Não tão Opostos escrita por Raah Black


Capítulo 5
Capítulo 5




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Capítulo V

 

Narrado por: Leah

Local: Supermercado

 

- Você é terrível Lee. – Bella comentou enquanto ligava o carro. – Não dou muito tempo para você e a rainha do colégio estarem rolando no chão se estapeando.

 

- Deixa ela conseguir realmente me tirar do sério para ver!

 

- Quando isso acontecer me chama, que eu vou vender ingressos e fazer um bolão para ver se ela vai para a enfermaria ou direto para o hospital. – Jane falou maldosa sem esconder a risada.

 

- Será que eu conseguiria mandá-la para o hospital? – Perguntei quase interessada.

 

- Por Deus, ainda bem que eu sou amiga de vocês.

 

- Não somos assim tão ruim Bella. – Jane falou sorrindo e piscando os olhos igual personagem de desenho. - Pelo contrário.

 

Bella saiu do estacionamento do colégio e eu pude ver Seth conversando com uma garota loira. Quem será ela? Depois indo falar com o seu novo grupo de amigos. Só espero que ele não fique insuportável.

 

Liguei o rádio e pude ouvir a voz do Brendon Urie cantando I Write Sins Not Tragedies, comecei a cantar junto com ele e depois Bella e Jane se juntaram a mim. Estávamos fazendo um verdadeiro show dentro do carro. Quando a música terminou olhamos uma para a outra e começamos a rir.

 

- Queremos agradecer a todos vocês, nossos fãs, muito obrigada! – Bella falou segurando um microfone imaginário.

 

- Sem vocês nós não seriamos nada. – Completei abrindo os braços e falando no microfone de Bella.

 

- Vocês são demais! – Jane finalizou dando um gritinho. E logo nós estávamos rindo novamente.

 

- Quanta bobeira. – Jane falou enquanto limpava as lagrimas no canto dos olhos. – Eu me divirto muito.  

 

- Bella sua casa não é bem pra esse lado. – Comentei quando percebi que ela tomava um rumo diferente.

 

- Nem tente me seqüestrar Isabella senão eu ligo para minha mãe. – Jane falou brincando.

 

- Vou seqüestrar vocês, matar e depois vender os órgãos! – Ela disse com uma voz sombria e apesar de ser brincadeira foi bem sinistro. – Tudo bem é mentira, nós vamos ao mercado, senão não teremos o que almoçar.

 

Não demorou muito e nós estávamos dentro do supermercado. Jane levava o carinho aproveitando para subir nele de vez enquanto e eu e Bella andávamos atrás. Vir ao mercado quando se esta com fome não é a melhor opção, dica!

 

- Então o que vamos almoçar? – Jane perguntou brecando o carrinho.

 

- Alguma coisa rápida, por favor, porque eu estou com fome! – Reclamei e implorei ao mesmo tempo.

 

- Macarrão é uma boa pedida, não demora tanto e é fácil de fazer. – Bella deu a idéia e nós concordamos. – Ótimo, o almoço é por sua conta Lee.

 

Então ela e Jane continuaram a andar. Bella e a sua péssima mania de falar as coisas e sair andando, mas pelo jeito eu não tinha escolha são duas contra uma. Passamos primeiro na sessão de molhos para pegar o que precisa e depois fomos para a ala das massas.  

 

- Ai não... – Jane reclamou brecando o carrinho outra vez e depois olhou para mim. – Promete que não vai surtar.

 

- Hã? Do que você esta falando? – Perguntei olhando para ela sem entender.

 

Jane então apontou para o final do corredor e meus olhos foram passando por todos os tipos de macarrão até chegar nele! Senti meu estomago “cair”, o meu coração acelerou mais do que ele pode e o ar não chegava a meus pulmões.

 

- Ai.Meu.Deus! Ai meu Deus! AimeuDeus! – Eu queria gritar e pular como uma idiota por mais patético que isso possa soar.

