Vidas Opostas escrita por OllySwan


Capítulo 5
O feitiço contra o feiticeiro


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, desculpem a demora... recadinhos lá no final ;D



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No capítulo anterior…

 

            “Hey, não vai me ajudar?” Perguntou.

            “Não ajudo homens.” Anunciou.

            “Eu não sou homem!” Ela vociferou.

            “Tenho minhas dúvidas.” Ele disse e saiu andando em direção ao seu quarto. Bella sentou no chão e ficou pensando no que ele quis dizer com aquelas palavras.

            Ela era mulher, e muito mulher! Aquilo havia ferido seu ego. Nunca ninguém duvidara de sua feminilidade.

            Afinal ela não estava nem aí com aquele ser idiota, ela só queria fazer da vida dele um verdadeiro inferno. Estava se tornando seu passatempo preferido.

 

~*~


            Digamos que todo o ser humano ama dormir, o problema é quando atrapalham seu sono... Bella acabou acordando com Caroline a cutucando.

            “Acorda Bella, acorda, vamos lá pra fora!”, a menina a balançava, Bella se mexeu e resmungou um palavrão.

            “Olha a boca dona Isabella, vem logo, está um dia maravilhoso lá fora”, a menina continuava perturbando-a, Bella queria maldizer algo sobre a menina, mas deixou pra lá, era uma criança.

            “Mas que droga Carol, deixa eu dormir”, ela reclamou e levou um dos braços ao rosto escondendo os olhos. Caroline levantou e foi até a cortina e a abriu, o sol que radiava entrou pela janela fazendo doer os olhos da moça.

            “Olha só que dia lindo!”, a menina disse satisfeita.

            “Ai minha vista! Carol, eu já vou ok?”, Bella levantou um pouco na cama e viu a menina sair do quarto pulando igual uma perereca. A mulher sorriu, a criança era uma companhia para ela, depois de quase duas semanas dentro daquela mansão já estava se sentindo frustrada, queria fazer algo para mudar o clima.

            Levantou e fez sua higiene pessoal, tomou banho e vestiu roupas confortáveis, passou uma maquiagem leve, e calçou seu all star preferido.

 

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(Roupa da Bells ;D )

 

            Caroline estava sentada assistindo televisão quando viu sua –agora- melhor amiga descendo as escadas e quase caindo de tanto sono.

            “O pessoal está lá fora, só esperando por nós”

            Bella tentou fazer uma careta satisfeita.

            “Então vamos, mas o que eles estão fazendo lá fora?”, ela perguntou.

            “Jogando e fazendo um mini piquenique”, a menina respondeu e levantou rapidamente puxando a mão da amiga para saírem da casa.

 

-

 

            Alice estava deitada na grama enquanto Jasper estava sentado ao seu lado conversando sobre coisas fúteis e sem interesse algum. Emmett estava apreciando seu cigarro, quando viu as meninas saindo da casa deu um grito que assustou Alice e Jasper.

            “Hey! Bella e Carol”

            “Pára de gritar seu monstro!”, Alice disse brava.

            Emmett mostrou a língua para Caroline que correu para sentar em seu colo. Nessas quase duas semanas a menina já havia feito uma amizade muito bonita com Emmett e Bella, o que deixava sua tia muito feliz, mas seu pai já não gostava da idéia.

            Bella sentou ao lado de Jasper respirando o ar fresco que o verde trazia para si.

            “Onde está o resto do povo dessa casa?”, perguntou Bella.

            Jasper riu e tragou um pouco do cigarro que pegara da mão de Emmett.

            “Os Italianos saíram para procurar um lugar para alugar e montar o novo negócio deles, Edward foi trabalhar, e Alec não se mistura conosco”, Alice concluiu com um riso debochado.

            Bella revirou os olhos, o garoto tinha mesmo uma cara e jeito de metido, pensou ela.

 

-

 

            “Precisamos encontrar um lugar belo, Aro”, disse Caius frustrado com o irmão. Aro andara procurando lugares velhos, caindo aos pedaços, melhor dizendo.

            “Vamos afortunar a nossa cultura Italiana meu irmão”, Aro estacionou o carro em frente a um prédio de cor verde.

            “Temos que pensar direito porque a vigilância sanitária pode vir nos fiscalizar”, Caius novamente viajara em seus pensamentos.

