Nosso Amor não Foi Feito para Acabar escrita por BeLiza


Capítulo 25
Tome cuidado


Notas iniciais do capítulo

Vamos coninuar? Vamos!!



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Lena

 

 

- Preciso ir, Juan. Estou muito tempo aqui. Falei que não ia demorar. - disse depois que encerramos a conversa.

 

- Eles sabem que você está aqui?

 

- Não. - disse sem graça. Ele sorriu. - Por isso devo ir logo.

 

- Eu te levo. - ele disse.

 

- Não precisa, não quero correr o risco de acontecer o mesmo que naquela noite. - eu lembrei.

 

- Não acho seguro te deixar ir assim. - ele disse colocando as mão na cintura. Revirei os olhos.

 

- Vou ficar bem, acredite. - disse.

 

- Está bem, mas por favor, tome cuidado. - ele disse segurando meu cotovelo com sua mão fria. Acho que não estava mais acostumada com isso.

 

- Prometo. - disse. - Vou pegar meu capacete.

 

- Deixa que eu pego. - ele disse antes de sumir, mas voltou em menos de um segundo. - Tem certeza que não quer que eu te leve?

 

- Tenho sim, vou sozinha. - disse pegando o capacete. - A gente se vê. - disse subindo na moto.

 

- Tchau. - ele acenou. Dava para notar o receio que ele tinha em me deixar ir sozinha.

 

Sai de lá com minha moto. Olhei, mais uma vez, rapidamente, para a casa com grandes janelar de vidro, enquanto passava por ela. Era impressionante como era bonita. Será que está a venda? Pensei enquanto continuava meu caminho, já estava ficando tarde, Sam já devia está em casa. Eu ia ouvir. Acelerei o máximo que pude, precisava chegar rápido em casa. O que eu não esperava era ouvir o som de uma sirene me seguindo. Eu já estava em Forks. Olhei para trás e vi o xerife acenar, de dentro da viatura, para eu parar. Droga! Parei assim que pude.

 

- Não acredito, minha primeira multa. - resmunguei assim que a viatura parou atrás da minha moto. - Eu nem tava correndo tanto. - tirei o capacete.

 

- Helena? - ouvi o xerife falar. Me virei. Opa!

 

- Oi, Charlies. - o cumprimente, possivelmente com meu rosto ruborizado, por está sem graça.

 

- O que você está fazendo aqui de moto, e em alta velocidade? - ele se aproximou.

 

- Fui dar uma volta, não queria ficar presa em casa. - falei na maior cara de pau.

 

- Você não está machucada? - ele me lembrou, já ao lado da minha moto.

 

- Um pouco, mas não é nada de mais.

 

- Um ataque de urso não é nada de mais? Helena, você teve muita sorte por sobreviver. - ele disse.

 

- É, eu sei. Mas estou bem, verdade. Pode olhar. - falei. O estranho é que ele olhou.

 

- Acho que não está tão bem assim. - ele disse olhando para o meu machucado. - Você está sangrando.

 

- O que? - exclamei tentando olhar para minhas costas.

 

- Não se preocupe, já parou. Você deve ter se mexido de uma maneira errada. - ele disse vendo minhas costas. - É melhor ir para casa cuidar disso.

 

- Eu já estava indo. - disse ajeitando o meu casaco. - Vai me multar? - perguntei rezando que ele não multasse. Charlie voltou a colocar a mão na cintura.

 

- Deveria, mas não. Vou te levar para casa. - ele avisou. Ai meus céus. Será que isso é alguma opção? Se for eu prefiro a multa.

 

- Não precisa, eu estou bem, daqui a pouco eu chego. E eu estou de moto, não posso deixar...

 

- Calma. - ele tentou me fazer calar. Tinha ficado nervosa. Não imaginava o que ia acontecer se eu chegasse em casa numa viatura, mesmo sendo Charlie. - Só vou te acompanhar, preciso ir a La Push, vou pegar uma carona. - ele disse sorrindo. Isso foi uma piada? É estranho ver ele tentando fazer uma piada. - Não corra, estou logo atrás de você. - ele avisou antes de ir para o carro.

 

Ótimo. Estou acumulando broncas. Primeiro eu vou ver Juan sem avisar ninguém, depois sangro sei lá como, e agora volto para casa escoltada. Ótimo! Liguei a moto assim que Charlie entro na viatura. Foi a coisa mais constrangedora, passar pela as pessoas na rua, tento uma viatura me seguindo. Nem quando ia ao show do Skayp junto com os rapazes, era tão constrangedor assim. Pensei que fosse melhorar quando chegasse em La Push, mero engano, piorou. Sam, Jake, Quil, Embry e Seth estavam na frente de casa me esperando. Tentei não olhar para o Sam, mas olhei, involuntariamente. Nunca tinha visto ele tão nervoso. Cada dia estava piorando. Parei a moto na entrada da casa, Charlie parou logo em seguida. Sinceramente, não sabia o que falar. Na verdade eu sabia, até chegar aqui e ver o Seth. Eu ia dizer que não era tão tarde assim, mas quando vi Seth aqui, percebi que já estava de tarde. O horário de aula havia acabado. Passou muito rápido.

