A Vingança de Hermione Granger escrita por Tamara


Capítulo 9
Capítulo 9


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura, lovelies. ♥



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Capítulo 9

Sentiu saudades?

Sete dias. Quanto uma pessoa pode mudar em somente uma semana?

Para Hermione foi o suficiente. Ela nunca imaginou que ao conhecer seus parentes distantes, mudaria tanto. Uma viagem de sete dias foi o necessário para ter sua autoestima de volta.

Em uma semana, fez amizades sinceras. Nunca foi uma garota de amizades fáceis, mas com Pâmela e Thereza fluiu com uma naturalidade assustadora. Lembrou-se da professora Trelawney...

— Vocês não percebem? As pessoas não entram na nossa vida por acaso, está tudo conectado, desde antes do nascimento...

Talvez ela não fosse tão louca, afinal. Talvez tudo tivesse um propósito.

Harry partiu seu coração, mas com a ajuda de pessoas verdadeiras, estava se reerguendo.

Os dias passaram rápido. Rápido demais. Todos ficaram surpresos com a mudança no visual da morena, principalmente os seus pais. Seus amados pais sempre desejaram o melhor para a filha, e não eram bobos o bastante para não perceber que algo estava errado com sua menina de ouro, vê-la feliz era o suficiente para deixá-los felizes.

Todavia, não foi a mudança externa a mais perceptível. Além das aparências e do fútil, a garota de cabelos ondulados mudou seu interior. Uma confiança, que não sabia ter, emergiu por cada poro de seu corpo. Era outra pessoa, até seu andar estava diferente. 

As amigas e Dean mostraram para ela os melhores lugares bruxos e trouxas dos Estados Unidos. Nunca imaginou que fosse gostar da vida noturna, as garotas realmente sabiam como agitar uma festa. E ter um caso passageiro com Dean foi inevitável, nada além de alguns beijos trocados, mas o suficiente para sentir-se desejada outra vez.

Tudo que inicia tem um fim. E estava na hora de partir. Sem dúvidas, era o momento mais difícil.

— Hermione! Temos algo para te falar... – Pâmela e Thereza falaram praticamente em uníssono.

— Você deve saber do programa de intercâmbio entre a Ilvermony e Hogwarts, não sabe? – Thereza perguntou, mas antes que ela respondesse, Pâmela continuou:

— Nós nos escrevemos no programa, e passamos! – Completou animada.

Mal notou quando as garotas envolveram seu pescoço. Estava tão animada com isso. Era a notícia mais feliz que poderia receber.

— Não acredito! Isso é maravilhoso. – Falou enquanto retribuía ao abraço carinhoso das novas amigas.

Lembrou-se daquele projeto de intercâmbio como se fosse uma memória distante, não tinha dado muita importância, já que não pretendia se separar dos amigos tão cedo. Conversaram animadamente sobre o encontro que em breve teriam em Hogwarts. Seu ânimo mudou completamente com a notícia.

Dean roubou a morena das amigas, levando-a para longe de olhares curiosos.

— Sentirei sua falta. – Ele confessou enquanto a envolvia em um abraço reconfortante.  

— Eu também. – Respondeu com sinceridade, tinha se afeiçoado ao garoto.

— Você vai me escrever? Sei que não tem celulares, mas vocês usam corujas... – Naquela altura, todos já sabiam que Hermione e Pâmela eram bruxas, ficaram surpresos com a coincidência, mas logo se acostumaram.

— Claro que escreverei. – Sentiu suas bochechas corarem. Não estava apaixonada por ele, mas nutriu um carinho especial naqueles dias de convívio.

Ele deslizou seus dedos pela face de Hermione, e sem pressa os lábios juntaram-se em um beijo suave e demorado. Um beijo de despedida.

Após se despedir dos tios, entrou no carro com os pais. Sentiria saudades dos ares da América.

(...)

Despedir-se dos pais foi ainda mais difícil. Contudo, tinha que voltar para a escola de bruxaria. E não demorou até estar naquele lugar tão conhecido, naquele lugar já amou.

Hogwarts.

O recinto que outrora considerou sua antiga casa.

