Não tão Opostos escrita por Raah Black


Capítulo 20
Capítulo 20




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Capítulo XIX

Narrado por: Leah

Local: Casa

Estava sentada no sofá da sala, pensando. Pensar foi praticamente a única coisa que eu fiz durante essa semana. Pensei em mim, pensei no Embry, pensei na nossa não-relação, pensei até mesmo no fracassado do Sam, mas nenhum desses meus pensamentos chegou à conclusão de algo.

A conversa com as meninas hoje à tarde me fez perceber que nenhuma de nós é amiga por acaso, isso inclui até a Cullen. Todas nós estamos em um relacionamento ou em um não-relacionamento com alguém diferente de nós, muito diferente. Bella e Jacob, Alice e Jasper, eu e o Embry e se duvidar até a Jane e o novo rolo dela. A grande diferença é a forma como cada uma de nós encara tudo isso, ou foge de tudo isso.

Admito, estou fugindo do Embry, mas o fato é que eu não quero me envolver, não quero me relacionar com ele, não quero me entregar! As meninas falam que eu devo dar uma chance para o Embry, que eu não posso ter medo de me relacionar com ele, que não é só porque um cara foi babaca comigo os outros vão ser e blábláblá... Mas elas não entendem que eu não estou preparada para isso.

Vida, você podia ser um pouco mais fácil, só para variar.

– O que você está assistindo? – A voz do meu irmão me tirou dos meus pensamentos.

– Nada. – Dei os ombros. – Pode mudar de canal.

Seth sentou confortavelmente ao meu lado colocando os pés em cima do sofá e pegando o controle, mudando para um canal de esportes. Se eu estivesse nos meus melhores dias já teria implicado com ele por estar praticamente em cima de mim, mas não, apenas me afastei um pouco para ele caber melhor no sofá.

– Cadê a mamãe? – Ele perguntou me encarando.

– Hospital, hoje ela tem plantão. – Respondi simplesmente e ele murmurou um “hum”.

– E o que nós vamos jantar? – Depois de uns minutos ele perguntou de novo.

– Não sei, mas se quiser eu faço um macarrão para você mais tarde. – Respondi novamente e os olhos de Seth aumentaram.

– Certo, quem é você e o que fez com a minha irmã? – Ele indagou incrédulo.

– Nada pivete, só estou querendo ser gentil. – Retruquei brava.

– Ok, desculpa, só não sou muito acostumado com a sua gentiliza. – Seth comentou. – Vai me contar o que está acontecendo?

Olhei para meu irmão e suspirei, ele continuava assistindo o jogo na televisão. Seth é uma das poucas pessoas que me conhece, ele sabe que tem alguma coisa errada só de olhar para mim, acho que isso deve ser coisa de irmão, porque eu sou igualzinha em relação a ele.

Sem vergonha, deitei no colo dele suspirando pesadamente. Seth se ajeitou melhor para eu ficar mais confortável e começou a passar a mão em meus cabelos. Acho que no momento o que eu realmente preciso é de um colo, sem precisar desabafar, só ficar quietinha com o meu irmão.

Não sei quanto tempo fiquei deitada no colo do Seth, acho até que cochilei. Quando olhei para a televisão passava outro jogo, mas ele continuava afagando meus cabelos. Me ajeitei melhor, deitando de bruço, apoiando meus cotovelos no sofá, olhando atentamente para meu irmão.

– Porque você inventou que a mamãe não estava passando bem? – Perguntei curiosa, Seth não era um garoto que mentia, na verdade ele só fazia isso em último caso.

– Não vai querer saber. – Ele respondeu com um riso sem muito humor.

– Se eu estou perguntando. – Disse e ele me encarou com uma cara de derrotado.

– Eu tava na casa da Amanda, ela tinha me convidado para ir lá já que os pais dela tinham saído e não voltariam tão cedo. – Seth começou e então parou ficando alguns segundos, provavelmente pensando se fala a verdade ou inventa uma desculpa. – Então meu celular tocou e...

Ele ficou em silêncio novamente e eu me remexi de curiosidade.

– Argh! Não me olha assim Leah. – Ele reclamou abaixando minha cabeça e eu ri.

– Então termina de me contar e nem pense em mentir porque eu vou saber. – Falei ansiosa.

– Meu celular tocou e era a Nessie. – Seth disse de uma vez rapidamente e eu arregalei os olhos.

– Desculpa, acho que entendi mal, quem te ligou? – Indaguei tentando ficar menos passada e ele suspirou.

– A Nessie me ligou, perguntando se eu não podia ir para casa dela. – Ele finalizou.

– Ela o quê!? – Levantei ficando de joelhos no sofá encarando Seth. – Eu sabia que aquela carinha de bobinha era pura fachada!

– Não fala assim Leah, ela só queria conversar. – Seth explicou colocando a mão na lateral da cabeça, sinal de que ele não estava com muita paciência.

– Queria conversar? Como você é ingênuo maninho. – Dei uma risada irônica. – Conversar sobre o quê? Se você cabia na cama dela?

Seth me encarou com os olhos estreitos e suas feições não eram das mais amigáveis.

– Nem todas as garotas são oferecidas Leah e transam no primeiro encontro. – Ele falou de forma fria e eu engoli seco discretamente.

Não sei se meu irmão sabe nem da metade das coisas que eu faço depois que terminei com o Sam, mas senti que ele queria me atingir com aquelas palavras e conseguiu. Mas não demonstrei abadimento por isso, apenas me remexi no sofá o encarando novamente.

– Queria conversar sobre o quê, então? – Indaguei tentando não parecer tão curiosa.

– Falar sobre o termino de namoro com o Jake. – Seth suspirou. – Ela estava arrasada, nunca pensei que fosse ver a Reneesme Cullen tão fragilizada.

Lembrei de mim mesma quando o Seth respondeu. Eu sempre achei bobagem você sofrer tanto por terminar com alguém, eu via as minhas amigas chorando, conversando com o ex pedindo para voltar e chorando mais um pouco e sempre falei para mim mesma que isso era absurdo, que elas não deviam chorar por alguém que estava fazendo-as sofrerem e que eles que estavam perdendo por terem terminado. Mas quando a situação é com a gente, nós nunca seguimos o nosso próprio conselho e quando eu terminei com Sam, pensei que meu mundo havia acabado, eu não só chorava toda a noite, mas também vivi em estado de transe por quase um mês, eu só existia.

– Acontece, mas daqui uns dias ela melhora. – Comentei baixo e meu irmão sorriu de leve.

– Eu sinceramente fiquei com pena dela. – Ele confessou.

– Não se deve ter pena das pessoas Seth, esse é o pior sentimento que se pode ter por alguém. – Comentei e ele concordou.

– Eu sei, mas ela estava tão indefesa e precisando de alguém que eu tive vontade de cuidar dela, ficar com ela. – Seth disse com a voz baixa, como se aquilo fosse um segredo e sinceramente acho que era.

Encarei meu irmão absorvendo tudo o que ele havia me contado e pequenos flashs de acontecimentos passaram pela minha cabeça, principalmente o dia que eu ia dar um bom tapa na Reneesme e ele parou na minha frente, não me deixando fazer. Assim que juntei todas as peças meu queixo caiu alguns centimentros.

