A Vingança de Hermione Granger escrita por Tamara


Capítulo 19
Capítulo 19


Notas iniciais do capítulo

Boa leitura! ♥



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/82655/chapter/19

Capítulo 19

Hogsmeade

 

Gina Weasley suspirou profundamente, antes de levar o copo de cerveja amanteigada até os lábios. Nate não era um garoto de muitas palavras, ele parecia perdido em seus pensamentos. Em suas fantasias, o primeiro encontro com o garoto pelo qual tem uma quedinha, vulgo penhasco, eram muito mais divertidas e emocionantes.

A única coisa que a confortava, era saber que Blaise Zabini se encontrava em uma posição muito pior. Ela reprimiu o riso ao ver Blaise se desviar de um dos abraços de Elisa, pelo que deveria ser a quinta vez.

Em contrapartida, Hermione e Draco estavam tão entretidos em suas carícias contidas e risadas compartilhadas. Talvez Draco não fosse tão terrível quanto ela o tinha pintado, e talvez ele realmente adorasse a sua amiga.

Nate levantou abruptamente da mesa, a ruiva voltou o olhar ao dele com curiosidade.

— Eu preciso ir. – Ele respondeu ao notar o olhar interrogativa dela.

— Tudo bem. – Ela forçou-se a sorrir, observando Nate sair com pressa do Três Vassouras.

— Para onde ele foi com tanta pressa? – Blaise perguntou curioso, aproximando-se da ruiva.

— Como vou saber? – Deu de ombros, tentando demonstrar desinteresse, embora sua curiosidade fosse gritante.

— Vem, vamos descobrir.

Antes que Gina tivesse a chance de contestar, ele praticamente pulou da sua cadeira, e segurou a ruiva pelo pulso. Por pouco ela não caiu, voltou o olhar suplicante para Hermione, mas a amiga somente deu de ombros, rindo da sua situação.

— Ei, Blaise! – Gina pôde escutar a voz de Elisa ao fundo, enquanto tentava acompanhar os passos apressados do moreno.

Ele continuou a guia-la pelo pulso até virarem a esquina, Blaise olhou para trás, constando não estarem sendo seguidos.

— Por Merlin! Eu precisava de uma desculpa para me livrar dela. – O moreno confessou, suspirando teatralmente.

Gina mordiscou o próprio lábio, tentando ao máximo segurar a vontade de rir. Não imaginou que viveria o suficiente para presenciar Blaise Zabini fugindo de uma mulher.

— O que foi? Ela é muito grudenta. – Ele tentou se justificar, mas logo a acompanhou no riso. O divertimento evidente na face da ruiva deixava-a ainda mais bonita.

— Você não me tirou do conforto da minha cadeira para nada. Vamos procurar Nate. – Gina emendou em seguida. Daquela vez, ela quem segurou o pulso de Blaise, guiando-o para frente.

— Não sabia que você era uma stalker, Gina. – Gina? Desde quando tinham tanta intimidade?

A ruiva não soube se foi o apelido ou a frase constrangedora que a fez corar violentamente.

— Você quem deu a ideia. Além disso, ele saiu tão apressado, pode ter passado mal, temos que verificar... - Tentou se justificar, embora nem ela acreditasse em suas palavras.

— Tudo bem. – Blaise não se importou em disfarçar o riso. – Vou te ajudar a acha-lo, afinal tenho essa luz dentro de mim que me guia, lembra? – Ele provocou, não para irritá-la, mas porque achava graça nas bochechas coradas da ruiva.

— Lembrar? Se tem algo para lembrar, desconheço. – A lembrança da sua pequena vergonha na festa ainda era viva em sua mente, mas dissimularia eternamente.

Ela apertou os passos, sendo acompanhada por Blaise com suas irritantes risadas.

(...)              

Hermione deixou-se ser guiada por Draco, o loiro a fazia caminhar em passos rápidos.

— Vamos para onde? – Hermione perguntou curiosa, enquanto diminuíam o ritmo dos passos, embrenhando-se na pequena multidão que circulava pelas ruas de Hogsmeade.

— Para qualquer lugar, para todos os lugares. – Deu de ombros, com um belo sorriso em seus lábios. A morena nunca imaginou vê-lo tão eufórico, sua repentina alegria a fez sorrir.

