A Vingança de Hermione Granger escrita por Tamara


Capítulo 20
Capítulo 20


Notas iniciais do capítulo

AVISO: Em meio ao trabalho e estudos, emplaquei em alguns projetos pessoais, então o ritmo de postagem muito provavelmente será de uma vez ao mês. Ou era isso, ou era desistir da história, espero que vocês entendam e não me abandonem. Se ainda continuo com essa história e a postar aqui, é por causa das poucas, porém maravilhosas leitoras que me incentivam com seus comentários. ♥

Boa leitura, lovelies. ♥



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Capítulo 20

Eu quero você

 

Por sua vez, o moreno jogou-se contra ele. Ambos caíram sobre o chão de madeira, entre socos, tapas e palavrões. Hermione estava perplexa, enquanto via o atual e o ex engolfando-se em uma briga repleta de hormônios.

Vaias preencheram o Três Vassouras, incentivando a briga. Escutou um grito agudo, julgou ser o de Parvati, mas pouco se importou. Estava atônita, perplexa pela súbita explosão entre os dois rapazes.

— Mas que merda eles estão fazendo? – A voz de Pansy tão próxima a tirou do seu torpor. Ela voltou o olhar para a morena, acordando para a realidade.

Porém, antes que pudesse fazer algo, escutou um estupefaça advindo da de cabelos curtos. O feitiço de Pansy os separou imediatamente, fazendo-os tombar contra paredes opostas.

Imediatamente, Hermione passou pela pequena multidão, indo de encontro ao namorado, que já estava sendo atendido por Blaise e Nate.

— Draco! – Levou sua mão destra até o lado esquerdo do rosto do namorado, estava repleto de hematomas. – Onde diabos estava com a cabeça? – Ralhou assim que teve a atenção do namorado para si, seu estado estava deplorável.

— Ele está pior, não está? – Um meio sorriso zombeteiro nasceu em seus lábios, mas logo ele se desfez em uma expressão de dor.

— Oh, querido, ele está. – Era mentira. Harry nasceu entre os trouxas, sabia se defender desde jovem; em contrapartida, Draco só havia se defendido com magia até então. Em uma briga mano a mano, era evidente que o loiro sairia em pior estado. – Vamos para Hogwarts, vou cuidar de você. – Ela depositou um beijo em sua testa, e com a ajuda dos amigos, levantaram Draco.

No lado oposto, Pansy aproximou-se de Harry. Ele estava acordado, com um dos olhos inchados e um filete de sangue em seus lábios.

— Você é idiota ou o quê, Potter? – Pansy praticamente vociferou, enquanto agachou o corpo para verificar o seu estado.

— Eu só... – Ele não sabia o que dizer, sentia-se dolorido e envergonhado. Procurou Hermione com o olhar, mas a viu andar com pressa em direção ao Malfoy.

Harry suspirou pesaroso, voltando a atenção para aquela a sua frente. Os olhos negros de Pansy o analisavam com curiosidade e um quê de preocupação e deboche. Aquele ar zombeteiro só podia ser uma marca registrada dos Sonserinos, mas somente nela aquilo caia bem.

— Harry! – A voz de Parvati se fez presente, a indiana empurrou Pansy para o lado, e tomou a frente para socorrer o namorado.

Enquanto Parvati e Ron o acudiam, chegou a constatação de que realmente era um idiota. Pansy o definiu bem. Quando voltou o olhar para o lado, Parkinson não estava mais lá.

(...)

Draco e Harry haviam sido suspensos dos passeios para Hogsmeade pelo próximo mês, além de estarem proibidos de frequentar o Três Vassouras até o término das aulas. Madame Rosmerta não ficou nada satisfeita com o que fizeram com o seu adorável estabelecimento.

Assim que chegaram à Hogwarts, os garotos foram encaminhados à enfermaria. Madame Pomfrey estava atendendo-os individualmente, enquanto os amigos esperavam na sala de espera.

Hermione aguardava impaciente para a liberação de Draco, não imaginou que Potter teria aquela atitude, mas deveria ter previsto. Era típico de Harry achar que as coisas circulavam ao seu redor, ele ainda não estava habituado a ser um “garoto normal”, talvez nunca estaria.

Então seus pensamentos foram para o Malfoy, relembrou as zarpas trocadas, o que julgava ódio que sentia pelo garoto preconceituoso. Mas Draco Malfoy amadureceu e mostrou um lado que jamais imaginou poderia ter. Quando começou a nutrir sentimentos mais fortes por ele? No dia em que ele curou sua mão e cuidou dela fragilizada? Ou quando se beijaram pela primeira vez?

