Seth

- Por favor, Lena. Não é isso que você ta pensando. - tentei me explicar, mas ela não deixou, ela saiu correndo. - Não! Espera, Lena! - gritei para ela parar.

- Deixa ela, Seth. É melhor assim. - Killa disse. O que ela ainda esta fazendo em cima de mim?

- Sai daqui, garota. - tentei controlar minha força tirando ela de cima. Mas tenho que admiti que foi a primeira vez que quis bater em uma mulher. - Você não sabe o que esta falando. - ouvi o barulho da moto. Lena estava indo. Coloquei a mão na cabeça, não sabia o que fazer. Eu vacilei, não era para eu ter deixado ela entrar. - Killa, sai daqui. - pedi em voz baixa, não podia ficar nervoso.

- Seth, deixa ela ir. Você não precisa dela. Não sei o que você viu naquela garotinha sem graça. - ela disse.

- Escuta bem, e eu só vou falar uma vez. - eu gritei segurando seus braços. - Nunca mais fale assim dela, você esta ouvindo? Nunca mais!

- Seth, você esta me machucando. - ela reclamou. Soutei seus braços.

- Já pedi para você sai daqui, Killa. Não quero te machucar. - disse sentindo minhas mãos tremerem.

- Killa? - Leah apareceu na porta. - O que ela esta fazendo aqui?

- Depois eu explico. Só tira ela daqui. - disse passando por ela.

- Onde você vai? - Leah perguntou.

- Conserta uma burrada. - gritei enquanto corria para fora de casa. Tinha que ter feito isso antes, mas não queria deixar aquela... garota sozinha na minha casa.

Lena

Idiota, idiota, idiota, idiota. Como você é burra, Lena. Por que você foi lá para conversa com ele? Para de bancar a boazinha, já chega! Disse a mim mesma enquanto tentava volta para casa do Sam. Só não fazia a mínima ideia se estava indo na direção certa. Mesmo assim continuei. Notei que meus braços estavam tremendo. Meu peito estava doendo, as lágrimas não paravam de cair e a cena daquela garota em cima do Seth não saia da minha mente.

Consegui chegar, mas percebi que não tinha ficado feliz com isso. Não podia entra do jeito que eu estava. Sam não ia me deixar em paz enquanto eu não contasse o que aconteceu. Precisava ficar sozinha.

- Lena! - ouvi me chamarem. Eu sabia que era o Seth, mas não me virei. - Espera! - ele voltou a gritar, a foz dele estava mais perto. Corri para dentro de casa. Empurrei a porta com toda a minha força.

- Hei! - Sam exclamou. - Cuidado, você vai... - ele parou de falar quando me viu. Para piorar, todos os amigos do Sam estavam lá também. - O que aconteceu? - Sam se levantou.

- Lena. - Seth apareceu atrás de mim.

- Sai daqui! - gritei batendo a porta na cara dele, mas ele segurou.

- Você pode fazer isso depois se quiser, mas eu preciso falar. - ele disse abrindo a porta. - Aquilo que você viu...

- Eu não quero ouvi, Seth. Eu já vi, não preciso de detalhes.

- Não é isso, Lena. Por favor. - ele estava com cara de triste. Mas eu já sabia que era um joguinho, não ia cair nessa novamente.

- Se você quer tanto falar, vai lá falar com a Killa, aposto que ela ta la te esperando. - gritei. - Ah não, que ingenuidade a minha, por que vocês iriam falar se estavam fazendo coisa muito melhor que isso, não é? - ironizei, antes de me virar para ir para meu quarto, não queria ficar olhando para o Seth, estava sendo difícil falar com o joguinho que ele estava fazendo de: “estou sofrendo mais do que você”.

- Não. - ele disse me puxando de volta. Não sei o por que, mas eu acabei me descontrolando. Quando ele me puxou de volta e joguei minha mão com tudo no rosto dele. O barulho foi muito alto, mas não tão forte quanto a dor que eu senti.

- AAii. - me abaixei no chão segurando minha mão. Era como se eu tivesse batido com força na parede.

- Lena. - Sam exclamou vindo até mim.

- Meu amor. - Seth se abaixou, como se nada tivesse acontecido? - Você esta bem? - ele perguntou, aparentemente preocupado.

- Você... você... não era para eu ter te machucado?