            “Oh, calem a boca”, Marcus disse frustrado e saiu do carro empurrando Caius para fora. O homem maldisse alguns palavrões, mas de repente ficou em silêncio observando o prédio. Por hora, Aro devia ter sido iluminado por um anjo, porque em vista dos locais que ele havia passado antes... aquele lugar parecia ser magnífico;

             “Que magnífico”, concluiu Caius.

            Aro levou as mãos de encontro ao peito, “Questo posto ès belo”

            “Realmente é bonito”, concordou Marcus. “Vamos logo falar com o dono deste lugar”, o homem pegou a caneta que havia no bolso de seu paletó e anotou o endereço do homem que estava na placa de “vende-se”.

Eles entraram no carro e se dirigiram ao local que não era muito distante. Chegando lá encontraram uma casa simples, um velho sentado na cadeira de balanço ao lado da porta.

            “Bom dia homem”, Aro cumprimentou o velho que o olhava aterrorizado, como se visse uma assombração. “Como estás?”

            “O bicho do mato vai pegar vocês, saiam daqui”, o velho disse com a voz trêmula. Aro engoliu em seco e olhou para os irmãos que não entendiam nada.

            “Senhor? Queremos falar com Silvio”, Aro tentou novamente.

            O velho suspirou.

            “Eu já disse, o bicho do mato quer pegar á todos nós”, o velho disse e levantou para assustar os três, mas logo eles ouviram a voz de uma mulher.

            “Papai? Papai?”, a mulher abriu a porta e saiu da casa olhando para os três homens e o velho de pé tentando assustar eles. “Papai... já está assustando as visitas?”, a mulher disse com uma voz cansada, o velho adorava assustar todas as pessoas que chegavam naquele lugar. Ela sorriu e ajudou o velho a se sentar novamente. “O desculpem... é a idade”, ela disse e os homens respiraram aliviados, Aro pensou que o velho poderia ser algum psicopata, não?!

            “Hum, tudo bem”, Aro enxugou a testa que começara a transpirar, “Vim aqui para tratar de negócios”

            A mulher sorriu e os convidou para entrar.

            “Creio que a senhora é parente do senhor Silvio, certo?”, Caius disse.

            “Esposa”

            “Oh sim, esposa...”, Aro disse lentamente antes de sentar no estofado de cor mogno.

            “Bem, meu esposo já deve estar chegando, ele saiu para resolver algumas coisas... fiquem a vontade. Querem água ou alguma coisa?”, perguntou a mulher.

            “Não, obrigado”, respondeu Marcus.

            Os três homens ficaram sentados reparando em tudo, nas fotos, nos quadros da parede, na poeira que havia na mesinha de centro.

            Depois de alguns minutos ouviram a voz de um homem que entrara na casa.

            “Querida?”, a voz disse e então o homem avistou os três senhores bem vestidos que estavam em sua sala. Pegou a espingarda que estava pendurada atrás de si e apontou para eles.

            “Pelo amor de Deus não atire!”, gritou Aro com todas as suas forças.

            “O que querem? Vocês são da máfia?”, o homem sacudiu a espingarda fazendo Aro, Caius e Marcus tremerem as pernas.

            “Não, que máfia, Por Dio!”, Caius disse atemorizado. O loiro pensou que tipo de gente era aquela? Aro sempre os metia em confusão.

            “Então o que são? Espiões americanos?”, o homem disse nervoso, estava com medo afinal.

            “Espiões não!”, gritou Aro.

            A mulher do homem desceu as escadas e sorriu para o marido.

“Amor, vieram tratar de negócios”, sua voz era doce.

            O homem respirou fundo e abaixou um pouco a espingarda. Olhou para a mulher que estava com uma camisola branca e pensou o que ela estava fazendo com uma camisola a essa hora da tarde? O homem sabia que ela não era uma das esposas mais fiéis, mas preferiu deixar esse assunto pra lá.

            “O que querem afinal?”, perguntou Silvio.

            “Bem, nós vimos o seu prédio e gostaríamos de negociá-lo”, começou Marcus. “Quanto quer por ele?”

            O homem suspirou aliviado, realmente não eram mafiosos ou espiões americanos.

            “Quinhentos mil dólares”, respondeu na lata. Aro pensou um pouco.

            “Bom, nós temos esse dinheiro, mas antes precisamos conhecer o local”

            “Certo, podemos ir agora se quiser”, Silvio disse.

            “Agora, por favor”, sorriu Caius e então saíram para irem ao local conhecer as instalações.

 

-

 

            “Tesoura, papel e pedra”, cantou Bella e lançaram os dedos ela, Emmett e Carol.