 

- Boa tarde, rapazes. - Charlie desceu da viatura.

 

- Olá Charlie. - Jake foi o único que respondeu. Quil e Embry apenas acenaram.

 

- Encontrei essa garotinha perdida em Forks, é de alguém por aqui? - Charlie, outra vez, tentou fazer piada. Ele tava melhorando.

 

- Eu não estava perdida, eu estava voltando para casa. - falei baixo, mesmo sabendo que era melhor eu ficar quieta. Sam me olhou de relance.

 

- E também não estava em alta velocidade. - Charlie cruzou os braços. Pensei em responder que não, mas a voz em minha mente gritou para eu me calar. Eu apenas abaixei minha cabeça, mesmo querendo justificar que não estava correndo tanto assim.

 

- Obrigado, Charlie. Isso não vai se repeti. - Sam garantiu antes de me olhar seriamente. Não parecia que ele estava falando da velocidade. Charlie assentiu.

 

- Charlie, tá indo para casa da Sue? - Jake perguntou.

 

- Sim. - ele respondeu sorrindo.

 

- Legal, dá uma carona para gente até a minha casa. - Jake pediu.

 

- Para gente quem? - Quil olhou para Jake.

 

- Nós três. - Jake respondeu.

 

- Quem disse que eu quero ir para casa? - Embry cruzou os braços.

 

- Minha mão. - Jake mostrou o punho para eles dois. - Vamos, eles vão conversar. - ele disse indo até a viatura.

 

- Por isso mesmo que quero ficar. - Embry reclamou seguindo Jake.

 

- Eu ainda nem comi o bolo. - Quil resmungou entrando na viatura depois deles. Charlie ligou o carro e saiu enquanto acenava para gente. - Guarda um pedaço de bolo para mim! - Quil gritou pela janela, parecendo um cachorrinho se divertindo com o vento durante a viagem.

 

Olhei para Sam, que ainda me olhava serio, então optei em olhar para o Seth, o que não ajudou muito, ele estava quase tão serio quanto Sam, só que tinha um pouco de desapontamento em seu olhar.

 

- Emy fez bolo? - disse a primeira besteira que veio em minha mente. - Vocês já comeram? - continuei. - Eu vou comer, ainda não comi nada desde que acordei. - opa! Não era para eu ter falado isso. Seth levantou as sobrancelhas. - Tá frio aqui, né? Vou entrar. - sai de perto deles antes que eu acabace me encrencado ainda mais.

 

- Boa tarde, Lena. - Emy me cumprimentou com cara de: “não era para você ter feito isso”.

 

- Quil disse que tem bolo, tá na cozinha? - perguntei indo para lá, não deixando ela responder. Precisava de tempo para pensar.

 

Tenho que admiti não foi uma das minhas melhores ideias eu ter ido ver o Juan sem avisar, mas eu precisava falar com ele.

 

- Lena, seu machucado. - ouvi a voz do Seth na porta da cozinha. Nem tive tempo de virar para olha-lo. Ele já estava ao meu lado quando virei. - O que aquele verme te fez? - ele perguntou olhando para o meu machucado. Percebi sua mão fechada em punho.

 

- Nada, o Juan não fez nada. Eu devo ter me mexido demais. - me virei para ele não ficar olhando para o machucado.

 

- Vem, vamos cuidar disso. - ele disse segurando minha mão para eu ir com ele.

 

- Seth, eu estou bem, não precisa se... - hesitei ao ver seu olhar serio sobre mim.

 

- Vamos. - Seth me levou com ele. Não quis olhar para Sam ao passar pela sala. Seth encostou a porta do quarto assim que entramos.

 

- Para quê isso? - perguntei ao ver ele me entregar meu travesseiro.

 

- Para você abraçar quando tirar a blusa. - ele disse naturalmente.

 

- Tirar a blusa? - levantei uma das sobrancelhas.

 

- Não se preocupe, não vou fazer nada. - ele disse ao me entregar o travesseiro. [n.a: não vai? Pq? o.O ... então faz com a Deh, né Deh? kkkkk]

 

Peguei o travesseiro de sua mão e me coloquei de costas para ele. Segurei na barra da blusa para tira-la. Meu coração acelerou só em pensar que Seth estava me vendo. Tirei a blusa com calma, por causa do machucado, mas não me cobri com o travesseiro. Coloquei ele de lado, junto com as minha blusa, e me virei de frente para ele, tampando meus seios com o braço. Seth prendeu o sorriso ao me ver assim e balançou a cabeça.

 

- Isso não vai funcionar com o Sam. - ele brincou tentando parecer serio.

 

- Não faria isso com ninguém, muito menos com Sam. - falei baixo indo até ele. Seth se consertou, talvez tentando se concentrar. Era bom saber que eu o afetava tanto quando ele a mim. - Só com você. - passei a mão em seu rosto. Seth mordeu o lábio, mas logo contraiu o rosto.