– Não é possível! – Eu comentei quase em choque.

– O que não é possível, Leah? – Ele indagou sem entender.

– Você está apaixonado pela Cullen! – Eu gritei e os olhos dele se arregalaram.

– O quê!? Você está louca Leah? – Seth gritou de volta, mas eu não me importei. Lógico que ele estava apaixonado por ela, estava na cara dele isso.

– Eu não acredito nisso, justo por ela Seth! A garota que eu mais detesto no colégio inteiro! – Briguei ainda estupefata pelo o que havia descoberto. – Desde quando você tem esse mau gosto? Ela é tão mimada, arrogante, metida, vazia, mal ama...

– Cala a boca Leah! – Ele gritou e eu me assustei com a voz grossa e brava que ele usou. – Você não a conhece para falar esse tipo de coisa, a Nessie é uma boa pessoa, só é preciso conhecê-la melhor.

– Você gosta mesmo dela hein. – Comentei dando uma risada sem humor. – E não venha me dizer que não, porque depois do que você acabou de falar e as coisas que você já fez por ela me mostram bem isso.

– Desculpa Leah. – Seth pediu me olhando. – Não queria ter gritado com você nem ter sido grosso, mas é que isso tudo é complicado.

A carinha de derrotado do meu irmão fez com que toda a minha armadura séria se desmoronasse. E então pude ver toda a confusão de sentimentos que ele estava sentindo. “A gente não manda no coração” lembrei da frase que minha mãe uma vez disse para mim e ela se encaixa perfeitamente nessa situação em que ele se encontra, talvez até na nossa situação.

– Claro que é complicado você está apaixonado pela garota mais mala do colégio. – Falei num tom de brincadeira para descontrair o clima, mas não surgiu muito efeito.

– Não fala isso, eu não estou apaixonado por ela. – Ele suspirou. – Além do mais tem a Amanda nessa situação e outra ela é ex-namorada do Jake, ele é meu amigo, eu não posso fazer isso.

– Pegar ex de amigo é uma situação bastante complicada. – Eu concordei, acho que acabaria com a minha amizade se algumas das meninas ficassem com o Embry.

– Se bem que... – Ele ia começar, mas parou de repente. – Esquece.

– Não mesmo, começou termina Seth. – Eu insisti curiosa.

– Se bem que o Jake comentou comigo que não amava a Nessie, só estava com ela por comodismo. – Ele falou e eu fechei a cara, bem coisa de homem mesmo. – Sem contar que ele parece apaixonado por outra garota. Argh! Mas mesmo assim.

Me controlei ao máximo para me mostrar tão curiosa e interessada sobre esse assunto e não voar em cima do Seth para ele me contar tudo o que ele sabia sobre a nova paixão do Jacob. Respirei fundo e dei um sorriso amarelo.

– Mas esse Jacob não perde tempo mesmo né? Eu sabia que ele não prestava. – Falei tentando parecer normal.

– Não fala assim Leah, você e a sua mania de julgar os outros. – Seth me repreendeu e eu fiz careta.

– Não estou julgado, apenas falo a forma com que eles se mostram. – Rebati e meu irmão riu.

– Você não perde uma, não é? – Ele comentou e eu pisquei.

– Lógico que não, mas então, quem é a menina que o Jacob está apaixonado? – Insisti e ele estreitou as sobrancelhas.

– Para que a curiosidade Leah? – Seth indagou e eu mordi os lábios tentando disfarçar.

– Ora, quero saber quem é a pobre coitada da vez, só isso. – Exagerei no sarcasmo.

– Não sei quem é ele não me disse, apenas comentou que eles discutiram e ela está dando um gelo nele, o coitado está maluco por causa disso. – Seth riu e eu me contorci no sofá para não sair correr e ligar para Bella. – Não sabe o que fazer para ela falar com ele, parece que essa menina conseguiu deixá-lo de quatro. – Seth me encarou e fez uma cara estranha. – Porque está sorrindo Leah?

– O quê? – Me assustei fechando a cara. – Não estou sorrindo pirralho, ficou maluco? Porque eu estaria sorrindo?

– Não sei, também gostaria de saber. – Ele respondeu me encarando, como se pudesse ler meus pensamentos e eu fiquei tensa. – Leah, por um acaso, a menina que o Jake está apaixonado não seria você, não é?

Arregalei os olhos fazendo uma cara completamente chocada. De onde ele tirou essa idéia absurda?

– Você está louco Seth? – Praticamente gritei. – Lógico que não, que loucura!

– Tem certeza? – Ele se aproximou mais de mim. – Não que eu gostaria que isso acontecesse, mas se você realmente gostar dele e...

– Pára, pára, pára! Só de você falar me faz ficar enjoada. – Fiz careta. – Não sou eu a garota por quem o Jacob está apaixonado, não se preocupe.

– Certo, vou acreditar em você. – Comentou um pouco desconfiado.

Ficamos alguns minutos em silêncio, cada um absorvido em seus próprios pensamentos. Eu preciso urgentemente ligar para a Bella e contar o que eu descobri, com certeza ela vai ficar feliz com isso.

– Lee. – Seth me chamou e eu me voltei para ele. – Será que ainda rola aquele macarrão para mim? – Ele pediu com uma carinha de criança que é impossível resistir.

– Vem me ajudar então. – Eu ri levemente me levantando do sofá e ele me acompanhou. Estar com o meu irmão faz com que os meus problemas sumam de uma maneira tão rápida, que por algum tempo parece que eles foram resolvidos.

Narrado por: Jacob

Local: Quarto

Bella me encarava com os braços cruzados sobre o peito me olhando atentamente, fazia uns cinco minutos que eu estava ali parado sem falar nada apenas colocando todos os meus pensamentos em ordem e procurando as melhores palavras para me explicar para que não haja qualquer tipo desentendimento.

– E então? – Ela começou erguendo uma sobracelha e uma onda gelada passou pela minha espinha.

– Eu vim aqui para me desculpar. – Comecei sem muito jeito e reparei que os olhos dela se abriram um pouco mais, mas ela tentou desfarçar. – Me desculpe Bella.

– Se desculpar pelo o quê? – Ela perguntou se sentando na cama sem deixar de me olhar. Era obvio que com ela um simples “me desculpe” não seria o suficiente. Respirei fundo e comecei a falar.

– Por ter brigado com você e ter agido daquela forma imatura na sala de música. – Passei a mão pelos meus cabelos, procurando ficar menos nervoso. – E por ter sido um idiota, babaca, infantil, sem noção, estúpido, igno...

– Chega Jacob. – Bella me cortou com um pequeno sorriso nos lábios e aquilo foi o bastante para eu conseguir relaxar. – Você não foi tudo isso, apenas idiota, babaca e infantil. – Ela riu. – Mas eu aceito suas desculpas.

– Que bom. – Eu sorri largamente, pelo jeito de fera a Bella só tem a cara.

