- Hinata... Você não precisa ir – disse a freira com uma voz doce e preocupada. Hinata era uma boa moça, um tanto atrapalhada e muito ingênua, o que fazia com que a freira lhe desse uma atenção especial, como uma preocupação maternal.

- Mas é a minha passagem madre... Para Roma! – com animação muito aparente em sua face, seguiu em direção a uma motocicleta rosada estacionada perto dali – Não precisa ficar preocupada, vou ficar bem – tentando acalmar a irmã, mostrando seu sorriso angelical – Consigo pilotar muito melhor agora.

- Você vai ficar bem? – olhando-a preocupadamente.

- Padre-superiora, prometo que voltarei em segurança – respondeu enquanto colocava o capacete da mesma cor do veículo.

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- Ahh... que sensação boa...

A leve brisa que tocava a suave face de Hinata fazia com que um sorriso bobo ficasse estampado na mesma. A paisagem, típica do interior, com vastas plantações de arroz e trigo, lhe dava uma sensação de tranqüilidade, fazendo-a inconscientemente andar em ziguezagues com a motocicleta. Entretanto, após algum tempo, toda a paz foi interrompida por um veículo preto de vidros escuros que buzinava a poucos metros atrás dela.

- Espere um pouco – repetiu para si mesma. Virando o guidão da motocicleta rosada após ligar a seta à direita, dirigiu-se para canto para que o veículo passasse. – Pronto... Agora pode passar.

Esperando que o carro a ultrapassasse estranhou a reação do motorista ao continuar buzinando mantendo-se atrás da motocicleta na qual ela pilotava.

- Mas o que ele quer afinal... – perguntou-se e ligou a seta da motocicleta, se movendo para o canto esquerdo.

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- Parece que ele não está de bom humor hoje... – disse em um tom inaudível para que o loiro com fones de ouvido sentado em sua frente não o escutasse.

- Ele nasceu de mau-humor Kiba – respondeu enquanto despreocupadamente arrumava os cabelos negros levemente arrepiados. Tirando um dos fones, o garoto de óculos escuros virou-se para encarar Sasuke que nem pareceu se importar com a atitude dele - Pra onde estamos indo mesmo? – ignorando completamente Naruto que emburrado virou-se novamente para frente.

- Isso já está ficando estranho... – olhou suspeitamente para o veículo a alguns metros atrás.

- EI IRMÃ! – gritou o motorista do veículo suspeito – EU QUERO FALAR COM VOCÊ!

Achando aquela atitude repentina muito suspeita, acelerou o máximo que pode a fim de escapar do individuo. Não era de seu feitio, mas fugir daquele local parecia ser a atitude mais sensata a se tomar naquele momento. Teria acelerado mais de a motocicleta se ela não tivesse uma velocidade tão limitada.

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Após um tempo decorrido de perseguição, o veículo acelerou ultrapassando a noviça que momentaneamente se desequilibrou indo parar no meio do matagal a beira da estrada. Bloqueando o caminho, o suspeito desceu do carro e andou em direção a garota um tanto assustada. Tirando os óculos escuros, passando as mãos pelos cabelos prateados, encarou-a profundamente.

Hinata já tremia de nervosismo, afinal, aquele tipo de abordagem não parecia ser de uma pessoa normal, até pensou na possibilidade dele ser algum doido psicótico excêntrico ou um tarado.

- Irmã, conhece o Hyuuga Neji, não é? – perguntou. Até a voz dele na opinião de Hinata parecia ser suspeita.

- Quem é você?...

- O conhece, não é? – continuou avançando alguns passos até ficar muito próximo de Hinata – Ahhh... – esticou ambas as mãos até tirar o capacete da moça que instantaneamente se encolheu – Vocês são realmente parecidos – se surpreendeu.

Incomodada, não conseguiu respondê-lo, pois além de nunca tê-lo visto antes, não iria falar com alguém tão estranho. A solução que parecia ser a única para a situação foi gritar. Respirando fundo, juntou todo o ar de seus pulmões e soltou o berro mais potente que pôde. Talvez se algum morador a ouvisse, correria até la para ajudá-la.

- Mas o que eu fiz??? – colocou uma das mãos sobre a boca da garota com a intenção de fazê-la parar de gritar. Inconscientemente, Hinata rapidamente pegou o capacete de sua mão e o bateu com toda a força de pode reunir em seus frágeis braços e acertou a face do homem suspeito, fazendo-o cair. Ligando novamente a motocicleta, decidiu fugir do local.

Com um lado do rosto começando a ficar avermelho, o homem dirigiu novamente para o carro, começando novamente sua perseguição a noviça.

- IRMÃ! PARE! – gritou. A garota o ignorou acelerando o máximo que sua motocicleta podia fazer – Por que ela não me escuta?!

- VÁ EMBORA!!! – reclamou. Agora ele definitivamente parecia ser um tarado para ela. – VOU CHAMAR A POLÍCIA! PERVERTIDO!!!

- Pervertido?! – espantou-se. Não era aquilo que queria que pensasse dele, então começou a coçar a nuca enquanto tentava pensar em algo melhor – IRMÃ! VOCÊ ME ENTENDEU ERRADO! – encostando o veículo ao lado da motocicleta.

Hinata continuou a acelerar ignorando-o completamente.

- VOCÊ CONHECE O NEJI NÃO É?! POIS ACONTECEU ALGO COM ELE!!!

Surpresa com a notícia parou repentinamente a motocicleta.

- É mesmo o Neji... – falou tristonha enquanto olhava uma foto com a imagem de seu primo – Ele parece pálido... E o que aconteceu com o cabelo dele? – apontando para o garoto na foto muito parecido com ela, mas com cabelo mais curto do que estava acostumada a vê-lo quando criança – Será que ele anda comendo direito? – perguntou pensativa.

- Irmã...

- Bom, ainda não sou oficialmente uma freira – apontando para sua vestimenta – Sou apenas uma noviça.

- Então... Irmã em treinamento – continuou a falar cautelosamente – Vim até aqui para lhe dar uma notícia sobre seu primo.

- O que aconteceu com ele? - olhou preocupadamente.

- Aconteceu algo ótimo – respondeu animadamente – Ele foi escolhido pra fazer parte de uma das bandas mais famosas do país!

- Qual?

- Anjell!

- Hã? Quem? – perguntou confusa.

- Não os conhece irmã?! – indignado, começou a andar de um lado pro outro – Bom... O que importa é que ele será famoso e fará parte do grupo!!!

- Então... Qual o problema nisso? Isso não parece ser ruim... – pensou despreocupadamente enquanto mirava a foto.

- Bom... O problema é que ele sofreu um acidente e... – ajoelhou-se em frente à garota e juntou a mãos como se pedisse perdão – Eu sinto muito pedir isso, mas...

- O que você está fazendo? – olhando para os lados, se certificou de que não havia ninguém os olhando naquela estranha situação.

- Irmã...

- Já disse que não sou uma freira ainda...

- Hum... Então... Santa! Que tal? Melhor ainda! Deusa!... – ergueu os braços assustando Hinata – Hyuuga Neji, seu primo... Por favor, ajudei-o!

- Mas... Como farei isso?

- Como? – olhou receoso para a garota que lhe olhava um tanto confusa.

- Por favor... – suplicou – SEJA HYUUGA NEJI.

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