 

- Oh não! Vamos Leah, calma, inspira e solta. – Bella pedia enquanto inspirava e soltava o ar para eu copiá-la.

 

- Ele esta olhando para cá... – Murmurou Jane disfarçando. – E esta vendo a sua crise quase esquizofrênica sua louca, se acalma!

 

- Ok, ufa, passou! – Falei enquanto soltava todo o ar. – Como estou?

 

- Descabelada. – Bella respondeu passando a mão nos meus cabelos. – Você não esta pensando em ir falar com ele, não é?

 

- Que pergunta besta Bella, até parece que você não conhece a Lee. – Jane afirmou e Bella deu um longo suspiro.

Ajeitei melhor os cabelos, arrumei os seios no decote e caminhei até ele.

 

- Então o senhor gosta de macarrão professor. – Comentei olhando rapidamente para ele, sapatênis, calça jeans e camisa branca. Perfeito! Pensei passando a língua pelos lábios.

 

- Olá Leah. – Ele me cumprimentou educado. – Acho que não há pessoa que não goste de macarrão.

 

- Verdade. – Concordei sorrindo. – O meu então é o melhor, qualquer dia te convido para experimentar. – Falei com tom de brincadeira, mas como toda a brincadeira tem um fundo de verdade.

 

Foi bastante engraçado ver a reação dele, primeiro ficou surpreso, depois envergonhado e por último sem fala. Então aproveitei esse silêncio e me despedi.

 

- Até mais professor, nos vemos nas aulas. – Disse, depois caminhei bem devagar até chegar às meninas que estavam “escolhendo” um tipo de macarrão.

 

- E então, como foi? – Jane perguntou curiosa.

 

- Falei que qualquer dia desses o convidava para comer meu macarrão. – Respondi maliciosa e as meninas ficaram de boca aberta.

 

- Mentira! – Bella comentou bege, depois deu uma risada. – Sua louca!

 

- Eu tenho que agilizar as coisas, já que ele não vai fazer isso. – Expliquei puxando-as para fora da sessão. – Agora vamos pagar as comprar e ir embora.

 

Narrado por: Jasper

Local: Apartamento do Jasper

 

- Maria menos! – Falei enquanto trancava a porta do meu apartamento.

 

- Menos? Poupe-me Jasper! Eu que caio da escada e é ela quem você leva para a enfermaria! – Sua voz estava alterada, muito alterada.

 

Depois de retomei a consciência e voltei para os fundos do colégio encontrei Maria prestes a matar alguém. Os rapazes comentaram que ela estava nervosa daquela maneira depois que percebeu que eu tinha levado a Alice para a enfermaria.

 

O restante da manhã ela ficou sem falar comigo, mas agora que estávamos voltando para o meu apartamento ela resolveu discutir a relação e se tem uma coisa que eu não suporto é discutir a relação, até porque não tem nada para ser discutido.

 

- Você disse que estava bem e a garota nem o nome sabia. – Argumentei, ou melhor, aumentei um pouco a história.

 

- E com certeza você a fez esquecer ainda mais do próprio nome não é? – Ela me acusou entre os dentes.

 

- O quê? Presta atenção no que você esta me falando! – Briguei perdendo a paciência. Reclamar do que tinha acontecido, beleza. Agora ficar inventando historinha ai já é de mais. – Se você não acredita em mim eu não vou ficar implorando!

 

Sem esperar que ela pudesse rebater o que eu disse, sai da sala indo para a cozinha. Me encostei na bancada respirando fundo umas três vezes para me acalmar. Não sei se estou mais bravo por causa dessa discussão idiota ou pelo fato de uma voz ter gritado em minha mente “bem que você queria” quando Maria disse que eu havia feito Alice esquecer ainda mais o próprio nome.

 

Suspirei. Abri o congelador tirando uma lasanha congelada programei quinze minutos no microondas e a coloquei lá dentro. Até me arriscaria cozinha, mas do jeito que meu humor esta péssimo acabaria estragando tudo.