Ficamos em silêncio novamente, mas dessa vez era um silêncio de constrangimento, estava me sentindo igual aqueles adolescentes que vão pela primeira vez ao cinema com garota e não sabe o que falar ou fazer até o filme começar. E eu sabia bem o que eu precisava dizer.

– Como você já se desculpou, pode ir embora. – Bella quebrou o silêncio mais uma vez e meu queixo caiu, ela estava me expulsando?

– Você está me mandando embora? – Perguntei incrédulo e ela manteve o semblante imparcial.

– Você veio aqui para se desculpar não foi? Então, já fez isso. – Ela respondeu simplesmente, como se eu não fosse nada e aquilo me irritou.

– Você é muito irritante. – Falei bravo e Bella estreitou os olhos. – Pois saiba esquisitona, que eu não vim só para me desculpar.

– Veio para me ofender, então? – Bella se levantou cruzando os braços sobre o peito e me olhou irônica e meu sangue ferveu, qual é o problema dela? – Pode ir embora.

– Quer parar de me expulsar! – Briguei e percebi que ela se assustou um pouco com o meu tom de voz. – Não vou embora antes de falar o que realmente eu quero!

– Começa então, que eu não tenho a noite inteira. – Ela deu os ombros e eu respirei fundo. Como alguém consegue ser tão irritante?

Olhei para ela que mantinha o semblante sério e os braços cruzados, por um segundo vacilei, mas realmente não queria sair do quarto dela sem antes falar o que era realmente necessário, então sem rodeios disse de uma vez.

– Gosto de você.

A expressão dela mudou completamente e seus braços cruzados se desfizeram, Bella piscou algumas vezes parecendo tentar assimilar o que eu havia lhe dito e sua boca abriu e fechou duas vezes, mas não saiu nenhuma palavra.

– Gosto de você. – Repeti dessa vez mais firme. – Eu nunca pensei que fosse gostar de uma pessoa tão diferente de mim, mas aconteceu e na vedade, acho até que é por isso, por você ser diferente de mim e ser diferente das outras garotas que eu tenha ficado. – Sorri me aproximando dela. – Gosto do seu cabelo repicado, gosto do seu estilo roqueiro, gosto até do seu jeito rebelde e irritante.

Eu estava bem próximo dela, com as mãos em seu rosto e percebi suas bochechas corarem levemente. Bella ainda estava sem reação, processando todas as minhas palavras e me olhava sem saber o que dizer e eu aproveitei a situação para erguer seu rosto me curvando levemente sobre ela, aproximando nossos lábios, os tocando levemente. Bella a princípio se enrijeceu, mas assim que pressionei meus lábios nos dela com mais força, percebi seu corpo ficar mole e seus lábios se abirem sobre os meus.

Senti o gosto de cereja em minha boca e quase gemi extasiado. Bella se lançou em meu corpo passando os braços ao redor do meu pescoço, aprofundando nosso beijo. Minhas mãos desceram por suas costas causando em Bella um leve tremor enquanto nossas bocas se mantinham unidas.

Bella mordeu levemente meu lábio inferior e eu apertei seu quadril, puxando-a para mais próximo de mim enquanto voltamos a nos beijar ainda mais desejosos. Dei uns passos até encontrar a cama dela, Bella sentou no meio da cama indo reclinando um pouco para trás e eu me inclinei para frente com os joelhos apoiados no colchão. Deixei os lábios dela e trilhei beijos em seus pescoço e ombro enquanto sentia Bella afundar suas mãos em meus cabelos, os puxando.

Bella se deitou completamente na cama me puxando junto com ela, suas mãos desceram por minhas costas e subiram novamente, mas dessa vez por dentro da minha camiseta, me arrepiando levemente com suas unhas. Segurei sua cintura apertando levemente enquanto me posicionava melhor em cima dela, depois subi minhas mãos para as alças da blusa que ela usava, abaixando uma e depois a outra enquanto distribuía beijos e mordidas no local, ouvindo-a suspirar.

Estava para tirar a blusa de Bella quando fomos interrompidos por batidas na porta. Bella arregalou os olhos e me empurrou de cima dela, me fazendo quase cair da cama. Deu um salto para fora da cama ajeitando a blusa, os cabelos e tentando controlar a respiração, enquanto eu me segurava para não rir do desespero dela.

– Oi mãe. – Ela disse ao abrir um pouco a porta e colocar a cabeça para fora.

– Está tudo bem? – A voz feminina perguntou e Bella murmurrou um “uhum”. – Vocês está tão quieta.

– Eu estava lendo, tenho um trabalho de biologia para terminar. – Ela mentiu.

– Certo então, bom trabalho, mas não vá dormir tão tarde por isso. – A mãe dela disse e Bella apenas fez um “sim” com a cabeça.

Bella fechou a porta se apoiando em seguida na mesma soltando um suspiro aliviado e eu caminhei até ela, parando em sua frente. Ela estava linda com os cabelos bagunçados, roupas amaçadas e lábios inchados, ainda mais porque eu causei tudo isso.

– Trabalho de biologia? – Eu indaguei com as sobrancelhas erguidas.

– Calado. – Ela mandou me encarando brava e eu ri.

Antes dela consegui falar qualquer coisa já havia puxado-a contra o meu corpo prendendo minhas mãos em sua cintura e capturando seus lábios em um beijo calmo e sensual. Senti Bella se derreter em meus braços apoiando suas mãos em meu peito depois rodeando meu pescoço.

Desci minhas mãos para seu quadril alcançando a barra da blusa dela e fui subindo lentamente, passando minhas mãos em sua barriga. Bella ergueu os braços me ajudando a tirar a blusa revelando o sutiã preto meia taça. Abaixei minha cabeça e comecei a beijar seu pescoço enquanto minhas mãos subiam para seus seios.

Bella tombou a cabeça para trás soltando um gemido baixo enquanto eu massageava seus seios por cima do sutiã. As mãos dela percorreram meus braços, apertaram meus ombros e desceram por minhas costas parando na barra da minha camiseta e Bella começou a puxá-la para cima. Me afastei um pouco e terminei de tirar minha camiseta jogando em algum lugar do quarto.

Voltamos a nos beijar, Bella movia os lábios contra os meus com volúpia e desejo e eu a acompanhava tentando demonstrar o quanto eu a queria e precisava dela. As mãos pequenas dela desciam arranhando minhas costas e subiam arranhando meu abdomem, me causando arrepios deliciosos. Enquanto eu apertava o quadril dela contra o meu evidenciando o quão animado eu estava.

Desci minhas mãos para suas coxas massageando a parte interna delas e Bella gemeu entre meus lábios, fazendo minha sanidade diminuir. Toquei o tecido da sua calcinha e senti as pernas dela se abrirem um pouco mais, sorri mentalmente com isso. As mãos dela descerem por meu peito e abdomem e pararem no cós da minha bermuda abrindo-a e deixando que ela escorrega-se por minhas pernas.

Tirei minha mão de dentro do short dela e ouvi um gemido de frustração, então segurei as laterais do short de algodão que ela usava e o puxei para baixo. Bella ficou apenas de langerie preta na minha frente e eu sorri sacana, mas ao mesmo tempo admirado, o preto fez um ótimo contraste com a pele branca dela.

