Quando Ela Conta a História escrita por Hidden M


Capítulo 14
Cicatrizes


Notas iniciais do capítulo

Gente, eu devo desculpas a todas vocês. Perdoem-me pela demora absurda em postar, mas juro que insisti o quanto minha rebelde inspiração permitiu. Queria muito agradecer à todas as que comentaram, a ainda mais a todas que continuam comigo, em especial à MelPotter, que postou review mesmo achando que eu não ia continuar. E muito obrigada à muito mais do que simplesmente minha beta, LudmilaH, uma das melhores autoras que eu conheço e que é sempre quem está me cobrando capítulos novos. Agradeçam a ela por esse.
Ah e finalmente achei um título bonitinho para a história. Não gostava do outro --'
Enjoy, girls.



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McGonagall tinha a expressão mais abalada do que nunca.

_ Molly e Arthur estão a caminho – ela disse, olhando para Rony e para mim.

A notícia devia me acalmar, mas eu me preocupava com a reação deles. O que iriam pensar sobre Gui ter sido atacado? Mamãe iria chorar, é claro, e papai ficaria arrasado, mas provavelmente diria que Gui é da Ordem e que estava ciente dos riscos. Mas e nós? E se eles fizessem como vários outros pais, que achavam que a escola não era mais segura, nos tirando de Hogwarts? E se também temessem o rumo que as coisas estavam tomando?

Rony, olhando para Gui com o olhar vidrado, parecia pensar a mesma coisa.

A professora tornou a falar.

_ Harry, que aconteceu? – perguntou ela, virando-se para encará-lo. – Segundo Hagrid, você estava com o professor Dumbledore quando ele... – ela engoliu em seco. –... quando aconteceu. Ele diz que o professor Snape esteve envolvido em alguma...

_ Snape matou Dumbledore.

McGonagall parecia prestes a desmaiar. Ela se largou na cadeira que Madame Pomfrey acabara de conjurar, arfando.

_ Snape – a professora sussurrou, quase inaudivelmente. Ela chorava. – Todos nos perguntávamos... mas ele confiava... sempre... Snape... não consigo acreditar...

_Snape era um Oclumente excepcionalmente talentoso. Sempre soubemos disso – disse Lupin, sério. Sua voz era sombria, e eu me peguei pensando em como Harry voltava das aulas com ele no ano anterior, depois do ataque no Ministério. Era verdade que eu nunca tinha gostado do professor puxa-saco da Sonserina, mas trair a escola? Matar o diretor? Parecia demais para acreditar.

Eu me virei involuntariamente na direção da voz de Harry, que falava pela primeira vez em minutos, mas não estava realmente prestando atenção no que dizia. Suspirei baixinho. Madame Pomfrey não dizia nada sobre Gui, Lupin se recusava a dar mais detalhes e eu estava ali, sem saber o que havia acontecido com o meu irmão, mesmo a duas camas de distância. Papai e mamãe deviam conseguir extrair detalhes, mas enquanto eles não chegavam, tudo o que eu poderia fazer era esperar. Tentei prestar atenção no que diziam, mas nada daquilo era novidade; só repetiam o que todos nós já sabíamos, mas estávamos horrorizados demais para acreditar...

_ Meti os pés pelas mãos, Harry – disse Rony quando Harry revelou a estratégia de Malfoy para entrar no castelo. – Fizemos o que você pediu: consultamos o Mapa do Maroto e não vimos o Malfoy, e pensamos que devia estar na Sala Precisa, então eu, Gina e Neville fomos montar guarda... Mas Malfoy conseguiu passar por nós.

O tom dele era amargurado. Eu sabia o que Rony estava sentindo. Agora que sabíamos que Harry tinha razão todo o tempo, era difícil não se sentir frustrado. Se tivéssemos conseguido barrar a saída de Malfoy, nada daquilo teria acontecido... E Dumbledore ainda estaria ali.

_ Ele saiu da Sala mais ou menos uma hora depois que começamos a vigiar – falei, a lembrança clara em minha mente. – Estava sozinho, segurando aquele horrível braço seco...

_ A Mão da Glória – disse Rony. – Só o portador enxerga, lembram?