 

Olhei para a pia da cozinha e tem tanta louça que é bem provável eu não ter nenhum prato limpo para almoçar. Peguei a bucha passei um pouco de detergente e comecei a lavar. Lavar louca é a segunda pior coisa que se tem que fazer quando se mora sozinho. A primeira? Passar roupa!

 

Estava entretido com os copos e talheres que só percebi que Maria estava na cozinha quando seus braços rodearam minha cintura e sua cabeça descansou em minhas costas.  

 

- Desculpa Jas. – Sua voz agora soava doce. – Eu fiquei com ciúmes poxa! Eu sou a sua garota e aquela garotinha que recebe os seus cuidados.

 

Desliguei a torneira e deixei a bucha de lado para me virar para Maria que continuou me abraçando pela cintura. Segurei seus braços e a afastei um pouco olhando em seus olhos.

 

- Você não esta totalmente errada, tem razão de estar chateada comigo por ter levado a garota na enfermaria, apesar de que a menina levou uma pancada de skate na cabeça por sua causa então era o que eu poderia fazer, mas entendo seu ciúme, agora inventar coisas que não aconteceram isso eu não admito. – Expliquei o mais carinhoso possível, não queria mais brigar.

 

- Você tem razão, mas eu estava nervosa. – Ela falou com cara de arrependida. – Me desculpa eu vou me controlar mais.

 

- Tudo bem. – Falei sorrindo acariciando as bochechas dela com minhas mãos. – E também você merece um tratamento vip. – Pisquei e ela sorriu abertamente.

 

- Sério? Que bom doutor, porque eu estou com dor no meu joelho. – Ela fez um biquinho e eu sorri de lado.

 

- Vamos resolver isso então. – Falei enquanto a encostava na bancada aproximando nossos corpos. Então sem delongar beijei sua boca com vontade sentindo-a corresponder da mesma maneira. Maria prendia as mãos em meus cabelos puxando-os levemente enquanto minhas mãos percorriam sua cintura e costas.

 

Coloquei-a sentada na bancada sem parar de beijá-la enquanto minhas mãos agilmente passeavam por suas pernas.  Ela cortou o beijo descendo seus lábios pelo meu pescoço, passando levemente a língua enquanto arranhava minha pelo com os dentes, subindo para a minha orelha.

 

Minhas mãos subiram de suas coxas para sua blusa, com uma delas eu apertava seus seios por cima da blusa e a outra acariciava sua barriga por dentro da blusa. Já suas mãos desceram para as minhas costas arranhando levemente.

 

Eu me afastei dela, olhando-a. O desejo era evidente em seus olhos. Nossa respiração estava ofegante e os lábios vermelhos desejando mais daquilo. Ela me puxou de volta tirando minha camiseta e jogando-a em algum canto da cozinha.

 

Nossos lábios se encontraram de novo e dessa vez com mais vontade. As línguas se acariciavam de forma desejosa, como se estivessem dançando de forma sensual. Dessa vez fui eu que parei de beijá-la e contornei seu rosto até chegar a sua orelha onde mordi seu lóbulo e ela gemeu arranhando minhas costas e os ombros. Seguiu para o seu pescoço onde beijava e mordia, em resposta Maria arranhava mais forte minhas costas.

 

Ouvi o barulho do microondas avisando que a lasanha já estava pronta, então me afastei um pouco dela.

 

- Parece que nosso almoço já esta pronto. – Comentei olhando para o microondas.

 

- Estou com fome de outra coisa no momento. – Ela falou maliciosa quase me devorando com os olhos, mas eu gostei.

 

Segurei-a pelo quadril enquanto suas pernas me entrelaçavam e sua boca percorria toda a região do meu pescoço e ombros. Caminhei para fora da cozinha chegando em meu quarto. A lasanha podia esperar um pouco.    

