Ghost Curse escrita por CanasOminous


Capítulo 8
Capítulo 8 – A Terra nos Céus e a Lua na Terra


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Reformado



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/82933/chapter/8

Antiguidade. Até mesmo o tempo havia esquecido aquelas muralhas, as areias de uma ampulheta desapareceriam se tivessem de esperar, e lendas tão antigas que a própria vida teria se esquecido de lembra-las. Uma fina chuva começou a cair constantemente, nenhum dos jovens ousava pronunciar qualquer coisa, ainda por que agora faltava muito pouco para o fim das duas horas. Estavam confusos e apreensivos, não tinham noção do tempo exato que lhes faltava, mas sabiam que era pouco, e cada minuto confinado entre as muralhas e altares secretos da torre os afligia em um abismo de medo.

— Não é possível, ainda não conseguimos descobrir o segredo que permite que os Pokémons possam entrar no templo! Precisamos pensar rápido, antes que a magia acabe e a ponte desapareça. — afirmou Brock.

— Não temos nenhum Pokémon conosco, e eu me sinto desprotegida sem eles. Não quero simplesmente sair por aí chutando as portas, vai ver aparece um adversário que não possamos dar conta! — disse Dawn.

— Não encontramos nada até agora, e nem vamos encontrar se continuarmos assim. — respondeu Brock pensativo, notando que seu amigo Ash também se preocupava muito com os Pokémons deixados para trás. O rapaz andou em direção do amigo e tocou em seu ombro — Não desanime! Tudo vai dar certo, nós sempre damos um jeito.

— Eu sei, mas...

— O mais importante agora é continuarmos unidos e nos esforçarmos. O Pikachu conta com você Ash, ele confia em você. Mostre para ele esse apreço e não o vá decepcioná-lo, certo? — continuou Brock. Ash assentiu com a cabeça e levantou-se, a busca deveria continuar.

• • •

Pikachu estava sentado próximo a uma parede. Logo atrás de um onde estava era possível ver um símbolo misterioso, um lindo rubi adornado em ouro, recebendo as finas gotas da chuva incansavelmente como se incumbido a ficar ali por toda a eternidade.

O pequeno Pokémon continuava olhando para a grande ponte que levava ao templo. A chuva caía sobre sua cabeça, as orelhinhas já estavam baixas, mas Pikachu não deixava de acreditar no seu treinador. Já havia passado quase uma hora e meia que Ash e os outros entraram no templo. Era por volta de oito horas da manhã, mas quando o relógio registrasse oito e meia, o poder de Spiritomb desapareceria, e os jovens ficariam presos no templo para sempre. O ratinho elétrico tentou acomodar-se no frio até sentir uma presença obscura ao seu lado.

Está preocupado com algo, pequeno? — indagou Drifloon, vendo o pequeno acenar positivamente — Seus mestres são fortes, eles vão descobrir um modo de permitir que nós, Pokémons, possamos entrar no templo.

Pikachu olhou para o Pokémon balão como se afirmasse que acreditava em seu mestre, mas por não estar podendo ajudá-lo ele temia que algo de ruim pudesse acontecer. O fantasma vez uma posição pensativa antes de voltar a falar:

— Acredito que General Dusclops e os outros nunca permitiriam que algo de ruim acontecesse, você pode ficar tranquilo, nós poderemos ajudar e fazer nossa parte na hora certa! — afirmou Drifloon confiante.

Pikachu sorriu agradecendo o apoio do fantasma. Enquanto isso, Duskull e Shuppet atormentavam o misterioso Spiritomb que se concentrava em manter a enorme ponte criada. Se ele perdesse a concentração a maldição poderia ser ativada, mas os soldadinhos nem se deram conta nisso, preferiam brincar e fazer gozações para com a criatura. O fantasma aprisionado preferia ficar sozinho, balbuciando palavras com criaturas inexistentes, o que despertava uma imensa curiosidade nos outros dois pequenos.

— O que ele disse agora, Shuppet? — perguntou Duskull.