– Você é linda e me deixa louco. – Disse rouco perto do ouvido dela e Bella gemeu em resposta.

Bella puxou meu rosto para próximo do dela e prendeu meu lábio inferior entre seus dentes o chupando em seguida e dessa vez não contive o gemido. A língua dela fez o contorno da minha boca e logo sem seguida aprofundou o beijo, nossas línguas se acariciavam de uma maneira sensual, me fazendo esquecer o que é certo e errado.

Ergui Bella do chão a prendendo contra a porta e automaticamente suas pernas rodearam minha cintura. Bella puxava e bagunçava meus cabelos enquanto minhas mãos subiam por suas costas até chegar ao fecho do sutiã o abrindo sem dificuldade e livrando-a em seguida da peça. Bella me abraçou soltei um gemido abafado ao sentir os seios dela contra o meu peito e perdi todo o resto de sanidade quando ela se movimentou roçando nossas intimidades.

Caminhei até a cama deitando-a delicadamente no colchão ficando cobrindo o corpo dela com o meu. Bella me olhou nos olhos, mordendo os lábios num sorriso tímido e eu o retribui, em seguida beijei sua testa, depois a ponta do nariz, as bochechas, o queixo e por último os lábios, de uma maneira doce. Provavelmente Bella não era mais virgem, mas não queria agor com ela como agia com as outras, ela não era qualquer uma.

– Eu quero você. – Sussurei entre seus lábios.

– Então me tenha. – Ela murmurou e aquilo chegou aos meus ouvidos de uma maneira muito sensual.

Narrado por: Alice

Local: Cozinha

Por que cozinhar não pode ser fácil como gastar dinheiro ou escolher uma roupa? Meu Deus é muita coisa para uma Alice só! São xícaras, colheres, litros, pitadas, pelo amor de Deus, é por isso que eu sou adepta a comida congelada que em 15 minutos no microondas já está pronta ou até mesmo apenas uma salada, que é só lavar e temperar.

Mas aqui estou eu na cozinha tentando preparar um simples macarrão ao molho vermelho. Nunca me interessei pela cozinha, existem coisas mais legais para se fazer do que ficar em um ambiente com objetos perigosos e mortais, mas resolvi mudar de idéia e o motivo é bem simples, quero cozinhar para o Jasper qualquer dia desses, então para não fazer feio na frente dele eu estou treinando em casa.

Finalmente deixei o molho fervendo e olhei para a bagunça que eu havia feito no local e sinceramente acho que o vestiário masculino era mais arrumado do que a minha cozinha nesse exato momento, tinha molho de tomate até no armário! Como aquilo foi parar ali?

– A terceira guerra mundial começou na nossa cozinha? – A voz melodiosa do meu irmão surgiu atrás de mim me fazendo pular de susto.

– Que susto Edward! – Bradei com a mão no caração. – Não faça mais isso.

– Desde quando você cozinha? – Ele indagou, ignorando completamente minha reclamação.

– Desde 45 minutos atrás. – Respondi olhando para o relógio na parede da cozinha. – Acho que nunca passei tanto tempo aqui.

Edward riu da minha resposta e caminhou até o fogão, abrindo as tampas das panelas olhando o conteúdo delas, sem dizer nada pegou uma colher e colocou no molho vermelho retirando um pouco do líquido, assoprou um pocuo e o levou a colher até a boca. O encarei ansiosa e atenta as suas expressões, que como era de se esperar não foi nada agradável.

– O que foi? Está tão ruim assim? – Perguntei me sentindo incapaz. – Eu segui as instruções do livro.

– Você experimentou? – Ele me respondeu com outra pergunta e eu fiz que não. – Como não? Tem que experimentar Alice só assim vai saber se está bom.

– Mas eu segui direitinho as instruções, não tem como ficar ruim. – Rebati cruzando os braços frustrada.

– Isso não significa que o molho vai ficar bom. – Ele disse simplesmente. – Só está um pouco ácido, coloque um pouco mais de água e deixe ferver, depois experimente para ver se está bom.

E é lógico que meu irmão gêmeo sabia cozinhar e ainda era muito bom fazendo isso. Edward aprendeu desde cedo com o meu pai que os homens deviam saber cozinhar para surpreender e agradar suas mulheres e que toda mulher gosta quando o homem cozinha para ela. Sinceramente, acho que estou exercendo o papel errado, mas tudo bem.

Edward sentou confortavelmente na cadeira da cozinha e ficou me olhando enquanto eu dava um jeito naquela bagunça. Peguei os pratos e talheres que usei para preparar a janta e os coloquei dentro da lava-louça, passei um pano na pia para secá-la, limpei a sujeira do armário e guardei os ingredientes em seus devidos lugares.

– Afinal, porque você está cozinhando? – Edward ingadou com as sobrancelhas erguidas e eu me apoiei na pia com as mãos cruzadas sobre o peito sem saber o que responder.

– Mamãe e papai saíram para jantar, então não ia ter janta em casa, por isso resolvi arriscar. – Respondi, mas não que essa fosse toda a verdade.

– Certo... – Ele me olhou completamente desconfiado e eu sorri sem graça. – Agora me fala o real motivo de você ter se metido na cozinha.

Suspirei me dando por vencida, Edward e seu detector de mentiras, ele sempre sabe quando eu estou escondendo alguma coisa, provavelmente pelo fato dele ser mais observador do que comunicativo. Já eu sou ao contrário, nunca sei quando alguém está me escondendo algo.

– Porque você é assim? – Perguntei frustrada, deixando meus ombros caírem em sinal de derrota.

– Você não sabe mentir Alice. – Ele sorriu.

– E você é muito observador. – Lembrei e ele concordou.

– Também.

– Eu estou gostando de um cara. – Comecei sentindo minhas bochechas corarem e Edward me encarou um pouco surpreso. – E eu quero aprender a cozinhar para ele.

– Entendi. – Edward se limitou a dizer. Mais um ponto que nós somos diferentes, meu irmão é discreto e não faz mil perguntas diante de um assunto pessoal. – Se quiser eu posso te ajudar.

Abri um sorriso imenso e corri para abraçá-lo fazendo com que ele quase caísse da cadeira. Edward passou os braços ao redor de mim retribuindo o abraço e quando se separou bagunçou carinhosamente meus cabelos.

– Obrigada, obrigada, obrigada! – Agradeci animada pulando de felicidade.

– Que isso Alice, para isso que serve os irmãos. – Ele sorriu de volta. – Agora volte para o seu posto de cozinheira.

Voltei para perto do fogão mexendo o molho e como Edward havia me falado peguei um pouco do líquido e experimentei, sentindo falta de um pouco de sal.

– Está sem sal. – Comentei.

– Então coloque mais um pouco de sal, mexa e deixe ferver por mais alguns minutos. – Meu irmão disse e eu o obedeci, voltando a tampar a panela para deixar fever mais um pouco.

Edward levantou da cadeira e começou a arrumar a mesa, colocando os pratos, talheres e copos. Depois foi até a geladeira e pegou o suco de uva e o queijo ralado.

