Nosso Amor não Foi Feito para Acabar escrita por BeLiza


Capítulo 21
Marcada




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Lena

 

 

 

- Juan é melhor você ir. - disse conseguindo sair de trás dele. Ele me olhou e segurou no meu rosto.

 

- Não vou te deixar aqui com eles. - ele disse aproximando nossos rostos.

 

Não me afastei, mesmo sabendo que era para me afastar, não conseguia, alguma coisa me prendia a ele. Fechei meus olhos ao sentir seu hálito em meu rosto. Mas voltei a mim quando ouvi um rosnado alto misturado com algo se rasgando, me virei para olhar, era Seth, ele estava como lobo. Nunca tinha visto ele desse jeito, com raiva, todos seus dentes estavam a mostras, isso me assustou.

 

- Sabia que isso iria acontecer. Lena não pode ficar aqui, vou leva-la comigo. - Juan avisou me segurando, fazendo com que houvesse outros três rosnados fortes. Embry, Paul e Leah se transformaram. Seth ainda estava olhando diretamente para Juan. Ele não podia ataca-lo assim, Juan me ajudou.

 

- Lena, vem para cá. - Sam mandou.

 

- O que vocês vão fazer com ele?

 

- Vamos tira-lo daqui. Saia de perto dele. - ele voltou a falar.

 

- Não, Sam. Ele é meu amigo. - falei saindo de trás dele. - Seth, pessoal, está tudo bem. - disse tentando faze-los parar.

 

- Lena, você vai entender o que está acontecendo depois que tudo acabar. - Sam falou se aproximando lentamente. - Vamos. - ele esticou a mãos para mim. Juan voltou a me colocar atrás dele.

 

- Lena, é só você pedir que te tiro daqui. - Juan disse olhando fixamente para Sam. Seth rosnou alto e se abaixou como se tivesse preparando-se para atacar.

 

- Não, Seth. Por favor, fique calmo, ele não sabe que vocês não vão me fazer mal.

 

Vi Paul e Embry irem para o outro lado. Eles estão nos cercando?

 

- Vocês idiotas? Se atacarem a Lena eu acabo com vocês. - Juan os ameaçou sem olha-lhos. O rosnados deles foram piores que de Seth. Leah estava ao lado de Sam.

 

Eu não sabia o que fazer, se eu saísse eles podia machucar Juan.

 

- Juan, vai embora, por favor. - pedi puxando-o para moto. - A gente se vê outro dia.

 

- Não posso deixa-la aqui. Não teria deixado você vir sozinha se soubesse que estava com eles.

 

- Por favor, acredite em mim, não corro perigo. Vai. - pedi, ele me olhou nos olhos. Talvez estivesse convencendo-o. Juan segurou minhas e encostou em seu rosto frio.

 

- Promete que vai ficar bem?

 

- Sim, agora vá. - pedi. Ele beijou minhas mãos e voltou a se aproximar. - Juan. - tentei para-lo antes que ele me deixasse tonta novamente, mas não precisou.

 

Infelizmente não por que ele tinha parado, mas por que não deu tempo para fazer. Ouvi outro rosnado, mas dessa vez não tinha sido um simples aviso, era um ataque. Paul e Embry correram em nossa direção. Sam tinha acabado de se transformar. Pensei em tentar tira-lo do alcance deles, mas Juan foi muito mais rápido, até demais para minha vista. Em questão de segundos eu já estava jogada no chão atrás dele.

 

Não sabia se era a minha vista ou se tudo estava acontecendo rápido. Juan virou-se para onde os lobos vinham em sua direção, e os arremessou para longe sem ao menos toca-los, ele apenas levantou seu braço como se estivesse espantando algum inseto chato. Meu céus! Mas o pior não tinha acontecido, percebi Seth se aproximar dele enquanto Juan se distraia com os outros. Meu coração acelerou vendo a cena. Seth voou para cima dele.

 

- Não, Seth! - gritei correndo em direção ao Juan.

 

Não sabia como, mas consegui me jogar em cima de Juan antes dele tentar arremessar o Seth. Pensei que ele fosse parar, mas não parou, talvez não tivesse conseguido. A única coisa que senti foi o peso de suas patas em minhas costas enquanto eu ia para o chão.