Assim que o casal presenciou a ruiva ser arrastada por Blaise, eles despediram-se desajeitadamente de uma atônita Elisa; e saíram às pressas do Três Vassouras, não sem antes beberam rapidamente o restante da cerveja amanteigada.

Hermione comentou com Draco ter tido a leve impressão de que Blaise estava interessado por Gina. O loiro, por sua vez, não fez disfarces em confirmar sua teoria. A morena se perguntou quais seriam os próximos capítulos desse triângulo amoroso distorcido.

— Por que está tão animado? – Ela perguntou com divertimento, enquanto Draco continuava a conduzi-los à lugar nenhum.

O rapaz parou subitamente, fazendo o corpo dela tombar contra o seu. Os olhos cinzas encontraram com os seus castanhos, os sorrisos se fizeram presentes, e antes que pudesse raciocinar, os lábios do namorado se encontraram com os seus. Um suave um beijo, um selar demorado e repleto de carinho.

— Porque estou com você. – A resposta repleta de naturalidade, tão sincero, tão real. Acreditou, acreditou sem pestanejar e sorriu para isso.

— Vem, vou te levar para um lugar especial. – Ela sentenciou, tomando a frente e o guiando para o destino.

Para a surpresa de quem os conheciam, eles caminharam juntos, muitas vezes de mãos dadas, entre risos e brincadeiras.

Assim que chegaram ao seu objetivo, Draco não pôde conter a notória risada que ecoou de seus lábios. Só podia ser uma brincadeira. Hermione, por sua vez, o acompanhou no riso, sabia parecer ser irônico.

— Por Merlin, Hermione. Desde quando a Casa dos Gritos é um lugar especial? – Perguntou assim que conseguiu se recompor.

— Não é na casa, bobinho.

Ela parecia resoluta em manter o suspense, com aquele olhar divertido e malicioso que Draco tão bem conhecia. Novamente, deixou-se ser guiado pela sua bruxa, passaram pela Casa dos Gritos, caminhando até o que parecia ser um penhasco. As árvores sempre tão verdes, estavam cobertas pela neve. O inverno trazia consigo sua beleza peculiar. 

Em passos calculados, aproximaram-se da beira do penhasco, mantendo uma distância segura. A visão com o qual foi agraciado, surpreendeu Draco. Via uma imensidão à sua frente, Hogsmeade inteira poderia ser visualizada, tão pequena vista dali, e tão bela. Ele sorriu, voltando os olhos para a namorada, que o olhava com expectativas.

— Por que eu nunca soube desse lugar? – Ele perguntou com curiosidade, observando-a sorrir em resposta.

— Poucos sabem. – Respondeu sincera, voltando o olhar para a paisagem. – Eu nunca trouxe ninguém para cá, nem mesmo Harry e Ron. – Ela engoliu em seco, sabia estar sendo observada, mas não estava pronta para voltar o olhar ao dele. – Todos têm medo da Casa dos Gritos, então poucos vão além. Dumbledore uma vez me disse que quando vencemos nossos medos, somos recompensados com os mais belos cenários.  – Ela esboçou um sorriso saudoso, perdendo-se em suas lembranças.

— Gosto de pensar que esse lugar é o meu refúgio. – Continuou depois de alguns segundos em silêncio. - Tantas vezes me senti tão sufocada em meus problemas, em minhas tristezas; mas quando olho para isso... vejo o quanto tudo é maior e belo, basta vencermos os nossos medos. Mas eu sinto tanto medo, sinto medo de não ser o suficiente, de não ser boa o bastante, de sofrer novamente...

Hermione parou de falar abruptamente, estava abrindo o seu coração como nunca antes fizera. Sentiu o polegar do sonserino acariciar seu queixo, trazendo o seu olhar de encontro ao dele.

Intenso. Como pode uma troca de olhares ser tão intensa? Draco penetrava em sua alma, despindo-a de suas armaduras.

— O que fez comigo, bruxa? – As palavras roucas saíram em um sussurro, seu olhar caiu para os lábios entreabertos da grifinória.

Ela não soube o que ele quis dizer, ficou confusa com a pergunta súbita, mas estava estática com a aproximação. Tão próximos, ele a envolvia pela cintura com a sua mão livre, enquanto a outra deslizava pelo seu pescoço, até a sua nuca.