– Esse cara tem muita sorte de ter você gostando dele Alice. – Comentou Edward do nada e eu sorri com aquilo enquanto deixava escapar o fio de macarrão da panela. – Apesar de ter certeza que ele gostaria de você mesmo você não sabendo cozinhar.

– Eu também acho. – Concordei me virando com um pedaço de macarrão na boca que fez Edward rir. – Mas eu quero garantir. Ah, e pode tirar um prato a Nessie não vem para casa hoje.

– Onde ela está?

– Na casa da Kim, disse que vai dormir lá e amanhã vai com ela para o colégio. – Expliquei. – Achei até bom, antes ela ficar com as amigas do que trancada naquele ateliê ou no quarto pensando no Jacob. Se bem que eu achei que essa semana ela deu uma melhorada no humor, acho que a tristeza está passando.

– Que bom porque ele não presta para ela. – Edward comentou um pouco agressivo e eu estranhei, meu irmão nunca foi de falar assim, por mais que ele não gostasse do Jacob nunca se refirou a ele daquela maneira.

– A Nessie também não é fácil e nós sabemos muito bem disso. – Comentei, não querendo livrar o Jacob de alguma culpa, mas para mostrar que de repente não é apenas ele o errado em toda essa situação.

– O macarrão já está bom? – Ele mudou de assunto e eu disse que sim. – Vou escorrê-lo para você então.

Assim que terminamos de ajeitar tudo nos sentamos à mesa da cozinha. Edward comia calado absorvido nos próprios pensamentos e eu estava procurando a melhor forma de tocar no assunto sobre a Bella. Não queria que ele mantivesse esperanças sobre um possível relacionamento, já que ela havia sido categórica ao dizer que não queria nada com ele que não fosse amizade.

– Edward. – Eu o chamei num súbito de coragem. – Nós podemos conversar?

– Sobre? – Ele indagou erguendo uma sobrancelha.

– Sobre a Bella. – Sussurrei a resposta e ele suspirou pesadamente. – Se não quiser não tem problema, mas é que eu queria...

– Minha relação com a Bella é boa Alice, mas parece que falta alguma coisa. – Ele comentou num tom triste e eu mordi os lábios. – Ela disse que gosta de mim e da minha companhia, mas eu sinto que nossos sentimentos simplesmente não batem e eu não sei o que fazer.

Me senti péssima ouvindo aquilo e me odiei por ter esse maldito comportamento de querer saber e resolver as situações dos outros! Agora meu irmão está todo cabisbaixo e eu vou soltar a bomba de que ela não gosta dele da mesma maneira que ele gosta dela. Sou uma “excelente” irmã.

– Mas o que você querida falar? – Ele indagou e eu sorri amarelo. Mentir ou não mentir?

– Você gosta mesmo dela? – Perguntei. – De verdade?

– Gosto, ela é interessante e divertida, diferente da maioria das meninas do colégio. – Ele respondeu franco.

– Então lute por ela. – Comentei bebendo um pouco de suco. Eu simplesmente não queria jogar um balde de água fria nele.

– Você diz como se houvesse outra pessoa. – Edward disse juntando as sombrancelhas. – O que você sabe Alice.

– Eu comentei com a Bella sobre você. – Comecei simplesmente e recebi um olhar ansioso. Droga, mentir ou não mentir? – Ela disse que gosta de você...

– Mas... – Ele falou por mim e eu o encarei sem saber o que dizer. Mentir ou não mentir?

– Mas como amigo. – Falei depois de alguns segundos e percebi que Edward deixou os ombros caírem em sinal de derrota.

– Claro, eu já havia percebido, só não queria me converser disso. – Ele suspirou e o prato de macarrão me pareceu muito convidativo para enfiar a cabeça nele.

– Edward... Ela...

– Ela gosta de alguém? – Ele me cortou e eu assenti.

– Só que eu não sei quem é, ela não quis me contar. – Expliquei. – Mas ela gosta de você também então...

– Como amigo. – Edward frisou.

– Mas gosta! E quem disse que amigos não podem se tornar namorados? – Perguntei, perdendo um pouco a paciência.

– Eu sei que podem, mas fica mais difícil quando se tem alguém na jogada. – Ele respondeu se dando por vencido e lógico que mais uma vez eu me senti péssima.

– Bom maninho, você tem duas opções, ou você se dá por vencido e entrega a Bella de bandeja para esse cara ou você se torna amigo dela e tenta mudar os sentimentos dela por você.

– Um bom guerreiro é aquele que sabe à hora de recuar, Alice. – Edward disse num tom sábio.

– Um mau guerreiro é aquele que entrega a batalha antes de lutar, Edward. – Falei no mesmo tom.

Eu sei que a Bella esta gostando de outra pessoa, mas poxa é meu irmão, eu não posso simplesmente falar para ele desistir sendo que ele gosta dela de verdade.

Narrado por: Bella

Local: Quarto

O barulho irritante do despertador invadiu meu quarto e acabando com o meu delicioso sonho, me remexi na cama e fui tateando o criado-mudo para desligar o aparelho, assim que o fiz senti duas mãos cortornarem minha cintura e me puxarem para mais perto.

Olhei para trás e me deparei com o moreno dormindo tranquilamente, sua respiração morna batia suavemente conta o meu pescoço, me fazendo querer ficar ali para sempre. Sorri me lembrando na noite passada. Vi Jacob suspirar e se espreguiçar então rapidamente parei de olhá-lo e fingi que estava dormindo.

A noite havia sido maravilhosamente ótima, não posso negar isso, mas o dia seguinte é sempre constrangedor, ainda mais porque eu não disse nada sobre a declaração que ele fez para mim... Ai meu Deus! Jacob Black, havia se declarado para mim! Mordi os lábios para não gritar e apertei minhas mãos tentando controlar qualquer tipo de surto.

Ele se declarou para mim ontem, eu fiquei em estado de choque e antes que eu pudesse me recuperar ou falar alguma coisa Jacob começou a me beijar, depois vieram às mãos para lá e para cá, então as roupas no chão e os movimentos... Eu havia transado com Jacob e nem ao menos tinha lhe dito um “eu também”!

Senti alguns beijos sendo distribuídos no meu pescoço e ombro e involuntariamente arrepei levemente, Jacob notou isso riu contra minha pele. Mas não me mexi, continuei fingindo que dormia.

– Eu sei que está acordada Bells. – Ele murmurou no meu ouvido num tom divertido. – A não ser que esteja morta, por isso não está respirando.

Soltei o ar pela boca, mas continuei imóvel com os olhos fechados, não queria ter que olhar para Jacob, não estava preparada para isso. Jacob então, me virou de barriga para cima apoiando os braços na altura dos meus ombros e pude sentir a respiração dele batendo contra o meu rosto.

– Abra os olhos Bella. – Ele pediu passando a o nariz na curva do meu pescoço.

Com aquela voz rouca e o carinho que ele estava fazendo em meu pescoço ficou impossível de não fazer o que ele havia me pedido. Abri os olhos lentamente fitando os raios de sol passarem pela minha janela com um sorriso idiota na cara.