_ De qualquer forma, ele devia estar conferindo se a barra estava limpa para deixar os Comensais saírem...

Rony e eu continuamos a narrar, interrompendo um ao outro, e então foi a vez de Hermione. Ela contou sobre Snape e como ele a tinha enganado para que pudesse escapar, estuporando Flitwick e fingindo que ele tinha passado mal. Lupin defendeu-a de suas próprias condenações, e ele e Tonks falaram sobre o que tinha acontecido antes de Harry chegar. Eu podia ver tudo o que diziam... O Comensal morto... Gui atirado ao chão, sangrando... A barreira mágica que ninguém conseguia atravessar...

_ Nenhum de nós conseguiu passar – Rony disse. –, e aquele Comensal grandalhão continuava a disparar feitiços para todo lado, que ricocheteavam nas paredes e por um triz não nos atingiam...

_ Então, Snape estava ali – disse Tonks. – e em seguida não estava...

_ Vi quando ele veio correndo em nossa direção – afirmei, imaginando sua capa esvoaçante sumindo pela barreira aparentemente intransponível. – Mas logo depois, o feitiço daquele enorme Comensal passou por mim, sem me atingir – Graças à Felix Felicis, completei em pensamento. –, me abaixei e perdi noção do que estava acontecendo.

_ Vi Snape atravessar a barreira mágica como se ela não existisse. Tentei segui-lo, mas fui jogado para trás exatamente como Neville...

À menção de seu nome, Neville se mexeu em seu leito, mas Lupin não percebeu.

_ Ele devia conhecer um feitiço que desconhecíamos – comentou McGonagall, a voz muito baixa. – Afinal de contas... ele era o professor de Defesa Contra as Artes das Trevas... presumi que estivesse correndo no encalço dos Comensais da Morte que tinham fugido para o alto da Torre.

_ E estava, mas para ajudar, não para deter os Comensais – disse Harry, a raiva transbordando em suas palavras. – E aposto como era preciso ter uma Marca Negra para atravessar aquela barreira... então que aconteceu quando ele voltou?

Olhei para Hermione de relance. As lágrimas ainda corriam por seu rosto, não sei se de arrependimento por ter deixado Snape escapar ou por medo do que viera e estava por vir. Eu virei as costas. Não podia chorar também. Se havia uma hora para ser forte, era aquela.

_ Simplesmente os deixamos passar – disse Tonks tão baixinho que niguém a teria ouvido se a enfermaria não estivesse mergulhada no mais absoluto silêncio.  – Pensamos que estavam sendo perseguidos pelos Comensais, e, no momento seguinte, os outros Comensais e Greyback estavam voltando e recomeçando a lutar, pensei ter ouvido Snape dizer alguma coisa, mas não entendi...

_ Ele gritou “Acabou” – disse Harry sombriamente. – Tinha feito o que pretendia.

Então tudo saíra como planejado. Era ainda mais frustrante saber que poderíamos ter impedido todo aquele desastre. Hogwarts mostrava sinais de destruição por toda a parte; paredes desabadas, vidros quebrados, o Salão Principal revirado, as pedras das ampulhetas das casas jorrando pelo chão... O caos tomara conta da escola. E Dumbledore não voltaria para pôr um fim naquilo.

Desde a Câmara Secreta, não houvera perigo tão grande de fecharem a escola. Havia medo demais no mundo bruxo desde o ressurgimento de Você-sabe-quem; haveria ainda mais alunos sendo levados embora pelos pais. Especialmente depois daquela noite. Já podia ver os jornais: Hogwarts não é mais segura. Se até mesmo Alvo Dumbledore, o único bruxo que Você-sabe-quem temia, estava morto, o que daria às pessoas esperança de que poderiam sobreviver?

Dei um pulo quanto as portas se abriram. O eco da canção da fênix parecia ter mergulhado todo mundo num torpor; mas eu logo acordei quando vi quem eram às pessoas à porta. McGonagall, recuperando-se do susto, levantou-se para receber os meus pais. Logo atrás, vinha a Fleuma; mesmo parecendo preocupada, ela continuava enchendo a sala de luz com sua maldita descendência veela.