Repousar as mãos no tórax do homem foi instintivo; assim como erguer os seus lábios, esperando pelo iminente beijo.

— Você não vê que por você virei um tolo apaixonado? – A confissão sussurrada do homem a pegou desprevenida, mas antes que pudesse responder, ele uniu os lábios em um beijo repleto de promessas subentendidas.

Naquele beijo, ele quis prometer que não iria machucá-la, ela estava segura com ele. E Hermione estava propensa a deixar-se ser consumida por todo aquele amor.

(...)

— Eu desisto! – Gina sentenciou, sentindo-se uma tola por estar à procura daquele que fugiu dela no primeiro encontro. Ela e Zabini já haviam procurado Nate em todas as lojas convencionais de Hogsmeade.

— O passeio não precisa ser ruim, ruiva. Que tal irmos para o Cabeça de Javali? – O moreno perguntou com seu tão irresistível sorriso, mas ao receber um bufar da Weasley raivosa, revirou os olhos.

— Ele deve estar com alguma sonserina boni-... – Ela falou em um resmungo, parando abruptamente ao dar-se conta de ter falado em voz alta.

Para Blaise, era evidente que o amigo estava com alguma outra garota, imaginou isso desde o começo, mas não seria ele o primeiro a dizer.

— Você deve estar me achando tão idiota. – A ruiva suspirou, voltando os olhos castanhos para os negros de Zabini. – Mas isso é tudo culpa sua, se você não tivesse me arrastado para fora e...

Antes que pudesse terminar sua fala, ela imaginou ter visualizado os cabelos de Nate, enquanto o mesmo adentrava em um dos becos escuros de Hogsmeade. Franziu as sobrancelhas, aquilo não fazia sentido. Um beco?

Não disse uma palavra, mas sentiu o moreno ao seu encalço, na medida em que se aproximava vagarosamente do beco. Com um lumus, fez sua varinha iluminar o local escuro como breu. E o que viu a fez arfar surpresa. Definitivamente, ela não esperava por aquilo.  

— Oh, merda... isso é constrangedor. – A voz de Blaise a tirou de seu torpor.

Escutou um grito abafado; o casal, antes aos beijos, desvencilhou-se com pressa. Constrangedor, sem dúvidas muito constrangedor.

(...)

De novo. Foi fraco, sabia disso. Sempre era tão fraco quando se tratava dele. Tentou ter uma conversa civilizada com o rapaz, explicar o motivo de ter “beijado” Hermione Granger, mas ele estava resoluto em se afastar.

Por Salazar. Ele sabia que não deveria, ele sabia que o melhor seria permitir o afastamento. Deveria tentar uma aproximação com a Weasley, ela parecia uma boa garota. Mas não era ela quem habitava os pensamentos do primogênito dos Woldorf’s, seu pai o deserdaria se descobrisse, sabia disso. Era sua obrigação casar e dar continuidade ao legado da família com filhos saudáveis.

Foda-se. Assim que seus olhos o viram, foi impossível não largar tudo e ir ao seu encontro. Nate tentou ter uma conversa discreta com ele, implorou por mais uma chance.

Ele se afastou, mas fugir não adiantaria. Eles sempre fugiam um do outro, e sempre se reencontravam novamente. Estarem juntos era inevitável, assim como foi inevitável entrar naquele beco escuro.

Nate prensou o corpo do moreno contra a parede, deixando que suas mãos deslizassem pelos fios negros.

— Não devemos... – O outro tentou manter-se são, tentou se afastar; mas era um esforço falho, porque ele não queria se afastar realmente.  

— Eu amo você. – Nate confessou em um sussurro. Era a primeira vez que proferia aquelas palavras.

Ele não queria amar outro homem, ele não queria amá-lo. Porém, como controlar o seu coração? Como escolher quem amar? Por que o errado parecia ser tão certo? Era mesmo errado? Aquele era quem ele era, e não queria mais fugir de si mesmo.

Quando seus lábios tomaram os do outro com urgência, tudo fez sentido. Neville Longbottom era seu maldito ponto fraco, era para ele que sempre voltaria, e era por ele que lutaria contra os preconceitos de sua família.

Neville o empurrou para trás, uma luz incômoda iluminou o local, tinham companhia. E ao voltar-se para trás, estava descoberto, Gina e Blaise o olhavam com surpresa, atônitos.