— Vamos entrar, Hermione? – O meio gigante tirou-a de seus devaneios. Hagrid foi gentil em acompanhar a garota até a escola, foi divertido notar que ele demorou para reconhece-la.

Deu um passo para frente, mas então foi tomada pelo receio, pelo medo. Estava tão confiante, mas ao estar de volta àquele lugar, perguntou-se o que mudaria dali em diante. Ela pensou que voltaria curada de todas as suas feridas, mas elas ainda estavam intactas em seu coração. A dor era uma lembrança constante que tinha que fazer algo. Tinha que fazê-los sentir o mesmo que sentia. Convenceu-se que não era vingança, era justiça.

— Hermione, você não vem? – Novamente Hagrid a despertou de seus devaneios.

E com um sorriso amistoso ao meio gigante, adentrou o castelo que tão bem conhecia.

Despediu-se do amigo, e seguiu caminho pelos corredores. Era noite, não havia muitas pessoas pelos corredores, mas sentiu olhares sobre si.

Estava com o uniforme padrão de Hogwarts, a saia relativamente mais curta do que costumava usar, e a camisa justa ao corpo, com os dois botões abertos. As amigas americanas fizeram-na personalizar seus uniformes, até então dois números maiores. Os saltos denunciavam sua presença ao caminhar, e o queixo erguido davam um ar de confiança que Hermione ainda não tinha certeza ter. 

Enquanto caminhava deparou-se com uma cena não tão surpreendente. Parou de andar, apreciando o casal romântico. Por mais que já esperasse por aquilo, não foi mais fácil. Contudo, não sentia raiva ou dor, e sim um vazio... um grande vazio; enquanto Harry Potter e Parvati Patil beijavam-se com paixão no corredor do terceiro andar.

(...)

Uma semana antes

Hogwarts, Escócia

A ruiva andava apressada ao lado de Luna, que por sua vez, esforçava-se para seguir os passos da amiga.

— Você acha que ele deve saber? – A loira perguntou ao avistar o grupo de sonserinos. Sua fala chamou a atenção de Gina, que diminuiu os seus passos.

— Não faço a mínima ideia. – Disse em um suspiro. As duas procuraram Hermione por todo o castelo, mas a amiga simplesmente evaporou. A preocupação só estava aumentando, e se algo aconteceu?

— Vai lá e pergunta para ele. – Luna empurrou a amiga para frente, incentivando-a.

A ruiva mordiscou o lábio inferior, hesitante. Não pense que era por medo, covardia e Ginevra Weasley eram antônimos. Porém, toda vez que ele estava por perto sentia borboletas em seu estômago. Como poderia sentir isso por um sonserino? Seria seu fim se alguém descobrisse, definitivamente.

Em passos hesitantes aproximou-se do grupo de amigos. Draco, Nate e Blaise pareciam estar em uma conversa animada, quando a ruiva os interrompeu.

— Com licença, Malfoy? – Ergueu o queixo, não demonstraria fraqueza perante o grupo de garotos prepotentes.

Sentiu o olhar curioso dos três, Blaise pareceu falar algo engraçado, pois os outros dois soltaram risadas inconvenientes. A atitude infantil recebeu uma revirada de olhos da ruiva.

— Pois não? –  O loiro perguntou, afastando-se dos amigos.

— Você sabe onde Hermione está? – Foi direta. Notou divertimento na expressão do sonserino.

— Não acredito que ela não falou para vocês! As ditas melhores amigas. – Seu tom de voz foi repleto de ironia, deixando escapar uma risada sarcástica em seguida.

— Fala logo! – A paciência da ruiva estava por um fio.

— Calma, Weasley. É apenas uma brincadeira. – O maldito sorriso sarcástico continuava nos lábios dele. – Ela está em outro país, saiu em viagem para os Estados Unidos. Em uma semana está de volta

E sem esperar por uma resposta, ele se afastou. Luna que havia se aproximado dos dois, pegou a conversa pelo meio.

— Ele sabe onde ela está? – Perguntou curiosa e preocupada.

— A Mione foi viajar e nem nos avisou. – Sabia estar com as bochechas vermelhas. Vermelhas de raiva. Como assim sua melhor amiga viaja e não fala nada?

— Quem foi viajar? – A voz inconveniente de Simas se fez presente.

