Nosso Amor não Foi Feito para Acabar escrita por BeLiza


Capítulo 19
Noite agitada




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Lena

 

 

 

O filme já estava no meio e eu não fazia a mínima idéia do que estava acontecendo. Tentei presta atenção, mas não consegui. Queria que o Seth estivesse aqui comigo. E para piorar escolhemos um filme romântico. Olhei para a Tara, ela estava apoiando a cabeça em mão, ela parecia está prestando tanta atenção no filme quanto eu.

 

- Você quer ir embora? - perguntei baixo no ouvido dela. Ela me olhou.

 

- Você também não está prestando atenção, não é?

 

- Não, eu queria que o Seth estivesse aqui. - eu disse. Ela riu baixo.

 

- Eu queria está com o Matt. - ela disse. - Vamos embora? - ela pediu.

 

- Vamos! - eu disse me levantando. Não ia conseguir entender o filme direito mesmo. Tara me seguiu até o lado de fora.

 

- Nossa, já escureceu? - Tara disse olhando para o céu assim que saímos do cinema.

 

- Já eram mais de seis horas quando chegamos aqui em Port Angeles. - eu disse. Ficamos paradas na porta do cinema. - E agora, o que vamos fazer, vamos para casa?

 

- Eu estou com fome. - Tara disse fazendo careta. Eu sorri, também estava ficando com fome.

 

- Então vamos comer naquela lanchonete perto da loja de maquiagem? - perguntei. Ela concordou, era um lugar bem legal, um pouco rustico, mas legal. Resolvemos ir andando, não era muito longe do cinema.

 

- Eu estou com tanta fome que eu acho que comeria um boi inteiro. - Tara comunicou enquanto andávamos até a lanchonete. Eu ri.

 

- Acho que a Leah não é a única que esta passando muito tempo com os rapazes. - eu disse. - Se a gente continuar assim vamos engordas uma tonelada. - ela riu.

 

Continuamos andando até que eu percebi que estávamos sendo seguidas, ou eu achava que sim. Olhei de relance para trás e vi que tinham dois homens atrás da gente. Comecei a acelerar o passo.

 

- O que foi, esta com tanta fome assim? - Tara perguntou quando percebeu que eu tinha acelerado o passo, mas ela não foi a única a percebe, os homens que estavam nos seguindo também perceberam. - Que cara é essa Lena? - ela perguntou me olhando enquanto nós andávamos.

 

- Tara, por favor, não grite, mas acho que estamos sendo seguidas. - ela arregalou os olhos mas não gritou e nem parou de andar. - Tem dos caras atrás da gente. Acho que eles estão nos seguindo desde que saímos do cinema. - eu já tinha notado que eles estavam atrás da gente, mas achei que fosse coincidência. Só dei a devida atenção quando a Tara disse para agente pegar um atalho. Não tinha nenhuma alma se quer nessa tal rua, e ia ser muita coincidência esses caras pegarem o mesmo atalho que a gente. Percebi que a Tara olhou para trás também.

 

- Ai minha nossa! - ela exclamou quando voltou a virar para frente. - Eu já vi eles antes. Eles estavam naquela loja de CD que a gente entrou. - não estava lembrada. - Eles mexeram comigo quando você foi procurar aquele CD. - ela explicou. - O que vamos fazer, Lena? Eu estou ficando com medo.

 

- Estou pensando, estou pensando. - disse. - Esse atalho não termina, não?

 

- Não sei. - a voz dela estava ficando embargada. Ela olhou para os lados. - Ai minha nossa, acho que pegamos o atalho errado, acho que não era essa rua. - ela disse. Não acredito! Meu coração acelerou. Estamos perdidas. - Vamos correr, Lena. - ela pediu. Voltei a olhar para trás, um deles estava falando alguma coisa no ouvido do outro. Ai meus céus, eu não posso morrer agora que está tudo bem.

 

- Não adianta, Tara. Ele são maiores que a gente, não vamos conseguir ir muito longe. Vamos continuar fingindo que não esta acontecendo nada até chegarmos na rua principal.

 

- Lena, eu estou com medo. - eu vi uma lágrima cair no canto do olho dela.

 

- Não fica com medo, vai dar tudo certo. - segurei a mão dela, eu estava com medo também, mas alguém precisava manter a calma, pelo menos parecer que está calma. Ou ao menos foi isso que pensei.

 

- Lena. - ela apertou a minha mão. - A rua acabou. - ela disse assim que vimos um muro na nossa frente. Estávamos em um beco. - O que vamos fazer? - não respondi. Eu não sabia. Queria saber pular o muro, mas não sabia nem subi em árvores quanto mais em moro. Respirei fundo, larguei a mão da Tara e parei de andar. - Lena...? - ela me olhou espantada. Era agora ou nunca, não ia me entregar tão fácil. Me virei para eles.