- Me machucou, mas de maneira diferente. - ele tocou em meu rosto.

- Não encosta em mim. - afastei sua mão do meu rosto. - Ai! - exclamei quando Sam pegou na minha mão.

- Você deslocou o pulso. - ele avisou mexendo na minha mão.

- Era para ter quebrado, ouviram o estalo que deu quando ela bateu no Seth? - Embry começou a falar. Já tinha me esquecido que eles estavam por la.

- Me desculpa, Lena. Eu preferia que você tivesse quebrado minha cara. - ele disse como cara de triste.

- Seth, segura o braço dela. - Sam pediu.

- Não! Eu não quero que ele encoste em mim. - falei. Sam revirou os olhos.

- Jake. - ele chamou. - Segura aqui por favor. - Sam pediu. Percebi um pequeno sorriso em Jake enquanto ele estava se aproximando.

- Foi show o soco que você deu nele. - Jake falou quando segurou meu cotovelo. - Pena que ele não sentiu nada. Ia ser engraçado ver o Seth ir de cara no chão. - ele continuou falando. - Vou te dar a mesma dica que dei a Bella uma vez, da próxima vez tenta bater com um taco de basebol. - ele disse divertido. Olhei espantada para ele. Mas tenho que admiti que o fato do Seth não sentir nada me intrigou. Como alguém não sente um soco daquele? Sam interrompeu meu pensamento quando puxou meu pulso para o lugar.

- AAhh! - gritei tentando tirar minha mão da dele, mas Sam não deixou.

- Espera, vou ter que enfaixar. - ele disse depois que a Emy apareceu com um pano. - Pronto! - ele disse quanto acabou, Jake já tinha largado meu braço.

- Não se preocupe, você ainda tem a outra mão e duas pernas. - Jake disse rindo enquanto se levantava. Seth olhou serio para ele. Sam revirou os olhos.

- Você pode por favor não tentar bater no Seth novamente. - Sam pediu.

- Deixa que a gente faz isso para você. - Quil se meteu.

- E ainda pode escolher o lugar onde quer que ele apanhe. - Paul entrou na brincadeira deles.

- Eu não quero que ninguém apanhe. Eu acabei me excedendo, não era para eu ter feito isso. - disse baixo. - Não ia ficar feliz se eu tivesse machucado ele. - Admiti.

- Não se preocupe comigo. - Seth segurou na mão que não estava machucada. Mas eu tirei rapidamente.

- Não estou preocupada com você. Eu estava pensando em Sue, ela iria ficar triste, e ela não merece. Se fosse só por você eu não estaria nem aí. Sua sorte que não tia uma pedra na minha frente. - falei. Ele me olhou nos olhos.

- Talvez fosse melhor, acho que ia doer menos. - ele falou se levantando e esticou a mão para me ajudar a levantar.

- Não precisa, eu só machuquei a mão, não sou uma inválida. - disse me levantando. Posso ter exagerado, mas eu realmente estava irritada. Não conseguia tirar da mente o sorrisinho de vitória que a Killa deu quando me viu na porta da casa dele.

- Queria muito que me deixasse te explicar. - Seth tentou novamente.

- O que você quer falar? Que foi um acidente? Ela caiu em cima de você sem querer? - perguntei ironicamente. Ele fez careta.

- Foi exatamente isso. - ele disse. Eu cruzei os braços.

- Essa desculpa é velha, tenho certeza que você consegue mentir melhor que isso.

- Não é mentira, eu não...

- Seth, para! Já chega! Não quero mais ouvi, não acredito. - voltei a gritar. - Sai daqui, vai ficar com a Killa. Não quero mais saber de você. - essa ultima frase eu disse baixo. Ele enrijeceu. - Seth, por favor, não quero mais falar com você. - voltei a me virar para ir para o quarto, mas dessa vez ele não impediu.

Eu pensei que ele fosse impedi. Mas por que eu estou reclamando? Eu não quero falar com ele mesmo. Entrei no quarto e fechei a porta, mas não me mexi, fiquei parada em pé como uma estátua viva.

Não estava acreditando que isso estava acontecendo comigo, eu pensava que essas coisas só aconteciam em séries, mas não, isso aconteceu comigo. Me sentei no chão e segurei minhas pernas com meus braços.