 

Narrado por: Bella

Local: Casa dos Swan

 

Depois do almoço subimos para o meu quarto. Jane deitou em minha cama e eu deitei no chão enquanto Leah mexia em alguma coisa no computador.  

 

- Acho que estou passando mal. – Jane reclamou.

 

- Somos duas então. – Concordei. – Nunca comi tanto macarrão na minha vida.

 

- Vocês sempre falam isso toda vez que eu faço macarrão. – Leah deu risada. – Até parece que não aprenderam.

 

Comer um pacote de macarrão em três é muita coisa, mas não tem como resistir ao macarrão da Leah é uma coisa sobrenatural quase, além de ser o único prato que ela acerta na cozinha.

 

- Mas Bella, conta como foi ser a nova dupla de Jacob Black. – Leah comentou e Jane nesse momento deu um pulo da cama.

 

- Como assim? Isabella Swan, como você não me contou isso! – Ela disse indignada.

 

- Se a Leah não tivesse comentado o almoço inteiro sobre o professor eu até teria a chance de falar.

 

- Ha ha ha. Engraçada, deve ser o Jacob que te deixa assim com esse bom humor. – Ela disse sarcástica e eu bufei.

 

- E então?

 

Jane indagou novamente. Mas só de pensar naquele moleque mimado, meu sangue começa a ferver e eu tenho vontade de gritar de tanta raiva! Como consegue ser tão insuportável e metido? Pelo amor de Deus! Ele nem é tudo isso que falam e que ele mesmo fala!

 

E o pior de tudo, como ele sabia daquelas coisas? Aqueles acontecimentos eram coisas intimas que eu só dividia com as minhas amigas e ai vem um bad boy e me fala uma coisa dessas? E só de pensar que eu vou ter que ser a nova parceira dele até tempo indeterminado me enjoa.

 

- Ele é um insuportável, metido, sarcástico que acha que me conhece! – Falei alterada. As meninas me olharam atentamente e depois se entreolharam. – O quê? Que troca de olhar foi essa?

 

- Nada, só que pelo jeito ele mexeu bastante com você. – Jane explicou com um sorriso insuportável nos lábios.

 

- De uma forma negativa só de for. – Resmunguei emburrada. – Acredita que ele falou coisas intimas a meu respeito!

 

- Tipo o quê? – Leah se interessou aproximando a cadeira do computador perto da cama.

 

- Ele falou que eu só sou assim porque ninguém nunca me aceitou em outro grupo e que eu sofri uma desilusão amorosa. Agora me diz como ele sabe disso?

 

- Bobagem! Desilusão amorosa todo mundo sofre. – Jane comentou não levando aquilo a sério.

 

Ela até poderia estar um pouco certa daquilo, mas mesmo assim foi estranho. Ele falou aquilo com tanta certeza e convicção que parecia saber muito bem do que eu já havia passado um tempinho atrás.

 

Eu nunca fui muito normal sempre passei despercebida pelos outros, até que um dia no meu outro colégio eu comecei a namorar o menino mais popular, só que o grupo dele nunca me aceitou, então para não perder o seu posto de rei, ele terminou comigo, me deixando completamente arrasada, fim.

 

- Mas e você o que descobriu dele? – Leah perguntou curiosa.

 

- Além de jogar futebol ele arruma carros. – Respondi dando os ombros. Mas eu realmente preciso saber mais coisas só ”joga futebol e arruma carros” não adianta lógico que eu posso falar mal dele, mas o professor também não vai gostar.

 

- Só isso?

 

- Só Jane, na maior parte da aula eu só o ouvi falando de mim, até que me estressei quando ele perguntou se eu dormia nua. – Expliquei e elas ficaram de boca aberta.

 

- Como assim? – Leah perguntou com seu jeito dramático. – E você, o que respondeu?

 

- Disse que ele seria a última pessoa, a saber, disso, depois puxei a cadeira para frente e não olhei mais para o lado.       

 

- Conversinhas calientes. – Jane brincou. – Mas e você Lee, como é seu novo parceiro?