Jacob ergueu a cabeça me encarando com um sorriso doce e senti algo mexer agitadamente em meu estômago e uma felicidade instantânea me invadir. Senhor, como mulher apaixonada fica retardada! Ele encostou o nariz no meu e eu ri parecendo criança pequena.

– Bom dia. – Ele falou sorrindo.

– Bom dia. – Eu disse feliz.

Batidas na porta mais uma vez quebraram o clima entre nós dois e eu dei um salto da cama empurrando Jacob para longe. Meu Deus, ele dormiu aqui! Se minha mãe descobrir, ou pior, se meu pai descobrir Jacob é um cara morto!

– Você tem que ir embora. – Sussurrei para ele enquanto vestia a primeira roupa que encontrei pela frente. – Que foi mãe? – Perguntei meio mal humorada para ela não querer papo.

– Meu Deus Isabella, será que algum dia você vai acordar de bom humor? – Reneé retrucou e eu revirei os olhos, mal sabe ela o tamanho do meu bom humor.

– Não enquanto você sempre bater na porta como se fosse destruí-la. – Olhei para Jacob que já estava de jeans e tênis, mas sem camisa. – O que você está esperando para ir? – Sussurrei para ele.

– Minha camiseta. – Ele respondeu segurando o riso apontando para mim.

Olhei para o meu reflexo no espelho e percebi que estava vestida com a camiseta do Jacob, que eu poderia muito bem usá-la como um vestido.

– Não fale assim comigo Isabella! – Minha mãe me repreendeu e eu quase entrei em surto, enquanto entregava a camiseta para Jacob.

– Eu vou ter um treco. – Comentei com ele, que deu uma risada baixa. – Tá bom mãe! Daqui a pouco eu estou descendo, não vou me atrasar.

Esperei alguns segundos e ouvi minha mãe descendo as escadas. Respirei aliviada escostando a cabeça no peito de Jacob, que me segurou pelos ombros.

– Sua casa é sempre assim pela manhã? – Jacob indagou divertido e eu rodei os olhos.

– Quase sempre, minha mãe às vezes bate na porta falando para eu não me atrasar. – Respondi fazendo uma careta. – Mas na maioria das vezes eu já estou acordada e quase pronta.

– O que não é o caso hoje. – Ele sorriu de lado me olhando de cima a baixo, então eu notei que estava completamente nua. – Desse jeito eu não vou querer ir embora.

– Meu Deus! – Exclamei colocando os braços sobre os seios e cruzando as pernas, tentando me esconder.

– Como se eu não tivesse visto tudo isso ontem. – Ele disse com um tom de malícia.

– Você tem que ir embora. – Eu desconversei o empurrando em direção à janela. – E não deixe que meus pais te vejam.

– Tudo bem, eu já estou indo. – Jacob riu enquanto abria a janela e se sentava no parapeito. – Mas antes, preciso fazer algo. – Sem dizer mais nada, ele me puxou colando nossos lábios num beijo lento, me roubando o ar.

–Até daqui a pouco. – Ele sussurrou e eu concordei.

Observei Jacob correndo pela lateral da casa tentando se esconder e suspirei me sentindo mais leve que uma pluma. Voltei-me para o meu quarto vendo toda aquela bagunça, minha cama estava completamente desarrumada e minhas roupas ainda estavam espalhadas pelo chão.

Sentei na cama e pisei em algo no chão, que depois descobri que era minha calcinha, não teve como não sorrir. As cenas de ontem rapidamente aparecerem em minha cabeça como se fosse um filme... Erótico.

– Eu quero você. – Jacob sussurei rouco entre meus lábios.

– Então me tenha. – Disse completamente entregue e embriagada pelas sensações.

Jacob desceu os lábios pelo meu pescoço parando no colo dos meus seios, senti suas mãos fortes os massageando e pressionando o polegar no centro deles, depois levou a boca até meu seio direito fazendo uma gostosa pressão com sua língua e prendendo o bico entre seus dentes, deixei escapar alguns gemidos enquanto ele repetia a mesma ação com o seio esquerdo.

A língua dele desceu por minha barriga e minha respiração conseguia ficar ainda mais alterada, quando Jacob contornou meu umbigo eu automaticamente abri minhas pernas e levantei levemente meu quadril. As mãos dele arranhavam e apertavam minhas coxas afastando-as para em seguida se posicionar no meio delas. Tive a sensação que todo o ar do quarto havia sido roubado e tombei a cabeça para trás emitindo um longo gemido de prazer enquanto Jacob continuava seu trabalho com língua e dentes.

Queria gemer a cada movimento de sua língua, mas o fato de meus pais provavelmenete estarem no quarto da frente, me impedia de fazer isso, então mordi os lábios puxando com força o lençol da cama, até meus dedos ficarem brancos. Jacob parou a carícia fazendo um grunido de frustração escapar entre meus lábios, então o senti sua língua fazendo todo o percurso para cima novamente parando em minha boca num beijo quente, molhado e completamente cheio de desejo.

Ajeitei meu corpo embaixo do dele ficando em uma posição mais confortável, então senti seu membro completamente duro e pronto para mim roçando em minha coxa. Deixei minhas mãos escorregarem por suas costas o trazendo para mais perto de mim. Jacob me beijava de forma lenta e sensual me deixando entorpecida e me levando para outro lugar.

E foi nesse clima que eu o senti escorregar para dentro de mim sem nenhum tipo afobação, como se estivesse aproveitando cada momento. Acho que se eu fosse virgem nem sentiria dor de tão gentil e cuidadoso que ele se mostrou. Nossos olhares se cruzaram e ele sorriu docemente para mim, começando a se movimentar lentamente, como se fosse uma criança saboreando um doce.

Me senti completa ao ter Jacob dentro de mim, a sensação era incrível e inexplicável. Os movimentos a princípio eram lentos e profundos entrando completamente em mim, mas depois foram ficando mais rápidos e eu entrelacei minhas pernas ao redor da cintura dele.

Jacob apoiava os braços no colchão segurando meus cabelos enquanto beijava rapidamente minha boca e descia para o meu pescoço, sem parar o ritmo do quadril. Minhas mãos arranharam as costas dele com força e minha boca se prendia em seus ombros já que eu não podia gritar para expressar todo o prazer que eu estava sentindo.

Jacob arfava e gemia baixo em meu ouvido, me deixando ainda mais excitada. Seus movimentos ficaram ainda mais rápidos então meu corpo inteiro se contorceu e uma onda de prazer me cobria, puxei Jacob para um beijo me permitindo gemer dentro de sua boca. Jacob continuou com os movimentos por alguns segundos depois enterrou sua cabeça na curva do meu pescoço, que abafou seu gemido rouco.

O corpo atlético de Jacob relaxou sobre o meu e eu o abracei arranhando carinhosamente suas costas enquanto nossas respirações e corações se acalmavam. Depois de um tempo, Jacob fez menção de sair de cima de mim, mas eu não deixei.

– Não. – Eu sussurei. – Eu gosto de sentir seu peso em cima de mim.

