Família. A minha antigamente se resumia a mim, minha mãe e minha tia, mas agora mudou, meu pai estava junto de nós de verdade. Era impressionante como em poucos dias tudo parecia bom, ajeitávamos os preparativos para a minha festa. Minha tia tinha voltado de Suna e se surpreendeu ao ver meus pais juntos como os apaixonados que era há mais de dez anos atrás. Tava tudo muito bom até aquela fatídica conversa.

— Posso conversar com você mocinha? – perguntou Kakashi

— Claro, só não demora muito, porque eu não quero me atrasar pra ver o Sasuke. Ele chegou ontem de um congresso e eu quero muito vê-lo.

— É sobre ele mesmo que eu quero falar.

— Ah nem vem pai com aquele mesmo assunto de me querer longe do Sasuke, porque eu não vou me afastar dele.

— Por que essa insistência?

— Porque eu amo o Sasuke-kun. Minha mãe já lhe contou sobre a minha vida passada, pensei que tivesse entendido.

— Contou, mas você é tão jovem, minha filha, você pode se apaixonar de novo. O Gaara, por exemplo, é um ótimo partido.

— Pai, eu já cansei de dizer que o Gaara está com a Ino, que por sinal é a minha melhor amiga. Agora chega.

— Você vai mesmo matar o seu pai de desgosto?

— Sem drama senhor Hatake Kakashi. O senhor não vai morrer só porque eu estou com o Sasuke.

— Vou sim. Você vai me matar de desgosto. Seu pai aqui está doente.

— Doente? Você é super saudável.

— Não sou. Eu não queria contar pra você desse jeito, mas acho que será necessário.

— O que? Isso não pode ser verdade.

— Mas é minha menina, eu estou com uma grave doença e tenho pouco tempo de vida. Se você continuar a me dar esse desgosto de namorar o Uchiha é provável que eu morra mais cedo.

— Eu te amo, pai, mas não vou deixar que você me chantageie desse jeito. – saí correndo e fui ao encontro do Sasuke.

[...]

— Por que você está chorando meu amor? – dizia Sasuke não entendo o motivo do meu choro

— Meu pai acabou de fazer uma chantagem emocional comigo. Disse que está doente e tem pouco tempo de vida e pediu para eu terminar com você para que ele não morra mais cedo do que o esperado. – disse enquanto chorava abraçando meu namorado fortemente.

— Ei, isso é algo muito sério Sakura. Tem certeza do que está falando?

— Eu acho que ele está inventando isso para nos separar.

— Eu vou falar com ele, você não queria que eu fosse agora, mas é a única forma da gente acabar com essa implicância toda dele.

— Está certo. Eu confio em você, sei que vai fazer tudo certo.

— Então agora fica calma, que eu vou fazer tudo que estiver ao meu alcance.

— Obrigada meu amor – o beijei, precisava de um beijo dele para que os tormentos sumissem da minha mente e a paz se instalasse em mim.

— Agora que você está mais tranqüila que tal a gente ir à sorveteria tomar um belo Sunday de morango?

— Acho uma ótima idéia, amor.

Fomos até a sorveteria e passamos um bom tempo lá. Queria ficar afastada de casa por algumas horas, porque quando voltasse teria que enfrentar meu pai de novo, eu sabia que minha mãe não concordava com ele, mas ele não deixava de lado a idéia de me ver longe do Sasuke por causa da diferença de idade. Voltei pra casa e por sorte ele estava trancado no quarto e eu passei direto pro meu quarto e fiquei trancada lá o resto da noite. Quando minha mãe veio me chamar para jantar pedi a ela que trouxesse meu jantar até o quarto, pois eu me sentia indisposta pra descer (na verdade não queria olhar pra cara do meu pai). Ela atendeu meu pedido e assim se encerrou a minha noite.