 

- Um nerd tímido que só sabe falar de computador, não tem senso de moda e ainda é viciado em sorine. – Ela reclamou revoltada. – Em 45 minutos de aula ele usou aquele troço no nariz 10 vezes! Juro, eu contei!

 

Eu e a Jane caímos na gargalhada. Deve ter sido a coisa mais engraçada do planeta ver a Lee com um nerd durante a aula de biologia. Ela com todo esse jeito espalhafatoso e sem freio na língua e ele completamente tímido.

 

- A conversa deve ter sido muito produtiva. – Jane zombou limpando as lágrimas dos olhos. – Mas pensa pelo lado bom você vai tirar notas boas.

 

- Verdade. – Concordei.

 

- O pior de tudo foi que no momento em que ele não estava usando o sorine estava com os olhos perdidos no meu decote. – Ela comentou suspirando. – Mas coitado acho que os seios que ele deve ter visto na vida foram os da mãe.

 

- Coitado Lee! – Falei dando risada. – Quem sabe você não apresenta para ele.

 

- Não Bellinha eu quero alguém mais maduro e não um iniciante como o meu novo parceiro. – Ela explicou sorrindo.

 

- Porque eu tenho a impressão que vamos escutar mais uma hora de matemática? – Jane indagou suspirando.  

 

Narrado por: Jacob

Local: Casa do Embry

 

Todas as quartas é sagrado virmos para a casa do Embry. Por mais que isso pareça coisa de Edward, lê-se gay, os homens também se reúnem a diferença é que fazemos coisas muito mais interessantes, como assistir um bom jogo de futebol, beber uma cerveja e falar sobre mulheres, mas nunca as nossas.

 

Agora são exatamente três e meia da tarde e nós estamos esperando o jogo de basquete começar às quatro horas, Lakers contra Boston Celtics, um jogasso, mas enquanto não começa o assunto principal foi, a esquisita. Comentei rapidamente com os garotos que o professor havia mudado as duplas e que caí com a amiga do Seth, mas parece que eles querem realmente prolongar o assunto. 

 

- Então quer dizer que a esquisita é a sua nova parceira de biologia? Essa eu queria ver! – Jared comentou achando graça da minha desgraça.

 

- Não me lembra cara, emozinha metida à mandona! – Reclamei. – Além do mais eu acho que ela deve ser lésbica.

 

- Quê? Como assim? – Quil indagou surpreso.

 

- É verdade Quil, ela nem olhou na minha cara direito, enquanto as outras garotas morreriam para ter essa sorte, ela simplesmente me ignora. – Expliquei.

 

Quando se é o garoto mais popular e lindo da escola, todas morrem por você, até mesmo as nerds ou góticas e se não morrem é porque algum problema tem! Ccom elas logicamente.

 

E aquela garota consegue ser insuportável com aquele ar mandão, a risada debochada, sem contar a cara de “você me enjoa garoto” ou ai “que tédio estar aqui com você”. Bufei sem paciência só de pensar na aula de hoje.

 

- Não viaja Jake, o Seth me contou que ela tinha um namorado. – Embry disse.

 

- Eu sei, escutei a conversa. – Falei sem esconder o riso. – Eu disse isso a ela, falei que sabia tudo sobre a vida dela e contei sobre o namorado. – Ri ainda mais me lembrando da aula. – Vocês precisavam ver a cara da garota, ficou muito nervosa.

 

- Então como você pode afirmar que ela gosta da mesma fruta que você?

 

- Ora de repente a decepção foi tão grande que ela resolveu mudar de lado. – Zombei, afinal tem que ter um motivo para aquele comportamento atípico daquela garota em relação a mim.

 

- Menos Don Juan, admita logo que existe uma garota que não cai de amores por você. – Embry falou jogando uma almofada em mim.

 

- Ela é lésbica. – Afirmei, quer dizer só podia ser isso.