_Molly... Arthur... – começou ela com voz pesarosa. – Lamento muito...

Mamãe a ignorou, assim como ao resto de nós, ao colocar os olhos no meu irmão. Sua voz era algo entre um grito e um sussurro.

_ Gui... Ah, Gui!

Ela correu para o leito dele, quase empurrando Tonks e Lupin no caminho, e beijou a testa dele. Papai continuou onde estava, assim como Fleur.

_ Você disse que Greyback o atacou? – perguntou ele à professora, parada ao lado dele. – Mas não estava transformado? Então, que significa isso? Que acontecerá ao Gui?

_ Ainda não sabemos – disse a professora, e Lupin completou:

_ É provável que haja alguma contaminação, Arthur. É um caso raro, provavelmente único... – falou ele com o máximo de delicadeza. – Não sabemos qual será o comportamento dele quando acordar...

Ninguém reparou, mas, quando Lupin disse isso, Fleur deixou o queixo cair, a expressão horrorizada. Ela, que antes olhava para Lupin, passou a encarar Gui. Suas mãos tremiam.

Eu não podia acreditar naquilo. Ela estava com medo? Do que ele se tornaria, de como a maldita mordida de Greyback o afetaria? Meu sangue ferveu. Então a Fleuma perfeitinha só aceitaria o meu irmão do jeito que ela queria. Grande amor, o que ela dizia sentir.

Aprumei-me na cadeira. Não conseguia prestar atenção em mais nada. Estreitei os olhos, encarando-a com desgosto. Então eu estava certa o tempo inteiro sobre a Fleuma. Eu devia saber que ela não queria nada sério com Gui. Porque, afinal de contas, que tipo de casamento sobrevive se antes mesmo da cerimônia a noiva repudia o que o noivo se tornou?

A lamúria interminável de minha mãe foi a única coisa que conseguiu me arrancar da minha raiva. Ela continuava chorando por sobre Gui, as lágrimas vindo incessantemente, os lamentos desnecessariamente agourentos. Ela estava deixando todo mundo ainda pior.

_ É claro que a aparência não conta.. Não é r... realmente  importante... Mas ele era um g... garotinho tão bonito... E ia se... se casar! – soluçou ela, ainda fitando o rosto dele.

Então a voz irritada de Fleur, até então em absoluto silêncio, assustou a todos. Eu, particularmente, achei que ela só falaria para dizer que não era aquele homem que tinha escolhido para marido, que não ia tolerar a mínima possibilidade de ter um lobisomem em casa, que tudo tinha sido uma peça de muito mau gosto do destino, um engano absurdo, que ela tinha confundido as coisas, ou outras baboseiras desse tipo dirigidas à nossa família. Mas ela falava diretamente para a mamãe, com uma dureza que eu nunca tinha ouvido em seu tom.

_ E qu é qu a senhorr querr dizerr com isse? O qu querr dizerr com “el ia se casarr”?

Mamãe parecia tão surpresa quanto o resto de nós.

_ Bem... Só que...

_ A senhorra ache qu Gui vai desistir de casarr comigue? – perguntou ela, a respiração se acelerando de fúria. – A senhorra ache qu por côse desses morrdides, el non vai me amarr?

Minha mãe estava visivelmente assustada.

_ Não, não foi o que eu...

_ Porrqu ele vai! – cortou Fleur, praticamente atirando as palavras para ela. – Serrá precise mais qu um lobisome para fazerr Gui deixarrr de me amarr!

Mamãe, surpreendentemente, tentava se defender.

_ Bem, claro, tenho certeza... Mas pensei que talvez... Visto que... que ele...

_ A senhorr pensô qu eu non ia querrer casarr com el’? U err’ esse a su esperrance? – Fleur parecia crescer enquanto despejava sua raiva, perdendo o controle. – Qu me imporrte a aparênce del? Ache qu sou bastante bonite porr nós dois! Todes esses marrcas mostrram qu me marride é corrajose! E eu é qu vou fazer isse! – completou ela, empurrando mamãe para o lado e tomando a vasilha de unguento das mãos dela. Todos assistiam à cena, estarrecidos, sem dizer uma única palavra.