— A Hermione. Ela foi embora. – Gina respondeu a contragosto, enquanto segurava Luna pelo braço e se distanciava do garoto.

Simas mal acreditou no que escutou. A Granger saiu do colégio?! Para sempre! Certamente foi por causa do que aconteceu entre o Potter e a Patil, a pobrezinha não aguentou a traição. Ele tinha que contar o quanto antes para Dino.

Era previsível o que veio depois. Simas contou para Dino, que contou para Lilá, que contou para Parvati, que contou para toda Hogwarts.

O boato de que Hermione Granger, não aguentando a humilhação, deixou Hogwarts para sempre, tornou-se uma verdade para todos.

(...)

— COMO ASSIM ELA FOI EMBORA? – Um Rony vermelho de raiva perguntou à Neville.

O garoto encolheu-se com a atitude do amigo, ele somente queria saber se aquilo era verdade. Neville via Hermione como uma amiga querida, e nem ao menos teve a oportunidade de falar com ela depois da humilhação que a garota sofreu.

— Calma, só estou falando o que estão comentando...

— Tudo bem. Não é sua culpa. – Rony o interrompeu. Suspirando profundamente em busca de uma calma perdida; mas ao ver o de cabelos pretos se aproximando, não se contém. – É CULPA DELE! – Gritou ao que Harry entrou no salão comunal da Grifinória.

— O que eu fiz? – Perguntou surpreso com a súbita acusação de Rony.

— Seu idiota! Ela foi embora por sua causa! – Acusou, controlar a sua raiva nunca foi tão difícil. Seja uma pessoa melhor, Rony. Seja uma pessoa melhor. Repetia seu mantra mentalmente.

— Quem foi embora? – Ele não estava entendendo nada.

— Hermione! – Disse com desgosto, lançando um olhar de nojo ao amigo. - Ela saiu de Hogwarts, deve ter pedido transferência. E a culpa é sua, toda sua. – Sentenciou, deixando um Harry atônito para trás. 

Ao avistar Gina, foi ao encontro da irmã.

— Gina, preciso te contar uma coisa. – Nunca antes o tom de voz do irmão saiu tão sério, o que surpreendeu a garota.

— Fala logo! – Disse Gina preocupada, raramente via o irmão naquele estado.

— É sobre a Mione. Ela foi embora de Hogwarts.

— Isso já sabemos, ela foi viajar. – A ruiva disse aliviada.

— Isso é horrível! Como ela pôde pedir transferência? Tudo por causa do Harry, o idiota agora está se culpando. Eu devia ter feito algo, falado com ela...

O ruivo tinha lágrimas nos olhos, parecia fazer um esforço sobre-humano para não as derramar.  Luna aproximou-se dele, e depositou tapinhas consolador nas suas costas.

— Não se preocupe. A Hermione não... Ai! – Luna não teve oportunidade de terminar a frase, pois Gina pisou dolorosamente em seu pé. Notou no olhar da ruiva uma advertência para ficar calada, e assim o fez.

(...)

— Por que você não me deixou contar a verdade para o Rony? – A loira perguntou assim que o ele as deixou.  

— Porque ele contaria ao Harry. – Gina disse dando de ombros.

— E?

— Pensa um pouco, Luninha! Harry deve estar se culpando por Hermione ter partido, ou seja, deve estar sofrendo. E ele merece um castigo pelo que fez com a nossa amiga. – Gina conhecia Harry, até mesmo já teve uma paixãozinha por ele em sua pré-adolescência, e sabia o quanto o moreno se martirizava.

— E quando Hermione voltar? – Para Luna aquilo era ilógico, de nada adiantaria. Mas não era louca em contrariar a Weasley menor.

— Quando ela voltar não importa. O que importa é que ele vai ficar com peso na consciência por alguns dias.

(...)

O de cabelos platinados estava sentado embaixo da sua árvore favorita dos jardins de Hogwarts. Um livro de Aritmancia estava em suas mãos, mas seus pensamentos estavam distantes. Lembrava-se da noite anterior à partida de Hermione.

Nunca imaginou que poderia sentir um sentimento de proteção com a garota. Não fazia parte dos seus planos uma amizade com a grifinória que tanto gostava de atormentar. E, definitivamente, não passou pela sua mente que poderia nutrir algo a mais por ela. Mas o que seria esse algo a mais?