 

- Você está fedendo ao Juan. - ele voltou a ficar serio e tirou a mão do seu rosto. - Desculpa, mas não consigo. Só em pensar que você passou o dia todo com ele enquanto eu te espera aqui. - ele disse magoado.

 

- Seth, eu precisei. Eu precisava conversar com ele.

 

- Por que você não me esperou?

 

- Você iria deixar?

 

- Daí então você resolve fugir?

 

- Não fugir, eu deixei uma bilhete.

 

- Claro. Precisei sair, mas não se descabelem, estou bem. Não pretendo demorar. Qualquer coisa eu ligo. - Seth repetiu. Ele decorou meu bilhete? - Será que da próxima vez você consegue ser mais vaga com seu bilhete? - ele ironizou.

 

- Você vai discutir comigo por causa de um bilhete?

 

- Não tô discutindo! - ele quase gritou. Eu cruzei os braços, já tinha me esquecido que estava sem blusa. Seth respirou fundo um pouco cansado. - Você me ama? - ele me olhou.

 

- Que pergunta absurda é essa? Você sabe que te amo! - foi minha vez de quase gritar. Seth passou a mão em meu rosto.

 

- Então por que você me deixa longe? Eu quero te ajudar, mas você sempre reluta. Ou não acredita quando eu digo a verdade. - ele disse um pouco triste.

 

- Eu não sei. Acho que é mais fácil.

 

- Mais fácil?

 

- Talvez, de alguma maneira, eu tente não gostar tanto assim de você, não sei. - disse. Ele fez cara de dor.

 

- Você não quer gostar de mim? Por quê? - sua cara de dor piorou ao perguntar. De desvencilhei dele e me sentei na cama pegando o travesseiro para me cobrir.

 

- Tenho medo de te perder. - admiti baixo.

 

- Lena, já disse que eu nunca vou te deixar. - ele falou vindo se sentar ao meu lado.

 

- Meus pais e minha avó também não queria me deixar. - disse olhando para baixo.

 

- Não é o mesmo, foram acidentes. - ele disse passando a mão no meu rosto. Balancei a cabeça negando.

 

- Não foi. Não totalmente. - disse voltando a olha-lo. Ele juntou as sobrancelhas.

 

- O que você tá falando, Lena? - ele não estava entendendo. E nem iria entender, se fosse eles. Decidi contar tudo que Juan me disse, cada palavra. - Como você sabe que ele não esta mentindo? - Seth desconfiou assim que terminei de contar.

 

- Seth. - não acreditava que ele tinha dito aquilo. - É claro que não foi mentira.

 

- É bem possível ele ter inventado isso para você ficar com pena dele.

 

- Seth. - o repreendi novamente. - Não quero brigar com você, de novo. - disse. Ele suspirou.

 

- Tá, mas o que aconteceu com seus pais não quer dizer você vai acontecer comigo, Lena.

 

- Tara me contou que Matt falou que o veneno pode matar vocês. - eu disse. Sam resolveu contar a Tara, depois do pequeno acidente que tive.

 

- Não se preocupe, a gente toma cuidado. - ele não deu muito importância.

 

- Seth, por favor, isso é serio.

 

- A única coisa que me preocupa é você ficar perto desse verme. O resto eu me viro. - ele disse. Agora eu sei o que Juan sentiu quando soltei a piada de que eu era forte.

 

- Não vou morrer se for mordida.

 

- Nem brinque, Lena. Não pense nisso. - ele se alterou.

 

- Pensar em que?

 

- Em virar um deles. Vi o que Jake passou por causa da Bella, não sei se tenho tanta força para aguentar isso.

 

- O quê? Claro que não, do que você tá falando? Eu quero ficar como eu tô, sem mudar nada. - disse. Ele me olhou, talvez buscando verdade.

 

- É verdade o que vocês disse? - Sam perguntou, aparecendo na porta do quarto.

 

- Que susto, Sam. - disse colocando a mão no travesseiro. - Meus céus, faz barulho ao se aproximar. - continuei. Seth acariciou minha cabeça.

 

- Helena. - Sam ainda estava esperando a resposta.

 

- Sobre o quê? - perguntei me acalmando com o carinho do Seth. Sam bufou, ele ainda não tinha se acalmado.

 

- Sobre seus pais.

 

- Sim, foi isso que Juan disse.

 

- Ele viu seus pais quando... acordou?

 

- Não, não viu ninguém. Ele foi levado para o Alasca. - expliquei. Sam não disse nada, só olhou para o “nada”. - O que foi?

 

- Nada. - ele disse olhando para o Seth.

 

- Sam. - chamei sua atenção para mim. - Fala. - pedi.

 

- Já passou pela sua mente que seus pais podem ter se transformado nisso também?

 

 

 

 

 

Continua...

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

º.º (epa! como assim?)

Povo do meu coração... quero pedir um pouco mais de paciência pela possível futura demora... rs

Bjão, turma!
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