            “Tesoura corta papel”, disse Carol e fez o gesto de cortar o papel de Bella.

            “Ai que droga, essa menina ganha tudo”, reclamou.

            Emmett riu da idiotice de sua irmã.

            “Olha lá o pingüim vindo”, Emmett disse e fez a garota se distrair, foi quando a pegou no colo e começou a correr pelo jardim.

            Não era um pingüim, mas era Harry que trazia o telefone em uma bandeja.

            “Pra senhorita, Isabella”, ele disse com formalidades.

            “Bella”, ela o corrigiu, odiava que a chamassem pelo nome. “Pra que você traz o telefone em uma bandeja?”, perguntou ela curiosa.

            “São as normas que o dono da casa nos exige, senhorita”, respondeu Harry. Bella revirou os olhos e refletiu como Edward era ridículo e cheio de frescura com aquelas coisas.

            Ela atendeu o telefone enquanto Alice e Jasper voltaram a atenção para a amiga ao telefone.

            “Bella Swan, no que posso lhe ajudar?”, ela tentou suas formalidades.

            “Oi Bella”, a voz do outro lado respondeu.

            “E aí, vai vir quando?”

            “Estou chegando hoje, vou poder me hospedar na mansão do famoso empresário Edward Cullen?”, a moça perguntou.

            “Claro Gianna”, Bella deu um sorrisinho. “Vou avisá-los que você está chegando”

            Bella desligou o telefone e olhou para os demais que a olhavam com rostos indecifráveis.

            “Gente, a Gi está chegando!”, ela gritou e jogou os braços para o alto, os demais ficaram felizes, voltariam a tocar e tinham certeza que os shows logo começariam.

 

-

-

 

            Já estava escurecendo quando Edward terminou seu trabalho. Eram tantos papéis a assinar que ele ficava totalmente perdido. Se não fosse a ajuda da Sra. Jones estava mais perdido ainda.

            Levantou de sua cadeira de couro finíssimo e foi até a cafeteira que estava em uma mesinha. Pegou um pouco do café e sentou-se no sofá que era destinado as pessoas importantes que entravam em sua sala.

            Respirou fundo e bebericou um pouco do café, olhou ao redor e viu as fotos de seus entes queridos. Sua filha desde bebê, sua irmã, seus pais que tanto sentia falta e sua ex - esposa.

            Ao olhar para a foto da ex - mulher sentiu uma dor horrível no peito e o apertou com força. Estava ficando velho, perdera sua juventude toda.

            A dor era intensa, apertava seu peito de tal maneira que pensava que poderia perfurar a pele com os dedos.

            “Edward o que está acontecendo?”, Sra Jones entrou na sala para entregar algumas encomendas quando encontrou Edward gemendo de dor e estirado no sofá. O copo de café havia caído no chão e sua pele estava mais pálida do que já era.

            “Por Deus Edward”, ela disse desesperada e pegou na mão no jovem, sua mão estava gelada.

            A secretária pegou o telefone e discou para o doutor Richards, conversou com ele e ele disse que estaria em poucos minutos no escritório de seu paciente.

            Sra Jones ficou observando o menino Edward – assim como ela gostava de o chamar – ele tinha a aparência muito cansada, estressada na verdade.

            Pouco tempo depois doutor Richards entrou no escritório, Edward estava deitado no sofá olhando para o nada, no entanto, a dor havia cessado.

            “Olá doutor”, Sra Jones o cumprimentou, ele devolveu o cumprimento e tratou de checar as condições de seu paciente.

            “O que houve então?”, o homem perguntou.

            “Entrei no escritório e Edward estava caído”, ela argumentou, “Agora ele está aí parado olhando para o nada”, ela disse olhando para o jovem.

            “Por favor, nos deixe a sós?”, pediu o médico. Sra Jones concordou e saiu porta a fora.

            O homem checou a pressão de Edward, e mais algumas coisas que os médicos faziam em seus pacientes.

            “Hum...”, o médico resmungou, Edward sentou-se no sofá e respirou fundo.

            “O que eu tenho?”, perguntou, sem ânimo algum.

            “O que realmente você anda sentindo?”, rebateu o médico enquanto fazia suas anotações.

            “Cansaço, tremedeiras, dor no coração... essas coisas...”

            O médico olhou no fundo dos olhos de seu paciente.

            “Pelo que me parece, e pelo que eu te conheço... você está com um quadro grave de estresse”

            Edward deu de ombros.

            “Estou falando sério, qual tem sido a sua vida nos últimos 9 anos?”