Àquela altura, toda a minha raiva estava esquecida. Fleur estava enfrentando minha mãe para defender seu casamento. Eu sempre pensara nela como uma princesinha fresca, um projeto de veela que desfilava por aí com o único propósito de deixar os garotos babando pela sua beleza. Mas eu não podia negar que ela era corajosa. E, infelizmente, também não podia duvidar que ela amava meu irmão. Encarar Molly Weasley era para poucos.

Isso não queria dizer, é claro, que eu gostava dela. Aquele era o tipo de situação em que mamãe ficava irada e começava a berrar com as pessoas, e eu iria adorar ver a Fleuma desviando de suas azarações.

Mas mamãe não fez nada. Depois de muito tempo em silêncio, ela apenas disse, o tom receoso e a voz o mais doce possível:

_ Nossa tia-avó Muriel tem uma linda tiara, feita pelos duendes, e estou segura que posso convencê-la a lhe emprestar para o casamento. Ela gosta muito do Gui, entende, e a tiara ficaria muito bonita em seus cabelos.

Fleur parecia se esforçar muito para não piscar.

_ Muite obrrigade – respondeu ela, o rosto estranhamente franzido. – Tan certez de qu ficarrá bonite!

Ela e mamãe se encararam por um momento, as expressões idênticas. E então, sem nenhuma explicação, as duas se abraçaram e começaram a chorar juntas, de gratidão e de pesar, como se nunca tivesse havido rixa alguma entre elas.

Eu olhava a cena estarrecida. Sem gritos? Sem olhares mortais, sem feitiços raivosos sendo lançados para todos os lados? Eu já não me surpreenderia se o mundo acabasse naquela noite. O que mais faltava acontecer?

Me virei para Hermione, que tinha a mesma expressão de incredulidade. Ela também tinha visto as duas se estranharem durante todo o verão. O que estava em nossa frente simplesmente não podia estar acontecendo. Minha mãe e Fleuma? Se entendendo?

Toda a enfermaria encarava as duas sem acreditar. Ninguém sabia o que dizer. “O amor faz milagres, aí está a prova”, “Sabia que no fundo vocês gostavam uma da outra”, “Alguém pode me explicar o que está acontecendo?”. Nada parecia adequado. E então a voz de Tonks, tão quieta depois da chegada dos meus pais, se elevou sobre os soluços das duas à minha frente. Ela demonstrava irritação.

_Está vendo? – disse ela para Lupin – Ela ainda quer casar com Gui, mesmo que ele tenha sido mordido! Ela não se incomoda!

Ela tinha a mesma expressão de dor que eu e Mione víramos em seus olhos nas férias de verão. Era impossível não notar sua tristeza quando nos encontrávamos a toda hora pelos corredores d’A Toca; quando ela finalmente decidiu nos contar o motivo, já tínhamos percebido grande parte do que estava acontecendo. Hermione, na época, sustentara firmemente que ele também a amava e que os dois ainda ficariam juntos. Eu concordava com a primeira parte. Ante a insistência de Lupin em negar o que sentia, não podia afirmar a segunda.

_ É diferente – respondeu Lupin amargamente, com um tom de quem faria tudo para não ter que dizer aquilo. – Gui não será um lobisomem típico. Os casos são completamente diferentes...

_ Mas eu também não me incomodo! – exclamou Tonks, desesperada, começando a sacudi-lo. O tom de sua voz me surpreendeu. Olhei novamente para Hermione, para quem, assim como para mim e para a maioria dos adultos ali presentes, a situação não era nenhuma novidade. Ela assentiu, como se soubesse desde sempre que aquilo iria acontecer. É claro que Tonks não poderia aguentar todo aquele sofrimento para sempre. – Nem um pouco! Já lhe disse isso um milhão de vezes...

Apesar da proximidade, Lupin se recusava a olhar para ela.

_ E eu já disse a você um milhão de vezes que sou velho demais para você... pobre demais... perigoso demais...