Se não estivesse tão apaixonada por Harry, por todos aqueles anos, teria reparado no loiro anteriormente? Teria o conhecido verdadeiramente?

— Hermione, você está bem? – A voz de Pamela a tirou de seus pensamentos, a morena sorriu ao ver a prima, envolvendo-a em um abraço apertado.

— Onde você estava? – Perguntou em tom acusatório, afinal a prima sumiu com Will por todo o passeio.

— Estive com Will, mas não pense que nos divertimos. – Completou mediante o olhar malicioso. – Algum sabor daquelas jujubas enfeitiçadas não fez bem para ele, começou a passar mal, ficou todo verde e... – Ela pausou, fazendo uma careta enquanto lembrava-se do seu encontro decepcionando com um Will regurgitando tudo que tinha em seu estômago. – Enfim. – Balançou a cabeça, tentando esquecer a cena. – Tivemos que voltar para Hogwarts. Ele está em uma das alas, definitivamente não foi o melhor primeiro encontro que eu já tive...

— Não se preocupe, poderia ter sido pior, poderia ter sido como o da Gina. – Hermione a tranquilizou, recebendo um olhar indagador da prima.

Conversaram por alguns minutos, não haviam muitas pessoas na sala de espera. Apenas Hermione, Pamela e um Rony inconsciente. O ruivo estava dormindo em uma das cadeiras acolchoadas, babando não tão discretamente no estofado. Madame Pomfrey não permitiu que todos ficassem ali, expulsou os demais sob protestos.

Ainda impaciente, Hermione levantou-se para ir ao banheiro feminino. Ao adentrar o local, ficou surpresa em ver Parvati em lágrimas, com os braços sobre o mármore da pia. A maquiagem de seu rosto estava borrada, suas bochechas vermelhas e os olhos inchados. A cena era estranhamente familiar, a indiana estava exatamente como Hermione naquele fatídico dia em que foi humilhada pela mesma.

— O que está fazendo aqui? – Parvati perguntou em tom acusatório, limpando as lágrimas com as costas das mãos. Em uma tentativa de disfarçar seu estado deplorável, erguendo sua postura imediatamente.

Hermione suspirou pesarosa com a cena, se fosse qualquer outra pessoa sentiria pena; mas Parvati não teve compaixão por ela.

Ela caminhou em direção da outra, postando o corpo ao seu lado, voltando o olhar para o espelho. Instintivamente, Parvati fez o mesmo. Ambas encararam os seus reflexos pelo espelho, uma ao lado da outra. Um contraste gritante.

— Poucos meses atrás, era eu no seu lugar. – A voz calma de Hermione quebrou o silêncio desconfortável. – Eu sei o que você está sentindo, porque eu já senti. – Ambas se encaravam pelo reflexo, os olhos castanhos pairando nos negros de Parvati. – Você me humilhou de tantas maneiras. Por tanto tempo pensei em formas de me vingar de você e, principalmente, do Harry.

— Onde você quer chegar? – Parvati perguntou com a voz ainda embargada, voltando a olhar para a garota a sua frente sem a interferência do espelho. Parvati Patil sempre foi uma garota forte, sua inimiga a flagrar em seu pior estado era demais para o seu orgulho suportar; porém, ainda assim, manteve sua postura ereta e o queixo erguido.

— Além do beijo em Potter na festa, não precisei utilizar de maquinações e artimanhas, vocês se destruíram. Vocês estão em um relacionamento tóxico e sem amor, Patil. – As palavras verdadeiras de Hermione foram piores do que várias azarações, Parvati as engoliu a contragosto. – Acabou. Eu não quero mais essa rivalidade entre nós. Eu não quero mais estar envolvida nesse jogo ridículo.

Hermione esboçou um sorriso triste, queria sentir-se poderosa sobre a dor da outra, mas essa não era quem ela era. Hermione nunca se igualaria a Parvati. Seu olhar para Patil era de pura pena e pesar, e nada poderia ser pior para Parvati do que aquele olhar.

Sem mais palavras, Hermione deu as costas à Parvati, não tinha mais nada a dizer, não queria mais se envolver com vinganças. Estava decidida e ser feliz com os amigos e Draco, sem todo aquele rancor. Porém, sentiu a mão feminina apertar o seu braço, fazendo-a voltar o olhar à garota.