            O jovem abaixou a cabeça.

            “Casa, filha, trabalho”, respondeu.

            “Saiu alguma vez para se divertir?”, o médico cruzou os braços. Conhecia bem Edward, sabia de toda a sua vida.

            “Não”

            “Então, você quer morrer, cara? Se você não se cuidar agora, esse estresse vai te matar”

            Edward riu, não poderia morrer assim, o médico deveria estar brincando com ele.

            “Olha doutor...”

            “Olha nada, vou te passar um mês de férias”

            Edward o olhou assustado, não poderia ficar um mês longe de sua empresa.

            “Que isso, estás louco?”

            “Não!... estou apenas cuidando de sua saúde”, argumentou o médico. Escreveu uma receita isolando o paciente de seus trabalhos no período de um mês.

            Edward não gostara da idéia, ainda mais agora que sua casa estava cheia de loucos, como poderia descansar? Não tinha condições... ele preferia ir ao trabalho ao ter que ficar com loucos do tipo Isabella Swan.

            Só de lembrar o nome da garota já sentia um arrepio. Ela iria fazer de sua vida um inferno, e aí sim ele morreria de estresse.

            “Doutor, não posso ficar em casa”, o empresário disse, o médico o observou.

            “Por quê?”

            “Porque minha casa está parecendo um hotel cheio de turistas e tem uma louca de uma garota lá”, ele disse.

            “A banda da sua irmã?”

            “Sim”

            “Aiii! Eu adoro eles!”, o médico disse com uma voz totalmente estranha, Edward o observou com a sobrancelha arqueada. Doutor Richards soltando as frangas? Hum...

            “Hum, desculpe, enfim... e seu pai, tem noticias?”, o médico disse totalmente sem graça.

            “Está morando em Londres ainda”

            O médico sorriu, Carlisle havia sido um grande amigo de faculdade.

            “Mande notícias quando falar com ele”

            Edward assentiu e pegou a receita da mão do médico, sua vontade era socá-lo, ele não acreditava que teria que ficar um mês dentro de casa agüentando aqueles loucos, sem falar nos Italianos.

            “Até mais, doutor Richards”, virou as costas e pegou sua maleta, saiu porta a fora jogando a receita médica na mesa da Sra. Jones.

            “Até mês que vem Sra. Jones”

            Ela o observou assustada, mas depois riu, Edward era mesmo um menino que só tinha tamanho.

 

-

-

 

            Bella estava sentada na sala conversando com os Italianos, concluiu que eles eram bons de papo.

            “Então assinaram o contrato?”, perguntou a jovem.

            “Sim, assinamos e começaremos as reformas na próxima segunda”, sorriu Aro, sentia-se satisfeito.

            Eles continuaram conversando até ouvir o barulho da porta da sala batendo, olharam para trás e viram que o homem da casa havia chegado.

            “Olá Edward”, Marcus o cumprimentou.

            “Oi”, ele disse seco, olhou para os quatro e fuzilou a Swan com os olhos. “Onde está Caroline?”, perguntou ríspido.

            “E eu vou saber?”, ela deu de ombros.

            “Deveria saber”, ele disse.

            “Eu não sou pai dela”, retrucou Bella, arrancando risos de Aro.

            Edward deu de ombros e saiu procurando pela filha.

            “Cara louco”, ela disse e os homens concordaram. “Nossa, esqueci de contar uma coisa pra ele...”, Bella queria se chutar, teria que ir atrás daquele troglodita mal educado.

            “Droga, já volto”, ela pediu licença para os homens e saiu procurando pelo homem.

            Bella subiu as escadas até o quarto de Carol, olhou dentro e não viu ninguém, procurou no quarto de Alice e também não viu ninguém, fazia horas que haviam entrado para casa e a moça disse que iria dormir, mas como Alice era deveria ter saído.

            “Droga”, resmungou e quando fechou a porta do quarto levou um susto com a pessoa que viu atrás de si.

            “Espiando o quarto de Alice?”

            “Droga, que susto cara”, Bella disse furiosa e com as mãos o empurrou para longe de si, percebera então o peitoral que o indivíduo possuía.

            “Eu estava procurando por Alice”, disfarçou a tensão que pairava entre os dois.

            “Hum...”, o homem silenciou, observava o rosto da mulher então, um rosto bem desenhado, olhos claros e cabelos escuros, sua pele branca como a neve.

            Depois de algum tempo em silêncio Bella resolveu falar.

            “Nossa agente musical está chegando e ficará aqui conosco”, ela disse tudo de uma vez.

            “Aqui virou hotel pelo jeito, né?”, Edward resmungou.

            Bella imaginou que a mulher dele deveria ter o largado por causa de ser tão misero chato. Deu de ombros e saiu andando, Edward a puxou pelo pulso e a fez olhar para ele.

            “O que é?”, perguntou a moça insatisfeita.

            “Quando encontrar Alice diga que quero mostrar algo para todos vocês”, ele disse e continuou a olhando nos olhos, sentiu alguma coisa estranha ao perceber que segurara o pulso daquela mulher. Percebeu que a pele dela era tamanha macia.

            Bella puxou o braço de volta, percebendo também que aquele homem tinha uma força incrível, chegara apertar tanto seu pulso que até doeu. Saiu andando deixando aquele homem chato para trás, algo estranho sentira quando ele puxara seu pulso, deveria realmente estar ficando louca ou com repulsa daquele homem?

            Quando Bella já estava descendo as escadas encontrou com Alice e Caroline.

            “Alice, Edward quer falar contigo e com nós da banda”

            Alice estranhou, mas não disse nada, olhou para o topo da escada e viu seu irmão descendo;

            “Olá irmão”

            “Olá”, ele respondeu, “Me acompanhem, quero mostrar algo para vocês”, ele disse antes de pegar Carol no colo e lhe dar um beijo no rosto.

            “Espera vou chamar o Jasper e o Emmett”, Bella gritou e quando virou para subir as escadas tropeçou no degrau e caiu novamente.

            “Mas que...”, ela falou um palavrão tão alto que Edward teve de tampar os ouvidos da garotinha.

            “Alguém me chamou?”, Emmett apareceu na ponta da escada com a pior cara de sono possível.

            “Hã?”, Alice não havia entendido.

            “Eu ouvi a Bella gritando “Mas que filho....”” ele repetiu e Edward já estava ficando nervoso, tampara novamente os ouvidos da garotinha.

            “Não te chamei, eu só xinguei essa escada de filha de uma...”, Bella disse novamente, Edward a fuzilou, como poderia deixar sua filha na companhia de uma boca suja?

            “Dá pra calar essa boca ou quer um sabão emprestado?”, o homem disse nervoso. Alice riu e gritou por Jasper que apareceu da cozinha, certamente estava comendo.

            Bella subiu nas costas de Emmett que a levou até onde Edward estava indo.

            Era um corredor no subsolo da mansão. A escada que pegava da parte detrás das escadas os levava até uma sala, o corredor era iluminado com luzes fracas, um grande tapete vermelho cobria o chão do imenso corredor. Caminharam observando tudo, nem mesmo Alice sabia que existia aquele lugar.

            Chegaram em frente de uma porta cor mogno, Edward abriu e deu passagem para os membros da banda.

            Bella como vocalista entrou primeiro com Emmett, logo atrás Alice e Jasper, Edward e Caroline. Bella abriu a boca em um perfeito “O”

            “Meu Deus...”, foi o que conseguiu dizer ao observar a sala perfeitamente produzida em um estúdio particular, havia vários instrumentos, guitarras novinhas em folha, bateria, violão, microfones, suportes, um piano de cauda, uma verdadeira sala musical.

            “Que lindo Edward!”, Alice disse emocionada ao ver o que o irmão preparara.

            “Preparei pra vocês porque eu sei que necessitam de um lugar pra ensaiar e etc...”, ele argumentou. Bella não sabia o que dizer, olhou para o homem e sentiu menos repulsa dele.

            “Ah obrigado cara”, ela disse e o abraçou, Edward ficou paralisado mas depois abraçou a moça também. Ela então percebeu o que havia feito e fez uma cara de poucos amigos, separando seus corpos.

            “Ok, menos...”, ela resmungou. Edward viu que ela era bipolar.

            “Tem até um sofá imenso pra descansar”, disse Emmett todo sorridente. “Obrigado mesmo Edward”

            “De nada...”

            “Toquem alguma música para estrear o lugar”, pediu Caroline, ela gostava da banda.

            Bella olhou para os integrantes e eles assentiram, cada um pegou seu instrumento e se posicionaram nos lugares. Bella pegou uma guitarra e ajustou o microfone, Edward e Caroline sentaram no sofá na lateral da sala.

 

http://www.youtube.com/watch?v=iu2Fhv4AVJw

 (Hinder – Lips Of An Angel / N/a: é só pra terem uma idéia, blz?)

