O Humano escrita por AelitaLear


Capítulo 22
Capítulo 22- Enterrado


Notas iniciais do capítulo

Oiie^^
To postando rápido por causa da mancada do Tocada...
Espero que gostem desse^^
Se tiver algum erro, qualquer que for, quero pedir desculpas por que meu Nyah está com problema!
Muito obrigada a todos que estão lendo, a todos os reviews e as recomendações de Bia Pattinson, Lion, dany_kissetell, DrikaaH, isabellatmassei, sophia_sena, lizzy_16, beeh_thehost, pegoshea, miojo, jessicasoledade, Natyy-Cullen, bellafurtado, biofranci, Lise Munari, karenmitie, RenataBC, Allie_naruto.

Quero agradecer a Deus*-*



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Ela tentou sentar, estava mole. Minhas mãos foram para a sua testa, mantendo-a abaixada. Ela se virou para tentar ver alguma coisa, tentou levantar novamente mas eu a impedi.

 

— Calminha. – Eu disse. - Não tente levantar.

 

— Ajuda. – Ela pediu.

 

— Peg? – Jamie perguntou.

 

Ele veio correndo na nossa direção.

 

— Eles não esperarão. - Jamie me disse. - Vai acabar logo.

 

— Me ajude a levantar. – Ela pediu.

 

Jamie ergueu as mãos para pegá-la, eu balancei a cabeça.

 

— Eu a pego.

 

Passei os braços em baixo dela, com muito cuidado, tentando não fazer nenhum movimento brusco nem por a mão em lugares machucados. Eu a ergui e ela gemeu.

 

— O que Doc me deu? – Perguntou.

 

— Ele te deu um pouco da morfina que sobrou para que ele pudesse te examinar sem te machucar. De qualquer forma, você precisava dormir. – Respondi.

 

— Alguém não vai precisar do remédio mais do que eu? – Ela disse reprovando.

 

— Shhh. – Sussurrei.

 

Ela virou a cabeça para os humanos, bem na hora que Trudy falava.

 

— Walter sempre via o lado bom das coisas. Ele podia ver o lado brilhante de um buraco escuro. Eu sentirei falta disso.

 

Ela deu um passo a frente, jogou um pouco de terra na cova de Walt, escutamos o barulho fraco da terra caindo.  Depois ela foi pra perto de Geoffrey, cuja vez da despedida era agora. Ele deu um passo a frente.

 

— Ele encontrará sua Gladdie agora. Ele está mais feliz onde ela está. - Geoffrey jogou a terra.

 

Carreguei Peg para o lado direito da fila de pessoas, ela também merecia jogar um punhado de terra no buraco. Peg merecia bem mais do que fazíamos a ela.

 

Kyle deu um passo à frente, ela tremeu a vê-lo, e eu a apertei gentilmente para protegê-la.

 

— Walter morreu humano. - Kyle disse. - Nenhum de nós poderia pedir mais do que isso. – Jogou seu punhado de terra. 

 

Kyle foi para perto do resto do grupo, nem preciso comentar que sua atitude foi idiota.

 

Era a vez de Jared, ele deu um passo a frente.

 

— Walter era bom dos pés a cabeça. Ninguém se igualava a ele. - Ele jogou sua terra.

 

Depois foi Jamie, Jared deu um tapinha no seu ombro, um conforto.

 

— Walter era corajoso. Ele não tinha medo de morrer, ele não tinha medo de viver, e... ele não tinha medo de acreditar. Ele tomou suas próprias decisões e foram boas decisões. - Jamie jogou a terra.

 

Ele se virou para Peg, permanecendo o olhar nela.

 

— Sua vez. – Murmurou.

 

Andy já estava se movendo para frente, uma pá em sua mão, ele não estava disposto a esperar eu e Peg.

 

— Espera. - Jamie disse. – Peg e Ian não disseram nada.

 

Houve uma falação insatisfeita por isso, eu não gostei nada disso. Peg foi a que mais teve compaixão por ele, teríamos que ter respeito. Jeb ordenou a todos.

 

— Vamos ter respeito.

 

— Ian, me ajuda a pegar um pouco de terra. – Peg me pediu.

 

Agachei para ela pegar, coloquei seu peso num joelho para que eu mesmo pudesse conseguir. A ergui e comecei a caminhar para perto da cova.

 

— Walter era o melhor e mais iluminado que um humano pode ser. – Eu disse e joguei a terra.

 

Olhei para Peg, esperando ela falar sua despedida.

 

— Não havia ódio em seu coração. – Ela murmurou. - A sua existência prova que estávamos errados. Não tínhamos o direito de tomar seu mundo de você Walter. Eu espero que seus contos de fadas sejam verdadeiros. Eu espero que você encontre a sua Gladdie.

 

Ela derramou sua terra na cova, e foi isso que selou a morte dele. Andy começou a trabalhar assim que eu dei um passo para trás, Aaron veio com outra pá para ajudar.

 

Eu virei lentamente para facilitar o trabalho deles, pessoas começaram a quebrar o silêncio. Voltei com ela para o colchonete estendido no chão, a coloquei lá. Eu e Doc nos ajoelhamos do seu lado.

 

— Como você está se sentindo? - Doc perguntou, tocando suas costelas.

 

Ela queria sentar, mas eu não deixei, pressionando seu ombro para baixo. 

 

— Eu estou bem, talvez eu pudesse andar...

 

— Sem necessidade de forçar. Vamos dar a essa perna alguns dias, okay? - Doc puxou sua pálpebra e iluminou com uma lanterna, eu vi o reflexo de seus olhos.