— Ele está rindo sozinho... Agora está falando com coisas invisíveis... Devem ser fantasmas... — comentou Shuppet.

— Espere um pouco, mas nós somos fantasmas.

— Vish. Hoh, hoh, hoh... É mesmo, que cabeça a minha!! — riu Shuppet.

Nesse instante, Spiritomb parou de rir e virou-se bruscamente para os dois que riam dele. A pedra em que estava aprisionado o impedia de locomover-se, mas como um espírito foi aos poucos aproximando dos dois com uma risada assustadora.

— Qual o maior sonho de vocês, amigos? — perguntou Spiritomb, dirigindo-se subitamente aos dois fantasmas.

Duskull e Shuppet chegaram a gelar, pois não sabia se aquela pergunta era uma ameaça ou qualquer outra coisa.

— S-Sonho? Eu não sei, nunca tive sonhos, fui criado para lutar. — comentou Duskull.

— Sabe... Eu perdi tudo em minha vida, não tenho mais ninguém, e este lugar é tão bonito... Eu queria morar aqui para sempre. — respondeu Spiritomb animado.

— E o que isso tem haver com a gente? — perguntou Shuppet.

— Ele, definitivamente, é muito estranho... — balbuciou Duskull.

— Seus energúmenos! — emendou Drifloon que ouvia a conversa — Querem parar de azucrinar o Senhor Spiritomb? Não sabem que esquizofrenia é uma doença, e vocês apenas ficam rindo dele? Tomem vergonha na cara e vão fazer algo útil.

Os dois se desculparam e aos poucos se afastaram.

— Nossa... Eu nunca tinha visto ele tão bravo... — afirmou Shuppet.

Acredito que seja por conta do irmão do Coronel Drifblim também ter uma doença parecida, então acho que ele se lembra de algo, fazendo-o sentir-se meio triste quando brincamos com isso... Coisa da raça dos Drifloons. — explicou Duskull.

— Oh, sim! É verdade! Você esqueceu que o irmão do Coronel Drifblim estava lutando ao lado de meu reino? Ele era realmente muito forte, mas depois da maldição não sei o que aconteceu com ele... Acho que deve ter morrido ou algo parecido...

— Hum, quem sabe... — sussurrou Duskull.

A conversa sobre o irmão do Coroenl Driflbim parou naquele instante, e novamente, apenas a chuva podia ser vista a contemplar o templo de Giratina. Tudo que os Pok´mons poderiam fazer é esperar, e torcer pela conquista daqueles jovens humanos, a menos que alguma presença maligna se fizesse presente no templo.

• • •


O templo de Giratina tinha visão para o céu, pois não possuía teto, o que fazia com que os jovens ficassem expostos à chuva o tempo todo. Ash etapa a si próprio com sua blusa, enquanto Dawn odiava ter de molhar sua bolsa para proteger-se do sereno. Os três caminharam normalmente até uma sala redonda com duas grandes portas, e então, Brock parou.

— Hum, ainda não entramos nesta sala. — afirmou o moreno.

— Você tem certeza? Acho que já viemos aqui, sim... Tudo nesse templo parece igual. — reclamou Dawn.

— Não, não. Eu não lembro desse quadro de ponta cabeça... Quem é que coloca um quadro virado de cabeça para baixo?? — perguntou Brock.

— Pessoal, gosto não se discute... Deixa o quadro assim, vamos entrar. — disse Ash — Mas que ele é suspeito, isso é.

A sala que entraram era enorme, e assim como a fortaleza inteira, o teto possuía um imenso buraco em forma de circular que dava visão para o céu. Alguns pilares sustentavam a sala que parecia ter sido esculpida pelo deus da guerra com pinturas agressivas e vibrantes, mas muitas estavam gastas pelo tempo; nas paredes, mais quadros virados de cabeça para baixo, o que deixava Ash realmente intrigado.

— São os quadros de ponta cabeça de novo! Eles devem significar alguma coisa!! — afirmou Ash.

— Hum, parando para ver... Esta sala realmente possui muitos quadros deste modo, será que esse é o primeiro passo para desvendar algum mistério? — comentou Brock.