Ele riu levemente, mas permaceu deitado em cima de mim. Seu corpo era forte e pesado, mas ao mesmo tempo tão confortável e acolhedor que eu poderia ficar ali por um bom tempo. Nossas respirações de tranqüilizaram e o sono começou a aparecer.

Jacob saiu de cima de mim, deitando ao meu lado, depois me puxou para o encontro do seu peito, onde eu me encaixei perfeitamente ali. As mãos gentis e carinhosas passavam pelos meus cabelos e desciam para as minhas costas, depois subiam novamente enquanto a voz dele sussurrava alguma melodia que eu não conhecia e foi em meio daquele carinho que eu adormeci.

Voltei para realidade com um sorriso enorme, quem diria que o Jacob ia me surpreender tanto e ser tão carinhoso, nem parece aquele garoto da primeira aula de biologia. Num estalo lembrei que não havia falado nada sobre meus sentimentos, nem ontem e nem hoje enquanto ele ainda estava aqui, então peguei meu celular e escrevi uma mensagem simples “Sobre ontem, quero que saiba que eu também”.

– Você está atrasada Isabella! – Minha mãe gritou batendo na porta e eu quase joguei o celular no chão de susto.

Merda!

Narrado por: Nessie

Local: Intervalo

Desde que o Jacob terminou comigo eu tentava a qualquer custo não ter mais contato com ele. Procurava lanchar sempre fora do refeitório já que dividíamos a mesma mesa, evitava passar pelos lugares que com certeza ele estaria como o campo de futebol e os vestiários e também havia diminuído muito o contato com os meninos do futebol para não saber de nenhuma história.

O bom é que a Clarie e a Kim sempre estavam comigo e não me deixavam sozinha nem um minuto. Às vezes falava para elas ficaram no refeitório com os meninos, mas não tinha jeito, elas sempre passavam o intervalo comigo no pátio do colégio.

– Meninas, muito obrigada por passarem o intervalo aqui fora de novo. – Agradeci as duas mais uma vez. – Não quero encontrar o Jacob no refeitório.

– Que isso Nessie, amigas são para isso. – Clarie sorriu.

– Exatamente, nós só queremos que você fique bem e se isso te faz bem, então pronto. – Kim afirmou segurando minha mão, como se quisesse transmitir força, que eu realmente estava precisando.

– Eu também quero ficar bem. – Sorri fracamente. – Mas às vezes parece tão difícil conseguir isso.

– Pelo menos você está tendando, isso é um grande passo. – Clarie passou o braço ao redor de mim, me abraçando.

– Sem contar que não corre atrás dele. – Kim continuou, me olhando com um sorriso confiante. – Vai dar tudo certo amiga, você vai ver.

Ficamos em silêncio abraçadas umas nas outras. Preciso agradecer umas mil vezes pelas amigas que eu tenho, ou melhor, pelas melhores amigas que eu tenho. Acho que não imagino minha vida sem a Kim e a Clarie, se eu estou achando difícil terminar um namoro, acho que morreria se perdesse a amizade de uma das duas.

– Eu não sei como agradecer vocês meninas. – Comecei a falar com os olhos marejados. – Acho que não daria conta de 10% de toda essa situação sem vocês comigo.

– Ahhh não Nessie, não começa. – Clarie pediu quando me viu querendo chorar. Ela é daquelas que chora quando vê alguém chorando.

– Estamos com você para o que der e vir Nessie, você nunca vai estar sozinha, pode contar com a gente sempre. – Disse Kim emocionada também.

– Certo! Agora chega desse velório que ninguém morreu. – Clarie falou secando as lágrimas no canto dos olhos e eu sorri.

Começamos a conversar e eu esqueci o meu drama pessoal, passando a ficar apenas na reclamação da Clarie sobre as aulas de literatura e consequentemente sobre a professora que, de acordo com ela, é uma pirada que vive na época de 1890. Clarie é uma boa aula, mas diferente da maioria das meninas, ela é ótima em cálculos, números e raciocínio lógico, então quando se trata da área humanas, ela pena um pouco para conseguir entender.

– De verdade, aquela mulher vive dentro em alguns daqueles romances chatos que ela manda a gente ler. – Clarie afirmou com propriedade, me fazendo segurar o riso. – Não sei como vocês aquentam aquela aula, eu tenho vontade de sair correndo na primeira incenação quem ela faz com aqueles livros velhos e caindo aos pedaços nas mãos.

– Não é tão ruim assim. – Kim tentou amenizar a situação, mas Clarie lhe lançou um olhar indignado.

– Não é tão ruim? Pelo amor de Deus Kim, a senhora McAdams sonha em encontrar um homem igual aos daqueles romances e é por isso que ela não é casada. – Ela comentou maldosa. – Ou porque provavelmente deve cheirar a naftalina.

Eu e Kim gargalhamos das suposições que Clarie fazia. A senhora McAdams é uma mulher solteira com quase 50 anos e que se veste igual a minha avó. Eu até concordo quando a Clarie diz que ela parece viver dentro dos romances antigos, mas ela fala das histórias com tanta paixão, que eu não consigo não gostar das aulas e juro que às vezes me transporto para época.

– Dá para ouvir as risadas de vocês lá no vestiário. – Uma voz masculina comentou atrás de nós.

– Que susto Seth! Quer matar nós três do coração? – Perguntou Kim com a mão no peito.

– Jamais. – Ele sorriu simpático, parando na nossa frente.

Por mais que eu não quisesse me sentir assim, só de ver o Seth meu humor já muda, parece que ele transmite uma energina tão boa e positiva que é simplesmente impossível ficar triste ou de mau humor, sem contar que quando ele sorri eu tenho a impressão que meus problemas desaparecem com um passe de mágica.

– Mas o que era tão engraçado? – Ele perguntou descontraído.

– A Clarie reclamando da senhora McAdams. – Kim respondeu. – Dizendo que ela deve ter cheiro de naftalina.

Seth também gargalhou quando Kim terminou de responder e a risada dele fez com que algo estranho se agitasse dentro do meu estômago. Me peguei pensando que aquela era a risada mais gostosa que eu já tinha escutado.

– Depois dessa eu nunca mais verei nossa professora de literatura da mesma maneira. – Ele comentou e nós rimos.

– Acho que nenhum de nós na verdade. – Disse sorrindo e Seth sorriu de volta.

– Como vocês são exagerados. – Clarie reclamou rodando os olhos. – Vem cá Seth, você não devia estar no refeitório?

– Está me expulsando? – Ele devolveu a pergunta e a Clarie ficou vermelha. – Estou brincando Clarie, eu estava indo para lá, mas como vi vocês três aqui resolvi parar para dar um “oi”.

– Sempre muito atencioso não é, Seth? – Kim sorriu para ele.

– Não resisto em vir falar com garotas bonitas. – Ele piscou sorrindo marotamente e eu fiquei sem graça pelo olhar que ele me lançou.

– Como esse menino tem a lábia senhor! – Clarie falou rindo enquanto abria os braços. – Seth, você deve conquistar todas as meninas assim.