 

— Hmmm. Isso não ajuda muito um diagnóstico, ajuda? Como está sua cabeça? - Doc perguntou.

 

— Um pouco tonta. Mas eu acho que é da droga que você me deu, não do ferimento. Eu não gosto delas, eu acho que prefiro a dor.

 

Eu e Doc fizemos uma careta.

 

— O que? – Ela perguntou.

 

— Eu vou ter que te drogar de novo Peg, Desculpa.

 

— Mas... por quê? Eu não estou assim tão machucada. Eu não quero... – Ela protestou.

 

— Nós temos que te levar de volta para dentro. – Eu disse interrompendo. - Nós prometemos... que você não estaria consciente.

 

— Tapa meus olhos novamente. – Ela questionou.

 

Ele puxou a seringa do bolso, antes de explicar o por que da droga.

 

— Você conhece as cavernas bem demais. -  Doc murmurou. - Eles não querem te dar a chance de adivinhar...

 

— Mas para onde eu iria? – Peg perguntou. - Se eu soubesse o caminho? Por que eu iria embora agora?

 

— Se aplica as preocupações deles... – Respondi.

 

Doc pegou o seu pulso, ela não tentou argumentar. Ela olhou para mim, o lado oposto da agulha. Eu não gostava de ver Peg como traidora, ela não era e nunca seria isso.

 

— Desculpe. – Murmurei e ela caiu, desmaiada.

 

Eu a segurei com delicadeza, fui caminhando de volta para as cavernas. Seria bem mais fácil se ela estivesse vendada, isso me incomodava, vê-la tão largada no meu colo.

 

— Doc, parece que terei que te fazer companhia... – Escutei Kyle resmungar do outro lado.

 

Fiquei feliz com isso, eu estava pensando onde levaria Peg, mas agora eu já tinha a resposta. Sem Kyle, Peg ficaria bem melhor no meu quarto, eu poderia cuidar dela o tempo todo.

 

Entramos na abertura da caverna, todos estavam silenciosos, ainda lamentando por Walt. Escutei Jeb suspirar, ele tinha algo a dizer.

 

— Não sei se essa é a hora certa de avisar, mas não podemos esperar mais.  Pessoal, amanhã terá o julgamento de Kyle.

 

Kyle resmungou alguma coisa sem sentido, todos o ignoraram e Jeb continuou.

 

— Compareçam na sala de jogos, e lembre-se, minha casa, minhas regras.

 

— Ok. – Alguns responderam como o costume.

 

Então seria amanhã que Kyle seria julgado, isso era bem bom. As pessoas bem que podiam decidir querê-lo morto, era um peso a menos nas minhas costas, e principalmente por causa de Peg.

 

— Não acredito que eu vou ser julgado por causa dessa coisa. – Kyle resmungou.

 

— Cala a sua boca imunda Kyle! – Gritei.

 

— Calma Ian. – Doc me acalmou. – Vamos, eu preciso ver como está Peg.

 

Minha respiração estava acelerada de raiva, mas tentei relaxar.

 

— Tudo bem, vamos ao hospital.

 

Seria melhor se Doc a olhasse, Kyle deve ter dado uma baita surra com aquelas grandes mãos imundas dele. Carreguei ela até o túnel sul, e a coloquei deitada em uma das macas.

 

Doc suspirou e começou a analisá-la aos poucos, teve uma hora que ele levantou sua camiseta, e eu olhei para o lado com respeito. Não era por que ela não estava consciente que eu ia perder o respeito por ela.

 

— Desconfio que as costelas dela estejam quebradas.

 

— Kyle filho de uma mãe! Como eu odeio ele!

 

— Calma Ian, ela vai ficar boa, eu nem tenho certeza.

 

— Como você vai ter certeza Doc? – Perguntei.

 

— Com o tempo, se ela melhorar, se não doer mais depois de uns dias... ela estará bem.

 

— Tomara mesmo.

 

— Ela precisa de descanso. – Murmurou.

 

— Vou levar ela pro meu quarto.

 

Doc me encarou.

 

Peguei ela no colo novamente, tomando mais cuidado ainda. Virei minhas costas e fui andando pela porta.

 

— Ian, Ian, Ian... – Doc murmurou.

 

— O que foi? – Resmunguei.

 

— Você não está apaixonado?

 

Assustei-me com essas palavras. Eu? Apaixonado? Por Peg? 

 

— Doc eu... – A voz sumiu, eu não sabia o que falar. – Vou manter isso em mente, mas...

 

Ele não respondeu, apenas sorriu. Isso não era verdade, Peg era minha amiga. Eu não sabia o que pensar, precisava de um tempo para mim...

 

E agora não era a hora certa, eu tinha que protegê-la antes de tudo! Algo estranho estava acontecendo dentro de mim, mas também ignorei.

 

Por que eu queria tanto levá-la ao meu quarto? Por que tinha algo diferente dentro de mim?


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Notas finais do capítulo

Oiie de novo!!
No próximo o Ian leva ela para o quarto, mas quero ressaltar que ainda não rola nada... Mas esse rolo vai chegar!
Estou aqui para divulgar minhas fics de Th, muita gente nem sabe que eu as tenho e... vamos lá^^
A Buscadora, que é um universo alternativo.
Emboscada, visão do Kyle sobre esse cap.
O'Shea brothers, contada pelo Pdv do Ian, sobre como ele encontrou a caverna de Jeb.
Não rápida o bastante, contada por Jamie quando ele descobriu que a Mel não voltava mais.
Minha casa, minhas regras, do Jeb, como ele achou a Jebs'Cav...
E é isso^^
Kissus