sala ficou em silêncio.

- O que se passa, mãe? – Perguntou-me ela mais preocupada.

- Querida… nós estivemos a falar com o médico, como tu sabes…

- Sim…

- O médico disse que os tratamentos não estavam a resultar e que precisavas de um transplante. – Continuei tristemente.

- Um transplante? – Perguntou-me ela com a voz à beira do choro.

- Sim, querida. Nós estamos a pensar em ir falar com quem te doou medula óssea da outra vez mas não sabemos se vai aceitar.

- Quem é que me doou medula óssea da outra vez?

- O teu pai biológico… - Disse eu hesitante. Ela não disse mais nada. Só lhe via as lágrimas a escorrer-lhe pela cara. Ela não conseguia dizer mais nada. Apenas chorava. Não aguentei vê-la assim, fui abraça-la, sei que ela assim sentia-se mais protegida. Ela agarrou-me como se a vida dela dependesse do nosso abraço. Ficamos abraçadas durante algum tempo. Depois ela deitou-se e acabou por adormecer com a mão envolvida na minha.

- Esme, vou ver se encontro o pai biológico da Alice para falarmos com ele o mais rápido possível, ok?

- Ok. Eu vou ficar aqui com ela. Não te importas? – Perguntei-lhe.

- Não.

- Eu vou com o pai, mãe. – Disse o Emmet.

- Eu também. – Disse o Edward.

Foram os quatro (o Jasper também quis ir) ter com o pai biológico da Alice. Ele tinha de doar medula óssea para a Alice. Ela tinha de sobreviver outra vez. Ela não me podia deixar. Fiquei com a Bella e com a Rose no quarto. Elas estavam ao pé da cama da Alice a envolver a outra mão dela. Nenhum de nós a queria perder. Todos nós a amávamos e não queríamos ficar sem ela.

Chegou à hora do jantar e os rapazes ainda não tinham chegado. Eu a Rose e a Bella jantamos. A Alice ainda estava a dormir. Depois de acabarmos de jantar a Rose foi-se deitar no sofá. Ela também devia estar cansada. Eu e a Bella fomos para o pé da Alice. Ficamos lá à espera dos rapazes.

Eram nove e meia da noite e os rapazes ainda não tinham vindo. Reparei que a Rose adormeceu. Fui buscar o cobertor que existia no quarto onde a Alice estava instalada. Tapei a Rose e de seguida fui outra vez para o pé da Alice.

Eles voltaram por volta das dez e meia.

- Então? – Perguntei-lhes em expectativa.

- Fomos a casa dele mas ele não estava lá. Depois fomos ao sítio onde ele trabalha e também não o encontramos. Estamos a pensar ir ter com ele amanhã. – Disse o Carlisle visivelmente desanimado.

- Só espero que amanhã o encontrem.

- Também eu.

A Alice ainda dormia, ela já não devia acordar hoje. A Rose também continuava a dormir. O Emmet deixou-a lá a dormir, ele não queria acorda-la, visto que ela já estava ferrada. Eles foram todos para casa dormir e eu e a Rose ficamos no quarto com a Alice. Acabei por adormecer também.


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Notas finais do capítulo

Queria mais comentários nesta fic *.* Está muito pouca gente a comentar. Espero que tenham gostado do capitulo e que comentam! :p
Beijinhoss
S2



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