Au Pair escrita por Bhruna


Capítulo 3
3 - Um Dia Muito Doido


Notas iniciais do capítulo

Oi minhas amouras! Demorei para vim aqui não é mesmo? Mas já estou aqui então vamos abaixar as armas. Estou amando cada comentário de vcs, fico muito feliz de saber que estão gostando.Bora lá para mais um cap?VAMOO COMÉÉÉÉÉÉGOOOOO!!



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– Não vou sentar nessa cadeirinha! – Emilie cruzou os braços emburrada.

– Não é uma cadeirinha, é um banco para crianças de cinco anos.

– Já vou fazer seis.

– Mas ainda tem cinco e precisa sentar ai.

– Não vou me sentar ai!

– Imagina ai nessa cabecinha. E se eu bato o carro? Você vai voar pela janela e parar do outro lado da estrada. – Ela arregalou os olhos e eu sabia que tinha a assustado. – Mas se você estiver no seu banquinho com o cinto de segurança não vai acontecer nada.

Sem questionar mais ela subiu no carro e sentou na cadeirinha, coloquei o seu cinto e depois o da Annie que estava lindamente fantasiada de Branca de Neve. Achar a escola foi fácil, difícil foi tirar a Emilie do carro que mais parecia um gato resistindo ao banho com patas grudadas em volta da bacia.

– Emilie qual é? Você chegou até aqui e agora tem que entrar.

– Não! – Os limites da minha paciência já estavam acabando.

– Ta legal! Eu realmente não queria ter que fazer isso, mas você não esta me dando alternativas.

Peguei sua mochila, joguei no meu ombro, peguei Emilie pela cintura e a puxei para o meu colo. Ela se debatia como um peixe vivo em uma frigideira quente e com toda certeza eu ficaria com roxos enormes nas minhas pernas, mas ela ia entrar na escola querendo ou não.

– Oi! Você deve ser Isabella, sou a professora da Emilie. Pode ficar tranqüila que assumo daqui. – Coloquei Emi no chão e a entreguei para a sua professora.

– É sempre assim? – Perguntei cansada.

– Todos os dias. - Ela deu um sorriso cansado e sabia que não era a única que passava por maus bocados com a Emilie.

Que ótimo então, eu tinha que comprar algumas caneleiras e umas calças feita com espuma. Já ia até anotar na minha lista.

Passei em frente a um supermercado e não resisti, eu tinha que entrar e comprar feijão. Eu não ia conseguir viver comendo as comidas daqui. Serio mesmo.

– Quelo todas as bolachas. – Annie falou pegando um mini carrinho de mercado.

– Você não pode comer um monte de bolachas. - A adverti, mas sorri porque não resistia aquela carinha.

– Balas?

– Também não.

– Chicletes?

– Quer ficar com os dentes podres?

– E hambúguer?

– Não.

– Não posso come nada? Vou moler de fome. – Eu ri com aquela fofura. Ela me lembrava o cebolinha.

– Você não vai morrer de fome.

Eu nem podia culpá-la por querer tudo quanto é porcaria do supermercado, as pessoas daqui eram maníacas por besteiras. E comiam arroz sem gosto, o que me fez lembrar de pegar alguns temperos. A febre americana é o fast food, claro que seria uma maravilha comer no McDonald’s todos os dias, mas eu realmente queria passar dos cinqüenta anos e sem ter hipertensão ou o colesterol nas alturas fora que não queria sair rolando por ai. Está certo que eu não tinha um corpo de modelo e vivia fazendo dietas ridículas para manter o peso, mas eu estava bem assim e aqui para uma pessoa se manter magra ou ela tem que ter essa herança genética, ou ela tem que ficar contando os grãos de arroz que come para depois enfiar uma escova de dente na garganta e botar tudo para fora, ou então, tinha que ter muito controle e não sair aproveitando as promoções malucas que estavam por toda parte. E acreditem em mim é difícil resistir quando você vê “Compre um Big Mac e com mais setenta e cinco centavos leve uma batata frita e um refrigerante tamanho família”. Difícil de resistir não é mesmo?

Eu ficava feliz de não ter que trocar fraldas de bebê, pois trocar uma criança que come tanta porcaria é uma experiência de quase morte e pode acreditar até os bebês daqui comem essas besteiras. Um horror! Se eu tivesse que trocar fralda da Annie nunca que deixaria ela comer essas coisas. Annie! Interrompi minha confusão mental ao perceber que a menina não estava mais do meu lado.

– Meu Deus! Cadê a Annie? – Olhei para todos os lados e nada da menina. – Annie?