 

- O que vocês querem com a gente? - juntei todas as minhas forças para poder falar, eu estava tremendo, por dentro, mais do que massageador elétrico. Um olhou para a cara do outro e sorriram.

 

- A gente só quer brincar um pouco. - o mais alto disse. Eles estavam parados, acho que pararam junto comigo.

 

- Podem levar o que quiserem, só deixem a gente ir, por favor. - Tara pediu.

 

- Não queremos nada. - disse o caras mais baixo que seguiram a gente.

 

- Ele quis dizer nada de material. - explicou o outro. Eles riram.

 

- Lena. - Tara miou. Ela já estava chorando.

 

- Mas não se preocupem gatinhas, vocês vão gostar também. - o cara mais alto disse com um sorriso nojento no rosto. Tara veio me abraçar de lado, ela estava tremendo mais do que eu. Não podia ficar parada e deixar eles me pegarem assim. Eu abracei bem forte a Tara.

 

- Tara, escute o que eu vou falar. - eu disse bem baixo no ouvido dela. - Eu vou tentar distrai eles para você fugir. - ela me olhou apavorada e balançou a cabeça negando. Eu sabia que ela não ia me deixar, eu também não ia se estivesse no lugar dela, mas era preciso. - Tara, se você ficar eles vão pegar nós duas, por favor, corra. Vamos ter mais chance se você correr e chamar a polícia. - ela voltou a me abraçar forte. Eu respirei fundo e a soltei. - Sinto muito rapazes, mas vocês vieram atrás das garotas erradas! - eu disse para eles, eu estava fingindo está no controle, mas acho que estava com mas medo do que a Tara. O mais alto sorriu.

 

- É isso aí gatinha, eu adoro desafio. - ele começou a andar até nós.

 

- Lembra do que eu falei. - disse baixinho a ela. Tara balançou a cabeça confirmando. Espero que minha aulas de defesa pessoal funcione. Me coloquei em posição de defesa. O cara alto parou, levantou uma das sobrancelhas e deu um sorriso arrogante.

 

- Você te certeza que vai querer fazer isso? Pode ser bem prazeroso se você simplesmente tentar curti, gata. - o panaca disse.

 

- Eu nunca vou permiti que um idiota feito você coloque essas suas mãos emundas em mim! - eu estava com muito raiva. Mas parecia que ele ficou mais nervoso do que eu.

 

- Você pode ficar com a medrosa, mas a filha do Jack Chan é minha. - ele disse, para o outro, sem tirar os olhos de mim.

 

- Não, não é! - ouvi alguém dizer. A voz forte vinha de uma sombra que estava no canto da causada. Os caras olharam para os lados.

 

- O que é isso? - o mais baixo perguntou. Ele não tinha percebido de onde vinha a voz.

 

- Lena, sai daqui, e leve a sua amiga junto. - a sombra falou. Como ele sabe o meu nome? Eu não sai do lugar, não podia, não sabia quem era e nem o que queria com isso tudo. Tara encostou na minha mão. Ela queria que a gente fosse.

 

- Espera. - pedi a ela. - Quem é você? - perguntei para a sombra. Eu sei que devia sair de la, mas eu queria ver quem era. Ele não respondeu, mas deu para ver alguém se mexer na sombra, ele estava andando para a luz. - Juan?! - exclamei assim que ele apareceu na luz. Como ele veio parar aqui?

 

- Lena, vai embora! - as mão dele estavam em punho. Os olhos estavam fechados. Parecia que ele estava tentando se acalmar. - Por favor. - ele pediu. Tara me puxou.

 

- Vamos, Lena. - ela estava me arrastando. Mas eu não podia deixar ele ali sozinho com esses dois, ele podia morrer.

 

- Não, Tara. Não vou deixar ele aqui.

 

- Vai embora, Lena!! - Juan gritou sem ao menos se mexer. Me assustei, nunca tinha ouvido ele gritar. Tara me puxou forte. Dessa vez eu cedi.

 

- Você vai deixar elas irem assim, Marcos? - ouvi o mais baixo perguntar enquanto a gente saia de perto deles.

 

- Depois a gente pega elas. Agora eu quero arrebentar esse idiota. - ouvi o cara dizer. Senti que ele estava com raiva. Olhei para trás para ver o estava acontecendo, e vi o cara mais alto pegar um pedaço de pau que estava caído no chão. Não! Eu parei. Não podia deixar eles baterem nele. O cara alto foi para cima do Juan com o pau e bateu nele.

 

- Juan!! - eu gritei, mas para meu espanto, não aconteceu nada com ele. O pedaço de pau apenas se quebrou, como se fosse um isopor, e o Juan nem se mexeu. Como...? Os caras se espantaram.

 

- O que você é? - o baixo perguntou chegando para trás. Vi o Juan sorri presunçoso.

 

- O pesadelo de vocês! - ele disse. Mas não sei se consegui acompanhar o que aconteceu depois, foi tudo muito rápido, uma das poucas coisas que eu consegui ver foi o Juan jogar o cara mais alto em cima do menor, fazendo os dois irem parar no muro. Eles caíram desmaiados no chão pela pancada que levaram contra o muro.

 

- Minha nossa! - Tara exclamou colocando as mão na frente da boca, assim que eles caíram. Juan ficou parado olhando para eles, talvez para ver se eles iam se levantar, mas não fizeram.

 

- Juan? - eu o chamei. Ele me olhou, ele estava com uma careta de dor. Será que ele se machucou? Corri até ele. - Você esta muito machucado? - perguntei olhando para o corpo dele, mas fui impedida. Ele segurou o meu rosto com as duas mãos, para eu olhar para o rosto dele. A careta de dor ainda estava la.

 

- Você está bem? - ele quis saber. Ele está preocupado comigo? Foi ele que se feriu.

 

- Eu estou, mas e você? - perguntei. Ele sorriu levemente.

 

- Muito bem em te ver bem. - nossos rostos estavam próximos, talvez um pouco até demais. O cheiro dele estava me fazendo ficar um pouco tonta, nunca entendi muito bem o por que isso acontecia. Ele aproximou um pouco mais o rosto dele.

 

- Oi, você está bem? - era a voz da Tara. Ele me soltou de vagar, e olhou para ela.

 

- Estou, não se preocupe. - ele disse educadamente.

 

- Que bom, então podemos sair daqui? Acho que nunca mais vou conseguir volta aqui de novo. - ela disse segurando a minha mão.

 

- Eu levo vocês para casa. - ele disse colocando a mão no meu ombro.

 

- Não é melhor a gente ir para o hospital? - perguntei, ele podia ter fraturado alguma coisa. Ele sorriu.

 

- Não se preocupe comigo, já disse que estou bem. - ele passou a mão no meu cabelo.

 

- Então vamos, por favor. - Tara pediu ela ainda estava um pouco nervosa com tudo o que aconteceu. Saímos do beco estranho. Acho que eu concordo com a Tara, não vou voltar até aqui tão cedo.

 

- Lena, eu queria conversar com você. - ele me disse assim que saímos daquele lugar estranho.

 

- A gente pode se encontrar outro dia para conversar. - sugeri.

 

- Eu prefiro que seja hoje, se não se importa. - ele estava um pouco mais serio que o normal.

 

- Não sei se vai dar, Juan. Eu tenho que voltar para casa, a Tara esta comigo. E não...

 

- Eu posso levar ela até em casa se vocês quiserem. - ele me interrompeu. - Você se importa, Tara? - a voz dele estava aveludada. Ela sorriu.

 

- Não, claro que não. - ela respondeu um pouco animada demais.

 

- Então eu acho que posso ir com você. - eu disse. Ele sorriu.

 

- Vamos então, antes que fique tarde. - Juan segurou a minha mão. Sua mão estava fria como sempre, isso me intrigava. Era nervosismo?

 

- A gente pode fazer o seguinte, você me leva até La Push e depois você volta de moto com ele, pode deixar que eu levo a sua moto para casa. - Tara sugeriu. Juan estava de moto também.

 

- Você sabe pilotar? - perguntei, ela não tinha cara de sabia.

 

- Claro que eu sei. Só não gosto de correr feito uma louca igual a você e Leah. - ela disse. Eu ri. Juan sorriu.

 

Levei a Tara até o início de La Push, e deixei a moto com ela.

 

- Cuida bem da minha moto, hein! - brinquei enquanto ela subia na moto.

 

- Pode deixar, eu sempre cuido. - ela disse colocando o capacete. - Vê se não demora. - a voz dela saiu abafada por causado capacete. Ela deu a partida e saiu.

 

- E então, sugere algum lugar para a gente poder conversar? - ele perguntou.

 

- Sim, mas antes... como você veio para até aqui? E como você sabia que eu estava precisando de ajuda? - perguntei cruzando os braços. Ele riu baixo.

 

- Senti falta das suas perguntas. - ele brincou. - Vou responder todas assim que a gente sair daqui. - ele disse apontando para a moto.

 

 

 

Continua...

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Vocês lembram do Juan, né?
Juan é super herói? rsrsrs
Que será que vai acontecer?
Reviews, por favor... deizem de ser leitores Gasparzinho!! Não dói escrever, eu que o diga... rs