— Quem você pensa que é para me dizer essas coisas? – A raiva tomou conta da indiana, saindo fervente pelos seus poros. – Acha que não sei que essa sua máscara de boazinha é uma farsa? Eu não vou permitir que destrua a minha vida, que tire o que é meu! – Suas palavras saíram agudas. - Não importa o quanto se arrume, você é e sempre será essa sabe-tudo irritante e medíocre. – Ela aproximou o corpo da outra, olhando-a nos olhos, falando cada palavra pausadamente. – Eu prometo que vou tirar tudo de você, Granger. Tudo.

Hermione foi tomada pela surpresa mediante aquelas palavras, por um momento realmente pensou que Parvati aprenderia com as consequências de seus erros. Doce ilusão. Não poderia ser civilizada com ela, Patil era cruel. Então, novamente, colocou sua melhor máscara e com um meio sorriso repleto de deboche, ela desvencilhou o braço dela.

— Fique longe do meu caminho, Patil. Será melhor para você. – O tom de voz frio e cortante foi amenizado pelo sorriso falso.

Então Parvati começou a rir em um tom histérico, forçado. Uma atitude tão patética que não deixou outra alternativa para Hermione a não ser observar, sem demonstrar seus sentimentos.

— O que você poderia fazer contra mim? Roubar o meu namorado? – A indiana falou em meio aos risos, voltando o olhar ao dela com zombaria.

— Não pior do que aconteceu com Emily Robinson, certamente.

Um brilho de satisfação alcançou os olhos castanhos de Hermione ao ver o sorriso de Patil se desfazer instantaneamente, sua face perdeu a coloração, seu queixo tremeu levemente, e as palavras se perderam em seus lábios entreabertos.

— Você se mantém longe do meu caminho, e eu me mantenho longe do seu. Está entendido? – Sem deboches naquela vez, Hermione falou sério, aproximando-se perigosamente de Parvati, levando o seu indicador até o queixo dela e fechando a sua boca em seguida. – Está entendido? – Indagou novamente, reforçando.

Parvati engoliu em seco outra vez, assentindo positivamente com a cabeça.

— Ótimo. – Hermione sorriu com a afirmativa. – Tenha uma ótima noite, Patil. – Despediu-se, deixando uma Parvati estarrecida para trás. 

(...)

Assim que voltou para a sala de espera, Rony já havia saído com Harry, assim como Pamela e Will. A prima deixou um recado para ela através de um dos bilhetes encantados.

Não tardou até que o loiro fosse liberado. Sorriu com sinceridade assim que o viu ao seu encontro. Somente leve escoriações marcavam sua face, o roxo em seu olho esquerdo estava menos inchado.

Ela caminhou de encontro a ele, envolvendo-o em um abraço carinhoso. A morena afundou o rosto entre o vão do seu pescoço, tomando cuidado para não o apertar com força. 

— Se eu soubesse que seria recepcionado assim me envolveria em mais brigas. – Draco brincou com a situação, retribuindo o abraço da namorada. Sabia que agiu impulsivamente em se envolver em uma briga com Potter, por um momento temeu que Hermione fosse repreende-lo, mas ficou aliviado ao sentir seu abraço quente.

Hermione riu da brincadeira do sonserino. Ergueu o queixo, voltando o olhar ao dele, aproximou os lábios dos dele e os selou suavemente.

— Você precisa descansar, vamos.

Draco não constatou a ordem da grifinória, apesar da poção revigorante, ainda se sentia dolorido pelo estupefaça. Hermione o guiou até o salão comunal que dividiam.

Ela o guiou até o seu quarto, ajudando Draco a retirar o casaco e se despir do suéter. Malfoy não era acostumado a ser cuidado, seu orgulho nunca permitiu, mas deixou que Hermione o mimasse daquela forma especial. Porém, ele notou o pesar nas feições da garota, ela não estava bem.

— Aconteceu alguma coisa? – Indagou enquanto ela o ajudava a retirar os sapatos.  

Hermione suspiro, fechando os olhos por alguns instantes, a conversa com Patil a afetou mais do que o planejado, queria se ver livre de tudo aquilo.

— Eu só estou cansada de Harry, Parvati, e toda essa história. – Foi sincera, buscando os olhos cinzas que lhe traziam paz. – Eu só quero ser feliz com você, Draco. – Confessou com um suspiro cansado. 

Cuidadosamente, ele segurou em seu pulso, trazendo-a para a sua cama

— Fica comigo? – Sussurrou em um pedido.

Hermione esboçou um sorriso singelo, esperou que Draco acomodasse o corpo sobre os lençóis verdes, retirou o seu sobretudo e os sapatos para se deitar ao lado do sonserino. Virou o corpo de frente ao dele.

Ambos se fitavam, mas logo a grifinória fechou os olhos ao sentir os dedos frios dele deslizarem em sua face quente, pondo uma mecha dos seus cabelos para trás da orelha. Draco admirava cada uma das feições da garota, a boca em formato de coração, o nariz pequeno, as pequenas sardas em sua face. E quando ela voltou a abrir os olhos, mais uma vez ele admirou aqueles castanhos expressivos e vivos.

— Como pode alguém ser tão linda? – Perguntou quase em um sussurro, como se deixasse escapar seus pensamentos.

Hermione sabia estar sendo analisada, sentiu-se corar por isso, sempre fora tão insegura com a sua aparência, mas quando ele proferiu aquela frase toda insegurança se desfez.

Ela levou sua mão até os fios loiros, deslizando os dedos por entre os seus cabelos. Adorava tocar os fios sedosos, assim como adorava o admirar. Os olhos cinzas penetrantes, a pele alva, os lábios convidativos, até mesmo os machucados o deixavam com certo charme. Além de toda beleza externa, ele era aquele que conseguiu curar as feridas do seu coração. E sentia que o amava como nunca amou Harry, porque Harry nunca a enxergou verdadeiramente, não como Draco.

Foi tão natural quando os lábios se tocaram, a boca macia dele contra a sua. Exploravam sem pressa a boca um do outro, as línguas entrelaçavam-se em uma sintonia já conhecida pelo casal. Beijavam-se sem pressa, perpetuando aquele beijo em suas memórias.

Aos poucos o beijo se intensificou, e com cuidado Hermione posicionou o corpo sobre o dele, envolvendo as pernas em sua cintura. Draco segurou com uma das mãos a cintura de Hermione, ajudando-a a ficar confortável naquela posição; enquanto com a outra, deslizou os dedos pelas costas da mulher, até alcançar os fios ondulados que tanto apreciava, envolvendo-os em suas mãos.

Ela tombou a cabeça para trás ao sentir os lábios do loiro em seu pescoço, ele inalou o seu cheiro lentamente, guardando da memória o seu perfume. Ela cheirava a morangos, e morango sempre foi sua fruta preferida.

E enquanto Draco beijava, mordia e chupava o seu pescoço sem força, ela deixou que um pequeno gemido escapasse pelos seus lábios. As sensações que a arrematavam eram muito mais intensas do que qualquer outra, sempre o desejou, sempre nutriu aquela paixão avassaladora pelo namorado, mas nunca se sentiu tão segura e amada por ele como naquele momento.

Beijos. Toques. As mãos de Hermione passearam pelo tórax por baixo da camisa branca, enquanto as de Draco tatearam lentamente o corpo de Hermione. Não tardou até os lábios voltarem a se encontrar.

Mais toques.

Mais beijos.

A contragosto, ela afastou os lábios, sentando-se sobre o quadril de Draco, que a olhou indagador. Ele não queria que ela se afastasse, mas compreendeu assim que Hermione começou a erguer a blusa. Seus seios medianos eram sustentados pelo sutiã preto, ela sentiu-se corar ao notar o olhar dele sobre o seu corpo.

— Você tem certeza? – Os olhos cinzas voltaram a encontrar os castanhos, desejava-a como nunca desejou ninguém, mas queria que fosse no tempo dela, que fosse perfeito para ela.

— Digo, se você estiver dolorido podemos deixar para... – Ela não conseguiu terminar a fala, pois as mãos grandes do namorado seguraram em sua cintura e a deitou ao seu lado, invertendo as posições.

— Seus beijos equivalem a mil poções revigorantes, meu bem. – Brincou, arrancando uma risada da garota.

Mas suas risadas foram perdidas no ar, assim que ele voltou a beijá-la, deslizando os lábios entre os vãos dos seus seios. Ela queria cada vez mais.

Foi doloroso quando Draco se afastou, franziu as sobrancelhas, voltando o olhar ao dele. Notou-o estranhamente sério, perdido em seus pensamentos.

