By The Way escrita por Ducta


Capítulo 20
Two Is Better Than One


Notas iniciais do capítulo

Two Is Better Than One - Boys Like Girls


Izuka_FG obrigada pela recomendação s2



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Percy não estava sentindo raiva de ninguém especificamente, só estava triste. Porque Ashley dissera que o filho era dele se nem com ele ela quis ficar?

Atirou mais uma pedra dentro da água que assustou os pequenos peixes que ali estavam.

Teve vontade de ir até o hospital e perguntar a Ashley se quilo era realmente verdade, mas se enganá-lo fosse realmente a intenção dela, ela mentiria. Percy acabou decidindo que não faria nada. Já optara por não conhecer o bebê mesmo, então não custaria nada participar do joguinho dela.

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Luke e Annabeth olhavam confusos para Thalia que tinha uma expressão decidida e confiante.

- Você não tem vergonha na sua cara não? – Thalia disparou. – Negar o seu filho!

- Quê? – Luke exclamou assustado. – Que filho, você é louca?

- É ele Annabeth, ele é o pai!

- Luke! É verdade? – Annabeth perguntou olhando pro rapaz que se levantara

- Claro que não! Eu não sei de filho vocês estão falando!

- O da Ashley! – Thalia disse.

- Ashley? O filho da Ashley é do Percy, não meu!

- Não foi isso que a Meredith disse. – Thalia desafiou.

- E desde quando a Meredith sabe alguma coisa da vida de alguém? – Luke disse. – E outra coisa, eu nunca dei mais que um beijo no rosto da Ashley!

- Você tem certeza? – Thalia perguntou, seus olhos se transformando em fendas.

Luke abriu a boca pra responder, mas não saiu som nenhum.

- Luke, depois a gente conversa. – Annabeth disse indicando a porta.

- Você sabe onde me encontrar. – Ele disse e bateu a porta atrasa de si, murmurando alguma coisa sobre o desequilíbrio mental de Thalia.

Thalia puxou Annabeth de volta ao sofá e contou a ela a parte importante de toda a sua conversa com as amigas de Ashley e Annabeth se mostrava chocada ao final narrativa.

- Caramba, eu não posso acreditar. – Ela disse ainda abobada. - Se o filho fosse do Mike eu não acharia tão estranho, mas o Luke? Ele sempre foi tão doce, calmo e constante.

- Pois é amiga, quem vê cara não vê coração.

Nesse momento o celular de Thalia tocou, era seu pai convidando ela e Annabeth para dar uma volta na cidade.

- Vamos? – Thalia perguntou depois de anunciar o convite.

- Não Thalia, obrigada. Tenho que fazer a janta ainda.

- Cadê seu pai?

- Quase uma semana que eu não o vejo, mas eu e o Mike ainda comemos não é? – A garota disse tentando sorrir.

- Bom, então eu te vejo amanhã.

Thalia deu um beijo na testa da amiga e soprou outro quando alcançou a porta.

Annabeth retribuiu o gesto e foi até a cozinha, pensando no que faria. Acabou por fazer um macarrão simples com carne moída. Depois do jantar, ela e Mike estavam assistindo televisão no sofá quando a porta da sala foi escancarada pelo senhor Chase.

Ao contrário do que os filhos esperavam Frederico estava sóbrio e tinha uma expressão cansada, marcada com profundas olheiras.

- Pai, você está bem? – Annabeth perguntou quando ela e Mike se levantaram do sofá pra ajudar o pai que continuava parado no batente da porta.

- Onde você passou essa semana inteira, pai? – Mike perguntou puxando o pai pelo braço.

O senhor Chase não respondeu, apenas se sentou no sofá com um sorriso envergonhado.

- Pai que você tem? – Annabeth perguntou de braços cruzados, insegura.

Ele apenas pediu pra que ela e Mike se aproximassem. Mike sentou-se no tapete enquanto Annabeth se sentou no sofá ao lado do pai.

