Tudo começou quando você viajou para casa de sua tia no inicio das férias sem sobre aviso. Estava sem rumo chorando porque acabará de discutir com minha mãe e resolvi lhe procurar. Fiquei receosa em bater em sua casa, pois já era tarde, mas não tive escolha, não queria dormir em casa e a outra opção era dormir em algum banco de praça.

 Aquela noite fria sem duvida ficaria guardada em minha mente.

Cheguei à calçada de sua casa e reparei que a única luz acesa na casa era a do quarto de seu irmão então bati, e foi ele em que atendeu.

-Anne o que faz aqui há essa hora? –Indagou abrindo a porta para eu entrar.

-Sua irmã esta?

-Não. Ela decidiu de ultima hora passar as férias na casa de minha tia. Algum problema? –Indagou vendo minha expressão pálida e minhas pálpebras inchadas.

-Não! Já vou indo. –Disse abrindo a porta pensando para onde iria.

-Espere! Não vou deixa - lá sair nesse frio. Já esta tarde, durma aqui.

-Não vou te incomodar?

-Não, agora suba e tome um banho. Levo-te a toalha e arrumo o quarto de Rebeca para você dormir. Também quero saber o que aconteceu! Você não me engana. –Disse com seu sorriso estonteante.

Corri e o abracei em forma de agradecimento sentindo o seu perfume embriagante. Eu o via como um irmão mais algo aconteceu àquela noite que um simples abraço despertou algo em mim. Soltei-lhe mesmo relutando contra mim mesma e subi indo ate o quarto de Rebeca para tomar meu tão desejado banho.

Ao sair do box minha toalha estava em cima da penteadeira que havia no banheiro. Estava tão distraída que nem percebi que lá ele havia entrado.

Ao sair ele estava sentado na cama me observando.

Sorri para ele e comecei a relatar minha briga com minha mãe. A todo o momento ele mostrava interesse o que me deixava fascinada. Com o tempo já havia esquecido completamente o ocorrido e estava sorrindo novamente conversando sobre gostos em comum que sempre tivemos. As horas passavam e nos nem percebíamos.

Eu e Pietro resolvemos descer e comer algo. Ele foi descendo as escadas na frente e eu por um pequeno descuido tropecei no carpete caindo sobre ele, mais seus braços fortes me seguraram a tempo de impedir tal tragédia. Ele me prendeu em seus braços de forma em que nossos rostos se encontravam e podíamos sentir a respiração ofegante um do outro me fazendo confessar para mim mesma que estava irrevogavelmente apaixonada pelo irmão de minha melhor amiga.

-Não da mais! –Disse ele me despertando daquele transe profundo

-Não da mais o que? – Indaguei curiosa.

-Não da mais pra fingir que não sinto nada por você!

-Ele me prendeu em seus braços me beijando de uma forma suave e apaixonada.

Passamos as férias juntos! Então, sobre o seu irmão mais velho...

-Não precisa dizer mais nada! Estou feliz por vocês. –Disse rebeca me abraçando de uma forma calorosa.