 

Querida, por que está ligando tão tarde?

É meio difícil falar agora

Querida, por que você está chorando?

Está tudo bem?

Eu tenho que sussurrar porque não posso falar alto

 

Bem, minha garota está no quarto ao lado

Às vezes desejo que ela fosse você

Acho que nós nunca seguimos em frente de verdade

 

É ótimo ouvir sua voz dizendo meu nome

Soa tão doce

Vindo dos lábios de um anjo

Ouvir essas palavras me enfraquece

E eu nunca quero dizer adeus

Mas, garota, você torna difícil ser fiel

Com os lábios de um anjo

 

Engraçado você me ligar esta noite...

E, sim, eu também tenho sonhado com você

E ele sabe que você está falando comigo?

Isso vai causar uma briga?

Não, eu não acho que ela desconfie...

 

Bem, minha garota está no quarto ao lado

Às vezes desejo que ela fosse você

Acho que nunca realmente seguimos em frente

 

Querida, por que está ligando tão tarde?

 

            Bella terminou a música arrancando aplausos de Caroline, Edward a encarava profundamente, ela se sentiu constrangida, era como se o homem pudesse ler sua alma.

            Ela largou a guitarra no suporte e respirou fundo, o homem despertou de seu transe e balançou a cabeça.

            “Bom, é isso... vou me deitar um pouco”, ele disse frustrado, saiu pela porta deixando todos assustados, Bella ficou confusa com o que ocorrera, Alice respirou fundo.

            “Vou falar com ele”, disse a moça e pediu licença para eles, sabia o que havia acontecido com seu irmão.

 

-

-

 

            Harry descera correndo as escadas a fim de atender a porta, como alguém não atendia enquanto ele estava ocupado? Por Deus, só porque estava arrumando algumas coisas no quarto da nova hóspede.

            Abriu a porta e quase seu queixo caiu no chão.

            “Olá, mansão Cullen?”

            Harry não conseguia responder, a mulher era estupenda, uma das mulheres mais lindas que já havia visto em sua vida.

            A mulher abanou a mão em frente aos olhos do empregado, ele como num salto se pôs em seu lugar e estufou o peitoral.

            “Sim... quem é a senhora?”

            Ela sorriu.

            “Sou Gianna Hansen, acessora da Bella e sua banda”

            O homem deu passagem a ela, a mulher entrou e admirou a casa, realmente era divina.

            “Gi!”, a moça olhou para o lado de onde vinha a voz, que ela reconhecera na certa, era de sua menina, Bella.

            “Bells”, ela sorriu e abraçou forte a moça que correra em sua direção. “Estava com saudade”

            “Eu também, a propósito, estou sentindo falta da nossa agenda cheiíssima!” exclamou Bella.

            “Oi Gianna”, Emmett e Jasper sinalizaram para ela em um perfeito coral.

 

Gianna sorriu para Jasper, eles tinham seus rolos, não era nada sério, nunca foi nada sério, mas ela acreditava que um dia poderia ser sério o romance entre os dois, para Jasper, ela não passava de mais uma de suas diversões.

 

            “Bom, onde vai ser meu quarto?”, perguntou.

            “Harry Potter vai te mostrar”, Brincou Bella, Harry sorriu.

            “Harry Potter?”, Gianna arqueou a sobrancelha, não entendera a piada.

            Bella ergueu as mãos, “Deixa pra lá, você é loira... nunca entende minhas piadas”

            “Haha”, Gianna revirou os olhos, e foi logo subindo as escadas, Harry percebeu que não era somente a Swan que era folgada, esse povo todo, tirando Alice, todos eram folgados.

 

-

 

            Edward correu até seu quarto e lá se trancou, não queria ver mais ninguém, nem mesmo sua filha. Olhou para as fotos ao redor e lá estava ela, quem tanto amou, quem dera a luz a pessoa mais importante de sua vida.

            “Porque você fez isso comigo, Jane?”, disse enquanto as lágrimas desciam sobre a foto da mulher.

            A dor era incurável, Jane havia o largado desde o nascimento de Caroline, mas para a menina, ele nunca contara a verdade, preferia manter a imagem de uma boa mãe que morrera após o parto.

            Alice que sabia o que afligia o irmão batia na porta pedindo para entrar, ele gritava que não, que queria ficar a sós, depois de tanta insistência Edward a deixara entrar.

            “Irmão o que houve?”, ela abraçou o homem que era mais alto, claro.