Deixei tudo onde estava e sai correndo pelo corredor atrás da garotinha. Que maravilha Bella, mal chegou e já vai ser demitida por perder a criança, isso se eu não fosse presa. Rodei, rodei, rodei até perceber que eu não tinha saído do lugar ainda. Minha cabeça não estava processando e eu tinha que achar a Annie.

– Oi a senhora não viu uma menina vestida de Branca de Neve por ai?

Ninguém entendia nada do que eu falava já que eu estava misturando o inglês com português e espanhol. Eu nem conseguia pensar direito quem dirá falar. Fiquei passando por todos os corredores até que me lembrei que ela queria bolachas. Corri para o corredor de guloseimas e lá estava ela, sentada no chão com um monte de pacotes de bolachas espalhados em sua volta. Juro que não sabia se eu chorava de alivio se eu ria de felicidade ou se enfiava minha cabeça na terra por ela estar estragando quase todas as bolachas do supermercado.

– Annie! Graças a Deus! – Ela se levantou e correu em minha direção.

– Acho que queblou algumas.

– Você acha? – Olhei para onde ela apontou e rezava para ter dinheiro o suficiente para pagar pelo estrago. – Não devia ter saído de perto de mim Annie. Quase tive uma parada cardíaca sabia?

– O que é uma palada cadiaca? – Ela pendeu a cabeça para o lado e eu ri. Annie era linda demais.

– É quando o coração da gente para de bater.

– Quédo! Não quelo que seu colação pala de bater.

– Então não saia mais de perto de mim ok?

– Plometo! - Eu tinha que ensinar a Annie a falar com “r” ao invés de “l”.

Depois de passar no caixa e pagar uma fortuna pelas bolachas estragadas, pensei em levar Annie a um parque, mas era bem provável que eu perderia a menina no meio de um monte de criança então a levei para a praia. Claro que eu podia perder ela lá também, mas não soltei da sua mão um só segundo.

– Bella não vamo busca a Emi? – Annie perguntou pegando uma conchinha da areia.

– Minha Nossa Senhora! – Olhei no relógio e faltavam cinco minutos para Emilie sair da escola.

Onde é que estava minha cabeça ein? Primeiro perdia Annie no mercado depois esquecia Emilie na escola, desse jeito eu não iria durar nenhum semana aqui.

Praticamente voei para escolinha e quando cheguei Emilie já estava no portão com cara emburrada e os braços cruzados.

– Achei que só ia chegar de noite.

– Me desculpa Emi eu perdi a hora.

– Vou contar para o meu pai.

– Claro que vai – E eu já podia fazer minhas malas.

– Não se preocupe – A professora se aproximou com a mochila da Emilie. – A Emi acabou de sair, não tem nem dois minutos.

– Ah então ela só estava fazendo drama – Olhei para a pestinha e ela bufou.

– Quero ir para casa, agora!

Coloquei as duas de volta no carro e segui para a casa, ou melhor, a mansão do Cullen. Annie cantava no banco de trás enquanto Emilie olhava pela janela com um olhar vago.

– Foi tudo bem na escola? – Perguntei tentando parecer amigável.

– O mesmo saco de sempre.

– Onde você aprendeu a falar assim?

– Eu assisto televisão oras. – Certo ela tinha que parar então ou o pai dela iria pensar que eu quem estava ensinando.

– E por que foi um saco?

– Não é da sua conta.

– Ok só estava tentando ajudar. – Oh menina difícil.

– Bella eu sou uma babie?

– Você mais bonita que uma barbie, Annie.

– Mas eu sou uma babie?

– É! Você é uma barbie – Pra que contrariar a criança? Já me bastava uma emburrada.

Eu estava descendo a Annie do carro quando o carro do patrão parou ao lado meu (não bem meu, mas era o que eu usava para andar com as crianças). Ok senhor agora é a hora de mandar forças para minhas pernas, ta bom? Sr. Cullen desceu do carro usando óculos escuros e ainda estava de jaleco. Eu ia infartar, eu ia infartar.

– Boa tarde ladies! Vim almoçar em casa hoje.

Annie pulou no colo do pai quase o enforcando de tão apertado que foi o abraço. Pude jurar que vi um sorrisinho nos lábios da Emilie, mas logo ela ficou seria e eu também.

– Como estão essas belezinhas? – Uma loirona saiu de dentro do carro e foi para o lado do Edward – Sentiram saudades de mim?

Annie fechou a cara e Emilie se escondeu atrás de mim. É pelo jeito elas não sentiram muito sua falta não dona oxigenada e eu não estava com a menor vontade conhecê-la. Para mim ela cheirava podre como a fralda de um bebê americano.


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Notas finais do capítulo

Pobre Bella. Ai está minhas ladies se tiver bem muitão de comentários eu posto logo, sou movida a reviews kkkkkkkk' Xêro