— O pintor realmente gostava de natureza morta, olha só. Apenas paisagens tristes, chuvosas, e escuras... Essas outras parecem de grandes guerreiros, mas todas estão riscadas, o que os torna irreconhecíveis. — disse Dawn.

Enquanto os jovens observavam curiosamente os quadros, uma sinistra risada pôde ser ouvida do buraco no teto. No alto, uma estranha figura flutuava, trazendo olhos vermelhos e cheios de raiva. Ash virou-se e cobriu os olhos para enxergar melhor, e então afirmou animadamente:

— Ei, olha só! É o Coronel Drifblim! — afirmou, apontando para o fantasma no teto.

— Espere um pouco, mas o Coronel Drifblim está comigo... — continuou Brock.

— Então, quem é aquele...?!

O fantasma saltou em direção de Ash e derrubou-o com sua grande velocidade, sem seus Pokémons era muito perigoso para jovens humanos batalharem com algo selvagem. Agora eles apenas poderiam contar com a ajuda de General Dusclops e os outros, mas há horas não tinham notícias dos fantasmas.

— General, o que podemos fazer agora? — indagou Ash ao vento.

De repente, a voz de Dusclops pôde ser ouvida ecoando entre as colunas daquela sala. Aquela mesma voz da gigantesca criatura encontrada no cemitério dias atrás agora estendia-se a tomava a figura ilusionaria de um gigante de um olho só.

Somos apenas simples Pokémons mortos, meu jovem, como espera que ajudemos? É neste momento que a verdadeira força e determinação de vocês será provada. — explicou a voz do General.

— Quer dizer que vocês vão deixar a gente na mão? — perguntou Dawn.

— Silly Girl, você sabe que a gente ajuda vocês como pode, não vá jogando toda a culpa pra cima do General! — respondeu a voz zangada de Froslass.

— Permitiremos que por um tempo vocês usem os nossos poderes, mas é tudo que podemos fazer, o resto será por conta de vocês. — continuou o Coronel Drifblim verdadeiro.

Os três jovens puderam sentir algo estranho em seus corações, era como se tivessem uma nova vontade de lutar, aquele lugar, aquela chuva fina que caía, tudo aquilo parecia estar favorecendo suas almas. O misterioso fantasma que flutuava continuou a tentar atacá-los, Ash pulou e desferiu um poderoso soco no inimigo, atordoando-o por um momento.

— Que soco foi esse? — perguntou Dawn.

— Você usou um Shadow Punch? — continuou Brock, surpreso ao ver a força do amigo.

— Parece que sim! Obrigado, General! O resto é com a gente.

A sombra do fantasma continuou atacando-os com velocidade, mas a determinação dos jovens era maior. Eles lançaram três poderosos golpes sobre a criatura; um pesado Shadow Punch, um misterioso Ominous Wind e um poderoso Shadow Ball. Os três finalmente foram capazes de derrubar os altos níveis de energia do Pokémon fantasma que os observava. Ele foi lançado para longe até cair próximo a uma coluna, mas ainda consciente.

E pensar que eu poderia ser derrotado... Contudo, meus rivais, vocês foram espetaculares. — disse o adversário — Eu sou uma criatura exilada que não merece nem sequer continuar a existir, e agora, sou obrigado a viver para sempre com minha maldades sobre meus ombros.

— Quem é você, e por que é tão parecido com o Coronel? — perguntou Ash.

Eu sou Delliom, da raça dos Drifloon. — disse o gradioso fantasma.

— Você... Você é o irmão do Coronel Drifblim! — afirmou Brock.

Não sou digno de ser irmão de alguém que foi tão grande como ele, eu nunca vou poder desculpar-me... Eu traí minha própria raça, meu próprio sangue, tudo que eu esperava era poder morrer para não sofrer mais, mas esta maldição... Esta maldição para sempre me fez viver com este peso... Sou uma criatura miserável.

E então, pôde-se ouvir uma voz a repetir o nome do guerreiro.

