A Missão Final escrita por Gaia


Capítulo 37
Guerra




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Antes que pudesse pensar em alguma coisa para dizer, um membro da Akatsuki pulou em cima dela e posicionou uma faca em seu pescoço. Aquele gesto a fez lembrar do seu primeiro encontro com Sasuke no labirinto, a fazendo estremecer ainda mais.

- E-eu não sou intrusa! – gritou, antes que o sujeito afundasse a faca em sua veia. – Vim ajudar, isso é só um disfarce para a organização de Madara não me ver como inimiga!

Para sua sorte, o assassino que a tinha pego tinha um pouco de piedade e não a matou imediatamente.

- Por que devo acreditar em você? – perguntou entre os dentes.


- Porque eu sou médica e posso cuidar dos feridos. – ela respondeu rapidamente. – Eu estava na sala de controle e vi a situação, vocês tem que me ouvir. Sei o que eles estão planejando.

O homem não disse nada. Continuava a fitá-la, pensando se devia ou não matá-la.

– Chame o Sasuke, o Naruto ou o Gaara, eles sabem quem eu sou. – ela apelou, tentando soar o mais convincente possível.

- Uzumaki! – ele berrou imediatamente.


Para seu alívio, Sakura viu o loiro correndo desajeitadamente em sua direção.

- Sakura?! – ele exclamou inconformado. – Você disse que ia embora! Pode soltá-la, Sasori.

Em instantes, ela se viu livre do peso do corpo do assassino e levantou-se. Naruto a olhava com reprovação e nervosismo. Já Sasori -que Sakura notou ser muito parecido com Gaara- ainda soltava um olhar desconfiado para ambos, mas logo voltou a sua função de guarda.

- Você tem que ir embora! – Naruto falou agitando os braços e olhando para os lados rapidamente.

- Naruto, me escuta, eles estão planejando deixar vocês cansados na escada, para depois se juntarem com os que estão na sala e subirem. – ela explicou rapidamente. – Fale para seus homens concentrarem as forças no hall. Eu vou procurar o Sasuke.

O loiro a pegou pelo braço e a impediu.

– Você vai ficar aqui! – ordenou com um olhar sugestivo para Sasori, para que não a deixasse sair.

Ela bufou, não podia perder tempo. Virou-se para entrar pelo atalho de onde tinha saido, mas o braço de Sasori era mais forte que seu corpo inteiro. Prevendo a teimosia, ele tirou uma algema de um de seus bolsos e prendeu o pulso da rosada em um cano da parede.

Ergueu as sombrancelhas, vitorioso, e saiu andando, a deixando vermelha de raiva.

- Me solta! Eu posso ajudar! – ela berrou, sendo completamente ignorada.

Apoiou-se na parede e começou a pensar em como podia sair dali quando ouviu:

- Alô? – Sakura reconheceu a voz de Gaara novamente.

– Gaara! – exclamou.

– Me fala a situação. – ele pediu sussurrando. Ela suspirou, como lhe diria que não estava mais na sala de controle?

- Eu estou algemada na cozinha, essa é a situação. – disse, após um tempo criando coragem. – Cadê o Sasuke?

Ignorou os xingamentos que o ruivo soltou e esperou pacientemente a sua resposta.


- Ele está ocupado. – finalmente disse, após brigar inutilmente com ela.


Sakura bufou, já estava ficando impaciente.

– Onde vocês estão?! – perguntou, deixando seu tom de voz doce para trás.

O fone ficou um bom tempo mudo até Gaara voltar a falar:

- Estamos na garagem contendo o reforço da organização de Madara.

Ela arregalou os olhos, tinham mais homens a caminho? A Akatsuki não teria chance, ainda mais com os seus homens fugindo assim. Sakura fez uma careta e pensou no que fazer. Onde estava Itachi em uma hora como aquelas? Não podia deixar de imaginá-lo como um covarde.

- Naruto! – gritou o mais alto que pode. Ela precisava sair dali.

O loiro não a ouviu, estava lutando arduamente com um homem que estava tentando se infitrar na cozinha. Era óbvio que ele já estava exausto, aquele deveria ser o milésimo que tentara entrar, as coisas não estavam nada boas e ela só conseguia ver mais feridos entrando.


– Sasori! – berrou, surpresa por lembrar-se do nome de quem havia a aprisionado. – SASORI!

O ruivo tentou a ignorar, mas depois de alguns minutos, sua paciência se esgotou e ele foi em sua direção. Ela corou com a sua aproximação repentina, ele era bem parecido com Gaara.

- Me solte, eu preciso fazer uma coisa! – ela implorou.

Sasori revirou os olhos e virou-se para voltar a sua posição.

- Não vai! Por favor, você não entende, mais homens estão entrando, vocês não tem chance, me deixe ajudar!

Ele virou o rosto, claramente irritado.

- O que você pretende fazer, princesa? Usar seu sutiã como arma? – debochou, rindo de sua própria piada.

– Não, seu imbecil, eu pretendo me infiltrar nos homens do reforço e fazê-los irem embora. Então se você quiser ser, no mínimo, útil, avise seus homens que eu não sou inimiga, só estou vestida como uma. – ela desdenhou, surpresa com sua capacidade de ser cruel. Nunca havia falado coisas assim antes, mas parecia que a situação de urgência exigia isso dela.