 

- Helena! - ouvi Juan gritar. Tentei manter meus olhos abertos, mas não conseguia. Todo meu corpo doía, principalmente minhas costas. Nunca senti uma dor assim, nem ao menos sabia que podia. Tentei o máximo me manter acordada, mas a tontura não deixava. As ultimas coisas que vi foi Seth sendo arremessado para uma árvore, onde não se levantou, e Sam correr junto com Juan em minha direção, depois disso não vi nada, o vazio me alcançou.

 

 

*Bônus/Juan*

 

 

Foi a pior coisa vê Helena ser arremessada ao chão por aquele monstro. Não podia ter permitido isso. Por que não a tirei daqui quando pude? Isso é culpa minha.

 

- Helena, por favor, acorde. - me joguei, ajoelhado, ao seu lado.

 

Minhas narinas foram embriagadas pelo melhor aroma do mundo, quase devastador, era seu sangue. Fechei minhas mãos em punho para me concentrar.

 

- Helena. - um deles se aproximou tentando pega-la. O que ajudou a me concentrar, seu odor odioso se misturou com o maravilhoso aroma de Helena. - Não. - ele exclamou, ganhando minha atenção. Ele tinha a colocado em seu colo. Sua costas estava banhada de sangue, com uma enorme cicatriz da unha daquele verme.

 

Meu ódio voltou ao vê-la daquele jeito, desprotegida. Queria arrancar a cabeça daquele bicho e pendura-la em minha parede como um troféu. Olhei para os lados procurando-o. Encontrei-o ainda caído perto da árvore, quebrada, que o lancei. Ele não estava morto, infelizmente, só estava caído. A outra loba estava ao seu lado, tentando faze-lo levantar, mas pelo que parecia ele não queria levantar. Voltei minha atenção a Helena, esperando que a terra o devorasse vivo.

 

- Vou tira-la daqui. - peguei-a dos braços do tal Sam, como ela o chamou. Ele me segurou forte.

 

- Se você se atrever a sair daqui com ela, eu mesmo arranco suas pernas. - ele rosnou mostrando todo seu ódio.

 

- Então espero que não consiga, pois sou a única maneira mais rápida dela sair daqui. - o lembrei me levantando. Precisei parar de respirar para aguentar a aproximação. Vi que ele voltou a tremer. - Não vou ficar esperando ela morrer enquanto vocês decidem o que fazer. - disse antes de correr com ela em meus braços.

 

 

Lena

 

 

- Juan, por que você nunca come quando eu estou por perto? - perguntei me lembrando que eu nunca o vi comendo. Ele sorriu de lado.

 

Estávamos na lanchonete em que Matt me levou na noite que comi os salgadinhos de peixe mortíferos. Juan tinha acabado de pedir pizza para mim.

 

- É por que eu tenho um problema. - ele disse fingindo está serio. - Não sei comer na frente das pessoas. Me sujo todo. - ele brincou. - Verdade, chega a ser patético, você não vai querer ver isso, pode acreditar. - ele riu. Eu revirei os olhos, ele nunca falava serio comigo.

 

- Estou falando serio, Juan. Nunca te vi comendo.

 

- É por que eu sempre me alimento antes de fica perto de você. - ele disse e sorriu sem mostrar os dentes. Desisti, ele não ia me contar.

 

- Você pode pelo menos me contar o por que você esta aqui em Forks? - perguntei mesmo sabendo que ele não ia responder a verdade.

 

- Por você. - ele respondeu olhando nos meu olhos.

 

- Por mim? - perguntei espantada. Ele olhou para o lado, era o garçom, ele estava trazendo a pizza. O garçom me serviu e foi embora.

 

- Tem certeza que não quer? - coloquei um pedaço na boca, mas era um pouco grande, quase não consegui mastigar. Ele riu baixo.

 

- Absoluta. - ele respondeu e ficou me olhando comer como se fosse a coisa mais interessante do mundo. - Está boa?

 

- Sim. - respondi depois de mastigar meu terceiro pedaço. Isso estava me deixando sem graça. - E então, vai me responder? - perguntei tentando puxar algum assunto.

 

- Responder o quê? - ele pegou o guardanapo e limpou o canto da minha boca.