Delliom... Delliom... — sussurrava algo.

Apesar de séculos terem passado eu não poderia esquecer-me desta voz melodiosa. — afirmou o fantasma.

A figura do Coronel Drifblim formou-se em frente ao guerreiro, e agora, dois fantasmas praticamente iguais se encaravam. Delliom fez um gesto em cumprimento, mas seu irmão não se moveu. Ele apontou para Ash e seus amigos e explicou:

Estes três são os jovens que finalmente vieram livrar-nos desta maldição, eu venho por meio deles dizer que eu o perdoo, e que você poderá ser liberto desta maldição que o terrível Giratina lançou sobre ti. — continuou a voz de Coronel Drifblim.

— O que aconteceu entre vocês? — interrompeu Dawn.

Meu irmão traiu sua própria raça, lutando pela raça dos Shuppets nos últimos dias da guerra. Após o ocorrido ele apenas desejava morrer, mas esta maldição nunca permitiu que ele descansasse, deixando este peso sobre suas costas. Ele decidiu subir até o topo da Torre das Sombras e derrotar o temível Giratina, mas acabou caindo sobre sua maldição, e agora ele defende o templo com sua poderosa magia, não permitindo que ninguém entre, mas Giratina não esperava que humanos um dia viriam.

— Vocês me derrotaram, meus rivais. Ofereço-lhes meus serviços. — disse Delliom.

— O segredo!! O segredo do templo, como podemos desvendá-lo? Nosso tempo deve estar prestes a acabar! — gritou Ash.

O tempo de vocês é curto, eu revelarei tudo que sei sobre os segredos do templo para que finalmente destruam Giratina. — disse Delliom — Se vocês voltarem para a entrada, encontrarão a pedra de cor escarlate, destruam-na, e o mistério será desvendado quebrando a barreira. A terra nos céus e a lua na terra. Não se esqueçam destas palavras... Desaparecerei para sempre, esquecido pelo mundo, porém, desta vez posso ir em paz...

Delliom começou a desaparecer, assim como todos os outros fantasmas. Sua risada sinistra pôde ser ouvida uma última vez, desaparecendo em meio a toda sua negatividade, porém, desta vez estava certo de que fora finalmente perdoado.

— Para aqueles que vivem na Guerra, só existem dois caminhos: Se fortalecer ou morrer. Esta é a nossa maneira. — sussurrou a voz de Delliom, para finalmente desaparecer.

Um grande silêncio cobriu a sala, quando Ash se deu conta faltavam poucos minutos para as duas horas. A voz de Froslass alertou-os:

Humanos são lentos demais, o que estão esperando?!

— Temos que correr! Alguém se lembra dessa pedra vermelha na entrada? Eu nem vi nada!! Droga, vamos rápido antes que não dê tempo!! — gritou Ash.

• • •


— Tudo bem, Duskull. Sua vez de tentar quebrar aquela pedrinha vermelha na parede... — disse Shuppet, parecendo mais entediado do que de costume.

— Eu já tentei várias vezes, mas ela não quebra de jeito nenhum. Vou tentar jogar a pedra mais forte agora, quem sabe ela quebra?

Pikachu observava atentamente a inútil brincadeira dos dois fantasmas, mas de repente levantou suas pequenas orelhas ao ouvir a voz de seu treinador. Ash e os outros vinham correndo na ponte, embora parecesse que o tempo não seria o suficiente uma vez que ela começava a desaparecer.

— Nós temos só um minuto! Precisamos destruir aquela pedra!! — gritou Dawn.

— Tenho que pensar em algo...! Tenho que pensar em algo...!— repetia Ash ofegante tentando ter alguma ideia.

A ponte chegava ao fim e Pikachu esperava por seu dono na ponta e de braços abertos, mas o tempo havia acabado. Subitamente a ponte desapareceu, deixando os jovens caírem no grande abismo da escuridão. Ash tentou gritar com todas as suas forças para que seu fiel Pokémon ouvisse.

— Pikachu! Destrua a pedra vermelha!!

