Au Pair escrita por Bhruna


Capítulo 7
7 - Vergonha


Notas iniciais do capítulo

Oi meninas!Passando rapidinho para deixar o cap antes de ir pra facul. Quero férias *chora* kkkk'Mas antes queria agradecer pelo apoio de vcs, acho que nunca conheci pessoas mais compreensivas. Vocês são puro Show e moram no meu tum tum Bora lá?VAMOOOOOOO COMÉÉÉÉGOOO



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– Não podemos conversar amanhã? Na claridade do dia ou quando voltar a eletricidade? – Ouvi o barulho da gaveta abrindo e depois de isqueiro, ele estava acendendo uma vela. Hm que romântico, agora só faltava ele me jogar na cama e... Realidade Bella, volta para a realidade.

– Eu amo as minhas filhas Bella. Mais do que tudo na minha vida.

– Tudo bem. – Alguém tava dizendo que não?

– Nunca fiquei mais do que necessário com uma criança antes de saber que eu ia ser pai. E quando a mãe da Emilie sumiu, eu fiquei totalmente perdido, não sabia nem como dar mamadeira. A minha sorte é que eu tinha meus padrinhos a Marie e o Jeffrey, eles foram os únicos que me apoiaram, por isso as duas levam o nome Marie, foi em homenagem a minha madrinha.

– Eles são seus padrinhos?

– Ahan! Quase pais. - Ele respondeu com um sorrisinho de canto de boca

– E seus pais?

– Só conheço minha mãe e ela só começou a me ajudar quando a Emi fez dois anos, ela dizia que eu precisava aprender a ter responsabilidade. Um tempo depois a mãe da Annie ficou grávida e a minha quase teve um infarto. – Eu quis rir, mas ele tava serio então fiquei quieta com cara de “nossa!”

– Posso te fazer uma pergunta? – Já que ele estava tão a vontade contando da vida dele, não custava tentar, né?

– Claro.

– O senhor não precisa responder se não quiser, mas o que houve com as mães das meninas. – Ele suspirou e sentou na cama.

– A mãe da Emilie fugiu logo após o parto e nunca mais tive noticias dela e a mãe da Annie morreu assim que ela nasceu.

– Credo – Coloquei a mão na boca em espanto – Oh me desculpe Sr. Edward, é que fiquei surpresa.

– Não tem problema. - Ele disse sinceramente.

– E seu pai? - Nos sentamos em sua cama.

– Nunca o conheci, minha mãe diz que eles se separaram antes de ela descobrir que estava grávida de mim e do Emmett e ela não foi atrás dele.

– Vocês são gêmeos? – Porque tipo assim gente, nada a ver.

– Sim, mas não univitelinos. – Ok! Falou em vietnamita agora que eu não entendi nada.

– Legal – Falei fingindo que tinha entendido porque quando a gente não entende, finge que entende para não diminuir a aparência do Q.I. – E ele te ajuda com as meninas?

– Agora que ele terminou a faculdade, sim. O Emmett ama as duas como se fossem dele, ele as deixa mimadas. – Ele sorriu e eu sentei na cama, o poder daquele sorriso nas minhas pernas era de matar. - E elas são completamente apaixonadas por eles. Annie principalmente.

– Agora você tem bastante gente para te ajudar com elas, então.

– Mas não estou sendo bom pai – E ficou serio novamente –, não sei se a Emilie tem ciúmes da Annie, mas ela mudou muito. É quase uma raridade ela falar comigo.

– Eu acho que não é da Annie que ela tem ciúmes.

– Como?

– Olha Sr. Edward não é querendo me meter na sua vida, longe disso, mas pelo que eu percebi, se o senhor não está no hospital, está com a Srtª. Rosalie, acho que a Emi sente falta de ter um tempo só com o senhor, sabe? Só vocês dois.

– Isso não é verdade! – Ele ficou bravo. – Eu tento me aproximar, mas ela não permite, ela foge, se tranca no quarto e não fala comigo. – Ele tava até parecendo aquelas crianças mimadas que sempre joga a culpa nos outros dizendo que a outra pessoa que começou.