Sasori arregalou os olhos e depois franziu a testa, ofendido.

– Você é muito folgada para o seu tamanho, garota. – ralhou entre os dentes.

– Anda logo, você sabe que eu estou certa. – ela disse, localizando a chave no cinto dele.

Apesar de sua pose, Sasori sabia que qualquer ajuda seria útil e as coisas só tendiam a piorar, então não fazia muito diferença deixá-la ir. Pegou as chaves e abriu a algema com violência, sem se preocupar em não apertar os pulsos da outra.

Ela deu alguns gritinhos, mas logo se viu livre e começou a correr de volta para o atalho, havia decorado todos os caminhos antes de sair da sala de controle, então tinha quase certeza que saberia como chegar na garagem. 

Tentou correr o mais rápido possível e em instantes, chegou em seu destino, torcendo para que não tivesse se enganado, abriu a porta cuidadosamente e olhou. Estava mesmo na garagem. Tentando ser invisível, entrou sorrateiramente no ambiente e se infiltrou entre os inimigos, deixando-se levar pelo fluxo.

Procurou Sasuke por toda a parte, mas todo o movimento e sangue a impediam de ver alguma coisa sólida. Resolveu subir em cima de algumas caixas e de lá, finalmente conseguiu ver a cena.

Conseguiu enxergar cinco membros da Akatsuki contra aproximadamente uma dúzia de assassinos da outra organização. Impressionou-se com a capacidade de luta dos de capa preta ao ver vários corpos dos inimigos no chão. Ergueu as sombrancelhas e voltou a procurar Sasuke entre os cinco.

Antes que pudesse passar o olhar por todos, foi pega pela barriga e puxada para trás, o que a fez derrubar as caixas nas quais estava em cima. Na mesma hora, ela começou a mexer-se compulsivamente, tentando escapar dos braços que a aprisonavam.

Sabia que não podia gritar, porque assim chamaria atenção para si mesma e perceberiam que ela não era uma assassina de Madara. Então apenas começou a socar o ar e tentar se livrar.

– Sakura, pelo amor de deus! – ouviu do homem que estava a segurando.

Imediatamente, reconheceu a voz e parou de se sacudir, fazendo com que as lágrimas rolassem livremente. Sentiu o braço do outro afrouxando-se e virou-se para abraçá-lo fortemente.

- Sasuke… - ela sussurrou em seu ouvido, tentando conter os soluços. Nunca esteve tão aliviada em toda a sua vida e seu coração acelerado mostrava-lhe muito bem.

Não queria mais largá-lo, mas ele a afastou e a fitou diretamente nos olhos, o que não ajudou para o ataque de choro da rosada.

- Nunca mais faça isso comigo… - ela balbuciava sem parar. – É sério, você não pode simplesmente…

- Sakura.

- … e arriscar a sua vida sem…

- Sakura. – a chamou novamente.

- … porque, querendo você ou não, eu…

- Sakura! – Sasuke gritou, agora a segurando no ombro.

A rosada parou de falar e fungou, tentando conter o seu choro. Ela nunca fora de chorar por coisas daquele tipo e muito menos na frente de alguém, mas o efeito que o Uchiha fazia nela a deixava completamente fora do controle sobre si mesma.

- Se você vai falar pra eu ir embora, nem perca o seu tempo. – ela falou, agora séria e sem gaguejar.

Ele franziu o cenho, já sabia o quanto era teimosa, não tentaria ordenar novamente.

Nós vamos embora. – ele disse simplesmente. 

– O que? – ela perguntou inconformada. – Você quer fugir?!

Sasuke não respondeu, apenas a pegou pela mão e foi na direção contrária, para fora da mansão. Ela não acreditava no que estava acontecendo, estava completamente inconformada com a atitude do Uchiha, assim como estava com todos os outros que fugiram.

– Ei! – Sakura disse, parando de andar. – Eu não vou fugir, Sasuke.

Ele a ignorou.

– Aquelas pessoas precisam de um líder, por isso todos os outros estão fugindo. Você tem que ficar e liderá-las, Uchiha. Você não quer ser igual ao seu irmão, não é?

Sakura sabia muito bem que falar sobre seu irmão o afetava. Ele nunca queria ser comparado com Itachi, ainda mais no quesito de fraqueza ou desistência.

- Isso não tem nada a ver com Itachi. – ele murmurou, alterando a voz.

- Não, mas você está agindo igual a ele. Fugindo na hora que mais precisam de você. – ela provocou, tentando ignorar o barulho de armas colidindo atrás dela.

Sasuke parou e olhou para trás com os olhos flamejando em fúria.

– Eles precisam de você, Sasuke. E eu também. – ela completou, correndo em direção a luta, pronta para ser machucada se necessário.


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Notas finais do capítulo

Ooi, capítulo fresquinho pra vocês (:

O de sempre, espero que tenham gostado, blabla. IEAOIUHEA

Mereço reviews? Podem ser pedras, eu deixo. (A)

Beeijos :*