Por Salazar, o que estava acontecendo com ele? Sempre foi uma confusão em seu interior, mas estava tudo intensificado nos últimos dias. E Granger tinha boa parte de culpa nisso.

Deixou seus pensamentos de lado ao notar a garota Weasley se aproximar, estranhou o fato. Ela parecia nervosa e ansiosa, sempre tinha essa atitude quando se aproximava dele e dos seus amigos. Será que nutria sentimentos por ele? Sabia ser irresistível, mas ela não tinha chances. Presunçoso? Um pouco, fazia parte do seu charme.

— O que você quer, Weasley? – Arqueou uma das sobrancelhas, chegando logo ao ponto.

— Vou ser direta. Está correndo um boato de que Hermione pediu transferência definitiva de Hogwarts. – Ela disse rápido, atropelando um pouco as palavras pelo caminho, mas estava receosa de que o loiro estragasse os seus planos.

— É só dizer a verdade. – Ele falou como se fosse a coisa mais óbvia do mundo.

— Eu não quero que ninguém saiba que ela foi viajar apenas por uma semana. E preciso que você não conte a ninguém, deixe que pensem que ela pediu transferência. – Disse impaciente.

— Não falarei nada. – Deu de ombros, não tinha motivos para desmentir boatos, não perderia seu precioso tempo com isso. – Mas por que está fazendo isso? – Completou com curiosidade.

— Para uma pessoa aprender uma lição. Obrigada por ficar em silêncio, Malfoy. – Agradeceu antes de deixa-lo sozinho.

Draco voltou sua atenção para as linhas não lidas do livro. Deixaria para pensar em Hermione Granger mais tarde. 

(...)

Dois dias se passaram. Rony se acalmou e voltou a falar com Harry, eles não conseguiam ficar brigados por muito tempo. Ainda havia comentários sobre a suposta transferência de Hermione, suposições sobre o porquê de ela ter fugido eram as mais variadas possíveis, até mesmo uma gravidez foi cogitada.

A culpa remoía Harry. Nunca imaginou que ela faria algo assim. Tinha esperanças de que voltariam a ser amigos. Mas não... não a veria tão cedo, talvez nunca mais, se ela assim desejasse. Eles nunca mais seriam amigos.

Já passava da meia-noite, todos estavam dormindo.  Mas Harry não conseguia dormir, estava sentado em um dos sofás vermelhos. A sala comunal estava silenciosa. Ele gostava do silêncio, trazia uma paz a muito esquecida.

— Não consegue dormir? – A voz feminina, que tão bem conhecia, o tira de seu sagrado silêncio.

— E você? O que faz acordada? – Retrucou sem responde-la.

— Pesadelos. – Respondeu simplesmente, tomando a liberdade de se sentar ao lado do moreno.

Ficaram minutos em silêncio, apenas a respiração dos dois anunciavam suas presenças.

— Você está bem? – Parvati quebrou o silêncio, voltando o olhar repleto de preocupação para Harry.

— Por que não estaria? – Ele perguntou em contrapartida, voltou sua atenção à garota, deixando que seus verdes esmeraldas encontrem a negritude do olhar da ex-namorada.

— Eu sei que é por causa dela. – Ela disse com um falso pesar. – Não foi sua culpa, querido. Ela escolheu isso, ela escolheu ir embora. Ninguém poderia prever sua atitude.

— Não seja hipócrita, Parvati. Você não se importa. Ela era minha amiga, e eu estraguei tudo. – A sinceridade e frieza nas palavras de Harry, fez a outra se encolher. Contudo, havia verdades na fala de Parvati. Ela escolheu partir, o que Harry poderia fazer? Certo que ele errou, mas ela nem ao menos deu a chance dele se redimir...

— Desculpe. Não vou mentir e dizer que me preocupo com ela. – Mudou sua estratégia, sendo sincera naquelas palavras. – Mas eu me preocupo com você, e parte meu coração vê-lo assim. – Hesitante, ela põe a mão no queixo dele, fazendo-o voltar o olhar ao seu. – Eu não menti naquele dia, eu realmente amo você...