            Ele não respondeu, apenas afundou o rosto no vão do pescoço da jovem, Alice sentiu as lágrimas de seu irmão que chorava em silêncio, aquilo cortava seu coração.

            “Você tem que esquecê-la”, ela disse, “Você sabe o que ela fez, não adianta sofrer porque ela não vai voltar”

            “Eu não quero que ela volte, eu queria apenas que nada daquilo tivesse acontecido”, ele disse alto, Alice pegou em seu rosto com as duas mãos e encarava o fundo de seus olhos.

            “Edward, você precisa viver”

            “Eu não preciso de nada, nem de ninguém”

            “Precisa sim, você pode ter o dinheiro que for, se você não tiver alguém do seu lado, você será infeliz!”

            Edward resmungou e então seguiu para o lado da janela.

            “Não estou dizendo que não quero viver, é claro que quero, mas ninguém vai conseguir me tocar”

            Alice balançou a cabeça em reprovação, seu irmão era um cabeça dura, nunca aceitava a opinião dos outros.

            “E pretende viver desse jeito até quando?”

            “Até quando alguém tocar meu coração”, ele disse decidido, secou as lágrimas e saiu do quarto, ninguém nunca o entenderia.

 

            As pessoas têm a tendência de achar que a dor é superada com o tempo. Muitas vezes nem o tempo é capaz de cicatrizar as feridas. Em relação ao amor, talvez o remédio seja um novo amor, independente, todos precisam de um amor na vida, Edward não queria entender que precisava ser feliz, precisava dar uma mãe a Caroline.

 

            Desceu as escadas rapidamente, já estava tão escuro e a casa por incrível que pareça estava silenciosa. Foi para o jardim e sentou em um dos bancos, ficou a observar a fonte, tirou do bolso um cigarro e o acendeu, pensou em como a vida realmente era uma droga.

 

-

 

            “Sabe Carol, estou sentindo falta de uma travessura”, disse Bella enquanto cobria a garotinha.

            A menina riu.

            “Você e suas artes...”

            “Ah, sério, ta tudo muito chato por aqui... vou aprontar alguma coisa”, ela sorriu matreira. Bella teve a idéia na hora, e nem comentou com a menina, senão ela teria um troço.

            “Dorme querida, amanhã te contarei o que eu vou fazer”, ela riu e deu um beijo na testa da garotinha.

            Bella abriu a porta e saiu, depois desceu as escadas analisando o local, agora era a hora de se vingar do homem que duvidara de sua feminilidade.

            Ela riu como uma bruxa malvada prestes a realizar seu feitiço. Olhou pela janela da sala e viu o homem sentado no banco fumando.

            “Desgraçado... ainda fuma... mal exemplo meu Deus”, ela colocou a mão na cabeça e balançou em sinal negativo. “Onde esse mundo vai parar?”, perguntou a si mesma, se bem que não poderia julgá-lo porque afinal também fumava.

            Ela saiu pela porta dos fundos e foi até a casinha do cachorro de Caroline, o pegou pela corrente e fazia sinais para o cachorro ficar quieto, Edward não poderia perceber o que ela estava aprontando. O cão para ajudar ela grande demais, e pesado.

            “Vamos cachorrinho lindo”, ela resmungou. O cão levantou e seguiu em frente, “Isso vamos seu pulguento nojento de quatro patas”, ela disse e no mesmo instante o cão parou no caminho e não queria seguir em frente.

            “Ah vamos!”, Bella tentava o puxar pela coleira, mas era inútil, sua força que era mínina não conseguia arrastar o cão.

            “Caramba vem!”, gritou alto demais, depois percebera que Edward poderia ter ouvido.

            Edward estava sentado fumando mais um cigarro quando ouvira a voz de alguém, se não estivesse sozinho poderia jurar que era a voz da Swan.

            Olhou para trás e só via escuridão.

            “Tem alguém aí?”, gritou, Bella estremeceu.

            “Au au au au!”, ela resolveu se limitar a latir igual a um cão, coisa ridícula, sabia.

            O homem relaxou e continuou fumando enquanto Bella e o super cão seguiram para dentro da mansão pelos fundos.

 

            Ela o guiou até o quarto de Edward e o fez subir na cama.

 

            “Faça xixi”, ela ordenou ao cachorro que ficou a olhando. “Faz logo”, resmungou.

            O cão apenas deitou na cama e continuou olhando para a mulher.

            “Que droga, você não é meu amiguinho”, ela apontou para ele e sentou no sofá que estava do outro lado.

