Quando acordei a primeira coisa que notei era o quanto a minha cabeça doía. Certamente eu tinha extrapolando na quantidade de álcool ingerido, só rezava para que aquela ressaca abasse logo. Mas para a minha surpresa não era só a minha dor de cabeça que eu estava estranhando, o quarto no qual me encontrava não era o do meu apartamento. Era um quarto de mulher. Como assim um quarto de mulher? Era impossível. Quer dizer, me lembro que fui dançar com a Karin, mas depois eu só me lembro de estar beijando a Sakura. Ah não, aquilo não era um sonho eu realmente estava beijando alguém e realmente tinha dormido com alguém, e essa pessoa não era a Sakura, embora fosse isso que eu acreditasse por causa do meu porre. Não, infelizmente quem tinha passado comigo esse tempo todo era a Karin, que por sinal acabei de reparar que ainda dorme ao meu lado. Ela está sorrindo, deve ter gostado da noite passada. Mas ela não deveria gostar estava errado, completamente errado. Eu não amo essa moça, não deveria ter transado com ela, ela deve estar ainda mais iludida agora que isso aconteceu. Tudo bem que sou homem e tenho minhas “necessidades”, mas aquilo não justificava ter feito o que eu fiz com ela. Me senti horrível, sujo, um canalha. Gastei grande parte do tempo me xingando em pensamento que quando dei por mim Karin já tinha acordado e me abraçava completamente nua. Fiquei chocado à vela passando a mão pelo meu corpo e mordiscando a minha orelha. Como assim ela tinha tanta liberdade comigo? Tive que protestar.

- Para Karin, isso não é certo – disse me afastando e ela fez uma cara que de quem não tinha entendido

- Como assim Sasuke-kun? Passamos uma noite tão boa – disse me encarando e sorrindo maliciosamente

- Me desculpe, mas isso só aconteceu porque eu bebi. Você não deveria ter deixado isso acontecer. – a reprovei

- Como não deixaria isso acontecer se era o que eu mais queria?

- Não deveria querer. Você é uma moça de família, não é justo eu me aproveitar de você.

- Você não se aproveitou de mim Sasuke-kun, eu quis, eu pedi para você ser meu nem que fosse por apenas esta noite.

- Não importa, não deveria ter acontecido, entenda isso. Você não é uma dessas prostitutas da vida. Não deveria querer que eu te tratasse como uma. – disse furioso

- Você é um homem bom Sasuke-kun. Eu sei o quanto você me respeita, mas eu quero mais que o seu respeito, eu quero ser a mulher que você ama.

- Isso não é possível Karin. Eu só amo uma mulher.

- A Sakura está morta. Ame alguém que esteja viva e possa retribuir seu amor – disse chorando

- Sakura vive dentro de mim. Você não sabe de nada. – Catei as roupas me vesti e fui embora deixando Karin aos prantos.

Saí de lá fora de mim, aquela mulher só poderia estar louca em me querer mesmo sabendo que eu amo outra e que sempre amarei. Tenho certeza que durante toda a noite a chamei de Sakura e parece que ela nem se importou. Ela devia se tratar sinceramente. Quando finalmente cheguei em casa tomei um belo banho para esquecer desse desastre que acabara de acontecer, como seria no hospital quando a visse? Certamente não me sentiria mais à-vontade em ficar a sós com ela. Não que nós fôssemos amigos, mas desfrutava da companhia da moça durante as refeições diárias na cantina do hospital. Um pouco mais tarde Suigetsu chegou em casa e deparou comigo totalmente irritado.

- Que cara é essa brother?

- A cara de quem está furioso serve?

- Ué, ta furioso por quê?

- Na festa ontem eu além de ficar com a Karin transei com ela.

- Tu transa com a Karin e fica triste? Cara manda ela pra minha cama que eu com certeza fico Feliz. Mas ela só é bonita calada, abre a boca e estraga tudo, porque ela grita demais.

- Sem piadinhas Suigetsu. Foi sério. Eu não deveria ter feito isso. Só aconteceu porque eu estava bêbado demais pra controlar os meus atos.

- Tenho certeza que ela adorou desfrutar do seu corpinho ok? Então relaxa, ela não vai mandar te prender por abuso sexual nem obrigar você a se casar com ela.

- Eu sei de tudo isso, mas eu me sinto mal, porque ela não é qualquer uma. Ela é uma colega de trabalho entende?

- Ta parecendo que você gosta dela.

- Gosto como amiga e me preocupo com ela se iludindo desse jeito comigo.

- Não se preocupe, ela é bem grandinha e sabe o que faz.

- Eu estou completamente arrependido do mesmo jeito, isso não alivia minha culpa.