— Que tal uma cerveja? – Neville interveio, após um pigarreio desconfortável e longos segundos de um silêncio desconfortável.

Sem dúvidas Nate precisava de uma cerveja, de preferência acompanhada a uma imensa dose de coragem. Estava na hora de retirar suas máscaras e ser quem realmente era.

(...)

Hermione e Draco passaram horas naquele lugar, aos beijos, trocando confissões e carinhos. Todavia, por mais que desejassem, não poderiam ficar lá para sempre. Assim que voltaram ao centro do povoado de Hogsmeade, Hermione o conduziu até a livraria, tinha uma pequena lista de livros para comprar.

Enquanto Draco procurava um livro de poções avançadas, Hermione passeou pelo corredor de romances bruxos.

— Hermione Granger? – A voz suave chamou sua atenção; ao virar para trás, deparou-se com a simpática Astória Greengrass.

— Astória. Como está? – Perguntou com gentileza, cumprimentando-a com um sorriso e um acenar simpático.  

— Melhor impossível, estava com saudades de Hogsmeade. – A loira respondeu com um brilho saudoso no olhar.

Ela estava prestes a responder, quando Draco envolveu possessivamente a sua cintura.

— Está tudo bem, Hermione? – A urgência na voz do loiro a fez franzir as sobrancelhas, ela voltou o olhar confusa para ela, antes de voltar a fitar Astória.

— Draco, essa é a Astória... - Iria apresenta-los, mas a ideia parecia ridícula. Eram da mesma casa, evidentemente que se conheciam. - Vocês já devem se conhecer... - Completou dando de ombros.

— Claro que nos conhecemos. – Astória respondeu com docilidade, voltando os olhos para os de Draco, que por sua vez, fuzilava-a com o olhar. – Bem, tenho que ir, vejo vocês mais tarde. – Ela sorriu e acenou com simpatia, antes de se afastar.

A troca de olhares e o evidente desconforto de Draco não passou despercebido por Hermione. Ela iria indagar sobre o assunto, mas o loiro logo desconversou, alegando necessitar de outra cerveja amanteigada. Hermione não o contestou, junto com Draco, foram ao Três Vassouras novamente.

Ao adentrar o local, porém, a primeira pessoa quem avistou foi Harry Potter, acompanhado por sua adorável namorada e Padma Patil, junto à Ron e Luna. Hermione acenou para a loira, porém seu olhar cruzou com o de Potter. Ele parecia confuso, surpreso, e... raivoso?

Dispersou os pensamentos, e junto ao namorado, dirigiu-se até a mesa onde Gina tomava uma dose de firewhisky de uma só vez. Ela arqueou uma das sobrancelhas com o gesto, notou-a próxima de Blaise, que lhe sussurrava algo em seu ouvido. No outro lado da mesa, Nate e Neville estavam com as mãos entrelaçadas, acompanhados de Pansy Parkinson, que ria de algo engraçado.

— Por quanto tempo dormimos? – Draco perguntou em um sussurro, igualmente surpreso.

Assim que se acomodaram em suas respectivas cadeiras, Nate e Neville anunciaram o namoro. Draco sentiu-se magoado por Nate ter mentido e escondido a sua sexualidade dos melhores amigos, mas o compreendia, imaginava o quanto era difícil ser homossexual na sociedade em que viviam.

Gina trocou um olhar pesaroso com Hermione, dando de ombros em seguida. A morena ficou feliz por Neville e Nate, eles faziam um casal adorável; mas seu coração pesou pela amiga ruiva, descobrir que o garoto que sempre gostou é gay no primeiro encontro com o respectivo, bem... era bem decepcionante.

Todavia, Hermione notou o quanto Blaise tentava se aproximar da ruiva. Talvez Merlin tivesse outros planos para a mais nova dos Weasley, ela só não havia descoberto isso ainda.

Estava em uma conversa sobre os direitos das mulheres no mundo bruxo com Pansy Parkinson, quando sentiu mãos pesadas em seus ombros, e não eram as do seu namorado.

— Podemos conversar, Hermione? – A voz de Harry chamou sua atenção.

Hermione voltou os olhos aos de Draco, antes de erguer o seu corpo; o loiro assentiu, seguindo-a com o olhar, enquanto ela acompanhava Potter para uma conversa privada.