 

Mudamos de assunto rapidamente, Quil comentou sobre a festa que vai ter em casa na sexta-feira, não estou muito animado com isso ao contrário dos garotos, mas será uma boa oportunidade para nós nos enturmarmos com os novos jogadores e por causa disso acabamos iniciando um assunto sobre eles.

 

- Todos estão achando que vocês me escolheram porque somos amigos. – Quil comentou. Com certeza isso iria acontecer.

 

- Mas foi por isso mesmo. – Jared implicou dando risada.

 

- É brincadeira Quil. – Falei. – Você é um ótimo jogador e conhece as nossas técnicas em campo então será muito mais fácil de se adaptar ao time. – Expliquei.

 

- Concordo. – Embry disse. – Além do mais foi você quem nos ajudou com algumas estratégias, você tem visão do jogo. Mas e o Riley, o que vocês acharam?

 

- Ele se acha. – Quil afirmou. – Mas o Jake também é assim, então nada que a gente não se acostume.

 

- Ninguém ganha do Jake nesse quesito! – Embry concordou rindo.

 

- Nem nesse, nem nos outros. – Falei me achando, mas de brincadeira.

 

- Desce daí Jake. – Jared falou olhando para cima enquanto fingia puxar uma corda. – Mas sério, ele parece realmente se achar, mas é um bom jogador, só que tem mais força do que agilidade.

 

- Combina com o Emmett. – Embry disse e nos concordamos. – Agora o Seth parece ser um excelente jogador.

 

- Verdade, o menino é muito ágil e rápido. – Jared completou.

 

- E tem visão de jogo, o garoto tem potencial. – Afirmei. Logo de cara eu havia me identificado com Seth, ele é realmente um excelente jogador se duvidar até melhor que eu.    

 

- E ele também é gente boa, um moleque parceiro. – Quil comentou e mais uma vez todos nós concordamos.

 

Ficamos em silêncio, mas logo foi cortado pelo toque do meu celular. Me inclinei no sofá e o peguei da mesinha de centro, provavelmente deve ser a Nessie, fiquei de ligar para ela, mas acabei esquecendo.

 

- Olha a patroa! – Embry zuou.

 

- Não morre tão cedo. – Comentei enquanto olhava para o nome na tela.

 

Narrado por: Seth

Local: Academia

 

Eu sou faixa preta de Tae Kwon Do desde os 14 anos, comecei aos 9 anos, segundo minha mãe eu tinha muita energia, para não dizer agitada, e só a natação não estava dando conta, além do mais eu não era a criança mais disciplinada do universo, então um amigo dela comentou que seu filho havia mudado da água para o vinho com o Tae Kwon Do e ela resolveu testar.

 

Lógico que eu aceitei de primeiro até porque que garoto não gosta de lutar? No começo eu não levava muito a sério só queria saber de aprender uns chutes, mas depois eu me apaixonei pela luta. Sem contar que eu realmente entrei na linha, meu professor era muito rígido e a disciplina vinha em primeiro lugar.

 

Participei de vários campeonatos e ganhei muitos deles, tenho várias medalhas e troféus no meu quarto. Aos 15 anos eu resolvi dar aulas de Tae Kwon Do na mesma academia que eu me formei e desde então eu faço isso, dou aula para os pré-adolescentes dos 12 aos 14 anos.

 

Cheguei cedo à academia, meu professor já estava lá com a turma dos pequenos. Fui para o vestiário trocar de roupa, coloquei a minha calça do meu Do-Bok e uma camiseta, guardei minha mochila no armário e voltei para o Dojô.

 

- Ei Seth! – Meu antigo professor me chamou. – Meninos esse é o meu melhor aluno, começou desde pequeno e hoje é faixa preta. – Ele me apresentou para a turma.

 

- Uau! Você já é faixa preta! – Um menino comentou espantado.

 

- Sim e comecei pequeno como vocês, daqui uns anos vão ser vocês os próximos. – Falei sorrindo e o menino abriu um sorriso maior ainda.