— Por favor, Parvati. – Ele afastou a mão da garota.  

— Ela não está mais aqui. Mas eu estou, e amo você. Você está acabando comigo com toda essa frieza, Harry... – A indiana aproximou os lábios do dele, e daquela vez ele não se desvencilhou.

Enquanto seus lábios tomavam os de Parvati com dureza, Harry constatou em seu íntimo que não a amava. Não como pensou amar. Sabia que a indiana estava tentando manipulá-lo, e era mais cômodo e fácil para ele deixar-se ser manipulado.

— Vamos para outro lugar... – Ela disse em meio aos beijos, ofegante.

Harry envolveu as pernas da garota em sua cintura, antes de levantar do sofá, e leva-la para um lugar privado. O garoto que sobreviveu tinha suas regalias, como a de “expulsar” os amigos do quarto para ficar com o quanto só para si.

No dia seguinte, a notícia de que Harry Potter e Parvati Patil voltaram percorreram pelo castelo bruxo.

(...)

— Parabéns, Ginevra Weasley! O seu plano maquiavélico deu certo, o Harry está sofrendo muito. – Luna falou com ironia, enquanto contemplava Harry e Parvati e em dos seus “beijos” periódicos.

— Eu não pensei que ele voltaria com ela tão rápido. – A ruiva defendeu-se, estava frustrada pela atitude de Harry. Pelo visto, não o conhecia tão bem quanto imaginou. Como alguém pode mudar tanto?

— Enfim, quero só ver a expressão de todos com a volta da Mi. – Luna comentou, voltando a caminhar com a amiga. Estava enojada de ver o casal em meio ao beijo. - E quero ver a cara dela, quando souber o que você fez.

— Eu não fiz nada! Apenas não desmenti os boatos, como você. – Vociferou. Em seu íntimo, Gina temia que a amiga ficasse furiosa.

(...)

— Temos... que ir... jantar. – Harry disse entre os beijos.

Nos últimos dias, Parvati não o deixava respirar. Estava sempre próxima, sempre insistindo em beijos públicos. Ela o exibia como um troféu, e Harry deixava-se ser exibido. Começou a gostar da atenção para si, embora negasse. Em seu íntimo, estava começando a gostar da atenção que recebia. E os beijos de Parvati não o deixavam pensar, não o deixavam se lembrar da amiga que foi embora.

Contudo, ao notar que alguém os observava, ele afastou-se bruscamente da namorada.

A garota que os observava nada disse, mas Harry sentiu o seu olhar penetrante. Usava as vestes de Hogwarts, mas nunca a viu antes. Era tão linda, ele notou um meio sorriso formar-se nos lábios vermelhos e convidativos da mulher, sorrir para ela foi inevitável, assim como acenar com uma das mãos.

Ela pareceu divertida com aquilo, ignorando seu cumprimento, apenas continuou a andar.

— Quem é ela? – Parvati perguntou irritada, não gostou nem um pouco do namorado estar babando por outra na sua frente. Como podia fazer isso tão descaradamente? E quem era aquela petulante? – Harry você está me escutando?

— Eu não sei. – Respondeu, voltando sua atenção para a namorada. – Vamos para o jantar.

(...)

Draco estranhou ao notar a porta do seu salão comunal aberta, a pintura viva que protegia o seu local de descanso parecia irritada pela porta ainda não ter sido fechada.

Com curiosidade aproximou-se lentamente, sem chamar atenção para si. Um sorriso malicioso tomou sua face com a visão. Uma garota estava de quatro no chão, recolhendo os pertences que provavelmente caíram de sua mochila.

A saia curta dava uma visão privilegiada daquele ângulo. Era um completo canalha em estar tomando proveito da situação. Repreendeu-se por isso, enquanto abaixou o corpo para ajudar a garota.

— Sou mesmo desastrada... – Ela balbuciou, enquanto o loiro a ajudava.

Aquela voz. Ele buscou os olhos castanhos que assombravam seus pensamentos.

— Granger? – Perguntou incrédulo. A garota a sua frente era outra pessoa, sabia que Hermione era bonita, mas ela estava muito além do que se lembrava.  

— Sentiu saudades, Draco?


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo?