Ghost Curse escrita por CanasOminous


Capítulo 6
Capítulo 6 - O Imperador de Spiritum.


Notas iniciais do capítulo

Capítulo Reformado



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Capítulo 6 – O Imperador de Spiritum.

O longo caminho de esuridão terminava, sentir o vento batendo em seus rostos foi o suficiente para fazer com que Ash abrisse um grande sorriso e ficasse por um tempo com os braços estendidos, recebendo aquela fraca brisa. Os ventos voltavam a seguir seu caminho em Spiritum, pois fazia tempo que nem mesmo um sinal da natureza era evidente por aquelas terras. Os jovens haviam chegado ao Castelo Ancestral de Spiritum, eles poderiam finalmente quebrar a maldição daquele reino e então partir daquele lugar, libertando todos os fantasmas amaldiçoados. Ash agora possuía o poder de General Dusclops, Brock, a inteligência de Coronel Drifblim, e Dawn, as habilidades de Tenente Froslass, sem contar a grande amizade que eles já haviam feito com os pequenos fantasmas que os seguiam. Eles não levavam mais tudo aquilo como uma tarefa, já era uma de suas grandes aventuras que agora se aproximava do fim.

— Parece que chegamos ao Castelo. — concluiu Brock, observando as grandes muralhas da fortaleza.

O rei de Spiritum tinha sua morada aqui, mas faz muito tempo que eu não venho à serviço da casa real. Mudou bastante. — comentou o soldado Duskull.

Acho que a última vez foi quando os Shuppets invadiram o reino pelo poço, não é? Levando assim, para a derrota do reino. — disse Drifloon..

Vocês eram muito fracos para nossos exércitos! — debochou Shuppet.

Nada haver, vocês usaram uma passagem secreta e depois trapacearam! Nossos exércitos eram bem melhores e bem mais fortes, seu teruterubozu das trevas!! Olha pra você maluco, você nem tem braço mais pra segurar uma espada! — respondeu Duskull.

— Se vocês fossem tão fortes, vocês teriam ganhado a guerra!

— Foi só um descuido por parte de problemas internos entre nossos oficias.

— Parem de brigar, seus fantasmas inúteis! Será que vocês só sabem fazer isso? Não importa quem ganhou ou quem perdeu, agora vocês são parceiros! — disse Dawn extremamente zangada, segurando os dois pokémons, que agora estavam cobertos de medo.

D-Desculpe Tenente, não vamos fazer de novo... — sussurrou Shuppet.

— A personalidade da Dawn ficou igualzinha à Tenente Froslass. — brincou Brock.

— Ela ainda me dá medo... Mas até que parece mais bonita. — sussurrou Ash.


O Castelo Ancestral erguia-se com toda sua grandeza, suas paredes eram imensas e carregavam marcas esquecidas pela história. Outrora fora a base principal dos Duskulls, mas os Shuppets encontraram um modo de destruí-la, atacando pelo poço, que daria exatamente dentro da fortaleza. Seus portões eram inquebráveis, defendido por soldados dia e noite, suas salas eram como labirintos, fazendo com que quem não as conhecesse, facilmente caísse em armadilhas perigosas. Apesar da raça dos Duskulls ser mais poderosa em todos os sentidos, seu orgulho fez a ruína de seu reino, permitindo que a sabedoria dos Shuppets pudesse derrotá-los. Hoje, apenas espíritos rondavam esse amaldiçoado castelo.

— Eu estou me sentindo um prisioneiro andando com vocês na fortaleza inimiga... — disse Shuppet.

Ah cara, mas você só reclama? — dizia o soldado Duskull, até perceber que Dawn os observava, brigando mais uma vez — Eu deveria... Abraçá-lo e dizer como você é meu amiguinho...

Dawn sorriu para os dois e voltou a caminhar.

— Deixa a Tenente sair de perto que eu acabo com tua raça. — sussurrou Duskull.

— Cai dentro! Mas não agora, daqui a pouco... — acompanhou Shuppet.


O castelo encontrava-se deserto, nenhuma alma vagava por lá, apenas podia-se escutar o barulho do vento assoviando pelas rochas antigas. Grandes pilares podiam ser vistos das janelas, eram muito grandes e todos criados para motivos de guerra, o que levava Ash a imaginar como um reino tão poderoso perdera a batalha. O pequeno Duskull guiava-os por entre as salas do castelo, algumas vezes Ash parecia lembrar-se do local, mas estas eram memórias do poderoso General Dusclops, que logo, estaria livre da maldição.

Eles finalmente haviam chegado ao portão principal, estava enferrujado e parecia impossível movê-lo de qualquer forma. Atrás daquelas portas de aço situava-se a sala do rei, no passado era o local melhor guarnecido do castelo, mas agora jazia destruído e em pedaços.

— Olhe só, estamos entrando na sala do rei! O que será que tem lá? — perguntou Ash animado.

Não sabemos General, eram apenas as pessoas da família real que tinham acesso. O Senhor era frequentemente requisitado. — continuou Duskull.

— Ah, lembro, lembro. É que minha memória anda meio fraca, sabe? — disfarçou Ash — Enfim, parece que vamos finalmente acabar com tudo isso.

— Será que vamos precisar batalhar? — perguntou Dawn.

— Nem mesmo nós sabemos o que poderá haver do outro lado. Temos que torcer para que não seja nada perigoso, e assim, terminar essa história pacificamente. Os fantasmas já tiveram guerras demais durante esses anos... — explicou Brock.


Os jovens se aproximaram da última porta que daria entrada para a sala do rei, ela estava coberta de marcas de espadas, e agora encontrava-se completamente destruída. Estilhaços de vidros e pó cobriam cada passo no local, e com um pouco de esforço, era possível abrir o portão.

O grupo havia entrado na sala, ela era imensa, e dentro dela, até mesmo o grande General Dusclops pareceria pequeno. Grandes cortinas vermelhas jaziam rasgadas de uma ponta a outra entre as janelas, estavam podres e cheias de buracos, permitindo que apenas alguns feixes de luz passassem. O piso era feito de mármore, mas seu brilho já desaparecera há muito tempo, deixando apenas a poeira e as cinzas contarem sua história.

Ao longe, repousava um grande trono adornado em ouro e prata, mas que agora estavam quase irreconhecíveis. Com olhos humanos não podia-se ver nada, mas algo estava sentado, apenas observando-os. O céu começou a ficar cinzento, uma escuridão cobriu a sala, e uma temerosa voz ecoou no ar.

Insolentes que continuam a invadir meu castelo, quem iria imaginar que a raça dos Duskulls perderia a guerra para criaturas tão nojentas como vocês... — disse um grande fantasma, que agora, jazia sentando no trono — Vocês trouxeram a escuridão para o nosso reino, porém... Sua vitória foi fugaz. Meus servos hoje vivem apenas na escuridão... E vocês verão com seus próprios olhos o sofrimento que nos trouxeram.

— O Imperador de Spiritum pensa que somos seus inimigos!! — disse Brock.

Olha só, é culpa do Shuppet! Agora ele vai nos matar! — gritou Duskull.

Não é culpa minha se o seu rei não sabe nem diferenciar um inimigo de um aliado!! — respondeu Shuppet furioso.

— Agora não é hora de brigar, aquela criatura está vindo!! — comentou Dawn.


Graças aos feixes de luz, pôde-se ver rapidamente a silhueta de um fantasma surgindo das sombras. Era negro, seu corpo tinha detalhes amarelos que pareciam criar um rosto ilusionário. Ele não possuia pés, o que fazia com que ficasse flutuando, lembrava um Dusclops, mas este possuía braços e mãos maiores. Seu rosto tinha um único olho que trazia uma íris amarela e uma pupila vermelha. Em sua cabeça, havia uma antena que mais lembrava uma coroa. Era um Dusknoir, o imperador do reino de Spiritum.


A criatura parou na frente dos jovens e ficou por um longo tempo olhando para Ash, como se tomado de uma dúvida repentina. Ash retribuía o olhar para o Dusknoir, mas ficava atento apra qualquer ataque, pois ainda não sabia se ele era um amigo ou inimigo.

Ohh! D-DUSCLOPS? Se não é o grande General Dusclops?!? — gritou Dusknoir animadíssimo. O fantasma fitou Ash por um momento e voltou a falar. — Mas... Você é muito pequeno... Você não é o General!

Opa, acho que ele descobriu o disfarce! — sussurrou Brock.

— Senhor Dusknoir, nós viemos aqui para livrá-los da maldição! — explicou Dawn.

Espere um pouco, então você quer dizer que esse General Dusclops, não é o verdadeiro General Dusclops?? — perguntou Duskull assustado.

Então ele é um impostor? Vocês Duskulls são muito desorganizados. — disse Shuppet.

O quê? Repita isso na minha cara!! Não permito que você fale isso de minha raça! Prepare-se para lutar! Pegue sua espada!! — disse Duskull.

Huh? Mas, eu não tenho mãos... Hah, hah hah... — debochou Shuppet.

Fiquem quietos!! — gritou Dusknoir — Vocês não entedem? Foram batalhas bobas e insignificantes, como esta, que destruíram nosso reino e nos deixou nesse estado!


Os dois pequenos soldados calaram-se instantaneamente. Ash, Brock e Dawn agora ouviam as palavras do rei de Spiritum.

Acreditando nos amigos, perdoando a falha... São sentimentos que há muito tempo abandonou nossos corações. Nós causamos essa terrível maldição, e até hoje não aprendemos a lição... Jovens que trouxeram a luz sobre a escuridão, eu sou Dusknoir, imperador do reino de Spiritum.

— O General Dusclops verdadeiro pediu para que fossemos aqui, viemos para libertá-los desta maldição, Senhor. — explicou Dawn.

Para retornar a verdadeira luz para este reino, vocês precisam derrotar o deus pokémon das sombras, que lançou essa maldição em nós. Ele mora no alto da Torre das Sombras, onde o vento sopra através do crepúsculo.

Então a gente só precisa vencer uma batalha? — perguntou Ash confiante.

A Torre das Sombras é uma fortaleza impenetrável, nem mesmo milhares de meus soldados puderam destruí-la em vida. É muito impudente alguém tentar este desafio... — disse o Imperador.

— Nós viemos até aqui e não vamos desistir! Faremos de tudo para que o reino possa ser libertado desta maldição, e ninguém vai nos impedir! — continuou Ash.

O rei assustou-se com as palavras do jovem, em toda sua vida ele nunca vira alguém com tanta determinação, talvez havia chegado a hora daquela terrível maldição terminar.

Eu lhe ofereço a ajuda de um de meus soldados, aquele que não cairá nas sombras do engano. Aquele que conhece os segredos da torre... — disse Dusknoir, entregando uma pequena pedra com estranhos símbolos cravados. — Este objeto é conhecido como Odd Keystone. Com ela, você será capaz de derrotar aquele que lançou a maldiçaõ sobre nós.

Quem lançou essa maldição sobre vocês? — perguntou Ash.

Dusknoir olhou para uma das janelas, o céu estava começando a escurecer, e ao longe, podia-se ver uma grande torre. Seria este o momento, em que finalmente alguém com coragem o bastante apareceria e quebraria a maldição?

O epectro renegado... Giratina.

Ash guardou aquele nome em sua mente, pois agora sentia um ódio imenso. Giratina era o pokémon que havia amaldiçoado aquele reino, e ele estava disposto a derrotá-lo a qualquer custo.

Em meu reino, que brilhe a luz da justiça... — suspirou Dusknoir, desaparecendo em meio a escuridão.


A missão ainda não havia terminado, os jovens agora sabiam que seria na Torre das Sombras onde sua última batalha seria travada. Ash segurava a Odd Keystone em suas mãos, com os olhos fixos no objeto, como se mergulhado em seus pensamentos.

— O que faremos, Ash? — perguntou Dawn.

— Vamos subir naquela torre a chutar a bunda desse Giratina! — disse ele sorridente, trasmitindo confiança para os outros — Vocês três! Duskull, Shuppet e Drifloon! Vão continuar nos ajudando?

Eu seguirei o General Dusclops, ou o quer que você seja, para qualquer lugar! Pode contar comigo, Senhor! — disse Duskull, fazendo sinal de continência.

Eu estarei disposto a seguir o Coronel também! Emprestarei minhas forças para que possam derrotar Giratina! — disse o soldado Drifloon.

Se a Tenente permitir que eu continue no grupo... Só quero que nos expliquem quem são vocês, realmente! — comentou Shuppet.

— Obrigado por continuarem conosco!! Pode deixar queridinho, vamos explicar tudo depois para vocês! — disse Dawn, abraçando o pequeno Pokémon..

— Então, só nos resta partir! Rumo à Torre das Sombras! — sorriu Brock.


Com a ajuda do Imperador Dusknoir, Ash e os outros poderão finalmente acabar com a maldição do reino, mas será que a misteriosa Odd Kestone ajudará os heróis? E será que eles serão capazes de derrotar o poderoso Giratina? Ou as muralhas da Torre das Sombras os derrotarão primeiro?


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Notas finais do capítulo

Respostas do Capítulo Anterior:
1. Shuckle
2. Ninjask
3. Mandragora
4. Óleo
5. Sucos
6. Perfume
7. Sensores.
8. Radar
9. A força da corrente Oceânica.
10. Camuflagem