– Ok se o senhor pensa assim... – dei de ombros – Qual a ajuda que precisa?

– Vai ter um jantar e eu quero que a Emilie esteja presente.

– Tudo bem – Acho que eu conseguiria convencê-la de ir.

– Rosalie vai estar presente – Não, eu não conseguiria convencê-la.

– Não seria melhor o senhor falar com ela?

– Ela não vai me escutar.

– Com todo respeito novamente – Me levantei e já fiquei e ponto de partida -, o senhor é pai dela, se o senhor quiser entrar no quarto e fizer com que ela te escute o senhor tem essa autoridade. Basta querer.

Claro que depois de jogar essas coisas na cara do meu chefe eu deveria sair correndo, mas correndo mesmo, virar uma maratonista. Mas acho que Deus ficou meio zangado por eu ter falado daquele jeito e mandou um raio que eu podia jurar que tinha caído no quintal. E para minha vergonha, eu pulei na cama e acabei caindo em cima do poderoso chefão.

– Ei! Está tudo bem. – Ele afagou minhas costas e eu me arrepiei toda, dos pés a cabeça.

– Me desculpe Sr.Edward. Um milhão de desculpas.

Depois de pagar esse king kong em cima do Empire States, eu sai correndo para o meu quarto tropeçando e caindo no corredor escuro. Fiquei deitada embaixo da cama abafando com o travesseiro meus gritos de susto até conseguir dormir.

No meio da noite eu ouvi alguns passos no corredor e pensei que fosse a Annie assustada de um pesadelo, abri a porta e vi que a luz do abajur do quarto da Emi estava acesa. Fui de mansinho ver se ela precisava de algo e quando cheguei próxima a porta vi o Sr. Edward sentado na cama com a cabeça da Emilie em seu colo. Ele acariciava os longos cabelos ruivos da bonequinha pentelha e cantarolava uma canção de ninar. Quase chorei. Foi a cena mais linda que já vi, pelo menos o que eu tinha falado adiantou em alguma coisa, eu acho.

(...)

Eu precisava muito descobrir onde ficava o botão “Mute” dos seres humanos, porque sinceramente eu não sei de onde a Alice e a Ângela tiravam tanto fôlego para falar, elas só fecharam a boca um pouquinho quando a professora entrou na sala.

– Boa noite classe! Espero que hoje vocês estejam bem inspiradas, pois hoje o assunto é Sensualidade.

– Vamos falar de sexo? – Ângela perguntou e Alice ficou dando pulinhos na cadeira.

– Não – A professora respondeu dando risada – Sensualidade e não sexo, estamos em uma aula de pintura e não de biologia.

– Que triste. – Alice murchou na cadeira.

– Mas calma, vamos ter um modelo semi nu aqui. – Os olhos das simbióticas saltaram e quase que caíram no chão.

– Men... – Ang começou.

– ...tira! – e Allie continuou.

– Mas isso é arte meninas, apenas arte. E vocês vão ter que passar para a tela, toda a sensualidade do modelo.

– A gente pode tocar no modelo? – Preciso nem dizer que isso veio da Alice né?

– Não!

– Sem graça – Ângela bufou.

– Vou mandar ele entrar e espero que as senhoritas se comportem. – Ela olhou diretamente para as gêmeas siamesas. – Pode entrar Jasper, sinta-se a vontade.

– Meu. Deus. Do. Céu. Amado. – Os pinceis de Alice foram todos para o chão.

– Ta tudo bem? – Sussurrei para ela, enquanto ajudava a juntar tudo.

– Você já olhou o modelo? – Ela perguntou com cara de quem estava me achando retardada.

– Olhei.

– Ele é tipo galã de novela. Abalou minhas estruturas, estou até me sentindo febril, quero ligar para casa e para contar pro meu pai que já achei o meu futuro marido. – Eu precisava manter na minha agenda o numero de telefone do hospício, serio mesmo.

