Segunda Chance escrita por Luana_gouveia, British


Capítulo 24
Eu tive a visão do paraíso e não morri




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Ainda meio tonto com o que tinha acabado de acontecer fui até a casa de Naruto, afinal precisava de alguém confiável para desabafar e, sinceramente, a pessoa mais indicada para me ouvir não seria de jeito nenhum o Suigetsu, porque ele acabaria contando tudo para Karin e ela me encheria a paciência com a história. A melhor opção obviamente era o meu melhor amigo de infância, só espero que ele não esteja ocupado pra mim. Quando cheguei a casa dele por sorte ele estava sozinho e com tempo pra mim. Naruto ficou espantado pela minha cara ao abrir a porta.

- Que cara é essa Sasuke?

- Naruto eu a vi.

- Viu quem? Você ta bem? – perguntou preocupado

- Eu acho que estou bem. Eu vi a Sakura. – Naruto me olhou espantado

- Não, você definitivamente não está bem, você não pode ter visto a Sakura porque ela está morta.

- Eu tenho certeza que vi.

- Então você viu um fantasma?

- Fantasma não, ela parecia muito viva.

- Muito estranho, será que não era apenas uma garota parecida com ela?

- Pode ser. Eu acho que exagerei. – me dei por vencido com a possibilidade de ser outra pessoa e entrei na casa do meu amigo

- relaxa aí cara, vê TV, lê um jornal, quer comer alguma coisa?

- Eu quero um pouco de café.

- Café saindo então.

Enquanto tomava o café Naruto começou a me fazer uma série de perguntas, ele era sempre assim irritante.

- Nunca mais vi aquela sua namorada contigo, ela não gosta de andar com você?

- Eu que não gosto de andar com ela. Eu a deixo em algum lugar com Suigetsu e fico andando por aí. Hoje eu to pensando em ir ao meu apartamento pra dar uma olhada nas minhas coisas.

- Nunca vi um namorado que rejeitasse tanto a namorada.

- Não é por mal, tem certos momentos nos quais Karin é muito agradável, mas na maior parte do tempo ela é insuportável.

- Em quais momentos ela é agradável?

- Quando temos alguma conversa séria ou quando estamos em momentos “íntimos”

- No rala e rola?

- É só que eu falo de um jeito mais educado e você com a sua linguagem popular. Nem parece que é professor universitário.

- Não fique controlando meus modos ok? Falando em Universidade ontem eu fui lá pra dar boas vindas aos calouros e eu vou ter um aluno que tenho certeza que será um brilhante profissional. Tinha que ver Sasuke, o rapaz quer após a faculdade casar com a namorada. Parecem os nossos típicos sonhos de adolescentes.

- Lembro dessa época, pena que os meus planos o destino destruiu.

- Não acho que seja culpa do destino. Vocês só não tiveram sorte.

- Eu queria poder ter uma segunda chance.

- Quem sabe você não tem?

- Impossível. Ela não está mais aqui.

- Você deveria abrir o seu coração, a Sakura queria que você fosse feliz.

- Eu sei, e eu sou feliz do jeito que posso. Sou feliz sendo médico, mas no campo dos relacionamentos amorosos já decretei meu fracasso. Karin é uma ótima mulher e é possível que algum dia me case com ela, mas amá-la é algo completamente diferente.

- Compreendo, acho que nisso eu tive mais sorte que você, afinal meu casamento é nesse sábado com Hinata.

- Fico feliz por você. Naruto, apesar de tudo hoje foi um dia especial, eu tive a visão do paraíso e não morri, eu vi a Sakura nem que seja em apenas um devaneio meu.

- Matou um pouco das saudades?

- Essa saudade eu só poderia matar se pudesse ficar com ela de novo.

Depois de sair da casa do Naruto passei no meu antigo apartamento e estava tudo como tinha deixado só que muito empoeirado e com cheiro de mofo. Estavam lá todos os porta-retratos com fotos minhas e da Sakura e também com as fotos dos meus pais e até do desgraçado do meu irmão que sumiu no mundo. Olhei para a mesa da sala e lá em cima estava o DVD da festa de aniversário de 15 anos da Sakura. Não resisti e o coloquei para assistir, sempre me emociono com esse filme, pois relembra o meu momento mais feliz com ela. Não agüentei ser forte e acabei chorando igual uma criança. Aparentava ser forte para os outros, mas quando estava sozinho não tinha problema admitir que a morte dela tivesse sido o fim da minha vida. Ali admitia para mim mesmo que hoje tinha uma subvida que era feita para ajudar os outros, eu não me importava mais comigo. Depois de recordar tantas coisas voltei para o hotel e lá estava Karin na minha cama me esperando. Ela me olhava maliciosamente querendo que eu a satisfizesse, só que eu não estava no clima para aquilo. Ela disse que sentia saudade e veio me agarrar então eu tive que ser rude com ela para fazê-la compreender que eu não ia dormir aquela noite com ela. Ela gritou, chorou, mas dessa vez eu não tive pena e a mandei embora. Ela foi para o quarto zangada, mas tenho certeza que depois passa e ela vem me infernizar de novo. Dormi em paz pensando na Sakura, ela era o meu paraíso particular que eu vivia sempre nos meus sonhos.


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