Por que ele fez isso comigo? Por que ele me enganou? Era só terminar, eu ia entender. Hum! Quem eu estava enganando? Eu preciso dele, eu o amo. Eu o amo? Amo mesmo ele tendo feito isso comigo? É, eu devo ser mesmo masoquista.

Levantei do chão e fui para cama. Me cobri até a cabeça, eu queria me esconder. Me encolhi ali deitada. O pior é que eu estava sentindo falta do Seth, ele sempre ficava comigo. Droga, Lena. Para de pensar nele! Me repreendi.

Fechei meus olhos com força para tentar dormi e esquece isso, mas não estava adiantando, eu pensava ainda mais quando eu tentava não pensar. Eu não acredito, o Jordan tinha mesmo razão. Peguei o celular que estava na minha bolça no chão e comecei a escrever.

É, VOCÊ TINHA RAZÃO. ELE ME ENGANOU.

ERA TUDO MENTIRA, ELE NÃO ME AMAVA.

NÃO SEI POR QUE NÃO TE OUVI,

VOCÊ TENTOU ME AVISAR E EU SIMPLISMENTE IGNOREI.

ME DESCULPE, JORDAN.

NÃO QUERIA TER FICADO CHATEADA COM VOCÊ NAQUELE DIA.

EU TE AMO, AMIGO. SINTO SUA FALTA, DE TODOS VOCÊS.

LENA.

Escrevi a mensagem para ele e mandei. Eu sabia que ele não estava chateado, mas eu devia isso a ele. Jordan quis me avisar e eu não ouvi. Depois de pensar por mais alguns minutos eu consegui cochilar, por pouco tempo, mas cochilei.

Acordei quase uma hora depois. Desejei com toda a minha força que aquilo tudo fosse um estupido sonho idiota, mas não, não era. Seth estava mesmo se agarrando com aquela garota ridícula no sofá dele.

Já chega, lena. A partir de agora você esta proibida de pensar nele. Decidi! Como se isso fosse fácil. Me levantei da cama e peguei um casaco, eu precisava sair dali de dentro, estava com o cheiro dele no meu travesseiro.

Coloquei a mão na maçaneta para abrir a porta e me lembrei que provavelmente ele iria esta na sala. Não, não vou sair por aqui. Fui até a janela abri e pulei. Sabia que quando o Sam descobrisse ele iria ficar irritado, mas depois eu ia resolver isso.

Consegui sair da casa quase sem fazer barulho, eu já estava acostumada a fugir, estão não foi muito difícil. O único problema era, para onde eu iria agora? Fiquei parada um tempinho pensando em algum lugar para eu ir, e logo me veio o penhasco na mente. Perfeito, é tranquilo e agora não deve ter ninguém por la.

Olhei para o lado e vi minha moto, mas me lembrei que não podia ir com ela. O pessoal ia ouvi o barulho. Tive que ir andando. Comecei a andar em passos largos, iria demorar.

Depois de dez minutos andando me lembrei a que a Tara me mostrou um caminho dentro da floresta, ta certo que ela tinha me pedido para eu não usar esse caminho sozinha pois eu podia me perder, mas não achei tão difícil assim, então resolvi encarar.

Consegui me enfiar na floresta, mas parei para ter certeza que esse era mesmo o lado certo. Olhei para os dois lados.

- É, acho que é por aqui mesmo. - disse para mim mesma. Mas antes de voltar a andar eu senti uma coisa estranha no meu pé. Olhei para baixo e me deparei com uma aranha caranguejeira enorme bem o meu pé. - AAAAAAAAAAAAAAhhhhhhh! - gritei feito uma desesperada antes de correr dali. Corri o mais rápido possível, só parei quando tropecei e cai no chão.

- Ai. - gemi quando meu corpo bateu no chão. Definitivamente hoje não era para eu te acordado. Escutei um barulho estranho, enquanto eu estava levantando, vindo de trás de uma árvore. - Quem ta aí? - perguntei um pouco assustada. Deve ser um dos rapazes tentando me assustar. - Isso não tem graça, aparece logo! - falei tentando me aproximar, mas senti meu pé doer. - Ai não, de novo não. - reclamei quando vi que eu tinha machucado meu pé, mas logo me distrai ouvindo outra vez o barulho vindo da árvore. Oh meus céus! O que é isso?! Olhei de volta para o lugar de onde vinha o barulho. Meus céus! Isso é um... um... mostro?

Continua...