O Pokémon elétrico entendeu o recado no mesmo instante e lançou um imenso raio, que aproveitando a fraca chuva, criou uma grande descarga elétrica que acertou a tudo ao seu redor. A pedra vermelha explodiu em milhões de pedaços, neste momento foi como se tudo tivesse sido apagado. E

Em uma questão de segundos, o mundo estava virado de ponta cabeça. Inclusive, a chuva havia parado, era como se ela ainda caísse, mas do lado oposto da dimensão que estavam. O céu estava sobre seus pés, e o abismo sobre suas cabeças, mas como explicar tal acaso?

— Tudo bem, alguém me explica o que aconteceu agora... — disse Dawn tentando recuperar-se do susto.

— Esta é a misteriosa pedra de Giratina, um objeto amaldiçoado que altera a gravidade dentro da torre. O rubi era pequeno, por isso o efeito só funciona aqui dentro, com mais algumas gramas desta pedra poderíamos criar um holocausto na terra. — explicou o General Dusclops, tomando sua forma de fantasma.

— Se isso ocorresse em todo mundo, certamente seria um caos, por isso este tipo de magia foi banida. — afirmou o Coronel Drifblim.

— Com a barreira quebrada, os Pokémons podem entrar livremente, e então poderemos finalmente destruir esta maldição.

— Hm, General, você parece estar ainda mais bonito agora... — disse a Tenente Froslass.

Obrigado, Tenente, você também está ligeiramente mais atraente. — afirmou o Dusclops — Vamos ver logo este Giratina, tenho algumas contas pra acertar com ele.

Ash abraçou Pikachu e agradeceu seu parceiro pela ajuda. A hora havia chegado, o rapaz ajeitou o boné e apertou a palma da mão com muita força em confiança. Ash olhou para seu amigos e disse:

— Parece que finalmente chegou o momento. Está na hora de chutar a bunda daquele Giratina, como meu amiguinho havia dito. — brincou ele.

Então, o garoto virou-se ao notar algo caído dentre alguns escombros. A pequena pedra de Spiritomb jazia caída entre os pedaços do rubi vermelho, Ash segurou-a e perguntou para os amigos:

— A força dele deve ter acabado. O que fazemos com a pedra então?

— Acredito que devemos levamos conosco. — disse Dawn.

Pikachu então pulou no ombro de seu mestre e explicou da conversa que ouvira com Duskull e Shuppet. Spiritomb afirmou que adoraria viver naquele local, ele era uma triste alma eternamente incumbida a ficar aprisionada em uma pedra, porém, aquela vista era seu último pedido. Se ele deveria ficar para trás, então queria que fosse em um local decente. Suas forças estavam esgotadas, então Ash e seus amigos montam um pequeno altar para deixar a pedra, agradecendo-o por ter ajudado-os na ponte.

— Obrigado, Spiritomb. Sem você a gente não iria conseguir, eu sei que ter criado aquela ponte por duas horas e mais alguns minutos foi muito difícil, mas graças à você conseguimos chegar até aqui! Obrigado mesmo! — disse Ash, deixando a Odd Keystone em um canto remoto, para nunca mais ser perturbado.


O grupo entrou no templo invertido. Tudo era perfeitamente planejado, o local era idêntico, porém utilizando-se dos pilares e de outras paredes eles puderam continuar seu caminho pelo teto, mas era um tanto estranho olhar para baixo e ver o céu cinzento. Eles seguiram seu caminho sem muitas dificuldades até a mesma sala em que Delliom fora derrotado, e agora tudo fazia sentido. Os quadros não estavam mais de ponta cabeça, e o grande buraco no teto era o local daria entrada para área onde Giratina habitava. Todos se preparavam pra o confronto final.

— Bom, parece que chegou a hora. — disse o Duskullzinho animado.

Cara, eu nunca imaginei que eu faria amizade com um antigo inimigo da raça — comentou Shuppet pensativo olhando para o parceiro — Aconteceram tantas coisas engraçadas... Será que continuaremos amigos até o fim?