— Por que parou, Draco? – Sua voz tremeu, estava embarcada pelo prazer até poucos instantes. 

— Isso não está certo, eu não levei você para um lugar romântico, não preparei nada de diferente, digo... não vai ser especial para você. – O loiro confessou com a voz fraca, nunca antes foi inseguro, mas Hermione não era como as outras. E Draco queria marca-la como ela o estava marcando, ele queria ser o mais especial dentro todos que já a tocou. E o último.

Ela arqueou o corpo, tocou com carinho a face do namorado antes de beijar os seus lábios. Seus olhos voltaram de encontro aos dele.

— Eu quero você. Não importa o lugar, não importa nada, desde que seja com você. – Falou pausadamente, enquanto subia a camisa branca de Draco, ele ergueu os braços para que ela a retirasse.

O desejo tomou os olhos cinzas que tão bem conhecia, e não tardou até ele voltar a beija-la.

Peça por peça. Despiam-se sem pressa, tocavam-se sem pressa.

Iluminados por um candelabro com velas e pela luz do luar, admiravam-se e apreciavam o corpo um do outro. Qualquer insegurança quanto a sua nudez, se desfez em meio aos toques de Draco.

Ele alcançou cada um dos seus pontos de prazer. Os lábios do sonserino degustaram cada centímetro do seu corpo. Hermione também o tocou, também o beijou, também o amou.

Quando ele a invadiu não sentiu dor, como na primeira vez. Quando ele a invadiu se sentiu completa. Envolveram-se naquela dança sensual.

Suor. Gemidos. Beijos. Prazer. E amor.

Porque eles poderiam negar, mas o amor os embalava acompanhado da paixão.

Hermione sentiu como se todas as dores e decepções pela qual passou valesse a pena se a recompensa fosse aquela.

Draco despertou o prazer e a segurança em Hermione, e ela despertou o amor naquele coração antes frio.

Após estarem saciados e em êxtase, aquela dança recomeçou, porque quanto mais tinham um do outro mais desejavam.

Depois de rodadas daquele amor, ele acomodou o corpo de Hermione sobre o seu. Sem palavras, sem promessas. Eles sabiam que depois daquela noite sempre se pertenceriam.

Nus, embarcados por aquele emaranhado de sentimentos e sensações, pegaram no sono. E em seus sonhos se encontraram mais uma vez.

(...)

Assim que os raios solares invadiram o quarto, Hermione abriu os olhos encontrando os cinzas conhecidos a admira-la.

— Bom dia, morena. – Sentiu os lábios dele nos seus, beijando-a com carinho.

— Bom dia, loiro. – Desejou assim que os lábios se afastaram, acariciando os fios loiros de Draco. – Como você está? – Perguntou, referindo-se às dores no corpo. Sabia que não foi prudente fazerem amor após Draco ter sofrido um estupefaça, mas deixaram-se levar pelas chamas da paixão.

— Estou melhor do que nunca. – Respondeu com malícia, arrancando um sorriso dela. Beijou-a novamente, e de novo e de novo.

— Melhor parar, precisamos descer para o café... – Hermione utilizou de toda sua força de vontade para se desvencilhar dos beijos do sonserino.

Sentou-se sobre a cama, envolvendo o lençol verde em seu corpo nu. Estava prestes a se levantar quando sentiu as mãos dele envolverem em seus ombros descobertos, beijando a sua nuca em seguida. Ela tombou a cabeça para o lado, apreciando o toque dos seus lábios.

— Podemos nos atrasar um pouco, não podemos? – Draco perguntou em um sussurro sensual ao pé do seu ouvido, mordiscando o lóbulo da sua orelha em seguida.

E mais uma vez, a grifinória jogou para o alto toda racionalidade. O que eram alguns minutos a mais?

(...)

Os minutos se transformaram em horas. Eles não desceram para o café da manhã, somente no horário do almoço aparecem juntos no salão principal. Para surpresa de muitos, Hermione se sentou na mesa da sonserina para almoçar com o namorado. Os burburinhos que sua presença causava não a irritava minimamente, estava feliz demais para se importar. Infelizmente, não podia dizer o mesmo de Neville, ele não parecia tão confortável quanto Hermione em estar na mesa das serpentes.

Enquanto almoçava, seu olhar pairou na mesa da grifinória, acenou para as amigas. Iria voltar a atenção para a conversa entre Draco e Pansy quando encontrou os orbes verdes abatidos de Harry, mas logo ele desviou o olhar. Hermione pensou ser melhor assim.