- Olhem pra vocês. – O Sr. Chase disse e logo lágrimas brotaram em seus olhos. – Já estão tão crescidos. A última que eu realmente olhei pra vocês Mike tinha onze anos e estava em coma, Annabeth tinha nove e não entendia o que estava acontecendo.

- Isso é o que você pensa. – Annabeth murmurou.

Mike e o pai sorriram.

- Enfim, você já está crescida. – ele disse colocando a mão no rosto da filha. – Se parece tanto com a Hanna quando nos conhecemos, a não ser pelos cabelos.

Annabeth sorriu. Sempre esperara pelo dia em que ouviria de seu pai que estava se parecendo com sua mãe.

Hanna Chase fora uma mulher muito charmosa e encantadora. Sempre exibia um sorriso sincero e cativante e sempre fazia o bem, sem olhar a quem. Annabeth e Mike sempre admiraram a figura da mãe.

- Obrigada. – Annabeth murmurou.

- E você Mike, tão bonito, tão grande e...

- Tão errado. – Annabeth cortou outra vez fazendo o pai e o irmão rirem.

- E essa tatuagem no seu peito, se eu tivesse sóbrio quando fez, eu não teria permitido. – o Sr. Chase continuou indicando o peito nu do filho.

- Eu teria feito mesmo assim. – Mike disse sorrindo.

- Viram só onde nós chegamos? Annabeth morando longe, Mike fazendo todas as coisas erradas que faz e eu sendo o péssimo e ausente pai que sou.

- Porque tudo isso, velho? – Mike perguntou.

- Eu quero ter meus filhos de volta. Pelo menos um pouco.

- Que você quer dizer com isso? – Annabeth perguntou tão confusa quanto o irmão.

- Eu vou parar de beber. – o pai anunciou estufando o peito.

Annabeth abraçou o pai, sentindo-se inexplicavelmente feliz pela decisão do pai. Aquilo não era tudo, ela sabia, mas era o primeiro passo.

Seu gesto foi repetido por Mike que felicitou o pai.

- Você não quer aproveitar o embalo, Mike? – Annabeth atirou.

- Eu estou ótimo, obrigado.

Os três riram.

- Então vamos comemorar o começo da fase unida das nossas vidas? – o Sr. Chase perguntou com um sorriso.

- Filme, pipoca e sorvete? – Annabeth sugeriu sorrindo.

- O programa favorito da mamãe aos domingos. – Mike constatou.

Dito isso, os três saíram pra alugar o filme e passaram em um supermercado pra comprar o sorvete.

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Percy estava jogado em sua cama, eram pouco mais de uma da manhã e ele não conseguia dormir, tamanho era seu aborrecimento. Aborrecimento? Sim. Mas não por causa de Ashley e sua mentira, outras coisas lhe tomavam a cabeça agora. Sua mãe, servindo caminhoneiros em um restaurante podre a beira de estrada para sustentá-los. Perguntou-se se era como nos filmes em que os caminhoneiros alisavam as garçonetes. Seu sangue ferveu ao pensar nisso.

Agora era seu pai, preso. Quatro anos sem ver o mar, coisa que ele gostava tanto de fazer. Percy sabia, desde de seus quatro anos de idade, todas as histórias da mitologia grega e sempre sorria quando seu pai dizia que seu sonho era ser Poseidon. Um sorriso brincou em seus lábios quando ele lembrou-se de certa tarde, quando ele tinha oito anos e seu pai dissera que ele seria o mais poderoso e destemido de todos os semideuses da história. Destemido... O que seu pai diria se o visse agora? Se soubesse que seu filho estava no fundo do poço e que nunca lutara nem contra os próprios medos. Lágrimas rolaram por seu rosto, sentia-se sozinho e desolado.

Olhou pro seu celular no criado mudo e suspirou antes de pegá-lo.

Annabeth atendeu no terceiro toque.

- Alô? – Ela chamou sonolenta.