 

- Obrigada. - senti meu rosto esquentar. - Você não explicou o por que está aqui. - eu disse olhando para o prato. Meu rosto ainda estava quente. Por que eu fico assim perto dele?

 

- Já disse, por você. Eu queria te ver corar novamente. - ele estava zombando de mim.

 

- Isso não tem graça, Juan. - fingi está zangada.

 

- Me desculpe. - ele se desculpou. - Você quer mesmo saber a verdade? - ele perguntou se ajeitando na cadeira.

 

- Sim. - eu o olhei.

 

- Eu vim por você, vim cuidar de você. Não aguentava mas não saber se estava bem. - ele disse olhando nos meus olhos. Me surpreendi com essa declaração.

 

- Ãhn, veio fazer o quê? - não sabia se tinha entendido direto.

 

- Cuidar de você, esse é o meu dever desde que te conheci. - ele respondeu. Eu ia pergunta como assim, mas ele continuou. - Eu te sigo desde que a gente se conheceu. - ele declarou. Arregalei os olhos.

 

- Como me segue? Por que? - isso no mínimo era estranho.

 

- Por favor, Lena. Não me olhe assim. Nunca te faria mal. Acredite em mim. - ele disse segurando minhas mãos. - É difícil te explicar, eu só posso dizer que você se tornou a única pessoa da minha vida. - olhei nos olhos dele, e por alguma razão eu senti que ele estava falando a verdade. Ele soltou de vagar as minhas mão. - Eu não tenho mais ninguém além de você, Lena. Meus pais morreram em um acidente de carro, eu estava junto, mas sobrevivi... ou quase. - o rosto dele estava estampada a dor que ele estava sentindo por falar aquilo.

 

- Eu sinto muito, Juan. Eu não podia imaginar. - eu segurei uma das mão dele. - Mas você não tem ninguém, ninguém mesmo?

 

- Sim, agora tenho você. Por muito tempo eu fiquei sozinho. Até te encontrar, Lena. - ele me olhou. - Foi como se avida voltasse para mim. Você foi a melhor, ou talvez a única coisa boa que me apareceu depois do que aconteceu. - ele passou a mão em meu rosto. - Não consigo ficar longe de você, Helena Julie Uley. - ele disse aproximando o rosto do meu. Eu me senti estranha, comecei a ficar sem ar, meu coração acelerou. Ele passou o dedo em meus lábios. Senti uma vontade quase incontrolável de me aproximar mais dele, era como se eu precisasse senti-lo. Fechei meus olhos esperando pela aproximação, mas ele não se aproximou, ele me soltou. Abri meus olhos confusa. - É melhor você comer antes que esfrie a pizza. - ele disse normalmente.

 

Não entendi, o que aconteceu? Eu ia permiti que ele me beijasse? Fiquei olhando para ele. Juan sorriu.

 

- Obrigada. - falei depois de ficarmos em silêncio por alguns segundos. - Obrigada por me ajudar, por sempre está por perto, mesmo eu não sabendo. - disse segurando uma de suas mãos. Ele parou de sorri.

 

- Eu devia ter acabado com eles antes de dar tempo deles dizerem aquelas coisas para você. Me desculpe. - ele desviou o olhar.

 

- Juan, olha para mim. - pedi, e ele olhou. - Você me salvou. Não foi sua culpa, e nunca vou poder te pagar por isso. - ele sorriu levemente.

 

- Você já me paga, toda vez que sorri. - ele disse. Eu sorri.

 

- Não é muito.

 

- Para mim é, sempre vai ser.

 

 

Senti algo fofo em meu rosto. O que é isso? Me mexi, era um travesseiro. Eu dormi? Olhei para os lados eu estava de bruços na cama do... hospital? O que estou fazendo aqui, de novo?

 

- Lena. - ouvi a voz do Juan se aproximando. - Espera que eu vou chamar o médico. - ele disse.

 

- Não, estou bem. Só quero virar. - falei. Ele me ajudou.

 

- Está melhor? - ele perguntou me ajeitando.

 

- Sim, obrigada. - agradeci.

 

- Dormiu bem? - ele passou a mão em meu cabelo, que devia está um horror.

 

- Sim, acho que sim. Sonhei com a nossa conversa. - contei. Ele sorriu.

 

- Estava pensando nisso antes de você acordar.

 

Notei que tinha algo me incomodando no ombro.