Despediu-se de Draco para ir ao encontro das amigas, haviam combinado de passar parte da tarde juntas. Antes de subir com a prima e Thereza, Rony veio ao seu encontro.

O ruivo perguntou o motivo de Hermione não ter contato sobre o seu namoro com o sonserino. Ela justificou-se sem graça, sabia que acabou se afastando do amigo depois do término com Harry, e sentia-se culpada por isso. Porém, Ron foi muito mais compreensível do que imaginou ao felicita-la e desejar o seu bem, sabia que Luna tinha boa parte de culpa na docilidade do Weasley.

Contudo, Ronald não falou que teria uma conversa em particular com o novo namorado da amiga.

(...)

As feições de Draco transitavam entre a perplexidade e a ironia. Em toda a sua vida jamais imaginou estar sentado ao lado do Weasley recebendo ameaças veladas e lições de moral. Merlin, o que fez para merecer isso?

— E por isso, após os sábios conselhos da minha Luna, optei pela civilidade... – Sério que ele estava justificando o comportamento pacífico? Quem fazia aquilo?

— Além disso, Hermione é uma garota maravilhosa, ela é como uma irmã para mim. E por isso vou matar você se a machucar, entende? – Não era a primeira vez que ele o ameaçava de morte enquanto exaltava o quanto Hermione era como uma irmã.

Draco somente assentia em sinal de concordância, controlando-se para não ser irônico, estava decidido em ser amigável com o Weasley. O que não fazia por amor, não é mesmo?

— Por que eu posso mata-lo de várias maneiras, não só com magia, posso te jogar da Torre, Luna sugeriu algo mais sútil como arrancar as bolas e...

Aquilo já era demais.

— Eu entendi, Weasley. – Finalmente o interrompeu. – Minhas intenções com Hermione são as melhores, posso garantir. É ela quem me faz verdadeiramente feliz e é a ela quem eu pertenço. – As palavras sinceras de Draco fizeram o ruivo esboçar um sorriso satisfeito.

Após se despedir de Ronald, ele caminhou com pressa até o seu quarto. Porém assim que virou o corredor, tombou com uma figura feminina já conhecida.

— Onde vai com tanta pressa, Draquinho? – Astória perguntou falsamente dócil, com o mesmo sorriso irônico que sempre o irritara.

— Não comece, Astória. Com licença. – Estava sem paciência para as acusações e insinuações da loira.

— Ela sabe? – Como poderiam duas palavras o atingir tanto?

Ele estacou o corpo, voltando o olhar para trás. Astória já não mais o olhava com deboche, via a decepção nos olhos claros.

— O que você quer, Astória? – Perguntou em um suspiro, cansado dela e do seu passado tortuoso.

— Ela sabe o tipo de homem que você é, Draco Malfoy? – A loira aproximava-se perigosamente.

Ele não iria a responder. Draco poderia ter sido um canalha quando mais novo, mas havia mudado. O passado não importava quando seu futuro era com a grifinória que aquecia o seu coração. Ao menos era nisso que tentava se convencer, mas temia o julgamento da namorada caso soubesse seus pecados antigos.

— Ela sabe, Draquinho? – Astória envolveu os braços ao redor do seu pescoço, fitando-o com todo o rancor que ainda guardava em seu coração. Rancor e algo a mais... será que ela ainda nutria sentimentos por ele? Depois de tudo, como seria possível?

— Não, Hermione não sabe e não precisa saber. Fique longe de mim, Astória. – Ao notar os lábios dela próximos dos seus, segurou em seus ombros e a afastou.

— O que eu não sei? – Aquela doce e conhecida voz fez seu corpo estancar.

Sabia estar perplexo e mais branco do que o normal. As feições de Astória demonstravam seu divertimento com aquele sorriso cínico. Maldita.

Vagarosamente virou o corpo para trás, seus olhos encontraram com os castanhos. Hermione o fitava com incredulidade, voltando sua atenção para Astória e para Draco novamente.

— Vamos, responda! O que eu não preciso saber, Draco?


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Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo?
E o que acharam da primeira vez do nosso casal Dramione? Como a fic é +16 não pude explicitar muito, mas espero que tenha conseguido passar parte da intensidade dos sentimentos que os envolviam. ♥
E o que acham que o Draquinho fez para a Astória? Conversem comigo e compartilhem suas teorias para os próximos capítulos.

Beijos ♥



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