            O cão bufou forte e levantou a pata traseira, fazendo xixi. Bella sorriu, seu drama com o cão havia funcionado. Ele sem se importar levantou e foi embora deixando a moça para trás.

            “Yes!”, gritou satisfeita, agora teria que sair rapidamente para o homem não perceber o que ela acabara de aprontar.

 

-

-

 

            Edward entrou na casa após ter fumando uns quatro cigarros, como era muito tarde foi no quarto de sua filha e deu um beijo em sua testa, depois foi no quarto de Alice, mas estava trancado. Resolveu então voltar para seu aposento e tomar banho e dormir.

 

            Após tomar um banho bem relaxante e estar tranqüilizado, vestiu um pijama azul de seda deitou sobre a cama, mas sentiu algo estranho.

            Um cheiro forte, uma cama molhada.

            Respirou fundo e cheirou direito, era xixi de cachorro, teve a certeza. Mas quem poderia ter feito aquilo? Um cão é claro, mas o cão não iria entrar no seu quarto sozinho.

            Isabella... sua mente se iluminou no mesmo instante que socou a cama, acabaria com a vida dessa garota.

 

            Saiu do seu quarto furioso, foi até o quarto da jovem que dormia tranquilamente. Abriu a porta lentamente e a observou dormindo com um sorriso de quem havia aprontado.

            “Sua miserável”, resmungou baixo e puxou o cobertor da moça.

            “Ai!”, ela gritou, “Que isso? Ta ficando louco?”, gritou novamente e com as mãos tentava tapar suas pernas, porque afinal dormira só de calcinha e sutiã.

            Edward sem dizer nada a pegou pelo braço e a arrastou porta a fora.

            “Seu louco!”, ela gritava enquanto se rebatia.

            “Você vai dormir lá na casinha do cachorro hoje”, ele disse furioso, essa garota ultrapassava os limites.

            “Vou o cacete!”, ela disse se soltando de sua mão. “Vai se danar!”

            “Olha aqui Isabella, o que eu te avisei?”

            “Ah sei lá, tanta coisa que eu nem faço questão de lembrar”, ela disse fazendo pouco caso. “Sai do meu quarto seu safado”, deu um tapa em seu peito e tentava o empurrar porta a fora.

            Edward respirou fundo.

            “Tudo bem, pode dormir no chão”, ele disse e fechou a porta atrás de si, trancou com a chave e a colocou dentro de sua cueca.

            Bella fez uma cara de nojo olhando onde a chave estava.

            “Se quiser vai ter que pegar aqui”, disse Edward fazendo pouco caso, deitou sobre a cama da moça e a deixou em pé olhando para ele.

            “Sai da minha cama Edward Cullen”, Bella disse uma vez, com a mão na cintura.

            O homem ficou a observá-la, ela não tinha muito corpo, mas era bem bonita.

            “Para de me olhar cacete!”, gritou. “Sai logo da minha cama”

            “Não saio, vai dormir no chão”, ele disse, sua vontade era rir da cara dela. “Boa noite Swan”

            Cobriu a cabeça com o cobertor e fechou os olhos.

            Bella colocou uma roupa e pulou a janela, não ficaria no mesmo lugar que aquele idiota.

            “Desgraçado, vai me pagar, ai que ódio”, saiu resmungando pelo jardim, pegaria qualquer caminho, mas dormir no mesmo lugar que aquele homem, jamais.

 

            Edward abriu os olhos e olhou ao redor, a garota não estava, colocou a mão para ver se a chave ainda estava lá e realmente estava, será que o inferno teria vindo buscá-la? Acreditava que não, nem o capeta poderia querê-la. Olhou para a janela e viu que estava aberta, era isso, ela havia sumido. Xingou palavrões e levantou rapidamente, se acontecesse algo com aquela mulher ele teria que dar conta. Vestiu a roupa rapidamente, poderia encontrá-la ainda.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Oi gente, e aí o que acharam? desculpem a demora... é que minha beta anda sumiida, desculpem se teve algum erro de concordância ou de gramática ;D

Estou postando a fic no orkut, gostaria de pedir que a promovessem =D

http://www.orkut.com.br/Main#CommMsgs?cmm=31734047&tid=5510082968148710841



Bom, vocês puderam perceber que a coisa vai ficar feia nesse 1 mês de folga do Ed neh... vamos só ver se a Bella vai acabar com a vida dele de uma vez ou se vai ajudá-lo a se recuperar... ;D



beeijinhos, até o próximo capítulo ;D