Segunda Chance escrita por Luana_gouveia, British
Já estava na véspera da famosa exposição do Sai, mas cadê que o meu colega de Universidade tinha chegado a Konoha? Nem sinal de vida dele, mas não me surpreendi quando a campainha tocou e lá estava ele de mala e cuia na minha porta dizendo que ficaria hospedado na minha casa. Era muito abuso. Lá vinha ele com aquela cara pálida e aquele sorriso falso que quase nunca tirava dos lábios.
- Não tem um lugar para os amigos na sua casa Uchiha?
- Apenas não esperava a sua chegada agora. Entre.
- Belo apartamento o seu – disse reparando em todos os detalhes da minha casa.
- Sim, eu tenho bom gosto também.
- Só falta uma coisa para essa casa realmente ficar mais bonita.
- O que?
- Uma tela minha na sua sala.
- Quanta pretensão. – revirei os olhos
- Estou sendo sincero. Uma tela minha daria vida a essa sua sala tão sem graça.
- Minha sala não é sem graça Sai. Você não muda sempre se achando superior.
- Eu sou superior. Olha só você preso numa cidadezinha do interior e eu conheço o mundo.
- Tudo que eu preciso está aqui.
- Hum... Parece que não voltou a sua cidade só por causa do seu amigo não é? Tem mulher no meio. Quem é ela?
- Não é ninguém Sai – tentei disfarçar.
Mais a capainha tocou e aí me lembrei que a hora da aula da Sakura tinha chegado, não queria que Sai a visse, ele uma vez me flagrou olhando o retrato da minha Sakura e com certeza entenderia o motivo da minha decisão de me mudar para Konoha, mas não conseguiria expulsado ou esconder Sakura então teria que esperar qual a reação dele ao vê-la. Atendi a porta, cumprimentei Sakura e quando ela entrou Sai a olhou de cima a baixo. Colocou de novo aquele cínico sorriso na cara e pediu licença para arrumar suas coisas.
- Quem é ele? – perguntou curiosa
- Um colega da Universidade que veio a Konoha a trabalho.
- Ele também é médico?
- Não, ele é artista plástico, mas dentre todos os tipos de arte prefere pintura.
- Então ele é sensível? – perguntou arqueando uma sobrancelha.
- Não. Às vezes me pergunto se ele sequer tem sentimentos.
- Por quê? – notei que isso tinha a assustado.
- Ele não costuma demonstrar o que sente.
A aula com Sakura ocorreu normalmente, ao sair ela disse que iria se encontrar com o namorado o que me deixou enciumado, mas nada poderia fazer como sempre, eu era apenas o “professor” dela que tinha o dobro da idade e por quem ela não sentia nada além de amizade. Sai desceu ao notar a partida dela e começou as insinuações debochadas.
- Então é ela a razão de tudo isso?
- É – não conseguiria enganá-lo mais.
- Ela não é a sua namorada antiga.
- Não, ela só se parece com ela. É uma prima.
- E você está doido por ela.
- Isso não é da sua conta. Vai dizer que você também gostou dela?
- Não, ela é feia.
- Cale a sua boca ao se referir a ela, mas prefiro que você a ache feia a você querer ela.
- Não se preocupe comigo, usar garotinhas não é minha intenção aqui. E a Karin?
- Terminei com ela.
- Suigetsu deve estar feliz.
- Ele está.
- E o casamento do seu amigo foi bonito?
- Foi.
- Lá que você encontrou com a cópia da sua namorada morta?
- Foi.
- Está tentando conquistá-la?
- Isso não é da sua conta intrometido.
- Não se iluda essa jovem não vai querer um velho como você.
- Você fala como se você fosse muito novo.
- Eu tenho 28 anos. Sou mais novo que você.
- Não faz muita diferença. E a sua exposição?
- Quase tudo pronto, amanhã a noite é a inauguração. Compareça.
[...]
Hoje a noite é o dia da minha exposição, após todas aquelas chatices de ter que falar com a imprensa e fotografar com meu sorriso falso comecei a conversar com alguns dos compradores das minhas telas. O amigo do Sasuke, o tal do Naruto falou comigo que admirava minhas telas e que tinha até uma escultura que eu tinha feito. Mas o melhor da festa aconteceu quando a famosa Sakura chegou junto com um cara ruivo e a amiga loira. Ela não veio falar comigo, apenas observou as telas, a loira ao lado dela me olhava maliciosamente, pervertida detectada. O cara ruivo segurava em volta da cintura da rosada feiosa, pelo que parece ele é bem protetor com ela. Acho que ele é o rival do meu colega Uchiha. Quando percebi Sasuke estava ao meu lado olhando para ela.
- Ainda vai dizer que a acha feia depois de olhá-la desse jeito?
- Estou olhando pra ela pra avaliar a sua situação Uchiha.
- E qual é a minha situação?
- Não é das melhores. Aquele ruivo mataria o primeiro que se aproximasse dela e a loirinha comeria qualquer homem com os olhos por ser bem sucedido e bonito.
- Disso tudo eu já sei.
- E mesmo assim se arrisca? Quem diria o tão solitário Uchiha Sasuke correndo atrás de uma menina, mas tenho que concordar que ela não é uma qualquer já que ela é a cara da falecida.
- Exato. Agora eu vou falar com ela.
- Espere, eu irei com você.
[...]
- Olá Sakura, Gaara, Ino
- Olá – todos responderam
- Esse aqui é o artista da exposição – o Uchiha falou me apresentando formalmente ao trio a minha frente
- Olá a todos, espero que estejam aproveitando a exposição.
- São lindos quadros – a feiosa respondeu
- Obrigada.
- Você faz algum quadro por encomenda? – perguntou o ruivo
- Faço, mas a minha obra de arte custa caro.
- Não me importo com o preço.
- que tipo de quadro você quer?
- Um retrato da Sakura.
- Meu? – perguntou assustada.
- Sim, eu quero ter um retrato seu na minha casa numa tela, acho que esse artista conseguirá fazer isso muito bem.
- Mas vocês não tiram retratos? – perguntou a loira
- Claro, mas eu não quero uma foto, eu quero uma tela.
- Boa escolha, telas duram mais que retratos – o Uchiha disse e em seus olhos eu notei o quanto ele estava sentido por não ter tido essa idéia antes.
- Então eu faço um retrato da rosada. Onde e quando faremos?
- Isso você tem que acertar com a Sakura.
- Bem, acho que eu posso de tarde após as aulas com o Sasuke.
- Perfeito.
A noite terminou sem mais nenhum acontecimento, quer dizer que agora eu teria algum tempo com a feiosa, quem sabe assim eu conhecesse mais detalhes do passado misterioso do Uchiha, afinal na Universidade ele abria pouco a boca pra dizer sobre a sua vida inclusive sobre a tal Sakura do passado foram pouquíssimas vezes que ele a mencionou.
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