— Eu nunca tive um amigo... Nem acredito que você me chamou de amigo!

— É claro! Você vai continuar sendo meu melhor amigo! Então... Acho que isso é um adeus. — disse Shuppet, esticando a mão para cumprimentar Duskull

— Aperto de mão?? Ah, que se dane nossas culturas, me dá um abraço!!

— Não fala assim cara, se não eu choro! — riu Shuppet, abraçando o companheiro — Agora é sério, podemos seguir caminhos diferentes, mas saiba que sempre poderá contar comigo, por mais que os milênios passem, por mais que você vá para uma região distante, eu sempre estarei torcendo por você.

Ao lado dos pequenos seus superiores também se acertavam. O General Dusclops comentava dos ocorrido com Froslass, mas ambos pareciam mais pensativos do que de costume.

Parece que finalmente alguém será capaz de reverter essa maldição, não é mesmo, Tenente? — perguntou o General Dusclops — Porém, sinto-me estranho... Você já imaginou o que acontecerá depois que a maldição terminar?

Eu sempre pensei nisso... O tempo todo, desde que essa jornada começou. Eu não sei, sinto como se pela primeira vez, desde que fomos amaldiçoados, que eu gostaria de continuar esta vida... — disse ela.

Eu não sei o que pensar... Não imagino como isso pode terminar... Acredito que o garoto de chapéu estranho fará o que julgar certo, mas no fim, saiba que foi um privilégio lutar uma última vez ao seu lado, mesmo que agora estejamos do mesmo lado. — sorriu General, fazendo Froslass corar com o comentário.


O Coronel Driflbim também conversava com seu soldado, o último remanescente. Explicou do encontro com seu irmão, e de como estava feliz em revê-lo, mesmo que uma última vez. Drifblim ficou fascinado a saber que o jovem Drifllon tomou conta dos pertences de Ash e protegeu seus amigos dos demais perigos, por isso, fez questão de parabenizá-lo.

Foi um imenso alívio para mim saber que meu irmão também estava arrependido, soldado... E por sinal, também agradeço-lhe por todo o cuidado que teve com os jovens até o presente momento. Se desejar, você pode partir. Estou dispensando-o, se desejar. — disse Coronel Drifblim, dirigindo-se ao pequeno Drifloon.

— Partir? Eu seguirei meu Coronel até o fim, até os covis de Giratina, se preciso. Eu tenho o seguido até depois de morto, meu senhor. Minha lealdade ao senhor é eterna. — afirmou o soldado.

Estou feliz em ouvir isto, você foi o melhor soldado que tive. Não, não devo chamar-lhe mais de soldado, mas sim, Capitão Drifloon! — disse Coronel, fazendo sinal de continência.

— M-Muito obrigado, senhor. É uma honra estar ao seu lado! — respondeu o balão fantasma, retribuindo com o mesmo gesto.


Por fim, Ass, Brock e Dawn faziam sua despedida. Não sabiam quais desafios encontrariam no fim do mundo na dimensão paralela de Giratina, mas estavam prontos para enfrenta-lo, pois estavam unidos, e de nada temiam.

— Brock, Dawn... Chegamos até aqui, e não vai ser agora que vamos parar, vamos acabar com aquele Giratina! Não é mesmo, Pikachu? — perguntou Ash para seu companheiro de viagem.

— Isso mesmo, Ash! — sorriu Dawn, dando um leve beijo em seu rosto. Ash corou e deu um sorriso singelo.

— Nosso último desafio! — continuou Brock.

— Vamos ficar juntos até o fim. É hora de pular!— gritou Ash.

Os três humanos adentraram o abismo negro junto dos demais fantasmas. Com a derrota de Delliom, Ash e os outros foram capazes de inverter a gravidade na torre e permitir que os Pokémons entrem. Com todos reunidos eles agora se preparam para a última batalha contra Giratina, mas será que eles serão capazes de tal feito?

Não percam o último capítulo de Ghost Curse.


Seu destino é traçado pelos seus próprios pensamentos, e não por alguma força que venha de fora.”



Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!