 

- O que aconteceu? - perguntei passando no ombro para sentir o que era, parecia um curativo. Ele juntou as sobrancelhas.

 

- Não lembra?

 

Queria poder dizer que não, mas me lembrei, lembrei de tudo. Eu caindo no chão, os rapazes atacando Juan, ele se defendendo dos rapazes enquanto Seth...

 

- Onde está Seth? - me lembrei que Juan o arremessou para longe. - O que você fez com ele? - tentei me levantar.

 

- Não, espera. - Juan me segurou. - Seu namorado está bem. - ele respondeu um pouco serio, apertando o botão para chamar a enfermeira.

 

- Por que ninguém veio?

 

- Obrigado pela parte que me toca. - ele prendeu o sorriso.

 

- Não foi isso que eu quis dizer, eu estava perguntando sobre os outros.

 

- Seu primo estava aqui, mas parece que o bando precisou dele, então entrei. Não que ele tivesse permitido isso. - Juan disse com um pequeno sorriso.

 

- Bom dia. - dr. Calum entrou no quarto. Bom dia? Olhei para janela pela primeira vez depois que acordei, já havia amanhecido. - Pelo visto sentiu minha falta. - ele brincou se aproximando. - Nunca um paciente veio me visitar tantas vezes em tão pouco tempo. - ele continuou brincando enquanto me examinava. - Sente alguma coisa? - ele perguntou com seu jeito profissional.

 

- Não, só um pouco de incomodo nas costas.

 

- Eu imaginei. - dr. Calum me colocou de lado para examinar o machucado. Juan segurou minha mão. Queria muito que fosse o Seth. - Ela já viu o machucado? - ele perguntou para Juan.

 

- Não senhor, ela acabou de acordar. - Juan respondeu.

 

- Melhor assim. - dr. Calum disse baixo.

 

- Por que, o que aconteceu? - quis saber.

 

- Helena, como você se machucou? - dr. perguntou um pouco serio examinando minha costas, mas não me respondeu.

 

Olhei para Juan que levantou uma das sobrancelhas. Eu sabia que quem tivesse me levado para lá, havia dito alguma coisa para justificar o machucado. O problema era que eu não sabia o que tinham dito.

 

- Um urso. - foi a primeira coisa que veio a minha mente. Dr. Calum parou.

 

- Urso, como isso aconteceu?

 

- Já expliquei quando cheguei com ela. - Juan começou a falar antes que eu pudesse raciocinar. O que foi ótimo para mim, não sabia o que dizer. - Fomos fazer uma trilha e nos perdemos na floresta. Sentamos em um tronco esperando vê se alguém aparecia para nos ajudar e nos deparamos com um urso. Tentei faze-la ficar longe do urso, mas ela não me ouviu. - ele disse essa ultima frase me olhando.

 

- O urso era bonzinho. - retruquei olhando para Juan.

 

- Nenhum animal selvagem é confiável, Helena. - dr. Calum disse terminando de trocar os curativos. - Não acredito que você se arriscou a esse ponto.

 

- Nem eu. - Juan falou, ainda me olhando. - Mas se depender de mim ela não se arrisca mais.

 

- Espero que isso não aconteça mais. - dr. Calum disse. Me senti como uma criança de cinco anos que fez uma travessura. - Bom, acho que está tudo bem por aqui, vou pedir mais alguns exames e se estiver tudo bem você pode ir. - ele disse encerrando a conversa.

 

- Obrigado dr. Calum. - Juan agradeceu apertando sua mão.

 

- Por nada, é o meu trabalho. - dr. Calum retribuiu o aperto, sorrindo. - Acho que é melhor diminuir ar condicionado, sua mão está fria. - ele assim que largou a mão do Juan. Então eu não sou a única que percebi isso. - Espero não te ver aqui novamente, Lena. - ele disse, sorrindo, na porta antes de sair. Também esperava isso.

 

 

 

 

 

 

Continua...

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Que confusão, cara... o que será que aconteceu pro Sam não tá aí? E o Seth?

Vou explicando mais sobre o Juan nos próximos capítulos...

Apelei nos capítulos anteriores e vou continuar apelando nesses tb... galera que curti a invisibilidade, por favor, apareçam... não dói postar um review. rs
Bjão!! ~.~