– Dessa vez vou ter que discordar de você mana. Claro que o achei tipo, super gato, mas não deu aquele “plim” sabe?

– Bom pra você, porque se tivesse dado eu te afogaria na privada.

– Todo seu.

– Obrigada! E você Bella? Na desse “plim” né? – Pra começa eu não sabia nem do que elas estavam falando, mas como ela ameaçou a própria irmã era melhor eu negar também.

– Nada! Nem plim nem plom nem plem, nada.

– Ótimo! Então nós já podemos nos casar.

– Ele nem sabe que você existe Allie - Falei dando risada da cara dela.

– Bella querida, se a sua estrela não brilha não tente apagar a minha, por favor! Ele não me conhece, aiiiinda!

– Desculpa, juro que não vou apagar nada – Eu ri.

– E nem ofusca o brilho dela. - Angela falou.

– Tudo bem.

– E me ajuda a falar com ele.

– Aí já não! – Acabou a graça.

– Por que não?

– Alice o cara ta na minha frente com apenas um paninho e nada mais, não estou tento coragem de olhar para ele para fazer a pintura, quem dirá falar com o garoto, esquece. Pede pra Ang.

– Se eu pintar ele com um pênis a professora vai me tirar pontos? – As vezes a Ângela se desligava tanto do mundo que não conseguia nem controlar os próprios pensamentos, acabava falando o que vinha na cabeça.

– Tira o membro do meu futuro marido da sua cabeça Ang, tira agora!

– Desculpa, saiu sem querer.

– E o seu Edward ein Bella?

– Meu? – Bem que eu queria. – Você quer dizer da Srtª Rosalie né?

– Nossa, nem brinca. Aquela mulher é insuportável. - Ângela fez cara de nojo.

– Eles vão jantar algum dia ai.

– Tomara que ela engasgue. – Alice sabia ser macabra as vezes.

– E você vai? - Elas perguntaram juntas.

– Claro que não né Ang. Vou fazer o que lá?

– Colocar chumbinho na comida da óxi.

– Acho melhor a gente terminar essa pintura antes que a professora nos coloque para fora.

Antes de terminar a aula a professora dispensou o Jasper o que deixou Alice possessa por não ter conseguido nem ao menos o sobrenome dele.

Cheguei em casa tão cansada que eu poderia cair ali mesmo no sofá, mas minha barriga roncava tanto que parecia que eu estava com a fome de dez mendigos. As luzes estavam acesas e Marie ainda estava na cozinha lavando alguma coisa na pia.

– Com fome?

– Muita!

– Deixei sua comida no microondas.

– Obrigada Marie. - Agradeci gentilmente.

– Mãe, o Edward já chegou? – Olhei para o lado e vi Jéssica encostada na bancada com uma saia que mais parecia um sinto. Ela nem queria chamar a atenção, imagina.

– Chegou, mas você vai para casa.

– Ai mãe como você é chata, só vou conversar com ele um pouquinho – E ainda tinha cara de safada a bisca. Nada bom, nada bom.

– Jéssica eu já falei que o Edward é como um irmão para você, não tente mudar as coisas.

– Ele não é meu irmão, mãe. E nós vamos nos casar um dia.

Ai Jesus, mais uma com síndrome de Alice. O Sr. Edward deve se banhar no mel todos os dias, como agüentar? Mas aquilo já não era problema meu. O meu problema já estava chegando...

– Eu não vou para lugar nenhum – Emilie entrou na cozinha e quando me viu abriu um sorriso diabólico que eu até fiquei com medo – Quer dizer, eu vou.

– Vai? – Edward perguntou entrando logo atrás dela. Jéssica quase caiu na bancada.

– Vou! Mas só se a Bella for com a gente.

– Como é? – Eu, Edward e Jéssica perguntamos ao mesmo tempo.

Do que mesmo que eles estavam falando? Alguém podia me informar?


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Notas finais do capítulo

Não revisei, mas quando eu chegar eu reviso, arrumo e respondo os reviews, pometu!Xêro e não se esqueçam de comentar AMO QUANDO VCS COMENTAM Amo vcs