– Não todas, algumas são bem difíceis. – Respondeu Seth. – Mas vai que um dia eu consigo conquistar uma dessas difíceis, não é?

As meninas riram e eu senti as maças do meu rosto esquentarem. Posso e até devo estar completamente equivocada, mas eu senti somo se aquilo tivesse sido para mim, fazendo com que meu estômago de agitasse e meu coração disparasse.

– SETH! – Alguém gritou por ele e quando eu e as meninas olhamos para trás notamos Amanda no final da escada o chamando com as mãos.

– Acho que tem alguém te procurando. – Comentei num tom incomodado e no minuto seguinte me arrependi de ter dito aquilo.

– Parece que sim. – Seth falou com a voz baixa sem muito humor. – Nós vemos depois garotas.

Seth foi se afastando e indo ao encontro da Amanda na escada que o recebeu em um abraço e um beijo, e por algum motivo eu não gostei nenhum pouco daquilo, não queria que ele fosse embora principalmente para se encontrar com ela.

– Não sei o que um cara legal como o Seth está fazendo com uma garota igual à Amanda. – Kim comentou e Clarie concordou.

– O Seth é tão simpático, doce, educado, atencioso, gentil, fofo... – Clarie começou a falar e eu fiquei de boca aberta por causa de todos aqueles elogios. – O quê? Vai falar que vocês não concordam comigo?

– Concordo. – Kim foi a primeira a concordar. – Eu acho o Seth realmente tudo isso, sem contar que ele é lindo!

– Kim! – A repreendi, ficando espantada com tudo aquilo.

– O quê? Você não concorda Nessie? – Ela perguntou e eu fiquei sem saber o que dizer por alguns segundos.

– Confesso que aprendi a gostar do Seth. – Finalmente falei. – Ele é um garoto legal.

– Legal e todos os outros adjetivos, não é? – Concordei e Clarie sorriu de orelha a orelha. – E sinceramente eu acho que ele tem uma super queda por você. – Disse naturalmente e meus olhos se arregalaram.

– Ficou maluca Clarie? Lógico que não. – Rapidamente neguei aquele comentário.

– Eu também acho, ele de olha de uma maneira diferente. – Kim afirmou categórica.

– Acho que vocês duas estão vendo coisas onde não existe, sem contar que o Seth namora a Amanda. – Falei séria querendo colocar um ponto final naquela discussão sem fundamento.

Clarie e Kim se olharam de uma meneira cúmplice sem esconder um sorrisinho. Conheço muito bem aquelas caras e sei extamente o que está se passando na cabeça das duas e até já posso ouvir as duas falando “você está gostando do Seth e não quer admitir”.

– Nem pensem em dizer o que está passando pela cabeça de vocês. – Comentei e as duas riram. – Isso é um absurdo e não é verdade.

Antes que elas pudessem retrucar ouvimos o sinal para voltar às aulas, salva pelo gongo! Rapidamente me levantei e comecei a andar em direação ao colégio, Kim e Clarie logo me alcançaram e não dizeram uma palavra, entenderam que eu não queria tocar no assunto “Seth” novamente.

Comentei que ia passar no banheiro antes de voltar para sala então Kim e Clarie seguiram sem mim e eu fui lavar o rosco para esfriar a cabeça dos mil e um pensamentos que me rodavam desde os comentários das meninas. Isso é um absurdo, o Seth é apenas um amigo e meu coração agitado por conta da frase “queda por você” significa surpresa porque eu nunca pensei em uma coisa dessas.

Ouvi a porta do banheiro sendo aberta, mas nem me importei de olhar quem entrou, continue apoiada na pia de cabeça baixa. Joguei pela última vez água no rosto e levantei a cabeça respirando fundo de olhos fechados. Quando abri os olhos me deperei com a figura loira da Amanda pelo reflexo do espelho.

– Que susto! – Exclamei mais para mim do que para ela, que me lançou um sorriso enjoado.

– Vou sem bem breve Cullen. – Ela começou a falar cruzando os braços sobre o peito num tom debochado e eu fiquei em entender. – Fique longe do Seth!

– Como? – Eu indaguei atônita.

– Você ouviu muito bem Cullen, não quero que fique perto do meu namorado. – Ela frizou as últimas palavras e eu estreitei os olhos. – Está avisada!

Amanda saiu do banheiro batendo a porta com força e eu fiquei lá dentro sem reação. Aquilo tinha sido uma ameaça? “Fique longe do Seth” “Não quero que fique perto do meu namorado” senti um calor tomar conta do meu corpo e um sentimento de raiva aparecer.

– Aquela garota realmente não devia saber com quem estava falando. – Falei irritada, batendo a porta com a mesa força enquanto saia do banheiro. – Sou Reneesme Cullen, querida!

Continua...


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Notas finais do capítulo

Xenteeeeeeeeeen! Eu tô vivaaaa :DD
Passei um litro de óleo de peroba na cara e estou aqui vindo falar com vocês. Antes de mais nada quero mais um vez pedir um milhão de desculpas pelo chá de sumiço =X
Eu tive um bloqueio de criatividade, juro! Como eu sou um pouco chatinha, não aceito capítulo um "marromenos" ou a coisa tá ótima ou não tá nada... Por isso demorei tanto para postar, pq tudo que eu escrivia parecia não estar bom e eu não quero que vocês leiam uma coisa ruim, pq vocês sempre foram tão simpáticos, fofos e queridos comigo nos comentários sempre falando maravilhas da fic, que ela tem que está no padrão dos meus leitores, ou seja, perfeita! E a outra questão é que eu estou fora da classe desempregada dessa país, ou seja, isso vem me tomando um tempo, mas eu estou super feliz com o meu novo job *-*
O capítulo no final das contas me agradou bastante! Agora me contem, quem morreu com as narrações do Jake e da Bella?? Hahahahah, surtei escrevendo! Seth dando com a língua nos dentes falando sobre os sentimentos do Jake para a Leah, mal sabe ele o bem que fez né? E a Alice, tenho certeza quem muita gente tá com raivinha dela mimimi será que o Edward vai virar homem e correr atrás do que quer, e será que vai adiantar? E a Nessie, como se já não bastasse o coração partido ainda vai ter que aguentar ameças da Amanda? Morri!
Agora eu quero agradecer pelos comentários de vocês, suas lindas! Não preciso dizer que amei horrores todos os comentários lindos e maravilhosos que eu recebo né? Meus olhos brilham mais que diamantes hahaha. Agradecer também que comentou nos primeiros capítulos, vocês são muito fofas! E lóóógico um agradecimento especial para a Nathi de Lima pela recomendação hohohoh gata me passa o seu endereço que eu vou te enviar um Jacob ;)
Nesse tempo que eu andei sumida escrevi uma história chamada Três Chances também Jacob e Bella! Quem leu? Passem láá ôh: https://www.fanfiction.com.br/historia/200940/Tres_Chances
Mas chega, falei demais iuahsiuahisuh é a saudade de vocês! Espero que vocês tenham gostado do capítulo e não deixem de comentar hohohoh (:
Beeijo, Raah! Ahhh mudei meu nome, viram? Fica melhor haha.