— Sim? – Incentivou o moreno a iniciar a fala, assim que postou o corpo contra um pilar. Estavam afastados das mesas, mas ainda se encontravam no estabelecimento, assim como podiam ter a visão de suas respectivas mesas.

Hermione sabia que o olhar de Draco pairava sobre eles, assim como os de Parvati Patil, e de praticamente todos os alunos que ali se encontravam.

— Isso é um jogo, Hermione? – Ele perguntou em um suspiro, passando os dedos entre os seus cabelos negros, visivelmente consternado.  

— Não entendo... – Sua voz saiu fraca, estava confusa, não soube o que ele quis dizer imediatamente.

Para a sua surpresa, ele riu. Uma risada sem humor, amarga, seca.

— Você se aproxima, começamos a nos entender novamente, e então... do nada, aparece namorando Draco Malfoy? Acha que acredito ser uma coincidência? – Ele praticamente vociferou, seus olhos verdes fitaram os castanhos.

Harry pensou que finalmente poderiam voltar a serem o que eram antes, que Hermione desistiu dos jogos estúpidos, e que poderiam se aproximar verdadeiramente. Mas, subitamente, ela começou a namorar Draco Malfoy? Seu inimigo de infância? Poderia toma-lo por um idiota, mas sabia que aquilo fazia parte dos jogos de Hermione. E o que falar do ciúme que o invadiu assim que a viu com ele? Escutou boatos de que eles estavam namorados, mas pensou serem somente boatos, até ela entrar no bar junto a ele...

— Nem tudo é sobre você, Harry. - Naquela vez, foi a vez de Hermione sorrir. Um sorriso irônico, sarcástico. Ela compreendeu, mas embora fizesse sentido, a última coisa que faria era usar Draco para deixar Harry com ciúmes. Poucos dias atrás, teria gostado de ver o moreno assim, com evidente ciúmes dela, mas estava cansada daqueles jogos.

— Pare de mentir. – Disse duro, aproximando o corpo contra o dela, pressionando-a contra a parede, os corpos separados por poucos centímetros.

— Não estou mentindo. – Ela ergueu o queixo, sustentando o olhar, não se permitindo amedrontar.

Harry vacilou. Ela parecia estar falando a verdade... mas como aquilo foi acontecer? Não fazia sentido para ele.

— Tem algo errado? – A voz grossa de Draco, fez Harry recuar minimamente, o suficiente para Hermione posicionar-se ao lado do namorado.

— Não, vamos embora. – Hermione o tranquilizou, segurando em sua mão, e o guiando para trás.

Mas Draco manteve-se no mesmo local. Harry o fitava com intensidade, poderia ver chamas raivosas nos verdes do outro, um meio sorriso irônico se formou nos lábios do loiro.

— O que foi, Potter? Arrependido por ter perdido a garota para mim? – Perguntou com veneno, para provoca-lo. Ele não era tolo, sabia o motivo da conversa dos dois; sentiu Hermione tensa ao seu lado, mas a expressão de surpresa em Harry foi impagável.

— Eu não sei qual é o seu papel nesse jogo ridículo. – Harry vociferou, aproximando-se perigosamente do loiro, que o olhava com desdém. – Mas não a magoe.

— Magoá-la? Eu não sou você, Potter. – Estavam cada vez mais próximos, Draco praticamente cuspiu as palavras em sua face.

Eu não sou você, Potter...

Aquelas palavras foram o ponto final, Harry não raciocinou quando fechou o punho e o levou em direção ao rosto impecável de Malfoy.

O soco o fez cambalear para trás, naquela altura já tinha soltado a mão de Hermione, escutou uma voz o chamando. Sentiu o gosto de sangue nos seus lábios, e voltou a sorrir ironicamente, antes de retribuir o soco contra o queixo de Harry.

Por sua vez, o moreno jogou-se contra ele. Ambos caíram sobre o chão de madeira, entre socos e palavrões. Hermione estava perplexa, enquanto via o atual e o ex engolfando-se em uma briga repleta de hormônios.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

O que acharam do capítulo? Trouxe momentos fofos dramione para vocês ♥
Alguém imaginou que o boy do Neville era o Nate? E sobre esse final?
Vejo vocês nos comentários, beijos ♥



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "A Vingança de Hermione Granger" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.