- Annie.

- Percy? – Ela perguntou assustando-se com a voz chorosa dele. – Que aconteceu?

- Desculpa te incomodar essa hora, mas eu preciso conversar.

- Agora?

- Desculpa. Deixa pra lá.

- Não! Não tem problema nenhum, Percy. Se quiser vir aqui, eu te espero.

- Obrigado. – Ele murmurou.

Annabeth desligou o telefone e foi se trocar e escovar os dentes. Seu estômago revirando de preocupação. Que diabos acontecera pra Percy ligar às duas da manhã?

Sentou-se no sofá, com a manta ao redor do corpo até que ele tocou a campainha.

- Percy... – Ela começou quando abriu a porta, mas parou ao vê-lo.

Seus olhos estavam vermelhos, seu rosto estava marcado por lágrimas secas e a ponta de seu nariz assim como o contorno de seus lábios estavam vermelhos.

- Que aconteceu? – Ela terminou.

- Eu preciso de colo. – Ele murmurou.

Annabeth o puxou pra um abraço e ele voltou a chorar, algumas lágrimas entrando pelos cachos da garota.

Quando eles se separaram, ela passou o dedo indicador pelas bochechas dele, limpando as lágrimas que ali desciam, seu coração apertado por saber que alguma coisa tirava a tranqüilidade dele.

- Entra. – Ela disse o puxando pela mão.

Pegou sua manta no sofá e seguiram para a parte superior da casa, que era aberta ao céu estrelado.

Annabeth estendeu a manta no chão e se sentou, convidando Percy, com um gesto mudo, para se deitar no seu colo.

Assim ele o fez.

Ela começou a acariciar seus cabelos, mas não perguntou nada.

- Faz alguma coisa pra me distrair? – ele pediu.

- Hm, eu podia cantar, mas eu não sei cantar.

Percy sorriu.

- I remember what you wore in our first day – Percy começou a cantar. Outra coisa passava por sua cabeça agora. - You came into my life and I thought "hey you know this could be something.

Cuz everything you do and words you say you know that it all takes my breathe away. And now I'm left with nothing. 

So maybe it's true that I can't live without you. Maybe two is better than one.

There's so much time to figure out the rest of my life and you've already got me coming undone. And I'm thinking two is better than one. 

I remember every look upon your face. the way you roll your eyes, the way you taste.

you make it hard for breathing cuz when I close my eyes and drift away.

I think of you and everything's ok, I'm finally now believing. 

Maybe it's true that I can't live without you. Maybe two is better than one.

There's so much time to figure out the rest of my life and you've already got me coming undone. And I'm thinking two is better than one.

Yeah, yeah... 

I remember what you wore in our first day 

you came into my life and I thought hey... 

Maybe it's true that I can't live without you. Maybe two is better than one.

There's so much time to figure out the rest of my life and you've already got me coming undone. And I'm thinking I can't live without you, cuz baby two is better than one. There's so much time to figure out the rest of my life but I'll figure out with all that's said and done

Two is better than one, two is better than one.

 

Percy se levantou e olhou Annabeth, esperando a reação dela.

Mas Annabeth não tinha reação nenhuma. Eles foram se aproximando aos poucos até que suas respirações se encontraram e Annabeth pôde sentir o hálito quente de Percy bem próximo, próximo demais. Fechou os olhos e esperou até que os lábios de Percy se pressionaram contra os seus, fazendo seu corpo se arrepiar apesar da noite quente de verão. O beijo começou raso e foi se aprofundando, mas sempre calmo e cheio de carinho. As mãos de Annabeth agora estavam deslizando lentamente do pescoço até os braços de Percy, enquanto as dele subiam e desciam pelas costas dela, causando arrepios constantes na garota.

 


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Notas finais do capítulo

Momento de reconciliação geral aqui, exceto pelo Luke .-.
Chorei escrevendo o beijo. Se vocês tivessem idéia do quanto eu amo esses dois...