 

- Mas agora vão trocar de roupa que seus pais já devem estar chegando. – O professou mandou e todos foram correndo para o vestiário.

 

- Eles parecem agitados. – Comentei sorrindo.

 

- Me lembra alguém. – Ele falou me encarando e eu dei risada.

 

- Eu era terrível. – Admiti.

 

- Sim você era. – Ele concordou. – Mas como você esta? Não me parece bem.

 

Será que esta tão na cara assim? Desde que saí da aula de artes minha cabeça não parou um minuto de pensar em tudo que aconteceu! Como eu consegui dizer aquilo para ela? Eu estava cantando descaradamente a namorada do meu novo amigo.

 

Para ela comentar com ele não demora muito, para ele vir tirar satisfações então, menos ainda! Mas a Nessie tem alguma coisa de diferente que me chama atenção, eu concordo que ela seja mimada, birrenta e fútil, mas hoje na aula ela se mostrou tão diferente, será que ela é assim sempre? Ou só às vezes? Argh! Inferno!

 

- Pela demora da resposta com certeza é uma garota. – Ele afirmou.

 

- Nós temos outros problemas que não sejam as garotas? – Indaguei frustrado e ele achou graça.

 

- Elas são nosso maior problema, mas também uma ótima solução. – Meu professor respondeu sorrindo e eu concordei.

 

- Mas essa é proibida namora um novo amigo. – Falei. – E isso é estranho porque eu a conheci realmente hoje, eu devo estar louco.

 

- Ela é bonita? – Ele perguntou e eu ri sem humor, Deus eu pareço um deprimido.

 

- A garota mais bonita do colégio. – Respondi suspirando.

 

- Então esta explicado, isso é atração e assim como você metade do colégio também deve sentir isso. – Ele me explicou e eu fiquei aliviado.

 

- Você tem razão, deve ser isso mesmo. – Concordei e ele bateu nas minhas costas.

 

- Para jogar fora esse sentimento que tal uns chutes na raquete? – Ele indagou e eu sorri.

 

- Ótima idéia!

 

Faltavam uns 20 minutos para minha aula começar, tempo o suficiente para poder extravasar e ainda aquecer para a aula. O professor segurou a raquete e eu comecei a chutá-la e o barulho que faz assusta qualquer um.

 

- Acho que preferia quando você era criança Seth. – O professor falou enquanto balançava as mãos para parar a possível ardência.

 

- Desculpe professor, acho melhor treinar no saco de areia. – Falei sorrindo. – Pode colocar um gelo nessa mão.

 

- Não é assim também. – Ele fingiu indignação e eu ri.

 

- Claro que não professor. – Concordei ainda rindo.

 

- Se cuida moleque.

 

Continuei sozinho, chutava o saco de areia com força pensando em tudo que tinha ocorrido que não reparei quando meus alunos começaram a chegar.

 

- Nossa professor, quanta raiva. – Uma das minhas alunas falou e eu parei, quando olhei para ela quase todos os meus alunos estavam lá.

 

- Desculpa pessoal estava aquecendo que não percebi que vocês chegaram. – Falei caminhando até ele. – Troquem de roupa e venham.

 

Passou alguns minutos e ela entrou na academia, Megan, o terror da minha aula acompanhada de mais duas amigas. Ótimo, pensei vendo as três pivetinhas caminharem lentamente até mim.

 

- Oi professor! – Megan falou animada me abraçando.

 

- Oi Megan. – Falei enquanto me afastava dela.

 

- Espero que não se importe trouxe minhas duas amigas para assistirem a aula, falei que Tae Kwon Do era bastante interessante e elas ficaram curiosa. – Ela disse com um tom de malicia me encarando com um sorriso.

 

Sei bem o que é interessante! Megan com certeza foi uma criança precoce que faz tudo antes do seu tempo e esta sendo uma pré-adolescente mais precoce ainda. Desde que começou a fazer Tae Kwon Do seu passatempo preferido passou a ser dar em cima de mim como se tivesse idade para isso.