_ E tenho lhe dito que o tempo todo que sua atitude é ridícula, Remo – minha mãe se interpôs. Ela era a que mais sofria ao ver Tonks definhando e se recusando a comer. Além do mais, mamãe não conseguia ver algo fora do que achava certo. Por um segundo, eu sorri. Daquela vez ela tinha razão em ser insistente.

_ Não estou sendo ridículo. Tonks merece alguém jovem e saudável.

_ Mas ela quer você – retrucou meu pai, espelhando meu sorriso momentâneo. – Afinal de contas, Remo, os homens jovens e saudáveis não permanecem assim para sempre – observou ele, indicando meu irmão com o olhar.

Lupin parecia querer sumir sob a pressão dos olhares.

_ Esse não... não é o momento certo para discutir o assunto... Dumbledore está morto...

_ Dumbledore teria se sentido o mais feliz dos homens em pensar que havia um pouco mais de amor no mundo – retrucou a professora McGonagall.

Então ele deve estar feliz, pensei, observando Lupin, que ainda não erguera a cabeça, e Tonks, que o encarava como se ainda esperasse que ele se levantasse e dissesse a resposta que ela queria ouvir. Do outro lado da sala, Fleur, abraçada com minha mãe e alheia a toda a conversa que viera depois, tinha os olhos vigilantes em Gui, a expressão tão cheia de ternura que eu achava difícil odiá-la naquele momento. O amor fez milagres aqui hoje. Talvez o diretor tivesse razão. Talvez aquele fosse o sentimento mais poderoso que existia. Talvez fosse capaz de tudo.

Não pude evitar olhar para Harry em busca de uma confirmação. Mas, assim que o fiz, percebi que não seria tão simples assim. Observei sua expressão enquanto ele ouvia atentamente as palavras de Hagrid, que acabara de entrar: o pesar dera lugar à determinação. Era o que eu mais gostava nele, a capacidade de tomar os problemas nas mãos e resolvê-los quando era necessário. Mas também era, naquele momento, o que mais me preocupava. Ele sempre combatia o que achava errado. E, naquele momento, havia mais Comensais à solta do que em meus piores pesadelos. Harry e Voldemort eram inimigos declarados. E eu tinha certeza, como tinha de quem eu era, como tinha de que eu o amava, que ele jamais deixaria que eu tomasse parte naquela batalha. Que ele se afastaria, mais uma vez, para defender todo mundo. Quando Sirius morrera, Harry ficara destruído; mas não fora nada comparado à morte de Dumbledore. Eles se conheciam há mais tempo e nunca haviam sido só aluno e professor. Ele não suportaria outro baque daqueles.

Fiquei olhando inexpressivamente enquanto a professora McGonagall se levantava e saía acompanhada por Hagrid e Harry, que disse algo que eu não entendi para Rony, Hermione e eu antes de se retirar. Acho que ouvi algo sobre o Ministro e uma reunião com os diretores das Casas. Não tenho certeza. Desviei o olhar das portas que eu encarava há minutos para a janela, para a noite escura de onde eu ainda podia ouvir, bem baixinho, o canto da fênix. Suspirei. Era grande a ironia de saber que, apesar das palavras de Dumbledore, a certeza de que Harry me amava, naquele caso, não mudaria nada no que estava por vir.


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Notas finais do capítulo

Fics simplesmente GENIAIS e absolutamente fiéis ao livro que me ajudaram a escrever essa história:
Um Longo Passeio Pelos Terrenos: (http://fanfiction.com.br/historia/49937/Um_Longo_Passeio_Pelos_Terrenos/) - Conta em detalhes a primeira conversa de Harry e Gina, tão perfeitamente que parece que foi a própria J.K. quem escreveu.
A Chegada da Primavera:
(http://fanfiction.com.br/historia/60306/A_Chegada_Da_Primavera_-_H_G/) - Já ficou curiosa para saber qual a reação dos Weasley com o nascimento de James Sirius Potter? Então leia a história da Ale, e mate a saudade dos Weasley. Realmente um achado, essa fic.
Espero que gostem tanto quanto eu. E gente, o próximo em hipótese nenhuma vai demorar tudo isso. Metade do 15 já está escrito =] Quem sabe ainda esse ano? Se não der, escrevo nas férias e em janeiro tá fresquinho =p