 

- Não tem problema. – Falei olhando para as garotas e elas estavam com uma cara que nem mulher faz. – Fiquei a vontade.

 

- Pode deixar, vamos ficar. – Uma delas respondeu.

 

- E você vá se trocar já esta atrasada. – Mandei apontando para a porta que dá acesso ao vestiário.

 

- Claro, até daqui a pouco meninas. – Ela se despediu das amigas indo rebolativa para o vestiário.

 

Eu suspirei caminhando até o dojô, por Deus a menina tem apenas 13 anos! Cadê a mãe dela? Eu sei que com 13 anos eu já fazia coisas, como pegar as menininhas atrás da escola, mas mesmo assim.

 

Logo os alunos voltaram e eu comecei a aula, primeiro alongando, depois os separei em duplas para treinar o novo chute que havia passado aula passada. Ensinei também um novo chute, um pouco mais difícil e os deixei treinando primeiramente sem as raquetes para depois formarem as duplas novamente e é lógico que a Megan pediu minha ajuda umas 3 vezes já que não havia entendido. No final da aula, alongamos novamente e dispensei os alunos.

 

- E então meninas, o que acharam? – Megan perguntou para as amigas.

 

- Nossa! Ele é muito gato! – Uma delas comentou e eu não acreditei no que ouvi.

 

- Sim eu sei, queria tanto ficar com ele. – Megan falou e eu fiquei sem ação, isso esta mais sério do que devia.

 

- Ele nunca ficaria com você. – A outra comentou. Até que enfim uma delas pensa alguma coisa produtiva.

 

- Lógico que vai ficar, me aguardem. – Ela comentou e meus olhos arregalaram, depois as três saíram da academia.

 

Fui para o vestiário trocar de roupa também, ainda sem digerir o que havia acabado de escutar. Pelo jeito eu tenho que tomar cuidado com uma garotinha de 13 anos, que absurdo!

 

Lembrei que os garotos iam se reunir na casa do Embry e decidi ligar para eles para dar uma passada por lá.

 

Continua...


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Notas finais do capítulo

Oiie girls

Meninas do céu! Esse capítulo deu 11 páginas no Word! Juro que fiquei bege, mas eu fui escrevendo, escrevendo e escrevendo que quando finalizei o capítulo buum! 11 páginas! Espero que gostem

A faculdade deu um folga ou eu dei uma folga da faculdade, não sei ainda iuahsiuhaisuh. Então esse capítulo chegou sem atrasos para as leitoras mais fofas de todo o planeta!

O que acharam? Eu particularmente gostei bastante dele hohohoh. A Leah apareceu como eu havia prometido, o professor surgiu também para a felicidade dela! O Jasper mereceu estar nesse capítulo de novo, espero que tenham gostado da parte quase caliente entre ele e a Maria e não queiram me matar se vocês forem fã máster da Alice, eu também sou! Jacob e Bella se detestam, típico bem “malhação” mas acontece hahahah. E o Seth é o Seth, pronto! Coitadinho com uma pivetinha no pé dele, quem manda ser hot!

Quero agradecer como sempre aos comentários mais perfeitos de todos! Obrigada meninas você conseguem fazer uma pseudo-autora hiper feliz, porque eu fico radiante quando eu os leio, juro

E um aviso rápido, semana que eu vou ter prova! Então provavelmente vou atrasar um pouquinho, bem pouquinho, na atualização ok? Mas já estou com o capítulo em andamento o/

~ Momento bobeira

— Leah querida vamos marcar aquele macarrão aqui em casa, amiga! Beijomeliga!

— Jasper, estou louquinha para conhecer a sua cozinha! O seu quarto, a sua sala e o que mais você quiser me mostrar!

— Seth queria que você me pegasse atrás do colégio!

Beeijo :*